"Inovação não é só tecnologia. Esse mercado também abarca profissionais que não são de TI"
Entrevista com Daniela Freire sobre o mercado profissional para inovação.
Entrevista com Daniela Freire sobre o mercado profissional para inovação.
Ficar muito tempo nesses espaços virtuais tem levado à fadiga, afetado a saúde mental e já tem gente decidindo ficar desconectada. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (Reportagem publicada na edição 196.1 da Revista Algomais) As redes sociais revolucionaram a comunicação e trouxeram grandes mudanças na sociedade, mas o seu uso em excesso está deixando um legado de cansaço na população. Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook, Linkedin e tantas outras plataformas ocupam em média aproximadamente quatro horas no dia dos brasileiros, segundo um estudo da agência de marketing digital Sortlist. Quando somados os outros usos de navegação na internet, o tempo conectado supera as 10 horas por dia. Seja por trabalho ou por lazer, a vida virtual excessiva e todo o contexto atrelado a ela (como fake news, cyberbullying, cancelamentos, positividade tóxica, entre outros fenômenos) têm ampliado os problemas de saúde mental e exigido uma mudança na forma como lidamos com o mundo digital. Isadora Domício, 26 anos, é profissional na área de social mídia e enfrentou o cansaço de estar por longas horas conectada. Para além do seu horário de trabalho, ela conta que todos os intervalos e mesmo o horário de almoço eram acompanhados pelo celular e na timeline do Instagram. “Eu vivo na internet. Teve um tempo em que precisei dar uma pausa porque estava me afetando muito. Nas redes vivemos em função das outras pessoas estarem nos vendo e também ficamos observando o que os outros estão fazendo. Eu estava em um ciclo vicioso. Quando não estava no trabalho, usava o Instagram para uso pessoal. Sem perceber, automaticamente estava indo para o Instagram. Isso me cansou”, conta Isadora. A vida nas redes levava Isadora a perder momentos em família, a não aproveitar os contatos presenciais e isso já estava atrapalhando até o desejado networking profissional. “Estava sem tempo de qualidade com a família. Fiz uma pausa de um mês e depois comecei a diminuir a quantidade de entradas nas redes sociais. Parei de ver stories, passei a entrar para postar apenas. Passei a silenciar pessoas que não acrescentavam nada no meu dia. Decidi usar esse momento apenas com perfis que me edificam e não só por vício”. Mesmo após essa experiência de afastamento temporário, ela conta que hoje é preciso manter esse comportamento, inclusive ela usa o alarme do celular para limitar o tempo diário com o aparelho conectado. CANSADOS, MAS CONECTADOS Se estar conectado em excesso promove cansaço, o que nos leva a passar tantas horas nas redes sociais? Para o psicólogo e tutor da FPS (Faculdade Pernambucana de Saúde), Leopoldo Barbosa, há um conjunto de mecanismos de estímulos e recompensas que nos leva a ficar conectados por mais tempo do que desejaríamos. “O conceito de rede nos remete a conexão. No nosso aspecto mais humano, somos seres que precisam ter pessoas por perto. As redes sociais trazem essa dimensão de um lugar onde podemos nos conectar com as pessoas. Só por isso, essas plataformas já chamam muito a nossa atenção. Mas há um segundo ponto que é o aspecto de estímulo e recompensa do nosso cérebro. Esses canais estão propostos dentro de uma dinâmica de informações rápidas, coloridas, com fotos, vídeos, músicas, estímulos auditivos e visuais. Então, naturalmente esses pontos fazem com que a gente se prenda mais ou gaste mais tempo dentro das redes, porque vamos tendo recompensas para ficar mais fixados a visualizar e observar todas essas informações”. Leopoldo considera que vivemos em um tempo de muitas cobranças para produzirmos sempre mais e melhor. E essa pressão empurra as pessoas a estarem cada vez mais conectadas, buscando estar atualizadas. “Isso gera nas pessoas o cansaço de tela, o cansaço de informações, muitas delas sequer são absorvidas. É preciso fazer uma discussão sobre esse momento social em que vivemos e que tem levado as pessoas à exaustão. As redes sociais são um lugar incrível de aprendizagem, mas o ponto de preocupação da saúde mental é o excesso. Principalmente considerando crianças e adolescentes que usam redes sociais sem orientação e podem entrar num processo de comparação banal com outras pessoas, ou mesmo de desperdício de tempo, a partir de uma perspectiva não funcional. As pessoas devem ser orientadas para o uso correto e adequado das redes sociais”. O cansaço, portanto, não está associado ao uso das redes sociais, mas ao excesso de imersão nelas e na internet de modo geral. Renata Almeida, psicóloga e coordenadora do mestrado profissional do Centro Universitário UniFBV Wyden concorda com essa análise. “Tudo que fazemos em exagero pode causar algum dano à saúde e a internet não sai desse contexto. Precisamos pensar no tempo de conexão com a internet, os tipos de páginas normalmente acessadas, a questão da infomania (busca incessante pela informação). O problema não está na internet, mas no uso que a gente faz dela. É curioso perceber que as tecnologias podem aproximar pessoas distantes, porém, se mal utilizadas, também distanciam pessoas próximas, prejudicam o tempo e servem como gatilho de problemas relacionais”. No meio dessa vasta navegação, a psicóloga ressalta que os usuários lidam com muitas informações falsas (as fake news) e consomem com facilidade conteúdos de ódio, que não são saudáveis para ninguém. A própria busca incessante pelos likes entra no leque de ferramentas que nos prejudicam. Véronique Donard, psicóloga e pesquisadora que dirige o laboratório e a linha de pesquisa em ciberpsicologia da Universidade Católica de Pernambuco, defende ainda que essa sensação de cansaço tem um conjunto de raízes mais abrangente. “A questão é complexa, porque o cansaço experimentado por nossa sociedade não se deve unilateralmente às tecnologias digitais da informação e comunicação e muito menos às redes sociais em si, como se fosse uma lógica de causa/efeito. O que vem exaurindo a população é uma conjunção de fatores: socioeconômico, político, sanitário”. Ela avalia que o papel das redes sociais nessa conjuntura é como uma faca de dois gumes. “Elas nos permitem saber que não estamos sós, permitem que possamos nos expressar, mas também veiculam notícias falsas, aumentam nossa propensão a julgarmos uma
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Área a ser licitada tem 72 mil metros quadrados e fica localizada na retroárea do Cais 5. Será destinada à movimentação de granéis vegetais e minerais, além de carga geral Do Complexo de Suape O Porto de Suape, localizado em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, receberá, nos próximos meses, investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões com o novo arrendamento do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS), localizado na retroárea do Cais 5, um espaço de 72 mil metros quadrados. O edital de licitação foi anunciado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na última sexta-feira (4) e as informações do certame estão disponíveis a partir de hoje. O leilão acontecerá no dia 30 de março deste ano, na B3, em São Paulo (SP), e o valor mínimo de outorga será de R$ 1,00. O terminal a ser licitado, atualmente sob contrato de transição à empresa pernambucana M&G São Caetano, foi projetado para movimentar e armazenar granéis vegetais e minerais, e carga geral. O prazo contratual será de 25 anos, com celebração de contrato previsto neste ano e início das operações em 2024. O edital e os anexos estão disponíveis nos sites do Ministério da Infraestrutura (www.gov.br/infraestrutura) e Antaq (https://www.gov.br/antaq/pt-br/assuntos/leiloes). A área está localizada no porto interno de Suape, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A futura arrendatária deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente. “Com este novo arrendamento, Suape vai dar um passo importante para diversificação de cargas e aumento significativo na movimentação portuária. O porto terá incremento na exportação e importação de vários tipos de granéis sólidos. É um investimento importante, que vai gerar novos negócios para o porto e empregos para a região. Esse processo também faz parte do nosso projeto de modernização dos cais e píeres, em curso desde o ano passado", pontua o diretor-presidente da estatal, Roberto Gusmão. Regularizado e cumprindo todas as exigências de licenciamento ambiental, o TGSS está apto ao armazenamento de açúcar e granéis diversos, como soja, farelo de soja, trigo, milho, malte, cevada, arroz, feijão, farinha, cereais, coque de petróleo e fertilizantes, por meio da operação do shiploader, equipamento portuário utilizado no transporte de granéis dos armazéns para os navios. O terminal está operando desde junho do ano passado. O espaço foi oferecido para contratação sob o regime de transição após a devolução da área pela Agrovia do Nordeste e autorização da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA). A M&G São Caetano participou do chamamento público em 2020 e ofereceu o maior preço do certame transitório. O terminal tem capacidade para movimentar de 500 a 600 mil toneladas de carga por ano. Caso tenha a intenção de continuar a explorar o espaço, a empresa terá que participar e vencer o leilão do próximo dia 30.
No ano mais desafiador da economia brasileira, o parque tecnológico do Porto Digital comemorou um crescimento de 21,7% no faturamento. No balanço, apresentado pelo presidente Pierre Lucena, o conjunto de empresas embarcadas na região atingiu R$ 2,86 bilhões, mais de meio bilhão acima do desempenho de 2019. . Faturamento do Porto Digital 2020: R$ 2,86 bilhões 2019: R$2,35 bilhões Crescimento entre 2019 para 2020: 21,7% 2020: R$ 2,86 bilhões 2018: R$ 1,89 bilhão Crescimento entre 2018 para 2020: 50,8% . “No começo de 2020, o conjunto de empresas do Porto Digital já apontavam para um crescimento significativo dos negócios realizados no parque - mas aí veio a pandemia e todas as empresas tiveram que reavaliar seus planejamentos. Ainda assim, apesar da pandemia, as organizações conseguiram superar os desafios e manter o ritmo do ano anterior”, informou Pierre Lucena. As empresas do Porto Digital que mais cresceram em 2020 foram a Speedmais, Insole e a Consenso. No ranking das que mais faturaram em 2020 estão a Accenture, Acqio, Avanade, Avantia, CESAR, Insole, Neurotech, Rede Globo, Sertell e Tempest. O balanço apontou também o conjunto de empresas mais empregadoras do parque tecnológico, resultando na seguinte lista: Accenture, Avanade, Avantia, CESAR, EAD Nassau, Emprel, Pitang, Serttel, Speedmais e Tempest. Ao todo, o parque terminou o ano de 2020 com 13.378 profissionais empregados - alta de 14,7% - e 349 empresas. Em 2020 foram contratados 1.719 colaboradores. Para o ano de 2021, as projeções do Porto Digital são de contratações de 3.140 colaboradores. O plano do Núcleo Gestor do Porto Digital para o parque tecnológico até 2025 é de alcançar 20 mil colaboradores distribuídos entre 500 a 600 empresas. A projeção de faturamento para 2025 é de R$ 3,5 bilhões. O novo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, o ex-prefeito do Recife Geraldo Julio, participou do balanço e reafirmou parceria entre o Governo do Estado e o Porto Digital. “Um resultado como esse não acontece por acaso. Vem dentro de uma estratégia de um parque tecnológico maduro, que gosta de avanços ousados e sólidos. Tive a alegria como secretário lá atrás e depois por oito anos como prefeito do Recife de criar parcerias com o Porto Digital para somar, juntar esforços e, agora, como secretário de Desenvolvimento Econômico, quero reafirmar esse compromisso. Sei que a Prefeitura com João Campos vai avançar no que vinha sendo feito, mas quero repactuar as ações conjuntas com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, inclusive nas políticas de atração de novos negócios, novos empreendimentos para consolidar o nosso Polo e fortalecer quem já está por aqui”, destacou Geraldo Julio. No link abaixo a íntegra da reunião com o balanço dos números do Porto Digital em 2020. . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)
Porto Digital cresceu 21,7% em 2020 e prevê 3 mil contratações em 2021 Read More »
A chamada economia do compartilhamento tem cases mundiais de sucesso, como o Airbnb e o BlaBlaCar. Na Algomais, produzimos uma reportagem há 4 anos sobre como esse modelo era uma tendência de negócios forte também no Recife. Na ocasião, destacamos uma empresa pernambucana, a FindUP. Focada no segmento de Field Service (gerenciamento de serviço de campo), a startup foi apontada recentemente como uma das 7 empresas do pólo tecnológico pernambucano que devem deslanchar neste ano, de acordo com a Sondagem das Empresas mais Promissoras do Porto Digital em 2021. “Somos uma startup de tecnologia baseada em economia compartilhada que possibilita o gerenciamento e a solicitação de serviços de TI. Nossa solução recorre a tecnologias como Geolocalização, Machine Learning e Big Data, para oferecer a melhor experiência no atendimento e facilitar o gerenciamento da área dentro das companhias. Por meio de nossa plataforma, nós oferecemos um atendimento especializado em tempo recorde de até 3h, devido a nossa rede com profissionais presentes em mais de 790 cidades", explica o CEO Fábio Freire. Confira abaixo o post sobre a pesquisa: Sondagem aponta as 7 empresas mais promissoras do Porto Digital em 2021 Resgatamos também a reportagem sobre o avanço da economia compartilhada no Recife: Economia compartilhada cresce no Recife . Se você já quebrou a cabeça para consertar algum bug do seu computador ou já se deparou com a necessidade de uma manutenção inesperada na impressora ou em outro equipamento do seu PC, sabe a dor de cabeça que uma falha dessas pode trazer. Imagine uma empresa com atuação nacional, com milhares de lojas e cada unidade com suas dezenas de aparelhos? Esse é o principal cliente da FindUP, que atende alguns gigantes como a Riachuelo, a Centauro, a Magazine Luiza, a Azul, além de alguns bancos. Para atender essa imensidão de serviços, a startup pernambucana conta com uma plataforma que já possui 12.800 técnicos cadastrados. No ano passado, a empresa recebeu um investimento da gestora de venture capital DOMO Invest, através do fundo DOMO Enterprise, de R$ 5 milhões. O time interno da FindUP também dobrou em 2020, alcançando o número de 42 colaboradores. A empresa prevê em 2021 a contratação de 15 engenheiros de software no Recife para fortalecer seus produtos. Fábio afirma que os principais desafios para os próximos anos da empresa estão na promoção de crescimento estruturado, na contração de mão de obra e na criação de novos produtos.
FindUP dobra o tamanho da equipe e prevê crescimento em 2021 Read More »
*Por Silvio Meira Em 1971, quando vim morar no Recife, meu pai veio trabalhar num escritório na Rua Marquês de Olinda (um dia eu ainda consigo comprar o prédio onde estava sediada a empresa que era líder no mercado de algodão no País). Mas, ao desistir de competir globalmente, o negócio deixou de ser competitivo no Brasil e acabou fechando. Resultado: desemprego de todos os funcionários no Nordeste, com muitos migrando para as novas zonas do algodão no Cerrado. . Em 1972, a Ilha do Recife abrigava a sede de cinco bancos, quatro regionais e um banco regional/nacional. Nenhum desses cinco bancos decidiu competir nacionalmente. Pelo menos um deles poderia ter feito isso. Nenhum nem tentou. Estavam contentes em serem pequenos bancos e isso os levou a uma inviabilidade de modelo de negócios e à venda, à falência ou ao fechamento de todos. Resultado: perda total de capacidade de decisão local para investimentos; perda total das competências fin+tech para o espaço econômico local; migração em massa para São Paulo e fora do Brasil e – ainda bem! – um bom número de competências em empresas e organizações que hoje fazem parte do Porto Digital. . . A destruição criativa do setor financeiro do Recife – que tinha tido até uma Bolsa de Valores, criada em 1967 – talvez tenha sido uma das fundações para a criação do que hoje é o Porto Digital, por muitas vias. . . Em 2020, a Covid-19 nacionalizou o mercado de trabalho em software e globalizou o mercado de trabalho de conhecimento para quem fala inglês. A deslocalização e a dessincronização de boa parte do trabalho em conhecimento foi acelerada (na minha opinião) de 5 a 10 anos. Ao globalizar o trabalho, a pandemia globalizou, inequivocamente, as empresas porque, na economia do conhecimento, as empresas não competem por clientes mas por trabalhadores. A verdadeira disputa global por colaboradores começou agora. "Na economia do conhecimento, as empresas não competem por clientes mas por trabalhadores. A verdadeira disputa global por colaboradores começou agora." Qual é o desafio das empresas de software (e de conhecimento), no mundo inteiro? Escrito de forma muito simples e, consequentemente, incompleta, é criar e evoluir um ambiente cultural digital de classe mundial, capaz de manter o capital humano que ainda tem e atrair o capital humano que precisar, quando precisar, seja lá de onde for, para ir, física ou digitalmente, para onde elas estiverem. No nosso caso, no Recife, para o Porto Digital. . . Sem nem entrar em detalhes de como se chega lá e no subproblema (sim, é só um subproblema) de salários, a sobrevivência de negócios de conhecimento, na economia do conhecimento, em qualquer lugar do mundo, vai depender de cultura. Em quase todos os negócios e em todos os lugares, cultura depende de lugar. De espaço físico. De contexto. Da casa, do bar, da praça e do Carnaval; a rua, o restaurante e o festival, como o Rec’n’Play. Nós não somos digitais. Não tomamos café de bits. Churrasco não é um download e o dá-o-loud (nome do bloco carnavalesco fundado por colaboradores do CESAR) é Carnaval de gente, frevo, suor e cerveja. Podemos ser – nos nossos negócios – processadores simbólicos. Mas isso somos os “nós-como-fim”, que é ameaçado por robôs e, talvez, conquistado pra trabalhar remoto, pra uma empresa que pouco importa onde fica, porque nos paga mais pra ficar longe, em casa e, não, criar os problemas contextuais (como de relações de trabalho) lá onde a empresa está, fisicamente, porque em algum lugar há de. Por um tempo, acho que vai ser muito massa pra todo mundo que participar. Mas... depois de um tempo, para os “nós-como-meio”, quase todo mundo vai sacar que esse é, em parte, um processo desumanizante. E isso não tem nada a ver com as relações de trabalho, está relacionado ao status de cada pessoa como cidadão de primeira classe (que tem todos os direitos e deveres), seja lá onde estiver. "Mas será que o futuro do trabalho (de conhecimento, em especial) é puramente digital? Não sabemos. Talvez seja. Eu acho que não será." Mas será que o futuro do trabalho (de conhecimento, em especial) é puramente digital? Não sabemos. Talvez seja. Eu acho que não será. Não completamente. Mas, seja como for, só há um caminho para as empresas sobreviverem que é serem tão boas para atrair pessoas quanto as melhores empresas do mundo atraem para elas, seja digital ou fisicamente ou no modo figital, o físico, estendido pelo digital, articulado pelo e no social, em tempo quase real. Três exemplos? A Amazon já está tentando criar o melhor ambiente de trabalho físico possível. Google está construindo um novo megacampus físico que, em si, é uma atração para o trabalhador. Paris está montando a maior rede de incubadoras em grandes cidades do mundo e um campus físico (Paris-Saclay, https://econ.st/2DVxkGy), com nove mil professores, pra ser “o MIT” da Europa... Tudo físico. Local. Prédios, gente, bares, labs, ruas, bikes, empresas, escolas, de classe global, como no Porto Digital. . . O campus de tecnologia do Recife – e do Nordeste – é o Porto Digital. Nosso maior problema de sobrevivência, desde sempre e para sempre, é atrair talentos para trabalharem nas empresas do Porto, começando a fazer isso desde o ensino fundamental, no Recife e região, e criando as condições para que as pessoas possam trabalhar nas empresas daqui, aqui e para o mundo. Isso vai exigir que as empresas locais aumentem dramaticamente sua competitividade? Disso eu não tenho dúvida. A Covid-19 nos pôs, a todos, no mesmo campo de competição por talento, que passou a ser o mundo. E eu vi o mundo e ele começava no Recife. Para ser mais exato, no Marco Zero. Tá escrito lá no Marco, no chão. E é um quadro de Cícero Dias. Lindo, por sinal! *Silvio Meira é Presidente do Conselho de Administração do Porto Digital. . LEIA TAMBÉM O futuro é pra quem tem capacidade de aprender José Carlos Cavalcanti: “Porto Digital tem perspectiva
A Covid-19 internacionalizou o trabalho em conhecimento. E agora? Read More »
A fim de possibilitar a retomada das atividades corporativas de forma segura, a startup recifense Salvus acaba de lançar a plataforma A Salvus. Voltado para empresas e instituições públicas e privadas, a solução permite que os gestores realizem o monitoramento em tempo real da saúde dos colaboradores e, com isso, possam planejar um retorno gradativo às atividades presenciais. Para isso, todos os dias, os próprios integrantes da organização precisam informar o seu estado de saúde por meio de um breve questionário no aplicativo. Os funcionários poderão também informar as condições de saúde dos familiares que vivem na mesma residência, se desejarem. De acordo com Maristone Gomes, CEO da Salvus, o app disponível nos sistemas iOS e Android foi idealizado para ser o mais simples e rápido possível, uma vez que o usuário faz seu check list diário no próprio smartphone e o gestor responsável acompanha o dashboard no sistema web. “Cada pessoa torna-se responsável pelo fornecimento do seu status de saúde, contribuindo para evitar uma nova onda de contágio da Covid-19 no retorno ao trabalho presencial. Dessa forma, o controle tem maiores possibilidades de ser verdadeiramente eficaz”, explica. Com os dados fornecidos pelos colaboradores, o aplicativo A Salvus consegue filtrar ao gestor os casos e setores mais críticos por meio da Inteligência Artificial (IA). A análise também é feita com base em geolocalização e pelas informações inseridas no check list diário. Com o cruzamento dos dados, a solução indica as áreas e operações que merecem maior atenção. Além de informar seu estado de saúde, o colaborador consegue também realizar pelo app o check list comportamental sobre o ponto de vista operacional e sanitário, receber alertas diários de realização de exames, cadastrar e realizar exames em seus familiares, dispor de recomendações médicas após o resultado dos exames, visualizar estatísticas geradas a partir dos dados fornecidos, acompanhar estatísticas de toda a empresa e acessar canais de notícias confiáveis. Desenvolvida há dois meses, a plataforma A Salvus já conta com aproximadamente 12 mil usuários em nove estados brasileiros. Neste período, parceiros institucionais como a Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e do Grupo CENE, uma das maiores organizações especializadas em home care do Brasil, utilizaram o aplicativo em caráter experimental. A partir de agora, com todos os ajustes finalizados, qualquer tipo de empresa pode contratar o serviço. Os planos iniciam a partir de R$ 99,00 e variam a depender do número de colaboradores. “O objetivo é ter uma solução eficiente, acessível a todas companhias nesse momento de dificuldade”, conclui o CEO da Salvus. Mais informações podem ser consultadas por meio do site: https://salvus.me/asalvus/.
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Após captar no mercado mais de R$ 5 milhões em investimentos no último mês, a startup Hent, que automatiza a gestão de recebíveis das vendas de terrenos em loteamentos imobiliários, quer expandir sua equipe. A empresa está com 10 vagas de trabalho em aberto para as áreas de tecnologia e administração. As oportunidades são para desenvolvedores back end e front end, designer de produto, analista de operações, analista financeiro e analista comercial. Também há duas vagas para estagiários atuarem nas áreas comercial e de operações. Para estas, a empresa busca estudantes dos cursos de Administração, Engenharia e Economia. Os selecionados trabalharão em regime CLT, no escritório da empresa, em Recife. Para quem quiser se candidatar a uma das oportunidades, basta enviar o currículo para o email careers@hent.com.br. As entrevistas serão online, via videoconferência. Atualmente com 7 funcionários, a Hent foi fundada em agosto de 2019. A meta da startup é encerrar 2021 com 40 funcionários. “Com mais capital em caixa, agora, nosso principal desafio é contratar os melhores talentos para nos ajudar a aprimorar cada vez mais a nossa plataforma e conquistar novos clientes”, diz o CEO da Hent, Leo Pinho. A Hent é sediada no Recife. É uma startup que automatiza a gestão de cobranças de loteamentos imobiliários e oferece acesso a capital para donos e compradores de loteamentos. Foi fundada em Agosto de 2019, por David Aragão (fundador da Motonow, empresa de delivery vendida em 2015 para a Loggi), Leo Pinho (fundador da Kaplen, fintech comprada pelo Itaú em 2015) e Thiago Diniz (fundador da Eventick, startup de eventos adquirida pela Sympla em 2016).
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Os clientes Assaí Atacadista já podem utilizar a tecnologia QR Code para compras nas lojas da rede. A nova forma de pagamento está disponível nas 169 lojas Assaí em todo o Brasil, e oferece mais uma alternativa de pagamento sem contato para os consumidores. A empresa firmou parceria com a PicPay, fintech brasileira responsável pelo aplicativo de pagamentos instantâneos à distância de mesmo nome. A iniciativa traz mais praticidade para os clientes da bandeira e reduz a necessidade de contato com dinheiro e terminais de pagamento, as chamadas maquininhas de cartão. Para utilizar o aplicativo, o consumidor deve informar, no caixa, no momento do pagamento, a opção pelo PicPay. O sistema irá gerar, então, um QR Code, visível na tela do caixa. Para finalizar a compra, o cliente deve escanear o código com o seu próprio aparelho celular. Toda a transação é realizada em segundos e não há custo adicional para o uso da tecnologia. O método de pagamento não é válido para os postos de combustível da rede.
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Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a pandemia do novo coronavírus e os primeiros casos começaram a ser registrados no Brasil, a MV anunciou o direcionamento de toda a sua operação para combater a crise provocada pela disseminação da Covid-19. “Faz parte do nosso DNA cuidar do próximo. Há anos falamos da necessidade de criar a Sociedade do Cuidar, um meio voltado à promoção da saúde. Parece que agora isso ficou evidente a muitas pessoas que, assim como nós, estão completamente envolvidas no trabalho de salvar vidas”, afirma o presidente da MV, Paulo Magnus. Por isso, em pouco mais de dois meses de desenvolvimento de iniciativas que vão de ofertas de tecnologias gratuitas a doações de alimentos, a empresa já destinou mais de R$ 5 milhões à sociedade. Como apoio à operação de hospitais de campanha, a principal plataforma de gestão de informações em Saúde – SOUL MV – foi disponibilizada com isenção de custos sobre licenças de uso, manutenção, hospedagem em nuvem e suporte de infraestrutura. “Nosso principal sistema está em 25 hospitais de campanha ajudando a promover agilidade nos atendimentos, produtividade médica e segurança aos pacientes”, diz Paulo Magnus. Com o objetivo de auxiliar também o alcance do máximo de eficiência no acompanhamento de casos suspeitos e no tratamento de casos confirmados de Covid-19, a MV ainda adaptou e aprimorou outras tecnologias. Um exemplo é o aplicativo Personal Health. Disponível gratuitamente nas lojas online, a solução é a única do Brasil capaz de integrar dados pessoais do usuário, histórico de saúde, recursos de telemedicina e funcionalidades que conectam pacientes, médicos, operadoras e o sistema de Saúde como um todo.
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