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Wearables: tecnologia a favor do fitness e wellness

Transforme sua rotina com a revolução dos wearables. O avanço tecnológico está remodelando o cenário do Fitness e do Wellness. Descubra como os dispositivos vestíveis estão transformando vidas e o que esperar até 2025. O que são wearables e como eles impactam sua saúde? Os wearables, ou dispositivos vestíveis, já não são mais uma tendência do futuro, mas uma realidade consolidada no presente. Estes aparelhos, como smartwatches, pulseiras fitness e até roupas inteligentes, ajudam a monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse. Para Henrique Pimentel, especialista em inovação tecnológica, os wearables não são apenas gadgets: “Esses dispositivos estão transformando a forma como cuidamos da nossa saúde, integrando tecnologia de ponta com um propósito claro: melhorar a qualidade de vida.” Cenário atual Com mais de 1 bilhão de wearables vendidos em 2023, o mercado vive um crescimento exponencial. Segundo um relatório da Statista, o setor movimentou aproximadamente US$ 81,5 bilhões este ano. O principal motivo desse boom? A crescente preocupação com bem-estar e performance. Os dispositivos não só monitoram dados, mas também oferecem insights personalizados. Por exemplo: Henrique Pimentel comenta: “A personalização é a chave. Cada dado coletado é uma oportunidade para ajudar o usuário a alcançar metas específicas, seja emagrecimento, ganho de massa muscular ou redução do estresse.” Projeções para 2025 Até 2025, espera-se que os wearables estejam ainda mais integrados ao ecossistema de saúde. Aqui estão algumas previsões: Henrique Pimentel prevê: “No futuro, wearables estarão integrados ao sistema de saúde pública, ajudando a prevenir doenças e reduzir custos hospitalares.” Como escolher o wearable ideal Defina seus objetivos: precisa monitorar treinos, saúde ou ambas? Considere a compatibilidade: o dispositivo deve funcionar bem com o seu smartphone ou plataforma preferida. Verifique a durabilidade da bateria: ideal para quem pratica esportes intensos ou longos. Busque funções específicas: detecção de estresse, ECG ou GPS integrado, dependendo de suas necessidades. Leia avaliações: plataformas como o TechRadar oferecem análises detalhadas. Os wearables estão moldando uma nova era no cuidado com a saúde. Mais do que ferramentas tecnológicas, são aliados no caminho para um estilo de vida mais saudável e equilibrado. “A união entre tecnologia e saúde nunca foi tão poderosa. A revolução dos wearables apenas começou, e seu impacto será ainda maior nos próximos anos,” conclui Henrique Pimentel. Quer melhorar seu bem-estar? Aposte em um wearable e experimente a revolução da tecnologia ao seu alcance. Henrique Pimentel é especialista em inovação tecnológica @hdgpimentel Manter o peso perdido é um desafio para os pacientes, diz especialista O reganho de quilos precisa ser compreendido com base na ciência para ser enfrentado com eficiência Manter o peso após o emagrecimento é tão desafiador quanto perder os quilos a mais na balança. Por isso, o reganho de peso não pode ser assunto tabu e precisa ser discutido com informação responsável. Mas, afinal, por que é tão difícil manter o peso perdido? Vários fatores colaboram para esse fenômeno. Um deles encontra explicação em nosso cérebro. Lá dentro, o hipotálamo entende que perder peso é algo ruim do ponto de vista da sobrevivência, pois a gordura é sinônimo de energia. Logo, se a pessoa perde energia, corre o risco de morrer.A partir desse mecanismo, o que o hipotálamo faz? Vai fazer de tudo para trazer de volta o peso corporal mais próximo ao peso máximo que a pessoa já teve na vida. Além disso, também é importante destacar que quando perdemos peso em um curto espaço de tempo, existe um aumento da fome em torno de quase cem calorias por quilo de peso. Essa engrenagem funciona em qualquer método de emagrecimento.  Mas na cirurgia bariátrica acontece algo diferente. O aumento da fome é registrado também, mas ao invés de cem calorias por quilo de peso, o aumento da fome vai ser de trinta calorias por quilo de peso. A bariátrica proporciona a regulação da ação do hipotálamo em obrigar nosso corpo a buscar o peso máximo. Por isso a intervenção é considerada mais eficaz, seja do ponto de vista do peso perdido ou da manutenção dele. “Importante entender esse conceito porque muitas pessoas ainda veem a cirurgia de forma equivocada. Para elas, a fome e a vontade de comer são as mesmas de antes da cirurgia, mas existe uma barreira pela diminuição do tamanho do estômago. Isso não é verdade. Com a bariátrica, passa a existir também impacto dos hormônios no cérebro, o que é fundamental para entender a eficácia da cirurgia. Porque a intervenção não é só voltada à mudança na anatomia do trato digestivo. Há mudanças hormonais, metabólicas, entre outras”, explica a cirurgiã Luciana Siqueira. A médica reforça, ainda, que nenhum estudo demonstrou que essa adaptação buscada pelo hipotálamo se dissipou com o tempo. Ou seja, o corpo sempre vai tentar retornar ao peso máximo. O alerta também vale para o “combo” falta de exercício físico, ansiedade e compulsão alimentar, considerado de alto risco para o paciente que perdeu peso. “É preciso entender que o exercício físico diminui a ansiedade, pois libera endorfina e ajuda a reduzir a vontade de comer”, completa a médica. O debate, diz Luciana Siqueira, é importante para evitar a culpabilização das pessoas em processo de enfrentamento da obesidade e a armadilha de métodos “milagrosos” de emagrecimento. Luciana Siqueira é cirurgiã bariátrica. @dralusiqueira | https://bariatricarecife.blog.br Minha dose de saúde para 2025 é... Minha dose de saúde para 2025 é focar, principalmente, nas caminhadas. Nelas, além de realizar a prática de uma atividade física, consigo me conectar comigo mesma e com a natureza.  Estou sempre buscando lugares que tragam paisagens naturais para caminhar.  Seja na praia, quando estou em viagens ou feriados, seja nos parques que hoje a cidade do Recife oferece.  Como moradora de Casa Forte, uso muito os equipamentos próximos, como o Parque Santana e o novíssimo Parque do Poço.  Acho uma delícia caminhar por lá quando chega a tardezinha. 2025 promete muitas transformações e estou em busca, sempre, do que se transforma para o bem e para minha evolução pessoal e profissional.  Sei que na

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"É preciso criar atividades escolares que permitam os usos pedagógicos dos celulares".

Com a sinalização do Governo Federal de banir smartphones nas escolas, o head de pedagogia da PROZ Educação e professor da CESAR School e da UFPE, Luciano Meira, ressalta que o maior problema é o acesso dos alunos às redes sociais e às Bets e que os dispositivos podem auxiliar na criação de aulas que encantem os estudantes. Banir ou não o celular das salas de aula? O debate se espalhou no Brasil motivado por pais preocupados com o uso constante que seus filhos fazem desses dispositivos e de pesquisas que mostram os prejuízos que esses onipresentes aparelhos causam aos alunos, como a desconcentração. Países como a Finlândia – tida como exemplo de qualidade na educação – e estados como o Rio de Janeiro proibiram o uso nas escolas. O Governo Federal também sinalizou que pretende propor uma lei vetando os smartphones do ambiente escolar. Mas o professor da CESAR School e head de pedagogia da PROZ Educação faz algumas ponderações sobre o assunto nesta entrevista concedida a Cláudia Santos. A começar do fato de que muitos pais se sentem impelidos socialmente de presentearem seus filhos com um celular. “Existe um constrangimento social, nas classes A e B, para que as crianças tenham um smartphone, o que não é uma obrigatoriedade, gente. Atenção! Não temos que nos render a isso tão facilmente”, adverte Luciano, que também é professor do Departamento de Psicologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Ele argumenta, ainda, que muito dos danos provocados pelos dispositivos móveis nas crianças e jovens deve-se ao acesso às redes sociais e, mais recentemente, às bets. Sem vilanizar a tecnologia, Luciano Meira propõe um olhar diferenciado a esses dispositivos nas escolas, sugerindo um uso pedagógico que permita aulas criativas, lúdicas que despertem o interesse dos alunos. Qual a sua opinião sobre a intenção do Governo Federal de banir o celular da sala de aula? Em primeiro lugar, não temos ainda muitos detalhes sobre como se dará esse banimento e que tipo de regulamento mais específico será proposto. Acredito que, na pior das hipóteses, esse tipo de coisa serve para abrir o debate exatamente como estamos fazendo agora. Eu espero que o governo envie um projeto, eu não acredito que será um decreto simplesmente, mas que abra consulta pública e que tenha algumas condições de usos pedagógicos apropriados dos smartphones e demais dispositivos móveis na escola. Projetos dessa natureza já foram aprovados e implementados. Mas a implementação envolve a capacidade dos governos de monitorar a aplicação da lei, isso não é nada fácil. Mas, de qualquer forma, serve como um respaldo legal para aqueles municípios ou mesmo redes específicas de ensino que desejarem seguir nessa direção. Porque, afinal de contas, isso devia ser uma decisão local, dependendo do que está acontecendo em determinados locais, então serve como respaldo. Países como Grã-Bretanha, França, Itália, Holanda, Canadá e outras grandes potências têm seguido nessa mesma direção. O problema do celular na escola não são os dispositivos em si mas o que eles carregam, especialmente o acesso às redes sociais. E agora há as apostas de azar e coisas dessa natureza. Algumas pessoas pensam que é a luminosidade da tela que estava trazendo problemas, não tem nada a ver com isso, mas o envolvimento das nossas crianças e jovens com determinados tipos de algoritmos, especialmente aqueles de captura da atividade das pessoas por tempo prolongado na forma de redes sociais – TikTok e Instagram especialmente – e o possível vício em apostas de azar. Minha resposta acabou sendo longa, mas é porque existe uma indefinição no ar, por um lado, a gente não sabe exatamente o que o governo vai propor. Ainda se espera que, pelo menos, como é da tradição, os usos pedagógicos sejam permitidos. Na pior das hipóteses, regulamentações como essa trazem à tona o debate que é absolutamente necessário. E o é porque as famílias estão pedindo [a proibição do uso de celular nas escolas], e pesquisas tendem a apontar o engajamento excessivo com esses dispositivos e o que eles provêm, correlacionando, inclusive, com aumentos de ideação suicida. Que resultados essas pesquisas trazem sobre o engajamento excessivo de adolescentes e crianças com os dispositivos móveis? Os resultados são às vezes controversos. Não há dúvida de que certas pessoas acabam por usar o dispositivo e as ofertas que ele traz como um ambiente de degeneração do selfie, mas não se sabe, por exemplo, se o dispositivo e as redes sociais causaram isso ou se o sujeito tinha já tinha uma propensão, e as redes sociais expressam essa condição individual. Os estudos precisam estabelecer uma causalidade mais forte, e não apenas uma correlação, precisam dizer se são os algoritmos das redes sociais que causam isso ou é a forma a que os jovens são expostos. Por exemplo, alguns estudos mostram uma correlação da idealização do corpo nas redes sociais, especialmente em meninas, influenciando-as a terem um olhar acentuadamente crítico sobre sua própria existência corpórea e isso provoca um estado de saúde mental deteriorado. Mas esses estudos não representam uma causalidade ainda. Então, há uma indefinição do ponto de vista da ciência. A prática médica, sob a ótica da pediatria, tem sido muito enfática em afirmar que deveríamos, pelo menos, graduar os usos de telas de acordo com as idades das crianças. Há uma variação em relação à idade, alguns pediatras dizem que é preciso evitar telas até 8 anos, outros até 2 anos, outros até 5 anos de idade. A Unesco define que esses dispositivos não são apropriados para uso contínuo de crianças. Meu filho de 2 anos, por exemplo, adora música, eu coloco para ele ouvir via streaming, às vezes ele pede para ver, no celular, a figura do disco que está tocando, eu mostro, ele só olha e segue ouvindo a música. Mas hoje existe um constrangimento social, nas classes A e B, para que as crianças tenham um smartphone, o que não é uma obrigatoriedade, gente. Atenção! Não temos que nos render a isso tão facilmente. Entendo que está todo mundo

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"É preciso criar atividades escolares que permitam os usos pedagógicos dos celulares".

Com a sinalização do Governo Federal de banir smartphones nas escolas, o head de pedagogia da PROZ Educação e professor da CESAR School e da UFPE, Luciano Meira, ressalta que o maior problema é o acesso dos alunos às redes sociais e às Bets e que os dispositivos podem auxiliar na criação de aulas que encantem os estudantes. Banir ou não o celular das salas de aula? O debate se espalhou no Brasil motivado por pais preocupados com o uso constante que seus filhos fazem desses dispositivos e de pesquisas que mostram os prejuízos que esses onipresentes aparelhos causam aos alunos, como a desconcentração. Países como a Finlândia – tida como exemplo de qualidade na educação – e estados como o Rio de Janeiro proibiram o uso nas escolas. O Governo Federal também sinalizou que pretende propor uma lei vetando os smartphones do ambiente escolar. Mas o professor da CESAR School e head de pedagogia da PROZ Educação faz algumas ponderações sobre o assunto nesta entrevista concedida a Cláudia Santos. A começar do fato de que muitos pais se sentem impelidos socialmente de presentearem seus filhos com um celular. “Existe um constrangimento social, nas classes A e B, para que as crianças tenham um smartphone, o que não é uma obrigatoriedade, gente. Atenção! Não temos que nos render a isso tão facilmente”, adverte Luciano, que também é professor do Departamento de Psicologia da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Ele argumenta, ainda, que muito dos danos provocados pelos dispositivos móveis nas crianças e jovens deve-se ao acesso às redes sociais e, mais recentemente, às bets. Sem vilanizar a tecnologia, Luciano Meira propõe um olhar diferenciado a esses dispositivos nas escolas, sugerindo um uso pedagógico que permita aulas criativas, lúdicas que despertem o interesse dos alunos. Qual a sua opinião sobre a intenção do Governo Federal de banir o celular da sala de aula? Em primeiro lugar, não temos ainda muitos detalhes sobre como se dará esse banimento e que tipo de regulamento mais específico será proposto. Acredito que, na pior das hipóteses, esse tipo de coisa serve para abrir o debate exatamente como estamos fazendo agora. Eu espero que o governo envie um projeto, eu não acredito que será um decreto simplesmente, mas que abra consulta pública e que tenha algumas condições de usos pedagógicos apropriados dos smartphones e demais dispositivos móveis na escola. Projetos dessa natureza já foram aprovados e implementados. Mas a implementação envolve a capacidade dos governos de monitorar a aplicação da lei, isso não é nada fácil. Mas, de qualquer forma, serve como um respaldo legal para aqueles municípios ou mesmo redes específicas de ensino que desejarem seguir nessa direção. Porque, afinal de contas, isso devia ser uma decisão local, dependendo do que está acontecendo em determinados locais, então serve como respaldo. Países como Grã-Bretanha, França, Itália, Holanda, Canadá e outras grandes potências têm seguido nessa mesma direção. O problema do celular na escola não são os dispositivos em si mas o que eles carregam, especialmente o acesso às redes sociais. E agora há as apostas de azar e coisas dessa natureza. Algumas pessoas pensam que é a luminosidade da tela que estava trazendo problemas, não tem nada a ver com isso, mas o envolvimento das nossas crianças e jovens com determinados tipos de algoritmos, especialmente aqueles de captura da atividade das pessoas por tempo prolongado na forma de redes sociais – TikTok e Instagram especialmente – e o possível vício em apostas de azar. Minha resposta acabou sendo longa, mas é porque existe uma indefinição no ar, por um lado, a gente não sabe exatamente o que o governo vai propor. Ainda se espera que, pelo menos, como é da tradição, os usos pedagógicos sejam permitidos. Na pior das hipóteses, regulamentações como essa trazem à tona o debate que é absolutamente necessário. E o é porque as famílias estão pedindo [a proibição do uso de celular nas escolas], e pesquisas tendem a apontar o engajamento excessivo com esses dispositivos e o que eles provêm, correlacionando, inclusive, com aumentos de ideação suicida. Que resultados essas pesquisas trazem sobre o engajamento excessivo de adolescentes e crianças com os dispositivos móveis? Os resultados são às vezes controversos. Não há dúvida de que certas pessoas acabam por usar o dispositivo e as ofertas que ele traz como um ambiente de degeneração do selfie, mas não se sabe, por exemplo, se o dispositivo e as redes sociais causaram isso ou se o sujeito tinha já tinha uma propensão, e as redes sociais expressam essa condição individual. Os estudos precisam estabelecer uma causalidade mais forte, e não apenas uma correlação, precisam dizer se são os algoritmos das redes sociais que causam isso ou é a forma a que os jovens são expostos. Por exemplo, alguns estudos mostram uma correlação da idealização do corpo nas redes sociais, especialmente em meninas, influenciando-as a terem um olhar acentuadamente crítico sobre sua própria existência corpórea e isso provoca um estado de saúde mental deteriorado. Mas esses estudos não representam uma causalidade ainda. Então, há uma indefinição do ponto de vista da ciência. A prática médica, sob a ótica da pediatria, tem sido muito enfática em afirmar que deveríamos, pelo menos, graduar os usos de telas de acordo com as idades das crianças. Há uma variação em relação à idade, alguns pediatras dizem que é preciso evitar telas até 8 anos, outros até 2 anos, outros até 5 anos de idade. A Unesco define que esses dispositivos não são apropriados para uso contínuo de crianças. Meu filho de 2 anos, por exemplo, adora música, eu coloco para ele ouvir via streaming, às vezes ele pede para ver, no celular, a figura do disco que está tocando, eu mostro, ele só olha e segue ouvindo a música. Mas hoje existe um constrangimento social, nas classes A e B, para que as crianças tenham um smartphone, o que não é uma obrigatoriedade, gente. Atenção! Não temos que nos render a isso tão facilmente. Entendo que está todo mundo

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Ecossistema de inovação precisa dos olhares da periferia e do interior

*Por Rafael Dantas Inovação virou palavra de ordem nos últimos anos, um motor para o crescimento econômico e para transformações sociais. É a semente dos novos negócios para resolver problemas do mundo real. Porém, para conhecer as dores de um grupo mais amplo de pessoas e enxergar soluções a partir de outras lentes, nasce nos ecossistemas que fomentam as startups uma atenção maior aos inovadores que vêm das periferias ou de fora dos grandes centros urbanos. O caminho nessa cena da inovação para quem nasceu nos subúrbios ou no interior ainda não é fácil. De acordo com pesquisa realizada pela FGV, os negócios sociais estabelecidos fora da periferia apresentam um capital inicial médio 37 vezes maior do que os empreendimentos iniciados dentro dela. “Isso é um dado muito alarmante no sentido de gerar oportunidades ou mesmo de sobrevivência dos negócios. Porém, por outro lado, temos na periferia uma coisa que é fundamental, principalmente em inovação, que é ter conhecimento e vivência dentro do problema que você tenta resolver”, destaca Philippe Magno, diretor da FOZ, o Centro de Inovação em Saúde e Educação da FPS e do Imip. Apesar desse cenário nacional, estão surgindo em Pernambuco iniciativas importantes com essa proposta de valorizar as outras vozes que estão se propondo a protagonizar mudanças na sociedade. Dentro desse perfil, a recém-inaugurada no Recife Startupbootcamp, terceira maior aceleradora do mundo, iniciou sua operação com uma promessa bem clara: “Vamos priorizar negócios com pessoas pretas, periféricas e do interior”, declarou o head da empresa no Brasil, Edgar Andrade, em entrevista à Algomais. Também de Pernambuco, o ITCBIO (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) tem trabalhado com vários negócios inovadores dos diversos territórios pelo Agreste, Sertão e Zona da Mata, como o Lactoquito. A própria FOZ, também apoia iniciativas que vêm das periferias da cidade, a exemplo do Prol Educa. Philippe Magno considera que as periferias do Brasil tem muito a ensinar aos negócios tradicionais sobre as verdadeiras faces do Brasil. “Cada cantinho do Brasil, cada interior, cada periferia têm realidades distintas. Neles temos um laboratório cheio de oportunidades. Onde tem problema, tem oportunidade de inovação. Essas pessoas são um capital humano muito rico, repleto de inteligência para inovar. A vivência delas é um laboratório constante de criatividade e de soluções. Como em uma startup de saúde, a presença de um profissional do setor é fundamental, entendo que para resolvermos problemas sociais a vivência de quem sofre esse problema é fundamental. Quem sofre com as dores tende a conhecer muito mais sobre as formas de solucionar esses problemas”, declarou Philippe. ABRINDO PORTAS NA EDUCAÇÃO Dentro da FOZ está um dos negócios com esse perfil, construído por gente que sofreu a dor da dificuldade de acesso à educação, o Prol Educa. Em sete anos de atividades, a startup já beneficiou mais de 20 mil famílias, conectando estudantes de baixa renda a escolas privadas com vagas ociosas. As crianças e adolescentes cadastrados, dentro do perfil alvo do projeto, recebem bolsas de estudo ou têm acesso a preços menores das mensalidades. “Sou morador da Mustardinha, fui aluno de escola pública e ganhei bolsa de estudo na melhor escola do meu bairro. Depois estudei logística, mas minha grande formação foi o empreendedorismo social. A Prol Educa é um trabalho de inclusão social, empoderamento, enfrentamento da desigualdade e acesso à educação para famílias de classe C e D que não poderiam pagar mensalidades integrais. Trazer a tecnologia junto à educação que transforma a vida nos motiva a cada dia. A favela é potência, não é carência”, afirma Pettrus Nascimento, COO (diretor de operações) da Prol Educa. Estão também à frente da startup Petrus Vieira e Manuella Nascimento, que são do Conjunto Muribeca, onde o projeto deu os primeiros passos. Já são mais de mil instituições parceiras da Prol Educa, que foi criado por esses jovens que tiveram a oportunidade também de serem beneficiados com bolsas no seu período escolar. A maioria das parcerias é com escolas (80%), mas a startup também oferta vagas em cursos técnicos (10%), de idiomas (5%) e graduações (5%). Com as mensalidades e matrículas dos alunos envolvidos no projeto, mais de R$ 8 milhões entraram no caixa dessas escolas. Além de ser incubada na FOZ, a Prol Educa recebeu investimentos do Anjos do Brasil, da GVAngels, do Investe Favela e da Google Black Founders Fund. Após um período difícil de travessia na pandemia, com os sistemas educacionais em grave crise, a startup está avançando na região Nordeste em 2023 e mira um voo nacional nos próximos anos. UM HUB PARA INOVAÇÕES DA PERIFERIA O ecossistema de inovação do Porto Digital passa a contar com o HUB.Periférico. Instalado em um prédio cedido pela Santa Casa de Misericórdia, no Porto Digital, o espaço se propõe a ser uma aceleradora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas favelas e periferias. Liderado por Daniel Paixão, 22 anos, que iniciou sua trajetória de empreendedorismo social em Maranguape I, em Paulista, o empreendimento tem como principal foco ser um hub de alta performance periférica, atuando com educação, tecnologia, empreendedorismo e desenvolvimento de soluções sustentáveis, para transformar as vulnerabilidades desses territórios em oportunidades dignas. “O Recife Antigo era ocupado com prostituição, usuário de drogas e, no passado, com escravização. Quando unimos pessoas negras e de periferia para construir o HUB.Periférico, entendemos que estamos construindo um processo de reparação histórica, política e de ocupação de um espaço aonde a gente também está para desenvolver as nossas próprias resoluções a partir do que a gente acredita”, declarou Daniel Paixão, que é universitário de jornalismo. O insight dessa iniciativa foi ainda em Paulista, antes da pandemia. Mas sem adesão e apoio, Daniel e outros jovens envolvidos no projeto apostaram no Recife. Na prática, o HUB.Periférico vai desenvolver no Porto Digital programas de educação laboratorial, programas de inovação periférica, hackathons e apoiar outros projetos pilotos com raízes nas periferias urbanas de Pernambuco e do Brasil. O jovem empreendedor acredita nos valores que nascem nas periferias, mas avalia que ainda há um processo em amadurecimento do Estado e dos

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Volta às aulas: educação para alunos e professores via WhatsApp

AprendiZAP oferece, por meio de entidade sem fins lucrativos, reforço escolar e desenvolvimento de planos de aula online e gratuitos. Com a necessidade de acesso à educação de qualidade em um momento de fragilidade do ensino no país, a Fundação 1Bi, entidade da sociedade civil sem fins lucrativos que utiliza a tecnologia digital para impactar e melhorar a vida das pessoas, criou o AprendiZAP, uma ferramenta que tem o objetivo de auxiliar professores e alunos da rede pública. Mais de 1 milhão de pessoas já foram impactadas, seja através da Plataforma para Professores, onde educadores têm auxílio para construir seus planos de aula; ou por meio de um chatbot no WhastApp destinado aos alunos do Ensino Fundamental 2 e Médio, que desejam complementar seus estudos. Ao todo, 223 mil alunos acessaram as aulas do AprendiZAP pelo WhatsApp , 226 mil professores buscaram auxílio para suas aulas na plataforma e outros 713 mil alunos foram alcançados indiretamente por meio dos educadores que utilizam a ferramenta. No período de 12 meses, o número de alunos do AprendiZAP cresceu 408% e o de professores aumentou 477%. Esse “boom” se deve à evolução da própria ferramenta após ouvir feedback de usuários. “Facilitamos o acesso, melhoramos a solução com avaliações, incentivos e planos de aula e ampliamos o conteúdo dos temas, desenvolvidos por professores da rede pública de ensino, parceiros da Fundação, como se fossem aplicados em sala de aula”, celebra Kelly Baptista, diretora-executiva da Fundação 1Bi. Matérias mais acessadas Entre as disciplinas mais procuradas na plataforma, matemática é, disparado, a número um, com 18 mil acessos só em 2022. Kelly afirma ser porque essa é uma das disciplinas básicas onde os alunos têm mais dificuldade na escola. “A gente não é estimulado a gostar dessa área do conhecimento, o que leva alunos a estudar por conta própria”, lamenta. Em segundo e terceiro lugar em número de acessos estão inglês e português, com mais de 8 e 7 mil alunos, respectivamente. “A busca por língua estrangeira aumentou muito porque os alunos querem aprender por necessidade e curiosidade”, pontua Kelly. “Atualmente minha filha está no 9º ano e começou a utilizar o AprendiZAP no final do ano passado para ajudá-la nas provas finais de matemática. A escolha foi uma boa opção porque funcionou, literalmente, como um complemento do que ela já tinha aprendido na escola, só que aqui dentro de casa, direto do nosso celular e com diferentes tipos de explicação. Hoje ela utiliza a plataforma até mesmo para rever as matérias que não tem tanta dificuldade, como português”, relata Rosiane Ribeiro, mãe da Maria Claudia de 13 anos, estudante em Guarulhos - SP. Volta às aulas Com o início do ano letivo, professores podem acessar a Plataforma AprendiZAP para auxiliar na construção de suas aulas. Ao informar qual disciplina ensina, o número de alunos e se o material é para ensino fundamental 2 ou médio, o AprendiZAP disponibiliza uma centena de conteúdo, dividido por áreas, que o educador pode baixar e incluir na íntegra ou com suas modificações em seu plano de aula. “O professor pode, também, indicar o AprendiZAP para os alunos como forma de complementar suas aulas e através dele, monitorar o desenvolvimento dos alunos”, explica Kelly. “É uma forma de utilizarmos a tecnologia que está ao alcance da maioria para impulsionar o ensino público, que ficou defasado nos últimos anos”, complementa. Já para quem procura aprender, no AprendiZAP o aluno pode escolher qual matéria quer estudar, isso inclui áreas de conhecimento como: Linguagens e suas Tecnologias; Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Projeto de Vida, ou trilhas de aprendizagem complementar, como Enem (Descomplica); Direitos Humanos e Tecnologia. A partir daí, a ferramenta entrega material explicativo em vídeos e textos. Para cada fase, há um exercício com correção. Isso tudo por meio do WhatsApp. Serviço - AprendiZAP Material de estudo: aprendizap.com.br Número do whatsapp: (11) 97450-6763 Instruções: Para iniciar a conversa com o bot e receber os materiais, basta enviar um “Oi”.

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Polêmicas à parte, o ChatGPT é um ponto de inflexão para a inteligência artificial

N as últimas semanas, um dos assuntos mais falados é o ChatGPT, um aplicativo baseado em inteligência artificial, que é capaz de produzir textos que simulam a linguagem humana. Como sempre acontece com as novas tecnologias, as polêmicas se espalham rapidamente, misturando dúvidas e medos. O ChatGPT pode substituir os professores na sala de aula? Vai acabar com os jornalistas? O Google está com os dias contados? A proposta desse artigo é tentar esclarecer algumas dessas questões, em parceria com o próprio ChatGPT. Por que não? Antes de tudo, vamos deixar que o ChatGPT se apresente. Eu sou o ChatGPT, um grande modelo de linguagem desenvolvido pela OpenAI. Fui projetado para entender e gerar texto semelhante ao humano e ajudar os usuários em uma ampla gama de tarefas, como responder a perguntas, escrever, resumir e muito mais. Fui treinado em uma grande quantidade de dados de texto, o que me permite entender e gerar texto com alto grau de precisão. Meu limite de conhecimento é 2021 e meu objetivo é fornecer respostas úteis e precisas com o melhor de minhas habilidades. Por que o ChatGPT é revolucionário, como se diz por aí? ChatGPT, abreviação de "Conversational Generative Pre-training Transformer", é considerado revolucionário por causa de sua capacidade de gerar texto humano. Isso é possível graças à sua grande arquitetura de rede neural e ao uso de uma técnica chamada pré- -treinamento, que permite aprender padrões de um grande corpus de texto. Uma das principais razões pelas quais o ChatGPT é considerado revolucionário é sua capacidade de gerar texto virtualmente indistinguível do texto escrito por humanos. Isso abre uma ampla gama de possibilidades para aplicativos como tradução de idiomas, resumo de texto e conversão de texto em fala. Agora vamos às polêmicas: o ChatGPT pode substituir um professor? O ChatGPT não pretende substituir os professores humanos, mas sim auxiliá-los. Um professor humano traz qualidades únicas para a experiência de ensino, como interação pessoal, apoio emocional e orientação. Os professores são responsáveis por criar um ambiente de aprendizagem seguro e inclusivo e por fornecer orientação e apoio emocional para seus alunos. O ChatGPT e outras ferramentas baseadas em IA têm o potencial de auxiliar os professores em diversas tarefas, como planejamento de aulas, notas e avaliações, aprendizagem personalizada. Além disso, ferramentas baseadas em IA, como o ChatGPT, não podem substituir a criatividade, a flexibilidade e o pensamento crítico exigidos de um professor. Mais uma polêmica: o ChatGPT pode acabar com os jornalistas? É importante notar que, embora o ChatGPT possa tornar as tarefas do jornalista mais eficientes, ele não deve ser usado como um substituto para os jornalistas humanos, mas sim como uma ferramenta para auxiliá-los. O ChatGPT, como qualquer outra ferramenta baseada em IA, também pode ter algum impacto negativo nas tarefas dos jornalistas. Os jornalistas podem se tornar muito dependentes do ChatGPT e de outras ferramentas de IA, levando à falta de pensamento crítico e criatividade em seu trabalho. O conteúdo gerado pelo ChatGPT pode não ter o toque humano e a perspectiva pessoal que é importante no jornalismo. O ChatGPT pode ser treinado em um conjunto de dados que contém desinformação ou viés, que pode se espalhar pelo conteúdo gerado. O conteúdo gerado pelo ChatGPT pode conter erros ou imprecisões, o que pode comprometer a qualidade e a credibilidade das notícias relatadas. Vamos falar de negócios. O Google está com os dias contados? O ChatGPT é um modelo de geração de linguagem e não é um motor de busca como o Google. No entanto, pode ser integrado a mecanismos de pesquisa para melhorar a qualidade dos resultados e a experiência do usuário. A tecnologia ainda está em seus estágios iniciais e ainda está longe de igualar as capacidades do Google, que usa um algoritmo complexo que leva em conta muitos fatores e é capaz de retornar os resultados mais precisos e relevantes possíveis. De uma forma geral, dá para notar que as respostas geradas pelo ChatGPT são sempre polidas e políticas. Isso não é à toa. Como é explicado nas respostas geradas pelo próprio ChatGPT, houve um pré-treinamento realizado por humanos. De certa forma, essa técnica traz em si mesma um viés por eliminar o contraditório, tornando as respostas muito “limpinhas e bem-comportadas”. Apesar de ser uma grande evolução, a minha avaliação é que ainda tem um caráter artificial e robótico. Até porque seres humanos não escrevem assim na vida real. Ainda bem. Analisando as respostas, temos que levar em conta que são usadas fontes existentes sobre o tema pesquisado. Então, não há um novo pensamento. Sobre o Google, não dá para comparar ainda uma ferramenta de busca diretamente com uma IA de linguagem natural. O escopo de um buscador é muito maior. Mas o ChatGPT é uma ameaça real ao Google se for incorporada aos mecanismos concorrentes, porque facilita a vida dos usuários, que não precisam clicar em diversos links. Um diferencial que o Google terá que correr atrás. No caso dos professores, o problema não está apenas em uma possível substituição, mas também no uso inadequado do ChatGPT pelos alunos, podendo afetar o desenvolvimento do pensamento crítico e da criatividade. Na resposta sobre os jornalistas, diferentemente do que o chat GPT considerou, haverá um grande impacto na profissão, pois a automatização levará à necessidade de menos jornalistas (incluindo advogados também) para fazer o mesmo trabalho. Por outro lado, a IA não terá como fazer uma reportagem investigativa, pois ela só reproduz o que já foi escrito pelo ser humano. Essas foram apenas algumas questões que pudemos responder nesse artigo. Fato mesmo até agora é que quem se deu bem com o ChatGPT foi a Microsoft, principal financiadora da tecnologia desde o seu início, e que fechou um acordo no valor de US$10 bilhões para incorporar a inovação em vários de seus produtos, tais como Word, Powerpoint, Azure, Outlook e Bing. Considerando as informações até agora divulgadas, a adoção do ChatGPT no Word e no Outlook, auxiliando a produção de textos e de e-mails, parece ser a

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No mundo pós-pandemia, o trabalho ainda dignifica o homem?

Passada a pandemia, as pessoas estão demonstrando novas formas de encarar a vida produtiva. Desde o confronto da cultura da alta performance nas empresas até a priorização dos objetivos pessoais em detrimento do emprego, os profissionais da pós-pandemia demandam outras formas de relação com o trabalho. Por outro lado, nem todos os contratantes estão entendendo essas mudanças. A primeira mudança de comportamento é o great resignation, a grande demissão em tradução livre. Aconteceu durante a pandemia em muitos países quando os trabalhadores decidiram não retornar aos seus empregos após o lockdown, em busca de oportunidades menos estressantes. No Brasil, entre julho de 2021 e julho de 2022, cerca de 500 mil pessoas pediram demissão por mês. É o dobro do registrado nos anos anteriores à pandemia, de acordo com o estudo da Lagom Data e da revista Você S/A. Outro comportamento pós-pandemia no mundo do trabalho é o quiet quitting. Quando traduzido ao pé da letra, o termo significa “demissão silenciosa”. Mas, ao contrário do que parece, quem se comporta assim não tem intenção de pedir as contas. Na prática, esse tipo de profissional fica esperando o tempo passar, acessando redes sociais e aguardando a hora de largar, em vez de executar as atividades para as quais foi contratado. Um tipo de “operação padrão” em protesto à falta de perspectiva para evolução da carreira. Uma tendência também é o acting your wage, ou trabalhar com esforço proporcional ao salário. A ideia é que, se a empresa não oferece incentivos e um ambiente saudável, não há motivo para se esforçar além do limite. Nesse caso, o trabalhador faz apenas o que foi contratado para fazer — e nada mais. Em outras palavras, é o profissional que não “veste a camisa”, que não dá o “sangue pela empresa”. O protesto dessa vez é contra as condições não ideais de trabalho. Com a explosão da modalidade remota, alguns profissionais adotaram também o cyberloafing. É o trabalho para vários contratantes, ao mesmo tempo, e que pode ser feito sem sair de casa, porém de remuneração mais baixa. Dessa maneira, esse trabalhador evita o tempo desperdiçado com deslocamento e não gasta com alimentação em restaurantes. O esperado nesse modelo é o aumento da remuneração total e a melhora da qualidade de vida, atuando apenas em home office. O great resignation, o quiet quitting, o acting your wage e o cyberloafing podem não parecer novos, pois muitos trabalhadores já se comportavam assim antes mesmo da pandemia. A diferença é que, depois do Covid-19, essas atitudes passaram a ser mais conscientes e não mais isoladas. Fazem parte de um comportamento intergeracional e estão presentes em diversos países, até mesmo quando o mercado apresenta crise, com alta taxa de desemprego, como é o caso do Brasil. A conclusão é que o trabalho está deixando de ser prioridade. As pessoas estão em busca de outros objetivos na vida. Elas procuram realização pessoal, priorizam a saúde mental, mais tempo com a família etc. Não estão mais dispostas a encarar ambientes corporativos de alta competitividade, cargas horárias extensas e exaustivas, sem um propósito alinhado com seus interesses. Apesar disso, nem todas as empresas estão dando a devida atenção aos sinais claros de mudança que a pandemia gerou no mercado. Insistem em oferecer modelos de trabalho do passado. Algumas, inclusive, que atuaram em home office durante a pandemia, estão obrigando seus integrantes a retornarem ao trabalho presencial, sem oferecer alternativas ou flexibilidade, como o modelo híbrido. As empresas não estão compreendendo que um profissional equilibrado entre a vida pessoal e o trabalho tende a elevar a produtividade, o engajamento e, principalmente, a lealdade à empresa. Nessa direção, é preciso rever a medição de desempenho baseada apenas no cumprimento de horários e em metas operacionais e financeiras. Proporcionar melhores condições de trabalho, que privilegiem a saúde mental, por exemplo, se tornaram uma exigência para atrair e manter talentos no futuro pós-pandêmico. Outra forma de avaliar essas mudanças de comportamento é uma resposta inconsciente dos profissionais ao que vem sendo desenhado para o futuro do trabalho. Diante da perspectiva de que máquinas e algoritmos farão a maior parte das atividades pesadas e repetitivas, o novo modo de agir dos trabalhadores demonstra uma antecipação do cenário em que os humanos terão mais tempo livre para atividades intelectuais, sociais e de lazer. O pensamento de que o “trabalho dignifica o ser humano”, do sociólogo alemão Max Weber, parece estar perdendo, aos poucos, o sentido.

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Pernambuco Além da Crise: O que defendem os candidatos de Pernambuco nas eleições 2022?

A Algomais e a Rede Gestão produziram o documento "Pernambuco Além da Crise: Propostas aos Candidatos ao Governo de Pernambuco". Enviamos o material com sugestões e análises para todos os candidados e elaboramos perguntas sobre os aspectos que consideramos estratégicos para o Estado nos próximos anos. Confira nos links abaixo o que disse cada candidato.

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