Arquivos Urbanismo - Página 2 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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A trágica urbanização brasileira, o Recife e a possibilidade de redenção

O Brasil é um dos países de mais rápida e avassaladora urbanização do mundo. Passou de um percentual de 31% da população urbana (e 67% rural), em 1940, para 84% da população urbana (e 16% rural), em 2010. Como o Censo de 2020 ainda não foi feito, estima-se que o percentual já esteja hoje acima de 86%. Esse fluxo campo-cidade, acentuadíssimo, funcionou, sobretudo para as cidades mais antigas do País, como um fator de desorganização urbana de proporções nunca antes vivenciadas por elas. Rio de Janeiro, Salvador e o Recife, em especial, sofreram demais. O Recife, por exemplo, a mais antiga das três (pois é a capital mais antiga do País, a primeira a completar 500 anos em 2037) e centro regional desde a colonização, teve a sua população duplicada, de 500 mil, em 1950, para 1 milhão de habitantes, em 1970. Do início do Século XX até 1970 este crescimento foi de 10 vezes, de 100 mil para 1 milhão de habitantes. Além de um “tsunami” populacional dessas proporções, como popularmente se diz, “por cima de queda, coice”. Esse fenômeno migratório nacional e regional, digamos assim, foi coadjuvado por outro de proporções mundiais: a fenomenal ascensão do veículo individual motorizado, o nosso querido automóvel que, atuando como uma espécie de “gás” sólido, se expande até ocupar praticamente todo o espaço viário disponível. Atualmente estima-se que os veículos individuais motorizados ocupam, só eles, 80% de todo o espaço viário nas cidades brasileiras (considerando as calçadas como inclusas no espaço viário). No caso do Recife, que passou cerca de 4/5 (ou 80%) de sua história de vida sem veículos motorizados, essas duas “catástrofes” concatenadas contribuem para a frequente conquista periódica do “título” de uma das cidades mais engarrafadas (do País ou do mundo, dependendo de quem “mede”). Isso por se tratar de uma cidade de muitos rios e canais que forçam o trânsito estreitado a passar frequentemente por pontes. Além disso, devido à sua idade, praticamente toda a malha viária da chamada Zona Norte da cidade foi traçada antes da chegada do automóvel (diferente da malha da Zona Sul que foi lançada, praticamente toda ela, quando o automóvel já tinha chegado). Por ela passavam pessoas a pé, montadas em animais ou sobre carroças puxadas a equinos ou bovinos. De repente, tiveram que se adaptar à passagem de veículos móveis de, no mínimo, uma tonelada de peso, em duas mãos. Resultado: as vias tiveram que ser alargadas ao máximo, com as calçadas segregadas nas bordas, de preferência as menores possíveis. O fato é que nenhuma cidade do mundo, por mais desenvolvida e/ ou bem aquinhoada com recursos que fosse, passaria sem sérias consequências por uma conjugação de fenômenos tão poderosa e desorganizadora como a ocorrida. Muito menos o Recife que cresceu sobre um sítio de terras frágeis, alagáveis na planície e “dissolventes” nas encostas dos morros que circundam a planície, em forma de anfiteatro, desde Olinda aos Montes Guararapes, ocupados pelo grosso da população que chegava à procura de chão para erguer suas precárias moradias. Além das encostas frágeis de argila, a população habitacionalmente desassistida ocupou também os piores terrenos da planície, aqueles dos “córregos e alagados” como costumava dizer um folclórico prefeito da capital. Além disso, os recursos passaram a ser escassos para uma cidade que, desde há muito até os dias atuais, passou a constituir-se metade “formal” e metade “informal”. A consequência do ponto de vista urbanístico-administrativo foi uma realidade mais próxima do caótico do que de qualquer outra situação menos desordenada. Esta realidade torna-se ainda mais contrastante quando verificamos que no início do Século XX, até a fatídica década de 1940, o Recife chegou a transformar-se numa cidade que se poderia considerar até organizada. Que o digam os filmes do “Ciclo do Recife”, feitos nas décadas de 1920/30 que retratam uma cidade quase “europeia” com belos jardins (Praças da República, Adolfo Cirne, Derby, Sérgio Loreto, Casa Forte, Parque 13 de Maio etc.), bondes elétricos, pontes de ferro e cimento armado, porto e bairro portuário reformados à moda francesa, praticamente 100% saneada por Saturnino de Brito, com sua praia urbanizada etc. Além disso, com um intenso debate urbanístico instalado entre os formadores de opinião, com o aporte dos principais urbanistas da época (fora os locais como Domingos Ferreira, José Estelita e outros), como é o caso de Nestor de Figueredo, Attílio Correia Lima, Ulhôa Cintra. Até o lendário Agache esteve na cidade (e eu desconfio que Le Corbusier esteve por aqui também, a bordo do Zepellim). Pois bem, o que de fato aconteceu foi que, depois dessa espécie de “visita da saúde” urbanística, a cidade só andou, em se tratando de organização e gestão urbana, e qualidade de vida citadina, ladeira abaixo, não obstante os esforços (que, aliás, não foram poucos) de evitar ou reverter a queda geral de qualidade. Viveram os recifenses décadas de efetiva decadência da qualidade de vida urbana que até pareceu sem remédio… Até que, de onde menos se esperava, surge uma possibilidade de salvação: o Rio Capibaribe, tão maltratado, coitado! Uma pesquisa feita, durante 7 anos, em parceria pela UFPE e a Prefeitura do Recife, concluiu que o Rio era não só o nosso principal ativo ambiental como urbanístico também. Capaz de “recosturar” o fragmentado território recifense, transformado numa “colcha de retalhos” pelos loteamentos que se sucederam sem adequada orientação de desenho urbano mas apenas de legislações sem visão de conjunto… Por conta disso, não é exagerado dizer que o que resultou foi um “quebra-cabeças desmontado” que urge remontar e o Capibaribe pode e deve ser essa “linha”, possibilitando a criação de um parque de 30 km (15 km de cada margem), desde sua “entrada” na cidade pelo Bairro da Várzea, até a sua junção com o Beberibe para, nada mais nada menos, formar o Oceano Atlântico… Esse parque nas margens é capaz de articular um sistema de parques que conectará as principais áreas verdes da cidade e, surpresa das surpresas descoberta pela pesquisa UFPE/PCR: transformar, até o seu aniversário de 500 anos (em

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Walt Disney inventou a Disneylândia, o Recife não precisa inventar nada!

*Por Francisco Cunha Walter Elias Disney (1901-1966), conhecido como Walt Disney, fundou a Disneylândia para dar vida a uma cidade da fantasia, onde todos os personagens e cenários são inventados e se constituem num absoluto sucesso de público e renda há décadas. Já o Recife, não precisa inventar nada porque todos os seus personagens e cenários são reais e pertencem à história que está literalmente em cada esquina do seu Centro. Aliás, desde a pré-história, os depoimentos dos primeiros colonizadores dão conta de que toda a região do delta do Capibaribe era densamente povoada, com diversas aldeias indígenas que ficavam perto dos locais de coleta de alimentos (peixes, crustáceos e demais abundantes frutos do mar, bem como frutas como caju, pitanga, mangaba, todas encontradas em profusão nas matas da planície e na beira-mar). Inclusive, a crônica histórica dá conta de que o próprio Duarte Coelho Pereira, nosso primeiro donatário, teve que expulsar uma aldeia inteira dos índios caetés do alto de Olinda (a “Marim dos Caetés”) para se instalar lá e fundar a nossa primeira capital. A partir da colonização, a relação de personagens notáveis é imensa. Desde os franceses contrabandistas de pau-brasil; passando pelos piratas liderados por James Lancaster; a invasão holandesa, com seu rosário de personagens de todos os tipos, inclusive os mais ilustre deles, Maurício de Nassau; os judeus que moraram na Rua do Bom Jesus e, de volta para os Países Baixos, se perderam, foram parar em Nova Amsterdam e fundaram a colônia judaica de Nova York, a maior do mundo; os heróis da Insurreição e da Restauração Pernambucana; os mercadores que promoveram uma guerra com a “nobreza da terra” de Olinda (só ela, um rosário interminável de personagens), talvez a única entre cidades no Brasil, a “Guerra dos Mascates”; os artistas e artesãos que construíram um dos maiores acervos barrocos religiosos do mundo; os religiosos que povoaram as igrejas e os conventos das mais variadas confrarias e ordens religiosas que imperaram depois da expulsão dos holandeses; os mártires e heróis das revoluções de 1817, de 1824 e de 1848, sem falar das diversas outras menores durante o “Século da Revoluções” (XIX); o naturalista Charles Darwin (que esteve no Recife em 1836); o Conde da Boa Vista (Francisco do Rego Barros), reformador notável do Recife, patrono da vinda de Louis Vouthier (engenheiro revolucionário francês que construiu o Teatro Santa Isabel); Francisco Saturnino de Brito, herói do saneamento nacional, que saneou 100% do Recife na primeira década do século XX; os reformadores dos Bairros do Recife e de Santo Antônio na primeira metade do século XX; sem falar em toda a plêiade de personagens do Império e da República (mulheres e homens públicos, artistas, poetas, empresários) que povoaram o Recife, inclusive a primeira experiência de arquitetura moderna no Brasil com Luiz Nunes, Burle Marx e Joaquim Cardozo); e muitos e muitos outros… Isso tudo, sem citar os ambientes urbanos e edificados com exemplares ainda presentes na paisagem da cidade ou facilmente resconstituíveis pela profusão de imagens ilustrativas (pinturas, gravuras, fotografias), por si sós, cenários que, rigorosamente, nada têm de fantasiosos porque reais. Essa breve relação mostra o pontencial extraordinário que o Recife tem, em especial o seu Centro, para ser mais do que uma cidade da fantasia, uma cidade da história e da cultura, com fantasia, sim, por que não? Com atrações em cada canto, ancoradas na riquíssima história que temos. Para isso, necessário se faz todo um esforço liderado pelo poder público mas que precisa ser encampado e prestigiado pelos que temos conhecimento desta possibilidade e pudemos contribuir com a nossa vontade para torná-la realidade. Nós não precisamos criar nenhuma Disneylândia. Nós já a temos. Só precisamos animá-la e colocar para funcionar. Pode ser um sucesso maior do que sua congênere fantasiosa norte-americana. Um parque temático real: o da fantástica história do Recife! *Francisco Cunha é arquiteto e consultor

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Rafa Mattos faz intervenção artística com mensagem voltada para mulheres

O artista Rafa Mattos, apresentou nesta segunda-feira, na semana do Dia Internacional da Mulher, uma intervenção que enaltece a figura feminina. O corredor do piso principal do Shopping ETC, nos Aflitos, Zona Norte do Recife, recebe uma mistura de cores especiais: uma pintura que exprime uma mensagem de reflexão, mas que também chama atenção para o respeito, coragem, empoderamento feminino, igualdade de gênero e de raça.

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"Achatar curva de demanda do transporte traria mais conforto e fluidez do trânsito"

Um dos entrevistados da última edição da Revista Algomais foi o empresário Marcelo Bandeira de Mello, diretor executivo das empresas Pedrosa, Transcol e São Judas Tadeu, e membro do conselho de inovação da NTU (Associação Nacional de Transportes Urbanos). Fazendo uma comparação com a luta nacional contra à Covid-19, ele defende que é preciso "achatar a curva" a demanda do transporte público. Diante da queda abrupta de receita das empresas do setor de transporte público e da necessidade de melhorar o conforto dos passageiros, tendo menos pessoas por veículo, reduzir a pressão sob o sistema de ônibus nos horários de pico (com o escalonamento dos horários de entrada e saída das atividades produtivas) é a sua proposta. Essa mudança de comportamento da sociedade, que distribuiria melhor os usuários ao longo do dia, demanda de uma ampla participação da sociedade para poder funcionar com resultados.   Diante da necessidade de reduzir as aglomerações no transporte público, que medidas você defende que podem ser tomadas para aumentar a segurança dos passageiros e caminhar para uma solução viável para o setor? A preocupação com a saúde pública é um dever de todos e as empresas do setor estão muito engajadas nesta iniciativa, de maneira a proporcionar mais segurança aos nossos clientes e colaboradores. Por este motivo, antes mesmo da formalização de um protocolo para o setor por parte do Grande Recife, as empresas já haviam implementado diversas medidas, como forma de proporcionar um padrão de segurança sanitária ainda mais alto nas garagens e veículos. Entre as principais iniciativas adotadas podemos destacar o reforço da higienização dos veículos, com limpezas sendo realizadas ao longo do dia nos terminais no intervalos das viagens, instalação de anteparos de proteção para os motoristas e cobradores, pulverização do veículo com desinfetante de aplicação hospitalar e a diminuição da capacidade total de passageiros dos veículos. . Você poderia explicar como colocar em prática um "achatamento da curva do transporte público"? E quais os principais benefícios dessa medida? Em que pese a demanda de passageiros ainda estar 60% abaixo do patamar anterior à pandemia, observamos que a utilização dos veículos tem se dado em faixas de horários bastante reduzidas, de maneira que há uma sobrecarga no sistema nos horários de pico, enquanto que há capacidade de transporte não utilizada nas demais faixas horárias. A nossa proposta é, portanto, achatar a curva da demanda pelos serviços de transportes, observando a capacidade efetiva do sistema face à nova especificação de lotação adotada. Precisamos reunir o poder público, setores econômicos da sociedade civil e empresas de transportes na montagem de um comitê para discutir o ajuste dos horários das atividades, de maneira a distribuir a demanda de forma mais homogênea ao longo do dia, proporcionando uma taxa de ocupação inferior nos veículos e um melhor padrão de qualidade. Tal iniciativa repercutiria também na melhoria da fluidez do trânsito da cidade, o que geraria um segundo benefício para o passageiro, na medida em que melhoraria a velocidade comercial dos veículos, reduzindo o tempo de viagem. Toda a sociedade precisa estar em sintonia para construir o novo normal estabelecido após a pandemia.   Nas minhas leituras, encontrei o dado de que para viabilizar o transporte coletivo as empresas calculam uma média de 6 passageiros por metro quadrado. Essa estatística é real? Se considerar que a aglomeração é o que garante a viabilidade do serviço, quais são as alternativa para financiar o setor diante da necessidade de melhorar a segurança e o conforto dos passageiros com mais espaço nós coletivos? Não só no Brasil, mas em todo o mundo, o transporte de alta capacidade era planejado pelos órgãos gestores de maneira a considerar uma ocupação que chegava a 6 passageiros por metro quadrado nos horários de pico. Esta realidade fatalmente não é compatível com a necessidade de aumentar o distanciamento social e por este motivo toda a sociedade (e não apenas as empresas de transporte) precisa repensar o novo formato de transporte a ser adotado. Importante destacar que o achatamento da curva da demanda é um mecanismo que auxiliará nessa distribuição mais racional dos deslocamentos, mas um novo modelo de financiamento, que considere outras formas de arrecadação que não apenas a tarifa, se mostra mais do que nunca necessário. Precisamos encontrar alternativas que possibilitem a melhoria da qualidade dos serviços com uma tarifa socialmente justa e adequada e nesta equação é necessário identificar fontes de receitas extra-tarifárias. . Que inovações no transporte público no exterior poderiam servir de inspiração para uma qualificação do nosso modelo de mobilidade urbana? Temos acompanhado e avaliado a implantação de várias iniciativas de ampliação dos pagamentos eletrônicos, possibilitando a substituição do dinheiro não apenas pelo cartão de passagens, como também pelos cartões de débito e crédito, QRcode, carteiras virtuais, dentre outros. Outras tecnologias já existentes, como a contagem automática de embarques e desembarques através das câmeras instaladas nos veículos traduzem-se como importante aliado na gestão da demanda, como forma de determinar a lotação efetiva, em tempo real de cada veículo, possibilitando, inclusive a reprogramação das linhas ao longo do dia. Por fim, os já conhecidos corredores exclusivos para o transporte público precisam ser continuamente expandidos, como forma de possibilitar uma melhor eficiência nos deslocamentos da população. . No Recife, qual o cenário deixado pelo isolamento social para o setor de transporte? O cenário é muito preocupante e ainda incerto. Nosso modelo é baseado quase exclusivamente na arrecadação tarifária, tendo as receitas do sistema sido duramente impactadas a ponto de ameaçar a subsistência do setor. O colapso do transporte com o consequente retorno do transporte clandestino é o pior mal que pode ocorrer em uma cidade que pretende avançar com a pauta da mobilidade sustentável. O setor tem sobrevivido graças à postergação dos compromissos junto a agentes financeiros, bem como se socorrido das medidas de redução de jornada dos trabalhadores apresentadas pelo Governo Federal. O problema é que tais medidas possuem prazo determinado de duração e avaliamos que a demanda ainda levará um tempo de ao menos 6 meses para normalização.

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Coronavírus: arquitetos pedem suspensão de despejos e remoções

Diante do quadro de avanço do Covid-19, o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/DN), a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e o Instituto Brasileiro de Direito Urbanistico (IBDU) lançaram manifesto pela “a suspensão por tempo indeterminado do cumprimento de mandados de reintegração de posse, despejos e remoções judiciais ou mesmo extrajudiciais motivadas por reintegração, entre outros, visando evitar o agravamento da situação de exposição ao vírus, o que coloca em risco tanto as famílias sujeitas a despejos quanto a saúde pública no país”. Eis a íntegra do manifesto, de 15 de março de 2020: Apelo pela suspensão do cumprimento de mandados de reintegração de posse e despejos ante o avanço do virus COVID-19 no pais. UMA QUESTÃO HUMANITÁRIA Considerando: -a necessidade de conter as possibilidades de contágio do vírus “COVID-19”, cuja disseminação já foi declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que significa o risco de atingir de forma simultânea a população mundial, sem possibilidade de rastreamento e identificação dos infectados; -a urgência em reduzir a velocidade de transmissão e ampliar os prazos de contágio, para que a estrutura do sistema de saúde tenha condições de atender os infectados e que o acesso ao tratamento não seja prejudicado; -as condições específicas de desigualdade social e espacial de nosso país, entre elas as condições habitacionais e urbanísticas, demandam estratégias de controle que levem em consideração tais especificidades. -as condições de moradia das populações mais pobres as quais se caracterizam, entre outras, por: -o adensamento excessivo e coabitação, o que coloca pessoas com diferentes graus de vulnerabilidade ao vírus no mesmo reduzido espaço de habitação, e dificulta o isolamento de idosos e outros vulneráveis; – que remoções de famílias inteiras com este perfil no atual momento impossibilita ainda mais o isolamento dessa população vulnerável, ampliando a cadeia de contágio; Propomos: -a suspensão por tempo indeterminado do cumprimento de mandados de reintegração de posse, despejos e remoções judiciais ou mesmo extrajudiciais motivadas por reintegração, entre outros, visando evitar o agravamento da situação de exposição ao vírus, o que coloca em risco tanto as famílias sujeitas a despejos quanto a saúde pública no país. INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL (IAB/DN) FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ARQUITETOS E URBANISTAS (FNA) INSTITUTO BRASILEIRO DE DIREITO URBANÍSTICO (IBDU)

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Poli cria soluções urbanas para o Recife

Nem sempre a população tem conhecimento das experiências produzidas pelas universidades para melhorar o seu cotidiano. Mas, não faltam propostas e projetos acadêmicos com soluções palpáveis para o desenvolvimento local. É o caso do grupo de ensino, pesquisa e extensão da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli/UPE), o DESS (Desenvolvimento Seguro e Sustentável), que tem criado alternativas promissoras para as dificuldades urbanas vividas pelos moradores do Recife. O grupo surgiu em 2013, por iniciativa da professora Emilia R. Kohlman Rabbani. “Gosto de entender quais são os problemas locais e o que nós, engenheiros, podemos fazer para resolvê-los. E eu senti que não iria conseguir solucionar nada sozinha. Era na conexão com outras pessoas que conseguiríamos sanar essas questões”, defendeu a professora. Emilia formou o DESS com um grupo de professores, pesquisadores e alunos de graduação, especialização e mestrado da Poli e de universidades nacionais e internacionais parceiras. O objetivo é desenvolver estudos interdisciplinares nas áreas de transporte e da construção civil, considerando os aspectos da sustentabilidade em suas três principais dimensões: ambiental, social e econômica. O projeto de iniciação científica dos alunos da graduação em engenharia civil Fabrício de Lima e Nivaldo de Arruda, orientados por Emilia e pelo professor Jaime Cabral, é um bom exemplo de como o trabalho do DESS tem conexão com a realidade local. A ideia é encontrar soluções para os alagamentos das ruas, um transtorno comum a muitos municípios em época de chuvas. Eles estudam a drenagem do solo, utilizando a Av. Domingos Ferreira, em Boa Viagem, como objeto de estudo. “Atualmente a Emlurb lista 160 pontos de alagamento no Recife e esse problema surge porque nossa cidade foi construída sobre aterros, ocupando o espaço das águas”, explicou Fabrício. . . Drenagem, ressalta o estudante, significa levar a água da chuva para os rios e riachos. “O modelo adotado atualmente, a partir da impermeabilização do solo, não conseguiu mais dar conta do volume de água”, pontuou. Os pesquisadores já iniciaram os testes na avenida para entender o grau de infiltração do solo e, posteriormente, apresentar uma solução. Já Alyx Silva é mestrando e encabeça uma das pesquisas para auxiliar os engenheiros a optarem por materiais e processos construtivos mais sustentáveis. Para isso ele utiliza o software Revit e processo BIM (Building Information Modeling), que oferece um modelo digital tridimensional que pode ser utilizado de forma compartilhada com todos os envolvidos na indústria da arquitetura, engenharia e construção, desde a concepção até a fase de demolição, abrangendo todo o ciclo de vida da obra. “O objetivo é traçar um comparativo entre os materiais e tornar a sustentabilidade uma decisão prévia na construção”, resume o aluno. A busca de alternativas sustentáveis para infraestrutura de rodovias é o foco do projeto de Rivaldo Rodrigues, também mestrando. “Vou pesquisar nos editais mais recentes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para entender o que é que já tem sido aplicado”, informa. Rivaldo é especialista em projetos de infraestrutura e teve sua carreira transformada a partir do programa de mestrado e de sua participação no DESS. “Já projetei várias rodovias, vias urbanas, aeroportos, ferrovias e em toda a minha trajetória de profissional o foco sempre foi o econômico”, relata. “Desde que entrei na Poli e, principalmente no DESS, entendi que o econômico é só um dos pilares da sustentabilidade, você tem que pensar também no social e no meio ambiente", alerta. Apesar de realizar todos esses projetos, o DESS sofre com restrições decorrentes da conjuntura econômica atual. “O que podíamos fazer sem dinheiro, estamos fazendo. Imagine só o que poderíamos fazer com mais recursos!”, presume Emília, sem perder o bom humor. Ela relata que os alunos precisam ser criativos e habilidosos para poderem concluir seus projetos. O grupo enfrenta ainda a suspensão das bolsas. “Eu tinha geralmente três ou quatro bolsistas de mestrado por ano (conseguíamos atender geralmente todas as solicitações de bolsas dos alunos que passavam na seleção) e agora, com o corte, não temos como atender bons mestrandos que apresentam projetos promissores”, lamenta. Mas o grupo segue firme em seus propósitos e conta com uma rede de intercâmbio com cinco universidades internacionais, além de uma série de colaboradores estrangeiros. Segundo a coordenadora do DESS, além de verbas públicas, o investimento de recursos da iniciativa privada em pesquisa científica sempre apresenta bons retornos. “Meus colegas nos Estados Unidos dizem que lá conseguem financiamento das empresas, aqui também deveria ser assim. Lá fora, os empresários concedem bolsas de mestrado e doutorado, investem no professor e em seus grupos de pesquisa e, em contrapartida, a universidade contribui trazendo mais tecnologia para as empresas”, esclareceu. “Se elas descobrissem o quanto poderiam economizar investindo nas pesquisas, podendo ter um aluno de mestrado ou doutorado trabalhando num tema de seu interesse, elas estariam investindo muito mais nas universidades”, provoca Emilia. A próxima edição da Algomais vai trazer uma reportagem sobre a pesquisa do DESS que investiga o uso de casca de sururu para substituir o cimento na Ilha de Deus, no Recife. *Por Yuri Euzébio, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)

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Caminhada sobre o Recife Neocolonial acontece domingo

O grupo Caminhadas Domingueiras se reúne no próximo domingo (8) para conhecer mais o Estilo Arquitetônico Neocolonial no Recife. O local de encontro é a praça do Clube Internacional (Praça Euclides da Cunha), na Rua Benfica, Madalena. Os caminhantes partes às 8h até o Arquivo Público Estadual. O roteiro, de aproximadamente de 6 quilômetros será: Praça Euclides da Cunha - Ponte do Derby - Praça do Derby (Memorial da Medicina) - Quatro Cantos - Rua das Creoulas - Rua Cardeal Arcoverde - Avenida Rui Barbosa - Parque Amorim - Rua Fernandes Vieira - Rua Oliveira Lima - Rua do Riachuelo - Rua da Aurora - Ponte Princesa Isabel - Praça da República - Rua do Imperador - encerrando com uma visita no Arquivo Público Estadual. A previsão de encerramento é às 11h. A caminhada é guiada pelo arquiteto e urbanista Francisco Cunha. Não é necessário nenhum tipo de inscrição para acompanhar o grupo, basta chegar no local de concentração da partida. Serviço: Caminhada Domingueira do Estilo Arquitetônico Neocolonial do Recife Partida: Domingo, 08.03.20, às 8h Local de Encontro: Praça do Clube Internacional (Euclides da Cunha) na Rua Benfica, Madalena, às 8h.    

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Governo abre edital para construir parque linear em Gravatá

Com o objetivo de proteger as margens do rio Ipojuca e, além disso, garantir mais um espaço de convivência para os moradores de Gravatá, o Governo de Pernambuco publicou um edital de licitação para a construção do novo Parque Ambiental Janelas Para o Rio. A obra ficará a cargo da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. O projeto foi elaborado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), através do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca - PSA Ipojuca, que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento gira em torno R$ 2,5 milhões. Este será o terceiro município a receber a iniciativa. Atualmente, estão em andamento as obras dos parques de Caruaru e São Caetano. O novo equipamento será implantado em uma área adjacente ao antigo Matadouro Público Municipal, no bairro do Jucá, que se encontra sem uso efetivo. O espaço conta com mais de 10 metros quadrados, onde pouco mais de cinco metros quadrados são voltados para o Setor de Equipamentos e Lazer e o restante destinado ao Setor de Preservação Ambiental. O prazo para a execução é de seis meses e a fiscalização da construção ficará por conta da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos. “O Governo do Estado tem atuado fortemente no desenvolvimento de ações socioambientais. Nesse sentido, o projeto do Parque Ambiental Janelas para o Rio funciona como mola propulsora para o início de reabilitação do rio Ipojuca, contribuindo para sensibilizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente”, explica a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. A estrutura contará com passeios (calçadas), arborização e vegetação paisagística, pista de cooper, quadras esportivas, playgrounds, portaria, administração, quiosque, sanitários e bloco destinado à educação ambiental, área de reflorestamento, central de resíduos, mobiliário urbano, sinalização e iluminação pública. A ação consiste em um conjunto de intervenções previstas nos planos hidroambientais das bacias dos rios Capibaribe e Ipojuca, desenvolvidos com o intuito de proteger as margens do rio de usos indevidos e ocupações irregulares. Além disso, busca valorizar o espaço público com o incentivo ao lazer contemplativo, recreação, prática de atividades físicas e ao exercício da educação ambiental, potencializando o papel do rio na paisagem urbana, valorizando-o como marco paisagístico e elemento de incentivo à convivência social. Em construção - O primeiro Parque começou a ser construído em setembro de 2019, em Caruaru, no terreno da Escola Municipal Altair Nunes Porto, no bairro do Cedro, região de grande densidade demográfica e carência de áreas de lazer. A estrutura do espaço de convivência contempla uma área de mais de seis hectares, destes três hectares são de áreas reflorestadas. As obras devem ser concluídas até junho e beneficiará cerca de 70 mil pessoas. A iniciativa conta com o investimento de R$ 6 milhões. O segundo Parque Janelas para o Rio está sendo erguido na cidade de São Caetano, no loteamento São José, em uma área entre o rio e a BR-232. O equipamento possui 2,71 hectares, sendo aproximadamente dois hectares voltados para lazer e o restante destinado para preservação ambiental. A obra, que possui o investimento de quase R$ 3,5 milhões, deve ser finalizada dentro de sete meses. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais acontecerá no Recife

Gestores municipais da América Latina vão se reunir em Pernambuco entre os dias 17 e 20 de março para a Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais. Com o tema “Cidades inovadoras para as pessoas”, a Flacma (Federação Latino-americana de Municípios, Cidades e Associações de Governos Locais, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) têm a expectativa de receber autoridades de 24 países, além de representantes de várias agências da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo o presidente da Amupe, José Patriota, o evento tem como objetivo incentivar a construção de cidades que reconhecem o cidadão como o protagonista de suas decisões, o respeito às suas características e sua cultura e o uso de tecnologia e de novas ferramentas de gestão e participação social. A implementação de novas alternativas de financiamento das ações municipais e o fomento à criação de parcerias estratégicas com o setor privado, universidades e com a comunidade internacional são outros temas que o encontro pretende enaltecer. “Nossa expectativa é deixar um legado de boas práticas e experiências, além de modelos exitosos de desenvolvimento sustentável. Tem muita coisa boa no mundo e no Brasil acontecendo, mas que não são muito visualizadas. Existem municípios, por exemplo, que mesmo com pouco dinheiro, estão fazendo muito e conseguindo promover a reversão de seus indicadores negativos”, afirma Patriota. O caráter internacional do evento será reforçado com a participação de representantes da ONU. O prefeito de Al Hoceima, no Marrocos, e presidente da CGLU (Organização Mundial Cidades e Governos Locais Unidos), Mohamed Boudra, têm participação confirmada. De acordo com Patriota, é possível ainda a vinda do próprio secretário da ONU, o português António Guterres. Serviço: Informações e inscrições para participar da Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais: www.cumbre.cnm.org.br.

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Árvores, um remédio para o cidadão

*Por Rafael Dantas A urbanização descontrolada reduziu significativamente as áreas verdes das cidades nas últimas décadas. Em paralelo a esse fenômeno, diminuiu também a qualidade de vida dos seus moradores. Concreto, prédios, viadutos. Uma paisagem típica do processo de verticalização tomou as capitais e formou metrópoles. Calor, barulho, fumaça, aglomeração de gente e carros. Desconforto tipicamente urbano que aumenta o estresse, a ansiedade, mas também e traz outros males para o organismo. Em compensação, pesquisas científicas confirmam que frequentar parques e ou morar em áreas mais arborizadas traz inúmeros benefícios para a saúde física e psicológica. Márcia Pastor, 75 anos, nasceu na zona rural do município de Calçados. Sua infância no Agreste pernambucano foi marcada pelo contato com a natureza. Ela cresceu em meio a atividades agrícolas e passeios na vasta região arborizada da sua vizinhança. Depois, foi morar em Garanhuns, que também é repleta de parques públicos, e há 40 anos se mudou para o Recife. Apesar da vida na capital, ela mantém uma rotina quase diária de contato com o verde. Moradora do bairro da Jaqueira, ela caminha regularmente no parque vizinho à sua residência. “Gosto de contemplar a natureza, respirar um ar mais puro e ouvir o canto dos pássaros. Isso me deixa mais leve e traz muitos benefícios orgânicos”. . A atividade física associada ao contato com o verde urbano traz um diferencial para a condição de saúde de Márcia Pastor, na análise da sua geriatra, a professora da Unicap e membro da Câmara Técnica de Geriatria do Cremepe Carla Núbia Borges. “Viver em áreas verdes, fazer caminhadas nos parques, equilibra os níveis de glicose, além de melhorar a postura, a força e o tônus muscular. Há também uma redução das dores musculares e maior oxigenação pulmonar e dos tecidos do corpo”, afirma a médica. . . Mais que o simples bem-estar, estudos acadêmicos já comprovaram que a exposição da população às áreas verdes promove benefícios à saúde. Um estudo da Universidade de Miami, por exemplo, apontou que os moradores dos bairros mais arborizados da cidade apresentaram incidência de diabetes 14% menor e registram 13% a menos de casos de hipertensão. Os pesquisadores revelaram também que, em média, as pessoas vivem três anos a mais quando moram nas regiões com maior presença da natureza. Outro estudo acadêmico, da USP (Universidade de São Paulo), indicou que áreas verdes promovem a mitigação de ruídos, o filtro de poluentes atmosféricos, a regulação térmica, entre outras vantagens. Como resultado disso são decorrentes cinco benefícios principais para a saúde: redução da mortalidade por quaisquer causas, diminuição de doenças cardiovasculares, queda de sobrepeso e obesidade, baixa dos índices de morbidades psiquiátricas (incluindo depressão e ansiedade) e desfechos positivos na gravidez. Quem também dedica parte do seu dia às atividades nas áreas verdes do Recife e desfruta de algumas dessas benesses é o universitário Daniel Praxedes, 24. Ciclista, ele escolhe as ruas mais arborizadas da cidade para pedalar. Para baixar o peso e relaxar, ele também caminha nos parques da cidade. “Sempre vou para minhas atividades físicas ou para a faculdade de bicicleta. Costumo também andar pela cidade, principalmente nos bairros com mais árvores, como o Espinheiro. Quem não gosta de estar em lugares com o ar mais puro? Quem não se sente melhor em frequentar espaços mais bonitos? Quem não se sente melhor com menos calor? Chego em casa cansado pelo exercício físico, mas realizado pelo simples fato de estar bem, de ter tido um momento de prazer em um local para espairecer a mente”, conta Praxedes. O morador de Olinda, Adailson Machado, 77 anos, circula pelas áreas áridas e verdes da Região Metropolitana do Recife. Agrônomo, ele presta serviços em Aldeia, onde desfruta de um melhor conforto térmico e ar mais puro. Mas também frequenta o Centro da capital em transporte público e a pé, sofrendo com as altas temperaturas. “Quando chego em Aldeia, mesmo no ônibus, a diferença de clima é perceptível. No Recife, com exceção de regiões como na Jaqueira, a arborização é muito ruim. Não é muito convidativo, mas mesmo assim ando para todo lugar”, conta o idoso. O bem-estar relacionado à temperatura, mencionado por Daniel e por Adailson, é um dos fatores com grande impacto na saúde da população. De acordo com o patologista Paulo Saldiva, no livro Vida Urbana e Saúde: os desafios dos habitantes das metrópoles, as alterações mais extremas de temperatura nas cidades podem levar inclusive a aumentos no número de mortes. “É impressionante como os picos de dias mais quentes levam a um aumento expressivo da mortalidade, a qual passa despercebida, pois está ‘camuflada’ pelas doenças que exacerbaram, como os infartos do miocárdio e os derrames cerebrais. Considerando que somos afetados pelas variações de temperatura, temos que imaginar antídotos que aumentem a resiliência urbana às mudanças climáticas, notadamente quanto às ilhas de calor urbano”, escreveu Saldiva. O médico aponta que o recurso mais reconhecido para reverter esse cenário ainda é a ampliação das áreas verdes, com a recuperação dos espaços invadido pelo concreto. “A presença da vegetação faz com que a radiação solar seja absorvida pelas folhas das árvores e a vegetação rasteira, reduzindo a temperatura”, aponta Saldiva. Ele indica que pesquisas científicas realizadas em várias cidades do mundo apontaram que parques urbanos e mesmo florestas de "bolso" – instaladas em pequenos espaços disponíveis na cidade – e experiências como a instalação de telhados verdes conseguem reduzir a temperatura local e contribuir para a saúde. CONTRA A ANSIEDADE “Frequentar mais parques e praças disponíveis na cidade traz maior sensação de relaxamento e calma nas pessoas. São áreas que tendem a ser menos barulhentas, que expõe menos seus frequentadores ao estresse”, afirmou o doutor em neuropsiquiatria e ciências do comportamento e coordenador do mestrado profissional em psicologia social da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Leopoldo Barbosa. “Além desses benefícios emocionais, são espaços que propiciam contato com um maior movimento de pessoas e são também mais convidativos para se movimentar mais". . Por outro lado, ele avalia que a preocupação típica da vida nas

Árvores, um remédio para o cidadão Read More »