Arquivos Urbanismo - Página 8 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Domingo é dia de pedalada na Reserva do Paiva

Um passeio ciclístico aberto ao público promete movimentar, domingo (26), a Reserva do Paiva. O encontro esportivo – que chega à terceira edição e acontece a partir das 8h30 - vai reunir pelo menos 150 profissionais do direito, familiares e é aberto ao público. A ideia é promover uma manhã de atividade e lazer. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail eventos@caape.org.br, até às 18h da sexta-feira (24). O evento é realizado pela Caixa de Assistência dos Advogados de Pernambuco (CAAPE). O local escolhido para a realização do passeio é a Concessionária Rota dos Coqueiros – inclusive um dos destinos preferidos dos grupos de bike – por conta da existência de ciclovia sinalizada ao longo da via, nos dois sentidos, e que recebe cerca de mil ciclistas/mês. O Pedal CAAPE começa às 8h30 e tem como mesmo ponto de partida e de chegada o Empório Gourmet da Reserva do Paiva. O trajeto será realizado na pista sentido Norte, partindo do KM 1,5 e retornando no KM 5,2. Enquanto os pais participam do passeio ciclístico, a criançada poderá se divertir em um espaço próprio para a prática de skate, patins e patinetes. Mão dupla - Para garantir o fluxo tranquilo dos veículos que desejarem seguir em direção às praias do Litoral Sul ou retornar durante a realização do passeio ciclístico, duas faixas sentido sul da rodovia pedagiada da Concessionária Rota dos Coqueiros estarão operando, excepcionalmente, em sistema de mão dupla. “Aqui no sistema preparamos estrutura para carros, motos e também bicicletas percorrerem com segurança, conforto e bem-estar”, adiantou Elias Lages, presidente da Concessionária.   Estrutura A Rota dos Coqueiros – que administra 6,5 quilômetros da PE-024 e dá acesso à Reserva do Paiva e a praias do litoral sul – é toda monitorada pelo Centro de Controle Operacional (CCO), que conta com câmeras de alta resolução para garantir segurança e tranquilidade aos usuários que trafegam pelo Sistema Viário do Paiva. A estrutura envolve ainda ambulância 24 horas de resgate para primeiros-socorros, guincho para remoção de veículo e viatura de inspeção de tráfego para verificar as condições de segurança da via, além de oferecer banheiros aos usuários. Em caso de emergência, o usuário pode acionar a concessionária e pedir ajuda pelo telefone 0800.281.0281.   Saiba mais sobre a Rota dos Coqueiros É a concessionária responsável pela operação e manutenção do sistema viário, que dá acesso à Reserva do Paiva e a praias do litoral sul. Com 6,5 quilômetros de extensão da PE-024, a via litorânea pedagiada liga os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho e também conta com cliclovia. Trata-se da primeira Parceria Público-Privada (PPP) de Pernambuco, celebrada em 2006 com o governo do Estado, e a primeira PPP de rodovias no Brasil. A iniciativa adota a gestão compartilhada entre o poder público e a concessionária. Site: www.rotadoscoqueiros.com.br

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Brasileiros avaliam desempenho geral de suas cidades. Recife fica com nota média 5,9

Diariamente, milhares de brasileiros se deparam com questões importantes em sua rotina, como falta de lazer, saúde, educação, entre outros pontos que poderiam ser melhoradas em suas cidades e, consequentemente, impactando diretamente na qualidade de vida da população. Um estudo exclusivo realizado pelo Viva Real, empresa do Grupo ZAP, mostrou a avaliação dos brasileiros sobre o desempenho geral de suas cidades, a nota média ficou em 6,0. O estudo “Mapa da Qualidade de Vida 2018 - Viva Real”, entrevistou moradores de 12 capitais do país para decifrar diversos tópicos relacionados ao tema. Ao todo, as capitais representam 28% do PIB brasileiro. Ao questionar sobre a satisfação geral quanto a cidade onde residem, numa escala de 0 a 10, sendo 0 péssimo e 10 excelente, o levantamento mostrou que as melhores médias são de Curitiba e Florianópolis, ambas com 7,5. Já o Rio de Janeiro ficou com a menor média, 4,7. As demais cidades ficaram com as seguintes notas: Brasília (7,1), Belo Horizonte (6,9), Goiânia (6,7), Salvador (6,3), Fortaleza (6,2), São Paulo (6,2), Recife (5,9) e Porto Alegre (5,5). Os entrevistados indicaram que os pontos mais críticos relacionados às cidades são emprego e saúde pública. Isso contempla tanto o tempo para agendamento de consultas e exames quanto a qualidade do atendimento e das instalações. Quanto à educação, ensino superior foi bem avaliado, mas creches e berçários precisam de melhorias. O estudo também focou na avaliação sobre a vizinhança (bairro) de cada entrevistado. A avaliação geral desse quesito foi positiva e superior a da cidade, 72% dos respondentes citaram notas de 7 a 10 e a média foi 6,5. Já Brasília (7,2), Curitiba (7,1), Porto Alegre (7,1) e Florianópolis (7,0), foram as cidades mais satisfeitas. As que tiveram a menor taxa de satisfação foram: Rio de Janeiro (6,2), São Paulo (6,4), Salvador (6,5), Fortaleza (6,5), Goiânia (6,5), Recife (6,7) e Belo Horizonte (6,7). Foi comum entre as capitais a satisfação quando a própria habitação e da vizinhança, assim como saneamento básico, comércio e serviços. Entretanto, diversos pontos podem ser melhorados para elevar a qualidade de vida da população. No trânsito, fluidez e segurança foram os piores avaliados. Ligado a isso, a mobilidade pode ser melhorada sob a ótica de presentes, pavimentação, qualidade calçadas e acessibilidade. Além disso, o nível de poluição sonora também preocupa já que 68% indicaram nota de 0 a 6. Outro ponto que também preocupa a população, de acordo com os dados, é a falta de ação para despoluição e prevenção de rios, lagos e represas. Neste caso, a nota média foi apenas 3,2. Rio de Janeiro tem pior oferta de emprego A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a avaliação do emprego nas cidades. De forma geral, os brasileiros avaliaram os empregos nas cidades em 4,3. O Rio de Janeiro teve a pior média com 3,7%, seguido de Porto Alegre (4,4), Belo Horizonte (4,8) e São Paulo (5,1). Para jovens com até 24 anos, o Rio de Janeiro permanece com a pior média (3,9), seguido de Belo Horizonte (4,6), Porto Alegre (4,8) e São Paulo (5,2). Para idosos, o cenário mostra-se pior, com o Rio de Janeiro (2,1) sendo o que obteve a menor nota, em seguida Porto Alegre (2,5), São Paulo (2,8) e Belo Horizonte (2,8). Os números mostram uma insatisfação por parte dos moradores em suas cidades, com notas que pouco se aproximam do 10. A pesquisa foi realizada com 3.990 respondentes nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

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CTTU inicia implantação da Ciclofaixa Estrada do Bongi

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), inicia a implantação da Ciclofaixa Estrada do Bongi, que contará com 2,66 km de extensão e será bidirecional. O trecho se conectará com as rotas cicláveis Antônio Curado, Cavouco, Inácio Monteiro, Tiradentes, Arquiteto Luiz Nunes, Jardim São Paulo e Compaz Ariano Suassuna, além das futuras prospecções da II e III perimetral, que serão implantadas pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB). O novo equipamento entra em operação na próxima segunda-feira (20), após o serviço de sinalização ser concluído. A Ciclofaixa Estrada do Bongi compõe a Rede Cicloviária Complementar, implantada pela Prefeitura do Recife em consonância com o Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC/RMR), que registra 52 km de rotas existentes, sendo 27,86 (53%) implantados desde 2013. A Ciclofaixa Estrada do Bongi terá início na Rua Carlos Gomes, e seguirá pela Estrada do Bongi, Rua Pedro Américo, que passará a ser mão única, pela Rua Isaac Markman, Rua Itapemirim até a Rua Cônsul Vilares Fragoso, atendendo diretamente os bairros do Prado, Bongi e  San Martin. Uma vez que o novo equipamento se conecta com outras rotas implantadas nas zonas Oeste e Sul da cidade, compondo uma malha cicloviária de 22 km, também serão atendidos os bairros do Engenho do Meio, Iputinga, Cordeiro, Torrões, Mangueira, Afogados, Mustardinha, Jardim São Paulo e Imbiribeira. De acordo com a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, os projetos de implantação de rotas cicláveis têm o objetivo de atender os pontos de interesse da população. "A Ciclofaixa Estrada do Bongi faz conexão com sete outras rotas, beneficiando 12 bairros e atendendo áreas muito frequentadas pelos cidadãos, como o Compaz Ariano Suassuna, hospitais, parques, praças, centros comerciais e terminais de ônibus", afirmou. Para regulamentar a implantação, a CTTU vai realizar a manutenção de toda sinalização vertical e horizontal das vias, incluindo 168 placas de sinalização. Além disso, a maior parte do percurso da nova rota passará a ter velocidade regulamentada de 40 km/h. A CTTU também irá disciplinar o estacionamento nas ruas Pedro Américo e da Isaac Markman, que não terão permissão de estacionamento nos dois lados, e na Rua Itapemirim, que terá estacionamento permitido em um dos lados por horário. Durante as semanas seguintes do início da operação do novo equipamento, serão destacadas equipes de agentes e orientadores de trânsito para realizar o trabalho de monitoramento e orientação aos condutores, ciclistas e também pedestres nos locais que receberão a nova rota. É importante ressaltar que aqueles que insistirem no descumprimento da sinalização, transitando ou estacionando veículos na ciclofaixa, estarão passíveis de notificação. As multas podem variar de grave a gravíssima vezes três, com valores de R$ 195,23 (mais 5 pontos na CNH) a R$ 880,41 (mais 7 pontos na CNH).

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André Trigueiro lança o livro Cidades e Soluções no RioMar

Com especialização em gestão ambiental e sustentabilidade, o jornalista André Trigueiro irá lançar o livro Cidades e Soluções, no Recife, nesta quinta-feira (2), no Cinemark, no RioMar, às 20h, com entrada gratuita. Durante o evento, Trigueiro vai compartilhar a experiência dos mais de 10 anos de programa Cidades e Soluções, no ar desde 2007 no canal por assinatura Globo News. O acervo acumulado nestes dez anos, período em que o jornalista viajou por todo o País em busca de ideias e soluções possíveis, inspirou a obra, que será vendida no dia do evento por R$ 35. A renda será 100% destinada para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional e prevenção do suicídio. O livro Cidades e Soluções é dividido em nove grandes temas como água, energia, consumo consciente, planejamento urbano, sociedade e mobilidade. Há também a seção “Ecodicas”, que traz sugestões sustentáveis de fácil aplicação no dia a dia. “Vamos discutir o que está ao nosso alcance para promover a qualidade de vida, diminuindo desperdícios. A consciência remete à atitude. Essa não é uma questão de ambientalista. Estamos falando de uma atitude social planetária. A rua é lugar de todos. É uma forma de pensar o mundo e se posicionar, com cada um fazendo sua parte”, explicou André. Serviço Data: 02 de agosto Local: Cinemark, Piso L4 Horário: 20h Entrada: Gratuita

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Petrolina reúne especialistas para discutir mobilidade

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo do Vale do São Francisco – Setranvasf promove neste mês de julho o encontro “Petrolina, Mobilidade e Cidadania Urbana”. O objetivo é discutir vários assuntos relacionados à mobilidade do município, que apesar de ostentar uma das melhores tecnologias embarcadas no sistema de transporte público – o MobiPetrolina –, ainda não tem seu plano de mobilidade (Planmob) implementado. O evento irá acontecer nesta quarta-feira (25), das 8h às 12h30, no Nobile Hotel. O encontro irá contar com palestra de Francisco Cunha (consultor da TGI, autor do livro Calçada - o Primeiro Degrau da Cidadania), Félix Araújo Neto (superintendente de transporte de Campina Grande) e de Cristiano Roberto, coordenador de Operações do Norte e Nordeste da Cittati Tecnologia em Desenvolvimento. Um dos temas abordados será a tecnologia para o transporte público, ressaltando a importância de soluções para o cliente através de celulares e tablets, que garantem mais segurança e velocidade. Petrolina está entre as melhores cidades do país em termos de tecnologia embarcada. Há bilhetagem eletrônica, gratuidade controlada por biometria facial, vídeo-monitoramento e controle total da frota por GPS. Além disso, o usuário tem à disposição um aplicativo com os horários dos ônibus, podendo planejar melhor suas viagens.  O sistema MobiPetrolina possui uma rede de vendas com mais de 50 postos de recarga, com aplicativo de venda por cartão de crédito. As empresas podem comprar vale-transporte pela internet e os estudantes também têm a opção de  fazer seu recadastramento de forma online. Poucos sabem, mas Petrolina tem uma das melhores malhas de ciclovia do Nordeste, mas é mal utilizada, com uma localização deficiente das estações de bicicletas e uma falta de integração aos demais modais de transporte. Felix Araújo irá falar do exemplo de Campina Grande, cidade que possui muitas similaridades com Petrolina. Ambas têm importância econômica nos seus estados e não são capitais. Segundo a gestora do Setranvasf, Flávia Cavalcanti, Campina Grande avançou bastante no que diz respeito ao transporte coletivo, pois houve um forte investimento em planejamento urbano, pavimentação e priorização do transporte coletivo. Flavia explica que melhorar o transporte coletivo não se resume a comprar ônibus novos, mas a dar ênfase a todo um planejamento urbano. Ela conta que hoje, um dos grandes problemas do serviço em Petrolina é a falta de investimento na infraestrutura viária e no mobiliário urbano. Uma considerável parte dos itinerários dos ônibus se dá em estradas de terra, que podem causar acidentes ou incômodos aos usuários e ainda danificar os veículos. “É fundamental que o município priorize a utilização do transporte público, com a adoção de faixas exclusivas, melhorias nas calçadas, nos abrigos e estruturas dos terminais”, exemplifica a gestora. A acessibilidade também será debatida. O Sistema MobiPetrolina está preparado para receber usuários com mobilidade reduzida, mas as calçadas estão danificadas, impedindo que os cadeirantes cheguem aos pontos de ônibus. Existe outro item sensível nas discussões. Não se pode pensar apenas em Petrolina, mas em todo o Vale do São Francisco, que é composto por cidades que se complementam. “Há pessoas que trabalham ou estudam em Petrolina e moram em Juazeiro. O contrário também acontece e, por isso, é inviável que o usuário precise ter mais de um cartão de acesso aos coletivos”, conta Flávia, ressaltando a necessidade de diminuir a burocracia para facilitar a vida do usuário.

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Pedestres receberam mais de 1 milhão de indenizações nos últimos dez anos

Acidentes de trânsito são facilmente associados à imprudência ao volante. Mas engana-se quem pensa que apenas os motoristas devem estar atentos quando o assunto é acidentes de trânsito. De acordo com os dados do Boletim Estatístico Especial “Dez anos de trânsito”, divulgado pela Seguradora Líder – responsável pela gestão do Seguro DPVAT, a segunda categoria mais atingida é a de pedestres. É preciso conscientizar sobre a importância de todas as pessoas no trânsito. Em 10 anos, mais de 4,5 milhões de indenizações do Seguro DPVAT foram pagas para vítimas de acidentes de trânsito. Nesse período, foram 1.068.996 indenizações pagas a pedestres nos três tipos de cobertura: morte, invalidez permanente e despesas médicas e hospitalares. As vítimas também ocupam o segundo lugar nas indenizações pagas por acidentes fatais, num total de 167.290. Mais de 757 mil pessoas foram indenizadas por invalidez permanente. Em relação ao perfil dos indenizados, os números mostram que, de 2008 a 2017, a maior incidência de indenizações pagas foi para vítimas da faixa considerada economicamente ativa, de 18 a 34 anos, que representam 33% dos indenizados pelo Seguro DPVAT (cerca de 359 mil). Apenas este ano, de janeiro a maio, foram pagas 35.437 indenizações a pedestres. O número corresponde a quase 24% do total de indenizações pagas, neste mesmo período, para todos os tipos de vítimas (148 mil). Entre os principais motivos da falta de atenção do pedestre ao caminhar nas ruas está o uso do celular. Digitar, ler, falar e usar o fone de ouvidos aumentam as chances de acidentes em até 80%, segundo o Departamento Estadual de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Já neurologistas alertam que uso do fone de ouvido e celular aumentam de 3 a 9 vezes a possibilidade de acidente. Para se ter ideia, o uso do celular é considerado um problema tão grande que alguns países adotaram medidas para reduzir o número de acidentes. Em Augsburg, na Alemanha, a prefeitura adotou um semáforo específico, fixado no chão, para que o pedestre com os olhos fixados no celular perceba os sinais da rua. Já no Japão foram criadas calçadas específicas para pedestres que não abandonam o aparelho. No ano passado, a cidade de Honolulu, no Havaí, aprovou uma lei municipal proibindo os pedestres de usarem aparelhos eletrônicos durante a travessia de ruas e avenidas. O Boletim Estatístico Especial “Dez anos de Trânsito” também marca a década de atuação da Seguradora Líder à frente das operações do Seguro DPVAT. O levantamento reúne dados como a evolução dos pontos de atendimento autorizados do seguro nestes dez anos, além da evolução da frota de veículos automotores e da população brasileira entre 2008 e 2017.

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Prioridade para o pedestre recifense

No final do mês passado, a Prefeitura do Recife, por intermédio do Instituto Pelópidas Silveira (ICPS), divulgou as propostas de Políticas Setoriais do Plano de Mobilidade Urbana do Recife, discutidas em audiência pública no dia 28.03. Do documento consta expressamente a priorização para o fluxo e a segurança do pedestre e do ciclista e para o transporte público de passageiros, além do desestímulo ao uso do transporte individual motorizado (carros e motos) como principal meio de locomoção na cidade. Trata-se da primeira vez que diretrizes dessa natureza são formalizadas em um documento com status de pré-projeto de lei. Um marco histórico! A ironia do destino é que, no dia anterior, os meios de comunicação divulgaram o resultado do Índice 99 de Tempo de Viagem (ITV 99) que, pelo segundo ano consecutivo, apontou o Recife como tendo o pior trânsito das 10 maiores capitais brasileiras nos deslocamentos em horários de pico da manhã (7h às 10h) e da noite (17h às 20h). E, ainda que essas medições feitas por meio de aplicativos de transporte mereçam ser olhadas com reservas quando determinam rankings de desempenho, o fato é que o Recife tem aparecido com frequência em colocações comprometedoras no quesito travamento de trânsito... O que, aliás, não é novidade, dada a sua estrutura viária antiga (em muitos locais plurissecular), lançada antes do advento dos veículos motorizados e sem alternativas físicas de ampliações significativas... Enfrenta o Recife, no que diz respeito ao trânsito, um problema elementar de física aplicada: não pode uma rede limitada de vias ser acrescida continuamente de veículos sem que venha a travar! Daí, a grande importância de políticas públicas que priorizem os demais meios de deslocamento que não os individuais motorizados (a pé, de bicicleta e transporte público), sempre considerando que, em termos de mobilidade, o importante é o deslocamento de pessoas e não, necessariamente, de veículos, conforme, inclusive, pode ser conferido na boa matéria sobre o tema publicada nesta edição da Algomais. Esse é, aliás, um debate muito difícil por causa da longa hegemonia do transporte individual motorizado no planejamento das nossas cidades. Por isso, é preciso que se tenha muita calma nesta hora porque, infelizmente, inexistem soluções mágicas.

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Cidades Algomais estreia em Caruaru

Discutir a qualidade de vida das cidades pernambucanas é uma das pautas mais frequentes da Algomais. Urbanismo sustentável, mobilidade e calçadas são alguns dos caminhos nos quais a revista já percorreu, fomentando um debate a partir das suas páginas. Agora a discussão ganhou um novo formato com o CAM – Cidades Algomais, projeto realizado em parceria com a Agência Mova – Live Marketing. A iniciativa consiste numa série de eventos que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. A estreia do projeto aconteceu em Caruaru, que está entre os cinco municípios mais produtivos e populosos de Pernambuco. Foram palestrantes o consultor da TGI e militante por cidades caminháveis, Francisco Cunha; o fundador do aplicativo Colab, Gustavo Maia; e a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra. Sustentabilidade, tecnologia e gestão pública e do território estiveram entre os temas debatidos. O evento atraiu uma plateia composta por empresários, acadêmicos, universitários, representantes de movimentos sociais, membros da gestão pública e jornalistas de diversos veículos. Francisco Cunha abordou as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros para caminhar pelas ruas e calçadas do País. “As cidades brasileiras foram planejadas para os carros, mas elas precisam ser caminháveis, pois todos somos pedestres”. A avaliação do consultor traz questões que se relacionam com o impacto que esse modelo tem para qualidade de vida, para a segurança dos cidadãos e para a ocupação dos espaços públicos. O modelo “carrocrata” da maioria dos municípios brasileiros, segundo Francisco Cunha, é consolidado pelo desconhecimento que o pedestre tem dos seus direitos e pelo fato de que as instâncias públicas para cuidar da mobilidade são, na verdade, apenas órgãos de trânsito. Esse retrato contrasta com as experiências de países com melhor qualidade de vida. “As cidades desenvolvidas no mundo priorizam a caminhabilidade”. O engajamento da sociedade na construção de espaços urbanos mais saudáveis tem sido observado no mundo inteiro. Uma tendência que estimulou a criação do Colab, um aplicativo por meio do qual o cidadão participa da tomada de decisão do município. A tecnologia hoje está presente em 150 prefeituras e já registrou 85 mil fiscalizações no Brasil. “Nossa proposta é transformar a sociedade de dentro do governo, ajudando-o a fazer um País melhor para o cidadão e com o cidadão”, explica Gustavo Maia, fundador do Colab. O intuito, segundo Maia, não é denunciar os problemas das cidades, mas gerar uma fiscalização que traga soluções. “Como uma rede social, os cidadãos passam a se relacionar com a prefeitura, como se fosse com seus amigos. E a partir dessa comunicação passam também a participar da tomada de decisão dos temas relevantes para a cidade”, explicou. O aplicativo já faz enquetes sobre a aplicação de investimentos públicos e até mesmo para escolha de bandas em eventos. Participação popular também está na linha de atuação da prefeita de Caruaru Raquel Lyra. No evento, ela apresentou os fóruns criados para a atuação dos cidadãos, como o projeto Mobiliza Caruaru (que promove escutas comunitárias com diversos segmentos da população rural e urbana). “Não adianta termos apenas uma orientação dos acadêmicos nas nossas decisões.Precisamos ter a legitimidade e o sentimento da nossa gente no nosso trabalho”, afirma. Um dos destaques do discurso de Raquel foi a sua análise sobre as diferentes regiões que compõem a cidade. “Nosso desafio não é olhar a cidade apenas a partir da Av. Agamenon Magalhães (uma das mais modernas do município), mas observar a realidade e as necessidades da periferia e do meio rural. A partir desse pensamento desenvolvemos uma gestão orientada por territórios”, explica. A prefeita também apresentou instrumentos de gestão para dar eficiência nas suas ações, a exemplo do monitoramento estratégico e do comitê de gestão financeira, Para o diretor-executivo da Algomais Ricardo de Almeida, a estreia do CAM foi um sucesso. “Mostramos iniciativas bem-sucedidas de gestão urbana, com conteúdos que atraíram um público qualificado”, analisa. Até o final do ano o projeto seguirá por outros municípios. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência urbana”, afirma Lula Pessoa de Mello, sócio da Mova.

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Urbanismo Sustentável: quando o cidadão se apropria da cidade

As casas do Recife eram voltadas para o Rio Capibaribe nos primórdios da cidade. Com a modernização da capital pernambucana e o crescimento da indústria dos automóveis no País, o modelo de urbanização foi invertido. A população deu as costas ao seu principal ativo ambiental e se voltou para as avenidas. A mobilidade ancorada pelos veículos motorizados individuais resultou numa experiência urbana caótica e poluída. Desse desconforto cotidiano e da eclosão de movimentos sociais em defesa de uma cidade mais humana e verde operou-se uma mudança. O recifense voltou a olhar para o rio, a andar de bicicleta e a cobrar por mais qualidade nas calçadas. Nasceu um novo protagonismo cidadão que associa conhecimento técnico e mobilização popular por um urbanismo sustentável. A criação do Jardim do Baobá, nas Graças, representa bem essa tendência na luta por uma cidade mais sustentável. Ele é uma das peças do Parque Capibaribe, que é a principal aposta do poder municipal de reordenamento urbano para o Recife num cenário de longo prazo. “O Jardim do Baobá é o marco zero de um modelo que pretendemos implantar na cidade. O parque traz um alto padrão de mobiliário urbano, com prioridade aos pedestres e ciclistas”, diz Bruno Schwambach, secretário municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente. Schwambach considera como um dos diferenciais da iniciativa a intensa participação popular. “Não é um projeto da prefeitura, mas da cidade”. Para envolver a sociedade, segundo o secretário, foi fundamental o convênio com o Inciti/UFPE, que promoveu diversos fóruns e debates com atores locais para discutir o projeto. “Para que haja sustentabilidade as decisões não podem ser tomadas sem a conexão com a população, precisa de um amplo engajamento”, ressalva Schwambach. Outros movimentos de apropriação do espaço urbano fervilharam no Recife nos últimos anos. Desde grandes mobilizações, como no caso do Ocupe Estelita, até a organização de vários grupos locais, como o Instituto Casa Amarela Saudável e Sustentável. A associação surgiu para combater a insegurança local e acabou atuando na defesa de um bairro mais humanizado. Possui cinco núcleos que cuidam de áreas específicas da comunidade, como o Sítio da Trindade, a Biblioteca Municipal (reaberta com a ação dos moradores) ou a Horta Comunitária (plantada num terreno baldio adotado pelos vizinhos). “O mais importante é engajar as pessoas na preocupação com o espaço público. A horta era uma área com lixo que foi ocupada e é cuidada pela população. Virou um point ambiental, criado sem recursos, mas com muito carinho da comunidade”, afirma o coordenador Vandson Holanda. Movimentos semelhantes se espalham por diversos bairros, como em Casa Forte, Setúbal, Graças e Brasília Teimosa. O doutor em Estruturas Ambientais Urbanas e professor da Universidade de São Paulo (USP), Bruno Padovano, considera essencial essa participação dos cidadãos. “Nada mais pode ser realizado de cima para baixo, sem envolver todos os interessados, até porque na interface dos diversos atores sociais podem surgir ideias muito melhores do que aquelas que muitas vezes se originam em paradigmas superados”. Nos últimos anos cresceu também o número de movimentos que criticaram o padrão de mobilidade. Surgiram o Olhe Pelo Recife – Cidadania a Pé, a Frente de Luta pelo Transporte Público e a Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo). O assunto é estratégico, pois a forma como os pernambucanos se locomovem tem um grande impacto ambiental. Segundo o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Cidade do Recife, 65% do CO2 emitido na capital provém do transporte. Com quatro anos de atividade, a Ameciclo ampliou sua atuação ao mesmo tempo que aumentou sensivelmente o número de ciclistas na cidade. O movimento participou da construção do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana, promoveu a primeira Conferência Livre de Mobilidade do Recife e desenvolveu um sistema de reutilização e compartilhamento de bikes em duas comunidades carentes do Recife, o Bota pra Rodar. Além disso, tem investido na realização de pesquisas para embasar sua atuação. “É importante fazer o Recife ter uma estrutura urbana mais humana. Quando toda malha viária é construída para o automóvel, você tira a cidade das pessoas e as ruas viram apenas canal de passagem e não de vivência”, afirma Lígia Lima, uma das coordenadoras da Ameciclo e integrante do Observatório do Recife. Ela afirma ser necessário diminuir a velocidade nas ruas, diversificando o modo como as pessoas fazem seus percursos no dia a dia, estimulando principalmente o andar a pé e de bicicleta. “Quando as pessoas não só passam pelas vias, mas vivem a cidade, passam a se preocupar com esse espaço se fosse sua própria casa. A partir daí, começam a querer cuidar mais da área pública”, avalia.   Uma característica desse novo protagonismo cidadão é a preocupação com o longo prazo. Uma organização da sociedade civil especializada nessa perspectiva é a Agência Recife para Inovação Estratégica (Aries). “É do povo que emergem as prioridades, a alma do tipo de cidade que queremos ser. Só acertando a interpretação dessa vontade que vamos conseguir um projeto de longo prazo que represente de verdade o recifense”, declara Guilherme Cavalcanti, diretor da Aries. “A cidade precisa ser tratada como o complexo e estratégico sistema que é, caso contrário, sofreremos as consequências de soluções pontuais desconectadas, que formam um verdadeiro Frankenstein e não o lugar que merecemos. Precisamos partir de uma visão macro, que responda à pergunta “qual é a cidade de que precisamos?”, afirma Roberto Montezuma, presidente do CAU-PE. (Reportagem do jornalista Rafael Dantas - rafael@revistaalgomais.com.br)   LEIA TAMBÉM: Três perguntas para Roberto Montezuma sobre urbanismo sustentável “O Recife precisa ter uma estrutura urbana mais humana”, entrevista com Lígia Lima, da Ameciclo

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CAM - Cidades Algomais acontecerá em Caruaru

A Revista Algomais lança na próxima terça-feira (13/06) o CAM - Cidades Algomais. O projeto compreende uma série de eventos que tem o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. O workshop de inauguração acontecerá em Caruaru, no Teatro Empresarial Difusora, a partir das 8h30. Os palestrantes serão o consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, o fundador da Colab, Gustavo Maia, e a prefeita de Caruaru Raquel Lyra. "O primeiro evento do CAM será um debate sobre inovações na gestão de cidades e como a iniciativa privada pode contribuir com os gestores públicos", afirma o diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. As inscrições para o evento serão gratuitas. Os interessados em participar deverão fazer seu cadastro enviando o nome completo pelo email: ingresso@cidadesalgomais.com.br     CAM. O Cidades Algomais é uma das novidades da Revista Algomais em 2017, numa proposta criada em parceria com a Agência Mova – Live Marketing, que pertence ao Grupo Duca. “Buscamos referências de ideias e iniciativas que estão revolucionando a forma como pensamos o mundo. São casos locais e globais, que vão estimular nossos gestores e cidadãos a otimizar a experiência nas cidades”, contextualiza Luiz Pessoa de Mello, diretor da Mova. “Acreditamos no poder transformador da inspiração e que exemplos positivos contagiam”, reforça.  

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