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Pernambuco registra menor número de homicídios dos últimos seis anos

Durante reunião do Pacto Pela Vida (PPV), na tarde desta quarta-feira (07.08), o governador Paulo Câmara anunciou que Pernambuco chegou, em julho, ao 20º mês consecutivo de redução nos homicídios e ao 23º mês de diminuição nos roubos. Em relação ao número de mortes (245), desde agosto de 2013, ano de maior êxito da política de segurança, ou seja, em um intervalo de 71 meses, o governo não registrava um índice tão baixo dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). O mês passado apresentou uma retração de 28,2% em relação ao mesmo período de 2018 (341), uma diferença de 96 mortes. Os Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) tiveram redução de 17,7%, com 6.401 casos em julho deste ano contra 7.780 no mesmo mês do ano anterior, a menor incidência dos últimos 51 meses – ou seja, desde abril de 2015. Foram 1.379 registros a menos de subtração de bens. O governador Paulo Câmara analisou os dados e destacou os esforços do Governo do Estado para chegar a esses resultados. “Os números mostram, mais uma vez, o que estamos acompanhando ao longo do ano e desde 2018: as reduções sucessivas em relação aos homicídios, furtos, roubos e assaltos. A redução em julho foi muito expressiva, mas o trabalho ainda é permanente. Há muito para fazer, trabalhar. E é por isso que as reuniões do Pacto são importantes, para realinhamento das ações futuras, monitoramento das áreas onde ainda incide aumento e ênfase na redução”, argumentou o governador. Segundo Paulo Câmara, a construção dos investimentos desde 2017 tem surtido efeitos significativos. “É um conjunto de fatores, como contratações, melhoria da infraestrutura, de equipamentos, serviços de inteligência e mais um novo movimento: a convocação de mais 500 praças para a Polícia Militar, que já estão na academia, além dos policiais civis, para, a partir de 2020, termos novos efetivos, que vão nos ajudar a melhorar cada vez mais a apuração e investigação para que tenhamos condições de atuar na repressão, se necessário, mas principalmente na prevenção de homicídios em Pernambuco”, complementou. Nos sete meses de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018, os homicídios tiveram queda de 23,8%. Foram 2.001 mortes registradas este ano, em relação às 2.625 no intervalo entre janeiro e julho do ano passado; uma diferença de menos 624. Quanto aos CVPs, a diminuição, no mesmo comparativo, foi de 16,2%. Foram registrados 48.150 crimes contra o patrimônio nos sete primeiros meses de 2019 contra 57.433 no mesmo período de 2018, o que significam 9.283 denúncias a menos nas diversas modalidades de crimes de subtração de valores como, por exemplo, roubos a transeuntes, assaltos a ônibus, cargas e bancos. Para o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, essas estatísticas representam o fortalecimento da exitosa política de segurança pública. “É preciso reafirmar a importância do Pacto Pela Vida para Pernambuco, a retomada e a redução da violência no Estado em razão do Pacto. Essa integração das forças, das polícias, das demais secretarias, isso é fundamental para a gente encontrar esse caminho da redução. No ano de 2018, Pernambuco foi o Estado que mais reduziu a criminalidade, comparando com os outros. E o primeiro semestre de 2019 comprova que Pernambuco continua reduzindo a criminalidade em todo o seu território, do Litoral ao Sertão”, explicou o secretário.

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Pesquisa: violência sexual e física são as principais preocupações das mulheres

Violência sexual e física são as principais preocupações das mulheres no Brasil e no mundo, revela pesquisa Ipsos Igualdade salarial lidera a preocupação em países desenvolvidos, como Canadá, Holanda, Suécia e Grã-Bretanha A violência sexual é o problema mais importante enfrentado pelas mulheres e meninas no Brasil, aponta a pesquisa global “International Women’s Day 2019 – Global atitudes towards gender equality” da Ipsos. Para 39% dos brasileiros, a violência sexual é a questão mais significativa, seguida por violência física (34%) e assédio sexual (28%). A preocupação com a violência física cresceu 6 pontos percentuais em comparação com 2018, quando marcou 28%. O índice de violência sexual, no entanto, diminuiu; foram 8 pontos percentuais em relação a 2018 (47%). Já o assédio sexual registrou 38% no ano passado (uma queda de 10 p.p). “No ano passado, tivemos um aumento considerável no número de feminicídio e tentativas de assassinatos de mulheres no Brasil. O país é hoje o quinto que mais mata mulheres do mundo. Estes casos estão sendo amplamente noticiados pela imprensa que coloca a questão em maior evidência, se tornando o cerne da preocupação das questões de equidade de gênero no país”, afirma Maiani Machado, diretora da área de reputação corporativa na Ipsos. No mundo, os maiores problemas listados são os mesmos do Brasil, mas a ordem é diferente. Assédio sexual lidera o ranking (30%), violência sexual está na segunda colocação (27%) e violência física e igualdade salarial ficaram em terceiro lugar, com 22%. O quarto tema globalmente mais citado, também relacionado a violência, é o abuso doméstico, com 20%. O assunto também aparece em quarto lugar no Brasil, com 19%. No Brasil, a igualdade salarial é o quinto assunto mais crítico para 17% dos entrevistados. Por outro lado, o tema lidera em outros países, como Chile (38%), Canadá (35%), Hungria (33%), Holanda (33%), Suécia (31%) e Grã-Bretanha (29%). Igualdade de gênero Para sete em cada dez entrevistados globalmente (69%), a equiparação salarial é a ação com impacto mais positivo para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. A criação de leis mais duras para prevenir a violência e o assédio contra as mulheres é a segunda atitude (68%) que mais deve ajudar a promover a igualdade. Dividir a responsabilidade da criação das crianças e do cuidado do lar (66%), educar meninos e meninas sobre a importância da igualdade de gênero na escola (66%) também estão entre as ações que podem ajudar a alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Globalmente, dois terços dos entrevistados (65%) concordam que as mulheres não vão atingir a igualdade sem que os homens também tomem ações para apoiar os direitos das mulheres. No Brasil, 60% concordam com essa afirmação. O Peru (76%), a Sérvia (76%) e a África do Sul (75%) são os países que mais concordam com essa visão. Por outro lado, Japão (47%), Polônia (51%) e Itália (53%) apresentam os menores índices. Na média global, mais pessoas discordam (49%) do que concordam (42%) que dar direitos iguais a homens e mulheres foi longe demais. Para dois terços dos entrevistados (65%), alcançar a igualdade de gênero é pessoalmente importante para eles. Os índices mais altos são do Peru (80%) e Colômbia (78%) e os mais baixos aparecem no Japão (36%) e Rússia (45%). O Brasil aparece com 61%. Homens e mulheres O Brasil é o terceiro país que mais concorda com a afirmação “um homem que fica em casa para cuidar das crianças é menos homem”, com 26%. A Coreia do Sul é a nação que mais concorda com essa frase (76%), seguida pela Índia (39%). Globalmente, o índice é de 18%. Uma em cada três pessoas (33%) se descreve como feminista, uma queda em relação ao ano passado (37%). O maior percentual foi encontrado na Índia (50%), seguido por África do Sul (44%), Espanha (44%) e Brasil (41%). Os mais baixos foram encontrados no Japão (18%), Hungria (20%) e Rússia (20%). No mundo, cinco em cada dez entrevistados (52%) acreditam que existem mais vantagens em ser homem do que mulher atualmente. O Chile lidera nessa questão, com 72%, enquanto o Brasil aparece em 22º lugar, com 45%. Metade dos entrevistados (50%) acredita que as mulheres de hoje em dia têm uma vida melhor do que as da geração dos seus pais. Chile (75%), Colômbia (69%) e Índia (66%) são os países que mais concordam com esse tema, enquanto o Japão é o que menos concorda (27%). No Brasil, o índice é de 50%. Discriminação por área A educação é a área em que as pessoas acreditam que a igualdade será alcançada primeiro – cerca de metade dos entrevistados (47%) estão confiantes que a discriminação contra as mulheres na educação terá terminado em 20 anos. No Brasil, o índice é de 57%, 10 pontos percentuais acima da média global. Entretanto, as pessoas estão menos confiantes de que isso vá acontecer no governo e na política (37%). No Brasil, 47% estão confiantes que a igualdade nesse tema será alcançada nos próximos 20 anos. Os mais pessimistas quanto a isso estão na Hungria (65%), Chile (54%) e Japão (53%). A pesquisa foi feita em 27 países, incluindo o Brasil, com 18.800 entrevistados, sendo 1.000 brasileiros, entre os dias 21 de dezembro de 2018 e 4 de janeiro de 2019.

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Compaz Ariano Suassuna completa um ano com redução de violência nos bairros do entorno

O Centro comunitário da Paz (Compaz) Ariano Suassuna, no bairro do Cordeiro, completou seu primeiro ano de funcionamento atingindo o patamar de 12 mil pessoas cadastradas, em mais de 30 atividades educativas, esportivas e de formação profissional. A estratégia de levar a presença da Prefeitura do Recife, através da cultura de paz, aos bairros da periferia já trouxe os primeiros resultados. Enquanto que na cidade do Recife os homicídios cresceram em 2017, nos cinco bairros do entorno do Compaz Ariano Suassuna (Cordeiro, Torrões, Bongi, San Martin e Prado), a violência caiu 8%. O Recife conta atualmente com dois Compaz, o Ariano Suassuna, no Cordeiro, e o Eduardo Campos, no Alto Santa Terezinha, e tem outro em construção, na Ilha Joana Bezerra. Para o prefeito Geraldo Julio, o Compaz tem cumprido seu papel de disseminar a cultura de paz nas áreas mais vulneráveis da cidade. “O Compaz representa a chegada do poder público para as pessoas mais vulneráveis e nas comunidades que mais precisam da nossa cidade, com cidadania, oportunidades e cultura de paz. Esse resultado do Compaz Ariano Suassuna, em apenas um ano, mostra o que as pessoas do Recife são capazes de fazer quando recebem essa chance e revela a transformação desses bairros”, avaliou o prefeito Geraldo Julio. O secretário de Segurança Urbana da Prefeitura do Recife, Murilo Cavalcanti, destaca que os resultados com a implantação do equipamento chegaram rápido. “Não esperávamos obter esse resultado em tão pouco tempo. A redução da violência é uma soma de esforços entre o trabalho preventivo e a atuação das polícias nos cinco bairros do entorno do Compaz. O mesmo aconteceu na unidade da Zona Norte (Compaz Eduardo Campos), onde a queda foi ainda mais expressiva, em torno de 20% de diminuição, no comparativo entre 2017 e 2016”, afirmou. Os usuários do Compaz Ariano Suassuna têm à disposição aulas de Ioga, Taichichuan, meditação, capoeira, circo, natação, hidroginástica, nado sincronizado, futebol de campo e de salão, vôlei, basquete, handebol, jiu-jitsu, ginástica e dança. No segmento educativo há turmas de robótica, editores de texto, planilhas digitais, redes sociais e reforço escolar. A Biblioteca Jornalista Carlos Percol, que fica no Compaz, conta com um acervo de mais de 15 mil publicações e tem sessões específicas para o público infantil, além de salas para grupos de estudo. Para quem quer reforçar o orçamento doméstico ou melhorar as chances de entrar no mercado de trabalho, o centro conta com ateliê de trabalhos manuais, sala do empreendedor e integração com o programa Qualifica Recife. Também é possível acessar os serviços da Prefeitura do Recife com os balcões descentralizados do Procon, Junta Militar e Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). A população tem ainda a possibilidade de usufruir de atendimento psicológico, mediação de conflitos e Secretaria da Mulher. O Compaz Ariano Suassuna funciona de terça a sexta das 7h às 22h e sábados e domingos das 9 às 13h. Para se cadastrar basta comparecer ao centro portando um documento com foto e comprovante de residência. O centro está localizado na Avenida San Martin, 1802, Cordeiro. Telefone: 3225-9400. Para saber as novidades do equipamento basta ficar ligado na fanpage do Facebook: CompazRecife.

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Bloco Nem com uma Flor vai às ruas exigir o fim da violência contra a mulher

Nesta quinta-feira (8), o bloco Nem com uma Flor, promovido pela Secretaria da Mulher do Recife, desfila pelas ruas do Recife Antigo exigindo o fim da violência contra mulher. Com o lema "Ô abre alas que ela vai passar como quiser e gostar", a agremiação traz os gritos das mulheres no combate ao assédio durante a folia de momo. Este ano, as atrações do bloco são a cantora Joana Flor, Orquestra 100% Mulher, Maracatu Baque Mulher e a boneca Linda da Tarde. A concentração está marcada para às 15h, na Praça do Arsenal. As homenageadas são as ativistas Vera Baroni e Maria Isabel de Araújo junto com a primeira vereadora do Recife, Júlia Santiago ( in memorian). Vera e Isabel são atuantes na luta dos direitos das mulheres. As camisas do bloco - desenhadas pela artista Dani Acioli - foram trocadas por kits de higiene que serão doados para as adolescentes das Casas de Internação Provisória e das Casas de Semiliberdade do Recife. Não haverá distribuição de camisa no dia do evento. HOMENAGEADAS Vera Baroni - ativista na defesa dos direitos humanos, racismo e luta das mulheres. Integrante da Articulação de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB e da Rede de Mulheres de Terreiro, Vera está inserida no contexto da luta popular. Maria Isabel de Araújo - é servidora pública e ativista nos direitos da mulher, com foco na visibilidade de mulheres da terceira idade. Participa da organização de Velha Guarda de Areias. Atualmente, trabalha como volunta´ria na Rede Feminina Estadual de Combate ao Rede Feminina Estadual de Combate ao Câncer de Pernambuco. Júlia Santiago - Primeira mulher a ocupar um assento na Câmara Municipal do Recife, em 1947. Filha de camponeses, ela nasceu em São Lourenço da Mata, em novembro de 1917. Militante comunista, ajudou a fundar o Sindicato da Fiação e Tecelagem de Pernambuco e ingressou no Círculo Operário Católico do Recife. Vanguardista, defendeu que homens e mulheres deveriam ter tempos de serviço diferentes para se aposentar, alegando que o trabalho doméstico se constituía numa jornada dupla para elas. Falecida em 1988, Júlia Santiago deixou um grande legado às mulheres: seu exemplo de luta, coragem, consciência acerca dos direitos da classe trabalhadora e inconformismo diante das injustiças e desigualdades sociais. (PCR)

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ONU Brasil lança campanha pelo fim da violência contra a juventude negra

A Organização das Nações Unidas no Brasil lança hoje a campanha “Vidas Negras”, pelo fim da violência contra jovens negros. A iniciativa, ligada à Década Internacional de Afrodescendentes, envolve os 26 organismos da Equipe de País da ONU. O objetivo é sensibilizar sociedade, gestores públicos, sistema de Justiça, setor privado e movimentos sociais a respeito da importância de políticas de prevenção e enfrentamento da discriminação racial. Para a ONU, o racismo é uma das principais causas históricas da situação de violência e letalidade a que a população negra está submetida. Atualmente, um homem negro tem até 12 vezes mais chance de ser vítima de homicídio no Brasil que um não negro, segundo o Mapa da Violência. O lançamento, com divulgação de vídeos e materiais de campanha, terá início às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília (DF), e contará com a presença do coordenador residente das Nações Unidas, Niky Fabiancic; de representantes do governo e da sociedade civil que atuam no tema; e do ator Érico Brás - apoiador da campanha “Vidas Negras” e participante dos vídeos e peças. No Brasil, sete em cada dez pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, são cinco vidas perdidas para a violência a cada duas horas. De 2005 a 2015, enquanto a taxa de homicídios por 100 mil habitantes teve queda de 12% entre os não negros, para os negros houve aumento de 18%. “O Brasil é um dos 193 países comprometidos com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Um dos principais compromissos dessa nova agenda é não deixar ninguém para trás em relação às metas de desenvolvimento sustentável, incluindo jovens negros. Com a campanha Vidas Negras, a ONU convida brasileiras e brasileiros a se engajarem e promoverem ações que garantam o futuro de jovens negros”, comenta o coordenador residente da ONU Niky Fabiancic. Segundo pesquisa realizada pela Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e pelo Senado Federal, 56% da população brasileira concorda com a afirmação de que “a morte violenta de um jovem negro choca menos a sociedade do que a morte de um jovem branco”. O dado revela o grau de indiferença com que os brasileiros têm encarado um problema que deveria ser de todos. A campanha quer chamar atenção para o fato de que cada perda é um prejuízo para o conjunto da sociedade. Além disso, deseja alertar sobre como o racismo tem restringido a cidadania de pessoas negras de diferentes formas. Peças e números Segundo dados recentemente divulgados pelo Unicef, de cada mil adolescentes brasileiros, quatro vão ser assassinados antes de completar 19 anos. Se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre os 12 e os 18 anos mortos de 2015 a 2021, três vezes mais negros do que brancos. Entre os jovens, de 15 a 29, nos próximos 23 minutos, uma vida negra será perdida e um futuro cancelado, segundo o Mapa da Violência. A campanha defende que esta morte precisa ser evitada e, para isso, é necessário que Estado e sociedade se comprometam com o fim do racismo – elemento chave na definição do perfil das vítimas da violência. As peças da campanha abordam diferentes facetas da questão, que vão da discriminação como obstáculo à cidadania plena; passam pelo tratamento desigual de pessoas negras em espaços públicos; e pelo vazio deixado pelos jovens assassinados nas famílias e comunidades; chegando até o problema da filtragem racial (escolha de suspeitos pela polícia, com base exclusivamente na cor da pele). Participam dos vídeos e demais materiais, além de Érico Brás, Taís Araujo, Kenia Maria, Elisa Lucinda e o Dream Team do Passinho. A campanha, principal ação do Sistema ONU Brasil no mês da Consciência Negra, não para por aí. Ela deve seguir estimulando o debate sobre a necessidade urgente de medidas voltadas para superação do racismo nos diferentes segmentos da sociedade. Serviço Lançamento da Campanha Vidas Negras 7 de novembro, às 15h30, na Casa da ONU, em Brasília – DF | Setor de Embaixadas Norte – SEN, Quadra 802, Conjunto C, Lote 17 Brasília, DF – CEP 70800-400

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Pernambuco perdeu R$ 4,28 bilhões com violência no trânsito em 2016

A violência no trânsito pernambucano provocou um impacto econômico de R$ 4,28 bilhões no ano passado, ou 2,70% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa é a perda da capacidade produtiva causada por acidentes que mataram 1.483 pessoas e deixaram outras 1.609 com invalidez permanente. O valor corresponde ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas caso não tivessem se acidentado. O cálculo é do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros. Entre 2015 e 2016, houve redução de 32,13% na perda do PIB do estado. No ano anterior, a perda no PIB foi de R$ 6,30 bilhões. O fator que mede a perda da capacidade produtiva é chamado de Valor Estatístico da Vida (VEV), ou seja, o quanto cada brasileiro deixa de produzir anualmente em caso de morte ou invalidez. Segundo o diretor do CPES, Claudio Contador, a redução do número de vítimas de acidentes graves está ligada a dois fatores básicos: o aumento da fiscalização (Lei Seca) em alguns estados e a crise econômica, que reduziu as vendas de automóveis e tirou muitos veículos de circulação no país. “A violência no trânsito caiu de forma considerável, o que é um fato alentador. Ainda assim, o número de vítimas remete a um quadro de guerra. E a grande maioria concentra-se na faixa etária de 18 a 64 anos. Ou seja, pertence a um grupo em plena produção de riquezas para a sociedade”, analisa Claudio Contador. No Brasil São Paulo, Minas Gerais e Paraná lideram as estatísticas de perdas decorrentes dos acidentes de trânsito. Segundo o estudo do CPES, o impacto econômico nesses estados foi de R$ 24,7 bilhões, R$ 15,7 bilhões e R$ 11 bilhões, respectivamente. Em São Paulo, morreram 5.248 pessoas em acidentes no ano passado – quase o dobro de toda a Região Norte. O Rio de Janeiro registrou perdas de R$ 10,2 bilhões, com 2.199 mortes no trânsito. Já o Nordeste lidera em número de acidentes com invalidez permanente: 11.086, sendo 4.094 noCeará e 1.609 em Pernambuco. O Centro-Oeste sofreu a maior perda em comparação com o Produto Interno Bruto: o impacto da violência no trânsito consumiu 3,6% do PIB regional, seguido das regiões Nordeste (2,8%) e Sul (2,6%). O Estado de Goiás, por exemplo, registrou 1.559 mortes em acidentes e 1.622 casos de invalidez permanente, o que representou impacto de R$ 6,8 bilhões (4% do PIB). Mas há casos em que a situação é muito mais grave. Em Roraima, a perda chega a 6% do PIB estadual, recorde no país. “Quando uma pessoa morre num acidente, ela deixa de produzir riquezas para seu país. Se fica inválida, deixa de produzir e também impacta a economia de sua família, porque fica dependente de cuidados e tem despesas adicionais. É disso que a nossa pesquisa trata”, explica Claudio Contador. Segundo a economista Natalia Oliveira, coautora do estudo, a queda no número de acidentes de trânsito, principalmente com vítimas fatais, representa um grande avanço. “Essa redução é consequência, entre outros fatores, de uma resolução das Nações Unidas que estipula uma meta audaciosa: diminuir em 50% o número de vítimas no trânsito até 2020. Para atender essa resolução, o Brasil criou o Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a década 2011- 2020”, diz. O Plano é composto de ações de fiscalização, educação, saúde, infraestrutura viária e segurança veicular, que visam contribuir para a redução das taxas de mortalidade e lesões por acidentes de trânsito. “Essas medidas são bem eficazes quando percebemos um retorno tão significante, não só nas vidas que poupamos, mas também no que deixamos de perder no PIB”, conclui Natalia

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Pernambuco teve o primeiro semestre mais violento em dez anos, alerta Silvio Costa Filho

Pernambuco teve o primeiro semestre mais violento dos últimos dez anos. Segundo os dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social, entre janeiro e junho de 2017 foram registrados 2.875 homicídios no Estado, o que representou um crescimento de 39,6% em relação ao mesmo período do ano passado. É o pior resultado desde 2007, quando o acompanhamento começou a ser divulgado, no início do Pacto pela Vida. Naquele ano, nos primeiros seis meses, foram cometidos 2.424 assassinatos, 451 a menos que no primeiro semestre deste ano. Na comparação com 2016, o mês de junho deste ano apresentou um aumento de 14,5% no número de homicídios, com o registro de 380 casos, ante os 332 do mesmo mês do ano passado. Além dos assassinatos, foram registrados neste primeiro semestre 62.761 crimes violentos contra o patrimônio (incluindo roubo de veículos), 15.833 casos de violência contra a mulher e 997 casos de estupros. “O governador Paulo Câmara já trocou o secretário de Defesa Social duas vezes, trocou também o comando da Polícia Militar, a chefia da Polícia Civil, titulares de delegacias e comandantes de batalhões, mas infelizmente os números continuam elevados e impondo à população o maior de todos os impostos, que é o imposto do medo”, avaliou o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O parlamentar lembra que, desde 2015, a Oposição vem chamando a atenção para o crescimento da violência em Pernambuco e que já chegou a procurar a OAB, Tribunal de Justiça, Ministério Público e o próprio Governo do Estado para discutir o resgate do Pacto pela Vida. “Infelizmente, do Governo, tivemos apenas o silêncio como resposta. Acreditamos que a questão da segurança precisa passar por um amplo debate com toda a sociedade, incluindo os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além das entidades da sociedade civil, para que seja possível reverter esse quadro. Mas o governo não parece disposto a encampar esse diálogo”, acrescentou. “Nos mantemos à disposição do governador Paulo Câmara para ajudar a construir uma saída para o atual quadro de violência e contribuir com a redução dos índices de criminalidade em Pernambuco. A atual conjuntura exige a união de todos, independentemente de coloração partidária ou classe social”, defendeu.

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Maio teve 57 homicídios a menos que o mês anterior

O mês de maio registrou 457 homicídios, 57 a menos que abril, quando foram contabilizados 514 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs). A redução de 13,9% na média diária (o mês de maio tem 1 dia a mais que abril) faz parte das estatísticas da segurança apresentadas, na tarde desta quarta-feira (14/06), pelo secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, em coletiva de imprensa na sede da SDS. “O trabalho das polícias vem dando resultados importantes, quebrando uma longa sequência de meses de ascensão dos CVLIs desde 2014, quando a hierarquia e a disciplina foram subvertidas dentro das corporações. Assim como no último dia 15, em que apresentamos dados de abril, com 35 assassinatos a menos em relação a março (com total de 549 CVLIs), mantemos o mesmo discurso: Pernambuco tem ainda um elevado patamar de crimes letais contra a vida e não há qualquer motivo para celebração, pois estamos distantes do objetivo. Mas é inegável que estamos encurtando distância e bloqueando, pouco a pouco com mais eficiência, por meio de operações especializadas, a ação até então desenfreada de grupos de extermínio”, avaliou Gioia. Nos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP), houve uma leve redução considerando a média diária. Foram 326 ocorrências por dia no mês de maio, contra 330 cada dia do mês anterior (queda de 1,48%). No recorte dos roubos a ônibus, maio registrou 105 assaltos a coletivos, contra 102 no mês anterior. A média diária, no entanto, manteve-se praticamente estável, com 3,39 contra 3,40 no mês de abril. “Os roubos a ônibus tiveram uma queda muito drástica em relação aos primeiros meses do ano, quando chegamos a ter uma média diária de 6,4 assaltos/dia, no mês de janeiro (199 no total). É natural que tenhamos mais dificuldade na redução, mas essa queda de quase 50% em relação ao início de 2017 tem relação direta com a prisão, pela Força Tarefa da Polícia Civil, de 78 suspeitos dessa prática, além da maior ostensividade nos principais corredores”, explica o secretário. Em maio, foram registrados 1.699 ocorrências de roubos de veículos, contra 1.780 em abril, representando uma redução de 7,63%. Com relação aos furtos, a queda foi maior: 10,47% (556 em maio contra 601 em abril). Na contabilidade dos bancos, não houve alteração nos roubos a agências bancárias (2 para cada mês), arrombamentos a caixas eletrônicos (também 2 em cada mês) e assaltos a carro-fortes (1 em maio e 1 em abril). “É importante ressaltar que, somente em 2017, 75 pessoas com ação comprovada nessa modalidade, inclusive com uso de explosivos, foram presas pela Força-Tarefa da Polícia Civil”, complementa o secretário. Também no período de maio, considerando todas as modalidades criminosas, as polícias prenderam 3.009 pessoas, dos quais foram cumpridos 494 mandados de prisão, 2.062 em flagrante delito e apreenderam 453 menores por atos infracionais. Já nos indicadores de violência doméstica e familiar, em maio foram contabilizados 2.674 casos, contra 2.706 em abril (menos 32 ocorrências). Fazendo o recorte dos estupros, as polícias receberam, no período, 147 queixas, contra 151 no mês anterior (leve redução de 2,65%). (Governo do Estado de Pernambuco)

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Mulher, por que choras?

"Mulher, por que choras?" (João 20.13) Choro porque sou mulher. Choro porque sou brasileira. Choro porque hoje várias mulheres brasileiras foram vítimas dos mais variados tipos de violência. E, de modo mais específico, choro pelo caso da adolescente que foi estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro. Tal fato aconteceu no Brasil que é conhecido como o país do futebol e do carnaval, do povo alegre e amistoso. Choro porque os filhos e as filhas desta terra foram gerados por meio de muitos estupros. Várias índias foram estupradas por colonizadores, várias negras foram estupradas por seus "senhores" e, certamente, diversas mulheres europeias foram violentadas pelos seus maridos. Infelizmente, nossa terra foi povoada por meio de várias formas de violências contra inúmeras mulheres. Choro porque nós, cristãos, dedicamos muito do nosso tempo discutindo sobre Calvinismo e Arminianismo e em contra partida empenhamos tão pouco do tempo no cuidado aos órfãos e as viúvas (Tiago 1.27). Aprendemos a realizar grandes eventos e esquecemo-nos de se compadecer das grandes dores que assolam nossa terra. Produzimos "profetas" com poderes mágicos e nos afastamos dos exemplos de profetas e profetisas do Antigo Testamento que eram porta vozes para denúncia da injustiça e opressão sofrida pelo povo. Choro por que devido ao nosso silêncio as pedras estão clamando. Hoje, antes de sair de casa para o trabalho, dei um xero em Natan (meu sobrinho de apenas 1 ano e 1 mês de idade) e lhe disse "Deus te abençoe e te faça um homem de bem". Com isso, refleti sobre a minha responsabilidade na educação dos meninos que passam e passarão pela minha vida. Preciso ser um instrumento de Deus para que eles sejam homens de bem. Preciso fazer a parte que me cabe para que meus sobrinhos, primos e amigos aprendam que devem amar as mulheres como amam a eles mesmos. Que os culpados pelo crime sejam responsabilizados! Mas isso não é o bastante. Saiba que não são apenas 33 ou 303, 3.003, 30.003... Na verdade existe algo que é para além do individual e que alimenta essa dinâmica da violência. Existe uma cultura do estupro que gerou nosso país e que permanece nele a mais de 500 anos. Muitas vezes de maneira camuflada e também de modo explícito podemos observar a manutenção dessa cultura nas nossas músicas, comerciais, filmes, piadas e em tantos outros meios de propagação de idéias. Acredito que não basta colher os "frutos pobres", se faz necessário olhar a raiz dos males. Enfim, não podemos fechar os olhos. Resolvi escrever esse texto para compartilhar o meu choro e, também, na esperança de levar alguns amigos e algumas amigas a refletir sobre a nossa responsabilidade diante desse problema. Nós podemos e devemos fazer a nossa parte. Acredito que existem mais de 33 homens que também choram diante dos casos de estupros e outras formas de violências sofridas pelas mulheres, peço a vocês que, por favor, não se calem. Vamos todas e todos, mulheres e homens, vamos chorar, denunciar, educar, transformar. Desejo que Deus inquiete vocês diante dessa realidade e também que se sintam convocados a modificá-la. *Quézia Cordeiro é psicóloga

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