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Alternativas ao café: como economizar sem abrir mão do sabor

Nutricionista sugere opções mais acessíveis e saudáveis para substituir a bebida Com a alta no preço do café, que acumulou um aumento de 40% em 2024 segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), muitos consumidores buscam alternativas mais econômicas para manter o hábito de consumo. Além do impacto financeiro, especialistas alertam que o excesso de cafeína pode causar efeitos adversos, como insônia, nervosismo, aumento da pressão arterial e gastrite. A nutricionista Simone Almeida, da Hapvida, recomenda substitutos que oferecem sabor e benefícios à saúde. “Dentre eles temos o chá verde, que contém cafeína em menor quantidade; o chá de canela, com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias; a cevada, rica em fibras e vitaminas do complexo B; o mate, fonte de antioxidantes, vitaminas C e E; e até o chocolate, que estimula a serotonina e melhora o humor”, explica. Outra alternativa acessível é o café instantâneo ou solúvel, que contém menos cafeína do que os grãos torrados e moídos. “Além de serem mais benéficos, possuem um preço mais acessível e são uma boa alternativa de substituição”, destaca a especialista. Diante da alta nos preços, experimentar novas opções pode ser uma forma de equilibrar o orçamento e ainda apostar em bebidas com propriedades nutritivas que trazem energia sem os efeitos colaterais do excesso de cafeína.

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É hora de voltar: treinos devem ser retomados aos poucos no pós-carnaval

Profissional de educação física, Elton Alves, explica a importância de um retorno gradual aos exercícios após os excessos da folia, ressaltando a importância de alongamentos, boa alimentação e paciência. E confira também: virose pós-carnaval - é possível treinar ou é melhor se recuperar? Após dias intensos de folia ou de longos descansos, o retorno à rotina de treinos pode gerar dúvidas: como recomeçar sem riscos de lesões ou cansaço excessivo? Para Elton Alves, profissional de educação física, o segredo está em um recomeço tranquilo e gradual, respeitando os sinais do corpo. Retorno gradual é essencial De acordo com Elton, não há necessidade de forçar o corpo logo de cara: "O ideal é começar com exercícios leves, com foco no alongamento e mobilidade das articulações. A ideia é preparar o corpo para a retomada dos treinos mais intensos de forma segura". O alongamento, aliado à mobilidade, é fundamental para melhorar a aliviar as tensões musculares e lubrificar as articular. Forçar-se a retomar ao nível de exercícios pré-carnaval pode gerar desconforto ou até mesmo aumentar os riscos de lesões, prejudicando o processo de recuperação. Alimentação também importa O equilíbrio na alimentação é peça-chave nesse processo. Elton reforça a importância de uma dieta equilibrada após os excessos. Muita água também é essencial, especialmente para quem passou por uma ressaca ou sintomas de virose. “Procure o médico e o nutricionista". O profissional sugere que, se houver sinais de desgaste maior no corpo, pode ser interessante dar um tempo a mais antes de voltar aos treinos mais pesados, para garantir um bom retorno. A paciência é aliada Elton também destaca a importância de não se cobrar de imediato: “Recuperação não acontece da noite para o dia, e o foco deve ser na consistência a longo prazo. O importante é ter paciência e se permitir o tempo necessário para recompor o corpo”. A orientação é clara: a leveza no início do retorno aos treinos, com respeitável cuidado físico, vai garantir que os avanços se sustentam sem sobrecarregar o organismo.Com uma abordagem focada no autocuidado, o retorno aos exercícios pós-carnaval pode ser muito mais proveitoso e prazeroso. Afinal, o Carnaval já foi e o que importa agora é seguir o bloco da saúde e bem-estar, com leveza e atenção ao corpo. Dicas essenciais para evitar lesões nos treinos pós-carnaval O retorno aos treinos após o carnaval exige cuidados especiais para diminuir os riscos de lesões. Confira algumas dicas valiosas dos especialistas: Virose pós-carnaval: é possível treinar ou é melhor se recuperar? Após os dias intensos de folia, muitos foliões enfrentam a temida virose pós-Carnaval, marcada por sintomas como febre, dor no corpo, diarreia e fadiga. Com o desejo de retomar a rotina de treinos, surge a dúvida: é seguro voltar a se exercitar ou o corpo precisa de um tempo para se recuperar? De acordo com o profissional de educação física Elton Alves, o primeiro passo é avaliar o estado geral de saúde. "O corpo já sofreu um grande desgaste durante o carnaval. Se a pessoa está com sintomas como febre, mal-estar intenso e falta de disposição, o ideal é respeitar o tempo de recuperação", alerta. Quando é seguro voltar? A prática de atividades físicas exige um bom funcionamento do organismo. Se o corpo ainda está lutando contra uma infecção viral, treinar pode agravar o quadro. "A febre, por exemplo, já é um sinal de que o organismo está em combate. Forçar um treino pode aumentar a desidratação e o desgaste físico, prolongando o período de recuperação", explica Elton. Ele recomenda que a retomada dos treinos seja feita de forma gradual. "Assim que os sintomas diminuírem, a pessoa pode começar com atividades leves, como caminhadas e alongamentos, observando como o corpo reage. Se houver tontura, cansaço excessivo ou qualquer sinal de fraqueza, é melhor esperar mais um pouco". Importância da hidratação e alimentação Durante a recuperação, a hidratação e a alimentação adequada são fundamentais. "Muitas viroses causam desidratação, então é essencial repor líquidos, seja com água, sucos naturais ou água de coco. Além disso, uma alimentação leve e equilibrada contribui para uma recuperação mais rápida", reforça o especialista. Por fim, Elton destaca que não existe um tempo exato para voltar aos treinos, pois cada organismo se recupera de forma diferente. "O mais importante é ouvir o próprio corpo. Se a energia está voltando e os sintomas desaparecem, a retomada pode ser feita com moderação. Caso contrário, insistir no exercício pode atrasar ainda mais a recuperação". Para os foliões que desejam retomar os treinos, a dica é paciência e autocuidado. O corpo precisa de tempo para se reequilibrar, e respeitar esse processo é essencial para um retorno seguro e saudável. @eltonalves.personal Fórum de Publicidade Médica em Pernambuco discutirá aspectos éticos e desafios da medicina moderna No próximo dia 14 de março, o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) realizará, de forma presencial, o Fórum de Publicidade Médica. O evento acontecerá na sede do Cremepe, no bairro do Espinheiro, a partir das 8h30, e reunirá profissionais de comunicação, médicos e estudantes de medicina para discutir temas essenciais para a prática médica contemporânea. Entre os tópicos que serão abordados estão os aspectos éticos e os desafios da medicina moderna, a gestão da carreira médica, o marketing e o uso das mídias sociais, além da relação com a imprensa. A programação também terá enfoque na publicidade e propaganda médica, com destaque para as permissões e proibições estabelecidas pela Resolução CFM 2.336/2023. O fórum é uma oportunidade para aprofundar o entendimento sobre as normas que regem a publicidade no campo médico, promovendo o debate sobre as práticas adequadas e os limites éticos necessários para garantir a integridade da profissão. Inscrições AQUI Exercício físico após a bariátrica: por que ele é essencial para manter o peso e a saúde? A cirurgia bariátrica é um passo importante no tratamento da obesidade, mas manter a atividade física no pós-operatório é essencial para garantir resultados duradouros e uma vida saudável. Segundo a cirurgiã bariátrica Luciana Siqueira, a prática regular de exercícios, especialmente a musculação,

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Sobrecarga no trabalho ameaça produtividade e saúde mental

Pesquisa revela que 90% dos profissionais brasileiros se sentem sobrecarregados no trabalho A rotina exaustiva tem sido uma realidade para a maioria dos trabalhadores no Brasil. Segundo um estudo do LinkedIn, 90% dos profissionais afirmam sofrer com sobrecarga em suas atividades diárias, enquanto 87% enfrentam forte pressão no ambiente corporativo. Esse cenário compromete não apenas a saúde mental, mas também a produtividade das empresas. Para o especialista em mentoria empresarial André Minucci, essa realidade reflete um problema estrutural nas organizações. “A sobrecarga é consequência de práticas que priorizam metas excessivas e ignoram a capacidade humana de absorver e processar demandas. Essa pressão contínua não só prejudica o colaborador, mas também gera impactos negativos nos resultados da empresa”, explica. Entre os principais fatores que agravam a situação estão o aumento das demandas, prazos cada vez mais apertados e a dificuldade de desconexão no mundo digital. O impacto da sobrecarga vai além do cansaço diário. A pressão constante pode resultar em problemas como queda na qualidade do trabalho, aumento do turnover e até o desenvolvimento da síndrome de burnout, já reconhecida pela OMS como um problema de saúde pública. Minucci alerta para a necessidade de uma mudança na cultura organizacional. “Há uma cultura que associa estar ocupado a ser produtivo, mas isso é um equívoco. Funcionários sobrecarregados tendem a cometer mais erros, ter menos criatividade e, no longo prazo, aumentar os índices de turnover.” Diante desse desafio, empresas precisam adotar estratégias para reduzir a sobrecarga e criar um ambiente mais saudável. Entre as soluções estão a definição de prioridades claras, capacitação de lideranças para gerir melhor as demandas, incentivo a pausas e descanso, além da criação de uma cultura de feedback, onde os colaboradores possam expressar suas dificuldades e buscar soluções em conjunto. Para os profissionais, o equilíbrio também deve ser uma prioridade. Aprender a gerenciar o tempo, estabelecer limites e buscar apoio de mentores são passos essenciais para lidar com a sobrecarga. “A saúde mental precisa ser tratada como prioridade, tanto pelo colaborador quanto pela empresa. Afinal, só é possível crescer profissionalmente quando há equilíbrio”, conclui Minucci.

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Algomais Marina Coutinho Foto Danilo Tacitto

Dermatologista dá dicas de cuidados com a pele no carnaval: do uso adequado do glitter à remoção da maquiagem

A médica Marina Coutinho alerta sobre cuidados essenciais para a pele durante os dias de folia. Confira também dicas para remover a maquiagem antes de dormir e o uso correto do filtro solar No sobe e desce das ladeiras, na energia contagiante dos grandes blocos, bailes, festas do Recife e Olinda, o glitter se torna protagonista entre as foliãs. Mas, por trás do brilho, está a necessidade de cuidar da pele e da região dos olhos, evitando problemas causados pelo uso inadequado do produto. A dermatologista Marina Coutinho explica como brilhar com responsabilidade, garantindo beleza e saúde, mesmo depois da folia. Expressão da alegria e criatividade, na hora de maquiar rosto e corpo nos dias de momo, o glitter vem sendo item essencial, mas, é importante lembrar que a nossa pele merece atenção especial. "Antes de aplicar, mantenha a região limpa e hidratada para evitar irritações," recomenda a dermatologista Marina Coutinho, que reforça a necessidade de testar o produto em uma pequena área antes do uso. Outro ponto importante está relacionado aos olhos. "Partículas pequenas podem causar irritações graves ou arranhão na córnea. Escolha produtos específicos para maquiagem dessa região e mantenha o glitter afastado da linha interna dos olhos", alerta Marina. Em tempos de maior consciência ambiental, muitas pessoas questionam se o glitter biodegradável é mais seguro que o convencional. A dermatologista explica que, embora os componentes do biodegradável sejam menos agressivos, ambos podem causar irritações se utilizados de forma inadequada. Como aplicar e remover A aplicação correta também faz toda a diferença. "Use um gel fixador próprio para maquiagem. Ele protege a pele e melhora a aderência do glitter, evitando atritos desnecessários. Na hora de remover o brilho após a festa, nada de esfregar a pele. "Opte por óleos vegetais ou demaquilantes bifásicos, que dissolvem o glitter antes da limpeza com sabonete suave." Se mesmo com os cuidados surgirem irritações ou lesões, o primeiro passo é lavar a área com água fria e aplicar um creme calmante. Persistindo o desconforto, procure o dermatologista. Proteção solar: não se descuide Com a intensificação da exposição ao sol durante os dias de folia, o glitter pode representar um perigo extra. "As partículas refletem os raios solares, aumentando o risco de queimaduras e manchas. Aplique protetor solar antes de usar glitter e reforce a proteção ao longo do dia," orienta. Apesar disso, a dermatologista assegura que o glitter, quando usado corretamente, não compromete a eficácia do protetor solar. Para quem tem pele sensível ou outras condições dermatológicas, o conselho é ainda mais cauteloso. "Prefira produtos dermatologicamente testados e evite o uso prolongado do glitter em peles com tendência a irritações." Brilhar no carnaval é uma experiência inesquecível, e com os cuidados certos, isso pode ser feito de forma segura. Marina Coutinho reforça: "Prevenção e escolhas conscientes são essenciais para garantir que o brilho não traga consequências indesejadas. Aproveite a festa com responsabilidade", conclui. Cuide-se para curtir com intensidade outros carnavais. Dicas da dermatologista para um carnaval seguro Maquiagem: limpe e higienize o rosto antes de dormir Faça o certo Com esses cuidados, você evita danos e mantém a saúde e o brilho natural da sua pele, mesmo durante a agitação do carnaval.  @dermatomarinacoutinho @clinicamarinacoutinho Corrida das Pontes do Recife abre inscrições para a sua 20ª edição Prova profissional agora é de 15km Chegando a sua 20ª edição a Corrida das Pontes do Recife Drogasil está confirmada para acontecer no dia 1 de junho, às 6h30, no forte do brum.  A tradicional prova de pedestrianismo que já era considerada a São Silvestre do Nordeste, agora realmente faz jus ao título ao incluir a modalidade de 15km na prova profissional, se igualando a tradicional prova da capital paulista. Além dos 5km e 10km, os atletas que quiserem se desafiar poderão contar com mais essa modalidade. A prova oficial de 15km terá atletas de elites de outros estados do país e até internacionais, como em todas as edições. Além das corridas de 5km, 10km e 15km, a Corrida das Pontes do Recife tem caminhada de 5km, a corrida especial 10km para pessoas portadoras de deficiência, cujas inscrições estarão abertas a partir do dia 2 de maio, e a prova infantil ou "corrida das pontinhas" que, este ano, será antecipada para o sábado, dia 31 de maio, com largada às 15h, e contará com mudanças significativas. Os detalhes dos percursos e das inscrições da prova das crianças estão em fase de definição e serão divulgados em breve. As inscrições para as modalidades de corrida 5km, 10km e 15km, e caminhada 5km, estão abertas e podem ser efetuadas no site oficial www.corridadaspontesdorecife.com.br e nos parceiros ativo.com, ticket sports, minhas inscrições e ticket next. Os valores variam e estão disponíveis no site oficial.  O público com idade a partir de 60 anos têm desconto de 50% no valor das inscrições. @corridadaspontes.recife  Foliões devem ficar atentos para comidas comercializadas nas ruas durante o carnaval No período da folia, cresce a oferta de lanches rápidos nas ruas, no meio da festa e, em alguns casos, sem fiscalização Durante o carnaval, muitos foliões optam por comer no meio da folia, consumindo comidas rápidas, vendidas em barraquinhas e por ambulantes. Essa praticidade requer atenção com relação a qualidade da comida e seu armazenamento, evitando, assim, possíveis problemas de saúde. A recomendação feita pelo docente do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Crístenes Melo, é de consumir alimentos em estabelecimentos de confiança e boa procedência. “O problema das vendas de alimentos nas ruas, no carnaval, se dá pelo alto risco de contaminação dos alimentos, devido à falta de higiene e/ou armazenamento inadequado para o consumo”, explica. Entre os principais riscos do consumo de alimentos de barraquinhas e carrinhos de rua durante o carnaval é a infecção intestinal, que acontece por causa dos alimentos mal conservados ou mesmo por falta de higiene ao manusear, preparar ou embalar o lanche, tudo isso aliado ao calor. “É importante ficar atento à higiene do local, bem como aos utensílios que são utilizados para o manuseio das comidas;

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Pernambuco ganha nova sede da Faculdade de Odontologia da UPE

Com investimento de R$ 10 milhões, unidade conta com estrutura moderna e atendimento gratuito à população. Fotos: Miva Filho A governadora Raquel Lyra inaugurou, nesta segunda-feira (24), a nova sede da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP-UPE), localizada na Avenida Norte, no Recife. A instituição, que há anos funcionava em espaços provisórios, agora conta com um prédio de quatro andares, 37 consultórios clínicos, três laboratórios multiuso e dois auditórios. Com investimento de R$ 10 milhões, a nova sede integra o programa Inova PE, que busca modernizar a infraestrutura educacional do estado. Além de beneficiar os estudantes, a unidade oferecerá cerca de três mil atendimentos odontológicos gratuitos por mês à população pelo SUS, abrangendo desde serviços básicos até especialidades como Ortodontia e Cirurgia Ambulatorial. “A Faculdade de Odontologia, com essas novas instalações, ganha novos laboratórios, salas de aulas, clínicas, biblioteca, área de convivência, local para refeição dos estudantes, servidores e professores. E com todo esse ambiente, moderno e adequado, eles poderão realizar todas as atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação, além da assistência a toda a população na área odontológica”, destacou a reitora da UPE, Profª Socorro Cavalcanti.  A UPE tem recebido investimentos significativos na atual gestão, incluindo a contratação de 314 docentes e 507 servidores técnicos e um aumento de 58% nas bolsas universitárias.

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Prepare-se para cair no frevo: cuidados essenciais com corpo e alimentação no Carnaval

De roupas leves e tênis confortáveis a uma alimentação equilibrada e hidratação reforçada, especialistas compartilham dicas indispensáveis para garantir energia e segurança durante os dias de folia O carnaval é sinônimo de festa, alegria e muita energia. No entanto, para aproveitar todos os dias de diversão sem comprometer a saúde, é essencial cuidar do corpo e da alimentação. O personal trainer Elton Alves, o fisioterapeuta Diogo Novaes e a nutricionista Julia Acioli trazem orientações valiosas para os foliões que desejam cair no frevo com disposição e bem-estar. Segundo o personal trainer Elton Alves, o uso de um bom tênis é fundamental para o conforto durante as longas horas de folia. "Um calçado adequado com bom amortecimento reduz o impacto nas articulações e proporciona mais comodidade nos movimentos", explica Elton Elton também ressalta a importância de alongamentos e mobilidades antes, durante e após os dias de festa. "Ainda que seja difícil manter a disciplina no calor do momento, parar por alguns minutos para alongar ajuda a reduzir a rigidez muscular, e fazer mobilidades irá ajudar as articulações", orienta. Para um Carnaval mais saudável, ele recomenda, além disso, o uso de roupas leves e respiráveis, que permitam a ventilação do corpo. Lesões - O asfalto, por ser uma superfície dura, aumenta o impacto nas articulações, especialmente joelhos, tornozelos e quadril. Se você já tem algum histórico de dor ou lesão, o risco pode ser maior. “Para diminuir os riscos de problemas, use tênis com bom amortecimento, que ajudam a absorver o impacto e reduzem a sobrecarga nas articulações. Além disso, mantenha a postura corporal ao caminhar ou dançar, evitando movimentos bruscos. Alongar-se e fazer mobilidade antes de sair e ao final do dia também ajuda a diminuir a rigidez muscular e protege as articulações”, informa Elton Alves.  Ouça seu corpo - É importante ouvir seu corpo. Se sentir muito cansaço ou dores, faça uma pausa e procure relaxar, mesmo durante a folia. Alterne momentos mais animados com períodos de descanso, preferencialmente sentado ou em um ambiente mais tranquilo e arejado. Hidratação e alimentação adequada também são indispensáveis. “Durante os intervalos dos dias de Carnaval, priorize o sono e evite excesso de atividades físicas intensas para permitir que o corpo se recupere. E lembre-se: dormir de 7 a 9 horas por noite é essencial para estar pronto para o dia seguinte”, lembra o profissional de educação física.  Como cuidar do corpo para curtir o carnaval sem dores nas ladeiras de Olinda Entre os pulos no frevo, a subida das ladeiras e a energia contagiante dos blocos de rua, o Carnaval de Olinda exige cuidado redobrado para evitar lesões e desconfortos físicos. O fisioterapeuta Diogo Novaes compartilha orientações valiosas para garantir uma folia saudável e sem dores. Priorize o alongamento “Dedique alguns minutos antes e depois da folia para alongar o corpo. Um bom alongamento aumenta a flexibilidade, ativa a circulação e prepara os músculos para o esforço repetitivo, reduzindo o risco de lesões”, orienta Diogo Novaes, reforçando as orientações de Elton Alves. Movimentos para as pernas, lombar e panturrilhas devem ser prioridade, já que essas áreas são muito exigidas durante o Carnaval. Evite exageros e proteja suas articulações O impacto causado pelo asfalto e as descidas íngremes das ladeiras pode sobrecarregar articulações, principalmente dos joelhos. "Utilizar um tênis com bom amortecimento é fundamental para diminuir a pressão sobre as articulações. Também é importante respeitar os limites do corpo, evitando saltos muito frequentes ou movimentos bruscos que forcem os joelhos ou tornozelos", explica o especialista. Cuidado com a lombar Os movimentos intensos e contínuos ao som do frevo podem impactar a região lombar, especialmente se a postura não for mantida. “Enquanto você dança ou caminha atrás dos blocos, tente manter uma postura mais alinhada, evitando arqueamentos exagerados da coluna”, aconselha Diogo. Descanso é parte essencial da festa Mesmo durante a folia, é fundamental encontrar momentos para relaxar. "Busque áreas mais tranquilas para se sentar e descansar, aliviando a pressão das articulações e dando uma pausa para o corpo se recuperar. A cada duas ou três horas, tente alternar entre momentos de grande atividade e períodos de repouso", orienta Diogo Novaes. "Lembre-se de que é melhor desacelerar um pouco e aproveitar o feriado inteiro, do que exagerar no primeiro dia e perder o restante", finaliza o fisioterapeuta. Mantenha alimentação saudável durante os festejos de momo Para a nutricionista Julia Acioli, a base de uma folia saudável está na alimentação adequada e equilibrada. "Priorize carboidratos complexos como a batata-doce, inhame, macaxeira e, que garantem energia de longa duração. Combine com boas fontes de proteína, como peito de frango, ovos, atum e cortes magros de carne vermelha, para auxiliar na saciedade e evitar a perda de massa muscular", aconselha. Ela destaca a importância de lanches práticos e nutritivos. "Castanhas, frutas desidratadas e barrinhas de proteína são ótimas opções para levar com você. Porém, é necessário redobrar o cuidado com alimentos vendidos na rua, especialmente os que precisam estar bem condicionados, pois podem estragar rapidamente no calor." A hidratação também é um ponto-chave para a nutricionista. "Beba água constantemente e alterne com isotônicos ou água de coco, que ajudam a repor os sais minerais perdidos pelo suor. Outra boa estratégia é levar um gel de carboidrato na bolsa ou pochete, especialmente em situações de longas horas de folia, pois o gasto energético é elevado e geralmente a alimentação fica comprometida. Esses géis oferecem uma reposição rápida de energia, mas é fundamental lembrar que não substituem uma refeição." Julia reforça que evitar bebidas alcoólicas em excesso é essencial para manter a energia e o bem-estar. Alimentos perecíveis e seus riscos nas ruas Alimentos perecíveis, como maionese, carnes, cremes e preparações com leite ou ovos, podem estragar rapidamente quando expostos ao calor. No Carnaval, com altas temperaturas e grande circulação de pessoas, esses alimentos vendidos na rua são um risco maior para intoxicação alimentar. “O consumo de alimentos contaminados pode causar náuseas, vômitos, diarreia, febre e dores abdominais, prejudicando a folia e podendo necessitar atendimento médico”, alerta a nutricionista

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Demetrius Montenegro

"Em época de férias, com aglomerações e confraternizações, a transmissão dos vírus da Covid aumenta"

Chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, Demetrius Montenegro diz que, graças à vacina, a Covid deixou de ser uma doença grave, mas apresenta grande capacidade de transmissão. Ele também avalia a possibilidade de aumentar os casos de dengue hemorrágica em Pernambuco, as perspectivas da nova vacina contra a dengue e as chances de ocorrer uma nova pandemia. Dados compilados por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista) revelam que o Brasil contabilizou 57.713 casos de Covid-19 nas três primeiras semanas de 2025, o maior registro dos últimos 10 meses. O número representa um aumento de 151% nos diagnósticos da doença em comparação com as três últimas semanas do mês passado que somaram 23.018 infecções. Mas de acordo com o infectologista Demetrius Montenegro, chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Oswaldo Cruz, esse aumento ainda é bem menor do que foi registrado no período do final de 2023 para o início de 2024. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Montenegro, que também é infectologista do Hospital Português, explica que o SARS-CoV-2, o vírus da Covid, tem uma capacidade de transmissão muito grande mas, graças à vacina, a maioria dos casos não apresenta gravidade. Ele também analisou a possibilidade de aumentar a prevalência do sorotipo 3 da dengue em Pernambuco, o que provocaria um aumento de casos com sintomas graves, como a hemorragia. O infectologista abordou ainda o impacto das mudanças climáticas no aumento das infecções e não descartou a hipótese de o mundo enfrentar outra pandemia. No verão, o número de casos de algumas viroses tende a aumentar. Por que isso acontece? Alguns vírus têm um comportamento sazonal. Ou seja, dependendo da época ou estação do ano, determinado vírus pode ter uma circulação maior. A característica da sazonalidade do vírus da Influenza é vir principalmente em épocas mais chuvosas ou na época de inverno, porque favorece a aglomeração das pessoas. Há, por exemplo, um vírus respiratório que acomete muito crianças no período de abril a maio. No caso do SARS-CoV-2, que é o vírus da Covid, em duas épocas do ano, mais ou menos, haverá um aumento do número de casos. Estamos observando que, em época de férias, aglomeração e confraternizações, a transmissão dos vírus aumenta. Em janeiro de 2024, também houve um aumento dos casos de Covid, como em janeiro de 2025. No entanto, este ano, o aumento ainda é um número bem menor do que foi o período do final de 2023 para o início de 2024. Ou seja, o vírus da Covid mudou muito sua genética. Antes, era um vírus devastador, muito grave, agora, com essas novas variantes, ele se transformou num vírus que tem uma capacidade de transmissão muito maior, porém uma gravidade menor. Vírus respiratórios podem circular ao longo do ano todo mas, em alguns períodos, pode aumentar sua transmissão. Então a capacidade de transmissão do vírus da Covid é maior que a da Influenza? Sim. Na influenza, mesmo que as pessoas não se isolem em casa, às vezes, apenas uma ou duas pessoas se contaminam, mas, na Covid, muito mais gente vai se contaminar. Outra diferença é que a vacina da gripe tem uma eficácia maior para proteger contra a doença. Então, a grande vantagem da vacina da Covid não é a pessoa não pegar a doença, lógico que diminui a chance de contaminação, mas o grande ganho é prevenir a evolução para casos mais graves. Por isso, a história da Covid hoje é outra, passamos de um conto de terror para praticamente um conto de fadas, a realidade hoje é totalmente diferente. Nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no litoral, há relatos de contaminação por norovírus, que causa sintomas como diarreia. O número foi maior que nos anos anteriores. No Nordeste, também houve aumento dos casos? Existem vírus cuja característica é de transmissão respiratória e causam doenças respiratórias, e outros que podem até ter transmissão respiratória mas seu local de proliferação é o trato gastrointestinal, causando doenças gastrointestinais e também podem ser transmitidos por meio da ingestão de alimentos contaminados. Esse tipo de vírus é realmente mais comum nesta época do verão, como aconteceu no litoral do Sudeste, principalmente de São Paulo onde houve uma epidemia desse vírus. Ou seja, há relação com a água contaminada, praia contaminada, principalmente nessas grandes cidades, onde, por mais que haja cuidados, é mais comum a água do mar ser contaminada pelo esgoto. Então, as pessoas podem adoecer e também transmitir. Já aqui no Nordeste, não observamos. Se houve, foram casos bem pontuais de diarreia, mas que não se caracterizavam como uma transmissão viral em massa, como uma epidemia. Ficou restrito realmente no Sul e Sudeste. Além das vacinas, há alguma forma de prevenção contra essas infecções, tanto as respiratórias quanto as do trato gastrointestinal? Sim, o afastamento social. Não me refiro ao isolamento, que tem o estigma da doença infecciosa como a Covid no momento crítico quando a pessoa tinha que ficar trancada no quarto. Mas o recomendado é você se afastar de outras pessoas, principalmente no ambiente de trabalho, ou usar máscaras. É sabedoria dos povos orientais que, antes mesmo da existência do vírus da Covid, usam máscaras quando estão com sintomas respiratórios. Isso já seria uma quebra muito grande da transmissão. Associado a isso, a vacina vem se mostrando, cada vez mais, a grande ferramenta e foi o que girou a chave em relação à pandemia. E não só a pandemia da Covid mas, também, a pandemia do H1N1 que foi uma variante da Influenza totalmente desconhecida do nosso sistema imunológico e, assim como a Covid, pegou o mundo desprotegido. Rapidamente, quando a população começou a se vacinar, o número de casos diminuiu. Então, a vacina é fundamental, assim como a lavagem das mãos e aquela etiqueta respiratória de cobrir o nariz ao espirrar para diminuir a quantidade de partículas e do vírus no ambiente e nas superfícies. Em relação à Covid, os testes de farmácia são válidos ou o recomendável é fazer em laboratório? Eles

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Therapy Training: exercício físico como terapia ganha espaço na saúde e reabilitação

Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta cria método que alia exercício físico e reabilitação Com mais de duas décadas de experiência em Educação Física e Fisioterapia, Michelle Sousa Dias desenvolveu o conceito de Therapy Training. O método une diversas abordagens do exercício físico e da reabilitação para promover a saúde e a qualidade de vida, indo além da estética e do desempenho atlético. Inspirado por experiências em UTIs e academias, o Therapy Training busca um olhar personalizado sobre a condição clínica de cada paciente, trazendo um novo conceito de profissional: o Therapy Trainer. O exercício físico é amplamente reconhecido por seus benefícios à saúde, mas seu potencial terapêutico ainda não é plenamente explorado. Pensando nisso, Michelle Sousa Dias criou o Therapy Training, um método que integra diferentes técnicas para tornar o movimento uma ferramenta essencial na prevenção e no tratamento de diversas condições. "A necessidade de movimentação adequada dos pacientes transplantados para melhorar a perfusão e o funcionamento do órgão transplantado foi um divisor de águas no meu entendimento sobre o papel do exercício físico na medicina", destaca Michelle, que atuou na UTI de Transplante do Hospital Pedro II (IMIP). Atividade Física x Exercício Físico: entenda a diferença Antes de aprofundar o conceito de Therapy Training, é essencial compreender a diferença entre atividade física e exercício físico, dois termos frequentemente confundidos, mas com propósitos distintos para a saúde. De acordo com especialistas, a atividade física engloba qualquer movimento corporal que resulte em gasto energético acima do metabolismo de repouso. Isso inclui tarefas cotidianas, como caminhar, dançar, cozinhar e cuidar do jardim. Já o exercício físico é caracterizado como uma atividade planejada, estruturada e repetitiva, com o objetivo de melhorar ou manter componentes da aptidão física, como força muscular, resistência cardiovascular, equilíbrio e flexibilidade. É nesse contexto que o Therapy Training se destaca. A abordagem utiliza o exercício físico de forma planejada e personalizada, não apenas como uma forma de manutenção da aptidão física, mas também como um recurso terapêutico. Com um acompanhamento especializado, essa metodologia contribui para a reabilitação e prevenção de diversas condições de saúde, promovendo bem-estar e qualidade de vida. Compreender a distinção entre atividade e exercício físico é essencial para adotar práticas adequadas e obter os melhores resultados para a saúde física e mental. Contexto do método Diante dessa vivência, a profissional buscou especializações que complementassem sua prática. Entre elas, destacam-se o Pilates, a metodologia École du Dos do fisioterapeuta André Petit, a certificação CFSC (Certified Functional Strength Coach) de Michael Boyle e o método Rehab Barbell do Dr. Michael Mash. "Unindo esses conhecimentos, concebi o Therapy Training, que combina o melhor de cada método para oferecer um programa de exercícios altamente personalizado", explica Michelle. "Esse conceito traz uma nova categoria de profissional: o Therapy Trainer, aquele que aplica o exercício físico com um olhar clínico e personalizado, indo além do treinamento convencional". O papel do Therapy Trainer - Diferente do personal trainer tradicional, que foca principalmente em desempenho e estética, o Therapy Trainer trabalha com uma abordagem integrativa. Ele avalia histórico clínico, padrão respiratório, mobilidade e outras particularidades do paciente antes de elaborar um programa de exercícios. Os principais diferenciais desse profissional são: Para Michelle, o Therapy Training representa um avanço na maneira como o exercício é utilizado na saúde. "O movimento tem um poder transformador. Quando aplicado com precisão e conhecimento, pode ser um divisor de águas na reabilitação e na prevenção de doenças", conclui. Histórico: paixão pela reabilitação e movimento A inquietação em aprofundar os conhecimentos sobre o exercício físico como ferramenta terapêutica surgiu cedo para Michelle Souza Dias, filha de um médico cardiologista. Após a formação em Educação Física, a curiosidade a levou a ingressar também na faculdade de Fisioterapia em 2007. Ao longo da trajetória acadêmica e profissional, o interesse por compreender doenças, suas fisiopatologias e os processos de reabilitação e restauração de função se tornou cada vez mais evidente. Diante desse cenário, Michelle decidiu estruturar um método próprio de trabalho, combinando diferentes abordagens para potencializar os benefícios do exercício na reabilitação. Para isso, buscou certificações que complementassem sua prática profissional, trazendo embasamento técnico e inovação ao atendimento. Entre as especializações adquiridas, destacam-se: O método é um olhar atento à individualidade de cada paciente, sendo uma dinâmica atual e integrativa na área da reabilitação e do fortalecimento físico, unindo ciência e prática para promover qualidade de vida e recuperação eficaz. Michelle Sousa Dias @michellediastherapytrainer | Email: therapytrainermd@gmail.com 3ª edição do Difusora Running em Caruaru abre inscrições Já estão abertas as inscrições para a 3ª edição do Difusora Running, que este ano será realizado no dia 17 de maio. O evento que já está no calendário esportivo da cidade, abriu o primeiro lote de inscrições com valor promocional. Nesta primeira etapa, os interessados em participar podem realizar a inscrição através do site: https://www.ticketsports.com.br/. A inscrição custa R$ 110,00 mais 1kg de alimento não perecível que deve ser entregue no dia da retirada do kit. Os participantes PCD têm desconto de 50%.Este ano os competidores irão concorrer nas categorias de caminhada 3km e corrida, segmentados por masculino e feminino, em trajetos de 5km e 10 km. A premiação será destinada aos competidores da categoria corrida de rua. Nos dias 14, 15 e 16 de maio, os atletas devem retirar o kit corrida no Shopping Difusora, no stand de atendimento que será montado no shopping. O kit é composto de camisa Dry-Fit Sport, com 50% UV, sacochila, chip descartável, número de peito, medalha (entregue após a conclusão da prova). O kit só será retirado com a identificação do participante e a entrega do alimento não perecível. Não será entregue kit no dia do evento. A largada da corrida e  chegada será na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Difusora, onde será montada uma estrutura para receber os corredores, que durante o percurso, receberão água e ao fim do evento, uma mesa com frutas será disponibilizada para hidratação dos atletas. Informações clique AQUI Hobbyterapia: como atividades manuais e criativas ajudam na saúde mental Diante do

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Cresce o número de diagnósticos de neurodivergências

Especialistas apontam que crescimento se deve ao avanço dos critérios diagnósticos, ao maior acesso aos técnicos de saúde e à conscientização da população. Mas há profissionais que enxergam nesse aumento uma tendência à medicalização do comportamento humano e a transformação das emoções em transtornos. *Por Rafael Dantas Talvez você tenha percebido uma presença maior de estudantes no espectro autista nas escolas ou mesmo nas ruas. Ou notado mais diagnósticos de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e dislexia, inclusive em adultos. Essas são algumas das principais condições neurodivergentes representadas pelo símbolo do infinito colorido ou pelo quebra-cabeça, este último associado ao autismo. Enquanto essas imagens ganham espaço em campanhas na mídia, essa população também se destaca em produções audiovisuais de sucesso, como The Good Doctor ou Uma Advogada Extraordinária. Mas, afinal, onde estavam essas pessoas décadas atrás? Em apenas um ano, o número de alunos com autismo matriculados nas escolas brasileiras aumentou 48%, de acordo com o Censo Escolar de 2023. O crescimento dos diagnósticos dessa condição é uma tendência global, conforme aponta o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos. Na década de 1970, o autismo era identificado em cerca de 1 em cada 10 mil crianças. Em 1995, essa proporção subiu para 1 em cada 1.000 e, em 2023, alcançou 1 em 36, evidenciando uma evolução significativa nos índices. Os dados referentes ao tamanho da população no TEA (Transtorno do Espectro Autista), por exemplo, ainda são desconhecidos. Porém, esse tema foi incluído na última pesquisa do Censo Demográfico 2022, ainda não divulgado. A população neurodivergente é formada por pessoas que apresentam autismo, TDAH, dislexia, síndrome de Tourette, entre outras condições. Esses grupos são caracterizados por apresentarem diferenças no funcionamento cerebral que afetam áreas como percepção, processamento de informações, comportamento e interação com o ambiente. Essas diferenças podem incluir desafios em algumas habilidades, como atenção, leitura ou interação social mas, também, pontos fortes únicos, como criatividade, memória ou resolução de problemas. Apesar da maior percepção da presença dessa população na sociedade e dos expressivos números de novos diagnósticos, há diferentes interpretações para explicar esse crescimento. A corrente científica majoritária considera três fatores principais: a amplitude dos diagnósticos, o maior acesso aos profissionais de saúde e a conscientização da população. “Neurodiversidade é um conceito que reconhece a variabilidade do nosso funcionamento neurológico. Temos os marcos do desenvolvimento mas todos não seguem o mesmo padrão”, afirma Victor Eustáquio, sócio-fundador da Somar Special Care, psicopedagogo e especialista em neurociência. “Eles sempre existiram. O que mudou foi a percepção”, avalia. Os pilares apontados pelo especialista são os avanços dos critérios de diagnósticos. Esse aperfeiçoamento seria uma das razões para o crescimento do número de pessoas diagnosticadas, incluindo os casos mais leves. Anteriormente, por exemplo, só seriam reconhecidos como autistas os quadros mais severos. Hoje percebe-se um panorama que considera perfis moderados e leves. Os outros pilares apontados pelo psicopedagogo são justamente o maior acesso da população aos profissionais de saúde. Se anteriormente o comportamento distinto do filho era negligenciado pela família ou, nos casos mais graves, até escondido da sociedade, a procura pelos médicos foi ampliada nas últimas décadas. Os investimentos mais massivos em comunicação midiática, seja pelo jornalismo ou no entretenimento, e nas campanhas educativas teriam levado também a sociedade a enxergar essa população que era invisibilizada. O Dia do Autismo, do TDAH, da Dislexia… entre tantas outras datas ajudaram a popularizar o tema. No caso brasileiro, um marco importante foi a entrada em vigor da MBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), no ano de 2015. Considerada decisiva para a visibilidade e os direitos das populações neurodivergentes no Brasil, a lei reconhecia as pessoas no Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes como parte do grupo de indivíduos com direitos ao acesso mais amplo a políticas de inclusão e suporte. “Havia muitas pessoas neurodivergentes, sim, antes disso. Mas, elas não estavam abraçadas por essas leis de proteção, pelo direito ao tratamento. Além disso, só era considerado com TEA aquele paciente bem caracterizado. Mas hoje a gente sabe que o espectro autista é muito mais abrangente”, declarou o fundador e diretor executivo da Clínica Mundos, Leonardo Lyra. Antes das leis e do avanço da comunicação, essa população não era percebida pela sociedade. “Muitas vezes essas pessoas estavam escondidas em casa pelas famílias, sofrendo em silêncio, ou eram aqueles indivíduos que tinha uma série de limitações mas tinham que se adequar ao ambiente normal. Isso não é incomum. Se fizermos esse exercício de parar um pouquinho e refletir, vamos lembrar daquele amiguinho da escola ou alguma pessoa próxima que poderia ser neurodivergente. Os dados atuais indicam que em cada sala de aula vamos ter pelo menos uma criança com essa característica”, afirmou Leonardo. DESAFIOS EDUCACIONAIS O avanço da população neurodivergente nas escolas é perceptível aos pais e um desafio às instituições. Se antes eram invisíveis, não chegavam às escolas ou dentro das salas de aula não tinham o devido apoio, hoje, a atenção educacional voltada para essas crianças está muito mais sofisticada. “Agora a gente tem muito mais conhecimento, mais embasamento e mais diagnóstico. Entendemos que essa quantidade de crianças já existia. Mas elas sofriam bullying, eram repetentes. Elas estavam lá, mas não eram vistas dentro da sua necessidade”, avalia a Gabriela Camarotti, diretora pedagógica da Escola Vila Aprendiz. Com 16 anos de atuação, a escola percebeu o aumento da procura das famílias com diagnósticos de autismo, TDAH, entre outras neurodivergências. “A Vila nasceu com o pilar da personalização da educação. Nosso objetivo lá atrás já era conseguir fazer a trilha de desenvolvimento mais personalizada por aluno. Mas percebemos, sim, um aumento significativo das crianças neurodivergentes com as mais diversas necessidades”, constata a diretora. 7A instituição, portanto, desenvolveu uma abordagem pedagógica personalizada, que integra psicologia e educação especial, promovendo um ambiente acolhedor e inclusivo. O maior vínculo com as famílias das crianças e o investimento em capacitação contínua em neurociências e educação especial, inclusive com visitas anuais a escolas em São Paulo, para

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Capa Debora Wagner

Volta às aulas: como montar uma lancheira saudável e atraente para as crianças?

Com o início do ano letivo, é hora de organizar a rotina das crianças, e a preparação da lancheira se torna um desafio para pais e responsáveis. Entre as cantinas escolares repletas de frituras e doces industrializados e a preocupação com uma alimentação nutritiva, surge a dúvida: como equilibrar prática e saudabilidade? A nutricionista Débora Wagner explica como criar lancheiras que combinem atratividade e nutrientes essenciais para o desenvolvimento infantil. “Uma lancheira saudável é equilibrada e contempla todos os macronutrientes: carboidratos, proteínas e gorduras boas. Além disso, deve incluir uma boa dose de micronutrientes vindos de frutas e vegetais para apoiar o crescimento e fortalecer o sistema imunológico das crianças”, detalha a nutricionista. Os pilares da lancheira: como dividir os macronutrientes? De acordo com Débora, os carboidratos são a principal fonte de energia e precisam vir em formas mais nutritivas, como pães e bolos integrais ou biscoitos caseiros. As proteínas, essenciais para o crescimento e a manutenção dos tecidos, podem ser garantidas com iogurtes naturais, queijos magros, ovos cozidos ou patês saudáveis, como os de frango ou atum. “Não podemos esquecer das gorduras boas, presentes em alimentos como castanhas, sementes ou uma pequena porção de abacate, que ajudam no desenvolvimento cerebral”, acrescenta. Colorir também é nutrir Para manter a lancheira atrativa, a variação de cores é um grande aliado. “Quanto mais colorido, maior a diversidade de nutrientes”, afirma a nutricionista. Frutas como morangos, uvas, bananas e mangas trazem dulçor natural e são fontes ricas em vitaminas. “Incluir vegetais crus, como cenouras em palitos ou tomate-cereja, torna o lanche mais completo e ainda estimula o paladar das crianças”, complementa. E a hidratação? Embora a água seja insubstituível, outras opções podem ser incluídas com moderação. “Água de coco, sucos naturais sem açúcar e chás leves, como camomila ou hortelã, são boas alternativas, especialmente em dias mais quentes. No entanto, o consumo de refrigerantes e bebidas industrializadas deve ser evitado, pois contêm altos níveis de açúcar e aditivos”, alerta Débora. Envolvendo as crianças no preparo Uma estratégia para aumentar a aceitação é trazer as crianças para o planejamento da lancheira. “Permita que elas participem da escolha dos alimentos e do preparo dos lanches. Essa atitude simples gera curiosidade, promove autonomia e torna a experiência mais divertida”, sugere. Até a ideia de “montar o próprio lanche” na escola pode estimular um maior consumo das opções saudáveis. Para manter o aspecto lúdico, a mamãe pode adotar estratégias como a criação do “dia do bolo caseiro” ou fazer frutas em formatos divertidos, transformando a hora do lanche em um momento especial. Concorrendo com as cantinas escolares A variedade de alimentos ultraprocessados, como frituras e doces, nas cantinas escolares muitas vezes dificulta a manutenção de uma alimentação equilibrada. “Proibir não é o caminho. Prefira um equilíbrio: converse sobre os benefícios do que foi preparado em casa e negocie dias para consumir algo da cantina, garantindo que isso seja eventual”, orienta a especialista. Segundo a nutricionista Débora Wagner, optar por versões assadas de alimentos como o pastel é uma escolha mais saudável. "Os alimentos assados geralmente possuem menos gordura saturada, o que os torna melhores para a saúde, especialmente no contexto da alimentação infantil, que deve ser balanceada e nutritiva", explica. Mesmo assim, a recomendação é priorizar alimentos naturais e preparados em casa sempre que possível. Turnos e a diferença nas escolhas alimentares As necessidades podem mudar conforme o período escolar. Pela manhã, é importante oferecer alimentos que sustentem e deem energia para as atividades. “Aqui, os carboidratos integrais, combinados com frutas e uma fonte de proteína, como um pedaço de queijo, fazem muita diferença”. Já no turno da tarde, a prioridade é evitar lanches muito pesados. “Opte por algo mais leve, como uma fruta acompanhada de iogurte natural ou uma pequena porção de castanhas”, recomenda. A alimentação e o desempenho cognitivo: a conexão para aprender mais e melhor A nutrição adequada não impacta apenas o crescimento físico, mas também desempenha um papel importante no desenvolvimento cerebral e no desempenho escolar. “Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes como ômega-3, ferro, zinco e vitaminas do complexo B, está diretamente ligada à capacidade de concentração, memória e aprendizagem. Por outro lado, uma dieta pobre em nutrientes ou rica em açúcares e ultraprocessados pode levar a dificuldades cognitivas e queda no rendimento escolar”, ressalta Débora Wagner. Garantir que a lancheira inclua alimentos nutritivos significa mais energia e disposição para enfrentar os desafios do dia letivo, além de estimular habilidades importantes para o desenvolvimento infantil. Dicas rápidas para uma lancheira equilibrada: Receita: Sanduíche natural fácil e nutritivo Ingredientes: Modo de preparo: Espalhe o creme de ricota no pão. Monte o sanduíche adicionando os demais ingredientes. Corte ao meio e armazene em um recipiente térmico. @nutrideborawagner @marehortacafebistro Escola Alimentação saudável na escola fortalece aprendizado e bem-estar infantil Nutricionistas Mariana de Souza e Betina Schmidt destacam a importância de orientar famílias, capacitar profissionais e tornar a cantina uma aliada na promoção de hábitos alimentares saudáveis entre os alunos. A alimentação saudável nas escolas é um tema essencial para o desenvolvimento infantil, e as instituições devem investir em orientações e projetos para estimular bons hábitos alimentares entre seus alunos. Segundo Mariana de Souza, nutricionista escolar da Sapore, prestadora de serviço da Escola Eleva, os pais e responsáveis recebem cartilhas com sugestões de ingredientes nutritivos e naturais para compor a lancheira dos estudantes. "A orientação sobre alimentação saudável nas lancheiras é essencial para promover o crescimento e ofertar a energia necessária para o desenvolvimento das atividades diárias e melhor desempenho escolar das crianças", afirma. Betina Schmidt, gerente de nutrição da Escola Eleva, destaca que, em escolas de tempo integral, a formação de hábitos alimentares ocorre de forma significativa dentro do espaço escolar. "Metade das refeições do dia são realizadas no ambiente escolar, incluindo o almoço, que, especialmente no Brasil, tem um significado muito importante na nutrição e no convívio social do indivíduo. Sendo assim, não é apenas pertinente tratar deste assunto em nossa escola, como faz parte de uma série de projetos desenvolvidos com alunos

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