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Com alta da dengue, setores econômicos de Pernambuco podem perder R$ 84,5 milhões

Até a 15ª semana de abril, o impacto na produtividade das indústrias de transformação já atingia a marca de R$ 35,5 milhões, e o absenteísmo já estava sendo identificado no chão de fábrica. Foto: Freepik Neste ano, o crescimento dos registros de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Pernambuco não apenas prejudica a saúde de muitos habitantes, mas também causa impactos significativos nas operações industriais do Estado. Segundo um estudo realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), o prejuízo financeiro já atingiu a marca de R$ 35,5 milhões. Caso a tendência de aumento de casos persista, estima-se que a produtividade de todos os setores econômicos do Estado - indústria, comércio e serviços - sofrerá um impacto ainda mais severo, alcançando um total de R$ 84,5 milhões. Pernambuco figura entre os cinco estados com uma tendência crescente de casos, conforme dados do Ministério da Saúde. De acordo com o economista da FIEPE, Cézar Andrade, a incidência das arboviroses tem sido uma preocupação constante para as indústrias. “É que, com os casos, as empresas vêm enfrentando desde o aumento do absenteísmo devido às licenças médicas até a redução da eficiência do trabalho, em razão dos sintomas causados por essas doenças”, analisou.  Segundo os dados levantados, os empresários foram consultados sobre o principal impacto em suas indústrias, e os resultados foram os seguintes: 45,56% mencionaram a queda na produção como o principal impacto; 34,44% precisaram realocar sua mão-de-obra; enquanto 15,56% tiveram que arcar com horas extras para compensar o afastamento de colaboradores devido às doenças. Apenas 4,44% dos empresários industriais afirmaram a necessidade de novas contratações. Quanto às ausências dos trabalhadores, o estudo revelou um índice de absenteísmo de 8,34%, com uma perda média de produção de R$ 2.012,71 por trabalhador afastado devido às arboviroses, considerando um período de sete dias de afastamento. Além disso, quase 73% dos empresários entrevistados relataram ter empregados afetados por alguma doença transmitida pelo Aedes aegypti. Diante desse quadro, Fernanda Guerra, diretora de Saúde e Segurança da Indústria do SESI-PE, enfatiza a importância do diagnóstico precoce da dengue, chikungunya e zika, visando o tratamento imediato adequado para cada enfermidade. Ela destaca que os colaboradores podem confundir os sintomas com um simples resfriado ou virose, o que poderia mascarar um possível foco de dengue dentro da empresa. “Para isso, o SESI-PE, que integra o Sistema FIEPE, oferece exames de diagnóstico. Com a identificação da doença, o funcionário se trata da forma adequada e volta a trabalhar mais rapidamente, diminuindo o índice de absenteísmo e evitando o comprometimento da produtividade das indústrias”, explica. Além disso, Fernanda destaca que o SESI-PE também oferece um canal de telemedicina, desenvolvido pelo SESI Nacional, para atender os trabalhadores da indústria e seus dependentes que suspeitam estar com dengue. Os trabalhadores que apresentarem sintomas da doença podem acessar assistência e orientações em saúde especializada através do WhatsApp (61) 3317-1414.

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Edital Caatinga disponibiliza R$ 16 milhões para plantio de espécies nativas

O Edital Caatinga, que destinará R$ 16 milhões para o plantio de 500 mil mudas de espécies nativas da caatinga, já está disponível para consulta pública no portal da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH. O documento foi publicado na edição de quarta-feira, 1° de maio, do Diário Oficial do Estado (DOE). Podem participar do edital as organizações da sociedade civil (OSC), individualmente ou em rede, bem como associações e fundações de direito privado, sem fins econômicos, que realizem ações voltadas ao meio ambiente e atendam aos requisitos estabelecidos no Decreto Estadual 44.474/2017. É necessário também comprovar experiência em recuperação ambiental e reflorestamento. As organizações têm até o dia 9 deste mês para enviar questionamentos sobre o edital, e a entrega da documentação e das propostas deve ser feita até o final de maio, por meio do e-mail protocolovirtual@cprh.pe.gov.br. O resultado final está previsto para ser publicado em 19 de agosto, e a assinatura do Termo de Fomento está marcada para 26 de agosto. O cronograma detalhado pode ser consultado no edital de chamamento público 01/2024. Os recursos, provenientes do Fundo de Compensação Ambiental vinculado à CPRH, serão utilizados para regenerar cerca de 300 hectares de áreas degradadas localizadas em Unidades de Conservação ou suas respectivas Zonas de Amortecimento, no semiárido pernambucano, incluindo aquelas utilizadas na agricultura familiar, em sistemas agroflorestais. As organizações selecionadas pelo Edital Caatinga serão responsáveis pela primeira fase do programa. Uma das exigências do edital é a participação de mão-de-obra local nas regiões que receberão o processo de reflorestamento, bem como o monitoramento do plantio. Além disso, o edital propõe a implementação de estratégias de sensibilização e mobilização para garantir o envolvimento efetivo dos proprietários de terras. O Edital Caatinga faz parte do programa Plantar Juntos, que visa o reflorestamento de Pernambuco, com a meta de plantar quatro milhões de mudas florestais de espécies nativas dos biomas do estado até 2026. Para acessar o Edital Caatinga, clique aqui: Link do Edital , Ana Luiza Ferreira, secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco (Semas-PE) “Esta é a primeira de diversas outras iniciativas que lançaremos este ano em Pernambuco para regenerar florestas e garantir uma melhor qualidade de vida dos pernambucanos, especialmente daqueles que dependem diretamente dos recursos que o meio ambiente oferece. Estudos indicam que a caatinga será um dos biomas mais atingidos pelas mudanças climáticas, se nada for feito. E esse é um dos instrumentos para chegarmos à justiça social e climática que desejamos”.

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HS MACIEL PINHEIRO

Praça Maciel Pinheiro, no Recife, é requalificada

No sábado (04), a Prefeitura do Recife concluiu mais uma etapa importante do Programa Tá Aprumado Praças, com a entrega da requalificação da Praça Maciel Pinheiro, localizada no Centro da cidade. As intervenções realizadas pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) fazem parte desse programa, lançado em agosto do ano anterior, que destinará R$ 60 milhões para revitalizar 120 espaços públicos em Recife. O objetivo é elevar a qualidade de vida dos cidadãos e fortalecer o senso de comunidade. A Praça Maciel Pinheiro é parte de um conjunto de quinze jardins históricos que contam com o renomado projeto paisagístico de Burle Marx. As recentes intervenções realizadas no local fazem parte de um plano mais amplo de requalificação desses jardins, visando valorizar e, sempre que possível, resgatar as propostas arquitetônicas e paisagísticas originais idealizadas por Burle Marx, que ao longo dos anos foram perdidas ou descaracterizadas. O projeto paisagístico para 2024 contempla a utilização de espécies arbustivas e forrações coloridas, com destaque para as ixoras nos canteiros que circundam o chafariz central, crinos com flores brancas e zebrina roxa nos dois maiores canteiros. Além disso, é possível encontrar na praça palmeiras tamareira-de-jardim (Phoenix roebelenii O’Brien) e sabal (Sabal palmetto), bem como ipê-roxos (Handroanthus heptaphyllus) e amendoeiras (Terminalia catappa) que emolduram o espaço. A requalificação também abrangeu a limpeza e restauração dos postes, do piso em pedra itacolomy, das bordas dos canteiros em pedra maciça, dos bancos no estilo "veneziano" e dos monumentos históricos, como o chafariz, uma obra do artista Antônio Moreira Ratto; a escultura de Clarice Lispector, parte do Circuito da Poesia; e o painel de cerâmica com uma frase do poeta recifense Eugênio Coimbra Júnior. Prefeito do Recife, João Campos “A Praça Marciel Pinheiro está totalmente reformada, com quase R$ 500 mil investidos. Lembrando que a gente tem uma ação de recuperação de jardins e praças na cidade inteira, um específico para as áreas que foram projetadas por Burle Marx e que são tombadas, a exemplo dessa. Além da recuperação urbanística que estamos fazendo, haverá também uma equipe permanente da Guarda Civil e da ação social da prefeitura. Aqui era uma área que estava muito vulnerável, crítica, com pessoas em situação de rua e a gente tem vários serviços que vão estar aqui presentes para poder direcionar cada pessoa para o serviço adequado. Nosso objetivo é poder preservar esse local como ele foi concebido e continuar fortalecendo o comércio da região”.

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Pernambuco cria 1,3 mil empregos com carteira assinada em março

(Da Secretaria da Presidência da República) Pernambuco registrou um saldo positivo de 1.364 novos empregos com carteira assinada em março, de acordo com os dados do Novo Caged, divulgados nesta terça-feira (30/4). Com isso, apenas nos três primeiros meses deste ano, o estado já registra a criação de 5,7 mil novas vagas. O estado pernambucano apresentou saldo positivo em três dos grandes grupamentos de atividades econômicas. O destaque ficou com a área de Serviços, com a geração de 3.387 novos postos. Em seguida aparece a Construção, com 994, e o Comércio, com saldo de 426 vagas. Os setores de Indústria (-2.272) e Agropecuária (-1.170), contudo, apresentaram saldo negativo para o mês. Na divisão por municípios, a capital Recife reuniu o maior saldo do período, com a abertura de 2.299 novas vagas com carteira assinada, o que levou o estoque na capital a um total de 545,3 mil de pessoas formalizadas no mercado de trabalho. Na sequência dos cinco municípios com maior saldo em março aparecem Caruaru (518), Olinda (463), Jaboatão dos Guararapes (357) e Carpina (352). NACIONAL — Em março, o Brasil registrou um saldo de 244.315 novos postos formais de trabalho, fruto de um cenário econômico positivo, marcado por juros e inflação em trajetória de queda, investimentos federais maciços em obras de infraestrutura, setor automobilístico em crescimento e atividade turística em expansão, entre outros. Com isso, em 15 meses, de janeiro de 2023 a março de 2024, 2,18 milhões de empregos com carteira assinada já foram criados no Brasil, dos quais 1,64 milhão foram abertos nos últimos 12 meses. Os dados do Novo Caged foram apresentados nesta terça-feira, 30 de abril. ESTOQUE RECORDEO Brasil registrou em março um estoque de trabalho com carteira assinada de 46,23 milhões de pessoas. Trata-se do maior número da história do país. Em março de 2023, o estoque brasileiro era de 44,58 milhões de trabalhadores. ACUMULADO DO ANO — No acumulado dos três primeiros meses de 2024, o Brasil somou 719.033 novos empregos com carteira assinada, 34% a mais a mais em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 536.869 mil novos postos em janeiro, fevereiro e março. Os mais de 244 mil empregos formais registrados em março deste ano representam um aumento de 49,1 mil empregos em relação aos números de março de 2023, quando o balanço ficou positivo em 195,1 mil postos. REGIÕES — Todas as cinco regiões do país registraram saldo positivo em março. A Região Sudeste foi o destaque, tendo criado 148.304 novos postos formais. O Sul aparece na sequência, com 42.240, seguido pelo Centro-Oeste, com 28.047; pelo Nordeste, com 16.037; e pelo Norte, onde foram abertos 9.670 novos empregos com carteira assinada. ESTADOS — Das 27 unidades da Federação, 25 apresentaram saldo positivo na geração de empregos em março. Cinco estados se destacaram por terem abertos mais de 15 mil novos postos. São Paulo lidera a lista, com 76.941 novos empregos com carteira assinada no mês. Em seguida aparecem Minas Gerais (40.796), Rio de Janeiro (24.466), Paraná (17.858) e Goiás (15.742 ). Na ponta oposta dos estados com saldo positivo e que registraram menos de mil novos empregos estão Tocantins (977), Roraima (632), Amapá (277) e Paraíba (263). Apenas Alagoas (-9.589) e Sergipe (-1.875) fecharam março com balanço negativo.

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10 fotos do Rio Capibaribe Antigamente

Publicamos hoje uma série de 10 imagens do Rio Capibaribe. São as águas do principal curso d'água pernambucano que inspiraram poemas do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto, como "Cão sem plumas" e "O Rio", e que são a paisagem diária de milhares de pernambucanos. Morando na infância numa casa próxima ao Rio Capibaribe, a dinâmica dessas águas o fascinaram. O relato da vida animal, vegetal, da lama e da poluição estão presentes na sua obra. Confira abaixo algumas fotos e postais que garimpamos na Biblioteca da Fundaj e do IBGE, além de alguns trechos escritos pelo poeta. Entre a paisagemo rio fluíacomo uma espada de líquido espesso.como um cãohumilde e espesso.(Trecho de Cão sem Plumas) Margens do Rio Capibaribe, trecho entre Jaqueira e Poço da Panela (Fundaj, Acervo Benício Dias).Igreja da Jaqueira (Fundaj, Acervo Benício Dias) .Maré do Capibaribe,em frente de quem nasci,a cem metros do combateda foz do Parnamirim.Na história, lia de um rioonde muito em Pernambuco,sem saber que o rio em frenteera o próprio-quase-tudo.Como o mar chega à Jaqueira,e chega mais longe, até,no dialeto da famíliate chamava de “a maré”(Trecho de Prosas da maré na Jaqueira ).Rua da Aurora (Alexandre Berzim/Museu da Cidade do Recife) . Porto do Recife (Biblioteca do IBGE) .Vista para a Rua do Sol (Biblioteca do IBGE) .Na paisagem do riodifícil é saberonde começa o rio;onde a lamacomeça do rio;onde a terracomeça da lama;onde o homem,onde a pelecomeça da lama;onde começa o homemnaquele homem.(Trecho de Cão sem Plumas).. Cais Martins de Barros (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).Cais do Capibaribe (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).Rio Capibaribe, trecho da Maternidade Escola de Medicina e Quartel da Polícia (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira)..Rio Capibaribe, com vista para Ponte Maurício de Nassau (Biblioteca do IBGE).Postal impresso na Inglaterra intitulado View Of Old Town Recife (Fundaj, Acervo Josebias Bandeira).*Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com)

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O assassinato do Padre Antônio Henrique durante a Ditadura Civil-Militar em Pernambuco

*Por Carlos André Silva de Moura “PROVA DE AMOR MAIOR NÃO HÁ QUE DOAR A VIDA PELO IRMÃO!” A lista de perseguidos, presos, torturados e mortos durante a ditadura civil-militar (1964-1985) no Brasil é extensa. Muitos jovens perderam as suas vidas na luta pela liberdade e democracia. Outros passaram anos presos, resultado da militância política contra o sistema opressor. Os chamados “crimes” eram classificados como terrorismo, subversão ou atentado contra a soberania nacional. Durante os 21 anos do regime, diferentes ordenamentos jurídicos, a exemplo do Ato Institucional nº 5, garantiam a “legalidade” das atrocidades cometidas pelos militares. Os assassinatos de militantes políticos como Edson Luís de Lima Souto (1950-1968), Fernando Santa Cruz (1949-1974), Vladimir Herzog (1937-1975) ou Manuel Fiel Filho (1927-1976) deixaram marcas profundas na História do Brasil. As circunstâncias dos acontecimentos, a falta de informação para as famílias ou a repercussão internacional direcionaram os olhares do mundo para as violações dos direitos humanos realizadas após 31 de março de 1964. Na longa lista dos crimes políticos, membros da Igreja Católica não estiveram distantes das perseguições e atentados contra a vida. Mesmo após o apoio inicial às propostas da ditadura civil-militar, algumas lideranças católicas se destacaram na oposição ao regime. Dom Aloísio Lorscheider, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Helder Camara, Dom Luciano Mendes de Almeida, Dom Waldyr Calheiros, Dom Pedro Casaldáliga e Dom José Maria Pires são alguns nomes de religiosos que se opuseram às atrocidades dos militares e defenderam a democracia e os direitos humanos. Proibidos de se posicionarem nos meios de comunicação do Brasil, muitos religiosos utilizavam eventos internacionais para denunciar “os clamores do seu povo”. Mesmo que os órgãos ditatoriais não tenham imposto limites para as práticas dos seus servidores, os dirigentes sabiam que prender, torturar ou assassinar uma liderança religiosa provocaria grande repercussão internacional. Por este motivo, instituições e colaboradores dos eclesiásticos foram alvos dos ataques, com o objetivo de silenciar os “bispos vermelhos”. Entre os eventos que marcaram a prática está o assassinato do Padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto (1940-1969), ocorrido na cidade do Recife, em 27 de maio de 1969. O religioso era coordenador da Pastoral da Juventude, com atividades que buscavam a inclusão social, recuperação de jovens em situação de rua e debates sobre os problemas econômicos. Auxiliar de Dom Helder Camara, realizava denúncias sobre a violência praticada pelos militares no cenário nacional. Como posicionamento político, em 1968 celebrou uma missa em memória do estudante Edson Luís de Lima Souto. As suas ações contribuíram para que se tornasse alvo do monitoramento dos militares, inclusive por meio de escutas telefônicas. Com o objetivo de atingir Dom Helder Camara e silenciar as suas denúncias, o Padre Antônio Henrique foi sequestrado na noite de 26 maio de 1969, torturado e morto na madrugada do dia 27 de maio por membros do Comando de Caça aos Comunistas e agentes da Polícia Civil de Pernambuco. O assassinato tinha o objetivo de atingir o arcebispo de Olinda e do Recife e impor o medo entre os seus colaboradores. Durante o período ditatorial, a morte do Padre Antônio Henrique foi tratada pelas autoridades como crime comum. No entanto, com os trabalhos da Comissão Estadual da Memória e Verdade Dom Helder Camara, novas interpretações foram apresentadas, com a indicação dos responsáveis pela execução. Para os membros da comissão, durante a década de 1970, os integrantes do SNI (Serviço Nacional de Informação) foram avisados que o crime foi realizado por um grupo de extrema direita em conjunto com a Polícia Civil de Pernambuco. Em parecer enviado ao Ministério Público, constava que participaram do crime os investigadores Rível Rocha, Humberto Serrano de Souza, José Bartolomeu Gibson, Jerônimo Gibson e Rogério Matos. As informações contribuíram para um processo de (re)escrita da História. Com o trabalho de pesquisadores e o acesso às fontes foi possível demonstrar como o religioso se constituiu em mais uma vítima das atrocidades da ditadura civil-militar. Sessenta anos após o início de um dos períodos mais conturbados da História republicana, ainda existem mortes que precisam ser investigadas e famílias que buscam informações sobre seus parentes, tidos como “desaparecidos” políticos. Em um momento que lembramos daqueles que tombaram na luta pela democracia, que possamos continuar exigindo informações sobre um período que marcou negativamente o nosso passado. *Carlos André Silva de Moura é doutor em história e professor da UPE

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O Recife, "de volta para o futuro" 3

Chegamos ao último episódio da trilogia relacionada aos 500 anos do Recife. Se você não acompanhou os dois primeiros, pode dar uma “espiadinha” (não é o BBB, tá? 🙂 nas duas edições anteriores e ler a coluna, para compreender melhor todo o contexto que permeia o assunto abordado. E, assim como prometemos na segunda parte, no mês passado, hoje vamos “fechar a conta”, concluindo esta “trilogia”, com uma dica de leitura, que contém todas as informações relacionadas ao projeto Recife 500 anos. Trata-se de uma coleção, lançada em fevereiro de 2022, que inclui os livros Recife 500 anos, Parque Capibaribe e, o que será tema desta coluna: Recife Drenagem Urbana. Consultar versões digitais pelo link: https://editora.cepe.com.br/catalogo/colecao-recife-500-anos Um trabalho realizado pela Cepe (Companhia Editora de Pernambuco), UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e ODR (Observatório do Recife), com o objetivo de colaborar para ser referência e fonte de consulta, para qualquer um de nós, sobre a cidade. Particularmente, considero que este último pedaço da trilogia é da maior importância para que possamos compreender melhor sobre as realidades com as quais já convivemos, atualmente, e cujas soluções precisam ser validadas, para chegarmos a 2037, lá nos 500 anos do Recife, com problemas mitigados ou até mesmo melhor administrados. E, a tendência é a de que, com esses aquecimentos sucessivos do clima no nosso planeta, o Recife seja a 16ª cidade no mundo inteiro mais suscetível às mudanças climáticas e ao aumento do nível dos oceanos. Mas, antes que você comece a acreditar que sou o cavaleiro do apocalipse, vou logo dizendo que tem jeito pra isso. E, passa pela drenagem urbana da cidade. O terceiro livro da coleção (veja a coleção toda) traz um diagnóstico, mostrando os obstáculos da nossa drenagem e as opções de solução. Com isso, espera-se colaborar para que essas informações e dados possam nortear a consolidação de um compromisso coletivo (meu, seu, nosso), com o futuro da nossa cidade. Algo que seja economicamente consistente, socialmente justo e ambientalmente sustentável, lá nos 500 anos, para a nossa querida “Veneza” brasileira. Bora ou Vamos? 🙂 A esta altura, você pode estar se perguntando: “e que realidades são essas?” Vou direto ao ponto. Falo sobre os clássicos (e crescentes) trechos de alagamento da capital pernambucana (e também da Região Metropolitana do Recife). Hoje, pode ser um dia de sol daqueles de “rachar” (hellcife) mas, se tivermos em períodos de lua nova ou cheia, com marés altas a partir de 2,5 cm, certamente, iremos encontrar ruas e avenidas literalmente alagadas em váaaarios bairros, né? Se for no inverno então (raincife), nem precisa falar. E, sabe por quê? Porque, desde a fundação, o Recife se instalou numa planície que era um estuário natural, a poucos metros acima do nível do mar, onde a cidade foi crescendo e ocupando terrenos baixos e alagados. Essa ocupação, sem um ordenamento, avançou, com o assoreamento dos caminhos de córregos e rios, com aterros sucessivos, que ampliaram as áreas de construção. O resultado está aí para darmos uma de Tomé e “ver para crer”. Uma vez, realizando um trabalho de faculdade, descobri que, no meio do prédio da Sinagoga Israelita, na rua do Bom Jesus, existe um muro de divisão com o rio, ou seja, dali para trás, tudo é aterro (os prédios do Banco do Brasil, TRF, TRT, e até da Prefeitura, ou seja, o Cais do Apolo inteiro). O Bairro do Recife é hoje 90% aterro e apenas 10% são do istmo original. Vá lá na sinagoga conferir. E creia! 🙂

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Ginástica laboral: ambiente de trabalho mais saudável e produtivo

Muitas empresas, independentemente do tamanho, estão investindo em programas de ginástica laboral para seus colaboradores. As organizações reconhecem os benefícios de ter funcionários saudáveis e engajados, e a ginástica laboral é uma forma de investir nesse aspecto. Esses programas podem variar desde sessões curtas de alongamento durante o expediente até aulas mais estruturadas de atividade física. “A ginástica laboral é um grupo de exercícios corporais realizados em trabalhadores, geralmente com grupos de pessoas dentro das empresas. O objetivo ali é prevenir acidentes de trabalho, amenizar possíveis desconfortos por consequência de movimentos repetitivos ou posturas inadequadas, a fim de melhorar as condições de saúde”, informa o Profissional de Educação Física, Neto Oliveira. A ginástica laboral é uma prática que melhora aspectos físicos e emocionais. “Se tratando de benefícios emocionais, a redução do estresse está no topo. É um momento de pauta, de relaxamento, de se conectar consigo mesmo. Também já recebi relatos de pessoas que melhoraram as crises de ansiedade no ambiente de trabalho através da ginástica laboral.  Sobre os benefícios físicos, temos como destaque a melhora da postura, prevenção de lesões, diminuição de riscos de acidentes de trabalho e de patologias crônicas devido aos movimentos repetitivos”, diz Neto Oliveira.    Prevenção de lesões A prática regular de exercícios de ginástica laboral contribui para diversos benefícios que ajudam a prevenir lesões relacionadas ao trabalho. “Ela atua no relaxamento dos músculos, na prevenção da fadiga muscular, proporciona mais equilíbrio, compensação da musculatura. Muitos trabalhadores têm expediente de até 12 horas seguidas. Sentados, em pé, seja digitando, seja manuseando uma máquina, seja dirigindo. Esses, geralmente, se queixam muito de dores no corpo e articulações. A ginástica laboral vem justamente para aliviar essas tensões, melhorar e ensinar sobre a postura ideal para aquela atividade, evitar lesões nos tendões e nervos, tudo isso por meio de movimentos simples de alongamentos que somam aproximadamente 15 minutinhos e vão beneficiar durante toda uma vida”, esclarece o professor. Portanto, investir em programas de ginástica laboral é uma estratégia eficaz para reduzir as lesões no ambiente de trabalho e promover a saúde e o bem-estar dos funcionários. Na modalidade, são utilizadas várias técnicas de alongamento, exercícios físicos e até respiratórias, como exemplifica Neto Oliveira. “As técnicas são de respiração, posturais e de alongamentos. Dentre os exercícios, estão a mobilidade corporal, alongamento e relaxamento da coluna, extensão de peitoral e ombros, flexão de quadril, alongamento dos flexores e extensores do punho, mobilidade dos tornozelos, alongamento da panturrilha, antebraços e costas. Esses não podem faltar”.    A ginástica laboral também aumenta a produtividade da empresa evitando o absenteísmo, melhora o estado de alerta e concentração, reduz estresse e motiva trabalho em equipe.   “É constatado que ela proporciona para esses colaboradores mais conforto e mais disposição para enfrentarem a sua jornada de trabalho. O aquecimento dos grupos musculares traz a sensação de despertar e consequentemente, essa pessoa passa a estar mais produtiva e atenta após realizar esses exercícios”, observa Neto Oliveira. Os exercícios são realizados na própria empresa, em qualquer espaço livre, sem a necessidade de material algum na maioria dos casos. A ginástica laboral pode ser usada em qualquer tipo de empresa. “Acredito que o primeiro passo é encontrar profissionais/empresas capacitadas e com experiência nessa área nas empresas”, finaliza Neto. Neste Dia do Trabalho, vamos incentivar programas de ginástica laboral nas organizações. Participou da reportagem Neto Oliveira é Profissional de Educação Física com especialização em Ergonomia e pós-graduando em Reabilitação de Lesões. Também atua como Treinador de Corrida na Assessoria Esportiva Let's Bora. @netinhooliveirapersonal Ativismo profissional insalubre, ócio criativo e produtividade saudável Como ser produtivo no trabalho e na vida, de forma saudável? Domenico De Masi nos alerta que “o futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação ou dever e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo e com o jogo, enfim, com o “ócio criativo”. Para se manter ativo ao longo da vida, permanecer trabalhando pode ser algo recomendável. Assim como, será fundamental compatibilizar o labor com momentos de repouso, lazer, autocuidado, busca de sintonia interior, estudo, diversão, contato genuíno com outras pessoas, práticas religiosas devocionais e caritativas, expressão artística, além do cultivo de sonhos e ideias criativas. Muitos acreditam que isto seja possível apenas quando se faz o que se gosta.  No entanto, lembremos que sempre haverá os “ossos do ofício”, mesmo para aqueles que acertaram na sua vocação. Independente da satisfação (ou não) com o trabalho, tenhamos em mente que não é necessário acumular meses ou anos de trabalho, num ativismo profissional insalubre, trazendo consigo os efeitos perniciosos que o stress ou burnout exercem sobre a nossa saúde. Que tal “férias instantâneas”? Algumas “doses homeopáticas de ócio criativo”? Para desenvolver a “atentividade”, advinda da prática meditativa, resultando numa atitude tranquila e serena, atenta ao momento presente, ligada ao aqui e agora. Tal prática não demanda grandes mudanças na rotina, já que poucos minutos de exercícios de respiração profunda, descontração dos dedos dos pés, audição de música tranquilizadora, relaxamento corporal, são suficientes para retomar a harmonia interna. No cotidiano, muitas vezes, uma pausa para o café ou fazer algo que “quebre” os esquemas mentais rotineiros (visitar um lugar diferente, descobrir contrafluxos driblando engarrafamentos, ler uma pequena oração) bastam para renovar nossas forças físicas e mentais. Margarida Felix é psicóloga clínica, advogada e professora universitária. Diretora do INFOP - Instituto de Formação da Personalidade e Diretora Executiva do Instituto Jung - Recife. @felix_margarida_maria - 81 9.9403-0737 Município de Caruaru inaugura Complexo Olímpico Caruaru passa a contar com o Complexo Olímpico Municipal Rei Pelé, localizado na Escola em Tempo Integral Álvaro Lins, no bairro Maurício de Nassau. Implantado numa área de dois hectares, o Complexo Rei Pelé é composto por pista de corrida e de salto em distância com dimensões oficiais; equipamentos de salto em altura, de salto com vara, de lançamento de martelo e de dardo, além de arremesso de martelo, todos também com dimensões oficiais. Sua estrutura ainda dispõe de

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1º de maio: Pequenos negócios lideram geração de empregos em Pernambuco

Construção civil é o setor que mais gerou postos de trabalho formais em janeiro e fevereiro deste ano (Foto: Arquivo Pessoal Robério Coelho) Neste 1º de Maio, data dedicada ao Dia do Trabalhador, é importante destacar a participação do setor dos pequenos negócios. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em 2023, esse setor contribuiu com mais de 46 mil novos postos de trabalho em Pernambuco, enquanto as médias e grandes empresas viram o fechamento de mais de 1,5 mil vagas. Apenas nos dois primeiros meses de 2024, os pequenos negócios adicionaram 4,5 mil empregos formais. Destacando-se no segmento da construção civil, a construção de edifícios liderou as contratações no estado, gerando 990 novos postos de trabalho. Liderança da Construção Civil Conforme afirmou Sylvia Siqueira, economista e analista do Sebrae/PE, o setor da construção civil impulsionou o aumento nos postos de trabalho devido ao retorno dos investimentos na área. “Esses novos postos envolvem tanto as áreas de construção direta como também o setor de engenharia. Essa retomada, tanto do setor privado quanto do setor público, vem gerando a necessidade de maior contratação”. Case de sucesso no setor Um caso exemplar é o de Robério Coelho, microempresário de 30 anos no ramo da construção civil, que demonstra como investir pode resultar na expansão da equipe de colaboradores. Especializado em pré-moldados para estruturas de edificações, a empresa que opera em Petrolina, no Sertão do São Francisco, conseguiu triplicar o número de colaboradores em sua empresa em apenas dois anos. Ao adquirir o negócio em 2022, que já possuía 30 anos de atuação no mercado, contava apenas com 16 funcionários. Atualmente, a empresa emprega 56 profissionais sob o regime celetista. “Eu implantei um software de atendimento e gestão, contratei profissionais para realizar uma gestão moderna e cheguei a clientes que eu não atendia. A produção aumentou, contratamos mais profissionais”. Perspectivas de desempenhos melhores para pequenas empresas Sylvia Siqueira destaca que "à medida que a economia apresenta sinais de melhora, é esperado um aumento na geração de empregos, com meses registrando maior e menor número de vagas criadas". Além do setor de construção de edifícios, outros setores se destacaram na geração de empregos nos meses de janeiro e fevereiro, como o Ensino Fundamental (365 vagas) e os serviços combinados de escritório e apoio administrativo (352 vagas). Para aqueles que consideram abrir novas vagas de emprego, a economista oferece algumas dicas importantes.“Os pequenos negócios têm muitos desafios na hora de contratar, um deles é a estrutura tributária com a qual ele precisa arcar. Por isso, ele deve avaliar bem a sua capacidade produtiva e as capacidades técnicas desse profissional para atender à sua demanda”, recomenda.

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Prefeitura do Recife recebe Selo de Cidade Inteligente

O Recife reafirma sua posição como uma das principais capitais da inovação no Brasil ao receber um Selo durante o Connected Smart Cities GovTech, evento que destaca soluções digitais para o setor público. A Prefeitura do Recife foi premiada nesta segunda-feira (29) em São Paulo (SP), em reconhecimento ao seu engajamento em diversas áreas avaliadas, incluindo ações autodeclaradas e desempenho nos Rankings anteriores do Connected Smart Cities. Além do prêmio, a equipe da prefeitura, através da Emprel, está presente no evento, apresentando os principais projetos de inovação aberta da cidade, acessíveis através da loja de soluções da Emprel. Durante o evento, houve participação em diversos painéis abordando temas como Inovação Aberta, Soluções em IoT para Cidades Inteligentes, Acessibilidade e Cidadania Digital, além de um painel da ANCITI sobre Cidades Inteligentes. Algumas das soluções apresentadas durante o evento incluem o Absens, Integra.aí, Vamoo, Supervisão, Saúde Conectada, Regulação da Saúde da Sua Cidade e Prontuário Eletrônico de Saúde, cada uma contribuindo para melhorar diversos aspectos da vida urbana e dos serviços públicos na cidade do Recife. Bernardo D’Almeida, diretor-presidente da Empresa Municipal de Informática do Recife (Emprel) “Estamos muito felizes por mais um reconhecimento que estamos recebendo. Todas as premiações são fruto de um trabalho em que muitas pessoas estão envolvidas e estão na linha de frente da transformação digital do Recife. O Gov Tech é um evento muito importante, nacionalmente, e vamos levar este selo com muita alegria e com a certeza que estamos no caminho certo na democratização e digitalização dos serviços públicos municipais, dando acesso ao cidadão recifense”. Connectoway conquista quatro Prêmios em evento internacional da Huawei no México A Connectoway, empresa do mercado de Telecom, conquistou quatro prêmios durante o Huawei Eco-Summit Latam, que ocorreu na última quinta (25), no México. Os prêmios conquistados foram: Optical partner of the year; Comercial market partner of the year; Distribution partner of the year; e VAP partner of the year. As premiações foram concedidas pela gigante de tecnologia Huawei, que reconhece o compromisso da Connectoway com a inovação, a excelência e a entrega de soluções excepcionais aos seus clientes.  O CEO da Connectoway, Carlos Cartaxo, e o head de telecom, Igor Campos, estiveram presentes na solenidade. Para Carlos Cartaxo, a premiação demonstra o compromisso da empresa em oferecer a melhor experiência ao cliente. “Estamos muito felizes e gratos pelo reconhecimento da nossa dedicação em oferecer serviços de alta performance ao cliente. Este prêmio não só valida o nosso compromisso com a excelência, mas também fortalece ainda mais a nossa parceria com a Huawei e reforça a nossa posição como referência no mercado de tecnologia”, enfatizou. EXPOISP Brasil - Olinda prevê movimentar R$ 50 milhões na área de internet e telecom A EXPOISP Brasil - Olinda 2024, feira de negócios do setor de ISP e Telecom, está celebrando sua 8ª edição. Organizado pela Start Produções e Eventos, e com a montagem a cargo da Evolution Promoções e Eventos, o evento contará com a participação de mais de cem expositores, que apresentarão ao mercado produtos, tendências e soluções de marcas tanto nacionais quanto internacionais. Com uma expectativa de público visitante de 15 mil pessoas, a EXPOISP Brasil - Olinda 2024 acontecerá entre os dias 8 e 10 de maio, no Pernambuco Centro de Convenções. Profissionais da área podem se inscrever gratuitamente através do site do evento.

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