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Escola Baby Mel realiza inscrição para a colônia de férias de verão

Neste mês de janeiro, a Escola Baby Mel, que funciona no bairro do Parnamirim, zona norte do Recife, abre as portas do seu “quintal” para mais uma colônia de férias de verão, com muitas atividades refrescantes e lúdicas, pensada em todos os detalhes para a criançada aproveitar ao máximo a programação. Comandada pelo educador e recreador infantil Tio Lulão e pela educadora Jane Mendonça, as atividades foram cuidadosamente pensadas para crianças de 2 a 8 anos, oferecendo acolhimento, interação e momentos de muita diversão. Na programação, brincadeiras com bolas d’água, banho de mangueira, corrida maluca, diversão com borrifadores de água e muitas outras atividades lúdicas.  Mais criatividade lúdica e menos telas Nas férias, menos telas e mais vida: momentos ao ar livre e longe dos eletrônicos ajudam as crianças a desenvolver criatividade, melhorar o sono e fortalecer laços com a família e os amigos. “A ideia é estimular as crianças a se divertirem de forma saudável, interagindo, correndo, liberando toda a energia longe das telas e eletrônicos”, afirma a diretora da Escola Baby Mel, Mônica Borges. Brincar nas férias é essencial para as crianças, pois estimula a criatividade, fortalece vínculos e proporciona momentos de alegria que ajudam no seu desenvolvimento emocional e social. Serviço:

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Por um olhar mais atento à felicidade

O tema tornou-se uma prioridade para as pessoas que já não concordam em passar longas horas do dia no trabalho, para empresas atentas à ameaça do Burnout na sua equipe e por governantes que constatam que o desenvolvimento de um País não pode ser baseado apenas no crescimento econômico. *Por Rafael Dantas Talvez você conheça alguém que pediu demissão de um trabalho que adoecia e procurou cuidar mais da saúde em uma ocupação que exigia menos. Ou já deve ter ouvido sobre os projetos de vida de alguém que sonha em se aposentar e morar numa cidadezinha menor, com outro ritmo de vida. Esses perfis estão conectados a uma mudança de percepção da sociedade em que a busca pela felicidade ganhou um outro patamar. A corrida pelo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) segue sendo o indicador mais valorizado no noticiário, pelo mercado. Porém, diante de uma sociedade cansada e com maiores preocupações com a saúde mental, outros parâmetros ganham força. A soma deles é o que vem sendo chamado de FIB: a Felicidade Interna Bruta. Você já ouviu falar? O FIB é um conceito que foi desenvolvido no pequeno país asiático do Butão. Enquanto há um cálculo mais objetivo na medição da economia, a felicidade da população lida com muitos fatores diversos. Afinal, o que torna um indivíduo feliz nem sempre é o mesmo que satisfaz o vizinho ou o familiar que está em casa. Porém, no emaranhado de subjetividades que nos formam, a ciência anotou alguns critérios a serem observados e buscados por todos. “A Felicidade Interna Bruta é gerada de modo a demonstrar cientificamente a felicidade e o bem-estar geral da população. A medida informa os atuais níveis de satisfação humana, de forma dinâmica e também traz informações importantes para a política governamental”, explica o microbiologista, psicanalista e filósofo, Bruno Severo Gomes, que é professor do Centro de Ciências Médicas da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). A metodologia para se medir a felicidade de uma população varia de acordo com a organização que a calcula. Porém, ela une estudos que analisam a satisfação com a vida, dados econômicos (como PIB per capita, desigualdade), indicadores de saúde (a exemplo da expectativa de vida e dos acesso a serviços) e de educação (acesso, qualidade). Também entram no campo de análise fatores como liberdade e participação social, confiança nas instituições e qualidade do meio ambiente. O olhar sobre essa pauta levou a UFPE a criar, em 2019, a disciplina de Felicidade, que é ministrada pelo professor Bruno Severo Gomes. Ele explica que a proposta da criação e existência da matéria foi baseada na ciência da felicidade e nos estudos da neurociência e das emoções, e sua ligação com propósito de vida, saúde mental e inteligência emocional. FIB SERÁ MEDIDO EM FERNANDO DE NORONHA Neste mês foi anunciado pelo Butão que o indicador do FIB será implementado pela primeira vez no Brasil. O local escolhido para a realização do estudo será em Pernambuco, no paradisíaco Fernando de Noronha. “O arquipélago foi escolhido como projeto-piloto do FIB no Brasil devido ao seu modelo de desenvolvimento sustentável, que já conta com diversas iniciativas voltadas para a preservação ambiental e o bem-estar da comunidade”, afirma Caio Queiroz, CEO da Aguama Ambiental, que será o executor do estudo em território nacional. A opção pelo arquipélago pernambucano, porém, não foi apenas por motivações naturais, segundo Caio. “A ilha apresenta uma comunidade coesa e engajada, com uma conexão forte entre seus habitantes e o meio ambiente, o que facilita a implementação e avaliação de ações voltadas para a qualidade de vida. O ambiente único de Noronha, com uma economia altamente dependente do turismo sustentável, oferece um cenário ideal para testar e ajustar a metodologia do FIB antes de expandi-la para outros contextos no Brasil”. O IMPACTO DA PANDEMIA A crise sanitária e econômica gerada pela Covid-19 deixou muitas sequelas pelo Brasil e pelo mundo. Além dos milhões de mortos, a pandemia criou um desarranjo no consumo das famílias que ainda não foi superado. A queda do poder de compra lidera as preocupações sociais no Brasil, afetando 88% da população neste ano, segundo estudo da BNP Paribas Cardif. O aumento da taxa de juros também é motivo de inquietação para 72%. Mesmo com a redução significativa das taxas de desemprego, que alcança recordes históricos, a instabilidade do mercado de trabalho segue tirando o sono dos brasileiros. Na mesma pesquisa do BNP Paribas Cardif, 63% dos entrevistados afirmaram temer perder sua principal fonte de renda em curto ou médio prazo. “As consequências econômicas e sociais da pandemia – como desemprego, desigualdade e a sensação de desconexão social – reforçaram a importância de índices como o FIB para guiar políticas públicas que vão além do crescimento econômico tradicional e abordam o bem-estar de maneira mais ampla e integrada”, destacou o CEO da Aguama Ambiental. Associados às dificuldades de ordem econômica das famílias, os problemas relacionados à saúde mental e emocional dispararam. O País, cuja imagem remete ao samba, futebol e carnaval, agora é o quarto mais estressado do mundo, segundo o relatório World Mental Health Day 2024, produzido pela Federação Mundial de Saúde Mental. Quase metade (42%) reclama de problemas relacionados ao estresse e 54% consideram a saúde mental como o maior problema de saúde do País. Em sintonia com esses dados, o Ministério da Previdência Social apontou ainda que a ansiedade é a terceira maior causadora dos afastamentos de trabalho no Brasil. “A discussão sobre o FIB ganhou muito mais força nos últimos anos, especialmente devido à crescente atenção à saúde mental e às consequências da chamada 'sociedade do cansaço'. O aumento do estresse, ansiedade e casos de burnout, agravados pela pandemia, trouxe a necessidade urgente de repensar os modelos de desenvolvimento e qualidade de vida”, reforçou Caio Queiroz. INFELICIDADE NO TRABALHO E BURNOUT Uma pesquisa da Gallup, intitulada State of the Global Workplace 2024, destacou um panorama preocupante sobre o bem-estar emocional dos trabalhadores brasileiros. Segundo o estudo, 46% dos profissionais no Brasil afirmaram estar estressados, enquanto

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Da lama e do caos: a sustentabilidade que vem dos manguezais

Com grande capacidade de armazenar e capturar carbono, berçário de muitas espécies e sustento de várias famílias, manguezais sofrem com o processo desordenado de urbanização. Mas surgem iniciativas para sua preservação. *Por Rafael Dantas Os manguezais vistos por Chico Science nos anos 90 seguem sendo o abrigo de uma rica fauna e flora, mas dividindo cada vez mais espaço com lixo, resíduos industriais e com o avanço dos extremos da cidade. A lama, os caranguejos e os homens anfíbios interagem no cenário do mangue. O ecossistema se mostrou, pelos estudos acadêmicos de pesquisadores brasileiros e americanos, fundamental para o armazenamento de carbono. Um “caos” para os olhos humanos, mas fundamental para o equilíbrio ambiental e social. Um estudo publicado pela revista científica Biology Letters, realizado em parceria por pesquisadores da Universidade Estadual do Oregon, Universidade Federal do Espírito Santo e da Universidade de São Paulo, revelou que um hectare de mangue no Nordeste armazena oito vezes mais carbono que a mesma área de caatinga. Na Amazônia, o ecossistema consegue dobrar a contribuição dada pelas florestas. Mas esse não é o único benefício oferecido pelos manguezais. O seu papel para o equilíbrio climático é muito significativo, segundo Mauro de Melo, que é professor da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e pesquisador associado ao projeto Recife Cidade Parque. “Os manguezais são um dos maiores sequestradores de carbono do planeta. Os cientistas chamam essa característica de carbono azul. Essa capacidade de sequestrar carbono é crucial no contexto das mudanças climáticas, pois contribui para a mitigação do aquecimento global. A proteção e restauração desses ecossistemas são essenciais para manter essa função ecológica, ajudando a reduzir a concentração de CO₂ na atmosfera”. Além dessa contribuição no sequestro e estoque de carbono, o pesquisador Clemente Coelho Junior, do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco, destaca entre os benefícios ofertados pelos manguezais a manutenção da biodiversidade marinha e costeira, a retenção de sedimentos e a proteção da linha de costa, por exemplo. “O manguezal é reconhecido por ser o berçário do oceano. Estima-se que cerca de 70% das espécies de organismos costeiros utilizam pelo menos uma fase da sua vida nesse ecossistema. São espécies de importância econômica que geram emprego, renda e garantem a segurança alimentar das comunidades tradicionais. As suas árvores têm grande capacidade de reter poluentes e absorver nutrientes oriundos de esgotos domésticos. Nas grandes cidades litorâneas, esse papel se destaca, dado o baixo índice de tratamentos de efluentes”, explicou o professor. No emaranhado de raízes e troncos, o professor conta que o ecossistema retém partículas trazidas pelas marés, evitando o assoreamento dos estuários e diminuindo a turbidez das águas que chegam no oceano. O docente destaca que o mangue atua como uma armadilha para resíduos lançados nos rios, como plástico, isopor e outros, que ficam aprisionados entre as raízes. Além disso, a própria vegetação diminui a energia das marés e serve como atenuadora do seu efeito erosivo. Um benefício e tanto, especialmente para o Recife, que é considerada a capital mais vulnerável à elevação do nível do mar. O SUSTENTO QUE VEM DO MANGUEZAL Em Pernambuco, os manguezais abrangem uma área de 17 mil hectares, aproximadamente 0,2% do território do Estado, segundo o Atlas dos Manguezais do Brasil (2018). A presença do ecossistema se espalha em regiões como na Reserva Extrativista Acaú-Goiana (na divisa com a Paraíba), nas ilhas de Itamaracá e de Itapessoca e em Maria Farinha. No Recife, os manguezais estendem-se pelos rios Capibaribe, Jordão, Pina, Beberibe e Tejipió. A publicação destaca ainda a bacia do rio Sirinhaém, com estuário com manguezais bem preservados. “Esse trecho do litoral de Pernambuco ainda guarda a prática da pesca artesanal em diversas comunidades localizadas às margens dos rios que convergem para o Atlântico”. Acerca da capital pernambucana, o Atlas afirma que a “história da ocupação da cidade do Recife é a história dos mocambos, escrita pela população pobre que só tem alternativa de moradia se invadir áreas naturais, tais como os manguezais”. Um cenário narrado décadas atrás por Josué de Castro. Apesar dos moradores e visitantes da cidade ainda visualizarem grandes manguezais, os aterros sucessivos, canalizações e a modificação dos cursos d’água para deixá-los retos no século passado foram responsáveis pelo desaparecimento de boa parte desse ecossistema. Além dos benefícios ambientais, é das lamas e do caos desse ecossistema que muitos pernambucanos tiram seu sustento e alimentam a rede gastronômica do Estado. Claudilene Gouveia, conhecida como Irmã Dal, 62 anos, passou mais de meio século entre as águas dos manguezais pernambucanos. Moradora de Barra de Sirinhaém, no litoral sul, ela aprendeu o ofício com a mãe, que era marisqueira. Hoje, já aposentada de outras atividades profissionais, ela segue indo para a pesca, onde tira a renda complementar da casa. Por causa da quantidade elevada de pescadores, marisqueiros e de outros trabalhadores do mangue na Barra de Sirinhaém, ela costuma alugar um carro para se deslocar até Paulista para procurar aratus. Um trabalho que ela faz de duas a três vezes por semana. “Gosto muito de trabalhar no mangue. Isso ajuda na minha renda financeira, toda semana tenho meu trocadinho na mão. Eu coleto, cozinho, quebro e entrego aratu para a revenda em feiras e praias”. Enquanto retira do mangue um complemento de renda, a Irmã Dal olha com preocupação o aumento dos resíduos e do esgoto derramado nas águas já escuras que compõem a paisagem desse quase invisível ecossistema. “Não desmatamos nada, nem deixamos o mangue quebrado. Mas a destruição dele, principalmente em Paulista, é horrível. É uma lixaria e um fedor, que ninguém consegue andar em algumas partes. Está muito perto das casas mais humildes da cidade também”, lamenta Claudilene. AS AMEAÇAS AOS MANGUEZAIS O depósito de esgotos urbanos e industriais e o avanço desordenado da cidade em direção aos manguezais, dois fenômenos observados pela marisqueira, estão entre os maiores vilões contra a preservação do ecossistema. Porém, eles não são os únicos. O próprio desmatamento e a pesca ilegal estão entre as ameaças. “Manguezais próximos a cidades sofrem pressões diversas,

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Retrospectiva: Pernambuco em Perspectiva discutiu os caminhos para o desenvolvimento do Estado

Projeto debate os desafios e oportunidades para o desenvolvimento de Pernambuco nas próximas décadas Em 2024, o projeto Pernambuco em Perspectiva, uma parceria entre a TGI, Rede Gestão e a Revista Algomais, se tornou um importante espaço de reflexão sobre o futuro do Estado. Com um enfoque estratégico e urgente, o projeto resgata discussões que começaram ainda na década de 50, com os estudos de Joseph Lebret, e traz à tona a necessidade de retomar o planejamento para o desenvolvimento de Pernambuco, especialmente em um momento de transformações globais aceleradas. Ao longo de diversos meses, o projeto produziu reportagens e conteúdos que abordaram questões relevantes para o futuro de Pernambuco, como a importância da recuperação da capacidade pública de planejamento e as soluções necessárias para o desenvolvimento sustentável, com foco no semiárido e na transição energética. Além disso, foram discutidos temas como inovação, educação e a importância de regenerar a economia para garantir um crescimento sustentável e inclusivo para o Estado. A série de reportagens e entrevistas, realizada pelos jornalistas Cláudia Santos e Rafael Dantas, também explorou os caminhos para o desenvolvimento da indústria, as oportunidades do cenário nordestino e as travas que ainda dificultam o avanço de Pernambuco em setores estratégicos. Com um olhar atento ao cenário local e global, o Pernambuco em Perspectiva se posicionou como um marco para o debate sobre as direções que o Estado precisa tomar para garantir um futuro próspero e equilibrado. Você pode conferir todas as reportagens no link Pernambuco em Perspectiva

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A importância da Educação global 

*Por Eduardo Carvalho, Harvard University/IPERID Fellow, Autor do livro Educação Cidadã Global  Globalização é um fato. Vivemos num mundo interconectado em que as decisões tomadas num lugar podem impactar quem vive no outro extremo do planeta, no curto e/ou longo prazo. Os desafios enfrentados por organizações, cidades e países requerem cada vez mais conhecimento e cooperação internacional. Nesse cenário, temos que repensar o currículo, os planos de aula e as estratégias pedagógicas, com enfoque em competências globais, especialmente pensar o mundo em que estamos inseridos e formar crianças e jovens capazes de entender os desafios globais e locais, se preocupar com eles e adquirir as habilidades para enfrentá-los. É a missão mais importante que professores e gestores escolares precisam abraçar. Requer educação global, conceituada como:  Desenvolver a capacidade de entender o mundo, respeitá-lo e atuar para mudá-lo para melhor, seja como cidadão, líder ou empreendedor.   É uma abordagem para orientar como os alunos aprendem e os professores ensinam, com o propósito de impactar positivamente a sociedade com ações e decisões. Pode envolver adições ao currículo, mas, primeiro, compreende examinar e revisar o currículo, a pedagogia e a organização escolar existentes. Trata-se de um processo no qual os alunos compreendem as áreas de conhecimento, os modelos de pensamento por meio de disciplinas integradas, desenvolvem habilidades, para aprender a solucionar problemas. Nesse processo o aluno torna-se capaz de sintetizar o conhecimento de várias disciplinas a fim de desenvolver processos para enxergar o problema. Capacita-se para entender as causas, os impactos e busca aprendizados além das fronteiras para colaborativamente, encontrar soluções inovadoras. Para alcançar esse objetivo se faz necessário que gestores e professores participem de rede global de conhecimento, aprendam com organizações de classe mundial e pesquisem melhores práticas e as adapte às suas realidades.  A educação global é um conjunto de propósitos claros que podem ajudar a alinhar o currículo com questões, desafios e oportunidades do mundo real. Como tal, é uma maneira de ajudar professores e alunos a entender a relação entre o que é aprendido na escola e o mundo fora da escola. Inclui vários domínios específicos, como educação para sustentabilidade, compreensão dos assuntos globais, compreensão do processo de globalização e interdependência global, desenvolvimento da competência intercultural, promoção do engajamento cívico, direitos humanos e educação para a paz. As ciências e as humanidades são os fundamentos disciplinares da educação global, pois não há como entender o mundo sem o conhecimento, as habilidades e as disposições que resultam de aprender a pensar como os cientistas fazem ou raciocinar como os humanistas. O programa considera também à estrutura ética refletida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e ao objetivo específico de contribuir para enfrentar e resolver os riscos prementes do mundo, como os definidos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os dezessete objetivos estão enraizados em várias disciplinas focadas no desenvolvimento humano e social. Representam um desafio o desenvolvimento e progresso social, enfatizando a interdependência da inclusão, justiça social, paz e sustentabilidade.  Um tópico essencialmente global é a mudança climática. A competência global deve permitir que as pessoas entendam as mudanças climáticas, se adaptem para mitigar seu impacto. A Educação sobre Mudanças Climática  foca em preparar as pessoas para cultivar meios mais sustentáveis de se relacionar com o planeta. Abrange a preparação para adotar práticas que são conhecidas por serem sustentáveis, por exemplo, retardar o crescimento populacional, consumir uma dieta com uma pegada de carbono menor ou usar energias renováveis. Essas práticas podem ser individuais nas escolhas que se faz para o próprio consumo e estilo de vida, ou podem ser coletivas, o resultado de escolhas quando se participa do processo democrático em vários níveis de governo.   Como exemplo de programa de Educação Global, Fernando Reimers, professor da Harvard Graduate School of Education, criou o currículo World Course, implantado inicialmente na escola Avenues em New York, da educação infantil ao ensino médio.   Currículo que incorporou princípios e estruturas específicos. Não trata apenas de informar questões globais aos alunos, mas também em desenvolver (i) as habilidades para colocar esse conhecimento em uso e (ii) as atitudes para inspirar a ações significativas. Essa combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes é resumida no conceito “competência global”. A Asia Society e a OCDE consideram quatro aspectos-chave da competência global (1) investigar o mundo além de seu ambiente imediato, examinando questões de significado local, global e cultural; (2) reconhecer, entender e apreciar as perspectivas e visões de mundo dos outros; (3) comunicar ideias efetivamente com públicos diversos, envolvendo-se em interações abertas, apropriadas e eficazes entre culturas; e (4) agir para o bem-estar coletivo e o desenvolvimento sustentável, tanto local quanto globalmente.   Um programa eficaz de educação global não é o resultado de uma série de experiências isoladas em vários silos curriculares, mas o resultado de oportunidades de aprendizagem coerentes e integradas que podem ajudar o aluno a entender a relação entre o que aprende em várias séries e disciplinas a serviço da compreensão do mundo e de ser capaz de agir para melhorá-lo. Como tal, uma educação global ajuda o aluno a pensar sobre a complexidade e entender os sistemas que sustentam as questões globais e a interdependência global, conscientizando-o sobre o senso dos direitos e das responsabilidades nas comunidades local, nacional e global, com o propósito de realizar o bem comum. É fundamental que ocorra desde criança.  A formação torna o jovem apto a viver e trabalhar numa sociedade global. É essencial que as instituições educacionais se comprometam com a abordagem. 

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A magia da caravana do Papai Noel chegou ao Marco Zero

Evento da Coca-Cola leva encantamento natalino ao Recife com shows, luzes e atrações para toda a família A tradicional Caravana do Papai Noel da Coca-Cola trouxe um brilho especial ao Marco Zero, no Bairro do Recife, neste domingo (15). O evento, que integra o Ciclo Natalino do Recife, atraiu uma multidão para conferir a magia do Natal em uma noite repleta de luzes, apresentações culturais e a passagem dos caminhões iluminados com o Papai Noel. A celebração contou com a presença do prefeito João Campos, que destacou a importância da parceria com patrocinadores para realizar eventos inclusivos e gratuitos: "Promover um Natal bonito e gratuito para todos e todas é algo que nos enche de alegria”, afirmou. Entre as atrações no Marco Zero, os destaques ficaram por conta das apresentações da Orquestra Plural, Boi Faceiro, Pastoril UR-3 do Ibura e Orquestra Riviera do Recife. A campanha de Natal da Coca-Cola 2024, intitulada "Desperte o Papai Noel que há em você", reforça a conexão entre tradição e inovação. Após passar pelo Marco Zero, a caravana seguiu para outros pontos icônicos, como o Palácio Campo das Princesas, Lagoa do Araçá e Monte dos Guararapes, levando encantamento a diferentes públicos. Silvana Santos, moradora de Casa Amarela, participou do evento com os filhos e elogiou a experiência: “Todos os anos eu trago meus filhos para ver como ficou a decoração de Natal aqui do bairro do Recife. Mas este ano viemos principalmente ver os caminhões. Era um desejo do meu filho e viemos conferir”. O Ciclo Natalino do Recife, que começou no dia 1º de dezembro, segue até 6 de janeiro, encerrando-se com a Queima da Lapinha. Além dos shows, a cidade foi decorada com cinco milhões de luzes, incluindo a imponente árvore de 45 metros na Avenida Agamenon Magalhães e túneis iluminados na Avenida Rio Branco, que também abriga uma vila cenográfica e um espaço dedicado para fotos com o Papai Noel.

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Principais ameaças cibernéticas para 2025: IA, IoT e cadeias de suprimentos

CEO da TrueSec destaca a sofisticação dos ataques e a necessidade de proteção proativa. Foto: Freepik A segurança cibernética enfrentará desafios ainda mais complexos em 2025, com destaque para ataques baseados em inteligência artificial (IA), dispositivos IoT e cadeias de suprimentos. De acordo com Alberto Oliveira, CEO da TrueSec, a evolução tecnológica impulsiona cibercriminosos a explorar novas vulnerabilidades, tornando ataques cada vez mais sofisticados. “IA, ataques à cadeia de suprimentos e dispositivos IoT como as tendências mais preocupantes para a segurança cibernética nos próximos anos. A sofisticação dos ciberataques, como os impulsionados pela IA, torna o reconhecimento e a resposta cada vez mais difíceis”, afirma o especialista. Um estudo da Keeper Security revelou que 51% dos líderes de segurança apontam a IA como a principal ameaça, enquanto 35% admitem não estarem preparados para enfrentá-la. Ferramentas de IA generativa têm sido usadas para criar phishing altamente personalizado e enganosamente realista. “Com o refinamento dos ataques, o phishing ainda tende a se espalhar por canais diversos, além dos tradicionais e-mails, como mensagens instantâneas e até telefonemas automatizados via IA”, destaca Oliveira. Essa estratégia aumenta a taxa de sucesso de cibercriminosos, dificultando a identificação de fraudes. Outro ponto crítico são os ataques às cadeias de suprimentos, que exploram fragilidades de fornecedores e parceiros para atingir empresas. “A previsão é que mais cadeias de suprimentos digitais sejam comprometidas, com hackers cada vez mais focados em vulnerabilidades não diretamente controladas pela empresa”, alerta Oliveira. Exemplos como o da National Public Data, nos EUA, que declarou falência após um ataque cibernético, evidenciam as graves consequências desses crimes. O crescimento do uso de dispositivos IoT também abre novas portas para invasões cibernéticas. Estudos da Gartner indicam que até 2025, 25% dos ataques a empresas envolverão dispositivos IoT. “Dispositivos inteligentes, como assistentes virtuais e monitores de bebê, podem ser infectados, permitindo o roubo de dados e até mesmo monitoramento invasivo”, explica Oliveira. Ele reforça que soluções como monitoramento contínuo, capacitação de equipes e estratégias de acesso de confiança zero (ZTNA) são fundamentais para proteger empresas contra essas ameaças emergentes.

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Brasil tem 95 milhões de hectares prontos para restauração e preservação

Estudo aponta áreas com vegetação nativa e déficits ambientais que aguardam ações de conservação O Brasil conta com 95 milhões de hectares que precisam de iniciativas de preservação e restauração ambiental, segundo o 3º Panorama do Código Florestal, realizado pela UFMG. Desses, 74 milhões de hectares são vegetações nativas em propriedades rurais que superam as exigências legais e podem gerar renda aos proprietários por meio de pagamentos por serviços ambientais. Outros 21 milhões de hectares, desmatados além do permitido, aguardam ações de recuperação para atender ao Código Florestal. “Se a propriedade tem percentual acima do que é exigido pela lei, o próprio Código Florestal estabelece a possibilidade de emitir uma cota de reserva ambiental, que seria o lastro para que se tenha pagamentos por serviços ambientais ou mercados de ativos florestais”, explica Felipe Nunes, pesquisador da UFMG. Ele também destaca que esses pagamentos podem ser feitos por governos ou iniciativas privadas, garantindo remuneração para quem mantém a floresta em pé. Apesar das oportunidades, o estudo também expõe irregularidades no Cadastro Ambiental Rural (CAR). Mais de 200 mil imóveis foram registrados em áreas protegidas, como terras indígenas, unidades de conservação e terras públicas sem destinação. A Amazônia Legal é a região mais crítica, com 18,3% de sobreposições registradas. Para Felipe Nunes, “o sistema precisa remover do cadastro todos os registros irregulares. O maior ativo brasileiro é o seu ativo florestal, e o Brasil pode liderar uma agenda mundial de pagamento por serviços ambientais e restauração em larga escala”. A revisão do Código Florestal, em 2012, também trouxe desafios para proprietários que precisam restaurar ou compensar áreas desmatadas até 2008. Esse esforço, se bem monitorado, pode alavancar o Brasil como líder global em sustentabilidade agroambiental, aliando preservação florestal e produtividade agrícola.

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Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

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Pobreza e extrema pobreza atingem menor nível no Brasil desde 2012

Avanços no mercado de trabalho e programas sociais impulsionam a redução, aponta IBGE A pobreza e a extrema pobreza no Brasil atingiram, em 2023, os menores índices registrados pela Síntese de Indicadores Sociais do IBGE desde 2012. O número de brasileiros vivendo na extrema pobreza caiu para 9,5 milhões, o equivalente a 4,4% da população, enquanto 58,9 milhões enfrentavam condições de pobreza, representando 27,4%. Esses avanços foram impulsionados pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação de benefícios sociais, como o Bolsa Família, que aumentou os valores médios pagos aos beneficiários. No Nordeste, no entanto, os índices permanecem alarmantes: 9,1% da população vive na extrema pobreza, mais que o dobro da média nacional. Já no Sul, a situação é menos grave, com apenas 1,7% nesse patamar. Segundo o pesquisador do IBGE Bruno Mandelli Perez, o impacto dos programas sociais é particularmente importante na extrema pobreza. “Tanto o mercado de trabalho quanto benefícios de programas sociais são importantes para explicar a redução na pobreza, mas o mercado de trabalho é mais importante no caso da pobreza; e os benefícios de programas sociais, na extrema pobreza.” A pesquisa também aponta disparidades entre diferentes grupos da população. Mulheres, negros e jovens enfrentam as maiores taxas de pobreza e extrema pobreza. Entre os jovens até 15 anos, quase metade (44,8%) vive em pobreza monetária. Apesar dos avanços, simulações do IBGE indicam que, sem os programas de transferência de renda, a extrema pobreza subiria para 11,2%, e a pobreza alcançaria 32,4%.

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