Arquivos Colunistas - Página 108 De 298 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Multinacional japonesa chega ao Recife e cria 230 vagas no Porto Digital

O Porto Digital, principal pólo de tecnologia e da economia criativa de Pernambuco, anunciou hoje a chegada de mais uma gigante. A japonesa NTT Data decidiu abrir uma unidade na capital pernambucana, que já nasce com a criação de 230 vagas de trabalho. A corporação é a sexta maior do mundo no setor de TI. O atual CEO da empresa no Brasil, Ricardo Neves, afirmou que, desde que entrou na NTT, a chegada ao mercado do Recife era um dos planos no mapa de expansão da multinacional. “Um ecossistema forte como o existente aqui faz com que a busca pelo estudo e especialização em Tecnologia cresça à medida em que o mercado se mostra cada vez mais aquecido e ramificado”, analisa Ricardo Neves. "Recife estava nos planos da NTT há um tempo e o nosso compromisso é de muito longo prazo. Buscamos explorar tudo o que o ecossistema nos permite trazer, através da inovação e formação de mão de obra. Há um potencial de uso dessa empresa global a partir dos investimentos em inovação e pesquisa & desenvolvimento, que são bilionários no mundo". Durante o evento de apresentação, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, destacou que o Recife já é cidade que possui mais alunos per capita na área de tecnologia no País e que com o programa Embarque Digital, que é realizado em parceria com a Prefeitura do Recife, o volume de formandos irá dobrar em dois anos. A oferta de oportunidades de formação deve crescer com a chegada da corporação japonesa. "Podemos fazer formações conjuntas com a NTT Data, inclusive com possibilidade de empregabilidade imediata. Inclusive capacitar pessoas que não são da área de tecnologia, mas que já podem entrar com capacitações mais curtas do que a do Embarque Digital, que é um curso superior. Mas a ideia é que seja voltada para todo mundo que queira participar", destacou Lucena. Ricardo Neves afirmou em mais de uma oportunidade que a NTT Data é uma "Empresa de pessoas, focada em pessoas e no desenvolvimento de pessoas". Ele ressaltou que a corporação tem um programa robusto de formação. "Estamos investindo de forma muito consistente em programas de formação. Investimos em 60 mil bolsas de estudos nos últimos dois anos, em 7 programas diferentes, desde a formação básica até testagem e qualidade de software. Nessas formações, cerca de 4 mil ganharam certificações e centenas foram contratadas pela NTT Data no Brasil, pessoas inclusive que estavam em processos de transição de carreira". No Recife, a empresa busca programadores, cientistas de dados, designer de user experience, cybersecurity, entre outros profissionais. Cerca de 120 profissionais já estão contratados pela NTT no Estado. Estiveram presentes no evento o prefeito do Recife João Campos e o fundador do Porto Digital Silvio Meira, que indicou que há expectativas da instalação de outra empresa japonesa na capital pernambucana em breve. Atualmente quase 15 mil pessoas já trabalham no Porto Digital, em mais de 350 empresas.

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FG Services amplia atuação no Nordeste

A FG Services, empresa especializada em terceirização de mão de obra qualificada, localizada em Igarassu, na Região Metropoitana do Recife (RMR) prevê a inauguração de filiais da marca, na Bahia e no Ceará até o mês de abril. Com os investimentos serão gerados mais de 500 novas oportunidades de trabalho. Com uma carteira de 12 clientes e mais de cem contratos com atuação em 10 estados, a empresa emprega hoje quase mil funcionários diretos que trabalham na área de conservação e limpeza, serviços de jardinagem, portaria, entre outros. De acordo com o empresário Felipe Guimarães, a empresa sentiu o reflexo da pandemia, mas agora com a retomada das atividades, em 2022, a meta é ampliar a atuação. "Investimos em gestão de pessoas e treinamentos para que nossos funcionários prestem um serviço de qualidade, de forma motivada e eficiente, oferecendo um serviço moderno em soluções nas áreas de conservação, limpeza, jardinagem, recepção, portaria, entre outras. Vamos inaugurar primeiro a filial da Bahia, montar a sede, investir em aquisição de pessoal, máquinas e equipamentos necessários para o funcionamento da empresa", destacou Felipe. Comemorando Isabela Lessa, Leizenery Lins e Alessandra Bahia comemoram os três anos do escritório Bahia, Lins e Lessa Sociedade de Advogados. Instalados no Empresarial The Plaza, na Ilha do Leite, elas já são referências nas áreas do direito preventivo trabalhista, contratual e compliance, previdenciário empresarial e pessoa física, além da área de família. BRK lança Programa de Estágio 2022 O setor de saneamento está em constante expansão, com novas concessões, obras de ampliação das redes de água e esgoto e, consequentemente, oferece inúmeras oportunidades de trabalho, inclusive para quem está no início da carreira profissional. A BRK, empresa privada de saneamento presente em mais de 100 municípios brasileiros, acaba de lançar o Programa de Estágio 2022. Com 100 vagas para atuar nas operações da companhia de todo o país, o programa tem como objetivo contribuir com a transformação do saneamento no Brasil e tornar também a empresa mais diversa e inclusiva. Para a operação da BRK em Pernambuco, serão destinadas 18 vagas. Todas as fases da seleção são focadas na escolha de pessoas com tradições e vivências distintas, para que sejam agregados diversos pontos de vista em um mesmo ambiente.

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Felipe Mancano Grow Group

Grow Group compra startups e expande atuação na América Latina

A startup Grow Group, focada em seleção e recrutamentos, inicia 2022 com novos desafios. Após sete anos de operações, a empresa recifense está presente fisicamente em 11 cidades de cinco países e vai lançar a plataforma digital Let’s Grow, direcionadas para públicos e propostas distintas. O grupo acaba de adquirir também a Startup Experience Brasil, empresa detentora dos projetos Ciclo For Startups e Startups Maps NE, e anunciou a chegada do head de Inovação Marcelo Valença na equipe. “Nossa prerrogativa é romper com o modelo de recrutamento tal como existe, humanizando todo o processo, desde a entrevista, transformando-a num ambiente de confiança que entenda os desejos das pessoas”, explica Felipe Mançano, um dos sócios da empresa. A startup tem a direção do CEO argentino Alan Karzovnik e está presente no Recife, em Ribeirão Preto e em São Paulo, além de escritórios na Argentina, Peru, Chile e Estados Unidos. Cedepe realiza live sobre carreiras Nesta quarta-feira (16), O CEDEPE Business School realiza livre “Como identificar em que fase de carreira você se encontra?". O webinar acontece a partir das 20h pelo perfil do Instagram da instituição. Participam do encontro o consultor de carreiras e Headhunter, Bruno Cunha, a Coach Executivo, Larissa Araújo Lins e o diretor do Cedepe, Tiago Monteiro. A mediação será de Carol Maia, jornalista e empreendedora. Serviço: Live - “Como identificar em que fase de carreira você se encontra?" Data: 16/03/2022, às 20h Transmissão: www.instagram.com/cedepeoficial Vivo traz time de influenciadores do Nordeste em ação de conteúdo A Vivo dá continuidade à campanha “Tô Bem de Vivo” com uma série de vídeos nas redes sociais liderados pela influenciadora pernambucana Ademara, que apresentam um tour diferente pelo Nordeste brasileiro. O projeto de conteúdo conta com influenciadores de origem nordestina, como Max Petterson, do Ceará; Gabô Pantaleão, de Alagoas; e O Cleidson, da Bahia. Os vídeos serão postados durante os meses de março e abril, no perfil do Instagram e YouTube da Vivo. “Tô Bem de Vivo” é a campanha da empresa exclusiva para a região Nordeste e possui como objetivo o fortalecimento da imagem da marca por meio de um movimento de aproximação com o público nordestino. Além disso, é uma oportunidade de reforçar a qualidade da cobertura da Vivo na região, capaz de manter as pessoas sempre conectados e produzindo conteúdo. Além do filme já veiculado na TV, com locução de Ivete Sangalo, a marca aposta em ações que reforçam a pluralidade de cenários, que deixam evidente que a Vivo tem a maior cobertura móvel do Nordeste para conectar as pessoas seja na capital, no agreste ou no sertão.

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Sérgio Buarque: "A pandemia provocou mudanças estruturais na economia que devem permanecer"

No marco dos dois anos da chegada da Covid-19 em Pernambuco, no último dia 12 de março, a Algomais discutiu quais as principais mudanças e tendências que a pandemia trouxe para a economia, o urbanismo, a saúde e a cultura. Para tratar sobre o cenário econômico, que teve impactos abruptos, conversamos com o economista Sérgio Buarque, que apontou as fragilidades que ficaram mais visíveis do Estado e do País e traçou alguns desafios atravessarmos em direção ao mundo pós-pandemia. Confira abaixo a entrevista. Qual a principal transformação da pandemia na economia? De imediato, a pandemia de Covid-19 escancarou as fragilidades da economia de Pernambuco, principalmente o enorme peso dos serviços na estrutura produtiva e, ligado a este, a predominância do trabalho informal. Os serviços vinculados ao turismo sofreram um golpe significativo, embora o segmento de restaurantes tenha conseguido inovar com o sistema de delivery. As medidas de distanciamento social definidas para conter a propagação do vírus teriam levado a um desastre econômico e social de grandes proporções se não fossem os programas de compensação do governo federal. No nível internacional, a pandemia denunciou a existência preocupante de uma enorme concentração territorial da produção de insumos e medicamentos estratégicos, com grande dependência da China e da Índia, os dois principais produtores globais. Ao mesmo tempo, o mundo experimentou uma desestruturação da rede de suprimentos de bens e insumos, provocando escassez de alguns componentes e, como consequência, pressão inflacionária. Na medida em que for sendo superado a propagação do vírus, os fatores de desequilíbrio vão moderando. Entretanto, a pandemia provocou mudanças estruturais que devem permanecer no futuro, mesmo após a superação da enfermidade. O principal deles foi a aceleração da transformação digital, tendência que já vinha maturando e ganhou força como resposta ao distanciamento social: ampliação em larga escala do teletrabalho, das aulas remotas, do comércio eletrônico (ecommerce) e dos serviços de entrega através das plataformas digitais, favorecendo o crescimento das atividades econômicas que podem operar sem contato físico entre produtores e consumidores. Como consequência da pandemia e destas mudanças estruturais, a economia registrou uma clara expansão dos sistemas de saúde e do complexo médico-hospitalar e o crescimento da indústria farmoquímica. Qual a principal mudança esperada na economia no pós-pandemia? O Brasil e, Pernambuco em particular, vai ter que conviver com uma herança negativa da pandemia de grande consequência na economia futura: o déficit de aprendizagem das crianças e jovens decorrente da suspensão das aulas por um longo período, apenas parcialmente compensada pelas aulas remotas. A perda de quase dois anos de estudo por conta do isolamento social para prevenir a pandemia vai criar enormes dificuldades para aumento da qualificação profissional e a produtividade do trabalho, com impacto negativo na economia. Este passivo vai entrar em choque com a tendência de aceleração da transformação digital que vai elevar a demanda por mão de obra altamente qualificada para atender às atividades econômicas que incorporam novas tecnologias e a substituição de trabalho rotineiro por sistemas digitais. O que já está ocorrendo, por exemplo, com cobradores de ônibus, deve se acentuar no futuro. O resultado mais provável será uma enorme fragmentação do mercado de trabalho: carência de pessoal qualificado e excesso de oferta de mão de obra com baixa qualificação profissional. Qual os caminhos para resolver os principais problemas econômicos no cenário pós-pandemia? Diante dos desafios futuros identificados acima, será necessária uma atuação concentrada dos governos e das empresas em duas áreas complementares. O mais importante de tudo, um investimento de peso na educação para recuperar o passivo do aprendizado acumulado durante a pandemia. Recuperar as perdas recente ainda é muito pouco, considerando os baixos níveis de proficiência em português e matemática dos jovens que concluem o ensino médio em Pernambuco. Os dirigentes e gestores públicos da área sabem da importância deste esforço concentrado na educação. A sociedade e os empresários devem entender que, sem isto, o futuro de Pernambuco estará comprometido.Ao mesmo tempo, é fundamental um pacto pela qualificação profissional da população em idade ativa de trabalho, preparando para as novas e crescentes exigências do mercado de trabalho. Sem isso, vai haver um estrangulamento nas atividades produtivas e uma estagnação da produtividade do trabalho, acompanhada de marginalização de parcela da população que não tem a qualificação mínima para a nova economia.

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Exposição japonesa e novos mangás no acervo da Biblioteca do Estado

Hoje, dia 15 de março, a Biblioteca do Estado de Pernambuco recebe a doação de 791 mangás da Fundação Japão de São Paulo Recife, em um evento de entrega às 16h. No mesmo local acontecerá uma exposição de calendários que ficará disponível até o 14 de abril. A partir de amanhã (16), os interessados na cultura japonesa podem ter acesso a este novo acervo na Biblioteca do Estado.

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Base Gaming investe R$ 2,5 milhões em empreendimento no Recife

O mercado dos games é um dos segmentos que cresce mesmo em meio à pandemia. No Brasil, ele movimentou R$ 12,5 bilhões em 2021 e atende a um público gamer de 67 milhões de pessoas, segundo dados do banco de investimentos Drake Star Partners. De olho nos consumidores da capital pernambucana, a Base Gaming traz um empreendimento inédito na zona sul, com investimento inicial de R$ 2,5 milhões. A empresa promete operar, a partir de abril, um espaço que atenderá jogadores amadores, semiprofissionais ou profissionais. Instalado no bairro do Pina, o local contará com arena central para eventos, salas para grupos com cinco computadores cada, arena com cinco playstations, estúdio para streaming e fotografia, salas de streaming, sala de podcast e salas de reunião. Os usuários ainda encontrarão no espaço de assistência técnica, venda de insumos e área gastronômica. De acordo com o empreendedor Leo Fontes, a unidade deve receber quatro mil pessoas por mês, com um tíquete médio de consumo de R$ 55. “Queremos ser a maior referência gamer do Norte/Nordeste e retomarmos o valor do investimento em um período de apenas 10 meses. Esse tipo de empreendimento sempre foi bastante escasso no mercado do Recife, infelizmente. Vamos trazer também a participação de grandes marcas, inclusive para o patrocínio dos jogadores, que são jovens pernambucanos”

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Gente & Negócios Agreste - Mercado da Moda movimenta Caruaru

Agreste Tex 2022 terá espaço exclusivo para startups do setor têxtil e de confecção O Febratex Group inclui na programação da Agreste Tex 2022 um espaço exclusivo de startups. A feira, voltada para a indústria de confecção e têxtil, acontecerá em Caruaru, no Agreste pernambucano, entre os dias 29 de março a 1º de abril, no Polo Caruaru. A novidade da edição deste ano será chamada de ‘Startup Corner’, com a proposta de conectar pessoas e empresas que realizam negócios e promovem o crescimento da região. Foram selecionadas 15 startups para participar, entre elas a Vende Moda, dos sócios Alcines Neto e Edrio Carvalho, e a Molde.me, da desenvolvedora Tyara Nascimento. 33ª edição da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana deve gerar 18 milhões em vendas A Rodada de Negócios da Moda Pernambucana (RNMP), promovida pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) e pelo Sebrae, está nos últimos ajustes para a 33ª edição, que acontecerá nos dias 16, 17 e 18 de março, no Polo Caruaru. As instituições esperam continuar retomando o volume de vendas do evento, que é o maior do Polo de Confecções do Agreste. A nova edição já contabiliza 130 expositores e mais de 500 compradores vindos de todas as regiões do País. “Estamos tendo um retorno muito interessante dos compradores do varejo nacional. Uma recente pesquisa, realizada pelo Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções (NTCPE), mostrou que o índice de confiança dos empresários de Pernambuco desse mercado é positivo em relação ao primeiro semestre, considerando um processo de retomada e evolução que é a grande aposta do setor”, explica o coordenador da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, Wamberto Barbosa. Fiepe Agreste lança fórum para discutir melhorias na infraestrutura dos distritos industriais A infraestrutura dos distritos industriais da região se tornou foco da criação de um fórum pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), por meio de sua Unidade Regional de Caruaru. O projeto intitulado “Fórum Técnico Agreste” será encabeçado pela Gerência de Relações Industriais da Fiepe com objetivo construir um plano de ações em parceria com instituições públicas e privadas para viabilizar melhorias para os distritos industriais em aspectos como iluminação, mobilidade e segurança. "Sem uma infraestrutura adequada, não é possível que as empresas sejam competitivas e diminuam seus custos. Nosso primeiro passo será identificar os atores para levarmos as prioridades de desenvolvimento nos distritos industriais das cidades que contemplam o Agreste, sempre contando com definições técnicas”, explicou o gerente Abraão Rodrigues. Agreste recebeu nesta semana Roadshow Bora Pernambucar Promovido pela secretaria de Turismo de Pernambuco e pela Empetur, o Roadshow Bora Pernambucar marcou o encontro dos gestores municipais e estaduais do setor com o trade turístico nas cidades de Surubim, Pesqueira e Buíque. “Sabemos que o turismo gera emprego e renda e acreditamos que o Bora Pernambucar descortinou muitos destinos, atraindo turistas a cidades que tradicionalmente ficavam de fora dos roteiros tradicionais”, afirmou o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes. Os encontros fizeram um balanço das atividades do projeto Bora Pernambucar e traçaram os próximos passos do fortalecimento do turismo regional.

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Edgard Leonardo: "As sanções econômicas para afetar a Rússia podem contaminar toda economia global"

Para entender os impactos da crise da Rússia na economia brasileira e pernambucana, entrevistamos o economista e consultor Edgard Leonardo, professor e coordenador do curso de administração da Unit-PE. Ele aponta os principais riscos e as ameaças que as sanções econômicas contra o País de Vladimir Putin podem trazer de efeito negativo para o planeta. Quais os maiores riscos desse conflito para a economia brasileira e Pernambucana? É preciso compreender que as economias mundiais estão todas interconectadas, notadamente após a segunda Grande Guerra, a mundialização da economia de mercado, compreendida como um processo dinâmico e crescente de integração entre as economias vem avançando. E certamente, com a queda do muro de Berlim e as transformações no cenário do leste europeu, ocorreram inúmeras mudanças na geopolítica e na economia, decorrentes da fragmentação do território da extinta União Soviética. É fato que receberemos em nossa economia as ondas de choque causadas pela invasão russa na Ucrânia, as distâncias econômicas são muito menores que as geográficas. Vale ainda lembrar, que os recentes litígios entre as duas nações, de fato começaram em 2014, com a anexação da Criméia, região ucraniana pró-Rússia, pelo governo de Putin e culminaram agora com a recente invasão. Como reflexo direto deveremos ter a elevação do preço dos combustíveis e um repique na inflação, além do aumento do preço dos alimentos, lembrando que a região conflagrada além de grande produtora de trigo, milho e outros produtos importantes, é fornecedora de grande parte do fertilizante utilizado no Brasil e no mundo. É esperada uma queda da atividade econômica mundial, com valorização de ativos como: ouro, prata e dólar, com investidores em busca de segurança em um momento de alta incerteza e volatilidade. Com a alta da Selic ocorreu um aumento dos investimentos estrangeiros no Brasil, o que fez o dólar ficar abaixo de R$ 5,00, o que é importante para o controle da inflação. Todavia, com a atual crise, os investidores podem diminuir a migração de dólares ao Brasil; e caso o real volte a desvalorizar, a inflação será ainda mais alta. A incerteza quanto à duração do conflito é um dos grandes problemas e quanto mais este se alongar, piores serão os impactos na economia global. O Brasil pode no curto prazo, desde que o conflito não se alongue, beneficiar-se da elevação do preço das commodities, principalmente agrícolas, gerando maiores lucros para o agronegócio brasileiro, porém repito. Desde que o conflito não se alongue, pois um conflito prolongado reduziria a atividade econômica na Europa (importante consumidor de nossos produtos) e impactaria os custos de produção. A inflação, que é um dos problemas mais resistentes dos últimos anos, deve ser agravada?Em um cenário onde a inflação de alimentos já é realidade mundial, a crise gerada pela invasão russa só piora as expectativas, para compreendermos a situação é importantes lembrarmos alguns números. A Rússia é um importante produtor mundial de fertilizantes, responsável por fornecer ¼ dos fertilizantes consumidos no Brasil, certamente que não apenas o envolvimento na guerra, mas também as sanções internacionais impostas implicaram em redução na oferta dos fertilizantes o que resultará em aumento dos custos de produção de alimentos, no Brasil e no mundo.A Rússia juntamente com a Ucrânia são grandes produtoras de produtos agrícolas, respondem pela produção de 30% do trigo consumido no mundo e 80% do óleo de girassol ofertado mundialmente. O impacto no mercado mundial de trigo e outras commodities já vem sendo percebido pelos analistas. A Ucrânia é o quinto país em produção de milho, e a redução deste importante player certamente elevará os custos de produção de uma série de itens, notadamente a produção de laticínios e proteínas de maneira geral. Outro ponto importante é que a Rússia sozinha produz 12% do petróleo mundial e 40% do gás natural consumido na Europa. E o fato é que a invasão russa provoca uma séria crise de energia na Europa, com reflexos por toda economia mundial, o pior cenário para os analistas se confirmou quando a Rússia invadiu o território Ucraniano. Além da Rússia ser um importante produtor de petróleo e gás natural, grande fornecedor da Europa, os gasodutos responsáveis por atender a Europa agora estão em um território em guerra, elevando o risco de um corte no fornecimento de um importante insumo. Uma interrupção no fornecimento de combustíveis poderia forçar a Europa a racionar o produto, com forte impacto nos preços e na dinâmica da economia europeia ainda em recuperação da crise causada pela pandemia de Covid-19. Por isso, um dos grandes temores é que as sanções econômicas possam não apenas afetar a economia russa, mas contaminar toda economia global em cascata. Por que essa crise pode afetar o preço dos combustíveis? É possível fazer alguma coisa para evitar uma elevação muito grande do preço dos combustíveis? Basicamente o preço final dos combustíveis no Brasil, depende do preço do barril do petróleo e da cotação do dólar, infelizmente no cenário atual a expectativa é que o preço do barril continue subindo, e caso o conflito permaneça sem solução, ultrapasse a barreira histórica de 150 dólares (Ocorrida na crise de 2008, após tensões políticas no Irã, Paquistão e Nigéria).Para minimizar os impactos da redução oferta mundial de petróleo, os USA e outras nações consumidoras de petróleo já estão autorizando o uso das reservas de emergência.No cenário atual, é importante manter a política de valorização do real frente ao dólar, uma vez que não podemos interferir na tendência de alta do barril, e certamente será importante o papel da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo, para reorganizar a produção global de forma a manter os níveis de oferta de petróleo, o que infelizmente não ocorre rapidamente. Dos setores econômicos de Pernambuco, algum guarda uma preocupação maior com o conflito? Temos relações comerciais diretas com os russos ou ucranianos? Embora a Rússia não seja da perspectiva econômica uma superpotência mundial, alguns pontos são importantes de ressaltar quanto a economia russa. A Rússia fornece ¼ do total dos fertilizantes usados no Brasil e metade dos fertilizantes

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Murilo Cavancanti lança o livro Conexão Recife Medellín Compaz

O secretário de segurança cidadã do Recife, Murilo Cavalcanti, lançou ontem o livro Conexão Recife Medellín Compaz. A publicação, editada pela Cepe, traz entrevistas e artigos sobre a experiência dos Centros Comunitários da Paz e das inspirações que vieram da Colômbia para o desenvolvimento desse projeto na capital pernambucana. "Não fizemos um prédio, mas um projeto de transformação", disse Murilo Cavalcanti na abertura do evento. Apesar do livro ter sido feito em pouco tempo, a trajetória do secretário no urbanismo social e nas estratégias de combate à violência tem mais de 19 anos, quando sua irmã foi baleada em um assalto e ficou paraplégica. Desse episódio trágico, ele decidiu transformar aquela dor em luta. "Nossa família não poderia transformar em raiva e ódio o que aconteceu com ela. Fui estudar, fui viajar o mundo para aprender. Após um caderno especial do Jornal do Commércio fui para Bogotá e de lá me disseram para visitar Medellín, que tinha um projeto mais pedagógico e profundo. E lá conheci Jorgue Melguizo e tantos amigos". Foram desde então 38 viagens para a Colômbia e já quase 10 anos na Secretaria de Segurança Cidadã (entre as gestões de Geraldo Julio e João Campos), que as histórias e experiência dessa publicção foram se tornando realidade. O evento de lançamento foi bastante prestigiado, com a presença de muitos representantes da classe política pernambucana, como o prefeito do Recife, João Campos, a vice-prefeita Isabella de Rodão, secretários e parlamentares municipais, estaduais e federais. Na mesa de debatedores e na plateia estavam também comitivas da Colômbia, vindas de Medellín, e da cidade mexicana de Iztapalapa (México). A prefeita Clara Brugada Molina, inclusive, participou do painel, contando a experiência de transformação urbana do seu município, que integra a Região Metropolitana da Cidade do México e abriga mais de dois milhões de habitantes. Igual ao Recife, a cidade de Iztapalapa também se inspirou no modelo de desenvolvimento e enfrentamento à violência da cidade colombiana de Medellín, que até os anos 90 tinha os maiores índices de criminalidade do mundo. No caso mexicano, Clara, que está no segundo mandato, destacou duas experiências: o projeto Utopias (Unidades de Transformación y Organización Para la Inclusión y la Armonía Social, traduzido como Unidades de Transformação e Organização para a Inclusão e Harmonia Social) e o Camino Mujeres Libres y Seguras (Caminho Mulheres Livres e Seguras). "Tomando em conta o direito à cidade e do espaço público, vimos grandes lugares que poderíamos transformá-los no meio de comunidades muito pobres. Já inauguramos 8 Utopías e o que fizemos de Iztapalapa? A prefeitura de maior infraestrutura desportiva, cultural e recreativa de toda a Cidade do México. Elas são grandes complexos, de maneira integral, muito parecida com o que temos aqui no Compaz", contou Clara Brugada. É possível conhecer mais sobre o Utopias no site: https://www.utopiasiztapalapa.com/ Representando a Colômbia, estiveram presentes Jorge Melguizo (ex-secretario de cultura cidadã de Medellín), Carlos Mario Rodriguez (arquiteto e urbanista), Camila Uribe (diretora da Casa de las Estrategias de Medellin) e Cielo Holguín (diretora da Fundação Oásis Urbano e líder comunitária do bairro da Morávia, antigo lixão de Medellín). Todos escreveram artigos dentro da publicação e brevemente trouxeram suas experiências sobre a transformação urbana e social da cidade colombiana. Em sua fala no painel e na entrevista concedida antes do lançamento, Melguizo destacou o desafio de construir esses projetos como a construção de um prédio em uma zona de terremotos. A ilustração é para explicar que o Compaz, o Utopias ou as inúmeras experiências de Medellín precisam atravessar os diferentes momentos políticos de suas cidades sem ser descontinuados. "Precisamos fazer com que esses projetos aguentem os tremores das mudanças de dirigentes e cores políticas das cidades. Precisamos construir esses projetos para que não caiam nos terremotos. Para isso as sociedades precisam de transformações culturais, construir novas cidadanias. Os Compaz, as Utopias e os projetos de Medellín se converteram na América Latina em fábricas de cidadania, isso é o mais importante. Todo projeto deve ter como resultado o fortalecimento de organizações comunitárias nos bairros onde estão. É preciso fortalecer essas organizações". O prefeito João Campos, que anunciou durante o evento a construção de 4 novas unidades do Compaz, destacou que um dos diferenciais da inspiração de Medellín é que se trata de um processo urbanístico de sucesso em uma cidade latino-americana, que tem problemas e desafios semelhantes aos do Recife. "Quando se conhece uma experiência na Europa ou Estados Unidos, pensamos que eles têm 150 anos na nossa frente de infraestrutura e de gestão de cidades. É uma coisa muito distante. Quando vemos a experiência de Medellín, vemos que os problemas são muito parecidos com os problemas brasileiros. A realidade latina se faz muito presente. E vemos que há um caminho de solução estruturado. Uma mudança que começou há 30 anos, 25 anos para cá. Quem conhece Medellín se pergunta: se aqui foi feito, porque não transformamos o Brasil? É algo possível e necessário". Nas três experiências apresentadas no seminário de lançamento (de Medellín, de Iztapalapa e do Recife) existem conceitos inovadores nas suas raízes, que contrastam com as fórmulas de construção das cidades e de combate à violência típicas das últimas décadas. Um outro ponto em comum na fala de todos os coautores do livro foi o ingrediente do engajamento e da emoção na condução desses projetos, cheios de testemunhos pessoais e de outros sonhos que ainda estão em construção.

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O conflito Rússia x Ucrânia e os impactos para Pernambuco e o Nordeste

O amor é como a guerra, fácil de começar e muito difícil de terminar. As relações internacionais, baseadas na diplomacia econômica, nunca estiveram tão em evidência como com o conflito entre a Ucrânia e Rússia. Se todos os países já tivessem adotado a diplomacia econômica nas suas relações internacionais muitas guerras e conflitos poderiam ser evitados, pois está baseada nos impactos ambientais, sociais e geopolíticos, não apenas no comércio exterior. Como ainda subsidiamos, transferimos indústria e ou tecnologia ou importamos produtos de países que não praticam a ESG, direitos humanos ou respeito às leis ambientais em pleno século XXI? Os organismos internacionais são diversos e representativos desta nova ordem mundial? Muitos perguntam como este conflito na Europa central afetará o Brasil, Nordeste e Pernambuco, assim coloco algumas reflexões abaixo. Como região Nordeste, dentro do conceito logístico, historicamente temos “importado mais que exportado” tanto dentro do Brasil quanto com o mundo, assim o nosso custo de frete, naturalmente é mais caro, pois na “volta” o caminhão ou ainda o navio volta com pouca mercadoria ou ainda precisam aguardar para fechar um embarque. Mesmo com os dados positivos relativos ao mês de janeiro da balança comercial de Pernambuco, de acordo com dados do Ministério da Economia, com um aumento de 72%, precisamos olhar com uma visão crítica e muito cuidado, pois este resultado é anterior ao conflito Ucrânia/Rússia e o saldo final da balança comercial do Estado continua deficitário em US$ 250 milhões e em 2021 foi de US$ 265 milhões. Temos naturalmente uma pressão inflacionária do lado da demanda, disrupção das cadeias produtivas, já combalidas após dois anos de Covid-19. Os preços dos dois barris de referência (Brent e WTI) para o petróleo no mundo já dispararam e já passam dos US$ 100. Assim toda a cadeia produtiva e de logística que depende deste insumo terão os seus preços ajustados. Apesar desde cenário desafiador, dentro de nossa matriz exportadora, poderemos aproveitar esta situação pois as commodities estão subindo mesmo com o aumento e interrupção de importação da venda de fertilizantes da Rússia e Belarus. A guerra entre a Ucrânia e Rússia pegou o mundo em um momento extremamente desfavorável do ponto de vista econômico e logístico. Os países precisam cada vez mais reavaliar o conceito de indústria com perfil de segurança nacional assim como melhoria do sistema de estoques regulatórios pois acredito que teremos mais conflitos em outras regiões no futuro próximo. *Rainier Michael é Presidente do Iperid e cônsul da Eslovênia

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