Arquivos Colunistas - Página 133 De 312 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Aplicativo Naora já atende 100 mil pessoas e avança em novas soluções

Criado pela empresa pernambucana T4i, o aplicativo Naora já possui mais de 100 mil usuários. A solução tecnológica para melhorar a comunicação entre hospitais, clínicas e pacientes reduz as burocracias do agendamento e  facilita o acompanhamento das consultas. Durante a pandemia, foi lançada também a função do teleatendimento e agora está sendo desenvolvida uma nova funcionalidade: o pagamento direto pela plataforma. A Unimed Recife foi pioneira na utilização dos serviços do aplicativo ao permitir que todos seus médicos cooperados pudessem ativar e controlar as suas agendas online e receber agendamentos online dos beneficiários do plano Unimed Recife sem nenhum custo adicional.  Romulo conta que durante a pandemia a T4i estendeu a plataforma de agenda online também para as unidades próprias da Unimed Recife e para os agendamentos no centro administrativo, o que contribuiu para não haver aglomeração nas recepções. Sobre a experiência do Naora na desburocratização dos serviços de saúde, conversamos com Romulo Martins, sócio da T4i, para a matéria de capa da Revista Algomais desta semana. Confira abaixo a nossa entrevista na íntegra. Quais os principais problemas que o Naora soluciona? Em relação redução de burocracia, qual a vantagem para o usuário? O Naora foi criado com o objetivo de evitar a perda de tempo e melhorar a comunicação dos profissionais de saúde com seus pacientes, como por exemplo, evitando ligações demoradas e desnecessárias para marcar ou confirmar a presença na sua consulta/exame já que isso pode ser feito de maneira simples com apenas alguns cliques pelo Naora. Também ajuda os pacientes a encontrarem profissionais nas especialidades que precisam de maneira mais fácil e mais rápida, isso muitas vezes fora do horário comercial, quando esses pacientes acabam tendo mais tempo para resolver questões pessoais. Atualmente quantas pessoas e empresas/hospitais/clínicas usam o sistema do Naora? Hoje mais de 100 mil pessoas utilizam o Naora. Como tem sido a recepção do público com essa solução que facilita o agendamento e o acompanhamento até a consulta? A recepção sempre foi muito boa já que resolvemos um problema real da vida deles que é marcar suas consultas e exames. Estamos também sempre colhendo bons feedbacks também que nos fazem direcionar nossos esforços na melhoria do Naora. Esse serviço está ainda em desenvolvimento? Caso, sim, que outras novidades o Naora deve oferecer no futuro? Sim, o Naora é uma plataforma que está em eterna construção! Desenvolvemos durante a pandemia o módulo de teleconsulta que permite que o profissional de saúde fale por videoconferência com seu paciente dentro de nossa plataforma de maneira segura e profissional. Também estamos em fase final da funcionalidade de pagamento pelo App que será lançada no primeiro trimestre do próximo ano. Com essa funcionalidade, o paciente terá a possibilidade de parcelar o valor da consulta particular, viabilizando o seu acesso a profissionais de saúde que hoje ele não consegue já que poucos profissionais recebem por cartão de crédito e raríssimos permitem parcelamento. Também estamos com algumas outras funcionalidades previstas para o próximo ano, mas que ainda não posso antecipar. Quais as perspectivas de crescimento do uso e da base de usuários desse serviço em 2021? Fechamos há poucos meses uma parceria no Paraná para expansão do Naora. Desenhamos um modelo de parceria que se parece um pouco com o modelo de franquia na qual o parceiro fica com um conjunto de obrigações, mas tem a exclusividade na sua área de atuação e recebe um valor relevante das receitas do produto no seu local. Apenas com essa parceria devemos mais que dobrar nossa base de usuários nos próximos meses e termos penetração em outras regiões do País. Nosso objetivo é replicar este mesmo modelo de parceria que fechamos no Paraná com outros parceiros de outros Estados e já estamos evoluindo algumas conversas neste sentido.

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Menos burocracias, mais tempo para dedicar aos negócios

O pesadelo de filas e de burocracias que os brasileiros enfrentam diariamente tiveram um certo alívio durante a pandemia, com o avanço de diversas ferramentas tecnológicas que reduziram os atendimentos presenciais. A desburocratização é o tema da matéria de capa desta semana da Revista Algomais. Na produção da reportagem, conversamos com a consultora empresarial Carla Miranda, sócia da TGI. Abaixo publicamos a entrevista em que ela fala sobre as vantagens operacionais e econômicas para as empreas desse movimento de digitalização de vários processos que antes eram analógicos. Como o processo de desburocratização que observamos na Pandemia facilita a vida das empresas e dos empresários em Pernambuco e no Brasil? Um dos principais benefícios da desburocratização foi a diminuição do tempo de execução de alguns processos e da liberação de comprovação, por meio físico, de dados já constantes nos cadastrados das empresas e dos empresários. A necessidade de isolamento fez com que alguns processos fossem feitos de modo digital. O que já era uma tendência durante a pandemia tornou-se imperativo de sobrevivência. Houve uma aceleração. Além da desburocratização, tivemos os avanços da tecnologia que ajudaram e muito as empresas. Há vantagens também econômicas da redução da burocracia para as empresas? Como esse processo de desburocratização reduz custos que iriam para o caixa das corporações? Com certeza, sim. Só o fato dos processos poderem ser feitos online tira de cena uma figura muito conhecida no processo físico: o despachante. Além disso, há um ganho de tempo para poder se dedicar ao negócios, sem vulnerabilidades jurídicas. A partir do relato dos empresários, que tipo de medidas adotadas na Pandemia que reduziram os contatos presenciais foram mais valorizadas pelas empresas? Durante a pandemia posso citar pelo menos dois exemplos: (a) na área de pessoal algumas medidas foram tomadas, antes impensáveis, sem a necessidade de homologação no sindicato ou na DRT, como por exemplo, antecipação do período de férias (em até 2 períodos), pagamento das férias ao final do gozo e pagamento de 1/3 das férias até o final do ano, tivemos também a possibilidade de diminuição da jornada de trabalho e consequente diminuição da remuneração, essas medidas ajudaram muitas empresas a não demitir e a não encerrar as atividades; e (b) acesso ao crédito de forma online e desburocratizada, sem a necessidade de ir ao banco. Onde você avalia que é possível avançar ainda mais para reduzir o peso da burocracia na vida das empresas e, consecutivamente, aumentar a competitividade da nossa economia? Quando pensamos em burocracia vem logo a cabeça os formulários, papéis, documentos, assinaturas, processos intermináveis… Então, para que o processo de desburocratização seja mais eficaz é preciso que exista capacitação nos processos e nas ferramentas, principalmente para os micros e pequenos empreendedores. Não basta simplificar, tem que ensinar. As médias e grandes empresas já têm acessos a profissionais capacitados, que facilitam os processos.

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Um passeio pelo Cemitério de Santo Amaro

A cidade do Recife sofreu grandes transformações na sua paisagem quando da administração de Francisco do Rego Barros (1802-1870), que veio a ser barão, visconde e finalmente Conde da Boa Vista. Formado em matemática pela Universidade de Paris, com apenas 35 anos de idade foi designado presidente da província de Pernambuco, ficando no cargo de 1837 a 1844, época em que o trouxe para o Recife o engenheiro francês Louis Léger Vauthier (1815-1901), responsável pela construção do Teatro de Santa Isabel (1850) e de importantes obras públicas. É dessa época a presença na equipe de obras públicas do Governo da Província do engenheiro José Mamede Alves Ferreira (1820-1865), bacharel em matemática pela Universidade de Coimbra, que além dos prédios da Casa de Detenção e do Ginásio Pernambucano foi responsável pelo projeto do Cemitério Público do Senhor Bom Jesus da Redenção, criado em 1841, pela Lei Provincial nº 91, tendo sido inaugurado em 1º de março de 1851. Trata-se de uma área plana, originalmente ocupando um terreno de 351,35 m de fundos por 320 m de largo, tendo ao centro uma elegante capela em estilo gótico, em forma de cruz grega, para onde convergem todas às alamedas de túmulos dando, assim, um formato estelar ao conjunto. Seria um ponto turístico do Recife, como acontece nas diversas cidades da Europa e mesmo das Américas, mas, infelizmente, não é de visitação habitual nem indicado por nenhum dos guias por nós consultados. Bem conservado pela atual administração municipal, o Cemitério de Santo Amaro, chama a atenção do visitante para o seu portão de entrada, trazendo na sua base a data de MDCCCLI (1851), confeccionado em ferro fundido pela firma A.C. Staar & Cia. (Fundição Aurora), a mesma responsável pelos portões do Cemitério dos Ingleses e da Ordem Terceira do Carmo do Recife. Aleias de palmeiras imperiais marcam a avenida principal, ladeada pelos primeiros túmulos do início da segunda metade do século 19, que conduz o visitante até a capela em estilo gótico, octogonal, situada ao centro do campo santo. Nas diversas alamedas do Cemitério de Santo Amaro, vamos encontrar singulares obras de arte de escultores diversos que estão a exibir o seu talento nos diversos túmulos alguns deles centenários. No ponto de confluência de suas ruas, encontramos uma singular capela gótica, a primeira do seu gênero em terras pernambucanas, projetada por José Mamede Alves Ferreira (1820-1865), mandada construir pela Câmara Municipal do Recife em 1853. “Trata-se de um monumento de puro estilo gótico de cruz grega, fechada por uma só abóbada, de uma belíssima e arrojada construção, e de grandeza proporcional ao fim a que é destinada, sem campanário e sem dependências”. Tem no seu centro uma imagem do Cristo Crucificado, em ferro, produto de fundição francesa, tendo na sua abóbada placas de mármore alusivas às diversas fases de sua construção, como as restaurações sofridas nos anos de 1899 e 1930: A Câmara Municipal do Recife a mandou fazer em 1853, …1855, segundo o plano do engenheiro civil José Mamede Alves Ferreira; reaberta e melhorada na administração do Exmo. Dr. Esmeraldino Olympio de Torres Bandeira, prefeito do Município do Recife, em 16 de junho de 1899; restaurada na administração do Exmo. Sr. Dr. Francisco da Costa Maia, prefeito do Município, 1930. Relembrando a observação do escritor Rubem Franca (in Monumentos do Recife – Recife, 1977): O Cemitério encerra muito da cultura de um povo. Santo Amaro, aliás, ainda aguarda quem lhe faça um estudo completo, um levantamento dos sepulcros de pernambucanos famosos e populares. Um estudo dos seus monumentos funerários, que são, alguns verdadeiras obras de arte. Joaquim Nabuco e outros túmulos O mais suntuoso dos túmulos é dedicado ao Patrono da Raça Negra, o abolicionista Joaquim Aurélio Nabuco de Araújo (1849-1910), obra do escultor italiano Giovanni Nicolini; sendo  encarregado de montar em Pernambuco outro escultor, também italiano, Renato Baretta, em novembro de 1914. O conjunto escultórico retrata a Emancipação do Elemento Escravo, em 13 de maio de 1888, formado por um grupo de ex-cativos levando sobre suas cabeças o sarcófago simbólico do grande abolicionista. À frente do monumento, o busto de Joaquim Nabuco, em mármore, tendo ao seu lado uma figura de mulher (a história), que ornamenta de rosas o pedestal do busto, onde se lê: A Joaquim Aurélio Nabuco de Araújo. Nasceu a 19 de agosto de 1849. Faleceu a 17 de janeiro de 1910. Logo em frente ao mausoléu de Joaquim Nabuco, encontra-se o túmulo de José Mariano Carneiro da Cunha (1850-1912), também destacado líder do movimento abolicionista e de sua mulher Olegária (Olegarinha) Gama Carneiro da Cunha (1860 – 1898). Um busto em bronze do abolicionista e estátua de uma mulher chorando, conservando as inscrições: À José Mariano / o Povo / Pernambucano. / Olegária Gama Carneiro da Cunha, 16-9- 1860, 24-4- 1898. Outro belo túmulo do Cemitério de Santo Amaro, porém, pertence ao Barão e a Baronesa de Mecejana: Antônio Cândido Antunes de Oliveira e Colomba Ponce de Leão. “O túmulo é todo feito em mármore de Carrara com grande influência dos romanos, por causa do sentimento católico. O formato de tocha invertida é símbolo da morte e da expectativa de que essa luz se reacenda”, explica o escultor e responsável pela última restauração do túmulo, Jobson Figueiredo, realizada em 1999. Sobre seu mausoléu escreve o próprio Barão de Mecejana, em seu testamento, conservado no Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano, ter sido o túmulo destinado, inicialmente, a sua filha e seu genro que faleceram de uma das epidemias que assolaram o Recife na segunda metade do século 19. A posição do barão e baronesa, em genuflexo, demonstra a atitude do casal durante a doença que vitimou o casal. Como bem observou o escritor Clarival do Prado Valadares, in Arte e Sociedade nos Cemitérios Brasileiros (1972), vale reparar também o detalhe das esculturas em mármore do barão e da baronesa, que reproduzem até a textura de uma veste rendada. Segundo estudo da pesquisadora Semira Adler Vainsencher, da Fundação Joaquim Nabuco: “Vários mausoléus imponentes podem ser encontrados, também, no

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Investimentos, premiação e oportunidades em Pernambuco

Copergás faz estudo para levar gás natural ao polo gesseiro do Araripe Araripina deve ser o novo destino a entrar no radar da rede local de gás natural no Estado. Após a inauguração de uma estrutura de distribuição de gás em Petrolina, a Copergás analisa agora a viabilidade de implantação do projeto que atenderia a região que mais produz gesso do Brasil. O diretor-presidente da Copergás, André Campos, e o diretor técnico-comercial, Fabrício Bomtempo, receberam a presidente do Sindusgesso (Sindicato da Indústria do Gesso), Ceissa Campos Costa, para discutir a viabilidade da implantação do gás natural no polo gesseiro de Pernambuco. Responsável por quase 100% da produção de gesso do Brasil, o polo gesseiro é sediado em Araripina (a cerca de 680 km do Recife), congregando outros municípios do Araripe, como Trindade, Ipubi, Bodocó e Ouricuri. A lenha é a matriz energética predominante no setor. . Happy hour e premiação da ADVB A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), que em Pernambuco é presidida por Veronica Dantas, abre o mês de novembro retomando os eventos presenciais de networking. A entidade homenageará seleta lista do meio empresarial na próxima quinta-feira (4), em evento no Intercity Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho. Entre as personalidades que já confirmaram presença está o superintendente do Sebrae-PE, Francisco Saboya. . Pitang abre vagas para programa de trainee Atenta à evolução do setor e observando a necessidade de atrair novos colaboradores, a Pitang Agile IT anunciou a transformação do seu tradicional programa de estágios. Chamado agora de Pitang Transforma, o programa deixará de contratar os estudantes inicialmente como estagiários e eles passarão a ser trainees dentro da empresa. O novo programa irá recrutar alunos a partir do 5º período e profissionais formados entre 11/2020 e 12/2021 nos cursos de Ciências da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. As vagas são para todo o Brasil, já que todas as oportunidades são para trabalho remoto. Os interessados podem se cadastrar por meio do site https://programapitangtransforma.pitang.com.

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Mercado global: Um pé na Irlanda, um pé em Pernambuco

O empresário recifense Felipe Antunes, 29 anos, há cinco anos deixou Pernambuco para experimentar a vida no continente europeu. Após trabalhar por um tempo no setor de vendas em Dublin, na capital da Irlanda, ele decidiu criar seu próprio negócio. Antenado às tendências do mercado e conectado aos profissionais do setor de TI do Brasil, ele fundou um conjunto de empresas: a Client Hall (no segmento de desenvolvimento de websites e aplicativos), a Eat & Repeat (que faz marketing digital para restaurantes), a Via Brasil (um marketplace para fornecedores brasileiros no exterior) e a Ondway (serviço de delivery on-demand, uma plataforma que ainda está em desenvolvimento). Com um bom networking em solo irlandês, ele percebeu uma brecha no mercado. Com o avanço da digitalização dos negócios, em especial durante a pandemia, muitos microempresários e pequenos empresários não conseguiam desenvolver um site ou aplicativo porque o custo era muito alto. Daí suas empresas passaram a criar soluções para esses clientes. “Eu sabia fazer sites de forma mais simples e comecei a contratar pessoas do Brasil para fazer esse serviço. Eu era curioso da área, adoro tecnologia, mas não era um desenvolvedor profissional. Contratei algumas pessoas e comecei a vender o serviço. Hoje consigo fazer um site e reduzir bastante o preço para o mercado local”. Com o câmbio do euro bem valorizado, o empresário conseguiu atrair mão de obra qualificada de Pernambuco e de outros Estados do Brasil e prestar um serviço a preços competitivos para o mercado irlandês. “O custo da prestação de serviços daqui é muito grande. No Brasil, temos profissionais com boa expertise nesse mercado digital para desenvolver sites e aplicativos. Mantemos assim um serviço de qualidade a preço justo de venda para a Irlanda”, afirma Felipe. Ele conta que o Brasil e a Índia são dois países que começam a fornecer profissionais ao mercado internacional dentro dessa modalidade. As empresas do seu grupo hoje trabalham apenas com trabalhadores brasileiros nesse modo remoto. Sua equipe que está em home office no Brasil conta com profissionais em Pernambuco, no Rio Grande do Sul, no Ceará, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Além de atrair a mão de obra de brasileiros interessados no mercado internacional, para ganhar em dólar ou euros, Felipe afirma que há muitas pessoas que moram hoje na Europa e que desejam voltar ao Brasil, mas seguir conectados ao mercado de trabalho do Velho Mundo. As possibilidades do trabalho remoto abrem um caminho para isso. “É bem evidente a quantidade de brasileiros que desejam retornar para o Brasil e continuar trabalhando para o mercado europeu”. O novo negócio em construção, o On the Way, está focado na maior necessidade dos empreendedores locais que é qualificar a entrega no segmento de alimentação e restaurante. “É um serviço bem semelhante ao iFood, mas atua apenas na prestação de serviços de delivery, sem o marketplace, e por metade dos valores que eles cobram. Ofereceremos assim um custo mais barato e resolvemos o que realmente é o problema do mercado local”, conta Felipe. Para quem deseja acessar o mercado europeu de forma remota, Felipe indica que as áreas com maior atratividade de profissionais são de desenvolvimento de softwares, vendas, Business Development, logística e até de contabilidade. O primeiro passo que ele indica, porém, é dominar a língua inglesa e se possível um outro idioma também. “Além da construção de um bom networking, a conexão com as vagas pode acontecer também através do LinkedIn. Funciona bastante aqui na Europa. Pode adicionar sem medo os profissionais que você deseja se conectar, as pessoas aqui são muito abertas. Ser mais ativo no LinkedIn, gerando valor nas redes sociais para chamar atenção dos headhunters, pode ser uma boa estratégia”, sugere o empresário. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Trabalho remoto entre o Canadá e o Recife

A jornalista Bruna Siqueira Campos, 41 anos, é recifense e sócia da BSCPro Comunicação Estratégica. Sua empresa nasceu durante a pandemia, o que já era um desafio para qualquer novo negócio. Desde setembro, no entanto, ela mora em Vancouver, no Canadá. As facilidades do trabalho remoto permitiram que ela seguisse trabalhando na agência, mesmo a alguns milhares de quilômetros de distância e com um fuso horário diferente. Bruna foi uma das entrevistadas na edição 187.4 da Revista Algomais em que tratamos sobre as oportunidades e desafios do trabalho remoto internacional. A BSCPro Comunicação Estratégica surgiu após uma vasta experiência profissional no Diario de Pernambuco, em diversos veículos por onde ela trabalhou como freelancer, a exemplo de O Globo, G1, Ópera Mundi/UOL e Agência Lusa, e na gerência de comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. Antes dessa vivência internacional, ela trabalhou três anos em Tóquio, no Japão, para o jornal International Press. Publicamos hoje na Gente & Negócios a entrevista na íntegra. . . O que te motivou a se mudar para o Canadá? Como já morei no exterior antes (estive por três anos no Japão e depois passei um tempo nos Estados Unidos), sempre tive vontade de voltar a repetir a experiência. Apesar das dificuldades de começar tudo de novo, encarar outro idioma sem ser fluente, mudar de casa e de trabalho aos 41 anos, queria que meu filho tivesse oportunidades que, sabemos bem, são mais difíceis de se conquistar em um país que vive envolvido em turbulências socioeconômicas, como o Brasil. O Canadá é um sonho antigo do meu marido, mas era um plano que estava “adormecido” por conta de nossas trajetórias profissionais. Mas em 2019, um pouco antes da pandemia, ele teve a oportunidade de fazer uma seleção para a AWS (Amazon Web Services) e agora estamos em Vancouver. Como existe uma carência mundial por profissionais de TIC, a empresa bancou todo o processo migratório e a mudança, além das despesas para ficarmos o primeiro mês no Canadá. Como planejou essa transição, sem se desligar dos negócios que você construiu aqui no Recife? Quando ele passou no processo seletivo, eu estava ocupando um cargo de gestão no governo do estado, mas comissionado – ou seja, sem estabilidade ou vínculo empregatício. O processo levaria tempo, a gente sabia, mas não esperávamos uma pandemia no meio do caminho. Demorou cerca de um ano e meio, então deu tempo de sair do Estado, recusar duas propostas de emprego e começar a empreender por conta própria, atendendo empresas privadas. Ou seja, me adequei completamente ao trabalho híbrido, entre casa, escritório em um coworking e visitas a empresas. Mas ter um sócio no Recife, além de colaboradores que nos ajudam no atendimento presencial aos clientes, tem sido fundamental para tudo caminhar sem problemas. Você pretende ter clientes aí também no Canadá ou o foco será seguir apenas com clientes no Brasil? Claro que, por conta do real desvalorizado, conquistar clientes no Canadá é uma meta para o médio e longo prazos. Preciso aumentar minhas receitas para bancar minhas despesas em dólar, essa diferença está pesando bastante! Penso em usar minha expertise na área de economia, atuando em comunicação corporativa e relações governamentais, para fazer essa “ponte” com investidores e entidades entre os dois países. Quem sabe não dá certo? Mas, inicialmente, preciso melhorar o inglês e quero me dedicar aos estudos. Quais os desafios de trabalhar não só na gestão, mas também na operação da empresa, de modo remoto? Acredito que estamos muitíssimo bem adaptados ao trabalho remoto, a pandemia forçou o mercado a acelerar essa transição “na dor”. Mesmo em meio a uma gestão de crise, quando atuava na gestão pública, segui trabalhando por várias semanas numa fazenda no interior de Pernambuco, no meio de mato, boi e cavalo. Agora, o princípio é o mesmo – continuar com as entregas a distância, mas contando com uma internet de altíssima qualidade. Nem me sinto tão distante da equipe e dos clientes, por conta da rotina. O único fator que atrapalha é mesmo o fuso horário, que aqui é de 4h a menos. Então tenho acordado muitas vezes “no escuro” para participar de reuniões no Brasil e andar com as demandas. Se não tivéssemos vivido a Pandemia, você veria isso como uma possibilidade ou esse modo de trabalho só foi possível após todo esse amadurecimento que vivemos a partir do home office forçado da Pandemia? Certeza que esse modus operandi, de viver fora e trabalhar para clientes em outro país, só está sendo possível por conta dessa transição forçada pela Covid. A gente falava muito nisso, mas a prática sempre foi diferente. Agora temos a certeza de que produtividade não tem nada a ver com presença física. Dá para se trabalhar de qualquer lugar, com um computador e um telefone. Basta ter proatividade, flexibilidade e boa vontade para fazer dar certo. Você chegou a bem pouco tempo no Canadá, mas quais são seus planos futuros? Ainda não parei para pensar sobre meus planos em detalhes, mas certamente incluem adequar minha rotina para atender meus clientes brasileiros e expandir a carteira; melhorar o inglês para crescer no país e poder empreender, também, do lado de cá; e conquistar a cidadania para ter o direito de morar em um país de primeiro mundo. Embora a gente ame nossa cultura e sinta falta de muita gente, essas oscilações e insegurança no Brasil mexeram muito com os planos dos brasileiros para o longo prazo, inclusive com os meus. Torcendo para o cenário melhorar. . *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Gente, negócios e investimentos em Pernambuco

Muro Alto recebe segundo resort e residência da ARA Empreendimentos A ARA Empreendimentos está lançando o La Fleur Polinésia Villa & Resort na praia de Muro Alto, no município de Ipojuca. Um projeto une lazer para quem deseja usar e rentabilidade para quem busca investir. O empreendimento de alto padrão nasceu após o sucesso do La Fleur Polinésia Residence & Resort. “Fomos assertivos ao lançarmos um conceito que unia a solução de construção e operação do empreendimento, pois quando falamos de segunda residência, a solução de serviços é tão importante quanto a construção. Com esse sucesso e amadurecimento, estamos lançando o segundo”, comenta o diretor comercial da empresa, Ricardo Lucena. O empreendimento está em operação desde 2018 com a bandeira do Samoa Resort e possui taxa de ocupação média anual de 75% de suas 170 unidades. O projeto tem o Valor Gerado de Vendas (VGV) superior a R$ 350 milhões. A previsão de entrega da primeira etapa é em abril de 2025, que compreende um total de 90 unidades, distribuídos em três blocos, além dos 166 leitos do resort. Já a segunda, que contempla três blocos e mais 90 unidades, será inaugurada em abril de 2026. . Reckitt Health & Nutrition Comercial expande negócios em Pernambuco A Reckitt Health & Nutrition Comercial, divisão de saúde e nutrição do Grupo Reckitt – multinacional de bens de consumo em higiene, saúde e nutrição – expande seus negócios em Pernambuco. Nuromol e LuftaFEM chegam para compor o portfólio da companhia no Brasil e representam a entrada da empresa na categoria de analgésicos, o maior segmento dentro do mercado de Medicamentos Isentos de Prescrição. Em Pernambuco, a empresa estreitou o contato com profissionais da saúde, dobrando o número de representantes nas ruas com o objetivo de ampliar sua cobertura. Para potencializar essa expansão, a empresa mapeou as principais especialidades com o objetivo de promover o acesso àqueles pacientes que mais podem se beneficiar destes analgésicos. . Sommelier pernambucano embarca para curso em Portugal O sommelier pernambucano, Helton Silva, embarca novamente para Portugal no início de novembro. O objetivo da viagem é fazer um curso com a equipe do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IDVP) e visitar uma seria de vinícolas nas regiões do Minho, Douro, Alentejo e Bairrada. Helton aproveita a viagem e o convite do Grupo Rui Paula para atuar como sommelier no Restaurante DOP, situado na cidade do Porto, durante esse período. Uma boa ocasião para rever amigos, produtores, provar muito vinhos de novos projetos com a cozinha moderna e afetiva do Chef Rui Paula que possui uma estrela Michelin.

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Entre Lisboa e Recife: a experiência de internacionalização da Escobar Advocacia

*Por Rafael Dantas Nesta semana, a Algomais está tratando sobre a internacionalização das carreiras e dos negócios. Afinal, o trabalho remoto abriu os horizontes para quem deseja trabalhar em uma cidade e viver em outra, independente do local do mundo em que se esteja. Um dos nossos entrevistados foi o advogado Gustavo Escobar, do Escritório Escobar Advocacia. Atualmente morando em Lisboa, ele segue liderando os negócios da sua empresa que tem sede no Recife. Uma transição que aconteceu ainda antes da pandemia. Confira abaixo essa conversa sobre a experiência de Gustavo de atravessar o oceano e continuar com os negócios no Brasil. Sua decisão de fazer essa mudança aconteceu antes da Pandemia. Atualmente como funciona seu escritório com pessoas trabalhando dos dois lados do oceano? A pandemia consolidou esse modelo de trabalho a distância internacional? Sim. Mudamos para Portugal ainda em 2018. Antes de nos mudar preparamos toda tecnologia no escritório para que pudéssemos fazer as reuniões remotas. Então, quando o cliente queria uma reunião, ele entrava em nossa sala de reunião em Recife acompanhado de um advogado da área em que seria atendido e eu entrava pelo sistema de videoconferência, direto de Lisboa. Além disso, a cada dois meses eu viajava para Recife e passava 10 ou 15 dias na cidade e fazia as reuniões mais delicadas e estratégicas pessoalmente. Isso tudo funcionou muito bem até março de 2020, quando chegou a pandemia e levou ao fechamento do escritório, colocando toda nossa equipe em home office. Embora tivéssemos toda estrutura, uma equipe experiente e, mesmo antes da mudança, o hábito de trabalhar de qualquer lugar do mundo, enquanto viajávamos, sempre havia certa resistência ou inabilidade de alguns clientes em fazer reuniões on-line. Era comum ir a São Paulo e voltar no mesmo dia ou se deslocar a outras cidades do interior de Pernambuco para atender a clientes, o que levava a uma perda de tempo e maior custo para todos. Sem dúvidas a pandemia representou uma mudança nisso. Passamos dois períodos de 8 meses sem ir ao Brasil e todas as nossas reuniões passaram para o formato on-line. Isso serviu para nos mostrar como é possível e eficaz um novo modelo. Também facilitou a aceitação das reuniões on-line e, sem dúvidas, vai tornar os deslocamentos ao Brasil menos frequentes do que antes. Como tem sido a operação, o cotidiano, do escritório remotamente? Sobre o funcionamento do escritório com pessoas em países diferentes ou em home office, existem alguns desafios. A integração e relação com a equipe precisa de foco constante. Rotinas de reuniões internas devem ser criadas e respeitadas. Além disso, todo o controle da gestão precisa estar muito bem “nas mãos”. A vantagem é que, de fato, a tecnologia hoje ajuda muito. Temos 90% da nossa operação a nossa disposição, em tempo real, no celular. Ainda sobre isso, um ponto fundamental são as pessoas. Faz toda diferença ter um time tecnicamente preparado e socialmente positivo, engajado e responsável. Depois de muitos anos, alguns erros e muitos acertos, demos sorte de conseguir contar com pessoas de caráter, comprometidas e bem competentes. Isso ajuda muito! Quais foram suas motivações e quais os desafios de fazer essa migração? Foi um mix de motivos. Estudo e capacitação, qualidade de vida e exploração de um novo mercado. Eu e minha esposa viemos nos capacitar. Ela fez uma especialização em Direito Tributário e eu acabei fazendo duas: uma em Propriedade Intelectual e outra em Proteção de Dados. Meu filho havia sido aprovado para cursar direito na Universidade de Lisboa, então, juntando motivos pessoais, acadêmicos e profissionais, decidimos todos vir juntos e fazer essa experiência, aproveitando ainda para “tirar umas férias” do Brasil que anda tão complicado. Os principais desafios foram a expectativa de adaptação dos filhos, o que ocorreu melhor do que esperávamos e, sem dúvidas, como explorar um novo mercado em Portugal, mantendo a qualidade e responsabilidade com tudo que temos no Brasil. Acredito que, após três anos, podemos dizer que esses desafios foram superados, embora estejamos sempre atentos, monitorando e reavaliando tudo constantemente. Para o mercado de trabalho local, observando do ponto de vista das empresas em Pernambuco, e global, como essas experiências contribuem para o desenvolvimento dos profissionais e para a competitividade das próprias empresas? Vou falar um pouco do meu setor que é serviços jurídicos, mas posso dizer que há grandes descobertas e oportunidades em muitas áreas. Descobrimos que poderíamos advogar aqui em Portugal por haver um convenio entre a OAB e a Ordem dos Advogados portuguesa. Ao chegar aqui, enxergamos oportunidades de atuação que, talvez, não fossem tão evidentes naquela altura se tivéssemos ficado no Brasil. Falo especificamente da atuação na área de Proteção de Dados. Em 2018 ninguém falava sobre isso, mas na Europa o Regulamento Geral de Proteção de Dados – RGPD já era uma realidade. Decidimos estudar essa nova área e nos capacitamos muito para que, quando a LGPD entrasse em vigor no Brasil, pudéssemos atender o mercado que se abriu. Esse é um exemplo concreto que aumentou a capacitação da nossa equipe, melhorou a competitividade do nosso escritório, pois saímos na frente nessa área, e, como resultado, gerou um incremento interessante de faturamento em plena pandemia. Outro diferencial competitivo que acabamos agregando ao nosso negócio foi justamente ser uma base na Europa para investidores brasileiros. Já tínhamos boa experiência no atendimento aos estrangeiros que investiram no Brasil na época de crescimento e desenvolvimento durante o governo Lula. Naquela altura a Europa estava em crise e muitos europeus viram no Brasil, que até então crescia bem, uma alternativa. Com a mudança das coisas – recuperação da Europa e crise no Brasil –, surgiu um fluxo invertido, ou seja, cada vez mais brasileiros investindo e mesmo imigrando para Europa. E Portugal, geralmente, é o destino ou pelo menos a porta de entrada mais natural. Assim, ter um escritório em Lisboa é algo interessante. Isso traz mais segurança ao clientes e também facilita muito a integração com outros prestadores de serviços e nos deixa mais próximos às

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Por que pensar no mercado de trabalho global?

*Por Rainier Michael Vivemos a necessidade de um novo multilateralismo “glocal” baseado na diplomacia econômica. “Glocal” é um neologismo a partir da fusão dos termos global e local.  Este conceito das relações internacionais não apenas responde pelos fins comerciais das partes envolvidas, mas interpreta sob uma visão humana, com responsabilidade socioambiental, o desenvolvimento e o crescimento das regiões ou países envolvidos. Mas, afinal, por qual razão eu devo pensar em internacionalização? Indico abaixo alguns motivos para empresas, empresários e profissionais. • Oportunidade de reduzir a dependência em relação ao mercado interno, aumentar a produtividade e a inovação, diversificar produtos e, consequentemente, obter mais lucro; • Posicionamento da marca deixa a empresa em uma posição de destaque no mercado e na mente dos consumidores. Isso faz toda a diferença nos resultados do negócio; • “Oceano Azul – exploração de mercados consumidores ainda pouco aproveitados prevendo sazonalidades e suprir a baixa demanda de um país com o aumento no volume de vendas em outro; • Acesso a profissionais estrangeiros com competências e habilidades diferenciadas, muitas vezes, não encontradas em colaboradores nacionais; • Aumento da receita, vendas não ficam limitadas ao mercado nacional ampliando a base de clientes, ainda mais relevante para setores que enfrentam a saturação do mercado interno; • Baratear o custo de produção e se beneficiar com a redução da carga tributária oferecida pelos países que vão receber a mercadoria; • Enquadrar os produtos e serviços às exigências internacionais. Para participar desse mercado glocal, por onde devo começar? Faço algumas indicações abaixo para quem deseja trilhar esse caminho. • Estude o mercado internacional e sua empresa; • Entenda a legislação do país de destino; • Elabore uma estratégia e um plano de negócios; • Crie novas estratégias para a empresa como um todo; • Crie estratégias de marketing internacional; • Prepare o produto e marketing para a internacionalização; • Elabore um planejamento financeiro específico; • Invista na Global Mobility. *Rainier Michael é cônsul da Eslovênia e presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid)

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“As possibilidades de viver numa cidade e trabalhar noutra nunca foram tão grandes”

Quem há algum tempo pensaria em trabalhar para uma empresa de Manaus ou de Porto Alegre sem sair do Recife ou de Caruaru? Com a pandemia se tornou normal trabalhar em home office tanto para uma empresa da mesma cidade, como dos extremos do País e até de outras nações. Essa experiência de seguir em Pernambuco e integrar o quadro profissional de uma empresa do exterior foi o tema da matéria de capa da edição 187.4 da Revista Algomais. Um dos especialistas entrevistados foi o consultor e sócio da TGI, Fábio Menezes. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Rafael Dantas, ele fala sobre os desafios e os caminhos para quem almeja participar desse mercado global. Há pouco tempo se falava sobre a fuga de cérebros, em relação aos brasileiros que deixavam o País para trabalhar no exterior. Hoje, com o cenário pandêmico e o avanço do trabalho remoto, qual o cenário desse mercado de trabalho global? O trabalho remoto muda o modelo de funcionamento, mas a inteligência continua sendo exportada quando um profissional presta serviço para uma empresa no exterior, mesmo que fisicamente continue na sua terra natal. A imposição do trabalho remoto por conta da pandemia fez com que muitos modelos fossem repensados. O que antes era entendido como fundamental, como por exemplo a presença física para a realização de alguns trabalhos, reuniões, tarefas, hoje não necessariamente é assim. As organizações descobriram que poderiam funcionar de outra forma, inclusive com mais eficiência. Em algumas situações, a distância física era impeditiva para realização de trabalhos dentro do próprio país, hoje vivemos a experiência do trabalho remoto dentro da mesma cidade e vimos que funciona, pelo menos em boa parte dos casos. Existem experiências de profissionais que estão no Brasil trabalhando para empresas de fora do país, como também o inverso, profissionais no exterior prestando serviço para empresas locais. Esse intercâmbio também é influenciado pela dificuldade de encontrar mão de obra especializada e, com a experiência ampliada do trabalho remoto imposta pela pandemia, a tendência é que a oferta de trabalho global seja estimulada. As fronteiras foram reduzidas. Com o dólar e euro em alta e diante da escassez global de alguns tipos de profissionais, a atratividade para os pernambucanos trabalharem em empresas de outros países aumentou? Como construir uma carreira que vislumbre essa possibilidade de ter clientes internacionais ou mesmo trabalhar remotamente para uma empresa do exterior? Sem dúvida o câmbio é muito atrativo para quem está no Brasil e presta serviço em dólar ou euro. Em algumas áreas, por exemplo a TI, e em especial desenvolvedores de softwares, que é uma área tradicionalmente forte em Pernambuco, alguns profissionais têm muito foco no exterior e praticamente não trabalham mais com empresas locais, mesmo morando no Recife. Uma estratégia utilizada por esses profissionais é o intercâmbio e networking global, por exemplo com a participação em eventos internacionais, realização de cursos e publicação de trabalhos no exterior, iniciativas para chamar atenção dos possíveis contratantes e viabilizar os trabalhos. As demandas das empresas de fora são atrativas não apenas pela remuneração em dólar ou euro, mas também pela satisfação em trabalhar com multinacionais de referência global. Qual o tipo e perfil de profissional que está em alta nesse mercado global? A globalização da economia faz com que o padrão de qualidade dos serviços e produtos tenda a ser, cada vez mais, internacional. Desta forma, quem trabalha em Pernambuco precisa considerar o padrão global. Naturalmente, na maior parte dos casos o domínio da língua inglesa é um ponto chave e estamos ainda impressionantemente distantes desse conhecimento de forma ampla na sociedade. Empresas locais identificam oportunidades de negócios no exterior, mas têm dificuldade de contratar profissionais fluentes em inglês. Trabalhar para empresas de outros países implica não apenas em produzir num padrão global, mas em lidar muitas vezes com culturas diferentes. Os profissionais que têm interesse em trabalhar para empresas no exterior devem estar abertos ao conhecimento de outras realidades e, sobretudo, ter disposição e capacidade de adaptação. Quais as oportunidades e ameaças que você observa para os profissionais e empresas locais diante desse novo campo profissional global que se abre com o trabalho remoto nesse contexto internacional ou ao menos interestadual? A tendência é de crescimento da concorrência entre os profissionais. Ainda que o câmbio atual não seja tão favorável para a contratação de mão de obra no exterior por empresas locais, dentro do próprio país a expansão da experiência com o trabalho remoto viabiliza a contratação de profissionais que não estejam necessariamente na mesma cidade da sede da organização. Quanto mais o mercado se abre, maior a tendência de elevação do padrão de qualidade e, portanto, da exigência de qualificação dos profissionais e das empresas. Se um profissional vai trabalhar para ou no exterior ou localmente é sua estratégia que deve definir, o que é básico deve ser o padrão de excelência das entregas. Temos percebido também o movimento migratório de alguns profissionais e empresários pernambucanos para viver no exterior, sem se desligar da operação dos seus negócios e empresas consolidados por aqui. Essa é uma tendência? Quais as vantagens dessa modalidade para as pessoas que tem o desejo de se mudar ou viver uma experiência temporária em outra cidade ou mesmo país? Para quem passou aproximadamente um ano e meio administrando seus negócios remotamente é compreensível considerar que pode ser viável manter o formato morando no exterior. No entanto, é um projeto que precisa ser concebido e implantado com todo cuidado. Ainda que a experiência com o trabalho remoto tenha sido surpreendente para algumas empresas (ganho de eficiência, maior produtividade, redução de custos, maior satisfação e qualidade de vida da equipe…), entendo que precisamos de mais tempo para analisar o formato com mais segurança. Passamos um bom tempo em isolamento, e num período dramático, isso é diferente de home office. A produtividade da equipe precisa ser acompanhada em “vida normal”, não em isolamento. Além disso, cada negócio tem sua dinâmica própria, depende da natureza do segmento, do padrão de desenvolvimento do seu

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