Arquivos Colunistas - Página 261 De 308 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Novo governo e breve lua de mel

No lançamento da Agenda 2019, na última segunda-feira de novembro (ver matéria de capa desta edição), tive a oportunidade de destacar que, diferentemente dos seus antecessores (FHC, Lula e Dilma), Bolsonaro terá um período de “lua de mel” (boa vontade) bem mais curto por conta da falta de paciência geral que se ampliou muito desde as chamadas “jornadas de 2013”, quando milhões de pessoas foram às ruas exigir serviços públicos “padrão Fifa”. Apesar de Bolsonaro ser uma espécie de segunda “cria” dessas jornadas (a primeira foi o impeachment), a forma como se deu a reta final da eleição, com a radicalização dos extremos políticos (#elenão! e #eletambémnão!) contribui para reduzir muito o horizonte de tempo que o novo governo terá para dizer a que veio. Afinal, com não um ou não o outro, a maioria dos eleitores terminou votando mais “contra” um dos dois do que “a favor” de alguém... A estimativa que faço, com base nos meus quase 40 anos de “janela”, observando a vida política e econômica nacional, é de seis meses. Se até o final do primeiro semestre o governo não conseguir endereçar o fim do déficit público, vão começar a aparecer, de forma crescente, os problemas e as contradições da coalizão vencedora porque a pauta moral e de costumes com a qual o presidente foi eleito não consegue aglutinar a convergência necessária para permitir um governo duradouro. O único fator que pode criar uma boa vontade geral é a retomada do crescimento sustentado da economia. E isso só será possível com o equacionamento do grave problema fiscal herdado do governo Dilma. Sem sinalizar claramente que está disposto a estancar o déficit público e, com isso, frear o crescimento da dívida pública, os agentes econômicos não se sentirão seguros para consumir e investir. Sem consumo e investimento não há crescimento econômico que se sustente... E a bola da vez para essa sinalização clara do compromisso com o equacionamento da crise fiscal é a Reforma da Previdência, não só em relação à União mas também aos estados e municípios. Sem ela, a sociedade não terá confiança na capacidade do governo revolver o que precisa ser resolvido. Agora, com ela, o governo não só se consolida como por certo se reelege e, provavelmente, faz o sucessor porque, então, devemos ter uma década de crescimento como ocorreu quando Lula assumiu pela primeira vez. As condições estão dadas!

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Gente & Negócios: Investimentos, diplomacia e inovações para o Natal

A coluna de hoje destaca o novo financiamento da Sterlite Power junto ao BNB para um projeto em Arcoverde, a visita oficial do Iperid à cônsul geral da China e o anúncio do novo presidente da Estácio, Eduardo Parente.  Com a proximidade do Natal, destacamos ainda novidades focadas no período na Sr. Pallet e na RM. Rui Chammas, CEO da Sterlite Power no Brasil, fala dos investimentos em Arcoverde A Sterlite Power assinou um contrato de financiamento com o Banco do Nordeste para o projeto Arcoverde, que tem como finalidade expandir o atendimento ao Agreste com a construção de 129 km de linhas de transmissão e de duas subestações.  O contrato garante a sustentabilidade do projeto no longo prazo, que já está em fase avançada de obras. O projeto tem estimativa de gerar mais de 400 postos de trabalho, impactando os municípios de Arcoverde, Buíque, Caetés, Capoeiras, Garanhuns, Jucati, Paranatama, Pedra, Pesqueiras, São João e Venturosa. Arcoverde é uma das nove concessões que a companhia conquistou desde sua chegada ao mercado brasileiro e tem um investimento regulatório previsto de aproximadamente R$ 164 milhões e uma Receita Anual Permitida de referência (RAP) de R$ 24.6 milhões. “As torres já estão sendo erguidas e temos uma série de outras torres sendo montadas. Nossa previsão é que essa obra tenha uma antecipação importante em relação ao prazo original, dado os avanços que temos conseguido, e reforça nosso principal propósito que é empoderar a humanidade enfrentando os maiores desafios no acesso à energia”, disse Rui Chammas, CEO Brasil da companhia. . Diretores do Iperid fazem visita à cônsul da China O presidente do Iperid, Rainier Michael, e o vice-presidente, Thales Castro, fizeram uma visita oficial à cônsul geral da China Yan Yuqing. A conversa foi sobre diplomacia comercial e cooperação acadêmica com universidades chinesas. De acordo com Rainier, o Nordeste e a China estão construindo uma maior parceria estratégica. . Eduardo Parente é o novo presidente da Estácio Aos 47 anos, Eduardo Parente vem da mineradora Vale, onde era diretor de projetos especiais. Parente tem uma década de experiência como CEO de grandes empresas que ajudou a transformar. Foi presidente da MRS, maior ferrovia de carga do País, da Prumo Logística e da Companhia Siderúrgica do Pecém.  "Fico honrado pela oportunidade de liderar uma empresa que transforma as vidas de mais de 500 mil estudantes em todas as regiões do Brasil", diz Parente. "Vamos trabalhar intensamente para consolidar as conquistas e seguir melhorando a experiência dos nossos alunos. É isso que sustentará a nossa competitividade ao longo do tempo." Formado em engenharia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, Eduardo Parente fez mestrado em administração de empresas na New York University (NYU). . Nara Castro e Abelardo Lima, da Sr. Pallet, lançam novidades para o Natal A Sr. Pallet – loja virtual já com pontos físicos de vendas em espaços colaborativos – elaborou novos móveis e produtos de decoração com foco no período natalino. A empresa lançou no seu showroom um espaço exclusivo para os presentes de Natal, que podem ser adquiridos a partir de R$ 32. A entrega personalizada é possível também no ambiente online, via redes sociais, e os presentes já chegam embalados e com cartão. De acordo com Nara Castro, uma das sócias do negócio, foram pensadas diversas novidades para o período natalino e de fim de ano, tudo para agradar aos clientes. “Acima de 10 presentes, ou compras acima de R$ 200, não vamos cobrar frete para os bairros da Zona Norte, para a Boa Vista, o Derby e o Bairro do Recife. Criamos facilidades que atraem as pessoas nestes períodos festivos do ano”, explica. A Sr. Pallet, marca de móveis e objetos de decoração feitos de madeira, surgiu para dar novos significados ao uso desse material, utilizando sempre a de reflorestamento e reaproveitamento. “Além de móveis, desenvolvemos objetos de decoração como luminárias, espelhos, floreiras e mensagens na madeira, com conteúdo humorístico ou regional. São itens bons de dar como presente, pelo custo e pelo cuidado que as peças apresentam”, conta Nara Castro. Outra novidade pensada para o período foi o chamado “Sr. Valle”, um cartão-presente reutilizável. O cartão abre margem para um novo tipo de negócio, aquele típico deste período do ano, a de presentear e procurar presentes para dar às pessoas queridas. Há cartões nos valores de R$ 60, R$ 100 e R$ 150 para trocar por produtos da Sr. Pallet. . Marco Ferreira, da RM, lança linha de cestas de final de ano O Natal de 2019 chega com os já tradicionais baús, cestas e kits natalinos. Marco Ferreira lança nas suas lojas RM Express (Boa Viagem, Madalena, Santo Amaro e Caruaru) opções para todos os gostos e bolsos. A opção mais completa, o Baú Platinum tem 53 itens, entre bebidas, petiscos, doces e queijos. Já o Baú Diamante tem 49 produtos, nos mesmos segmentos; o Baú Ouro, 43; o Baú Prata, 11; o Baú Bronze, 8; e os baús Rubi, com um vinho e taças. Compõem os baús whisky escocês, vodka polonesa, vinhos portugueses e espanhóis, licor francês e azeite tunisiano, além de uma variedade de queijos, massas, pães, doces e salgados. Mais baratas, as cestas e os kits de Natal incluem os mesmos produtos, com opções que vão desde 43 até 6 itens. Os conjuntos vão de R$ 57,50 a R$ 2.525,90. A expectativa é um crescimento na venda desses itens de até 7% em relação ao ano passado.     VEJA TAMBÉM   GENTE & NEGÓCIOS - 11 de dezembro de 2018   Bugan lança serviços de hospedagem ao público feminino A partir deste mês, o Bugan hotel by Atlantica Recife, em Boa Viagem, passa a oferecer suítes exclusivamente femininas a quem viaja a negócios ou a lazer. Ao todo são quatro apartamentos de luxo que receberam um toque especial na decoração do ambiente. Há também um enxoval com cores diferenciadas para cama, banho, roupão feminino e pantufa. Nos quartos, são disponibilizados diversos itens que elas podem precisar de última hora como secador de cabelo e

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Engenho do Meio, o que sumiu no tempo

Arruando por terras do primitivo Engenho do Meio (Século 16) ingressamos no Campus da Universidade Federal de Pernambuco, criada em 20 de junho de 1946, onde se localizam os principais centros de ensino e pesquisa. Parte da área do antigo Engenho do Meio fora adquirida em 1949 pelo então reitor da Universidade do Recife Joaquim Amazonas (1879-1959) aos irmãos Antônio Luiz e Ricardo Lacerda Brennand, proprietários da Usina São João da Várzea, dando início à implantação da Cidade Universitária. A tarefa de planejamento e construção dos prédios da universidade fora entregue à equipe dirigida pelo professor italiano Mário Russo (1917-1996), que contou com o auxílio dos arquitetos Everaldo Gadelha, Heitor Maia Neto, Maurício Castro e Severino Vieira Leão. O que poucos têm conhecimento é que, dentro da área do campus universitário, existe em nossos dias uma comunidade denominada de Arruado do Engenho Velho sobrevivente do primitivo engenho de João Fernandes Vieira (c.1613-1681). As terras do primitivo Engenho do Meio, situavam-se à margem direita do Rio Capibaribe, estando hoje ocupada pelas comunidades do Engenho do Meio, Torrões, Roda de Fogo e Cidade Universitária. Dos primitivos começos preserva-se, na atual Estrada do Forte, as ruínas do Arraial Novo do Bom Jesus (1645), bastião de vital importância nas guerras de expulsão dos holandeses (1645-1654). Por causa do falecimento de João Fernandes Vieira, em 1681, essas terras passaram a pertencer à sua mulher, dona Maria César, que continuou residindo na casa grande do engenho, existente até o final da década de 1940 quando se transformou em ruínas com o início das obras do novo campus universitário. Naquela casa grande ocorreram as reuniões que deram origem ao movimento revolucionário denominado de Insurreição Pernambucana (1645) que veio proclamar João Fernandes Vieira chefe supremo da Revolução e governador da Guerra da Liberdade e da Restauração de Pernambuco. Pela incúria e desinteresse dos responsáveis pelo projeto do novo campus universitário, a primitiva casa grande veio ruir constituindo-se em prejuízo irremediável para o nosso patrimônio histórico-cultural. De modo a marcar a primitiva sede do Engenho do Meio, às margens do riacho Cavoco, foi erguida a estátua pedestre de João Fernandes Vieira, moldada em bronze pelo artista Bibiano Silva, assinalada por uma placa: O Governador das Liberdades, 1645-1654. Neste local existiu a casa de João Fernandes Vieira, onde a 13 de junho de 1645 os restauradores declararam guerra aos holandeses que ocuparam este país. *Por Leonardo Dantas Silva

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O grande, enorme, Jairo Lima (por Joca Souza Leão)

Jairo Lima foi meu amigo. Grande, enorme. Por mais de 40 anos. Jairo foi o cara mais inteligente, culto, criativo, ético, bom caráter, generoso e altruísta que conheci. Não tinha invejas. Nem grandes nem pequenas. De nada. Nem de ninguém. Tinha ouvido absoluto. E uma memória monumental. Jairo Gonçalves Lima. Sertanejo de Arcoverde, 73 anos. Morreu em casa, na Torre, no último domingo de outubro. Poeta, escritor, dramaturgo, ensaísta, crítico, pensador, musicólogo e redator de propaganda. Jairo Lima não foi mais porque não quis. Não fez fama e dinheiro porque não quis. Isso. Não quis. Ao longo da vida, escreveu, leu, viu e ouviu tudo que quis. “Cuidado pra não derrapar” – recomendava ele, citando um barbeiro de Arcoverde (ou de Triunfo?) metido a filólogo e crítico literário. A recomendação valia para qualquer texto, de qualquer autor. Vale, pois, para este texto aqui, que tento (a duras penas) escrever. Imagino-lhe dizendo: “Cuidado pra não derrapar, Joca”. Ou seja, cuidado pra não cair no piegas, no sentimentaloide, adjetivoso. É prudente, caro leitor, leitora, não escrever sobre amigo morto há pouco. O risco de derrapagem é grande. E em pista molhada, então, nem se fala. Volto, pois, à pista seca, a caminho do sertão. O intelectual erudito Jairo Lima era também um conversador de papo afiado, bem-humorado, bom bebedor, guloso, fumante e contador de histórias, na melhor tradição sertaneja e nordestina. Seu Crispim era um dos personagens preferidos da infância. “Estúdio Fotográfico Crispim. O melhor de Arcoverde” – como anunciava a placa na fachada da casa de porta e janela. No estúdio, cenários pintados com temas acadêmicos, românticos, religiosos e artísticos. Ao gosto do freguês. Ou para ambientar o tema da foto. Casamento, formatura, batizado, posteridade... Tudo pronto. Câmera no tripé, foco e flash conferidos, pano preto (que cobria até a cabeça do fotógrafo) para a luz ambiente não queimar o filme antes do tempo, e Seu Crispim perguntava ao freguês por perguntar, pois já ia dando as instruções, antes mesmo de ouvir a resposta: “É foto para documento ou é foto para a eternidade? Se for para documento, olhe pra’qui, pra lente da câmera; se for para a eternidade, olhe pr’aquele prego ali, no alto da parede.” – Olhe para o prego na parede, Jairo Lima! – Eu não! Eterno é Dante. Eterno é Bach.

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CAM Bem-Estar lota Teatro RioMar

CAM Bem-Estar lota Teatro Riomar A realização do CAM Bem-estar ontem (12/12) lotou o Teatro RioMar com um público interessado nas informações sobre qualidade de vida dos importantes palestrantes que abordaram temas estruturados em quatro pilates: alimentação; atividade física; equilíbrio emocional e o sono. Realizado pela Revista Algomais e Rádio CBN, o evento teve como um dos pontos altos a apresentação do educador físico Marcio Atalla. Além de dar dicas sobre atividade física, ele mostrou os resultados do projeto Vida de Saúde, que conseguiu fazer com que 40% da população da cidade de Jaguariúna (SP) melhorasse sua qualidade de vida. Outro destaque foi a apresentação de Renata Nascimento, diretora do Tulasi Mercado Orgânico, que abordou como a opção por produtos sem agrotóxicos é fundamental para a preservação do meio ambiente. Ela mostrou como a produção de orgânicos pode ser realizada em grande escala ao mostrar o case do proprietário da Fazenda da Toca, Pedro Paulo Diniz. Renata emocionou a plateia quando chamou para subirem ao palco agricultores familiares que o Tulasi auxilia a produzir no sistema de agrofloresta. As dicas de como manter um ono de qualidade do médico Sávio Cardoso foi outro ponto alto do evento. Ele surpreendeu o público ao informar que celulares e demais aparelhos eletrônicos podem impedir as pessoas a dormirem bem. Já o psicólogo Francisco da Costa apresentou dicas importantes para aliviar o estresse vivido por moradores dos grandes centros urbanos. E para os que pensavam ser difícil manter uma alimentação saudável, a nutricionista Virgínia Campos mostrou, de forma prática, como é possível se alimentar com “comida de verdade” no agitado cotidiano das cidades. Um diferencial do evento foi a apresentação dos resultados do projeto CAM 60 dias, onde quatro participantes encararam o desafio de melhorar a qualidade de vida num período de dois meses, a partir da alimentação, da atividade física, do equilíbrio emocional e do sono. Aline Aquino, Ione Danielle, André Maia e Carlos André mostraram que têm garra e alcançaram os objetivos propostos. Patrocinado pelo Mercado Tulasi, com apoio do Riomar, Hotéis Pernambuco, Luck Viagens e Pharmapele e apoio de mídia da Rede Globo, o CAM Bem-Estar integra o projeto CAM Cidades Algomais, que tem propósito em debater soluções sobre os principais problemas dos grandes centros urbanos do País. “O evento foi um sucesso, que atraiu um grande público e tenho certeza que atingimos o nosso objetivo de inspirar as pessoas residentes nas cidades a cuidarem da sua qualidade de vida”, comemora Mariana de Melo, sócia da Algomais e coordenadora do CAM Bem-Estar. Veja a cobertura completa do evento na edição de janeiro da Revista Algomais e conteúdo das palestras na edição de fevereiro da Algomais Saúde.

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Diplomacia: cônsul da Malásia visita a ACP

O Cônsul representante da Comissão de Negócios da Embaixada da Malásia, Radihisham Ismail, esteve ontem na Associação Comercial de Pernambuco, onde foi recebido pelo diretor da ACP e presidente do Iperid, Rainier Michael, representando o presidente Luiz Alberto Carneiro. No encontro participaram Frederico Cavalcanti Petribú Vilaça, presidente da Usina Sao José Agroindustrial e o engenheiro da empresa Lucas Brito Leal; o consultor João Canto, fellow do Iperid; e Thales Castro, membro do conselho da ACP e Presidente da Sociedade Consular de Pernambuco. Julio Barbosa, Oficial de marketing da Embaixada e a esposa do cônsul, Sra. Tengku Noor Amalia Tengku Mansoor, também estiveram na visita ao Estado. O diplomata assistiu apresentações sobre o cenário econômico de Pernambuco e acerca das perspectivas nas relações internacionais e declarou o interesse do País asiático em firmar parcerias com empresários em Pernambuco. Enfatizou que junto com São Paulo, Espirito Santo, Pernambuco é um estado estratégico para a Malásia. A estadia dele no Estado tem motivação de conhecer as oportunidades de intercâmbio comercial. Radihisham Ismail esteve também na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec-PE), onde foi recebido pelos secretários executivos Luiz Cardoso Ayres Filho (Energia) e Antonio Carlos (Políticas de Desenvolvimento), e visitou o Complexo de Suape.

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Crítica| Aquaman

Aquaman se tornou, nos últimos anos, motivo de piada entre fãs da cultura pop. Séries animadas e até o sitcom nerd, The Big Bang Theory, não deixaram de tirar sua “casquinha”. Mas a era das gracinhas parece ter chegado ao fim com a estreia do filme solo do Rei dos Mares. Dirigido pelo especialista em filmes de terror, James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal), Aquaman marca uma nova fase da DC Comics no cinema. A história começa pouco antes do nascimento de Aquaman e conta como seus pais se conheceram, um faroleiro, Tom Curry (Temuera Morrison), e a rainha do mar, Atlanna (Nicole Kindman). Já adulto e dividido entre a terra e o mar, Aquaman terá como missão tornar-se rei de Atlântida e enfrentar seu meio-irmão, o Rei Orm (Patrick Wilson), no intuito de evitar uma possível guerra entre os dois mundos. O tom sombrio das produções anteriores da DC deu lugar a um visual mais leve, em cenários que, de tão coloridos, lembram bastante um sucesso não muito antigo da concorrente Marvel, Thor: Ragnarok. As cores se destacam também no belo figurino do longa, elaborado por Kym Barrett e Nicanor Mendoza III. Barrett trabalhou em filmes como O Espetacular Homem-Aranha (2012) e na trilogia Matrix.   Ainda comparando Marvel a DC, do mesmo jeito que Hugh Jackman encontrou um personagem perfeito ao seu perfil, com Wolverine, parece que Jason Momoa também conseguiu o feito ao encarnar Aquaman. Na pele do ator havaiano, o herói é um misto de força, truculência e bom humor. A produção conseguiu reunir um elenco bem eclético, com a presença de grandes nomes do cinema mundial como a já citada Nicole Kindman e até de um conhecido astro dos filmes de ação, Dolph Lundgren. O ator sueco interpreta o Rei Nereus, um dos antagonistas da história. Completam o cast Willem Dafoe, no papel de Nuidis Vulko, uma espécie de mentor do Aquaman e a estonteante Amber Heard, que encarna Mera, a princesa guerreira de Atlantis, par romântico do protagonista e parceira na cenas de ação e alívio cômico. Aquaman tem um início empolgante, com boas cenas de ação, como a de Atlanna enfrentando os soldados de Atlantis logo no primeiro ato. Mas o uso excessivo da câmera lenta e até compulsivo de planos-sequência entediam e tiram um pouco do brilho de algumas dessas cenas. É como se James Wan quisesse revisitar um de seus sucessos, o Velozes e Furiosos 7.     Aquaman traz às telas uma louvável mensagem, mais até que grandes cenas de ação. Ao lutar para unir os dois reinos, terra e mar, o herói aquático, por ser mestiço, enfrenta mais que guerreiros de Atlantis, combate a intolerância e o preconceito, infelizmente, tão presentes em nosso tempo.

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Caju, o sabor brasileiro - Por Raul Lody

O Brasil ainda revela seus imaginários de um paraíso tropical, certamente em virtude das chamadas belezas naturais, reunindo diversos ecossistemas, incluindo-se amplo litoral, montanhas, florestas, vales, áreas alagadas como o pantanal, o cerrado, bacias hidrográficas magníficas como a da Amazônia, rios quase continentais como o São Francisco, enfim cenários privilegiados de flora, fauna e também de diferenciada ocupação humana, de cultura e de interpretações dessa diversidade que identifica e marca o país. Entre os muitos símbolos desse Brasil tropical, de natureza variada e generosa estão as frutas. Frutas carnudas, coloridas, saborosas, de odores e de gostos especialíssimos. Muitas frutas chegaram pela mão do colono português, introduzindo a manga, a jaca, a fruta-pão, a banana, todas originárias do Oriente, contudo as frutas da terra, nativas são muitas e de ocorrência nacional e assim destaco o nosso tão conhecido e celebrado caju. A exuberância e variedade de formas, de estéticas ecológicas, sempre marcam as nossas frutas, diga-se: frutas do mundo aqui nacionalizadas e tantas outras nativas, da terra, que juntas constituem esse rico acervo de cheiros e paladares que fizeram com que os viajantes, homens de arte e de ciência que vieram de diferentes partes da Europa para conhecer, documentar e revelar para o mundo essas terras tão exóticas, diferentes, de um Brasil tropical, pudessem exercer diferentes formas de documentação. Entre tantos viajantes artistas destaco Albert Eckhout, pintor que chegou ao Brasil, Pernambuco, por convite de Mauricio de Nassau, 1637/1644. Eckhout, nasceu em Groningen, Holanda, 1610 e integrou a corte de Mauricio de Nassau, convivendo com outro pintor Frans Janz Post. O trabalho visual, pinturas, de Eckhout ganha excepcional valor documentalista, registrando pessoas, tipos de características étnicas bem definidas e principalmente elementos de uma natureza muito colorida, diferente, marcada por frutas, árvores, flores, animais e cenários de uma exuberante natureza. No caso destaco uma das pinturas mais conhecidas de Eckhout chamada Mameluca, onde vê-se exímio trabalho de desenho botânico de cajueiro e seus frutos. A obra de Eckhout encontra-se no Museu de Copenhague, 1641, ofertada por Mauricio de Nassau ao rei da Dinamarca, Frederico III. A pintura Mameluca, retrata um tipo étnico, mistura de elementos raciais entre o branco, no caso o português, e o ameríndio, o nativo do Brasil. Em descrição detalhada da pintura de Eckhout, temos a seguinte análise: “(...) Ainda em plano próximo salienta-se uma árvore, um cajueiro (Anacardium Occidentale L.) abundantemente frutificado e com os cajus em diferentes estados de maturação (...).”1 O interesse em retratar o caju em um conjunto de onze telas, destaca a ocorrência e o significado da fruta para a região Nordeste, para ampla área da costa brasileira. A fruta de muitos usos O cajueiro é uma árvore celebrada e está no variado imaginário tradicional e popular brasileiro. Além do consumo da fruta in natura e muitos outros aproveitamentos da culinária enquanto doce, vinho, castanha assada que é muito apreciada e consumida como acompanhamento de bebidas ou na receita de bolos como o pé-de-moleque, um prato que integra a mesa festiva do ciclo junino é alimento diário de muitos brasileiros. Além das formas doces: em calda, como passa destacando o açúcar da fruta, a tão celebrada passa de caju, um quase símbolo do Ceará está ainda em pratos salgados, destacando-se a famosa moqueca de maturi. As bebidas feitas de caju também ampliam possibilidades gastronômicas e comerciais. Inicialmente a tão conhecida cajuada – suco de caju, excelente bebida refrescante e muito saudável. Ainda de maneira industrial a cajuína e o vinho de caju, além do licor e outras criações próprias da dinâmica inventiva das cozinhas A estética do caju e do cajueiro. A forte presença do caju no imaginário brasileiro ocorre em diferentes técnicas artesanais, retratando a fruta como tema principal ou compondo cenas regionais presentes no nosso artesanato/arte popular. Na xilogravura, o caju é um componente que centraliza muitas obras, ocorrendo ainda de maneira alegórica. Há uma referência dominante sobre o caju enquanto símbolo do trópico, do sol, das cores fortes e quentes e assim é interpretado e incluído em vasta produção dos gravadores populares. Entalhes de madeira, pinturas sobre tecido, bordados, pinturas em material cerâmico, sobre outras superfícies, pinturas sobre papel e tela entre muitas outras técnicas revelam a inventiva tradicional e contemporânea de mostrar o caju e sua trajetória, unindo o valor da fruta telúrica e demais temas que identificam a natureza brasileira, o cotidiano, a festa, o homem regional. Também nas tradições orais, na literatura, nas cantigas o caju é um tema muito ocorrente, fazendo diferentes autores louvar e relacionar a fruta com estéticas que revelam o Nordeste interpretando o homem do litoral, o ciclo das colheitas em um tempo em que os cajueiros chegam com suas flores bancas e dão frutas coloridas, exalando odores, anunciando sabores e preferências do brasileiro. Como o coqueiro (cocos nucifera L.) para o Oriental, notadamente o indiano, o cajueiro seria o mesmo para o brasileiro, representando se houvesse uma árvore símbolo do paraíso em virtude das inúmeras possibilidades do seu aproveitamento para a vida do homem. O cajueiro é uma árvore de múltiplos usos, sendo para o nativo, o da terra, uma espécie botânica que alimenta, que produz remédios, cuja madeira é empregada para a construção de embarcações, especialmente a jangada, além de representar no imaginário popular uma das plantas mais queridas do Nordeste. Assim, estabelecem-se profundas relações entre o brasileiro e o cajueiro, tendo na fruta uma forte referência de cultura. Pois o homem, esse eterno tradutor do meio ambiente, usa e dá significados aos inúmeros elementos da vida natural e assim vai representando os seus entornos e se representando, construindo identidades.

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Time da In Loco comemora Prêmio Caboré, o Oscar da publicidade brasileira

A empresa pernambucana In Loco, uma das gigantes do Porto Digital, recebeu ontem em uma cerimônia de gala na cidade de São Paulo, a honraria máxima da publicidade no Brasil: venceu o Caboré 2018 da categoria Serviço de Marketing. A premiação é uma iniciativa do Meio & Mensagem, publicação que lidera o segmento de publicidade e marketing no Brasil. “É uma grande honra para a In Loco, uma empresa de tecnologia brasileira que nasceu nos corredores da universidade, receber o maior reconhecimento da publicidade do Brasil. Gostaria de agradecer ao nosso time, parceiros e amigos que nos ajudaram até aqui”, declara André Ferraz, CEO e cofundador da In Loco. O Caboré é considerado o maior prêmio da propaganda brasileira e consagra os principais profissionais e empresas que contribuem para o desenvolvimento da indústria da comunicação no Brasil.

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Diagnósticos do Brasil faz investimento em Pernambuco

A Diagnósticos do Brasil inaugura amanhã (29) sua primeira unidade em Recife. A empresa está realizando em todo o País o investimento na ordem de R$ 50 milhões em ampliações e instalação novas unidades. "A escolha por Recife foi feita com base na localização estratégica numa região central do Nordeste. Hub das companhias aéreas, fácil acesso às rotas terrestres de outras capitais e cidades importantes que possuem grande volume de exames”, comenta o diretor geral do grupo, Antonio Fabron. Com a nova unidade, o grupo contribui com mais de 100 novos empregos em Recife. Cerca de 80% dos colaboradores são profissionais da área de saúde, sendo técnicos, biólogos, biomédicos e farmacêuticos. “A expectativa é chegar a 150 até o final deste ano, e 200 até o final do primeiro semestre de 2019”, explica Fabron. A nova unidade técnica conta com aproximadamente 3.600m² e capacidade para realização de 5 milhões de exames por mês. O diretor comercial do grupo, Tobias Thabet Martins, explica que todo o planejamento foi realizado com base nas necessidades do cliente e da região. “A estrutura foi espelhada nos demais empreendimentos da marca e as regiões Norte e Nordeste serão as mais beneficiadas. Equipamentos de última geração possibilitam uma operação ininterrupta e com alto nível de automação, proporcionando maior agilidade na coleta de exames e na entrega dos resultados”. Os exames realizados em Recife serão os mesmos disponibilizados na Matriz do Diagnósticos do Brasil, localizada em São José dos Pinhais. “Nossa capacidade operacional é de 7 milhões de exames por mês. Com as ampliações nas outras sedes e com a nova unidade técnica de Recife, a expectativa é quebrar os recordes e alcançar os 15 milhões de exames processados por mês”, conta Martins. De acordo com Fabron, em 2019 a perspectiva da empresa é de crescer em torno dos 50% em faturamento. "Com a nova unidade, haverá uma redução de até 20 horas no transporte para exames realizados. Com isso, o Diagnósticos do Brasil terá um aumento significativo da demanda de exames que devem ser terceirizados de toda a região Norte e Nordeste para a unidade de Recife".

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