Arquivos Colunistas - Página 276 De 306 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

A transformação digital e o telefone

A transformação digital está mudando rapidamente o modo como usamos o telefone. Cada vez menos usamos o recurso de transmissão simultânea da voz de um ponto ao outro: a famosa ligação. A popularidade do Whatsapp e das mensagens diretas das redes sociais provam isso. Outro fato que comprova essa tendência é o quase desaparecimento dos telefones públicos e a grande diminuição da quantidade de telefones fixos residenciais. Essa mudança de comportamento vem também afetando fortemente as empresas. Se antes bastava oferecer o atendimento presencial e o conhecido 0800, os Serviços de Atendimento ao Cliente precisam mudar rapidamente. O cliente conectado não só demanda uma maior diversidade de canais como também vem preferindo o autoatendimento, aquele no qual não é necessária a interação diretamente com pessoas. Nesse sentido, algumas tendências devem ser consideradas: 1. Redes Sociais – Pelo grande tempo gasto nesses canais, o atendimento pelas redes sociais é um movimento quase que natural. Uma mensagem pelo Facebook ou pelo Instagram pode resolver problemas simples, como um esclarecimento de uma dúvida, uma consulta de preço, um pedido de uma pizza. Mais fácil para o cliente e bem mais barato para a empresa, que não precisa de um grande aparato tecnológico, como centrais telefônicas. 2. Chatbots – É um tipo de inteligência artificial que consegue interpretar mensagens de texto e dar a resposta que o cliente precisa sem intervenção humana. O mais famoso é o Watson, da IBM, que é capaz de reduzir call centers ao mínimo de atendentes. Os bancos, como Bradesco e Itaú, têm investido nesse tipo de tecnologia para as demandas mais recorrentes dos clientes. Os atendentes têm sido usados apenas em casos complexos. Melhora a qualidade do atendimento e reduz custo com pessoal. 3. IOT – É a internet das coisas, que permite que objetos se comuniquem e interajam diretamente com a internet. Nessa modalidade, o atendimento não exige nem a participação do cliente nem a do atendente. Ideal para detectar e antecipar demandas, tais como a reposição de itens da despensa das nossas casas, a indicação da oficina mais próxima e mais barata para revisão dos nossos carros, entre outras possibilidades.

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Igrejas de brancos, pretos e pardos

Na cidade de Goiana, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco, com 78.940 habitantes, situado a 62 km do Recife, o visitante observador vai encontrar novidades em sua caminhada, dentre as quais, igrejas destinadas ao culto de brancos, pretos e pardos, numa sucessão de oragos (santos) no mínimo curiosa para os nossos dias. No nosso roteiro, que irá se prolongar pelos próximos números da nossa revista, iremos conhecer os templos dedicados à Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos (Século 17), Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos (Século 17), Convento de Hospital de Nossa Senhora da Conceição dos Homens Pardos (Século 19) e o conjunto da Ordem Terceira e Convento Carmelita de Santo Alberto (Século 17). A primeira dessas igrejas é a Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, cuja denominação bem demonstra o sentimento de separação racial existente no Brasil colônia de então. Embora sendo uma pequena vila, Goiana possuía três irmandades distintas, classificadas conforme a coloração da pele dos respectivos irmãos. Ao descrever a Vila de Goiana, em observação datada de 20 de outubro de 1810, o viajante inglês Henry Koster observa ser esta “uma das mais florescentes de Pernambuco, estando situada sobre uma margem do rio do mesmo nome, em uma grande curva nesse local, quase a rodeando”. A paróquia de Nossa Senhora do Rosário fora fundada pelo Bispo do Brasil, dom Frei Antônio Barreiros, provavelmente quando de sua visita pastoral à capitania de Itamaracá no ano de 1584, a quem pertencia, então, a povoação de Goiana. Com a transferência da sede da capitania de Itamaracá, da Vila de Nossa Senhora da Conceição de Itamaracá, para a Vila de Goiana, em 7 de janeiro de 1711, surgiu a necessidade de se criar a Irmandade da Misericórdia, em substituição à extinta Santa Casa de Misericórdia de Vila Velha. A instalação daquela irmandade, porém, só veio a se concretizar em 1º de julho de 1722, funcionando inicialmente na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos. Anos mais tarde, terminadas as obras da igreja, os irmãos da Misericórdia resolvem construir, no mesmo local, um hospital destinado ao atendimento das pessoas pobres e sem recursos, tendo a bênção inaugural acontecido em 1759. O Hospital da Santa Casa de Misericórdia foi o primeiro erguido naquela Vila de Goiana e contava, na sua inauguração, com 20 leitos destinados a enfermos de ambos os sexos, tendo para isso solicitado ao rei de Portugal, “a extensão dos mesmos privilégios e favores de que gozavam as casas de Olinda e da Paraíba”, no que não tiveram a acolhida. Para essa igreja foram trazidos, em 1870, os restos mortais do mestre-de-campo André Vidal de Negreiros (1606-1680), que até então se encontravam na capelinha de Santo Antônio do Engenho Novo de Goiana. Estes, por sua vez, foram posteriormente transferidos para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, nos Montes Guararapes, onde hoje se encontram ao lado dos restos mortais do mestre-de-campo João Fernandes Vieira, figuras de maior representação no movimento da Insurreição Pernambucana (1645-1654), quando das guerras contra os holandeses.

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O risco político para a retomada econômica

Sim, é certo que a retomada econômica pós-recessão já se iniciou e que, em alguma medida, ela está descolada da crise política. Porém não de todo. Do ponto de vista econômico, existe ainda um importante obstáculo de ordem fiscal a ser removido no meio do caminho da retomada: um déficit orçamentário federal expressivo somado à necessidade de um superávit primário vultoso. Trata-se, no conjunto (um mais o outro), da necessidade de um ajuste fiscal de mais de R$ 300 bilhões, sem o qual o teto da dívida pública não se estabiliza e, por conseguinte, a credibilidade das contas nacionais perante o mercado e os credores (inclusive internacionais) fica comprometida, comprometendo, por sua vez, a retomada. Embora esse seja um obstáculo de natureza econômica, para ser removido requer ação de natureza política, o que confere grande importância ao resultado da próxima eleição presidencial. Se tivermos o azar de eleger um presidente populista que não esteja comprometido com esse ajuste fiscal essencial, vamos ver a partir de 2019, novamente, o filme da deterioração das contas públicas, junto com a retomada da inflação e a da subsequente recessão para baixá-la. Um déjà vu totalmente desnecessário. Um complicador para uma escolha sensata de alguém comprometido com a arrumação das contas públicas, sem a qual a retomada econômica será comprometida, é o clima de radicalismo que se instalou no Brasil nos últimos anos. Um verdadeiro Fla x Flu político, jogo em que os envolvidos se xingam, não se ouvem e todos perdem, o País muito mais... Nunca vi nada nem sequer parecido mesmo tendo entrado na faculdade em 1976, em plena ditadura militar. Fiz passeata e corri da polícia, mas assisti a muitos debates minimamente civilizados em que uma parte ouvia a outra. Discordava, mas ouvia. Hoje, a impressão que tenho é que ninguém mais ouve ninguém e cada um diz (e escreve!) o que lhe vem à cabeça, sem se preocupar minimamente com a manutenção das condições do diálogo... Neste ano que se inicia, de retomada da economia e de eleições presidenciais, faço votos que os ânimos se apaziguem um pouco mais e possamos ter um pleito o menos radicalizado possível, com a eleição de um presidente comprometido com o indispensável ajuste das contas públicas. Que assim seja! *Artigo do consultor Francisco Cunha, publicado na Última Página na edição de janeiro da Revista Algomais 

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A cidade e a nódoa (por Joca Souza Leão)

“O poema também é uma fruta, deve ter sabor e, se for o caso, deixar alguma nódoa. Alguns, como a nódoa do caju, que nunca sai. Uma marca” – disse o poeta Everardo Norões há quase dois anos, quando lançou seu livro Melhores Mangas. Em sua última entrevista, o poeta Manuel Bandeira citou trechos do seu Itinerário de Pasárgada: “Do Recife tenho quatro anos de existência consciente, mas ali está a raiz de toda a minha poesia. Quando comparo esses quatro anos de minha meninice a quaisquer outros quatro anos de minha vida é que vejo o vazio dos últimos.” Bandeira nasceu no Recife. Com dois anos, mudou-se com a família para o Rio. Voltou com seis e viveu aqui até os dez, quando foi de vez para o Rio. “Nesses quatro anos no Recife, construiu-se a minha mitologia.” Ou seja, os tipos por ele celebrados, muitos anos depois, na sua Evocação do Recife. Totônio Rodrigues, Dona Aninha Viegas, a preta Tomásia, Rosa, a ama-seca que lhe contou as primeiras histórias... “A Rua da União, com os quatro quarteirões adjacentes limitados pelas ruas da Aurora, da Saudade, Formosa (hoje, Av. Conde da Boa Vista, que de ‘formosa’ não tem rigorosamente mais nada; o comentário é meu) e Princesa Isabel.” Passados 30 anos, Bandeira voltou. “Este mês que acabo de passar no Recife me repôs inteiramente no amor a minha cidade” – escreveu ele, celebrando um reencontro e lamentando muitos desencontros. “Não pude reprimir o mau humor que me causava o desaparecimento do outro Recife, o Recife velho. (...) Quanta edificação em substituição às velhas casas de balcões, esses balcões tão bonitos, tão pitorescos (....). Um arquiteto inteligente aproveitaria esse detalhe tradicional bem característico do Recife.” O reencontro celebrado deu-se na Rua da União. As casas e sobrados da infância ainda estavam todos lá. Quis até hospedar-se na casa de Totônio Rodrigues, que virara pensão. (Infelizmente, poeta, o que resta, agora, é mau gosto e ruína.) Numa crônica já antiga, citei Italo Calvino: “A cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão.” A gente a ama e a considera nossa porque a tem na memória afetiva. Porque a reconhece. Porque lembra e sonha com ela. Ninguém ama o que (ou quem) não lembra. Nem sonha. Também citei Nelly Carvalho: “Breve, quem voltar ao Recife estará diante de uma cidade desconhecida.” E Luzilá Gonçalves: “Se a destruição continuar neste ritmo, esta cidade não parecerá mais com nada.” E Circe Monteiro: “Poucas cidades se autodestroem tão rapidamente quanto o Recife”. Volto ao poeta Everardo Norões (que foi embora do Recife para nunca mais voltar): “Há cidades que foram totalmente destruídas. Reconstruídas, voltaram a ser tão belas como antes. Para que isso aconteça é preciso um sentimento coletivo de pertencimento ao lugar, uma forma de amor à cidade, como se ela fosse nossa própria casa. Recife foi uma cidade belíssima, mas está degradada, apodrecida. (...). Aqui, as pessoas cuidam do que é exclusivamente seu, mas ignoram o que é coletivo, o que existe em torno delas.” Recife, pobre Recife. Fruta que, dia a dia, perde a forma e a cor. Caju que não deixa nódoa, não deixa marca, não deixa nada, perde o sabor.

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A importância dos Estaduais para os clubes intermediários (por Houldine Nascimento)

Em geral, a História costuma ser vista sob o ponto de vista dos vencedores. Este é um clichê muito propagado. No futebol, as coisas funcionam de forma parecida. Quando falamos dos campeonatos estaduais, a perspectiva é aquela dos clubes maiores, tratando apenas da baixa qualidade das competições e como são inúteis na preparação para disputas maiores, como Libertadores, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Mas é preciso enxergar o outro lado: o das equipes intermediárias. São nos estaduais que elas mais aparecem. É nesse tipo de campeonato em que têm a chance de enfrentar um grande adversário. No Pernambucano, os três clubes com os maiores orçamentos historicamente são Náutico, Santa Cruz e Sport, não por acaso do Recife, capital do Estado e com grande poder econômico em relação às demais cidades. O que ocorreu na última quarta-feira (17), em Arcoverde, quando o Sport visitou o Flamengo local, é um bom exemplo disso. Quase três mil pessoas foram ao estádio Áureo Bradley ver o jogo que terminou empatado por 0 a 0, mas o que mais chamou atenção foi a renda de R$ 173,5 mil. O valor já seria importante para o Rubro-negro do Recife, que dirá para a equipe sertaneja, com folha salarial de R$ 60 mil? Ao menos, cobrirá dois meses de despesas. Ter em mente que a maioria dos jogadores do futebol brasileiro trabalha em times modestos também ajuda. Os salários baixos e a incerteza sobre o pagamento rondam o cotidiano destes atletas. Além disso, nesses clubes, não há os holofotes direcionados o tempo todo. Por isso, quando enfrentam times de peso, veem uma bela oportunidade de se destacarem e eventualmente ter uma ascensão na carreira. Essa visão não exclui, evidentemente, a limitação técnica dos campeonatos estaduais. A média de público baixa é um reflexo disso. Aos clubes das grandes cidades, só interessam os clássicos e as fases decisivas. Quando um time do interior chega à reta final, é outra festa. Puxando novamente para Pernambuco, o cenário tem se repetido nos últimos anos, com o Salgueiro sendo a grande força do interior e o trio de ferro da capital avançando quase que por osmose. Mesmo com uma cota de tevê bem inferior ao Santa Cruz, por exemplo (110 mil x 950 mil), o Carcará consegue fazer frente e montar elencos competitivos, mais por esforço de seus dirigentes. É no Pernambucano que o Salgueiro enfrenta em pé de igualdade grandes clubes. O troféu nunca saiu do Recife e esse é um tabu a ser quebrado por uma equipe do interior. Por pouco o Salgueiro não conseguiu o feito no ano passado, não fosse a trapalhada do árbitro de vídeo.

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O Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano

Em 2011 fiz uma viagem onde tive a oportunidade de experimentar muitos estilos de cervejas. Alguns até então já tinha ouvido falar, mas a limitação de rótulos no Brasil era muito grande. Tínhamos uma escassa lista da bebida, com pouquíssimos estilos. Sempre tive predileção sobre bebidas fermentadas, mas a cerveja sempre fui disparadamente a minha preferida. Um tempo depois alguns espaços foram aberto em Recife, o Espaço Gourmet, na rua José Maria e a Beercode, um quiosque no Shopping Center Recife, e o Snaubar em Parnamirim onde tinha uma excelente carta de cervejas. Lojas e bar que infelizmente não existem mais, Comecei a frequentar com alguns amigos e com isso também praticamente “engoli” muita literatura que falava sobre cervejas e seu incrível universo. Posteriormente comecei a frequentar e ainda frequento o Capitão Taberna, um lugar icônico e um dos melhores ambientes para se degustar uma boa cerveja artesanal ou importada na cidade. Depois vieram alguns outros, como destaque para a Beerdock e o Apolo Beer Café. Alguns anos depois o mercado de cervejas artesanais em Pernambuco entrou em ebulição, com o surgimento de várias cervejarias. A princípio sendo envasados como chopp, depois em garrafas, mas o padrão da bebida evoluía para melhor. Em 2016, por sugestão de minha editora Cláudia Santos, comecei a escrever em uma coluna no site da Algomais e assim o espaço passou a ter uma boa aceitação dos leitores que se mostravam ávidos em conhecer um pouco mais sobre a bebida. Em 2017 tivemos a ideia de lançar em janeiro de 2018 uma publicação que falasse das cervejas artesanais pernambucanas, tendo em vista o papel da Algomais em apoiar o sentimento de pernambucanidade e de orgulho das coisas produzidas na nossa terra. Então, na última terça-feira, dia 23, na Beerdock de Boa Viagem a Algomais fez o lançamento do Guia do Cervejeiro Artesanal Pernambucano onde apresentamos a revista e o guia aos leitores e integrantes do mercado de cervejas artesanais de Pernambucano. Trata-se de uma publicação leve, introdutória e divertida sobre alguns assuntos básicos do universo cervejeiro. Na abertura do guia vem com uma matéria feita por Rafael Dantas que trata do panorama do mercado no Estado, onde foram ouvidas as principais cervejarias do setor e suas perspectivas de um mercado ainda inexplorado, mas que traça passadas largas para se consolidar rapidamente como o principal do Nordeste. Quando o guia se inicia, falamos do protagonismo de se produzir cervejas, quando trazido pelo príncipe Maurício de Nassau, o cervejeiro Dick Dicx, vindo da cidade Haarlem, na Holanda, criou a primeira cervejaria das Américas. Tratamos do que é na verdade cervejas artesanais, o que caracteriza uma cervejaria para ser assim chamada e quais processos se diferenciam em uma cadeia de grande produção e de uma produção mais “caseira”. Falamos também das famílias e estilos das cervejas, passando pela parte sensorial da experiência em degustar a bebida nos copos e taças corretos. E por fim um perfil das 15 principais cervejarias do Estado com um breve histórico e os estilos que cada uma dela produz. É uma oportunidade de aproveitar para conhecer as melhores cervejarias artesanais do mundo, todo pernambucano sabe que é assim. Boa leitura!

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Pesquisa: transporte público ineficiente e falta de estacionamento impactam varejo

Pesquisa recém-publicada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 52% das pessoas que possuem veículo já desistiram de alguma compra por não conseguir lugar para estacionar. O número não é nenhuma surpresa para qualquer motorista que transita diariamente por uma metrópole brasileira. Mas é um indicador de muito incômodo para o setor varejista. A pesquisa revelou que 57% dos brasileiros dão preferência a realizar compras onde há acesso adequado para pedestres, ciclistas e passageiros de transporte público. O estudo mapeou ainda que sete em cada dez (69%) pessoas motorizadas preferem centros comerciais que oferecem estacionamento próprio ou nas imediações (76%). Um percentual significativo (42%) afirmou ainda que não faz compras em lojas que não possuem fácil acesso ao transporte público.   Os resultados indicam que os estabelecimentos comerciais devem se preocupar cada vez mais com as condições de mobilidade para seus clientes. Não apenas as promoções ou a diversidade de seus produtos interessa aos consumidores, mas o conforto e as condições de chegar e sair na hora de fazer as compras. Uma das surpresas da pesquisa, na minha avaliação, é o fato de 71% dos brasileiros concordarem com medidas que priorizam o transporte coletivo. Ao menos no Recife ainda não percebo esse amadurecimento dos cidadãos na compreensão do valor que o sistema público de transporte tem para a qualidade de vida urbana. O resultado pode ser um indicativo de que o desconforto de vivermos em cidades que dão preferência aos carros está mudando a opinião das pessoas. Uma outra constatação, que é bem óbvia, da pesquisa é que a ausência de acessibilidade e segurança no espaço público tem feito os brasileiros optarem por realizar suas compras cada vez mais em shoppings centers. O estudo revelou que 56% dos entrevistados se sentem mais seguros ao fazer compras dentro de shopping centers do que em lojas do comércio de rua. *Por Rafael Dantas, jornalista da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Temporada de incertezas para os clubes pernambucanos (por Houldine Nascimento)

A Copa do Nordeste começa nesta terça-feira (16). Três clubes pernambucanos estarão na disputa pelo troféu mais cobiçado da região: Santa Cruz, Salgueiro e Náutico, que garantiu vaga na fase de grupos após eliminar o Itabaiana (SE) nos pênaltis, no último sábado. Dos três representantes do estado, apenas o Santa venceu o Nordestão. Este ano, Pernambuco corre por fora, sobretudo pelo abismo financeiro em relação às grandes equipes da Bahia e do Ceará. Quando comparamos a folha salarial do Vitória com a do Náutico, por exemplo, isso fica evidente. O Rubro-negro baiano gasta mensalmente R$ 4 milhões, enquanto o Timbu tem despesa de aproximadamente R$ 200 mil mensais, vinte vezes menos que o rival da boa terra. É difícil pedir ao torcedor alvirrubro paciência, uma vez que o Náutico vivencia um jejum de títulos há 14 anos. Se o longo período sem taça for quebrado com um triunfo regional, será formidável, mas diante do cenário desenhado, é compreensível que isso não aconteça. Na elite do futebol brasileiro, o Ceará inicia o ano gastando R$ 1,2 mi por mês com o elenco, superando em seis vezes a folha do Santa Cruz, que vai jogar a Terceira Divisão. A diferença nos orçamentos dos clubes não impede uma eventual conquista pernambucana, mas o principal objetivo nesta competição será mesmo o de montar os times para a Série C. No Campeonato Pernambucano, a disparidade financeira também é latente. O Sport começa 2018 com gastos mensais de R$ 3,4 mi, dezessete vezes mais que os seus adversários históricos. Graças a uma decisão absurda de sua diretoria, o Leão abdicou de disputar a Copa do Nordeste nesta temporada e concentra as forças no estadual. No mínimo contraditório, especialmente porque o presidente do Rubro-negro, Arnaldo Barros, afirmou que o Sport não cabia mais em Pernambuco. Houve algumas baixas no elenco. O principal nome, o meia Diego Souza, e o lateral esquerdo Mena deixaram a Ilha do Retiro. O volante Rithely, por sua vez, demonstra que não quer permanecer no clube. Para completar, atrasos salariais passaram a fazer parte do cotidiano rubro-negro. Para Santa, Náutico e Salgueiro, a briga será forte para subir de patamar na esfera nacional. Para o Sport, a manutenção do time na Série A é a prioridade. Será que vão conseguir?  

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"O Touro Ferdinando": respeito às diferenças é tema da nova animação do brasileiro Carlos Saldanha

Lançado nove meses antes da Guerra Civil Espanhola, o livro The Story of Ferdinand, do escritor americano Munro Leaf, revoltou lideranças de alguns países por onde passou, mais especificamente, daqueles que seguiam uma linha totalitária de governo. A proposta pacifista da história, que tem como protagonista um touro que prefere a vida no campo e o aroma das flores a lutar em touradas, trouxe como consequência o banimento do livro em países como Espanha e Alemanha. Baseada nessa importante obra da literatura mundial, chega aos cinemas a animação O Touro Ferdinando, do brasileiro Carlos Saldanha. Saldanha tem um currículo respeitado mundialmente. Dirigiu franquias de sucesso como A Era do Gelo e Rio. Só a Era do Gelo, juntando todos os cinco filmes, arrecadou cerca de US$ 3,200 bilhões. E seu novo projeto já está rendendo bons frutos: O Touro Ferdinando já acumula o total de US$ 185 milhões em bilheteria por onde passou. Além da boa recepção de público, recebeu a indicação ao Globo de Ouro nas categorias Melhor Animação e Melhor Canção. A história começa com Ferdinando ainda bezerro. Mais reservado, gosta de admirar as flores, o que chama a atenção dos outros bezerros que preferem buscar inspiração nos touros maduros e fortes do rancho. Nesse lugar, eles são treinados para enfrentar os toureiros nas arenas de Madrid. Após um teste de força com outro touro, o pai de Ferdinando é selecionado para participar do evento. Mas o triste resultado do embate mudará completamente o destino do pequeno Ferdinando, que será adotado por uma nova família.   A animação propõe o respeito às diferenças como tema norteador da trama. Assunto bem necessário em tempos de intolerância, seja ela de qualquer espécie. Mas apesar da boa proposta, a história se perde em meio aos clichês do gênero. Perde muito tempo com algumas piadas insossas e com longas perseguições que, apesar de bem construídas, como a que acontece no centro de Madrid, só servem para alongar a história. Alguns personagens que acompanham o protagonista como a cabra Lupe, dublada por Thalita Carauta, até ajudam a movimentar a trama, mas deixam no ar a sensação de "mais do mesmo". Não por acaso, O Touro Ferdinando perdeu o prêmio de melhor animação para Viva: A Vida É Uma Festa, no Globo de Ouro. Se por um lado o novo trabalho de Carlos Saldanha não consegue explorar satisfatoriamente o tema proposto, com uma trama de pouca profundidade para um espectador mais exigente, por outro, deverá agradar ao público infantil. Suas cores e personagens por demais simpáticos facilmente conquistarão os pequenos. Boa pedida para o período de férias.

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Conheça as principais estreias do cinema no primeiro semestre

Primeira semana do ano e, com ela, começam a aparecer as famosas listas com os principais lançamentos do cinema mundial. Por aqui, claro, não poderia ser diferente. Como vem acontecendo nos últimos anos, o destaque fica para os blockbusters de super-heróis, que têm ocupado (e lotado) a maioria das salas, o que, sem dúvida, acontecerá também em 2018. Pois bem, trago aqui uma lista com os filmes que, acredito, conquistarão grandes bilheterias no Brasil e no mundo no primeiro semestre. Agora é só pegar a pipoca! Viva: A Vida É uma Festa   A nova animação da Disney/Pixar chega aos cinemas acompanhada por uma polêmica envolvendo a Disney e os exibidores de cinema brasileiros. A empresa do ratinho mais famoso do mundo propôs uma mudança no percentual da bilheteria que antes era de 50% para a distribuidora e 50% para os exibidores, exigindo a correção de seu percentual para 52%. Polêmicas à parte, a nova aposta da criadora de Procurando Nemo e Toy Story já é um grande sucesso: arrecadou mais US$ 500 milhões em bilheterias pelo mundo. A história se passa em um vilarejo mexicano, no período da conhecida festa do Dia dos Mortos. Tem como protagonista o garoto Miguel membro de uma tradicional família de sapateiros, que deseja seguir por um caminho diferente e tornar-se músico. A escolha trará grandes problemas ao garoto, pois a música foi banida de sua família, devido a um triste fato do passado relacionado à sua tataravó. Estreia: 04 de janeiro Trailer Pantera Negra   Chegou a hora do Pantera Negra ter uma aventura própria. A participação no filme Capitão América: Guerra Civil, mostrou seu grande potencial para um tempo maior na tela, ou melhor, para seu próprio longa. O material de divulgação exibido até o momento é de deixar, sem dúvida, qualquer fã da Marvel empolgado. O elenco escalado tem nomes como Andy Serkis, conhecido por seu trabalho na trilogia Senhor dos Anéis como Gollun, Forest Whitaker, Michael B. Jordan e Chadwick Boseman, no papel do Pantera. Na história, após os eventos de Capitão América: Guerra Civil, T’Challa retorna para Wakanda e descobre uma conspiração para destruir seu país. Estreia: 15 de fevereiro Trailer X-Men: Os Novos Mutantes   X-Men: Os Novos Mutantes chega com a promessa do diretor Josh Boone de que será o filme mais "pé no chão" da franquia X-Men. Primeiro de uma trilogia, terá um tom mais sombrio, inclinado ao terror. Boone declarou em entrevista que se inspirou nos quadrinhos de Bill Sienkiewicz e Chris Claremont. Na trama, cinco jovens mutantes são mantidos em uma instalação secreta onde começam a desenvolver melhor suas habilidades especiais. O longa contará com a presença dos atores Henry Zaga, Charlie Heaton, Anya Taylor-joy e a brasileira Alice Braga. Estreia: 12 de abril Trailer Vingadores: Guerra Infinita   Este é, sem dúvida, o filme de super-heróis mais aguardado do ano. E o mais importante da Marvel, até o momento. Para contar a história da batalha épica dos Vingadores contra Thanos, a Marvel não economizou dinheiro: o longa custou, aproximadamente, US$ 500 milhões - já é o mais caro da história do cinema, superando a marca de Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, que custou US$ 332 milhões. A Marvel também não economizou personagens, escalando para a aventura mais de 60. Vingadores: Guerra Infinita unirá todos os heróis do Universo Marvel no cinema, como o Doutor Estranho, Homem-Aranha, Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga e, claro, os Vingadores. A direção ficou nas mãos dos irmãos Anthony e Joe Russo, que dirigiram outros dois sucessos da Marvel, Capitão América 2: O Soldado Invernal e Capitão América: Guerra Civil. Estreia: 26 de abril Trailer Han Solo: Uma História Star Wars   O segundo filme derivado da saga Star Wars chegará aos cinemas com o ranço de um período de gravações marcado por turbulências, culminando na troca de diretor. Saiu a dupla Phil Lord & Chris Miller, de Uma Aventura LEGO e entrou o experiente Ron Howard, conhecido por seu trabalho em Uma Mente Brilhante e O Código Da Vinci. Recentemente, uma fonte revelou ao site ScreenGeek que, devido aos problemas ocorridos durante a produção do longa, a Disney já está se preparando para um possível primeiro fracasso da franquia. Estreia: 25 de maio Trailer: Ainda não divulgado Deadpool 2   Após um hiato de dois anos, estreará, enfim, este ano o novo filme do herói mais escrachado e verborrágico do cinema. Deadpool 2 trará como novidade o vilão Cable, que será interpretado por Josh Brolin (o ator também está em Vingadores: Guerra Infinita, no papel do vilão Thanos). Em entrevista ao programa de televisão Good Morning América, o ator afirmou que este será mais engraçado que o primeiro. "Ainda não posso falar muito, mas há muita coisa acontecendo em Deadpool que é surpreendente, e será muito satisfatório de assistir. Para mim, é ainda mais engraçado do que o primeiro, na minha opinião. O Cable pode ser muito engraçado". Estreia: 31 de maio Trailer Jurassic World: Reino Ameaçado   A estreia de Jurassic World em 2015 trouxe um novo gás à franquia, que até então havia perdido força. Só no primeiro final de semana o longa atingiu a marca de US$ 511 milhões, tornando-se, na época, a maior bilheteria de abertura da história do cinema. Com todos esses números, é grande a expectativa para a sequência. Colin Trevorrow sai da cadeira de diretor e dá lugar ao espanhol J.S. Bayona, de O Impossível e Sete Minutos Depois da Meia-Noite. Retornam ao filme os atores Chris Pratt e Bryce Dallas Howard. A novidade é a volta  do ator Jeff Goldblum após 11 anos. Estreia: 22 de junho Trailer Os Incríveis 2   Longos 13 anos. Os fãs dos Incríveis não mereciam tanto tempo assim para o retorno da animação que, na época, conquistou crítica e público. Tanto que, quando fora lançado em novembro do ano passado, o trailer de Os Incríveis 2 alcançou nas primeiras 24 horas a marca de 113 milhões de visualizações. A nova aventura contará com a participação de Bob Odenkirk, mais conhecido por encarnar

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