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Ética e Responsabilidade: IA com Consciência Social

Entre vieses, decisões autônomas e privacidade, a ética surge como eixo essencial para guiar o desenvolvimento da inteligência artificial rumo ao bem comum. *Por Rafael Toscano Se a inteligência artificial já está ajudando a compor músicas e corrigir provas, o que acontece quando ela começa a tomar decisões que afetam diretamente a vida das pessoas? Quem responde quando um carro autônomo sofre um acidente? Quem é o responsável por um algoritmo que comete injustiças? É nesse ponto que a ética entra na conversa — não como um detalhe, mas como o coração da questão. A IA não é neutra. Por trás de cada algoritmo, há escolhas humanas: que dados usar, que objetivos priorizar, o que ignorar. Essas decisões, ainda que técnicas, têm consequências morais. Quando um sistema de reconhecimento facial funciona bem para algumas pessoas e mal para outras, estamos diante de um problema ético — não apenas estatístico. Um exemplo emblemático são os algoritmos de recrutamento. Empresas começaram a usar IA para selecionar currículos com base em padrões aprendidos a partir de contratações anteriores. O resultado? A máquina aprendeu a reproduzir preconceitos existentes, excluindo perfis femininos ou de minorias com base em correlações injustas. A IA não “quis” ser injusta — mas aprendeu com o que os humanos fizeram. Esse fenômeno é conhecido como viés algorítmico, e aparece em áreas sensíveis como justiça criminal, concessão de crédito, diagnóstico médico e concessão de benefícios sociais. Em todos esses casos, a IA pode reforçar desigualdades se não for cuidadosamente projetada, testada e supervisionada. Outro dilema ético diz respeito à privacidade. Para funcionar bem, sistemas de IA precisam de dados — muitos dados. Isso significa coletar informações sobre nossas conversas, preferências, localização e hábitos. Até onde vai esse monitoramento? E quem controla esse fluxo de dados? Vivemos em uma era em que assistentes virtuais escutam o tempo todo, e câmeras com IA monitoram ruas, lojas e até nossos lares. Proteger a privacidade individual tornou-se uma das grandes batalhas éticas do nosso tempo. Além do viés e da privacidade, há ainda uma questão de responsabilidade. Quem responde quando um sistema comete um erro? O desenvolvedor? A empresa? O próprio sistema? Como exigir prestação de contas de uma máquina que, tecnicamente, não possui intenção ou culpa? Para resolver isso, especialistas propõem modelos de “IA auditável”, em que todas as decisões possam ser rastreadas e explicadas — algo essencial quando vidas estão em jogo. Essas preocupações se intensificam quando falamos sobre autonomia das máquinas. Imagine um drone militar com capacidade de identificar e atacar alvos por conta própria. Ou um sistema de IA que decide quem deve receber um transplante de órgão. Em que momento uma máquina cruza a linha entre ferramenta e agente moral? A possibilidade da chamada “superinteligência” — IAs que ultrapassem nossa capacidade de controle — não é apenas ficção científica. É um alerta ético sobre os limites que não podemos ignorar. Mas nem tudo são riscos. A ética também nos mostra caminhos de esperança. Ela nos convida a usar a IA para promover a justiça, corrigir desigualdades, garantir acessibilidade, diagnosticar doenças com mais precisão e ampliar o acesso ao conhecimento. O desafio é garantir que esses benefícios sejam distribuídos de forma justa, sem deixar comunidades vulneráveis de fora. E aqui entra o papel das humanidades. Filósofos, sociólogos, juristas e educadores precisam estar envolvidos no desenvolvimento da IA. Não basta deixar essas decisões nas mãos de engenheiros e programadores. É preciso construir pontes entre técnica e reflexão, entre inovação e valores. A ética não é um freio para o progresso. Ela é o volante. Sem ela, corremos o risco de acelerar rumo ao desconhecido sem saber para onde vamos — ou quem deixamos para trás. Com ela, podemos guiar a IA de forma mais consciente, mais justa e mais humana. Este artigo não busca oferecer respostas definitivas, mas levantar perguntas urgentes: que tipo de mundo queremos construir com a ajuda das máquinas? Que valores queremos codificar em nossos algoritmos? E, acima de tudo, como garantir que, ao criarmos máquinas inteligentes, não percamos a nossa própria inteligência moral? A ética na IA não é um luxo. É uma necessidade. E quanto mais cedo compreendermos isso, maiores serão as chances de usarmos essa poderosa tecnologia para o bem comum. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de Admnistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades LEIA TAMBÉM Criatividade Algorítmica: quando a máquina cria com a gente Filosofia e IA: A Mente por Trás da Máquina

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De crises à superação: mulher que venceu a asma correu 6ª Maratona e inspira evento no Recife

Renata Passos tem 41 anos e é contadora. Desde os 3 meses de vida, foi diagnosticada com asma. Nos primeiros dias, ela começou a apresentar sinais gripais e a mãe dela foi percebendo um desconforto ao respirar.  Nos anos oitenta, ainda sem a tecnologia e os exames de hoje, ela não teve acesso a um tratamento específico para asma. Fez tratamento no Imip, no Hospital Barão de Lucena. Chegou a ter várias crises de asma, chegando a ficar roxa, sem conseguir respirar direito. Ainda pequena, quando soube que natação fazia bem para quem tem asma, tentou nadar. Mas teve alergia ao cloro, e no caso dela precisou sair da natação. Mas só começou um tratamento mais efetivo contra a asma, quando se tornou adulta, e começou a trabalhar e investir num plano de saúde. Em 2012, ingressou na corrida, mas ainda com dificuldades. Passou a fazer um tratamento mais efetivo com alergologista e pneumologista. E desde 2016 não teve mais crises de asma. “De lá para cá, tive um ou outro episódio de desconforto respiratório. Mas só em não precisar mais ser hospitalizada, me sinto uma vitoriosa!”, desabafa Renata. Ela percorreu sua primeira maratona (percurso de 42 quilômetros) em 2017, e não sentiu nenhum desconforto. Ao contrário, ela diz que, quando corre, a corrida expande os pulmões e os brônquios e eleva o nível respiratório para um patamar maior, dando uma sensação melhor. “Consegui ter uma vida extremamente saudável, aliando o esporte com um tratamento efetivo”. Acabou de concluir em Porto Alegre a sexta maratona de sua história. Pensando no bem que a atividade física pode fazer aos pacientes com asma, um grupo de médicos da Rede Ális se juntou para organizar o I Circuito Corrida e Caminhada Rede Ális, a RespirÁlis. Será no próximo domingo (15), com concentração às 6h no Paço Alfândega, Bairro do Recife. O evento vai antecipar as comemorações do Dia Nacional de Combate e Prevenção à Asma, comemorado no dia 21 de junho. Às 6h30, cerca de 2 mil participantes vão correr ou caminhar um percurso de 5, ou 10 km pelas ruas do Bairro do Recife. Um domingo de lazer e atividade física, além de uma ação social, porque parte do valor recolhido com os kits para participar da corrida será doado para o Instituto Padre Arlindo. Além da Rede Alis, o I Circuito Corrida e Caminhada conta com o apoio institucional da Associação Médica de Alergologia, Otorrinolaringologia, Cardiologia, Endocrinologia, Psiquiatria e Gastroenterologia. Os participantes vão ganhar medalhas e poderão receber orientações de médicos e fisioterapeutas com dicas sobre o combate à asma, doença que mata de 6 a 7 pessoas por dia no Brasil. A Rede Ális convidou dois atletas brasileiros como embaixadores da corrida: o nadador Gustavo Borges e o atleta campeão olímpico, Cesar Cielo, que também é asmático e usou o esporte como tratamento contra a asma. De acordo com o diretor da Rede Ális, o alergologista Waldemir Antunes, a ideia do Circuito RespirÁlis é quebrar o paradigma e reforçar que o paciente com asma pode e deve praticar atividades físicas e melhorar seu rendimento cardiorrespiratório. “A asma não tem cura, mas se tratada corretamente, com medicamentos corretos, o paciente pode ter uma vida normal praticando atividade física. Por isso, é tão importantes momentos como esse de promoção à saúde física e mental dos pernambucanos”, reforça Waldemir. @redealisbrasil @waldemir_antunes @renatarodrigues28 Câncer colorretal: exercícios aumentam a sobrevida dos pacientes Um estudo canadense apresentado no Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), em Chicago/EUA, mostrou que um programa de exercícios aumentou a sobrevida livre da doença em pacientes com câncer colorretal ressacado, que haviam concluído as sessões de quimioterapia. O ensaio clínico envolveu 889 pacientes, que foram acompanhados de 2009 a 2024. Deste total, 445 pacientes realizaram um programa de exercícios de três anos e os demais receberam materiais de educação em saúde. Após cinco anos, a sobrevida livre de doença foi de 80,3% no grupo de exercícios – ante os 73,9% obtidos pelas pessoas que receberam o material educativo. Em oito anos, a sobrevida global foi de 90,3% no grupo de exercícios, acima dos 83,2% registrados no outro. “Com este estudo, o exercício físico sai de uma esfera de recomendação de estilo de vida para uma prescrição médica real, cujos ganhos em pacientes com câncer de cólon operados são comparáveis, inclusive, à quimioterapia”, concluiu o médico Daniel Musse, da Oncologia D’Or. @rededor_oficial Argila ajuda no desempenho físico? Especialista explica os benefícios do seu uso neste pré-inverno Pesquisador Urandir Fernandes cita os tipos de argila que podem melhorar a circulação sanguínea e a tonificação da pele do corpo nesta época do ano Dia 20 de junho marca o início do inverno no hemisfério sul e com isso, alguns cuidados com a pele devem ser relevados, para que além de firmar a hidratação possa ainda manter a circulação sanguínea e a tonificação da pele, para um aspecto fortalecido e resistente. Ao longo dos anos muitas pessoas se tornaram adeptas ao uso da argila, justamente pelos inúmeros benefícios e maneiras de usá-la que servem para todos os lugares do corpo, como rosto, axilas, virilhas e cabelo. A argila é uma substância mineral encontrada na natureza e é composta principalmente por partículas finas e silicatos de alumínio, podendo variar em óxidos de ferro e magnésio originando-se da decomposição de rochas como feldspato e mica, o que implica propriedades variáveis ao produto e diversas outras aplicações. A vermelha, por exemplo, é a mais indicada para peles maduras e sensíveis, estimulando o processo de renovação celular, ademais a regulação da microcirculação e iluminação da pele. A de Kimberlito, por exemplo, é extraída de jazidas do Mato Grosso do Sul e de vários outros estados, possuindo características revitalizantes auxiliando na firmeza e na elasticidade e ainda pode ser uma ótima escolha para amenizar dores durante o período menstrual ao ser espalhada pelo corpo, como também na redução de acnes devido às suas propriedades purificantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes. “Após a extração, as argilas passam por um processo de

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Suape receberá investimento de R$ 2 bilhões para produção de e-metanol

Nova fábrica da GoVerde será voltada à exportação de combustível verde para os setores naval e aéreo O Complexo Industrial Portuário de Suape receberá, a partir de 2026, uma nova planta industrial voltada à produção de e-metanol com base em hidrogênio verde. O empreendimento será implantado pela GoVerde Holding S.A., que assinou contrato com o governo estadual prevendo um investimento inicial de R$ 2 bilhões. A unidade ocupará uma área de 10 hectares, com possibilidade de expansão para até 30 hectares, e deve gerar cerca de 1.500 empregos diretos e indiretos durante o período de obras. O projeto foi viabilizado por meio de um certame público em que a GoVerde foi a única proponente. A homologação do processo e a assinatura do contrato de arrendamento foram realizadas entre os dias 6 e 9 de junho. A planta terá capacidade inicial de produção de 300 toneladas diárias de e-metanol, com operação prevista entre 2027 e 2028. O plano é expandir essa produção para 900 toneladas por dia até 2032. O contrato tem vigência de 12 anos, renovável, com arrendamento mensal de R$ 122 mil. “Nós estamos assinando, hoje, contrato que autoriza a instalação de uma planta de e-metanol no Complexo de Suape, um investimento da ordem de R$ 2 bilhões que está sendo feito pela empresa GoVerde. Com essa novidade, nós garantimos que Pernambuco cresça de forma sustentável, por meio da economia verde. Ninguém faz nada sozinho, trabalhando juntos vamos fazer nosso Estado se desenvolver sem deixar ninguém para trás”, afirmou a governadora. A localização estratégica de Suape torna o projeto atraente para exportações, especialmente para Europa e América do Norte, com foco na indústria naval e na aviação. “Este megaprojeto é fruto da proatividade do governo Raquel Lyra e do time de Suape, posicionando nosso complexo entre os primeiros da América Latina com projetos estruturados para e-metanol”, destacou Armando Monteiro Bisneto, diretor-presidente de Suape. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico também reforçou o papel do porto como polo sustentável. O CEO da GoVerde, Ricardo Junqueira, destacou o potencial transformador do projeto: “Trata-se de um projeto industrial transformador para Pernambuco e para o Brasil. O e-metanol é uma das soluções mais concretas para descarbonização imediata do transporte marítimo global”. O combustível será produzido a partir de hidrogênio verde e CO₂ biogênico, com impactos positivos na transição energética e na inserção do Brasil na rota internacional de descarbonização.

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Instituto Negralinda inaugura unidade em Tamandaré com foco em gastronomia do mangue

Projeto promove capacitação, renda e turismo sustentável para mulheres do litoral sul de Pernambuco O Instituto Negralinda acaba de chegar a Tamandaré, no litoral sul de Pernambuco, com uma cozinha profissional dedicada à gastronomia do mangue e ao fortalecimento do empreendedorismo feminino. A nova unidade, situada na Rua José Policardo da Silva, no centro da cidade, também conta com espaços para oficinas, atividades de artesanato sustentável e ações ligadas ao Turismo de Base Comunitária. Com atuação voltada para as mulheres de comunidades tradicionais, o projeto já beneficia cerca de 200 moradoras dos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e São José da Coroa Grande. A proposta é impulsionar a economia solidária e a inclusão social por meio da valorização dos saberes locais e da sustentabilidade ambiental. A iniciativa conta com apoio do Programa PE Produz – ADEPE, do Governo do Estado, em parceria com o Sebrae, a marca DAM Roupas e a Prefeitura de Tamandaré. Um dos destaques é o recém-inaugurado Bistrô Negralinda, primeira franquia da marca, que comercializa exclusivamente os produtos elaborados ou beneficiados na Cozinha Profissional. Localizado no Espaço Gastronômico Vila Niape, o bistrô abre de quinta a terça-feira e marca o início de um modelo de negócio sustentável com potencial de expansão para outras cidades. Segundo Edy Rocha, diretor do Instituto, o projeto une cultura, equidade de gênero e geração de oportunidades. “Nossa intenção é inspirar outras comunidades por meio desse modelo que une gastronomia, sustentabilidade e equidade de gênero”, afirma. Serviço📍 Cozinha Profissional Negralinda – Rua José Policardo da Silva, nº 48, Centro, Tamandaré🍴 Bistrô Negralinda – Espaço Gastronômico Vila Niape, Centro de Tamandaré | Funcionamento: quinta a terça-feira

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Inauguracao Unidade de Reciclagem e Metais do Grupo Moura

Grupo Moura inaugura novo complexo industrial em Belo Jardim com investimento de R$ 850 milhões

Nova unidade dobra capacidade de reciclagem de chumbo e reforça compromisso com a sustentabilidade e o desenvolvimento do Agreste. Foto: Gustavo Bettini/Grupo Moura/Divulgação O Grupo Moura inaugurou nesta sexta-feira (6) sua nova unidade de Reciclagem e Metais, em Belo Jardim, no Agreste Central de Pernambuco. Com um investimento de R$ 850 milhões, o novo complexo industrial marca um avanço importante na cadeia da Economia Circular, ao dobrar a capacidade de reciclagem de chumbo proveniente de baterias usadas. O empreendimento gerou 300 empregos diretos e indiretos e contou com a presença de autoridades como o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra. “Não teríamos chegado aonde chegamos se não fossem as políticas públicas, os incentivos estaduais e usufruímos muito bem disso, dando nossa contribuição, mantendo o nosso papel, mantendo o nordestino no seu local" - Paulo Sales, presidente do Conselho de Administração da Moura. A nova planta representa um reforço estratégico à indústria automotiva nacional: cerca de 60% das baterias veiculares do país são produzidas pela Moura, cuja sede está no Agreste. “Aqui em Belo Jardim temos um grande complexo industrial que é propulsor do desenvolvimento. A fábrica é um exemplo do que pode ser feito com capital empreendedor aliado à sustentabilidade”, destacou Alckmin. Durante a solenidade, a governadora Raquel Lyra também anunciou que a primeira etapa da duplicação da BR-232 contemplará o trecho entre São Caetano e Belo Jardim, com investimento estimado em R$ 256 milhões. A obra faz parte do Novo PAC e será licitada após a conclusão do projeto. “Essa duplicação é fundamental para impulsionar a economia da região e apoiar indústrias como a Moura, que geram empregos e oportunidades para o nosso povo”, declarou a gestora.

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Luis Enrique: série acompanha trajetória do técnico campeão da Champions League

O ano era 2015 quando o Barcelona, comandado por Luis Enrique, conquistava o primeiro título da Liga dos Campeões. Era também o primeiro título do treinador na competição. Porém, outro fato emocionou os torcedores do clube catalão naquela noite. A filha de Luis Enrique, Xana, na época com 5 anos, entrou em campo e fincou uma enorme bandeira do Barcelona no gramado. Nos anos seguintes, Xana lutou contra um câncer ósseo, falecendo em 2019. A história ganhou destaque outra vez após mais um título do treinador na Liga, agora liderando o PSG. Depois da goleada por 5x0 sobre o Inter de Milão, no sábado 31/05, o treinador homenageou a filha vestindo uma camisa que reproduzia o gesto dela com a bandeira. Essa e outras histórias são contadas na série documental Você Não Sabe P*** Nenhuma, que estreou recentemente no Max. Sim, é esse mesmo o título da série: “Você Não Sabe P*** Nenhuma”. O nome, sugerido pelo próprio Luis Enrique, remete ao que pensa das diversas críticas que costuma receber da imprensa. Críticas que se repetiram na ausência de vitórias nos primeiros jogos liderando o PSG. O gênio forte e o excesso de, digamos, sinceridade aparecem como marca inconfundível do técnico. No segundo episódio, ao ser questionado numa coletiva sobre quem, ele ou Xavi, representaria melhor o espírito futebolístico catalão, não pensou muito: “eu”.  E tem brasileiro na série, ainda que numa rápida citação. Neymar aparece ao lado de Verrati como astros dispensados por Luis, que prefere priorizar o coletivo, ainda que tenha armado o time por um tempo em função de Mbappé. “Tomara que eu possa ter o melhor do mundo por muitos anos, mas se eu não puder ter ele, não tem problema. Se ter o melhor do mundo conquistasse Champions, o PSG já teria oito”, declara.  A série tem uma edição ágil, costurada por uma trilha contagiante construída ora pelo som de bateria, ora por cordas, o que dá bom ritmo e empolgação às cenas. Ao todo, são três episódios que acompanham desde a contratação pelo PSG e a relação com o Barcelona, passando pelos conflitos com Kylian Mbappé e encerrando nas ações envolvendo a fundação inaugurada em homenagem à Xana.   Os três episódios de “Você Não Sabe P*** Nenhuma” já estão disponíveis no catálogo do Max.

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Turismo em Pernambuco cresce 3,9% em março e 2,3% no trimestre

Estado acompanha tendência nacional e se destaca entre os bons desempenhos regionais do setor no início de 2025 O turismo em Pernambuco registrou crescimento de 3,9% em março de 2025, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo levantamento da FecomercioSP com base em dados do IBGE. No acumulado do primeiro trimestre, o avanço foi de 2,3%. O desempenho positivo acompanha a tendência nacional, que levou o setor a bater recorde histórico de faturamento no país. No total, o turismo brasileiro movimentou R$ 55,4 bilhões nos três primeiros meses de 2025, superando o melhor resultado anterior da série, registrado em 2014, com R$ 52,5 bilhões. Só em março, foram R$ 18 bilhões faturados, representando alta de 6,6% frente ao mesmo mês de 2024 — o melhor desempenho para março desde 2012. De acordo com a FecomercioSP, o crescimento do setor tem sido sustentado mesmo em um cenário de juros elevados e pressão inflacionária. “O turismo não é uma atividade de consumo contínuo, mas de planejamento, e o número crescente de pessoas empregadas formalmente no país está levando a um aumento nas despesas com as desejadas férias”, destacou a entidade, em nota. Entre os destaques regionais, a Bahia teve o melhor resultado em março, com alta de 20,4%, impulsionada pelo Carnaval. Na sequência vieram o Rio de Janeiro (16,8%) e o Ceará (13,9%). São Paulo, maior mercado nacional, registrou crescimento de 4,8%, enquanto Mato Grosso, Roraima e Rio Grande do Sul apresentaram quedas.

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TANCREDO NEVES

Tancredo Neves: o melhor presidente que o Brasil não teve

Quarenta anos após sua morte, o político mineiro permanece como símbolo da transição democrática frustrada *Por Francisco Cunha Há uma espécie de entendimento socialmente compartilhado no Brasil de que o melhor presidente da história republicana foi Juscelino Kubitscheck de Oliveira, o nosso JK. O que é perfeitamente compreensível, dadas as características pessoais do personagem (otimismo, alegria, obstinação, elegância, charme pessoal) somadas com as da época histórica em que governou: desenvolvimentismo, industrialização, “50 anos em 5”, Sudene, arquitetura brasileira “falando para o mundo”, construção de Brasília, campeonato mundial de futebol, Bossa Nova, Cinema Novo etc. Todavia, um outro personagem, mineiro como JK e seu companheiro de geração, que passou a vida política inteira se preparando e articulando para assumir a suprema magistratura nacional, estando eleito e a um passo da Presidência, foi abatido pela tragédia pessoal e morreu sem tomar posse do cargo por tanto tempo cobiçado. Falo de Tancredo de Almeida Neves que, em 21 de abril passado, completou 40 anos de falecido aos 75 anos de idade. Entrei na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFPE em 1976, em plena ditadura, e, desde então, acompanho atentamente a vida política nacional, participando do movimento estudantil e da sociedade civil da época pelo restabelecimento da democracia. E, desde lá, procurava quem poderia liderar a transição de um regime autoritário para um regime onde fossem reinstaladas as garantias democráticas. Nesta procura, desde cedo, comecei a prestar atenção em Tancredo, então deputado federal por Minas Gerais, depois de ter sido ministro da Justiça de Getúlio Vargas e primeiro-ministro do breve regime parlamentarista instalado após a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961. Depois, Tancredo foi eleito senador e governador de Minas, tornando-se um dos líderes da luta pela redemocratização, inclusive do turbilhão em que se transformaram os movimentos Anistia Ampla, Geral e Irrestrita, Diretas Já e Quero Votar para Presidente levando milhões de pessoas às ruas do País. Com a frustração dos movimentos pela eleição direta, Tancredo fez uma grande negociação com os políticos, a sociedade civil organizada e os militares, tornando-se candidato indireto à Presidência, concorrendo e ganhando no Colégio Eleitoral do Congresso Nacional contra o oponente Paulo Maluf, candidato das forças que apoiavam a ditadura. Acompanhei tudo isso atentamente, fazendo, inclusive, campanha ostensiva para Tancredo por acreditar ser ele o único líder político capaz de conduzir a transição pacífica da qual o País tanto precisava depois de mais de 20 anos de ditadura. Ele, inclusive, foi o único candidato a qualquer cargo eletivo, ainda que no caso indireto, que teve um adesivo em meu carro. Além disso, eu andava com o botton de Tancredo para todos os lugares, até no casamento (neste caso, por dentro do paletó, considerando que ainda estávamos em pleno regime autoritário) de um amigo que teve como padrinhos Maluf e o próprio Tancredo, sendo esta, talvez, a única vez em que estiveram num mesmo ambiente público durante a campanha eleitoral, já que não havia ainda debates entre candidatos a presidente. Assisti emocionado o seu discurso, logo após a vitória no Colégio Eleitoral: “Não vamos nos dispersar. Continuemos reunidos, como nas praças públicas, com a mesma emoção, a mesma dignidade e a mesma decisão. Se todos quisermos, dizia-nos, há quase duzentos anos, Tiradentes, aquele herói enlouquecido de esperança, podemos fazer deste país uma grande nação. Vamos fazê-la!” Então, qual não foi meu espanto quando, chegando em casa, na noite anterior à posse, vindo de uma comemoração antecipada, ligo a TV e vejo o noticiário dando conta de que o presidente eleito havia sido internado para uma operação de emergência. Depois da internação e do espanto, se sucederam a angústia e a tristeza no acompanhamento da via crucis de 38 dias pelas mãos de médicos incompetentes, hospitais e cirurgias. Até hoje, sou acometido de uma ponta de angústia quando ouço a música Coração de Estudante cantada por Milton Nascimento e transformada no hino do martírio e da morte de Tancredo. Minha maior frustração nessa história toda foi termos perdido a oportunidade do exercício da presidência de uma pessoa que teve uma trajetória política maiúscula e se preparou a vida inteira para ocupá-la como uma espécie de expoente de uma geração de grandes políticos da estirpe de Ulisses Guimarães, Franco Montoro, Teotônio Vilela, Mário Covas, José Serra, Fernando Henrique Cardoso e outros de grande valor, impossíveis de comparar com os da atualidade. Penso que toda a geração daqueles que lutamos e torcemos pelo fim da ditadura e pela transição pacífica para a democracia perderam a chance de ter Tancredo como presidente no lugar de ter-se transformado no melhor presidente que o Brasil não teve. Uma grande frustração e a concordância com a frase que ele teria dito na UTI: “Eu não merecia isso”. Não merecia mesmo! Nem ele nem nós!  *Francisco Cunha é consultor e sócio da TGI

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Criatividade Algorítmica: quando a máquina cria com a gente

A inteligência artificial como nova parceira na arte e na criação, desafiando nossos limites e redefinindo o que entendemos por criatividade. *Por Rafael Toscano Por muito tempo, a criatividade foi considerada um dom exclusivamente humano — algo que brota da alma, da experiência e da emoção. Pintar um quadro, compor uma sinfonia, escrever um poema: todas essas expressões pareciam exigir um tipo de sensibilidade que máquinas jamais alcançariam. Mas e se estivermos vivendo um momento em que essa ideia está sendo questionada? Com o avanço da inteligência artificial, surgiram algoritmos capazes de criar imagens, músicas, histórias e até peças de teatro. Eles não apenas repetem padrões; eles inovam. Pintam no estilo de Van Gogh, compõem no estilo de Beethoven e escrevem como Shakespeare. Mas o que isso significa? A máquina está, de fato, criando? Ou estamos apenas vendo reflexos de nossa própria criatividade? É aqui que o conceito de criatividade algorítmica entra em cena. Em vez de imaginar a IA como substituta do artista, podemos vê-la como parceira. Um pincel novo. Um instrumento que amplia nossas capacidades, desafia nossas ideias e abre novas portas para a imaginação. Quando usamos o Google Arts & Culture para transformar uma selfie em uma obra de arte barroca, não estamos apenas clicando em um botão. Estamos interagindo com um sistema que aprendeu, com milhões de obras humanas, a reinterpretar o belo. Esse tipo de colaboração acontece também na música. Compositores já usam IA para sugerir melodias, criar harmonias e até improvisar solos. AIVA, por exemplo, é uma inteligência artificial treinada com milhares de partituras. Ela pode compor trilhas sonoras completas, e muitos ouvintes sequer percebem que estão escutando algo criado por uma máquina. Nesse caso, quem é o artista? O algoritmo? O programador? Ou o humano que escolheu as notas certas? A literatura também entrou nessa dança. Modelos como o GPT (o mesmo que dá voz a esta conversa) são capazes de escrever contos, poemas e ensaios com fluidez impressionante. Eles aprendem com bilhões de palavras escritas por humanos, absorvendo estilos, estruturas narrativas e referências culturais. Ainda assim, falta-lhes algo essencial: intenção. Eles não têm desejo, nem propósito. Criam porque foram programados para isso, não porque têm algo a dizer. E isso nos leva a uma pergunta essencial: o que define a verdadeira criatividade? É a originalidade? A emoção? A intenção? Quando uma máquina cria, ela está expressando algo — ou apenas simulando expressão? Talvez a resposta não seja simples. Talvez a IA esteja nos forçando a expandir nossa definição de criatividade, incorporando novas formas de colaboração e inspiração. Mais do que substituir artistas, a IA está ajudando a criar experiências artísticas inéditas. Em instalações imersivas, algoritmos interagem com o público em tempo real, moldando luzes, sons e movimentos com base nas reações das pessoas. Em ambientes virtuais, espectadores tornam-se protagonistas, moldando narrativas com a ajuda de sistemas inteligentes. O palco da arte está se expandindo — e o público também. Mas essa revolução traz desafios. Quem assina a obra? Quem é o autor? Quando uma IA cria uma pintura vendida por milhares de dólares, como aconteceu com o retrato gerado por uma GAN (rede adversarial generativa), o que estamos comprando: a arte ou o conceito? O talento ou a tecnologia? Além disso, há o risco da homogeneização. Se todas as IAs forem treinadas com os mesmos dados, será que elas acabarão criando versões ligeiramente diferentes das mesmas ideias? Como garantir diversidade e autenticidade num cenário onde tudo pode ser replicado em segundos? Apesar desses dilemas, uma coisa é certa: estamos diante de uma nova era da criatividade. Uma era em que humanos e máquinas podem criar juntos — não como competidores, mas como parceiros. A IA, nesse contexto, não rouba a cena; ela amplia o palco. Ao final, talvez a pergunta mais importante não seja se a IA pode criar, mas sim como nós, humanos, escolhemos usar essa nova ferramenta criativa. O que queremos expressar com ela? Que histórias queremos contar? Que sentimentos queremos provocar? A criatividade algorítmica é um espelho — não de quem somos apenas como indivíduos, mas do que podemos ser como espécie quando unimos razão e sensibilidade, tecnologia e arte, máquina e humanidade. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School (PE) e engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (DF). Atualmente, ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) na Cidade do Recife e é Diretor de Admnistração, Finanças e Planejamento do Alumni CIn UFPE. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco, MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral (MG) e MBA em Economia pela USP (SP). É especialista em Direito Tributário pela Universidade de Ipatinga (MG) e Gerente de Projetos certificado pelo PMI desde 2014. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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Videoporto estreia na Bahia com mídia digital de alto impacto em rodovias

Empresa pernambucana instala Submarinos Digitais em praças de pedágio da Região Metropolitana de Salvador e mira visibilidade massiva para marcas A Videoporto, empresas pernambucana do setor de mídia exterior digital, chegou à Bahia com uma operação de grande porte. A companhia instalou 20 painéis digitais de alta definição — os chamados Submarinos Digitais — nas praças de pedágio P4 e P5 da Rodovia Bahia Norte, que conecta o trecho entre o CIA-Aeroporto e a Via Parafuso, em Salvador. A nova operação insere a empresa em um dos corredores rodoviários mais movimentados do estado. Com impacto estimado em mais de 3,5 milhões de pessoas por mês, os painéis foram posicionados para oferecer visibilidade expressiva a marcas que desejam ampliar sua presença no cotidiano do público. A tecnologia aplicada alia alta performance visual à sustentabilidade, por meio de consumo consciente de energia. A mesma lógica já norteia outras iniciativas da Videoporto, como o Smartlet, mobiliário urbano inteligente desenvolvido pela empresa. A chegada a Salvador marca um passo estratégico para a expansão da Videoporto no Brasil, consolidando sua atuação em quatro estados e em Fernando de Noronha. “Estar presente em uma capital tão vibrante e estratégica como Salvador reforça nosso compromisso de oferecer soluções de mídia exterior que combinam inovação, visibilidade e sustentabilidade. A Bahia é um polo econômico e cultural fundamental, e nossos Submarinos Digitais nas rodovias mais movimentadas da região metropolitana serão uma ferramenta poderosa para marcas que buscam impacto real e conexão com o público”, afirma Fernando Carvalho, sócio-diretor da empresa.

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