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FW Revista Algomais capa danca

Dança: expressão artística, bem-estar e transformação de vidas

Mais do que arte, a dança promove saúde, bem-estar e transformação pessoal. Educadores destacam seus benefícios físicos e emocionais, além de orientações para a prática segura A dança é uma expressão artística que transcende palavras, permitindo que o corpo comunique emoções, histórias e sentimentos de forma única. Muito além da estética, ela atua como uma poderosa aliada do bem-estar, promovendo saúde física, mental e emocional. Por ser uma atividade predominantemente aeróbica, é excelente para o condicionamento cardiorrespiratório, além de melhorar postura, mobilidade e flexibilidade — contribuindo para uma vida mais equilibrada. Essa conexão entre movimento e emoção faz da dança uma prática que revitaliza o corpo e a mente. “Dançar é uma atividade democrática, que acolhe todas as pessoas, independentemente da idade, corpo ou gênero, oferecendo um espaço para expressão e crescimento pessoal. Ela representa superação, amor e descoberta. É ainda uma fonte de felicidade e um propósito que motiva”, afirma a profissional de educação física Nataly Araújo, professora do Curso Técnico em Dança do Aria Social — único do tipo no Nordeste, voltado para jovens que buscam profissionalização na área. Segundo Nataly, a prática regular da dança impacta positivamente a saúde mental. “Na minha experiência como professora, percebo que a dança ajuda a reduzir a ansiedade, depressão e estresse, além de fortalecer a autoestima, tornando os alunos mais confiantes e sociáveis”, diz. Ela também destaca como a dança ajuda a enfrentar desafios emocionais, como a timidez e o medo de errar. “Ao dançar, aprendemos a superar nossos limites e a perder o medo de falhar — isso reflete diretamente na qualidade de vida”, acrescenta. Embora seja possível começar em qualquer idade, é fundamental procurar profissionais qualificados e escolas sérias para garantir segurança e evolução no aprendizado. “Também é importante se permitir experimentar estilos diferentes para descobrir qual combina mais com sua personalidade. Dançar por hobby deve ser uma atividade prazerosa, sem cobranças excessivas, respeitando o próprio ritmo e aproveitando o processo”, orienta Nataly. Prevenção de lesões Para quem dança com frequência, a prevenção de lesões é essencial. Aquecimentos e alongamentos antes e após as aulas são indispensáveis. Os problemas mais comuns envolvem músculos e articulações. “É fundamental preparar a musculatura e as articulações para o movimento e para a carga que elas vão receber”, explica o fisioterapeuta e professor Flávio Henrique, também docente no Curso Técnico em Dança do Aria Social. Outro ponto importante, segundo Flávio, é desenvolver consciência corporal. “Conhecer seus próprios limites ajuda a evitar contusões. Bons professores e coreógrafos sabem orientar sobre o que pode ou não ser feito, minimizando riscos”, afirma. Ele alerta que algumas lesões podem surgir por uso excessivo ou repetitivo. “Tudo depende de como o corpo está sendo exigido.” Exercícios de fortalecimento, especialmente para a região abdominal, também contribuem para a segurança do praticante. “Se o nosso centro está fortalecido, temos um tronco firme, capaz de sustentar o movimento com estabilidade. Isso aumenta a consciência corporal e previne lesões”, destaca. Para Nataly, a dança representa superação, amor, descoberta e realização. “Hoje, não me imagino sem dança na minha vida.” Já Flávio resume de forma poética: “Dançar é viver. Quem dança é mais feliz. A dança transforma o corpo, a mente, a alma — e o jeito de enxergar o mundo.” Curso O curso técnico de Dança do Aria Social é uma formação profissionalizante que visa capacitar jovens e adultos nas diversas linguagens da dança, unindo técnica, expressão artística e fundamentos teóricos. Com uma grade curricular abrangente e professores qualificados, o curso oferece disciplinas como balé clássico, dança contemporânea, dança popular brasileira, anatomia aplicada à dança, entre outras, preparando os alunos tanto para atuar artisticamente quanto para seguir carreira no campo da educação e da produção cultural. Reconhecido pelo Ministério da Educação, o curso promove inclusão social e oportunidades profissionais no universo da arte e da cultura. @projetoariasocial @tecnicoemdancaariasocial @natalyaraujopersonal Saúde 5.0: nova era transforma atendimento com foco no paciente A área da saúde vive uma transformação sem precedentes. Com a chegada da chamada Saúde 5.0, o foco deixa de ser a quantidade de procedimentos realizados e passa a priorizar resultados clínicos, experiência do paciente e eficiência dos cuidados. Essa mudança de paradigma exige não apenas novas formas de gestão, mas uma base tecnológica sólida — e, nesse cenário, dois pilares ganham destaque: análise de dados e blockchain. A digitalização do sistema de saúde é um caminho sem volta, mas que ainda enfrenta barreiras importantes no Brasil. Temos um sistema fragmentado, com dificuldade de integração entre plataformas e falta de interoperabilidade. Isso afeta diretamente a continuidade do cuidado e a tomada de decisão clínica. A  Saúde 5.0 propõe uma abordagem centrada no paciente, com uso intensivo de tecnologias como inteligência artificial, big data, Internet das Coisas Médicas (IoMT) e blockchain para garantir segurança, rastreabilidade e personalização no atendimento.  O  blockchain, por exemplo, pode revolucionar o armazenamento e o compartilhamento de dados de saúde, oferecendo mais transparência e proteção contra fraudes. De forma simples, blockchain é uma tecnologia que funciona como um grande livro de registros digital. Nele, todas as informações são armazenadas em blocos, que se conectam como uma corrente (daí o nome block + chain). Cada vez que algo novo é adicionado — como um dado de saúde, por exemplo — isso é registrado de forma permanente e segura, e não pode ser apagado ou alterado sem deixar rastros. O uso de dados precisa vir acompanhado de responsabilidade. E a análise preditiva pode antecipar riscos e salvar vidas, mas só será eficaz se respeitar a ética, a privacidade e a confiança do paciente. A tecnologia não substitui o cuidado humano — ela o potencializa. Com o avanço das healthtechs, o Brasil começa a dar passos importantes na direção de um sistema mais moderno e centrado em valor. A transição, no entanto, depende de investimento, capacitação e mudança cultural no setor público e privado. A promessa da Saúde 5.0, segundo especialistas, é transformar não apenas o atendimento, mas toda a lógica da saúde como conhecemos hoje. Como médico, entendo que não basta

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hotel marriot suape

Rede Marriott investe R$ 60 milhões em hotel voltado ao setor corporativo em Suape

Empreendimento deve gerar 800 empregos e impulsionar turismo de negócios em Pernambuco. Foto: Janína_Pepeu – Secom Pernambuco foi escolhido para receber a primeira unidade da bandeira City Express by Marriott no Brasil. O novo empreendimento, batizado de Latitude Suape, será construído no Complexo Industrial Portuário de Suape, com um investimento estimado em R$ 60 milhões e previsão de geração de 800 empregos, entre diretos e indiretos, ao longo da obra e operação. A iniciativa foi oficializada nesta terça-feira (15), durante encontro no Palácio do Campo das Princesas com a governadora Raquel Lyra, representantes da Rede Marriott, da Casa Orange e da Fábrica de Hotéis. Hotel voltado ao setor logístico e industrial O hotel contará com 164 apartamentos e será voltado ao público corporativo e logístico, com estrutura funcional e moderna voltada para atender à crescente demanda do polo industrial e portuário. “A escolha se deu muito por acreditar que Suape tem uma demanda reprimida, que a gente pode vir a atender”, acrescentou Eduardo Malheiros, diretor da Fábrica de Hotéis. Projeto inclui torre empresarial e centro comercial A operação é fruto de uma parceria entre a Casa Orange, a Marriott e a Fábrica de Hotéis, responsável pela execução da obra. Além da hospedagem, o projeto prevê uma torre empresarial e um mall, criando uma nova centralidade na região. “A Marriott é a maior empresa hoteleira do mundo e agora traz o City Express para Suape”, comentou Renato Carvalho, gerente de Desenvolvimento da rede. Expansão da rede no Nordeste A unidade faz parte de um plano de expansão da Marriott, que prevê 30 novos hotéis no Nordeste nos próximos 15 anos, incluindo destinos como Porto de Galinhas e Cabo de Santo Agostinho. “O Porto é hoje um dos maiores do país, com cerca de 90 indústrias, e esse investimento representa confiança no turismo, na indústria e no próprio Complexo de Suape”, Armando Monteiro Bisneto, presidente do Complexo de Suape

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Itacoatiara AM 2

Carrilho Infraestrutura inicia novo terminal de combustíveis no Porto do Pecém

Com investimento de R$ 430 milhões, obra reforça presença da construtora pernambucana no setor industrial e logístico. Na foto, o Porto de Itacoatira, no Pará, onde a empresa também tem operação. A Carrilho Infraestrutura, braço industrial da Construtora Carrilho, deu início à construção de um novo terminal de armazenamento de combustíveis no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. O projeto, avaliado em R$ 430 milhões em sua fase inicial, inclui 13 tanques com capacidade total de 130 milhões de litros. A operação será classificada e alfandegada, com conexão direta ao porto, e deve ser concluída em até dois anos. Estão previstos cerca de 500 empregos diretos, com prioridade para a contratação de mão de obra local. Infraestrutura estratégica para a logística nacional Com mais de uma década de experiência no setor industrial, a Carrilho já executou grandes projetos em estados como Amazonas, Rondônia, Pará e Mato Grosso. Entre eles está o porto flutuante de Itacoatiara, considerado o maior terminal fluvial do Brasil, capaz de operar durante todo o ano mesmo em condições extremas. “A localização estratégica dos empreendimentos reforça o papel da Carrilho Infraestrutura na logística nacional, especialmente na integração do agronegócio do Centro-Oeste com os corredores de escoamento do Norte e Nordeste. Temos experiência em regiões desafiadoras, unindo engenharia de alto padrão e expertise logística para movimentação de grandes volumes de carga e combustíveis”, destaca Carlos Carrilho, vice-presidente e diretor técnico da empresa. Inovação com metodologia internacional Para ampliar sua eficiência, a construtora investiu na formação do corpo gestor em Advanced Work Packaging (AWP), metodologia internacional que vem transformando o planejamento e a execução de grandes obras. Baseado em estudos do Construction Industry Institute (CII), o AWP tem gerado aumentos expressivos de produtividade e redução de riscos em projetos industriais. “Ao investir na capacitação da sua equipe, a Construtora Carrilho reafirma seu compromisso com a inovação e a melhoria contínua dos seus processos, fortalecendo sua atuação no mercado com práticas de excelência que elevam a qualidade, reduzem riscos e entregam mais valor em cada projeto”, conclui Carrilho.

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Joao Galamba Divulgacao

Sísifo veste farda: a escala 6×1 como o castigo do trabalhador atual

João Galamba* Imagine acordar todos os dias, de segunda a sábado, repetindo uma jornada exaustiva que consome corpo, mente e alma. Ao final da semana, um único dia é concedido como “descanso”, onde o trabalhador não repousa, ele apenas se prepara para sobreviver à semana seguinte. Agora, imagine que isso se repete indefinidamente, como um ciclo sem fim. Assim vive o trabalhador submetido à escala 6×1. Quem vive sob essa lógica sabe: o domingo não é repouso, é manutenção. Lava-se a roupa, compra-se comida, arruma-se a casa, visita-se a família. Prepara-se o corpo para mais seis dias. E quando o corpo não responde, é culpa do cansaço? Não do sistema! No mito grego, Sísifo foi condenado pelos deuses a empurrar uma pedra até o topo da montanha, apenas para vê-la rolar de volta, num ciclo eterno, sem propósito ou recompensa. O esforço contínuo que não leva a lugar algum. Hoje, milhões de trabalhadores brasileiros vivem uma versão moderna desse castigo, disfarçada de legalidade: a jornada 6×1. No Brasil, Sísifo veste uniforme e bate ponto. Sua pedra é o turno de trabalho. Seu castigo é a repetição constante, sua liberdade é ficção. A cada semana vencida, não há vitória: há apenas o reinício do ciclo. A pedra rola de novo. O trabalhador acredita que está descansando, mas está apenas se preparando para recomeçar. Ele acorda cedo, enfrenta transporte precário, jornadas intensas e metas inalcançáveis. Quando finalmente chega o domingo, ele não vive: sobrevive. Tal como Sísifo, que via sua pedra rolar sempre de volta, o trabalhador vê a semana reiniciar, ainda mais pesada. E o mais perverso: acredita que isso é normal. Afinal, “sempre foi assim”. Mas naturalizar o excesso é aceitar a desumanização. É urgente discutir a redefinição da jornada de trabalho. Reduzir o tempo de labuta, garantir folgas reais e combater abusos que transformam o descanso em ficção. O trabalho não pode ocupar todos os espaços da vida. Se o tempo de viver se resume ao tempo de produzir, então não há liberdade e sim uma condenação. Sísifo não teve escolha. Mas o trabalhador tem. É hora de parar de empurrar a pedra. Repensar a escala 6×1 não é apenas uma questão de legislação. É uma questão de humanidade. *João Galamba é advogado especialista em direito do trabalho e sócio do escritório Galamba & Félix

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Nova gestão do Pernambuco Centro de Convenções aposta no turismo de negócios

Durante a Fenearte, consórcio apresenta primeiros resultados e plano estratégico para reposicionar o CECON como referência no setor. Na imagem acima: Thiago Soares (Diretor de Operações), Antônio Peçanha (Diretor-executivo), Alexandre Manata (Acionista), Nenety Cristiano (Acionista), Wesley Rodrigues (Acionista). Durante a 25ª Fenearte, maior feira de artesanato da América Latina, o Consórcio CID Convenções Pernambuco apresentou a nova gestão do Pernambuco Centro de Convenções (CECON), equipamento estratégico para o turismo de negócios no Estado. O grupo mineiro — formado por Conata Engenharia, Infracon Engenharia e Dezembro Eventos — já implementou ações de modernização e anunciou um plano estratégico voltado à eficiência operacional e ao reposicionamento do espaço como polo de grandes eventos. Estrutura e diferenciais do CECON Com um pavilhão de 20 mil m² — o maior do Nordeste —, teatro para quase 2,4 mil pessoas, amplo estacionamento e localização estratégica, o CECON oferece infraestrutura para sediar feiras, congressos e espetáculos simultaneamente. “Assumimos o compromisso de requalificar o Pernambuco Centro de Convenções para oferecer aos clientes e visitantes um equipamento moderno, versátil e competitivo”, afirmou o Diretor de Operações, Thiago Soares. Entre os primeiros avanços estão melhorias no sistema de climatização, iluminação, paisagismo e reestruturação de equipes. Liderança técnica e parcerias estratégicas A gestão é comandada por Antônio Peçanha (CEO), Thiago Soares (Operações) e Gabriela Diaz (Comercial), profissionais com vasta experiência em concessões, infraestrutura e captação de eventos. A nova equipe atua em articulação com o Governo do Estado e o Recife Convention Bureau para fortalecer a presença de Pernambuco no circuito nacional e internacional de feiras e encontros corporativos. Roadshows e feiras especializadas fazem parte da estratégia de divulgação. Turismo de negócios movimenta a economia De acordo com a Empetur, o turismo de negócios segue como uma das atividades mais relevantes para a economia pernambucana, impulsionando setores como hotelaria, gastronomia, transporte e comércio. A nova gestão reforça o papel do CECON como motor desse segmento, com infraestrutura moderna e flexível, capaz de atender demandas de grandes promotores e agentes de turismo corporativo.

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Navegando em Águas Turbulentas

Entre avanços tecnológicos e riscos invisíveis, o desafio é garantir que a IA sirva à justiça, à diversidade e ao bem comum *Por Rafael Toscano Toda nova tecnologia traz promessas. Mas também traz riscos. A inteligência artificial, com seu poder de decidir, prever e aprender, nos obriga a fazer uma pausa — olhar para os lados, olhar para trás e olhar para dentro. Não basta perguntar o que podemos fazer com ela. É preciso perguntar: o que devemos fazer com ela? A história está cheia de lições. A Revolução Industrial gerou crescimento, mas também desigualdade. O progresso científico trouxe curas, mas também armas. Agora, com a IA, vivemos outro ponto de inflexão. Uma ferramenta poderosa está em nossas mãos — e como vamos usá-la depende de escolhas éticas. Já falamos sobre viés, privacidade, responsabilidade. Mas existe uma camada mais profunda: a da justiça social. Quem se beneficia da IA? Quem é deixado para trás? Algoritmos que distribuem crédito, indicam candidatos a vagas de emprego, preveem comportamentos criminais — todos podem reforçar estruturas de desigualdade se forem construídos sem diversidade, sem escuta, sem crítica. O problema não está na tecnologia em si, mas na forma como ela é desenvolvida, treinada e usada. Dados refletem a realidade. E a realidade, infelizmente, ainda carrega muitos preconceitos. Se a IA aprende com isso, ela perpetua. E às vezes, amplifica. Por isso, precisamos de transparência. Não podemos viver em um mundo governado por algoritmos que ninguém entende. É necessário saber como as decisões são tomadas, que critérios foram usados, de onde vieram os dados. Só assim podemos confiar — e corrigir o que estiver errado. Precisamos também de inclusão. As vozes que historicamente foram silenciadas precisam participar da construção desse futuro. Não podemos aceitar que uma tecnologia que molda o mundo seja decidida por um grupo pequeno e homogêneo. A IA não é um luxo técnico; é uma questão de cidadania. E há uma questão internacional: a governança global da IA. Diferentes países têm valores distintos, prioridades diferentes. Como criar um conjunto de princípios éticos que respeitem a diversidade cultural, mas que também protejam direitos universais como liberdade, dignidade, igualdade? Alguns já começaram. A Declaração de Montreal, as diretrizes da Unesco, as discussões no Fórum Econômico Mundial e em consórcios de empresas e universidades. Mas o caminho ainda é longo. E o ritmo da tecnologia é mais rápido que o da legislação. Precisamos de pontes entre esses mundos: entre ética e inovação, entre academia e mercado, entre ciência e sociedade. Em meio a tudo isso, há outro risco: o da superficialidade ética. Criar comitês, selos, códigos de conduta pode parecer suficiente — mas só faz sentido se vier acompanhado de ação real. Ética não é um adereço. É uma prática. É um compromisso. E talvez a maior responsabilidade seja nossa, como sociedade. Não podemos delegar tudo à tecnologia. Precisamos formar cidadãos capazes de questionar, analisar, participar. A alfabetização ética e digital tem que começar na escola, seguir nas universidades, nas empresas, nos governos. Uma IA justa exige uma sociedade vigilante e ativa. O futuro será moldado por decisões que estão sendo tomadas agora. Cada sistema implantado, cada dado coletado, cada algoritmo rodando em silêncio: todos têm consequências. Podemos optar por uma IA que sirva ao lucro, à vigilância, à exclusão. Ou podemos lutar por uma IA que amplifique o que temos de melhor: empatia, solidariedade, justiça. Não será fácil. Navegar em águas turbulentas exige firmeza no leme e clareza no horizonte. Mas temos referências. A luta por direitos civis. A Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os movimentos por igualdade, por diversidade, por sustentabilidade. Todos eles nos ensinam que o progresso verdadeiro é aquele que inclui, que respeita, que escuta. Se a IA é a grande revolução do nosso tempo, que ela venha acompanhada de uma revolução ética — silenciosa, mas profunda. Que cada linha de código carregue não apenas lógica, mas cuidado. Que cada decisão algorítmica reflita não só eficiência, mas equidade. E que, ao final, possamos olhar para essa tecnologia não com medo, mas com orgulho — como algo que construímos juntos, com inteligência, mas sobretudo com humanidade. *Rafael Toscano é escritor, pesquisador e professor na CESAR School, engenheiro na Companhia Brasileira de Trens Urbanos e ocupa o cargo de Secretário Executivo de Ciência, Tecnologia e Negócios na Secretaria de Transformação Digital, Ciência e Tecnologia (SECTI) da Prefeitura do Recife. Formado em Engenharia da Computação pela UFPE, é Mestre e Doutor pela Universidade de Pernambuco. **Esse Texto integra o livro IA Transformação das Humanidades

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condominio caruaru

Reserva Portugal inaugura condomínio de alto padrão com impacto urbano em Caruaru

Empreendimento reúne infraestrutura de lazer, soluções ambientais e melhorias para mobilidade e saneamento no Agreste de Pernambuco Com 100% dos lotes comercializados e Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 140 milhões, o Reserva Portugal inaugura é um marco no mercado imobiliário de Caruaru. Primeiro condomínio de alto padrão dentro da cidade, o empreendimento será entregue neste sábado, 12 de julho. São 346 lotes, estrutura de clube com rooftop panorâmico, spa, coworking, capela e o Bosque Clarice Gomes — uma área verde preservada de 1 km, integrada ao condomínio e ao curso natural de um riacho. O Reserva Portugal vai além do conceito residencial ao promover melhorias estruturais em bairros vizinhos como Salgado, São João da Escócia e Fernando Lyra. Entre os legados estão a construção de uma praça pública com 13 mil m², a duplicação da Avenida Brasil e a criação da Avenida Cristiano Gomes, que facilita o acesso à região. A principal entrega social foi a construção de um emissário que saneou todo o bairro Fernando Lyra e tratou 40% do esgoto do populoso bairro do Salgado. “São atitudes que provocam mudanças expressivas nas comunidades que ficam no entorno do Reserva Portugal”, afirma o sócio administrador, André Melo Gomes.

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Medicas Donna Pelle foto Gleyson Ramos

Donna Pelle amplia atuação no Recife com nova unidade no RioMar Trade Center

Clínica referência em dermatologia e estética inaugura espaço moderno com mais de 400 m² e reforça protagonismo feminino na saúde. Foto: Gleyson Ramos A Donna Pelle acaba de inaugurar uma nova unidade na Torre 4 do RioMar Trade Center, no Recife. Com mais de 400 metros quadrados, o novo espaço foi projetado para proporcionar conforto e inovação no atendimento. Composta por uma equipe majoritariamente feminina — 90% do quadro —, a clínica conta com 12 médicas, sendo 11 dermatologistas e uma ginecologista especializada em saúde íntima. A empresa tem a liderança das médicas e sócias fundadoras Juliana Fontan e Mecleine Dantas. A nova unidade amplia a capacidade de atendimento da clínica, que já atua na Torre 3 do mesmo complexo empresarial. “A inauguração deste novo espaço é resultado do crescimento sólido da Donna Pelle ao longo dos últimos anos e da confiança dos nossos pacientes. É um marco que reflete nosso compromisso com a qualidade, inovação e excelência no atendimento”, destaca a Dra. Mecleine Dantas. “A Donna Pelle nasceu de um sonho nosso e vem crescendo graças à confiança dos pacientes e à dedicação do nosso time. Estamos em constante evolução, tendo o desejo de entregar sempre o melhor em saúde e estética”, afirma a Dra. Juliana Fontan.

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david corenswet como o protagonista de superman 2025

Novo Superman chega aos cinemas

Segundo Hegel, filósofo alemão do século XIX, a arte reflete o espírito de uma época, expressando ideias e valores de determinado período histórico. Vemos isso nas artes plásticas, na literatura e, claro, no cinema. No que tange à sétima arte, a ideia alcança tanto o cinema cult (daqueles pra crítico ver), quanto os barulhentos blockbusters. Incorporado desse espírito, chega aos cinemas o tão aguardado Superman de James Gunn, com muito bom humor e crítica certeira à atual política americana.   O Superman de James Gunn inspira bondade e esperança, bem diferente da vibe sombria proposta por Zack Snyder nos filmes anteriores. David Corenswet encarna muito bem esse papel. Nos minutos iniciais, nada de nave cruzando a tela e pousando com bebê kryptoniano sobre um milharal. Desnecessário revisitar em detalhes os primeiros anos de uma história tão conhecida quanto a do Superman. O filme começa com a celebrada cena em que o supercão, Krypto, aparece para resgatar o herói que se encontra bastante ferido em alguma região do Ártico.  Por sinal, o cão rouba a cena em boa parte do filme. Um Super bondoso, beirando o exagero, como na cena em que o herói, em meio ao combate, voa para resgatar um esquilo. Outro artifício do roteiro é contrapor as ações responsáveis do Superman às táticas nada cuidadosas da Gangue da Justiça. Formada por Guy Gardner (Nathan Fillion), a Mulher gavião (Isabela Merced), o Senhor Incrível (Edi Gathegi) e o Metamorfo (Anthony Carrigan), a equipe é responsável por boa parte dos momentos de alívio cômico. Destaque para Nathan Fillion na pele de Guy Gardner, o lanterna verde mais arrogante e mal-humorado do universo. Para quem, como eu, acompanhou as HQs da Liga da Justiça Internacional na década de 90, a presença do herói foi, sem dúvida, uma escolha acertada.   O novo trabalho do diretor de “Guardiões da Galáxia” e “Esquadrão Suicida” não se limita às sacadas engraçadas, tão comuns aos filmes que costuma dirigir. A crítica política aparece como fator que dá liga e consistência à trama. Na história, Lex Luthor, interpretado por Nicholas Hoult, acusa o Superman de interferir na política externa americana ao tomar partido no conflito entre as nações fictícias Borávia e Jarhanpur. Ao impedir a Borávia, aliada dos EUA, de invadir o país vizinho, o kryptoniano atrapalhou os negócios de Luthor, único fornecedor de armas à Borávia. Pergunto: viram algo semelhante na história recente de algum país do ocidente?   O roteiro também reflete sobre a atual política imigratória americana. Em entrevista ao jornal britânico The Times, James Gunn afirmou que “… Superman é a história da América. Um imigrante que veio de outro lugar e se instalou no país. (…) uma história sobre como perdemos noções básicas da gentileza humana”. Alfinetada certeira na política cruel de “tolerância zero” adotada por Donald Trump contra imigrantes. A arte imitando a vida.

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bra eua

Exportações brasileiras sob ameaça: Amcham Brasil critica tarifa de 50% imposta pelos EUA

Medida norte-americana pode afetar empregos, investimentos e cadeias produtivas; entidade pede retomada do diálogo bilateral A decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, a partir de 1º de agosto, acendeu um alerta no setor produtivo. A medida, que pode impactar diretamente empregos, investimentos e cadeias produtivas entre os dois países, foi duramente criticada pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio). A entidade defende uma resposta rápida e diplomática para preservar a parceria estratégica e econômica com os norte-americanos. Com mais de 100 anos de atuação em defesa da integração econômica entre Brasil e EUA, a Amcham alerta que a decisão pode comprometer a confiança construída ao longo de décadas. “A relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos sempre se pautou pelo respeito, pela confiança mútua e pelo compromisso com o crescimento conjunto”, destaca a nota da entidade, que também lembra que o comércio entre as nações tem sido vantajoso para ambos os lados — especialmente para os norte-americanos, com superávit de US$ 29,2 bilhões apenas em 2024. A Câmara conclama os governos a restabelecerem um canal de diálogo imediato, priorizando uma solução negociada e equilibrada. Segundo a entidade, apenas a previsibilidade e a racionalidade nas decisões podem garantir um ambiente favorável aos negócios e à cooperação internacional. O aumento da tarifa pode desorganizar setores inteiros da economia brasileira, além de abalar cadeias de produção integradas e investimentos de longo prazo. Diante do cenário de incerteza, a Amcham reforça sua missão de estimular a integração comercial e empresarial. “Reiteramos a importância de uma solução negociada, fundamentada na racionalidade, previsibilidade e estabilidade, que preserve os vínculos econômicos e promova uma prosperidade compartilhada”, afirma a entidade. 📄 Nota da Amcham Brasil na íntegraSão Paulo, 9 de julho de 2025 A Amcham Brasil manifesta profunda preocupação com a decisão anunciada pelo governo dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras, com vigência a partir de 1º de agosto. Trata-se de uma medida com potencial para causar impactos severos sobre empregos, produção, investimentos e cadeias produtivas integradas entre os dois países. A relação bilateral entre Brasil e Estados Unidos sempre se pautou pelo respeito, pela confiança mútua e pelo compromisso com o crescimento conjunto. O comércio de bens e serviços entre as duas nações é fortemente complementar e tem gerado benefícios concretos para ambos os lados, sendo superavitário para os Estados Unidos ao longo dos últimos 15 anos — com saldo de US$ 29,2 bilhões em 2024, segundo dados oficiais norte-americanos. A Amcham Brasil — que há mais de um século atua pelo fortalecimento dos laços econômicos entre os dois países — conclama os governos a retomarem, com urgência, um diálogo construtivo. Reiteramos a importância de uma solução negociada, fundamentada na racionalidade, previsibilidade e estabilidade, que preserve os vínculos econômicos e promova uma prosperidade compartilhada.

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