2021 - Página 139 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Prefeitura de Moreno abre seleção pública com 43 vagas

A Prefeitura de Moreno anunciou abertura de processo seletivo para 43 vagas, mais cadastro de reserva. As oportunidades são para profissionais de ensino superior, médio e fundamental, com remunerações que variam entre R$ 1,1 mil e R$ 2,2 mil. As vagas diretas e de cadastro de reserva são para advogado, assistente docial, psicólogo, pedagogo, economista doméstico (cadastro reserva), coordenador Social SUAS, coordenador do CadÚnico/PBF, supervisor Programa Criança Feliz, Assessor Técnico, Agente Social CadÚnico/PBF, Orientador/ Educador Social, Auxiliar Administrativo, Motorista categoria B e auxiliar de serviços gerais. As inscrições começam amanhça e seguem até o dia 10 de março e podem ser realizadas de forma presencial (exceto no final de semana), na quadra do Colégio Baltazar (Av. Doutor Sofrônio Portela, Centro), no horário das 9h às 14h. A outra alternativa é online, pelo e-mail selecaosimplificadamoreno@gmail.com. É possível conferir o edital do processo seletivo no site do Diário Oficial dos Municípios de Pernambuco. Para isso, utilize o seguinte código identificador: 5CA4EFD2.

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Pesquisa: cepa do Amazonas do coronavírus gera mais carga viral

Da Agência Brasil Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia constatou que a carga viral de pacientes contaminados pela cepa P.1 do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma variante provavelmente desenvolvida no Amazonas, é bem maior do que em pacientes com outras cepas que circulam no Amazonas. O SARS-CoV-2 é o vírus que causa a covid-19. O artigo que divulga os dados da pesquisa, realizada entre março de 2020 e janeiro deste ano, foi assinado por 29 especialistas, mas ainda falta ser oficialmente publicado. O texto está disponível na plataforma Research Square, que permite que artigos sejam debatidos por especialistas antes da publicação em uma revista científica. De acordo com o estudo, a pessoa infectada com a P.1 pode ter até dez vezes mais vírus em seu organismo do que as contaminadas por outras variantes. E esse pode ter sido o motivo que levou a cepa de Manaus a se espalhar tão rápido pelo Amazonas. A carga viral de P.1 não varia entre homens idosos e adultos de outras idades. Também não houve diferença na carga viral de homens e mulheres, por isso ela pode ser igualmente transmissível por qualquer pessoa acima de 18 anos. E isso é diferente do que acontece com as outras cepas, em que os homens idosos têm uma carga viral mais alta. Segundo o pesquisador Felipe Naveca, o aumento da quantidade de vírus no nariz e na garganta amplia a possibilidade de transmissão. No entanto, ter uma maior carga viral não necessariamente piora a situação da covid-19 no paciente. Evolução da cepa A P.1 teria evoluído de uma outra cepa que circulava pelo Amazonas - a chamada B.1.1.28 - em novembro de 2020 e foi detectada pela primeira vez em Manaus em 4 de dezembro. Foi necessário um tempo inferior a dois meses para que a nova variante passasse a ser a causadora da maior parte dos casos de covid-19. “O problema do vírus ficar circulando muito tempo, quando houve também uma queda do distanciamento social, favoreceu o surgimento da P.1”, explicou Naveca. Quanto mais o vírus circula, maiores são as chances de ele sofrer novas mutações que podem ser, inclusive, resistentes às vacinas produzidas atualmente. Para Naveca, estudos ainda estão sendo feitos sobre a eficácia da vacina contra a variante P.1, mas ainda não há conclusão.

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Estão abertas as inscrições para o Cineducar – Seminário de Cinema e Educação

O Cineducar - Seminário de Cinema e Educação - está com inscrições abertas até o dia 7 de março. O evento acontecerá entre os dias 15 e 27 de março, será gratuito e online, e contará com mesas de formação, sessões cineclubistas e oficinas. As inscrições vão até o dia 5 de março. O evento é uma realização do Cineclube Alumia e da Emoriô - Escola Livre de Audiovisual. O seminário nasce como espaço para reflexão sobre a relação entre cinema e educação e visa contribuir para o debate sobre o ensino e aprendizagem no atual contexto de pandemia. “O seminário surge nesse panorama como uma possibilidade de construir junto com professores das redes de ensino e ao mesmo tempo trazer outras pessoas que são da área de cinema e educação”, explica a Juliana Gleymir coordenadora geral do Cineducar e realizadora do Cineclube Alumia. A programação do seminário vai abordar virtualmente questões sobre educação e tecnologia por meio dos desafios da prática pedagógica em um mundo cercado por telas e imagens e dos caminhos para a implementação do cinema nos projetos educacionais. Vai ter o compartilhamento de materiais de referência através da indicação de acervos e ferramentas digitais, além de troca de experiências pedagógicas de professores e educadores audiovisuais em contextos diversos como o prisional, das populações indígenas, do campo, comunidades quilombolas, entre outros. Também serão abordadas formas de mobilização familiar e comunitária para criar uma rede de apoio entre escola, comunidade e estudantes. “É importante que a gente tenha ouvidos e olhares, essa sensibilidade, para pensar soluções com o cinema como uma ferramenta mobilizadora e transformadora de um paradigma social, de como a gente lida nas nossas relações com as pessoas e o mundo e como podemos criar outros futuros desejáveis”, afirma Juliana Gleymir. Com a pandemia, todo processo de ensino e aprendizagem se transformou, principalmente no ambiente escolar. Mudanças aconteceram desde o planejamento pedagógico até a adequação a um modelo de aulas não presenciais, o que fez da motivação dos estudantes um desafio a ser superado à distância. Muitas tecnologias estão sendo disponibilizadas em meio a essa crise, mas para educadoras e educadores ainda é muito difícil encontrar a melhor solução para atender a necessidade de ensinar além dos muros da escola. O Cineducar terá a participação de acadêmicos, professores da rede estadual e municipal, comunicadores sociais e cine educadores. Tem apoio da Federação Pernambucana de Cineclubes (FEPEC), do Cineclube Alma no Olho e está sendo executado com patrocínio da Lei Aldir Blanc Pernambuco. PARA PARTICIPAR - Para acompanhar as mesas de formação, as inscrições devem ser feitas no link: https://bit.ly/CINEDUCAR. Para participar das oficinas, é necessário responder a este formulário: https://bit.ly/OficinasCINEDUCAR. As sessões cineclubistas não necessitam de inscrição, são abertas ao público em geral. Serviço:  Inscrições abertas para o CINEDUCAR - Seminário de Cinema e Educação De 25/02 a 07/03 Formulário geral: https://bit.ly/CINEDUCAR Formulário para oficinas: https://bit.ly/OficinasCINEDUCAR Realização do CINEDUCAR De 15/03 a 27/03

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“A cúpula militar da ativa tem se mostrado preocupada com a forma de ação de Bolsonaro.”

A democracia brasileira corre perigo? Declarações de duas figuras próximas ao presidente Jair Bolsonaro, feitas na semana passada, levaram muitos brasileiros a fazer essa pergunta. O deputado Daniel Silveira divulgou um vídeo defendo o fechamento do Superior Tribunal Federal e fez apologias ao AI-5. Já o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas lançou um livro no qual conta em detalhes o tuíte que fez em nome do Exército pressionando o Supremo, às vésperas do julgamento de um pedido para evitar a prisão do ex-presidente Lula. Para Ricardo Sennes, economista e doutor em ciência política, porém, não há sinais de um alinhamento dos oficiais da ativa das Forças Armadas com intenções golpistas. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele analisa as consequências dessas declarações, o posicionamento de Bolsonaro e as ações do STF. A prisão de Daniel Silveira pode ser uma limitação da imunidade parlamentar e do uso das mídias digitais pelos políticos? Aqui é necessário separar conteúdo/mérito e forma/procedimento. No conteúdo acho que é bastante defensável que o deputado cruzou a linha do aceitável em termos de atentado contra a ordem democrática. Se sua fala fosse isolada e em tempos de menos tensão institucional, acho que não teria o tratamento que teve. Porém, no contexto atual, foi claramente um chamado à ação dos grupos políticos mais radicais do País contra as instituições. Ademais, ele não é um cidadão qualquer. Ele é um deputado federal, uma autoridade constituída, portanto, com responsabilidades públicas evidentes. Nesse sentido, acho que claramente cometeu um crime contra a ordem democrática e a paz social. No que tange à forma, aos procedimentos, acho que novamente o STF errou. Acho que existem instituições com funções precípuas para abrir inquéritos, fazer acusações e investigações. Acho que seria função dessas instituições, com destaque para a PGR, que poderia iniciar esse processo investigativo e mesmo solicitar prisão preventiva. Acho bastante preocupante a forma pela qual o STF chamou a si esse tipo de autoridade que constitucionalmente não tem. A omissão de instituições como o Congresso em outros casos de ataques ao STF e a apologia à volta do AI 5 – alguns vindos do próprio clã Bolsonaro – incentivam outras pessoas a seguirem esse comportamento? Creio que o deputado cometeu um crime, portanto, não cabe ao Congresso agir no campo criminal ou judicial. Cabe às instâncias judiciais. Ao Congresso caberia tratar de forma exemplar esse tipo de ação. A essência do parlamento é a tolerância, o respeito à Constituição e ao jogo democrático. Todas as ações de membros que atentam contra isso estão fora do decoro e do juramento que seus membros estão obrigados a seguir. O deputado Daniel Silveira claramente atentou contra esses fundamentos e me parece óbvio que deveria ter seu mandato cassado. Declarações como as de Daniel Silveira e do general Villas Bôas – sobre o posicionamento do Alto Comando do Exército em favor da prisão de Lula – colocam em xeque a democracia brasileira? Acho que esses eventos são de ordem bastante distintas. Obviamente nenhuma das declarações contribue para a normalidade democrática no País. Mas são eventos que correm em raias diferentes. As posturas dos militares na ativa e os da reserva têm sido muito diferentes. Até onde acompanho, a postura da cúpula militar da ativa tem se mostrado bastante preocupada com a forma de ação do presidente Bolsonaro e seu grupo. Já deram recados sobre isso. Talvez menos enfáticos do que gostaríamos, mas têm sido dados. O histórico do deputado Daniel é completamente em outro sentido. É uma pessoa claramente perturbada. Sua passagem pela PM do Rio de Janeiro foi completamente atribulada. Recebeu centenas de punições, processos, foi preso várias vezes. Vejo-o como uma figura menor buscando achar um espaço dentro dos grupos mais radicais da base bolsonarista. É grave, mas faz parte de outra dinâmica política que, infelizmente, está presente no País. LEIA A ENTREVISTA COMPLETA NA EDIÇÃO 179.4 DA REVISTA ALGOMAIS: assine.algomais.com

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Circuito Aurora Instrumental ganha edição especial online

O Circuito Aurora Musical retorna às atividades em 2021 com uma edição especial online no mês de março. O evento, que se consolidou como importante palco de expressão da diversidade, tradição e renovação da música instrumental pernambucana, foi contemplado com patrocínio da Lei Aldir Blanc para realizar a transmissão de concertos musicais, ao vivo, nos dias 6 e 7 de março, nas redes sociais do Aurora Instrumental. Esta edição apresentará uma programação mais compacta, serão quatro lives com shows do Quarteto Encore, o duo Paula Bujes e Pedro Huff, Alexandre Rodrigues e Pife Urbano, e o projeto “O Sopro e a Percussão”, do percussionista Gilú Amaral. No conforto do sofá e na segurança de casa, o público poderá assistir gratuitamente aos concertos de música instrumental que exploram a diversidade cultural e diferentes escolas de Pernambuco, passando pela popular, erudita e experimental. “Os artistas escolhidos representam a vanguarda da música instrumental assim como os jovens talentos. Também reafirmamos o compromisso de garantir o espaço da mulher no festival e a música de alta qualidade, tendo em vista que todos os artistas estão ativos em seus respectivos processos criativos”, explica o produtor executivo do Aurora Instrumental, Félix Aureliano, que ao lado de Gilú Amaral também é responsável pela idealização e curadoria do circuito. Para adaptar o evento ao formato online, a produção do Aurora se preocupou em oferecer concertos com alta qualidade de som e imagens. A transmissão das lives será realizada pela Solare Audiovisual, ao vivo e em Full HD (60 FPS), com a captação de imagens feita simultaneamente por quatro câmeras. Já a captação de áudio estará sob a responsabilidade do Estúdio Carranca. Essa estrutura possibilitará não só a integração ao vivo com os convidados, como também fazer cortes dinâmicos e transições modernas de cenas. “Embora as lives já não sejam uma novidade, principalmente agora na pandemia, vamos fazer o Aurora com um formato inovador e ainda pouco utilizado no mercado nacional. As câmeras e lentes usadas possuem padrão de estética de cinema”, explica Gilú Amaral, que é o diretor artístico e musical do Aurora Instrumental. Ele lembra que, em 2018, a primeira edição do Aurora promoveu uma programação com 20 espetáculos musicais e já teve reconhecida a sua importância para o fortalecimento do consumo da música instrumental em Pernambuco. “Agora estamos dando continuidade ao projeto. O Aurora está vivo e nosso objetivo é que o circuito entre para o calendário cultural de Recife”, informa Gilú Amaral. “A classe artística foi a primeira a parar com a pandemia, e continuamos ainda vivendo uma situação bastante complexa. Por isso oportunidades como essa proporcionada pela Lei Aldir Blanc e o Governo do Estado são muito valiosas, e colaboram para estimular o interesse pela música de alta qualidade e formação de público”. Oficina - A edição especial Aldir Blanc também promoverá uma atividade formativa, com a oficina sobre o Coco de Roda em Pernambuco, ministrada por Gilú Amaral, que será disponibilizada gratuitamente no Canal do YouTube do Aurora - https://www.youtube.com/channel/UCNkRuvfoQovffs7jbGAPMwA . A oficina poderá ser acessada a partir do dia 13 de março, e conta a história do coco de roda, por meio da tradição da oralidade, além de apresentar técnicas, variações e todas as diferenças de estilos do coco (Coco Praieiro, Coco de Umbigada, Coco de Xambá), instrumentação, práticas e saberes com a narrativa sobre cada ciclo, principais diferenças, semelhanças e características. SERVIÇO: Aurora Instrumental – edição especial Aldir Blanc Período: 06 e 07 de março de 2021 Assista: redes do Aurora Instrumental (Instagram e YouTube) Programação Live’s 06/03 16h – Alexandre Rodrigues e Pife Urbano 20h – Gilú Amaral e o “Sopro e a Percussão” 07/03 16h – Paula Bujes e Pedro Huff 19h – Quarteto Encore

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Distritão deve ser novidade nas eleições 2022

*Por Maurício Costa Romão A Câmara dos Deputados voltou a tratar de mudança do sistema eleitoral brasileiro, desta feita buscando substituir o proporcional pelo majoritário. A mudança seria uma forma de superar as dificuldades causadas para muitos partidos pelo fim das coligações proporcionais e pela instituição da cláusula de desempenho partidário. Como não há tempo hábil para implementar o modelo majoritário de voto no formato distrital puro ou misto, para viger em 2022, até porque seria necessário delimitar espaços geográficos distritais nos estados da federação, os debates iniciais têm convergido para a modalidade distritão, cuja proposta, aliás, já fora derrotada no plenário do Congresso Nacional, em 2017. O distritão é uma variante magnificada do distrital puro. Pelo mecanismo, a circunscrição eleitoral seria um grande distrito (o estado, o município). Pernambuco, por exemplo, conformaria um distrito com 25 cadeiras de deputado federal, cuja ocupação dar-se-ia pelos 25 candidatos mais votados da eleição (a chamada “verdade eleitoral”). O distritão é louvado (1) por eleger os mais votados do pleito; (2) pela sua simplicidade (inteligibilidade); (3) por respeitar a vontade do eleitor; (4) por fortalecer os principais partidos e evitar fragmentação partidária e (5) por impedir transbordamento (spillover) de votos de puxadores para candidatos de pouca dimensão eleitoral. O rol dos deméritos, todavia, é apreciável: (a) reduz o pluralismo político do Parlamento; (b) diminui a participação das minorias; (c) tem baixa taxa de renovação da representação, devido ao recall dos atuais eleitos; (d) concentra mais votos e representantes nos partidos grandes; (e) supervaloriza as pessoas famosas (extra partidárias) em detrimento da qualidade da representação; (f) aumenta a personalização da representação; (g) tem baixa accountability (pouca ligação entre o parlamentar e as bases eleitorais); (h) relega partidos a plano secundário; (i) estimula competição entre correligionários de um mesmo partido e (j) favorece a influência do poder econômico. Um argumento de convencimento expressado por alguns parlamentares é o de que o distritão seria implantado agora, mas como transição para o modelo distrital misto, que vigeria a partir de 2030. No mecanismo misto o eleitor vota duas vezes e uma parte dos parlamentares é eleita pelo sistema majoritário-distrital puro e a outra parte pelo proporcional de lista fechada. Um dos modelos mais complexos em uso nas democracias contemporâneas. A justificativa de que o distritão seria um aprendizado para o distrital misto não se sustenta. São dois sistemas que guardam entre si enormes diferenças. E tem uma questão lógica: se o distritão não serve para ser permanente, por que submeter o país a essa traumática temporariedade? Ademais, o argumento da transição pressupõe que o distrital misto é superior ao distritão - a ponto deste servir apenas de trampolim para aquele - ou ao proporcional de lista aberta – a ponto de este ser substituído por ambos. Todos os sistemas eleitorais têm vantagens e desvantagens e é sempre controverso se falar de superioridade de um sobre outro, pois “nenhum sistema de voto é justo, perfeito, ideal” (“Teorema da Impossibilidade de Arrow”). Note-se, enfim, que a proposta de mudança de modelo eleitoral ressurge de forma flagrantemente casuística: “facilitar a vida de partidos nanicos” (Poder360, 24/02/21). O propósito explicitado é o de desfazer o regramento constitucional de 2017, que diminui a fragmentação partidária e imprime qualidade ao sistema político. Uma propositura vazada em tais desígnios não pode prosperar. ------------------------------------------------------------------------ Maurício Costa Romão, é Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos. mauricio-romao@uol.com.br

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Idosos e vacinas contra a Covid-19: quais os cuidados após serem vacinados?

Os idosos são prioridade, junto com profissionais da saúde, na fila da vacinação. Os cuidados com eles desde o início dessa pandemia era pra que não contraíssem o vírus, mas agora as coisas estão mudando e muitos dos nossos idosos já estão recebendo o imunizante que vai trazer esperança de dias melhores. A cautela ainda existe. Mas, agora, muitos deles, dos familiares e dos cuidadores estão preocupados em como será o cuidado com eles depois da vacinação e se, de fato, não existe nenhum perigo em tomar a tão falada vacina. Segundo a médica geriatra Sandra Brotto, coordenadora da especialização médica em geriatria da Faculdade IDE, as reações adversas costumam ser raras e bem toleradas em ambas as vacinas disponíveis no Brasil. Mas, mesmo após a primeira dose, o idoso deve manter os mesmos cuidados, pois a imunidade só é alcançada cerca de 15 dias após a segunda dose. “É preciso enfatizar que a vacinação é uma medida, não apenas de cunho individual, mas coletivo, uma vez que, para reduzir de forma efetiva a transmissão teremos que atingir a vacinação de ¾ da população, o que não ocorrerá no primeiro momento”, conta. Entretanto, a geriatra lembra que a vacina também se mostrou eficaz na redução de manifestações graves, internação e mortalidade, o que impacta de forma significativa na preservação da saúde e da qualidade de vida dos nossos idosos. “Uma vez imunizado, o idoso ainda pode, em teoria, contaminar-se e apresentar sintomas leves a moderados da doença, trazendo algum desconforto sintomático. Além disso, mesmo imune, ao entrar em contato com alguém infectado, é possível carrear o vírus na pele, nas mãos e nas roupas, tornando-se o transmissor para outro indivíduo ainda não vacinado”, ressalta a coordenadora da especialização médica em geriatria da Faculdade IDE. Ou seja, mesmo após a vacinação, todas as medidas de segurança e higiene devem ser mantidas. E, depois que a imunização for realidade para a maioria das pessoas, o desafio será recomeçar. “Acredito que todo recomeço é um processo gradual. Afinal, estamos lidando, todos os dias, com o desconhecido, desde o início da pandemia. Porém, quando atingirmos cerca de 75% da população vacinada e diminuirmos a transmissão, observaremos a redução das hospitalizações e das mortes pela covid-19. Assim, creio que a segurança em sair voltará, assim como toda agenda social dos idosos, que poderão retornar enfim, aos seus pilates, cursos, bailes, trabalho e viagens. A família e os amigos serão primordiais na recuperação dessa socialização”, diz a médica geriatra Sandra Brotto. Saúde mental do idoso em tempos de pandemia A caminhada até aqui não tem sido fácil e é bom estarmos atentos aos sinais de mudança de humor e comportamento para não descuidar da saúde mental dos idosos. De acordo com a geriatra Sandra Brotto, os danos psicológicos foram devastadores: aumento dos sintomas ansiosos e depressivos, perda de funcionalidade e prejuízo no funcionamento motor tem sido relatados no mundo inteiro. “Algumas pessoas mais próximas dos idosos inclusive já perceberam diferenças, mas ainda estão com medo de retirá-los de casa para irem a médicos e psicólogos, a fim de iniciar tratamento adequado”. Dito isto, faz-se importante elencar o papel da telemedicina, modalidade nova que ganhou grande impulso no isolamento social, e que pode ajudar a consolidar o diagnóstico, não postergar mais o início do tratamento e evitar danos irreparáveis. Por outro lado, outras famílias, até por conta do distanciamento social, ainda não se deram conta dos reais prejuízos trazidos, a saúde mental de seus idosos, pela pandemia. “Gostaria de explicar que não apenas choro e apatia são sinais de depressão no idoso, mas que sintomas atípicos, como perda de peso, déficit cognitivo, transtornos de sono e irritabilidade, também são apresentações comuns nessa faixa etária”, completa a coordenadora da especialização médica em geriatria da Faculdade IDE. Enquanto a vacina não chega para todos... Ainda não chegou imunizante para todos os idosos, por isso é preciso continuar com todas as precauções. “As medidas de segurança contra a transmissão da covid-19 continuam sendo muito importantes. Uso de máscaras e álcool gel, evitar aglomerações e saídas desnecessárias, manter o isolamento de crianças e pessoas que estejam trabalhando, desinfetar com álcool elementos que venham da rua, continuam valendo como as principais ações a serem tomadas”, aconselha Sandra Brotto. Outro ponto importante é controle da ansiedade. “Todo esse tempo de pandemia tem sido um gatilho para o aumento da ansiedade por vários aspectos: medo de adoecer ou de morrer, insatisfação por falta de vida social, tristeza pelo isolamento sem poder abraçar filhos e netos, luto por perda de parentes e amigos. A vacina vem como um alento no meio disso tudo e a ansiedade nesse caso por se proteger, faz parte da natureza humana, principalmente nos idosos, por ser o grupo de maior risco”, analisa geriatra. Estratégias, enquanto aguardam a vacinação e a sonhada imunidade, como prática de meditação e atividade física, alimentação leve e balanceada, videochamada com familiares e amigos, além de atividades de lazer e de estimulação cognitiva podem ajudar a passar o tempo com qualidade. “Entre os exemplos: leitura, trabalhos manuais, dança, canto, quebra-cabeça, palavras cruzadas, caça palavras, bordado e pintura, dentre tantas outras”, finaliza a médica geriatra Sandra Brotto, coordenadora e também professora da especialização médica em geriatria da Faculdade IDE.

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Pesquisa da UFPE: Mulheres do Norte-Nordeste têm mais sintomas da Covid-19

Por Renata Reynaldo (da Ascom da UFPE) Mulheres do Norte e Nordeste, pardas e com faixa etária mais velha têm maior associação com a categoria das pessoas que apresentam a maioria dos sintomas relacionados à Covid-19. Segundo estudo desenvolvido pelo professor de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFPE Rafael da Silveira Moreira, também pesquisador do Instituto Aggeu Magalhães, essa camada da população forma a maioria entre quem procura por serviços de atendimento em saúde, embora que com diferentes perfis de uso. O resultado da pesquisa foi publicado nos Cadernos de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com o título “Análises de classes latentes dos sintomas relacionados à Covid-19 no Brasil: resultados da Pnad-Covid-19”. Outro dado importante revelado pela investigação indica que os atos de ligar para profissional de saúde, fazer uso de medicação – prescrita ou na forma de automedicação – e receber visita de um profissional de saúde particular estiveram associados às classes de maior gravidade dos sintomas. E mais: receber visita por profissional do Sistema Único de Saúde (SUS) esteve associado com possuir tanto todos os sintomas quanto leves sintomas com predominância de dor de cabeça, além de o local de busca de atendimento entre os indivíduos com todos os sintomas foi a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do SUS. “Achados como estes sustentam a importância da investigação dos sintomas, servindo para a identificação epidemiológica de possíveis casos em um cenário com baixa taxa de testagem populacional”, afirma o autor. Ainda sobre o que aponta objetivamente o estudo, para os pacientes com maior prevalência de tosse e dor de garganta, a Unidade Básica de Saúde (UBS) foi o local mais procurado, enquanto que os hospitais tanto públicos como privados não foram os locais prioritários para busca por atendimento, assim como os consultórios particulares. O levantamento revela, ainda, que os prontos-socorros particulares foram buscados na prevalência alta dos sintomas e que houve um excesso de indivíduos da classe com todos os sintomas que ficaram internados ou que tentaram internação, mas não conseguiram. “O fato de terem sido as UPAs do SUS o local onde se buscou atendimento para aqueles que apresentaram maior prevalência de todos os sintomas indica a UPA como porta de entrada para a maioria dos indivíduos polissintomáticos”, analisa Moreira. MÉTODO – O pesquisador fez uma Análise de Classes Latentes (ACL) com covariáveis sociodemográficas sobre 11 sintomas relatados por 346.181 participantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad-Covid-19), realizada em maio de 2020, e relacionou os dados com informações sobre o padrão de utilização dos serviços de saúde, também considerando a localização espacial dos entrevistados a fim de identificar as áreas de risco para os casos de Covid-19. A investigação revelou seis classes de sintomatologia que variam entre todos os sintomas; prevalência alta dos sintomas; predominância de febre; predominância de tosse/dor de garganta; leves sintomas com predominância de dor de cabeça e, por fim, a ausência de sintomas. Segundo Moreira, a ausência de testagens em massa para o diagnóstico da Covid-19 gera a necessidade de conhecer a dimensão da doença por meio da sua sintomatologia clínica, daí o objetivo do estudo de investigar o perfil de sintomas relacionados a essa patologia e aspectos relacionados. O artigo, publicado em janeiro deste ano, aponta que a experiência de países que conseguiram êxito no controle da epidemia mostrou alta taxa de testagens da população, acompanhamento dos casos e de contactantes, bem como maior engajamento político e social na manutenção das medidas de distanciamento social. SUPORTE – De acordo com o professor Rafael, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou sistematicamente em 2020 a Pnad-Covid-19, para a qual os entrevistados respondem a perguntas relacionadas aos sintomas autorreferidos da doença, ao perfil de busca por serviços de saúde e à situação ocupacional no mercado de trabalho. O pesquisador entende que a forma como se apresenta esse padrão na população, reforçada pelo conhecimento científico sobre os fatores associados, pode gerar melhor suporte para o manejo focalizado de pacientes com maior probabilidade de confirmação positiva da doença. “Do mesmo modo, propicia o uso racional dos leitos de UTI e de ventiladores pulmonares epidemiologicamente direcionados, além de permitir melhor detecção, diagnóstico e monitoramento oportuno dos casos suspeitos”, reforça. Em tom de alerta, o artigo científico destaca que o Brasil apresenta uma taxa de testagem bastante inferior ao que seria esperado para o adequado controle da epidemia, flexibilizações de medidas de distanciamento social por pressões econômicas e instabilidades na coordenação setorial no campo da saúde pública. “Como resultado”, observa o autor, “vê-se o avanço da epidemia em diferentes ritmos nas diversas escalas geográficas nacionais, e essa desigualdade é espelho da iniquidade social brasileira, na qual a pandemia encontra já de partida um país debilitado pelo modesto crescimento econômico e por um setor público (ciência, educação e saúde) enfraquecido pela redução dos investimentos em políticas públicas, resultado do modelo neoliberal de austeridade fiscal, realidade compartilhada pelos demais países da América Latina”. Fonte: UFPE

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O que é estratégico para Pernambuco nos próximos 15 anos?

A reportagem de capa desta semana da Algomais traz como provocação a seguinte pergunta: O que é estratégico para o desenvolvimento econômico de Pernambuco nos próximos 15 anos? Não se trata de uma projeção de como será o Estado em 2036 (até porque em um tempo de pandemia é quase impossível prever até o final deste ano), mas de quais questões são importantes serem resolvidas neste horizonte para que alcancemos um maior desenvolvimento. Ao ouvir empresários, economistas, pesquisadores, consultores e representantes de classe, um aspecto perceptível foi para o fato de que alguns desses eixos estratégicos já são defendidos há muito tempo. Infraestrutura para o interior, com destaque para a Transnordestina e para o Arco Metropolitano, por exemplo, já foi alvo de máterias da Algomais há anos. Enquanto o Arco Metropolitano parece dar seus primeiros passos para sair do papel, com o recente edital para elaboração do seu projeto básico, a Transnordestina é uma realidade ainda mais distante. A desburocratização é outro fator sempre presente neste debate. Diferente da questão da infraestrutura, que exige muitos investimentos, a desburocratização depende mais de vontade política. No entanto, teve poucos avanços nos últimos anos. Os investimentos em educação, defendidos pelos entrevistados, não são uma novidade nesse debate sobre o futuro do desenvolvimento econômico. Entretanto, o efeito da pandemia criou mudanças no pensamento empresarial e econômico em todos os aspectos sociais. Se antes a preocupação estava centrada numa formação mais técnica, a demanda que ficou evidente nas entrevistas foi de uma nova estrutura de educação a partir do básico. As menções acerca da importância do sistema de saúde também são outro destaque que praticamente não aparecia e que agora passa a ser também prioridade. E, em um contexto de extrema instabilidade ainda pandêmica, a sustentação socioeconômica dos próximos anos depende também de programas robustos de suporte social às famílias mais carentes, na análise dos entrevistados. Outra grata novidade é a percepção da bioeconomia como uma peça importante para o futuro do desenvolvimento econômico de Pernambuco. Em um contexto em que a sustentabilidade ambiental ganha uma relevância internacional nunca antes vista, não é possível mais desconsiderar a preservação e o uso consciente da nossa biodiversidade como um fator importante para o Estado e para o País. Leia a reportagem na edição 180.4 da Algomais.   ASSINE.ALGOMAIS.COM

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