2022 - Página 70 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

Dom Helder e Tarcisio

A história de Tarcísio Pereira, o livreiro que conquistou o Recife

(Da Cepe) Tarcísio Pereira, o homem que na década de 1990 conduziu a maior livraria do Brasil, tem o seu perfil publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O título foi escrito pelo jornalista Homero Fonseca e apresenta a trajetória do livreiro e da icônica Livro 7, inaugurada no Recife em 27 de julho de 1970 e fechada em 2000. O lançamento será às 19h de quarta-feira (27/07), no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, e remete à data de fundação da livraria. É aberto ao público, com apresentação de orquestra de frevo e homenagens de amigos. “Mesmo sem ter sido um criador de conteúdo, Tarcísio teve a maior importância na vida cultural de Pernambuco”, destaca Homero Fonseca, ao falar sobre a publicação Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo, da Cepe Editora. Ele nasceu em Natal (RN), migrou para o Recife com a família, ainda adolescente, e morreu em 25 de janeiro de 2021, aos 73 anos, por complicações da covid-19. Na capital pernambucana, também foi editor e atuou como superintendente de Marketing e Vendas da Cepe. A publicação, com 308 páginas, traz relatos de parentes, amigos, ex-funcionários e admiradores do livreiro, que se vestia de azul da cabeça aos pés. “O homem de azul se tornou a persona de Tarcísio, isto é, sua imagem pública. Uma imagem que começou espontaneamente, mas logo seria consolidada numa construção milimétrica. Um conjunto formado por vários elementos: gosto, comodidade, moda, superstição, marketing”, escreve Homero Fonseca num trecho do livro. O trabalho é o resultado de um ano de pesquisa e estudo, informa o autor, que optou por fazer um perfil biográfico, “com os rigores possíveis de uma biografia e toques de ensaio jornalístico.” No livro, ele resgata as origens da família de Tarcísio no interior do Rio Grande do Norte, os efeitos de ter sido criado numa casa com predominância feminina, o espírito agregador presente em toda a sua vida, a história da Livro 7, a vocação de mecenas do movimento cultural do Recife e a troça Nóis Sofre, Mas Nóis Goza, agremiação carnavalesca da livraria. “Antes de focar na trajetória pessoal de Tarcísio Pereira, havia a necessidade incontornável de mostrar o contexto da época. Contar a trajetória de Tarcísio é contar a história da Geração 68, da juventude que saiu às ruas no mundo para se expressar”, afirma Homero Fonseca. A livraria fundada no dia 27 do mês 7 de 1970 por Tarcísio Pereira - integrante dessa geração e supersticioso com o numeral 7 -, em plena ditadura militar no Brasil, logo se tornou “um canal de manifestação dessa juventude estudantil pela cultura”, diz ele. A Livro 7 surgiu num espaço exíguo no nº 286 da Rua Sete de Setembro, bairro da Boa Vista, Centro do Recife. “Era tão pequena e tão atulhada de livros que a gente entrava, escolhia um, saía para o corredor para poder tirar a carteira do bolso da bunda e voltava para pagar no caixa.” A descrição, reproduzida no livro, é do escritor e dramaturgo Hermilo Borba Filho (1917-1976). De 1974 a 1978 a Livro 7 funcionou no casarão 307 da mesma rua e de 1978 a 1998 ocupava um galpão de 1.200 metros quadrados no imóvel 329, sempre na Sete de Setembro. No Guinness Book, o livro dos recordes, apareceu como a maior livraria do Brasil de 1992 a 1996. Frequentada por intelectuais da direita e da esquerda, era reconhecida como ponto de encontro dos recifenses. “É célebre a tirada do deputado Ulysses Guimarães, num jantar após o lançamento do seu livro Rompendo o cerco: Em Pernambuco, não existem só dois partidos, o MDB e a Arena. Aqui há um terceiro partido: a Livro 7”, recorda Homero Fonseca numa passagem do livro. Ao traçar o perfil do livreiro, ele compartilha com os leitores histórias curiosas sobre a vida do menino e do jovem Tarcísio. Também aborda problemas que levaram à falência da livraria: planos econômicos implantados nos anos 1990, a decadência do Centro e a inadimplência de consumidores. “Era uma relação comercial de bodega a que estabeleci com os clientes”, reconhece Tarcísio Pereira, em entrevista concedida dois anos após o fim da Livro 7. Ele pretendia abrir uma livraria no Mercado da Torre, na Zona Oeste do Recife, mas morreu antes, diz Homero Fonseca. Serviço O que: Lançamento de Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo Quando: 27 de julho em evento aberto ao público Local: Paço do Frevo (Rua da Guia, s/n, Bairro do Recife) Hora: 19h Preço do livro: R$ 45 (impresso) e R$ 18 (e-book) Trecho do poema Saga de um semeador, de Marcelo Mário de Melo, publicado no livro Ele juntou sete sonhos e plantou dentro de um livro numa manhã de setembro. Depois de sete semanas brotaram sete mil frutos. E continuou plantando. Sua vida virou livros em ciranda e carnaval com sete orquestras tocando. 

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"Pequenos produtores que conservam a Caatinga podem ter acesso aos créditos de carbono"

Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco fala sobre a primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil que foca na sustentabilidade do ambiente do semiárido e da sua população. Mais da metade da Caatinga está degradada e a situação no semiárido tende a se agravar. Projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Uma solução criativa para contribuir para a reversão desses efeitos das mudanças climáticas foi a criação da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil. A Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga visa a colaborar com os pequenos produtores da região na conservação e na regeneração de áreas das suas propriedades e, dessa forma, terem acesso a créditos de carbono. Nesta conversa com Cláudia Santos, Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, explica detalhes da iniciativa. Um ponto interessante é a ideia de agregar um valor social aos créditos de carbono, já que a Caatinga captura menos CO2 do que a Amazônia e possui muitos habitantes de baixa renda que podem agravar sua condição de vulnerabilidade com o aquecimento global. O que é a Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga e qual a sua proposta? Trata-se da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil, em implantação na Caatinga, nas fronteiras de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco. É uma inovação dentro do emergente conceito de economia regenerativa. Visa a gerar renda para pequenos produtores rurais, reverter desmatamentos, reduzir desigualdades, desenvolver novas cadeias de negócios sustentáveis e, simultaneamente, regenerar ambientes florestais, proteger a biodiversidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas. A ideia é que esses pequenos produtores da região façam a conservação e regeneração da Caatinga nas suas propriedades e tenham acesso aos créditos de carbono. Esse projeto experimental está integrado ao Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, em desenvolvimento pelo CBC (Centro Brasil no Clima), com apoio do iCS (Instituto Clima e Sociedade), Instituto Climainfo e diversos parceiros. Além da inserção da agricultura familiar no promissor e irreversível mercado global de carbono, o Lab interconecta outros eixos, como: geração de energia solar em rede cooperativa; produção de mudas de espécies nativas; cadeias de reciclagem; e bioeconomia – com pesquisas de aplicações industriais para produtos da caatinga viva, de pé, buscando criar um novo modelo econômico socialmente inclusivo, cientificamente embasado e ambientalmente regenerativo. Qual o impacto das mudanças climáticas na caatinga e qual a importância da preservação do bioma? O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, que reúne centenas de cientistas de 67 países, aponta o semiárido brasileiro como uma das áreas mais impactadas com o aquecimento global. Com a temperatura média do planeta subindo, resultante da queima incessante de combustíveis fósseis e desmatamentos, as projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região, que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Metade da Caatinga já está degradada, o que agrava ainda mais a situação e exige uma urgente economia de reflorestamento, com educação ambiental e fortalecimento social. Mercado de carbono, conservação hídrica e pequenas bioindústrias comunitárias são algumas alternativas possíveis e necessárias para enfrentar este cenário. Quais as atividades desenvolvidas nesse projeto da cooperativa com os pequenos produtores voltadas para a preservação da Caatinga? Nesta fase de estruturação está sendo realizado um levantamento do estoque de carbono das áreas preservadas dos associados e a modelagem do cálculo de captura de carbono, buscando agregar valor social e mecanismos de justiça climática. Considerando que o bioma Caatinga captura menos carbono do que a Amazônia e possui milhões de pessoas com baixíssima renda, em grave risco de colapso nas condições de vida, a ideia é agregar um valor social aos créditos de carbono, visando a uma soma que envolve recomposição florestal, pagamentos por serviços ambientais, proteção da biodiversidade, redução de desigualdades e melhoria da qualidade de vida e da resiliência comunitária. Simultaneamente a esse processo, estamos articulando potenciais financiadores de eixos econômicos verdes e possíveis compradores de créditos de carbono, serviços ambientais e bioprodutos, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e regenerativo do bioma. Algumas grandes empresas com efetivo compromisso socioambiental estão interessadas em participar do Lab para desenvolver modelos de negócios que já trazem em si processos de regeneração florestal, economia circular, educação ambiental e fortalecimento social. Além dessas ações em desenvolvimento pelo CBC e parceiros, o presidente eleito da cooperativa, Haroldo Almeida, em conjunto com dezenas de associados e especialistas, está reunindo conhecimentos e discutindo ideias para o funcionamento institucional da iniciativa. O que é o Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, que está sendo estruturado em Paulo Afonso? O Lab do São Francisco é similar ao modelo que o Consórcio Noronha Pelo Planeta – composto por CBC, InterCidadania, Sins- Pire e Circularis, está implantando na ilha de Fernando de Noronha, com apoio da administração do arquipélago (Governo de Pernambuco) e grande patrocínio da empresa Ball Corporation, líder global em fabricação e reciclagem de latinhas de bebidas. Com 100% de investimentos privados, o Lab de Noronha também tem participação da Ambev, Minalba, Novelis, Neoenergia, Renault e Gol. Esses Labs visam unir conhecimentos acadêmicos, saberes das comunidades locais, empresas, políticas públicas e iniciativas não governamentais para desenvolver cadeias econômicas que, em vez de degradar, poluir e gerar lixo e exclusão, possam promover a reciclagem plena, o uso de energia renovável, a alta eficiência hídrica, a efetiva recuperação de ambientes degradados e, sobretudo, a reversão de desigualdades. De que forma serão lançados os créditos de carbono social e como eles serão comercializados? O modelo e a estratégia estão sendo desenvolvidos pelos associados, especialistas de diversas áreas e potenciais patrocinadores e compradores. A incorporação da dimensão social no cálculo do crédito de carbono exige visão sistêmica e conhecimento

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TechHub atrai investimento de R$ 45 milhões para impulsionar hidrogênio verde em Suape

Uma parceria entre a CTG Brasil (empresa de origem chinesa), o Departamento Nacional do Senai, o Senai-PE Pernambuco e o Governo do Estado traz para o Complexo de Suape o TechHub de Hidrogênio Verde. Com o investimento de R$ 45 milhões, a iniciativa promete implementar de projetos focados na produção, transporte, armazenamento e gestão de hidrogênio verde (H2V), considerado o combustível do futuro. O anúncio, que viabilizará um espaço de pesquisa, desenvolvimento e inovação com foco no combustível do futuro, foi feito na tarde desta segunda-feira (25), na sede da Fiepe. “Estamos de olho no futuro, já que o hidrogênio verde é uma inovação mundial, tem grande potencial de investimento, sustentabilidade e desenvolvimento da economia verde. Além disso, são medidas visionárias como essa que vão sempre nos manter protagonistas e aparecendo na estratégia de grandes agentes econômicos globais quando se fala do Nordeste e do Brasil”, afirma o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Geraldo Julio. Seis propostas receberão aportes para desenvolvimento de projetos, que foram selecionadas a partir da chamada pública “Missão Estratégica Hidrogênio Verde”, promovida pelo Departamento Nacional do SENAI e pela CTG Brasil. A iniciativa integra a estratégia de investimento em P&D+ inovação da CTG Brasil alinhada ao Programa de Pesquisa e Desenvolvimento regulado e promovido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). "Esse é um hub nacional de hidrogênio verde. Não é qualquer coisa, ainda mais em um dos portos mais importantes que a gente tem que é o Porto de Suape", celebrou Jefferson Gomes, diretor de tecnologia e inovação do Senai, que possui nacionalmente uma rede de 26 Institutos SENAI de Inovação. "Estou enxergando aqui um futuro mirando na lua. Nosso objetivo aqui é ter vários containers dando apoio a tecnonoligas de hidrogênio verde para o Brasil". A CTG Brasil, maior investidora do programa de Hidrogênio Verde, avalia que o TechHub tem papel fundamental na estratégia de inovação da companhia, contribuindo com soluções e novas tecnologias que acelerem a transição energética e impulsionem o protagonismo do Brasil em projetos com foco em uma economia de baixo carbono. Para conectar todas as iniciativas apoiadas pelos investimentos nas plantas piloto implementadas no TechHub, será desenvolvida uma plataforma digital de comercialização para o Hidrogênio Verde. “É fundamental rastrear e certificar a origem da energia para a produção do hidrogênio, assegurando que a fonte de alimentação da planta é proveniente de energia 100% renovável, abrindo ainda mais portas para a comercialização deste que é considerado o combustível do futuro”, afirma José Renato Domingues, vice-presidente corporativo da CTG Brasil. "

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Filme premiado em Cannes reflete sobre a mentira

Todos sabem o que uma única e pequena faísca pode fazer a uma floresta. Da mesma forma, o que uma mentira, ainda que pequena e coberta por uma capa de verdade, quantas vidas é capaz de destruir. "Um Herói", novo filme do cineasta iraniano Asghar Farhadi, trata do assunto através de uma narrativa, a princípio, tão calorosa quanto o sentimento de retorno pra casa, porém tão lancinante quanto uma agulha. Rahim (Amir Jadidi) é o personagem central da história. Ele é denunciado e preso após ser traído pelo sócio, que não pagou uma dívida. Durante um período de liberdade condicional, Rahim tenta convencer o credor a retirar a queixa, prometendo pagar a dívida. Sua namorada Farkhondeh (Sahar Goldust) encontrou uma bolsa com 17 moedas de ouro, e o pagamento seria realizado com essas peças. A consciência pesa, e Rahim decide devolver a bolsa à mulher que a perdeu. O fato chega ao conhecimento da imprensa e o homem é aclamado como bom exemplo a ser seguido. O que tem de incrível em devolver algo que não é nosso? Seria, no mínimo, nossa obrigação. Porém, numa sociedade doente de corrupção, é algo a se exaltar, a estampar manchetes. Mais uma vez, Asghar Farhadi é genial ao desenvolver sem pressa seu protagonista, e nos fazer sofrer com ele. Rahim poderia ser qualquer um de nós, tão imperfeito quanto eu e você. Dói vê-lo despencar a cada mentira contada ainda que com a boa intenção de corrigir um erro. O coração acelera com o prenúncio de que aquela história não terminará bem. Asghar Farhadi tem no currículo dois filmes vencedores do Oscar de melhor produção em língua estrangeira (“A Separação” e “O Apartamento”). "Um Herói" ganhou em Cannes o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio François Chalais, este concedido a filmes dedicados aos valores do jornalismo. O longa chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de julho.

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Serra Talhada vai receber o espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião

As apresentações serão entre os dias 27 e 31 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró O espetáculo teatral O Massacre de Angico - A Morte de Lampião foi exibido pela primeira vez há 10 anos e está mais uma vez na programação do Tributo a Virgolino - A celebração do Cangaço, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião, e que vai ser realizado entre os próximos dias 27 e 31 de julho. A peça, voltada para toda a família, vai acontecer em todos os dias do evento, sempre às 20h, na Estação do Forró em Serra Talhada. A entrada é gratuita e a expectativa é que mais de 50 mil pessoas confiram o trabalho ao longo dos cinco dias.  O Massacre de Angico - A Morte de Lampião relembra o encontro entre os militares do governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e Maria Bonita. O casal e outros nove integrantes do bando foram mortos no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, o que praticamente pôs fim a Era do Cangaço. O texto dramatúrgico foi escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu, e onde a peça será encenada. Para Anildomá, o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado do homem, símbolo do Cangaço, visto por um viés bem mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo, que é afetuoso, e que não representa somente a guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder. Vamos mostrar o homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor. Com o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”, O Massacre de Angico - A Morte de Lampião conta com 30 atores, 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. A direção é de Izaltino Caetano, mestre responsável por grandes produções teatrais ao livre em Pernambuco.  No elenco, atores de Serra Talhada, e também do Recife, de Limoeiro e de Olinda, além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino, Karl Marx, vive o protagonista Lampião.  “A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica”, declarou Karl Marx . “Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, acrescentou ele. Trata-se de uma realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com incentivo do FUNCULTURA/Secretaria de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais. A montagem teve a sua estreia em julho de 2012. História - O espetáculo reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada, até a sua morte. Na história, para evitar uma tragédia, o pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou políticos, coronéis e fazendeiros apavorados nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais da época.ResponderResponder a todosEncaminharVA

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UFPE publica edital de concurso para professor com 36 vagas em diversas áreas

(Da Ascom da UFPE) A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) publicou edital de concurso público para o cargo de professor do magistério superior. São oferecidas 36 vagas, para diversas áreas do conhecimento, sendo 27 vagas para ampla concorrência, sete para pessoas negras e duas para pessoas com deficiência (PCD). As inscrições acontecem de 5 de agosto a 3 de setembro. O edital foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 deste mês e republicado no dia 21.  A taxa de inscrição é de R$ 239,00. O período para solicitar isenção do pagamento vai de 5 a 14 de agosto. As vagas são para os Centros de Artes e Comunicação (CAC); Ciências Médicas (CCM); Acadêmico do Agreste (CAA); Exatas e da Natureza (CCEN); Ciências da Saúde (CCS); Ciências Sociais Aplicadas (CCSA); Educação (CE); e Informática (CIn). Conforme Resolução do Cepe nº 15/2022, o concurso tem quatro etapas obrigatórias: prova escrita (eliminatória); prova didática (eliminatória); defesa de memorial (eliminatória); prova de títulos (classificatória). O docente ingressa na carreira de magistério superior na Classe A, nível 1, com as denominações professor adjunto A, se portador do título de doutor; professor assistente A, se portador do título de mestre ou; professor auxiliar, se graduado ou portador de título de especialista. A remuneração varia de acordo com a titulação e o regime de trabalho, que pode ser de 20h ou 40h com dedicação exclusiva (DE). No caso de professores que fazem 40h semanais, o salário pode ir de R$ 5.367,17 a R$ 9.616,18. O salário de docentes com carga horária total de 20h vai de R$ 2.459,95 a R$ 3.522,21. O edital está disponível na página da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) da UFPE. Em breve, a Universidade vai divulgar, nesta página, os avisos e comunicados gerais de interesse dos candidatos, além de informações complementares ao edital. Para mais informações, os candidatos deverão acessar o sistema de gerenciamento do concurso (SIGRH). 

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Garanhuns tem 94% de ocupação no segundo final de semana do FIG

A Unidade de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e da Empetur realizou levantamento junto aos meios de hospedagem de Garanhuns. O município teve a previsão de ocupação de 94% entre os dias 22 e 24 de julho no segundo final de semana do Festival de Inverno de Garanhuns - FIG 2022. A média de permanência é de dois dias. Entre os principais emissores de turistas, estão Recife, Natal, Maceió, São Paulo e municípios paraibanos. O setor de pesquisas realiza também a Pesquisa do Perfil do Visitante com uma equipe volante de entrevistadores. Os visitantes que estiverem em Garanhuns podem se divertir com o Canta Pernambuco. Trata-se de um espaço interativo com um karaokê criado pela Secretaria de Turismo e Lazer, por meio da Empetur, na Praça Dominguinhos, ao lado do palco principal. Animadores convidam talentos anônimos no meio da multidão para participar de uma divertida disputa. Entre uma apresentação e outra, o público conhece um pouco mais da cultura e dos atrativos turísticos das localidades de cada um dos participantes. A brincadeira acontece de quinta a domingo, das 18h às 23h.

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Metaverso: o futuro será virtual?

Por Rafael Dantas Metaverso. Essa palavra passou a aparecer com mais frequência nos noticiários e criar uma certa agitação sobre os seus impactos no mercado. A primeira vez que esse termo surgiu completou 30 anos, no livro de ficção Snow Crash, do escritor estadunidense Neal Stephenson. Na narrativa, ele constrói um espaço virtual coletivo compatível e convergente com a realidade. Todo o rebuliço em torno do tema dos últimos meses, no entanto, tem relação com a mudança de nome do Facebook para Meta, em uma referência direta à nova aposta que Mark Zuckerberg está fazendo nesse que é considerado o futuro da internet. Existem muitos conceitos em discussão sobre o que seja metaverso. De forma simplificada, o cientista-chefe da TDS e professor da CESAR School, Silvio Meira, define que: “O metaverso é um fluxo de experiências intensivo em presença, identidade e continuidade”. Cada pedacinho dessa expressão, no entanto, gera uma série de interpretações e de possibilidades. Leia a entrevista completa na edição 196.4 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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TODOS COM A NOTA

O retorno do programa Todos com a Nota

Torcedores do Estado voltam a poder trocar notas fiscais por ingressos de partidas de futebol profissional já a partir da rodada de jogos deste fim de semana (Do Governo de Pernambuco) O Programa Todos com a Nota está oficialmente de volta aos estádios de futebol pernambucanos. O governador Paulo Câmara lançou na última sexta-feira (22.07) a nova versão da iniciativa, que passa a valer já para as rodadas deste fim de semana. Os torcedores poderão realizar o cadastro pelo aplicativo “Todos com a Nota” ou através do site www.tcn.pe. Depois da confirmação dos dados, é só registrar a nota fiscal por QR Code ou digitando a numeração do documento. A cada R$1,00 em notas fiscais é gerado um ponto na plataforma. Ao juntar 200 pontos, o torcedor poderá selecionar um jogo de sua preferência e seu ingresso já estará reservado. O limite é de cinco entradas por CPF, o que equivale a 1.000 pontos. Outra modificação é a inclusão do Retrô FC e do Afogados da Ingazeira como clubes participantes do programa em seus respectivos estádios, Arena de Pernambuco e Vianão. “A gente sabe que a torcida é o que faz toda a diferença e garante a estabilidade do clube. Ajudar o futebol é sempre muito importante porque, além de ser uma diversão para a população, gera renda e movimenta a economia no Estado. Essa iniciativa vai democratizar o acesso aos campos, ajudar os clubes e reforçar a cultura do esporte em Pernambuco”, frisou Paulo Câmara. Nesta nova versão, a capacidade de torcedores por clube também foi alterada. Ficou determinado o quantitativo de 15 mil para o Santa Cruz, seis mil para o Sport e também para o Náutico e, por fim, mil para o Retrô e mil para o Afogados. Esse limite pode ser ampliado mediante solicitação do clube junto à Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e validação do Governo do Estado. No caso do Santa Cruz, o programa só poderá ser utilizado após liberação do anel superior do estádio pelo Corpo de Bombeiros. De acordo com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, neste momento de retorno do Todos com a Nota uma das maiores vantagens é tornar tudo digital, facilitando o processo. “É um reconhecimento conseguir manter o programa, que é referência no Brasil. Agradecemos ao Governo do Estado por manter essa tradição, agora de forma mais prática para o torcedor. Para se ter noção da sua força, em 24 horas já foram mais de 27 mil cadastros na plataforma”, afirmou.

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