Claudia Santos, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 86 De 141

Claudia Santos

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8 fotos do Porto do Recife antigamente

O surgimento e desenvolvimento do Porto do Recife esteve diretamente conectado com o crescimento econômico de Pernambuco. A cidade do Recife nasce junto com o antigo ancoradouro, denominado pelo navegador Pero Lopes de Souza como “Arrecife dos Navios”. Esse lugar se torna o principal porta de entrada de mercadorias do exterior e de escoamento do açúcar produzido no Estado. De acordo com informações do Porto do Recife, as primeiras iniciativas para melhoramento do ancoradouro são datadas de 1815. Mas, as obras para estruturação do atual porto acontecem apenas no ano de 1909, através da empresa Societé de Construction du Port de Pernambuco (responsável pela construção do Cais e de três Armazéns). A inauguração aconteceu em setembro de 1918. Confira abaixo as imagens que selecionamos do acervo da Villa Digital, da Fundaj. 1. Embarcações nas proximidades dos armazéns e da Western Brazilian Submarine Telegraph Company Limited (segundo a descrição da foto no acervo) 2. Alfândega e ancoradouro, registro de 1908 3. Farol da Barra, em 1912 4. Reprodução fotográfica de pintura de Jerônimo Telles Júnior do Porto do Recife 5. Cais do Porto 6. Embarcações no porto 7. Docas (Detalhe na imagem o Monumento Barão do Rio Branco) 8. Foto ampla do Porto do Recife VEJA MAIS COLUNAS 5 fotos da Rua do Sol antigamente

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Márcio Atalla e Bela Gil em evento no Recife

Bem-estar e saúde são os temas do CAM – Cidades Algomais, que acontecerá no dia 24 de abril, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções e promete despertar o interesse dos pernambucanos antenados com a importância de manter hábitos de vida saudáveis. O evento terá como palestrantes âncoras o educador físico Márcio Atalla e a apresentadora e chef de cozinha natural Bela Gil. Conta ainda com diversos painéis de cases conectados com a proposta do projeto, que é apresentado pela Faculdade Pernambucana de Saúde, com patrocínio da Tulasi Mercado Orgânico. O CAM é realizado pela Algomais, pela agência Mova e a rádio CBN Recife. Márcio Atalla vai mostrar como manter o corpo em movimento e apresentará sua experiência no projeto Vida de Saúde, que transformou a rotina dos moradores do município de Jaguariúna, em São Paulo. “É um projeto que conseguiu resultados impressionantes, revelando o poder de impacto de ações colaborativas”, destaca Lula Pessoa de Mello, diretor da Mova. Bela Gil abordará a importância de se alimentar com “comida de verdade”, isto é, sem ser processada, destacando os cuidados que devem ser tomados desde o cultivo da horta até a hora de servir a refeição à mesa. “A escolha desse tema para o CAM é motivada pelo interesse dos pernambucanos em informações sobre como manter o corpo e a mente equilibrados. Cada vez mais as pessoas estão em busca de bem-estar no trabalho e na vida pessoal e têm aumentado os seus gastos no segmento”, afirma a diretora de inovação da Algomais, Mariana de Melo. Ela ressalta ainda que a revista tem realizado uma cobertura sistemática desses temas por intermédio da Algomais Saúde. O projeto CAM Cidades Algomais compreende uma série de eventos que têm o intuito de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem-sucedidas. “Nossa ideia com o projeto CAM é oferecer soluções transformadoras para os principais desafios urbanos. Além de mostrar soluções para a qualidade de vida e o bem-estar dos moradores das cidades, também temos realizado eventos que mostraram exemplos inspiradores ligados a temas como: gestão pública, mobilidade e educação”, destaca Lula. Serviço: O CAM Bem-Estar & Saúde será no dia 24 de abril, no Centro de Convenções de Pernambuco. Os ingressos custam R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) no primeiro lote e são vendidos no site www.cidadesalgomais.com

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Um espaço para fazer trela à vontade

É cada vez mais comum crianças morarem em apartamentos que não oferecem muito espaço para brincar e as regras do condomínio, muitas vezes, são rígidas não dando liberdade aos pequenos nas suas brincadeiras. Foi pensando nessa situação que surgiram empresas especializadas em oferecer espaço e estrutura de profissionais para que as crianças possam ter momentos de recreação. O Novo Quintal, situado no bairro do Pina, surge com a proposta de ser um local para a família poder compartilhar a brincadeira junto com a criança. “O nosso objetivo nesse espaço é que ela se sinta livre para brincar com o que quiser, sem ter um adulto ditando as regras”, explica Maria Fernanda, uma das sócias. O local oferece um ambiente lúdico, no qual, a única norma estabelecida é de tirar os sapatos, para evitar que bactérias de fora possam ocupar o ambiente recreativo. O resto é por conta da imaginação da garotada. Com áreas interna e externa, as crianças podem encontrar desde brinquedos, fantasias, uma cozinha infantil, oficinas de atividades com água, areia e muita tinta. “O Novo Quintal surgiu diante da nossa preocupação em tornar a infância da minha filha mais alegre e criativa e com isso, compartilhar com os outros pais que acreditam na importância do brincar”, justifica Maria Fernanda. A publicitária Marcela Peres se encantou com a proposta. Por morar em apartamento proíbe a filha, Maria Eduarda, de 2 anos, de fazer “estripulias” em casa, mas por achar que a pequena ficava muito “presa” passou a leva-la para o Novo Quintal. “É um local onde ela pode brincar, se sentir mais livre e se divertir. Tanto é que quando vai não quer voltar para casa”, brinca. Outro espaço que oferece liberdade para as crianças brincarem é a Casa das Asas. Situado no bairro das Graças, o local traz um conceito focado na criatividade dos pequenos. “Reunimos a arte pernambucana como forma de ilustrar o espaço e despertar por meio dos desenhos a criatividade. Além disso, oferecemos também brinquedos populares e não estruturados. Aqui até um mosquiteiro pode virar uma cabana. Tudo isso com o intuito do brincar criativo, de soltar as amarras e deixar a imaginação ganhar asas”, explica Camila Domingues, pedagoga e uma das sócias do espaço, junto com Tetê Brandão. Um outro diferencial do espaço é oferecer experiências sensoriais, como o uso da argila e brincadeiras envolvendo elementos variados, como sagu, farinha e maisena. Inaugurada há cerca de 10 meses, a casa já recebeu mais 900 famílias. Camila Domingues, relata que nos últimos anos com o crescimento da insegurança e da violência, observa que muitos pais evitam levar os filhos para locais públicos, como nos parquinhos. “A solução encontrada para a maioria é levá-los ao shopping, mas esses lugares não são o melhor local para a criança brincar e desenvolver a criatividade. Ali os recursos são limitados e não possibilitam a liberdade das crianças serem quem elas quiserem ser”, avalia. A oficiala de justiça, Karla Vasconcelos, gostou da proposta do espaço e matriculou suas filhas mãe das gêmeas Mariana e Luísa Araújo Monteiro, de 5 anos na Casa das Asas para elas exercitarem. “É um momento em que elas podem aflorar as ideias e interagir com outras crianças”, explica. Serviço: Casa das Asas: Rua Dom Sebastião Leme, 81 – Graças, Recife – Telefone: 3072-7763 Novo Quintal: R. Joaquim Carneiro da Silva, 156 – Pina, Recife – Telefone: 3031-6212 *Por Paulo Ricardo Mendes, da Revista Algomais Veja mais: Brincar é coisa séria

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Náutico perto de voltar para casa

*Houldine Nascimento O Clube Náutico Capibaribe está perto de voltar a mandar seus jogos no Estádio Eládio de Barros Carvalho, no bairro dos Aflitos, de onde jamais deveria ter saído. A expectativa é de que tudo esteja pronto em abril, mês em que o Timbu completa 117 anos de existência. Um grande passo foi dado no último sábado (24) com o início do plantio do novo gramado. Há uma campanha de doação para garantir o retorno. A iniciativa, intitulada “Voltando pra Casa”, já arrecadou mais de R$ 230 mil. Os organizadores esperam chegar a pelo menos 2 milhões de reais. Além do gramado, a reforma prevê alambrado de vidro, novos bares e banheiros, sistema de iluminação moderno, vestiários e arquibancadas revitalizados. O Estádio dos Aflitos foi onde o clube viveu suas maiores glórias, com a massa alvirrubra empurrando o time para cima dos adversários. Assim ocorreu em conquistas estaduais e nas melhores campanhas do Náutico no Brasileirão. A torcida sempre a gritar no cangote dos rivais, que se sentiam intimidados. O campo foi palco de partidas memoráveis contra grandes equipes do futebol brasileiro. Num recorte recente, sediou jogos malucos, como o 4×4 contra o Paraná em 2007, a duelos em que o Alvirrubro passou o trator: massacres contra o Atlético Paranaense (5×0 em 2007), Palmeiras (3×0 em 2009), Botafogo (4×1 em 2007 e 3×0 em 2008) e São Paulo (3×0 em 2012). Claro, nem tudo são flores. Lá, o Náutico também vivenciou momentos difíceis, como a famigerada Batalha dos Aflitos, na Série B de 2005. No ano seguinte, o Timbu deu a volta por cima, retornando à Primeira Divisão nacional após 13 anos de ausência. Desde quando passou a fazer da Arena de Pernambuco sua casa, houve um declínio. Em 2013, ano da mudança, o Náutico amargou uma temporada muito ruim: foi eliminado ainda na primeira fase da Copa do Brasil e terminou a Série A na lanterna. No estádio construído para a Copa do Mundo de 2014, os adversários estiveram à vontade grande parte das vezes. Com capacidade para 46 mil torcedores, a Arena raramente passou dos dez mil em partidas sob o mando do Alvirrubro. Em 2016, o Náutico teve a grande chance de retornar à Série A, para isso precisava vencer o Oeste na última rodada, mas acabou perdendo por 2 a 0. A temporada de 2017 certamente está entre as piores, com a campanha desastrosa na Série B e a Arena de Pernambuco funcionando como um verdadeiro campo neutro, local de diversos reveses do Timbu. Com o estádio vazio, o pesadelo da Série C estava cada vez mais iminente. Foi o que aconteceu. Além dos fracassos esportivos, pesam os atritos com o Governo de Pernambuco na hora de utilizar o campo. Este ano, sob nova gestão, o Náutico vai caminhando com serenidade e boas perspectivas. Folha salarial compatível com o momento do clube e jogadores identificados com a causa. Na partida ante o Fluminense-BA pela segunda fase da Copa do Brasil, foi possível sentir o comprometimento dos atletas para reerguer o time da Rosa e Silva. A união também está selada fora das quatro linhas, com aparente trégua entre as diversas correntes políticas do clube. Tudo ruma para que 2018 seja o ano da virada Timbu. Amém! *Houldine Nascimento é jornalista

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Uma cerveja para pensar melhor (por Rivaldo Neto)

“Uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor”. Essa célebre frase que está contida na música “A praeira”, do cantor e compositor pernambucano Chico Science, sugere muito claramente que a cerveja, como dizem os pernambucanos “clareia as ideias”. Mas será que essa afirmação que foi imortalizada na composição é verdade? Cerveja tomada moderadamente ajuda em nossa atividade cerebral. Uma pesquisa realizada em Helsinki, na Finlândia afirmou que beber cerveja protege o cérebro dos acúmulos de proteínas que desencadeiam os sintomas do Alzheimer. O estudo abrangeu 125 homens com idades entre 35 e 70 anos. E funcionam mais ou menos assim, os homens mais velhos tinham uma quantidade maior de beta-amilóides, isso é normal, pois a doença afeta geralmente a partir de 65 anos, tais placas envolvem neurônios que impedem a comunicação mútua que possuem. Com isso os neurônios presos ficam atrofiados com essa “barreira”, ocasionando assim distúrbios de comportamento, memória e personalidade. Mas o que realmente surpreendeu na pesquisa é que os homens que tinham por hábito beber cerveja continham uma concentração menor dessas tais placas e tal “feito” foi atribuído a cevada contida na bebida, isso porque vinhos e destilados não apresentavam essa redução. Essa relação ainda não ficou clara como funciona, mas sabem que é justamente pelo acúmulo dessas placas que o mal de desenvolve. E para fortalecer esse conceito afirma-se que para se ter uma boa ideia ou uma ideia inicial, em muitas situações, é bom estar relaxado. O álcool tem esse papel no relaxamento da mente, deixando o indivíduo menos preocupado, diminuindo a pressão do dia a dia. É aí onde entra a questão que os neurocientistas chamam de “Momento Eureka”. Ou seja, para produzir esses insights, o fator primordial é justamente esse tipo de momento happy hour. Então é daí que a frase no começo do texto faz todo o sentido. Um outro estudo referenda isso, dessa vez pela Universidade Austríaca de Graz, que afirmou que tais efeitos produzidos ajudam a limpar certos bloqueios mentais e geram assim um pensamento com mais criatividade. Foram usados 70 voluntários no estudo onde alguns bebiam cerveja com álcool e sem álcool, de forma que os mesmos não sabiam qual teor continha na bebida. Daí foram feitos testes com associação de palavras, os que estavam um pouco mais “altos” alcançou um resultado 40% superior as outras pessoas. Ao jornal inglês The Telegraph, Mathias Benedek, do Instituto de Psicologia e responsável pelo estudo acima, revelou que os efeitos com doses leves da álcool desbloqueiam os pensamentos e dão estímulos às ideias repentinas ou como chamei acima, os insights. Mas um alerta que a pesquisa afirma é que os efeitos benéficos provavelmente se restringem a quantidades muito modestas de álcool, enquanto o consumo excessivo geralmente prejudica a produtividade. Por isso, beba sempre com moderação. Sempre! *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas

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8 imagens dos fortes do Recife e de Olinda antigamente

Os recifenses passam diariamente pelos fortes do Brum e das Cinco Pontas. Os olindenses convivem com o Fortim do Queijo. Mas as cidades já tiveram outras fortificações, como o Forte do Buraco e o Forte da Barra. Confira abaixo as fotos que selecionamos dos bancos de imagem da Fundaj e do IBGE. Eles integravam o sistema de defesa do Estado de Pernambuco junto a outros fortes que ficavam mais distantes da capital, como os de Paulista e Itamaracá. 1. Forte das Cinco Pontas (Foto do IBGE) 2. Quartel do 40º Batalhão das Cinco Pontas, em 1900 (Acervo Josebias Bandeira) 3. Forte do Buraco, em Olinda. Também era conhecido como Forte da Madame Bryune. (Acervo Josebias Bandeira) 4. Forte do Buraco, em 1932. (Acervo Josebias Bandeira) 5. Forte do Brum, em 1914 6. Forte do Brum, 1939 (Acervo Benício Dias) 7. Forte da Barra, também conhecido por Forte do Picão, Castelo do Mar e Forte da Laje 8. Fortim do Queijo (Acervo da Fundaj)

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Respeitem os seios caídos (por Beatriz Braga)

*Por Beatriz Braga Bruna Marquezine colocou os peitos de fora e a internet se chocou. O corpo natural feminino, esse famigerado inquilino do mundo. O susto veio do fato de que a atriz – que está longe de não se encaixar nos padrões de beleza – ter “seios caídos”. A verdade é que ela apenas não tem silicone e que aparentemente estamos desaprendendo o que é um corpo natural. Impressiona-me que para milhares de pessoas, quando uma mulher mostra os seios, eles tem que ser turbinados, plastificados, empinados e todos os “ados” que o mercado nos ensinou a chamar de atraente. Até quando vamos acreditar que o que se mostra na mídia é algo tangível? E até quando ficaremos de sentinela sobre os efeitos da gravidade ou do bisturi no corpo da mulher? É carnaval e eu não queria falar dos peitos de Bruna Marquezine. Queria falar do carnaval que eu vi – dos últimos dias, da brincadeira, da rua cheia de gente misturada. Queria falar do senhor de cabelos brancos que conheci esperando a orquestra do bloco Nem Sempre Lily Toca Flauta ressoar no Recife Antigo. “São 54 carnavais com minha mulher”, disse sorridente. E o segredo? “A parceria”, revelou no auge dos seus 79 anos. A esposa não demorou a chegar, rodeada de amigas que fizeram a alegria da minha sexta de abertura. “Olhe, menina, a verdade é essa: envelhecer é uma merda. Cai tudo. Mas em compensação a cabeça fica livre”, disse uma das colegas do casal. “É verdade, hoje a minha cabeça é livre”, repetiu outra senhora de 63 anos, com um sorriso de orelha à orelha, o enfeite grande e verde na cabeça, desfilando no carnaval de rua. Aprendemos a nos odiar, a exigir o inalcançável até que, quem sabe, a vida por sua natureza simplesmente nos diz: pare de tentar, é impossível. E, então, quiçá, nos daremos a permissão de sermos livres. Estamos divididas entre o que é ser desejável ao homem – a mulher objeto de seio turbinado – e o corpo que serve ao filho – a mãe, vaca leiteira, cujo destino há de ser apenas isso. O nosso papel, neste mundo masculino, será sempre o de servir, garantido por essa eterna vigilância para que cumpramos nossos deveres. Como dizia um cartaz que vi no carnaval: “não peça desculpas por ser esse mulherão da porra”. Vamos parar de nos culpar pela natureza dos nossos corpos e por estarmos começando a entender o que é nos aceitar por completo. Este carnaval teve o de sempre. Teve, por exemplo, homem pegando na minha bunda sem permissão porque, para ele, um corpo não coberto é domínio público. Assim como tive, também, a oportunidade de distribuir as tatuagens da campanha “não é não” (contra assédio no carnaval) para as mulheres que encontrei. Eu sei que, para você aí, talvez esse gesto não signifique nada. Mas eis o que sinto: quando mulheres se conectam, uma rede poderosa começa a surgir dentro e fora da gente. E quando uma mulher desafia – mesmo que minimamente – os padrões impostos pelo mercado, é resistência. Assim como sempre que uma mulher liberta sua mente é o mundo ficando um pouco melhor, como me disseram minhas amigas foliãs lá de cima. Há que se respeitar os cabelos brancos. Melhor dizendo: há que se respeitar os seios caídos.

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O Sport caminha para o abismo (por Houldine Nascimento)

A temporada do Sport mal começou e o clube já acumula fracassos esportivos. O mais recente veio na quinta-feira passada (15), quando o Leão recebeu o Ferroviário-CE, na Ilha do Retiro, em duelo válido pela segunda fase da Copa do Brasil. Quem viu a partida até os 30 minutos do segundo tempo supôs que a classificação do time pernambucano estava sacramentada. Àquela altura, o Sport vencia por 3 a 0. Mas o torcedor rubro-negro jamais imaginaria o que estaria por vir nos dez minutos seguintes. O time da casa sofreu um apagão sob os olhos da própria torcida e teve a capacidade de levar três gols muito rapidamente, cedendo o empate ao Ferrão – como é chamada a equipe cearense – e a vaga na terceira fase da competição nacional acabou decidida nos pênaltis. De forma heroica, o Ferroviário venceu a disputa nos penais por 4 a 3 e avançou. Méritos do Tubarão da Barra, mas a sensação que ficou foi de um fracasso retumbante do Sport. Um time da Série A nacional sucumbiu diante de um da Série D, a quarta divisão. Na histórica derrota, a torcida se voltou contra o presidente, Arnaldo Barros. Como medida, o mandatário decidiu destituir a diretoria. Um dos integrantes da cúpula leonina é o seu filho, Rodrigo Barros. A presença de um parente na condução dos destinos do Sport motivou o pedido de impeachment de um conselheiro do clube. O vexame é a cereja do bolo daquilo que se desenha desde 2016, quando Barros era o vice-presidente de futebol e o Sport por pouco não foi rebaixado no Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, nova luta contra a queda e, mais uma vez, o Leão escapou do descenso na última rodada. Com Arnaldo Barros no comando, o clube vem passando por vários apuros. Já em 2017, o Sport passou a atrasar salários, o que contribuiu para a queda de rendimento do elenco. Antes referência no Brasil por cumprir as obrigações, o Rubro-negro se tornou mais do mesmo e atletas têm recusado defender a equipe. O caso da vez foi o do quarto goleiro do Corinthians, Matheus Vidotto, de 24 anos, que rejeitou uma proposta de empréstimo do Sport. Pior do que isso é o fato de vários jogadores com contrato em vigor se rebelarem. O meia Diego Souza se foi e outros lutam para seguir o mesmo caminho. O volante Rithely e o atacante André estão desesperados para deixar Recife. Até o indisciplinado atacante Juninho se nega a vestir a camisa rubro-negra. Além disso, não conseguiu manter peças importantes, como o lateral Mena e o volante Patrick. Assim, o time passa por um desmanche. Prova clara de que as coisas vão muito mal na Praça da Bandeira. Essa trajetória desastrosa começou a ganhar corpo em julho de 2017, quando Arnaldo Barros construiu a saída do Sport da Copa do Nordeste. A medida, além de causar dano financeiro, prejudicou seriamente o time na esfera esportiva, já que agora só resta o Campeonato Pernambucano no primeiro semestre. A atitude à época foi no mínimo contraditória, uma vez que Barros sempre fez questão de desvalorizar o Estadual, dizendo que “o Sport não cabia mais em Pernambuco”. O Brasileirão ainda não teve início, mas devido às ações estapafúrdias de seu presidente, o Sport já é um sério candidato ao rebaixamento. Quem tem visto os jogos, sente as atuações sofríveis do time pernambucano. Ate o momento, não há uma equipe consistente formada. Para evitar a queda, será necessário realizar contratações em diversos setores: da defesa ao ataque. Não por acaso, a rejeição a Arnaldo Barros é grande. Estamos em fevereiro e a perspectiva não é nada boa para o Sport. —

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As letras caminham (Por Paulo Caldas)

Neste “Cantos da Casa”, Fatima Militão mantém um diálogo confortável com a memória, espécie de abraço afetuoso em fantasmas parceiros, sem o ranço nostálgico de um tempo póstumo. Não obstante o título sugerir cenas confinadas ao cenário restrito de um casarão ancestral, as letras caminham sem pressa pelas alamedas daquele Recife provinciano, desde as margens do Cão sem plumas até um bucólico Jaboatão dos Guararapes, certificando com precisão aos leitores maduros que o passado não passou. Quem imagina que por mostrar relatos de memória a autora deu os braços à pieguice, comum em algumas composições desse viés, incorre no equívoco. Além de tais virtudes o livro, ainda mostra outras, quando sublima os versos de Nelson Ferreira e Aldemar Paiva, dois ícones do frevo: “Quem tem saudade não está sozinho tem o carinho da recordação”, e tantas vivências da época apoiadas nas sutilezas de um texto leve, sem artifícios sofisticados, todavia com elementos estéticos colocados com exatidão a esquadro e compasso. Fatima Militão é médica, pesquisadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz-PE. Ao lado de seu entusiasmo e amor pela ciência, começou a transformar o hábito da leitura que a acompanhou durante a vida, em primeiras tentativas de redação ficcional, ao frequentar Oficinas Literárias e publicar alguns contos em coletâneas. “Escrever me harmoniza com o universo e hoje sinto que a ‘arte existe porque a vida não basta’”. É mãe de Camila e Francisco, casada com João Carlos, adotou de coração Luíza e Joana. Diz que formam uma só família com os genros – Mario, Bruno e Tony – e a nora Marcela. Fatima tem cinco netos: Henrique, Pedro, Clara, Tomás e Helena. Paulo Caldas é escritor.

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Estudo projeta alta de mais de 4% ao ano nos gastos com a saúde

Os gastos globais com cuidados com a saúde devem aumentar a uma taxa anual de 4,1% entre 2017 e 2021, um avanço de 2,8 pontos percentuais ao se comparar com a média de 1,3% ao ano apurada de 2012 a 2016, de acordo com o estudo “2018 Global Health Care Outlook: The evolution of smart health care”, produzido pela Deloitte. O envelhecimento e o crescimento da população, os avanços na expansão do mercado, os progressos nos tratamentos médicos e o aumento dos custos trabalhistas com profissionais da área tendem a impulsionar o crescimento com esses dispêndios. No entanto, o relatório destaca que os gastos mais elevados nem sempre vão gerar melhores resultados e maior valor para a saúde. Segundo o estudo, existem oportunidades significativas para que os interessados em cuidados com a saúde trabalhem de modo colaborativo, com modelos inovadores de acesso, entrega e financiamento para reduzir os custos com cuidados para a saúde e aumentar a qualidade dos serviços. “Com a alta dos custos e a redução das margens de lucro, o setor de cuidados com a saúde busca maneiras inovadoras e econômicas de oferecer a qualidade, os resultados e o valor que os consumidores procuram”, afirma Terri Cooper, líder global do setor de Health Care da Deloitte. “Os avanços tecnológicos em cuidados com a saúde, focados no paciente, podem ajudar os profissionais da área a trabalhar de maneira mais inteligente e eficiente.” No Brasil, a área de saúde acompanha as tendências e encara praticamente os mesmos desafios apurados na pesquisa global. O setor privado de seguros de saúde, por exemplo, perdeu aproximadamente 2,5 milhões de beneficiários entre 2014 e 2016, devido ao avanço do desemprego no país. Além disso, empresas de todos os setores tiveram que alterar benefícios de saúde de seus colaboradores para versões mais restritivas, com o objetivo de reduzir despesas com esse benefício. “Essa perda já registrada pelo setor privado é uma oportunidade para os atores da cadeia inovarem e buscarem novos modelos de acesso baseados em cuidados inteligentes que permitirão oferecer serviços focados individualmente no paciente, com melhor relação custo-benefício, aumentando a produtividade, a eficiência, a velocidade e a conformidade dos protocolos assistenciais”, afirma Enrico De Vettori, sócio-líder da Deloitte Brasil para o atendimento às empresas dos segmentos de Life Sciences & Health Care.

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