Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 289 De 443

Rafael Dantas

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Jackeline Galvão comemora 25 anos da Intertotal

Jackeline Galvão, CEO da Intertotal Comunicação, comemora 25 anos de existência da sua marca, que oferece serviços de branding, planejamento estratégico, soluções on e offline. Na carteira, clientes como Comercial Batista, Panda Pool e Sobral Calçados e Manoel Florêncio Diagnósticos, este último, cliente da casa há mais de 10 anos.

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"O primeiro desafio para 'adaptar' as cidades às águas é de reconciliação entre elas"

O professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, Fabiano Diniz, foi um dos entrevistados da última edição da Revista Algomais, que abordou os riscos da elevação dos oceanos para o Recife. Conversamos com ele sobre as alternativas a capital pernambucana e sobre a pesquisa da UFPE que foi alvo da reportagem e que propõe uma "membrana anfíbia" para proteger a cidade de um dos principais efeitos do aquecimento global, o avanço das águas. Quais os principais caminhos que as cidades tem se adaptado ao avanço das águas? Os primeiros movimentos de “adaptação” das cidades às águas surgem como reconhecimento do fracasso de intervenções que buscavam apenas o seu controle ou “doma” em meio urbano: a canalização (muitas vezes no subsolo), retificação e revestimento de cursos d’água; a impermeabilização de grandes superfícies; o uso de rios, riachos e canais para o escoamento de águas servidas (esgotos); a erradicação da vegetação ripária (ou ciliar). Capitaneada pelos engenheiros hidráulicos, a autocrítica que se fez a partir da década de 1970 denunciava um efeito contrário ao desejado por esse tipo de ação: aumentaram exponencialmente tanto os volumes de águas superficiais a serem escoadas, quanto a velocidade das inundações; sem espaços inundáveis às margens dos cursos d’água, tomados pela cidade, as inundações avançaram sobre espaços ocupados pelos homens e phttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam em risco suas vidas; a poluição e a ocupação de áreas de recarga de mananciais reduziu drasticamente a oferta de água para abastecimento. Os impactos são de várias ordens: sanitários, econômicos (infelizmente os de maior visibilidade), sociais (as áreas mais pobres e precárias sofrem mais com isso), ambientais (com a supressão de todo um ecossistema associado às áreas úmidas), paisagísticas etc. Mais que isso, tais posturas levaram a um distanciamento, negação e repulsa das águas urbanas pelos citadinos. Esse quadro levaria a mudanças de paradigmas: as soluções passam a ser desenvolvidas envolvendo outros campos disciplinares, além da engenharia: o urbanismo, a geografia, as ciências sociais em geral, a saúde, o meio ambiente etc. As novas práticas partem do princípio de que as águas precedem as cidades, que não podem ser efetivamente controladas e que o desequilíbrio de suas dinâmicas naturais, alteradas em meio urbano, torna inviável o funcionamento das estruturas e dos sistemas urbanos. Na verdade, não se deve falar do “avanço das águas”. Ainda que as mudanças climáticas apontem uma elevação sutil do nível dos oceanos e áreas sob sua influência, essas águas apenas reivindicam para si o seu espaço, “roubado” pelo homem e seu artefato cidade. Então, como "adaptar" as cidades ás águas? Assim, o primeiro desafio a ser enfrentado para “adaptar” as cidades às águas é o de reconciliação entre elas. Trata-se de encontrar um equilíbrio entre dinâmicas distintas e interdependentes: aquela das águas urbanas, nas quais se estabelece um novo ciclo, diferente do natural; e a da cidade, de caráter essencialmente artificializante. Neste aspecto está fundada a base de um novo paradigma: tentar “mimetizar” (imitar ou reproduzir), no processo de urbanização demandado pelo desenvolvimento urbano, as dinâmicas naturais. Várias abordagens alinham-se com esse paradigma emergente: as Green infrastructures (Infraestruturas verdes), focadas na melhoria dos serviços ecossistêmicos tendo os espaços verdes livres como componentes da infraestrutura urbana; o Low impact development (Desenvolvimento ou Empreendimento de baixo impacto), com soluções preferencialmente na pequena escala (no lote ou parcela), procurando replicar processos naturais para manejo de águas pluviais; os Sustainable drainage systems (Sistemas de drenagem sustentável), que visam à proteção das dinâmicas hídricas em equilíbrio com os sistemas urbanos; a Trame verte & bleue (Trama verde e azul), como política que insere a preservação da biodiversidade nas decisões do ordenamento territorial, dentre as mais difundidas. Entretanto se destacam as iniciativas baseadas na noção de Water sensitive urbanism (Urbanismo sensível à água, ou WSU), desdobramento do Water sensitive urban design (Desenho Urbano Sensível à Água, WSUD), na qual se pregam planejamento, projeto e gestão urbanos que busquem a convivência e o manejo de águas nas cidades, em todas as escalas de intervenção. O WSU é uma síntese do vasto universo de medidas que caracterizam o novo paradigma de gestão de águas urbanas, incorporando os preceitos das demais abordagens listadas. Definido pelos governos australianos em sua National Water Initiative (Plano Nacional de Águas), ele é visto como “a integração do planejamento urbano com a gestão, proteção e conservação do ciclo urbano da água, garantindo que a gestão da água urbana seja sensível aos processos hidrológicos e ecológicos naturais”. Nesse documento, no item da “reforma da água urbana”, aponta-se como uma das ações centrais a “inovação e capacitação para criar cidades [...] sensíveis à água” (COAG, 2004: 30). O urbanismo sensível as águas lida com esse problema? Quais as ações estariam envolvidas nele? O rol de ações do Urbanismo sensível à água abrange elementos chaves, como a convivência da sociedade com as águas urbanas e a exploração de todo o potencial dessas para o recreio, o abastecimento, a irrigação, o paisagismo, a preservação de ecossistemas frágeis etc. Na pequena escala, incentiva-se o manejo das águas na fonte (no terreno e na edificação, com captação e uso de águas de chuva, tetos verdes). Na escala intermediária das quadras e bairros, a recuperação ou introdução de áreas verdes livres inundáveis e lagoas/bacias de retenção de água pluviais; a recuperação e/ou renaturalização dos cursos d’água e suas margens, e respectivos ecossistemas. Em todas as escalas abrangidas pelas bacias de drenagem, a conservação da vegetação e da permeabilidade dos solos e a reprodução de elementos da dinâmica natural de águas. Mais relevante ainda, o WSU tem como pressuposto a participação da sociedade na concepção, implantação e manutenção das intervenções, dando especial atenção às ações de ordem não-estrutural, que no jargão técnico são aquelas não relacionadas às obras com projetos completos. O planejamento e a gestão devem anteceder as obras, pois que a implantação destas só se justifica com base em um detido conhecimento da realidade a transformar e a pactuação das prioridades para esse fim. Quais as principais contribuições do trabalho sobre a Membrana Anfíbia para o Recife

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A questão ambiental e suas implicações nas nossas cidades

Por Sidnei Aranha* e José Bertotti** Ainda que a questão ambiental seja importante e transversal como política pública no planejamento das cidades, precisamos entender que a participação dos municípios é compartilhada com os Estados e a União nos processos de licenciamento, proteção e fiscalização ambiental. No entanto, o fato de o município ser o último Poder consultado em relação às alterações na legislação ambiental gera um paradoxo extremamente desfavorável às cidades, já que a materialização do dano ambiental ocorre no espaço territorial do município. Embora a Política Nacional do Meio Ambiente, instituída em 1981 e confirmada na Constituição de 1988, seja um forte conjunto de metas e mecanismos que visam reduzir os impactos negativos da ação antrópica, aqueles resultantes da ação humana sobre o meio ambiente, ela carece de atualização no sentido de propiciar voz mais ativa aos municípios, principalmente no que se refere à sua capacidade de promover uma reforma urbana. Afinal, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, no qual o tripé econômico, social e ambiental é diametralmente oposto ao consumismo tóxico naturalizado pela sociedade capitalista, as cidades devem ser protagonistas na resistência ao forte apelo do mercado e do sistema financeiro de maneira a assegurar um ordenamento urbano que indique o rumo de um novo modelo de desenvolvimento, ambientalmente sustentável, economicamente solidário e socialmente inclusivo. Mundialmente, organismos multilaterais capitaneados pela ONU têm envidado esforços para apresentar caminhos que ajudem a resolver essa equação da nova agenda urbana ou, ao menos, mitigar os impactos de um crescimento desordenado. É verdade que todo país sofre enormes dificuldades para construir o seu modelo de desenvolvimento e precisa enfrentar essa realidade. Mas o desenvolvimento desigual proporcionado por séculos de aplicação de um regime capitalista excludente, que permitiu a exploração desenfreada da natureza, criou diferenças abissais entre os países. Enquanto em países europeus há iniciativas como o Selo Verde, que visa destacar atividades econômicas ambientalmente sustentáveis, aqui no Brasil não há sequer fiscalização efetiva em relação às empresas para que se cumpram as leis já existentes do setor. Na contramão da História, no Brasil é o próprio Presidente da República, secundado pelo Ministro do Meio Ambiente, quem legitima o discurso predatório do livre mercado e desobriga empresários, grandes industriais e latifundiários da responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável. Essa postura já causa danos econômicos à nossa pauta de exportações e fissuras nas principais associações empresariais do Brasil, que começam a criticar essa política. Existem, inclusive, manifestações recentes de grandes empresários brasileiros sobre possíveis perdas financeiras devido à política ambiental atualmente praticada pelo governo federal. Vejamos o setor de saneamento básico. Os municípios correm o risco de um grande retrocesso com a aprovação no Congresso Nacional do PL 4.162 de 2019, de autoria do Poder Executivo, que avança rumo ao processo de privatização. Esse PL causará grande desestruturação ao ameaçar o subsídio cruzado, no qual os municípios com maior arrecadação contribuem com ações de saneamento básico em municípios mais pobres. Sem essa compensação, os municípios que não geram lucro serão preteridos pelas empresas prestadoras do serviço, caminhando na contramão da universalização ao seu acesso. Basta lembrar que dos 5.570 municípios brasileiros, 79,1% são menores do que 30 mil habitantes. As companhias estaduais também correm risco de desmonte, uma vez que o projeto aprovado privilegia recursos federais para os municípios que entregarem a gestão à iniciativa privada. Os empresários podem se tornar, assim, proprietários de um dos nossos mais valiosos recursos naturais, a água, retirando, infelizmente, o seu princípio de universalidade e fazendo com que o acesso à água e ao esgotamento sanitário deixe de ser visto como um direito humano fundamental. Nesta quadra, torna-se ainda mais importante a conscientização dos prefeitos em relação à existência do controle social. A maioria das cidades começa a criar os Conselhos Municipais de Saneamento Básico, com o objetivo de formular, avaliar e revisar políticas públicas para o setor. Outra ferramenta de gestão ambiental que nos possibilita maior conhecimento e controle hídrico regional é o Plano Municipal de Recursos Hídricos. Na impossibilidade de barrar agora mais uma desastrosa medida do governo Bolsonaro, a partir dessas iniciativas nos fortaleceremos para que, no futuro, exista a possibilidade de um sistema alternativo, no qual a garantia de água para toda a população, principalmente a mais vulnerável, esteja assegurada da sanha privatista. Os resíduos sólidos são mais um desafio para os gestores ambientais nos municípios. Apesar do governo federal ter abandonado a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), de promessas de verbas estratosféricas que até agora não se efetivaram e do desconhecimento notório do atual Ministro Ricardo Salles, que nega avanços na área, o estudo “Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil” mostra um aumento de 32% na coleta, na última década e, atualmente, 92% dos resíduos sólidos gerados nos municípios são coletados. Mas, a gestão adequada custa caro. Depois da educação e saúde, o contrato de coleta e destinação final de resíduos sólidos representa o maior dispêndio de custeio aos cofres públicos das pequenas e médias cidades. A hierarquização legal da gestão dos resíduos sólidos, prevista no PNRS, estabelece a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento e disposição final dos resíduos, com responsabilidades compartilhadas entre todos os entes sociais. As empresas (comerciantes, distribuidores, fabricantes e importadores) são responsáveis pela coleta e pelo destino final dos resíduos pós-consumo, perigosos, de construção civil, de serviços de saúde e principalmente das embalagens, que respondem por 40% de todo resíduo sólido produzido no país. Além disso, a legislação vigente permite a cobrança de taxas e tarifas à população no intuito de garantir a melhoria e a sustentabilidade do serviço. Mas, como nem sempre a responsabilidade privada é efetivamente assumida, a Prefeitura arca com mais essa despesa sobrecarregando o orçamento que deveria ser destinado a investimentos em tantas outras necessidades. Hoje, através do Fórum de Gestores de Resíduos Sólidos do Brasil e da Frente Nacional dos Prefeitos, a Logística Reversa começa a ser discutida para que finalmente todos, Prefeitura, Estado, União, sociedade e empresas, assumam cada um a responsabilidade devida, e para que o município, mais uma vez, não

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Ingredion abre inscrições para o Programa de Estágio 2020

A Ingredion, empresa líder global em soluções de ingredientes para as indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal, farmacêutico, papel, entre outros, abre inscrições para Programa de Estágio 2020. Há oportunidades em Pernambuco. As inscrições podem ser feitas até 02 de setembro no site ingredion.across.jobs. A companhia busca 25 jovens universitários, com vagas distribuídas nas unidades da companhia em São Paulo (escritório central), Mogi Guaçu (SP), Balsa Nova (PR), Alcântara (RJ) e Cabo de Santo Agostinho (PE). O processo de seleção será todo realizado à distância, em um processo 100% virtual, por conta da pandemia do novo coronavírus. Além disso, a Ingredion segue o modelo de recrutamento às cegas, estimulando um ambiente de trabalho inclusivo.“O grande diferencial do processo seletivo da Ingredion é que ele preza pela diversidade. Por isso, o currículo e as notas obtidas nas provas só são divulgados na etapa final, de entrevista com os gestores”, explica Santiago Bellotti, diretor de Recursos Humanos e Excelência Operacional para América do Sul e Brasil da Ingredion. As oportunidades se destinam aos estudantes com conclusão prevista até dezembro de 2022 nos cursos de Engenharia, Administração, Química, Relações Internacionais, Comércio Exterior, Economia, Comunicação Social e Publicidade e Propaganda. Os candidatos precisam ter disponibilidade para seis horas diárias de trabalho. Os selecionados começarão em dezembro de 2020 e terão direito a bolsa auxílio compatível com o mercado, vale-transporte, ônibus fretado para as fábricas, vale-refeição, vale-alimentação, restaurante, plano médico e odontológico, auxílio-medicamento, seguro de vida, Gympass e Happy Day (dia de folga no mês do aniversário). Os estagiários também poderão trabalhar remotamente até três dias da semana, conforme a nova política da empresa.

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Closet compartilhado cria oportunidade de renda para mulheres no Recife

Idealizada como uma alternativa de incentivo ao consumo da moda sustentável, a MarSô Smart Closet traz uma nova proposta para a capital pernambucana. Unindo a paixão pela moda atemporal e sofisticada à necessidade de promover mudanças na forma em que as pessoas adquirem novas roupas, as sócias Sofia Aldin e Marília Costa criaram um modelo de closet compartilhado que propõe renda para as mulheres que desejam alugar suas roupas casuais e de festa guardadas no armário (partners), assim como garante preços mais justos para as que querem buscar looks para eventuais compromissos (rental). De acordo com pesquisas, o mercado da moda está entre os três mais poluentes do mundo. Sendo responsável por cerca de 10% das emissões globais de gases-estufa. Só no Brasil, cerca de 175 toneladas de resíduos têxteis são descartados durante o ano, destes apenas 20% são reutilizados ou reciclados. Além disso, a indústria da moda é a segunda a consumir mais água no planeta.   Visando incentivar a redução dos prejuízos ambientais, a Marsô estimula mulheres apaixonadas por moda a selecionarem roupas modernas e atuais pouco utilizadas para compor o acervo do closet inteligente, garantindo o retorno financeiro quando essas forem alugadas. Para garantir a qualidade e bom estado das peças, a equipe faz a curadoria dos itens. A partner tem toda segurança, acompanhando quando sua peça for alugada através de uma área restrita, com usuário e senha, no site da loja. O espaço físico será inaugurado no segundo semestre de 2020, oferecendo também o serviço de consultoria, com protocolos de prevenção bem definidos, como o momento atual exige. Maria Paula Bandeira, de 34 anos, se tornou uma partner. “Foi super simples [o processo]. Separei as roupas que pretendo alugar, as roupas foram recolhidas e foi providenciado um contrato. Estou achando muito bom. A MarSô não pensa só em quantidade, mas preza pela qualidade das roupas. Achei o processo da curadoria das peças incrível”, disse. Durante a pandemia, o serviço de busca das vestes é gratuito para o Grande Recife. O smart closet dispõe de medidas efetivas para manuseio e higienização de cada roupa. Para mais informações, as partners devem entrar em contato através do (81) 9920-5678 ou no Instagram @marsosmartcloset.

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Araripina e Ouricuri retrocedem à Etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19 após aumento de casos

O Governo de Pernambuco decretou, nesta terça-feira (04.08), o recuo da Etapa 4 para a Etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19 nos municípios de Araripina e Ouricuri, que integram a IX Gerência Regional de Saúde. O período de isolamento social rígido valerá de 7 a 16 de agosto, quando os dois municípios do Sertão do Araripe terão restrição do funcionamento do comércio apenas aos serviços essenciais. A medida foi tomada em decorrência do aumento no número de casos da doença na região. O secretário estadual de Saúde, André Longo, esclareceu que, na direção contrária a da Região Metropolitana do Recife (RMR), foi observado um crescimento do número de solicitações de UTIs para casos suspeitos na 4ª Macroregião de Saúde, da qual Araripina e Ouricuri fazem parte. “Com relação aos casos na semana passada, foram 134 ocorrências de SRAG, sendo quase 60% na nona Geres, que compreende o Araripe”, explicou Longo, ressaltando que as duas cidades concentram 70% de todos os casos da regional, com um total de 52 registrados na última semana. Ainda de acordo com o secretário, na Semana Epidemiológica (SE) 23 a região apresentou 13 casos suspeitos da doença, enquanto na SE 31 foram notificados 77 casos suspeitos. “Sempre ressaltamos que, caso fosse necessário para salvar vidas, daríamos um passo atrás. Portanto, precisamos que, durante esses dias, a população só saia de casa para o que for verdadeiramente essencial. Temos que reforçar essas atitudes de prevenção para que tenhamos um resultado positivo após esse período”, afirmou. Entre as medidas do Governo do Estado para ampliar a capacidade de atendimento da Rede Pública está a abertura de mais dez leitos de UTI para os usuários do SUS no Hospital Santa Maria – unidade filantrópica das Medianeiras da Paz, em Araripina. Além disso, nos próximos dias, oito leitos de enfermaria do Hospital Regional de Ouricuri serão transformados em vagas de UTI. Atualmente, nas duas cidades, existem 82 leitos dedicados à Covid-19, sendo 20 de UTI. Fotos: Pedro Menezes/SEI

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90% dos brasileiros fizeram doações ou realizaram trabalhos voluntários durante a pandemia

É fato que o povo brasileiro é solidário, e isso fica ainda mais claro em situações como catástrofes naturais e tragédias provocadas por negligência ou erro humano, quando doações em dinheiro, alimentos, roupas e produtos são enviados de todo o país. Este movimento tem sido reforçado durante a pandemia do novo coronavírus, conforme mostra a pesquisa “Eu ajudo, Tu ajudas, Todos ajudam!” realizada pela Rede Filantropia, que consultou 450 pessoas com mais de 18 anos de todos os Estados. Segundo o levantamento, que contou com 19 questões de múltipla escolha, 89,8% dos entrevistados informaram ter feito, durante a pandemia, doações em dinheiro, roupas, alimentos, medicamentos e tempo em trabalhos voluntários. Desse total, 20,7% disseram já ter realizado ambas as ações – doações e trabalho voluntário para alguma organização da sociedade civil ou iniciativa social. “Embora não haja cunho científico, a pesquisa visa entender o comportamento filantrópico do brasileiro, reconhecido mundialmente por se engajar em causas de ordem social, inclusive em momentos como este que estamos passando”, afirma o presidente da Rede Filantropia, Marcio Zeppelini. A pesquisa mostra ainda que, dentre as pessoas que realizaram alguma doação, a maioria (41,6%) o fez de duas a quatro vezes; 35,6% doaram somente uma vez; e 13,1% optaram por fazer uma doação única até o momento. Mesmo quando a pandemia terminar e chegarmos ao “novo normal”, as doações deverão continuar ocorrendo periodicamente, conforme apontaram 77,3% dos participantes. De outro lado, 18,2% dos entrevistados pretendem aumentar a quantidade de doações e horas voluntárias. Em relação ao volume de doações em espécie, o levantamento mostrou um volume de doações maior, entre R$ 50 e R$ 200, em comparação ao que se fazia antes da pandemia. As pessoas relataram pretender continuar com esta estratégia após o fim desta emergência sanitária. Quase 65% se consideraram mais solidários e perceptivos a questões humanitárias como fome, saúde e renda básica, e da mesma forma sobre questões ambientais, políticas públicas e questões globais.

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Nimbus: curta de animação pernambucano é destaque em festivais

Entre os dias 8 e 13 de setembro, ocorrerá em São Paulo a 10ª edição do Cinefantasy - Festival Internacional de Cinema Fantástico. Na lista de curtas-metragens selecionados para as mostras competitivas, destaque para a animação Nimbus, do pernambucano Marcos Buccini. No mês de julho o curta já havia participado do I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação. Nimbus tem como personagem central a conhecida figura do sertanejo em prece aos céus por chuva. No entanto, o foco da história não está na oração, nem tão pouco na resposta que logo se materializa na forma de nuvens carregadas. Está em como estas nuvens são produzidas. É quando entra em cena toda a criatividade de Buccini, que propõe sua versão futurista desse, digamos, processo de produção, guiado por operários bem peculiares no céu. Processo futurista, é verdade, quando contraposto ao cenário sertanejo. Porém, com os pés muito bem fincados no passado das máquinas à vapor e do modo de produção industrial.     Longo processo até a estreia Buccini conta que o projeto surgiu há quase 20 anos. Inicialmente, seria um clipe para a música "A Tempestade", da banda "Cordel de Fogo Encantado", mas o pouco dinheiro impossibilitou o trabalho. "Nós fizemos bonecos, cenário, mas não tínhamos um bom equipamento de captura de imagem, a câmera não era boa. Era um negócio meio precário, então, não foi pra frente.” A ideia foi colocada de lado por algum tempo até Buccini decidir fazer um curta, ao invés do clipe. Submeteu o projeto ao Funcultura, e, após passar por um longo processo de produção e pós-produção, foi, enfim, lançado. Demorou dez anos para ficar pronto. A relação de Marcos Buccini com o cinema de animação não se resume ao curta. Em 2017, o cineasta, que também é professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, lançou o livro "História do Cinema de Animação em Pernambuco". Além de desvelar a história do gênero, como diz o título, a obra reflete sobre as particularidades de cada animação produzida no estado.

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Quinteto de Cordas dos Meninos do Ipojuca apresenta recital online nesta quarta-feira

Da Assessoria de Comunicação Com o objetivo de retomar as apresentações musicais que seriam realizadas na Caixa Cultural Recife e foram interrompidas devido à pandemia do coronavírus, a Orquestra Criança Cidadã apresenta uma série de recitais online a partir do mês de agosto. Os concertos, gravados no teatro da Caixa Cultural Recife, irão ao ar no canal da OCC no YouTube todas as quartas, às 20h. Na estreia da série, que acontece na próxima quarta-feira (5), o Quinteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca apresentará três peças de Mozart – os primeiros movimentos do “Divertimento em fá, K.138”, do "Divertimento em ré, K. 136” e da “Eine kleine Nachtmusik” –, a “Serenata”, de Alberto Nepomuceno, e a “Ária da quarta corda”, de J. S. Bach. Para Ivo Gomes, primeiro violino do quinteto, a notícia da gravação para a Caixa foi recebida com muita surpresa e entusiasmo pelo grupo. “Com toda essa situação que estamos passando em todo o mundo, foi um pouco difícil para nós, porque não estávamos ensaiando frequentemente como antes. Mas fizemos três ensaios para a gravação, revimos e trabalhamos todo o repertório. Já estávamos com saudades de fazer música... Foram poucos ensaios, mas muito trabalhosos e objetivos! Por fim, a gravação foi muito gratificante. Mesmo não tendo frequentemente muito contato para fazermos música em grupo, temos que estar sempre preparados para qualquer ocasião”, disse o aluno. Os concertos online foram uma das formas que a Caixa e a OCC encontraram para que o público possa continuar acompanhando os concertos dos alunos do projeto enquanto as apresentações presenciais não têm previsão de volta. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã e incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. Já a Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca tem patrocínio da Prefeitura do Ipojuca. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online do Quinteto de Cordas da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Ipojuca Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 5 de agosto de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 25 minutos Classificação: Livre Patrocínio: Caixa e Governo Federal

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Inteligência artificial para diagnosticar a COVID-19 e prever risco de complicações

Um método que permite diagnosticar a COVID-19 em cerca de 20 minutos – com baixo custo e sem a necessidade de reagentes importados – foi descrito por pesquisadores brasileiros em artigo divulgado na plataforma medRxiv, ainda sem revisão por pares. O sistema usa algoritmos de inteligência artificial capazes de reconhecer em amostras de plasma sanguíneo de pacientes um padrão de moléculas característico da doença. Segundo os autores, também é possível identificar, entre os casos confirmados, os indivíduos com maior risco de desenvolver manifestações graves, como insuficiência respiratória. O projeto é apoiado pela FAPESP e envolve pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP), além de colaboradores no Amazonas. “Nos testes feitos para validar a metodologia, conseguimos diferenciar as amostras positivas e negativas com um acerto de mais de 90%. Também fizemos a diferenciação entre casos graves e leves com acerto em torno de 82%. Agora, estamos iniciando o processo de certificação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, conta à Agência FAPESP o professor da Unicamp Rodrigo Ramos Catharino, coordenador da pesquisa. Segundo ele, o exame, quando em operação, poderia custar em torno de R$ 40 por amostra, cerca de metade do preço de custo do RT-PCR, método considerado padrão-ouro para diagnóstico da COVID-19. O trabalho vem sendo desenvolvido no Laboratório Innovare de Biomarcadores, durante o doutorado de Jeany Delafiori, e integra uma linha de pesquisa que combina técnicas de metabolômica e aprendizado de máquina para buscar marcadores capazes de auxiliar o diagnóstico de doenças como zika, dengue hemorrágica, fibrose cística, diabetes e outros distúrbios metabólicos. O grupo trabalha em parceria com o Laboratório de Inferência em Dados Complexos (Recod) do Instituto de Computação (IC) da Unicamp, coordenado pelo professor Anderson Rocha e conta com a participação de seu colaborador Luiz Claudio Navarro. “O projeto contou com a participação de 728 pacientes – sendo 369 com diagnóstico de COVID-19 confirmado clinicamente e por RT-PCR. As amostras de indivíduos não infectados foram usadas para comparação, como uma espécie de grupo controle. No caso de alguns pacientes que desenvolveram complicações e precisaram ser internados, foi coletada uma segunda amostra de sangue. De modo geral, entre os casos confirmados, havia indivíduos com sintomas leves e graves”, conta Delafiori. Todas as amostras foram analisadas em um equipamento conhecido como espectrômetro de massas, capaz de discriminar as substâncias presentes em fluidos corporais. Como explicam os pesquisadores, esse conjunto de moléculas encontrado no plasma sanguíneo retrata os diversos processos metabólicos ativos no organismo. “Nos concentramos nas moléculas de baixo peso molecular, como os aminoácidos, os pequenos peptídeos e os lipídeos. Elas surgem na parte final dos processos metabólicos e, portanto, estão mais diretamente ligadas aos sintomas que os pacientes estavam manifestando no momento da coleta”, explica Delafiori. Parte das amostras foi então usada pela equipe do IC-Unicamp para ensinar um método de inteligência artificial a reconhecer padrões de metabólitos encontrados nos casos positivos e nos negativos, bem como diferenciar os padrões dos casos leves e graves. A outra parte foi usada em um teste cego, cujo objetivo foi avaliar o acerto final da análise feita pelo sistema. Segundo os dados do artigo, o método alcançou 97,6% de especificidade e 83,8% de sensibilidade para o diagnóstico da doença no teste cego. Já em relação à análise de risco para manifestação grave a especificidade foi de 76,2% e a sensibilidade foi de 87,2%. “Sensibilidade [também conhecido como sensitividade] é o parâmetro que indica o quão sensível o método é para detectar a presença ou ausência da COVID-19. Já especificidade tem a ver com a capacidade de diferenciar a COVID-19 de outras condições de saúde. Esses dois parâmetros, quando analisados em conjunto, determinam a taxa de acerto”, explica Delafiori. “Ainda estamos trabalhando para melhorar a taxa de acerto do exame, à medida que novas amostras de pacientes são coletadas por nossos colaboradores.” De acordo com Rocha, o algoritmo desenvolvido é capaz de incorporar conhecimento na medida em que analisa novas amostras, o que tende a se refletir em uma melhora na performance com o passar do tempo. “Se hoje ele tem uma taxa de acerto em torno de 90%, é provável que acerte ainda mais quando chegar a milhares de pacientes analisados”, afirma o pesquisador. A equipe do IC-Unicamp também criou um software para automatizar todo o processo de análise e gerar, no final, um relatório que informa para o médico se o paciente tem a COVID-19 e se apresenta risco de complicações. “Esses biomarcadores preditores de evolução da doença podem, por exemplo, ajudar o médico da assistência básica a decidir se o paciente que testar positivo pode ser mantido em isolamento domiciliar ou se deve ser transferido para um centro de maior complexidade”, comenta Rinaldo Focaccia Siciliano, médico assistente da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas (HC-FM-USP) e da Unidade de Controle de Infecção Hospitalar do Instituto do Coração (InCor), um dos coautores do artigo. Na avaliação de Siciliano, o método tem mostrado um bom desempenho para detectar tanto os casos leves, nos primeiros dias de sintomas, como também os mais avançados, de pacientes que já apresentam falta de ar na admissão ao hospital. “A vantagem de ter vários centros participando do projeto, com diferentes perfis, é a variabilidade das amostras. Isso permite que seja possível aplicar a metodologia em diferentes cenários, tanto ambulatorial quanto hospitalar”, diz. Outro avanço apontado pelo pesquisador é a possibilidade de diagnosticar precocemente a doença por meio de uma amostra de sangue, mais fácil de ser coletada do que a secreção nasal usada no teste de RT-PCR. “A coleta com swab [cotonete comprido inserido no fundo do nariz] requer equipe bem treinada e sala apropriada, pois há risco de dispersão de aerossóis contaminados com o vírus. E o teste sanguíneo atualmente disponível só é capaz de detectar anticorpos alguns dias depois do surgimento dos sintomas.” Modelo otimizado Enquanto a maioria dos testes laboratoriais analisa no sangue os níveis de algumas poucas substâncias, o sistema computacional desenvolvido pela equipe da Unicamp é capaz

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