Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 344 De 441

Rafael Dantas

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Crítica| Resgate (Netflix)

Após o sucesso de crítica e público de filmes de ação como Atômica e da franquia John Wick, algo que outrora não era tão frequente em relação ao gênero, novas produções com cenas de ação mais refinadas estão surgindo. A mais recente é Resgate, produção original Netflix, que tem no elenco o astro Chris Hemsworth. Hemsworth interpreta Tyler Rake, um mercenário que é contratado para resgatar Ovi (Rudhraksh Jaiswal), filho de um traficante indiano. O garoto foi sequestrado a mando de Amir Asif (Priyanshu Painyuli), um traficante de drogas de Bangladesh. Durante a missão, Rake descobre que não receberá o dinheiro do resgate. Mas a forte ligação com Ovi fará Rake protegê-lo a todo custo.   Tyler Rake encarna estereótipo parecido ao de famosos personagens brucutus do cinema como John Rambo e Braddock. O passado marcado pelo trauma relacionado à morte do filho dá ao protagonista certa profundidade, coisa que muitos personagens do gênero não costumam apresentar. Resgate tem a mesma pegada de filmes da franquia John Wick: lutas coreografadas e cenas de tirar o fôlego. Numa das melhores sequências, acompanhamos uma perseguição em meio às ruas apertadas de Dhaka, capital de Bangladesh, através de um bem trabalhado longo plano-sequência. Em seguida, com um corte sutil, a câmera acomoda o espectador dentro do veículo em que estão os protagonistas. Resgate foi produzido pela Netflix em parceria com os Irmãos Russo, diretores de grandes sucessos da Marvel, como Capitão América: Guerra Civil, Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato. A história é baseada na Graphic Novel Ciudad, escrita pelos irmãos cineastas. É o primeiro longa dirigido por Sam Hargrave. Antes de Resgate, Hargrave havia trabalhado como coordenador de dublês em alguns filmes da Marvel.  

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Crítica literária: O delicado texto de Maria

*Por Paulo Caldas Episódios nos quais pernambucanos lutaram para expulsar os invasores estrangeiros e buscaram a libertação de Portugal são momentos emocionantes, entremeados com histórias fictícias. Interessante simbiose entre fatos de natureza histórica e tramas ficcionais criadas pela autora oferece um toque de encantamento a este Casamento Inglês (Edições Bagaço. Projeto gráfico de Bel Caldas). Aqui vivenciamos o Recife dos mascates, ruas, becos, vielas, pontes e fontes, escutam-se as vozes batavas ressonando nas paredes dos sobrados aristocráticos de Olinda, o eco das pisadas rudes nas pedras do chão, sente-se o cheiro ocre-doce do moer dos engenhos de cana, ante a opulência da riqueza açucarada de então. O texto de Maria Batista Almeida é afável, delicado. Os cenários da época são assim descritos, bem como usos, enredos e conspirações e os costumes cotidianos das famílias, tolhidos pelo rigor austero de antanho. O Rio Capibaribe e seus encantos, o navegar dos batelões carregados de coisas e gentes, as cadeirinhas sobre os ombros escravos pelas ladeiras e alamedas floridas, o passear silencioso das sinhazinhas. O conteúdo do livro revela o clima das ganâncias, conspirações, revoltas, prisões, traições, inconfidências sob lei do arcabuz, alheio à justiça, mas fiel à sanha dos poderosos. *Paulo Caldas é Escritor

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Anjo Gabriel lança disco inédito gravado com tecnologia analógica

Por Yuri Euzébio A Anjo Gabriel, destaque nacional e internacional na cena psicodélica contemporânea, antecipou o lançamento digital do primeiro disco de inéditas em 7 anos em função do isolamento social. É o primeiro disco c de inéditas desde 2013. Saiu hoje o lançamento nas plataformas online o auto-intitulado “Anjo Gabriel”, seguindo os cuidados de prevenção do COVID-19, através da plataforma Bandcamp. O disco, que receberá um financiamento coletivo - crowdfunding - para lançamento em vinil e cassete, foi inteiramente gravado usando apenas equipamentos e técnicas analógicas. “O conceito principal foi de relação com a natureza através dos quatro elementos – água, terra, fogo e ar - ligados às músicas, que estão todas interconectadas como se fosse uma obra só. Com isso tentamos transmitir os conceitos de transformação e conexão que permeiam a natureza, e do amor como instrumento para construir esses conceitos”, destaca Marco da Lata, fundador da banda. Terceiro álbum da trajetória da banda (que já lançou os discos “O Culto Secreto do Anjo Gabriel”, de 2011, e “Lucifer Rising”, de 2013, além do single 7’’ “Resiliência / Claralice”, de 2017), “Anjo Gabriel” tem 4 faixas de experimentos em um Kraut Rock Psicodélico Brasileiro, mixando referências de clássicos europeus com a essência do Udigrudi pernambucano. Suíte Claralice é a faixa que abre o disco, com 20 minutos de duração, e inclui uma reedição do movimento de 6 minutos já apresentado aos fãs no compacto de 2017. Ela é seguida pelas duas partes de Resiliência, com 6 minutos e 27 segundos e 6 minutos e 24 segundos, respectivamente. Coroando o lançamento, Mantra II, já disponível como single no Bandcamp, encerra o play com elementos orientais orquestrados, fruto da participação do Álgebra Trio. “Anjo Gabriel” também é um marco de nova fase da banda, que tem de volta aos teclados, sintetizadores e teremim o músico André Sette, que divide com Diego Drão (ghost member do grupo) as gravações de sintetizadores e teclados no disco. Marco Da Lata (baixo e voz), Júnior Do Jarro (bateria) e Phillippi Oliveira (guitarra) completam a formação da banda. Carlos Amarelo, também ghost member, cuidou das percussões. Como convidados especiais, participaram Rodrigo Gondão (oud), Rodrigo Félix (percussão) e Maísa Nascimento (violino), do Álgebra Trio, Rama Om (didjeridu), Lucas Brandão (vocal no coro) e Schelly Santiago (coro). Ao todo, são 38 minutos e meio de música, que prometem aplacar a ansiedade dos fãs da banda por um novo lançamento e agradar aos fãs do gênero. Banda referência no movimento de retorno a psicodelia, que vem se fortalecendo e multiplicando expoentes em Pernambuco nos últimos anos, a Anjo Gabriel consegue unir elementos regionais ao psicodelismo anos 70 que marca o som do grupo, numa mistura única e envolvente. Uma mesma música do conjunto pode te levar direto pra algum lugar do Nordeste dos anos 70 ou pra alguma cultura oriental, ou ainda uma comunidade hippie isolada do mundo e do tempo. O novo disco é um sopro de esperança para os amantes do bom e velho rock progressivo, carregado de psicodelia e um alento nesses tempos de isolamento social da pandemia do Coronavírus. É o retorno triunfal de um gênero musical que faz parte da história de Pernambuco e que vem ganhando espaço de novo nessa nova geração, com grupos como o Avoada. Te convido a ouvir esse disco como quem te oferece uma maravilha. Vá por mim, vale muito a pena. “ANJO GABRIEL”, 2020 Lançamento digital em 28 de abril de 2020, via Bandcamp. https://anjogabriel.bandcamp.com/album/anjo-gabriel Produzido no Estúdio Casa do Kaos por Adriano Leão, Marco da Lata e Júnior do Jarro Engenharia de Gravação: Adriano Leão Mixagem: Adriano Leão e Marco da Lata Masterização: Adriano Leão Produção Executiva: Marco da Lata LISTA DE FAIXAS 1. Suíte Claralice (20:00) 2. Resiliência Parte 1 (06:27) 3. Resiliência Parte 2 (06:24) 4. Mantra II (05:30) FICHA TÉCNICA Marco da Lata - Baixo Junior do Jarro - Bateria André Sette - Órgão, Sintetizadores e Teremim Phillippi Oliveira - Guitarra Ghost Members: Diego Drão - Órgão e Sintetizadores Amarelo - Percussão Participações Especiais: Rodrigo Gondão - Oud (Álgebra Trio) Rodrigo Félix - Percussão (Álgebra Trio) Maísa Nascimento - Violino (Álgebra Trio) Rama Om - Didjeridu Schelly Santiago - Vocal no coro Lucas Brandão - Vocal no coro    

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Quem previu a crise da Covid-19?

Muito se tem comentado sobre a imprevisibilidade da pandemia da Covid-19. Por isso, o consultor da TGI Francisco Cunha, durante a live realizada ontem (27), no perfil do Instagram da Algomais, despertou grande interesse entre os que assistiam ao dizer que dois vídeos que circulam na internet mostram que já havia pessoas que anteciparam a atual crise sanitária e econômica. Um deles é de Bill Gates. No vídeo realizado há cerca de cinco anos, o fundador da Microsoft fez uma palestra especifica sobre a possibilidade da pandemia. "Ele entrou no palco carregando um tonel semelhante aos usados por famílias norte-americanas para estocar víveres, décadas atrás,  numa tentativa para se prepararem para uma possível guerra nuclear", relatou Francisco. "Ele advertiu que os norte-americanos não estavam se preparando da mesma forma, nesta década, para uma possível pandemia".   Outro vídeo, comentado pelo consultor, foi feito por Barak Obama, provavelmente, na transição para o Governo Trump. "Ele dizia claramente que uma ameaça enorme que a humanidade tinha sobre ela seria uma pandemia com um vírus. Pelo que se soube, Trump considerou inexpressiva essa ameaça".      

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O milagre português no combate à pandemia

Enquanto a vizinha Espanha é um dos países que mais sofre com a Covid-19, Portugal tem indicadores controlados e um plano de reabertura. O advogado Gustavo Escobar, que vive entre o Recife e Lisboa, seguiu para sua casa no Velho Mundo assim que soube do cancelamento dos voos internacionais.  Ainda em isolamento, ele conversou com a Algomais sobre o enfrentamento dos lusitanos à pandemia e acerca do plano de retomada do País. . Como foi ou tem sido o isolamento social na sua cidade? Estou em Lisboa desde o dia 16 de março. Estava no Recife, mas quando o prefeito anunciou em 15 de março que iria solicitar o cancelamento dos vôos internacionais, decidi voltar no mesmo dia para ficar com a minha esposa e filhos nesse momento. Quando cheguei aqui, minha família já estava em isolamento. Inicialmente o governo decretou o distanciamento social. As pessoas ainda podiam circular e serviços e comércios funcionavam com restrições e regras de afastamento e de higiene mais rígidas. Logo depois veio a determinação do isolamento e o Estado de Emergência. Portugal tem sido apontado como um caso de sucesso. Há união entre presidente, primeiro ministro e o presidente de Assembléia Nacional, mesmo que o presidente seja de um partido diferente e, supostamente, de oposição ao governo do primeiro-ministro. A disputa política é praticamente inexistente neste momento. Todos estão juntos em prol do combate à pandemia. . . Aqui os estabelecimentos não essenciais fecharam. Nosso escritório fechou. Os serviços que não podem parar seguem regras sanitárias rígidas. A circulação das pessoas nas ruas é controlada e diversos equipamentos públicos nos parques foram lacrados. Podemos sair para caminhar, passear com o cachorro ou dar uma volta com as crianças, mas tudo isso sob o olhar atento da polícia. Certo dia, ao dar uma volta do parque com minha família, sentamos na grama para levar um pouco de sol, mas o guarda - muito educadamente - solicitou que não ficássemos ali. Entendemos perfeitamente. Agradecemos o aviso e voltamos a caminhar. Temos trabalhado em home office. Meu filho que estuda na Universidade de Lisboa está tendo aulas online. O mesmo acontecendo com a minha filha menor. Particularmente, olhando de minha posição privilegiada, tento encarar esse momento como uma pausa no ritmo frenético que vinha levando na minha vida, dividido entre Brasil e Europa, com um volume de viagens muito grande. Então - apesar de toda preocupação - tem o lado positivo de estar com a família, descobrindo novas formas de encarar esse desafio juntos. Nossa preocupação com a saúde por aqui existe, mas estamos dentro de uma situação muito controlada, com um sistema de saúde funcionando muito bem, com capacidade para atender a todos, já que o isolamento tem funcionado e o nível de pacientes não saiu do controle. Como tem sido discutido o processo de reabertura? Estamos naquilo que esperamos ser o último ciclo de 15 dias do estado de emergência. A previsão para retomada - com muitas limitações e regras sanitárias - deve ser após o dia 2 de maio. Temos um plano em curso que ainda prevê abertura parcial de alguns negócios, horários divididos em turnos, continuidade do home office e das aulas online (a escola presencial não volta mais nesse período. Só no próximo ano letivo que começa em setembro). Teremos uma abertura gradual e monitorada. Havendo crescimento dos casos após a volta, podemos ter novas restrições. . Houve apoio e adesão da população às orientações do governo acerca do isolamento? O isolamento começou quando em Portugal? A população encampou sem polêmica o isolamento. Não há protestos, apenas o reconhecimento que devemos seguir as orientações e fazer o sacrifício necessário para que possamos sair o mais rápido possível dessa situação. Aqui a população entendeu que, quanto mais bem-feito o isolamento, menos tempo ele irá durar e menor será o impacto econômico. E assim está sendo. Portugal tem conseguido achatar a curva da epidemia ao ponto de alguns países apontarem isso como "o milagre português". Sabemos que não é milagre. Mas sim resultado das medidas executadas precocemente e respeitadas pela população. Hoje colhemos os frutos do isolamento bem-executado. A consciência e espírito cívico da população é algo louvável. . Qual a sua percepção da forma como o Brasil tem enfrentado à pandemia? A preocupação com todos que estão no Brasil é crescente. Temos casos na família e já perdemos conhecidos e um cliente para a Covid. Outros estão lutando neste momento. Sabemos da vulnerabilidade do sistema de saúde e dos furos no isolamento por aí. Além disso, a divisão do país e a disputa política é algo surreal neste momento. É tudo ao contrário do que vemos ter dado certo por aqui. Disputas foram colocadas de lado. Enfim, o Brasil realmente nos preocupa e a sensação de impotência de assistir tudo isso de longe incomoda. . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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UFPE lança podcast para enfrentar a desinformação

A pandemia do Covid 19 vem sendo acompanhada de muitas informações falsas ou deturpadas. Foi com essa preocupação e com o objetivo de alertar a população para o risco da desinformação que foi criado o “Coronavírus em xeque”, uma iniciativa de produção de conteúdos do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM), da Rádio Universitária Paulo Freire 820 AM, da Universitária FM 99.9 e do Observatório de Mídia (Obmídia)da Universidade Federal de Pernambuco. A proposta contempla a produção de interprogramas (drops em áudio de aproximadamente três minutos) contendo análises e orientações em torno das informações que circulam sobre a pandemia nas redes sociais, além da disponibilização de um podcast semanal, de artigos e de relatórios. Os conteúdos estão sendo reunidos e disponibilizados em uma seção especial abrigada no site da Rádio Universitária Paulo Freire. Todo o material é produzido por professores e pesquisadores da UFPE ou por colaboradores de outras instituições. Além de disponibilizados no site, os interprogramas estão sendo veiculados pelas emissoras FM e AM da UFPE e também estão sendo cedidos para rádios comunitárias. O podcast também é de acesso livre para veiculação radiofônica e em redes sociais. No hotsite do “Coronavírus em xeque” também podem ser encontrados links para acesso a agências e aplicativos de checagem, bem como a outras iniciativas de enfrentamento à desinformação em torno da epidemia. Também podem ser acessados os podcasts especiais sobre o coronavírus produzidos, toda semana, pela equipe do Fora da Curva, programa jornalístico a cargo de professores e alunos do Departamento de Comunicação Social da UFPE. O “Coronavírus em xeque” associa atividades de pesquisa, especialmente com monitoramento e análise de redes sociais e de agências de checagem, e de extensão. A iniciativa é uma das ações de um projeto coletivo, proposto pelo PPGCOM, denominado “Observatório de Mídias de Conteúdos Informativos sobre COVID-19”, articulado em torno de três eixos: 1) análise de fake news em redes sociais digitais, 2) monitoramento das redes sociais digitais de órgãos públicos para avaliação de qualidade de informação e 3) papel das mídias na orientação da população e tratamento da divulgação científica O “Coronavírus em xeque” surge como desdobramento e intervenção emergencial, buscando aproveitar resultados parciais do trabalho de observação e coleta de dados realizado por pesquisadores do PPGCOM e Obmídia para subsidiar e orientar a produção dos conteúdos disponibilizados. Conheça o projeto no link: http://bit.ly/coronavirus-em-xeque Para colaborar com a iniciativa, escreva para: coronavirusemxeque@gmail.com

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Licitação em alta durante a crise

Em 2019, segundo dados da Controladoria Geral da União, foram feitas no Brasil mais de 82 mil licitações para contratação de bens e serviços pela administração pública, totalizando um aporte de mais de R$24 bilhões. Esse número tende a crescer este ano por causa da grande demanda por suprimentos médico e hospitalares, entre outros itens necessários neste momento de luta contra a pandemia do coronavírus. Porém, segundo o advogado e especialista em licitações Eder Brandão, apenas 2% das empresas brasileiras se apropriam desse mercado bilionário. “O momento é mais do que propício para que os empresários voltem seus olhares para as oportunidades de vendas por licitação, já que o isolamento social exigido para combater a pandemia fez cair drasticamente o faturamento de grande parte das empresas. Se tornar fornecedor de órgãos públicos pode ser a saída para que muitos negócios consigam se reequilibrar financeiramente ou, até mesmo, incrementar seus caixas”, avalia. No entanto, segundo Eder Brandão, boa parte das empresas que já se candidatam autonomamente para os processos licitatórios não conhecem os trâmites necessários e acabam sendo desclassificadas, e existem até mesmo aquelas que nem se aventuram neste mercado simplesmente por falta de conhecimento das regras e exigências. “Por isso, vale a pena ter o apoio de uma assessoria em licitações, onde a empresa contratante terá o acompanhamento constante de especialistas que vão buscar diariamente as melhores oportunidades nos editais publicados, orientar sobre a melhor forma de participar dos processos, deixar a empresa apta e com todas as documentações em dia, além de identificar se ela atende a todos os pré-requisitos dispostos nos certames, apresentar recurso contra inabilitação, entre outras ações”, completa.

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Quadrinhos x Covid-19

*Por Eduardo Martins No último domingo (26), em boletim divulgado pela Organização Mundial de Saúde, o número de infectados pelo COVID-19 ultrapassa mais de 3 milhões e mais de 208 mil mortes em consequência do vírus. No Brasil, são mais de 63 mil casos confirmados e mais de 4 mil mortes. Em Pernambuco, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, há 4.898 casos confirmados, além de 415 óbitos. O estado tem o terceiro maior número de mortes pelo COVID-19. Na estréia da Coluna Gibitown, espaço totalmente dedicado a nona arte, infelizmente, esse assunto não poderia passar em branco. Como a indústria, profissionais, lojas e vendedores de quadrinhos estão lidando com a pandemia e toda crise econômica desencadeada por ela? Quais são as alternativas e o que vai mudar daqui pra frente no mercado editorial? São inúmeras dúvidas e perguntas ainda sem respostas. Indubitavelmente, parece que estamos vivendo o que éramos acostumados apenas em livros, filmes e quadrinhos de ficção científica. Quadrinistas ao redor do mundo sentaram em suas pranchetas e prestaram homenagem às vítimas e também aos profissionais, sobretudo aqueles que estão na linha de frente do combate. Através das redes sociais reverências em forma de desenho, do artista italiano Milo Manara, do americano Frank Miller, entre muitos outros.  Dentro do universo dos quadrinhos, o lamento por duas perdas irreparáveis: o ilustrador argentino Juan Giménez, conhecido pelo seu trabalho para as revistas Heavy Metal e pela cultuada saga de ficção-científica Metabarons e o brasileiro Daniel Azulay, famoso principalmente na década de 1980, pela criação da Turma do Lambe Lambe e pelas aulas de desenho destinadas ao público infantil em canais de televisão. Ambos morreram por complicações devido ao COVID-19.  Para pequenas empresas, bancas de revistas e lojas especializadas em quadrinhos, o momento é bastante delicado e novas estratégias estão sendo criadas para atravessar a crise financeira causada pela pandemia. A Diamond, maior distribuidora de quadrinhos dos Estados Unidos, ainda continua com as atividades suspensas. Responsáveis pela distribuição de quadrinhos das maiores editoras norte-americanas - Marvel, DC, Image e DarkHorse - o último envio às lojas foi feito em 25 de março. As editoras, um pouco antes disso, começaram a pausar ou reagendar novas edições. Tanto material impresso, quanto digital. As famosas comic-shops, sem lançamentos e por conta da quarentena, viram-se com o faturamento quase nulo.  Na sexta-feira (17), a Diamond enviou uma carta para os vendedores de quadrinhos, onde explicam que estão monitorando toda a situação e que provavelmente no final de maio a distribuição volte a acontecer. Em trecho do comunicado, eles afirmam que “esse é um momento delicado e é necessário o equilíbrio entre gerenciar as preocupações de saúde e segurança, e atender à demanda reprimida por produto”. Separadamente do anúncio da Diamond, a DC anunciou que novas publicações impressas serão enviadas em 28 de abril, contudo em um número limitado de títulos e tiragem menor. De acordo com uma nota publicada pela editora, a decisão de voltar a lançar alguns títulos surgiu depois de pesquisar mais de 2.000 lojas nos EUA e no Canadá. Eles observaram que "muitos proprietários de lojas de quadrinhos estão encontrando maneiras novas e criativas de levar os quadrinhos para os fãs mais fiéis." A medida está sendo criticada pela maioria dos revendedores e pequenas livrarias independentes que ainda estão fechadas durante a quarentena.  Enquanto isso, diversos artistas consagrados internacionalmente começaram a leiloar desenhos originais em prol das comic-shops americanas. Encabeçado por Jim Lee, artista e editor-chefe da DC Comics, os leilões acontecem no eBay e toda renda será destinada aos pequenos varejistas. Uma imagem do Batman que Ri obteve 64 lances e o vencedor pagou 10.800,00 dólares, aproximadamente 56.937,70 reais. Com o reforço da hashtag #Creators4Comics, doações em dinheiro estão sendo organizadas pela Fundação Binc, para ajudar livreiros e revendedores de quadrinhos afetados pelo COVID-19.  Eventos ligados aos quadrinhos e a cultura geek, que rendem milhões em receita, também já estão sendo afetados. A mais tradicional delas, A San Diego Comic-Con foi cancelada devido a pandemia do coronavirus. A próxima convenção vai ocorrer de 22 a 25 de julho, em 2021. Em 50 anos de história, essa é a primeira vez que o evento é cancelado.  Aqui no Brasil, o 11º FIG! - Festival Internacional de Quadrinhos também foi adiado como medida de controle de transmissão do vírus. A Comic Con Experience, CCXP, ainda não comunicou o cancelamento da edição brasileira deste ano. Já a versão alemã da convenção foi cancelada.  Postergados para 2021, os maiores eventos geeks do planeta movimentam o mercado e são nestes locais que os artistas independentes e as editoras usam como vitrine para expor novos trabalhos e interagir com o público-alvo. E aqui, no Brasil, sem esse elo de sustentação, o bicho vai pegar, ou melhor, a gente vai precisar se reinventar.  Não é de hoje que o mercado editorial de livros no Brasil está em crise. São pelo menos cinco anos de livrarias fechadas e declínio nas vendas. O COVID-19, veio para acentuar ainda mais essa queda. As editoras tentam estratégias focadas em descontos e no comércio virtual. O problema é que a grande maioria não estava preparada tecnicamente para vender via e-commerce. Faltam mais investimentos em arquitetura de informação e desenvolvimento de uma loja virtual de fácil acesso e usabilidade. Porém, mesmo assim, essas alternativas ajudam, e muito, a fortalecer o comércio de quadrinhos. As pequenas e médias editoras conseguem ter um público mais fiel e nessas horas acabam ajudando e fortalecendo a marca, com posts de seus livros favoritos e comentários positivos nas redes sociais. Também pelas redes sociais, lojas especializadas e bancas de revistas estão mais próximas dos clientes, porém para Orlando Oliveira, 63 anos, dono da Banca Guararapes HQ, O Templo dos Quadrinhos em Recife, sem a distribuição de novos lançamentos na região, a situação ficou bem mais complicada “Nós, da Guararapes HQ, já estamos fechados há um mês. Quadrinhos é um produto diferente e está sempre se renovando quanto aos lançamentos; não adianta eu tê-los na banca e não ter novidades”,

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Ponto Cidadão pede doações em tempos de pandemia

Neste período de crise, o projeto social Ponto Cidadão, que oferece capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho para jovens carentes do município de Igarassu, está recebendo doações de contribuintes através do Imposto de Renda. Para ajudar, basta doar para o Fundo de Defesa da Criança em Igarassu, que destinará 3% das doações recebidas para o projeto. O Ponto Cidadão trabalha com jovens entre 16 e 24 anos, já formou mais de 1.500, inseriu 81% deles no mercado de trabalho e, hoje, atende 142 pessoas.

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Guedes quer manter teto de gastos, mas é contra reajuste de servidores

Da Agência Brasil O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (27) que não será necessário suspender o teto de gastos pois os recursos para a saúde estão garantidos, para os gastos extras em função da pandemia do novo coronavírus. “Para que falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra tempestade?”, argumentou ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ao sair de uma reunião no Palácio da Alvorada. Guedes explicou que o governo está usando outros instrumentos para garantir os recursos. Com o reconhecimento do estado de calamidade pública pelo Congresso Nacional, o Executivo ficou dispensado de cumprir a meta de superávit. “Pela regra de ouro você não pode se endividar para pagar gasto corrente. Mas como é gasto emergencial, é gasto de saúde, então pode endividar. Se faltasse dinheiro para saúde, poderíamos romper o teto, mas não é o caso”, disse. Em vigor desde 2017, o teto de gastos limita o aumento das despesas federais ao aumento da inflação do ano anterior. A medida vale por 20 anos. De acordo com Guedes, deve ser aprovado esta semana no Senado Federal mais um programa de envio de recursos aos estados e municípios. Em contrapartida, o governo negocia com o Congresso uma proposta de suspensão de reajuste de salário dos servidores públicos por um ano e meio. “Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia, assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Eles [servidores públicos] vão colaborar, eles vão ficar sem pedir aumento por algum tempo”, disse Guedes, garantindo que nenhum direito existente será retirado.

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