Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 348 De 441

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Startups desenvolvem sistema que detecta febre a distância

Os pacientes que chegam ao Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, têm a temperatura medida automaticamente a distância por um sistema de visão computacional instalado em um totem próximo à recepção. Composto por uma câmera termográfica e algoritmos de reconhecimento facial, o sistema escaneia o rosto e mede a temperatura de forma automatizada. Ao detectar que o paciente está com febre – um dos sintomas da COVID-19 –, a tecnologia de inteligência artificial envia um alerta por smartphone para a equipe de enfermagem de plantão dar início rapidamente ao protocolo de triagem e isolamento, de modo a evitar a possibilidade de contágio do vírus SARS-CoV-2 no ambiente hospitalar. Batizado de Fevver (em alusão à palavra febre, em inglês, grafada com duas letras v), o sistema foi desenvolvido conjuntamente por duas startups paulistas de inteligência artificial – a Hoobox e a Radsquare, alocadas na incubadora de startups do Hospital Albert Einstein, a Eretz.bio. A Hoobox é apoiada pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE). “Sabíamos que se juntássemos as tecnologias que desenvolvemos conseguiríamos detectar febre com alta precisão”, diz à Agência FAPESP Paulo Gurgel Pinheiro, CEO da Hoobox.  Atualmente em fase de escalonamento, o Fevver é baseado em uma tecnologia de detecção de faces desenvolvida pela Hoobox por meio de um projeto apoiado pelo PIPE-FAPESP (leia mais em agencia.fapesp.br/29630/). Para detectar febre, em uma primeira etapa a tecnologia identifica o rosto e extrai pontos dos cantos ao redor dos olhos com alta precisão, descartando ruídos fisiológicos, como o suor.  Por meio de uma tecnologia de análise de detecção térmica de radiação de energia infravermelha (termografia), desenvolvida pela Radsquare, é medida a temperatura dos cantos dos olhos, onde estão localizados os canais lacrimais. “Como são estruturas sem cobertura epidérmica [de pele], têm umidade relativamente estável e são vascularmente muito próximas do cérebro – onde é realizado o controle térmico corporal –, os dutos lacrimais são os locais ideais para avaliar a temperatura corporal por termografia”, explica Felipe Brunetto Tancredi, CSO da Radsquare, que teve apoio da FAPESP num projeto de pesquisa sobre imagens por ressonância magnética. Se detectado que o paciente está com febre, o sistema tira uma foto e gera uma notificação para a equipe de enfermagem ou da recepção do hospital identificá-lo facilmente.“O  sistema permite detectar febre de um grande número de pacientes de forma muito mais rápida do que os métodos convencionais e sem a necessidade de um operador”, compara Pinheiro. “Isso é especialmente importante em uma situação de pandemia de COVID-19, como a que estamos vivendo, em que muitos pacientes com sintomas da doença precisam ser atendidos ao mesmo tempo”, avalia. Em razão dos resultados alcançados, o sistema será instalado também em outros setores do Hospital Albert Einstein com o objetivo de medir a temperatura de visitantes e funcionários da instituição. “Essa tecnologia é extremamente útil para fazer triagem de forma muito rápida e direcionar pessoas que estão com febre e eventualmente com COVID-19 para um local adequado. Isso aumenta a segurança não só dos pacientes, mas dos funcionários do hospital”, diz José Cláudio Cyrineu Terra, diretor de inovação do Hospital Albert Einstein. A ideia dos pesquisadores é que o sistema também possa ser utilizado em hospitais de campanha que começaram a funcionar nos últimos dias em diferentes regiões do país e em hospitais da rede pública de saúde.A maior demanda pelo sistema, contudo, tem vindo de indústrias interessadas em monitorar a temperatura de funcionários com o objetivo de diminuir o risco de transmissão do vírus no ambiente de trabalho. “Nosso desafio, agora, é tornar a tecnologia altamente escalável de modo que possa ter aplicação em vários setores”, afirma Pinheiro.   Elton Alisson | Agência FAPESP –

Startups desenvolvem sistema que detecta febre a distância Read More »

Pets podem ajudar a combater estresse da quarentena

Não é de agora que estudos comprovam o quanto a companhia de animais de estimação pode ser benéfica para o ser humano. Levantamento realizado ainda em 2009 pela Universidade de Azabu, no Japão, mostra que quando donos de animais olham nos olhos dos seus pets, eles recebem picos de ocitocina. Considerado o hormônio da felicidade, é responsável por sensações de prazer e bem-estar. Aliás, esse é um dos motivos pelos quais a companhia de cães e gatos têm sido recomendada em meio a um cenário de pandemia, uma vez que especialistas garantem que os pets podem ser verdadeiros aliados no combate à ansiedade, estresse e solidão. Esse impacto positivo na saúde decorrente do laço emocional com os animais domésticos pode ir muito além ainda. Pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostra que se uma pessoa acariciar um gato ou cachorro por pelo menos 10 minutos terá redução do nível de cortisol – hormônio ligado ao estresse. “Eles oferecem suporte emocional e psicológico, e esse tipo de vínculo afetivo é terapêutico, tem peso ainda maior nos relacionamentos com pessoas idosas, solteiras, crianças e portadores de necessidades especiais, como autistas ou no caso de quem vive sozinho”, reforça Hugo Villalva Leça Fonseca, CEO da Mon Petit Chéri. No país, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 44% dos domicílios têm cães. Por sua vez, segundo o censo do Instituto Pet Brasil, o país contabiliza mais de 139 milhões de animais domésticos. Quando falamos especificamente no caso da Covid-19, os donos de cães e gatos podem ficar tranquilos porque o vírus não é transmissível de humanos para animais e vice-versa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Mundial dos Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA). Mas diante da pandemia da COVID-19, é natural que as pessoas tenham dúvidas sobre a possibilidade dos pets serem infectados ou transmitirem esse vírus. “Os ‘coronavírus’ são de uma família que se divide em dois gêneros, o Alphacoronavirus e o BetaCoronavirus. O Alphacoronavirus possui duas espécies, que causam gastroenterite em cães e a peritonite em gatos, sendo que ambas as doenças não afetam humanos. Já os ‘BetaCoronavírus’ possuem três espécies que acometem os humanos, sendo a Mers-Cov, a Sars-Cov e a Sars-Cov 2, esse último justamente a espécie que está afligindo a humanidade atualmente”, afirma Hugo. Embora tenha sido relatado o caso de um cão que foi infectado e testou positivo para esse vírus na China, a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Associação Mundial dos Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA) afirmam que até o momento não há evidências de que os pets possam adoecer e transmitir a Covid-19. Portanto, conforme orientação das autoridades de saúde em quase todo o mundo, apesar da necessidade de isolamento, os passeios com os animais e o funcionamento dos pet shops estão autorizados. “As autoridades de saúde compreendem a necessidade de acesso a alimentos saudáveis e balanceados e medicamentos como algo importante para a saúde e bem estar dos pets. Como já dizia Mahatma Gandhi, ‘a grandeza de um país e seu progresso, pode ser medido pela forma como trata seus animais”, destaca o CEO da Mon Petit Chéri. CUIDADOS ESSENCIAIS PARA A SAÚDE DOS PETS Para as recomendações essenciais, Luciana D. Oliveira, veterinária com PhD em nutrição da Mon Petit Chéri, orienta a seguir quais são os principais cuidados com os animaizinhos. Vamos ao checklist? - Passeios: para garantir a saúde de todos, em casa, somente uma pessoa deve passear com o cão e evitar locais com aglomeração, mantendo sempre uma distância mínima de um metro de outras pessoas e dos pets. O passeio deve ser de no máximo 15 minutos e ninguém deve tocar no cão. Ao retornar para casa, lavar as patas do cão/gato com água, sabão e secar. Não use álcool em gel nos pets. Lavar muito bem as mãos antes de sair de casa e imediatamente quando voltar; - Banhos: é preciso dar banhos mais frequentes, lavar bem os bebedouros e comedouros diariamente e adiar consultas e cirurgias que não sejam de urgência e emergência, como exemplo as vacinas e a castração. Caso seja necessário levar o animal ao veterinário, ligar antes para que o horário seja agendado e não tenha fila de espera. Só um membro da família deve levar o animal ao veterinário, não sendo pessoa do grupo de risco para a COVID-19; - Internação: em caso de internação, apenas um membro da família deve visitar o animal, devendo agendar um horário para isso, de forma que não haja outras pessoas no mesmo horário. O tempo da visita aos animais internados deve ser reduzido a 15 minutos e pessoas com sinais de gripe, suspeitos ou diagnosticados com COVID-19 não devem acompanhar os pets ao veterinário ou passeios; - Atividade física: Os passeios devem ser feitos, se possível, sob a luz do sol, evitando os horários mais quentes, que são prejudiciais a saúde dos humanos e dos pets. O asfalto quente pode queimar as almofadas plantares das patas dos pets. O hábito do passeio é uma atividade física que deve ter intensidade moderada para fazer bem tanto a saúde do humano quanto a do seu animal, diminuindo o stress e, consequentemente, aumentando a resposta do seu sistema imunológico; - Alimentação: mesmo no universo humano, temos a concentração de alimentos de algumas poucas fontes. Ao consumirmos os mesmos alimentos sempre, corremos riscos de ficarmos carentes de determinados nutrientes, em particular determinadas vitaminas e minerais. No universo pet ocorre o mesmo, porém, alguns alimentos de melhor qualidade são elaborados tendo em vista estudos técnicos de veterinários nutrólogos, que buscam balancear os ingredientes e os complementam com premix vitamínico mineral. As rações pets de ótima qualidade são saudáveis para os animais de estimação, mas por não oferecem muitas opções de sabores, podem deixá-los enfadonhos, e dessa forma recusarem a se alimentar de modo completo, e apenas nessa situação, como um efeito colateral, prejudicar a saúde dos pets.  

Pets podem ajudar a combater estresse da quarentena Read More »

Coca-Cola Brasil cria fundo para comunidades de baixa renda

A Coca-Cola Brasil e o Instituto Coca-Cola Brasil criaram um fundo para beneficiar comunidades de baixa renda e catadores de resíduos com ações diretas contra o coronavírus. Os recursos vão para ONGs e instituições que, nos últimos 20 anos, são parceiras em programas de capacitação de emprego, acesso à água e reciclagem da empresa. No Nordeste, território atendido pela Solar Coca-Cola, serão contempladas 27 ONGs, além dos cooperados de 67 instituições vinculadas ao Reciclar pelo Brasil, maior projeto de reciclagem inclusiva do país. Numa frente, o objetivo é ajudar a combater a Covid-19 em 71 comunidades de 14 estados e Distrito Federal, onde vivem 2,8 milhões de pessoas. Para os catadores, o foco é contribuir na garantia da renda mínima a cerca de 11 mil cooperados e autônomos. O modelo de parceria permite que entidades voltadas a populações vulneráveis usem seu conhecimento para cuidar de quem mais precisa. “Reconhecemos que o momento é difícil para todos e garantimos que nossas decisões são baseadas em empatia e solidariedade. Buscamos contribuir, mantendo nossas operações e direcionando nossos recursos para ajudar os segmentos mais vulneráveis da população com os quais já temos um relacionamento sólido e de longos anos. A Coca-Cola Brasil sempre esteve junto das pessoas e, agora, não poderia ser diferente”, afirma Henrique Braun, presidente da Coca-Cola Brasil. COMUNIDADES & CATADORES Desigualdade urbana e informalidade colocam a população das comunidades de baixa renda em situação mais delicada diante da pandemia. Com o fundo de apoio e solidariedade, o objetivo é minimizar os impactos da pandemia nas comunidades mais vulneráveis, com flexibilidade para que cada parceiro atenda às necessidades mais críticas das pessoas do local onde atua. Há dez anos, a Coca-Cola Brasil mantém uma rede de relacionamento ativa e próxima com organizações em comunidades por meio do Coletivo Jovem, programa que oferece a jovens condições de empregabilidade e de geração de renda. Com essa rede, a empresa quer ajudar a combater os efeitos da COVID-19 em 71 comunidades de 14 estados e Distrito Federal, onde vivem 2,8 milhões de pessoas. Serão priorizados os recursos para as regiões urbanas, pelo maior risco de contaminação devido à alta densidade populacional. “Fizemos primeiro uma escuta com parceiros, organizações sociais e comunidades para entendermos de fato como poderíamos contribuir de forma assertiva. Afinal, eles podem avaliar melhor como mitigar os danos causados pela pandemia. Por isso, optamos por viabilizar recursos financeiros de forma rápida para custos e demandas emergenciais das populações”, afirma Daniela Redondo, diretora executiva do Instituto Coca-Cola Brasil. Diante da pandemia, toda a cadeia da reciclagem hoje está afetada, com a paralisação ou redução da coleta seletiva nos municípios, das cooperativas e da diminuição do volume de resíduos no comércio e nas ruas. Além disso, a manipulação de resíduos se torna um risco para as pessoas. Por isso, o programa Reciclar pelo Brasil – maior plataforma de reciclagem inclusiva do país, com 230 cooperativas apoiadas em 21 estados – irá direcionar todo o orçamento que seria gasto em infraestrutura para recurso direto aos catadores, garantindo renda mínima aos cooperados. Conscientes de que o universo de catadores vai além desse projeto, a Coca-Cola Brasil fará um aporte adicional à Campanha de Solidariedade aos Catadores do Brasil, formada pela Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (Ancat) e diversas organizações de base, para que catadores autônomos também recebam apoio nesse momento. Somando as duas frentes, a Coca-Cola Brasil vai beneficiar cerca de 11 mil cooperados e autônomos. “Os catadores e os recicladores são uma parcela da população extremamente vulnerável e fundamental na economia circular que tanto buscamos. Acreditamos que é unindo forças e articulando parcerias que podemos gerar impactos efetivos e legados para o futuro. Agir de forma coletiva nunca foi tão relevante quanto hoje”, diz Andréa Mota, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola Brasil. DOAÇÕES O poder de capilaridade e distribuição, uma das maiores fortalezas do Sistema Coca-Cola Brasil, também está sendo utilizado em prol do combate ao novo coronavírus. Em diversas regiões do país, os nove engarrafadores, a joint-venture Leão Alimentos e Bebidas e a empresa de laticínios Verde Campo têm feito doações de álcool gel 70%; de embalagens para envase de álcool; e de água mineral Crystal e outros produtos da Coca-Cola Brasil para organizações da área da saúde. Alimentos básicos também têm sido doados aos órgãos competentes. No Nordeste e no estado do Mato Grosso, território atendido pela Solar Coca-Cola, 23 toneladas de alimentos e de 300 mil garrafas plásticas para o envasamento de álcool em gel já foram doados. Outro reforço na luta da Solar contra o Covid-19 veio da capacidade de distribuição da companhia. Os caminhões ganharam a função adicional de entregar álcool em gel envasado nos hospitais e órgãos públicos, permitindo que o produto chegue aos locais mais necessitados, seja nas capitais ou cidades do interior dos estados atendidos pela Solar. Confira os números gerais das doações realizadas em todo Brasil + de 1 milhão de unidades de água mineral + de 26 toneladas de alimentos para cestas básicas + de 170 mil litros de álcool 70% + de 400 mil garrafas PET para envase de álcool Além disso, houve um aporte de R$ 2 milhões para compra de equipamentos para UTIs no Distrito Federal realizado pelo engarrafador da região.

Coca-Cola Brasil cria fundo para comunidades de baixa renda Read More »

Prefeitura do Recife contrata 1346 profissionais para combate à covid-19

A rede de saúde do Recife, que vem trabalhando para conter o avanço da pandemia da covid-19, recebeu mais um importante auxílio. Na tarde desta terça-feira (21), o prefeito Geraldo Julio anunciou a aquisição de dois milhões de itens de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para os profissionais de saúde. O montante é suficiente para garantir a proteção dos profissionais por dois meses e se soma a quantia de um milhão de EPIs distribuídos pela Prefeitura no início do mês de abril. Na ocasião, o prefeito também anunciou ainda que já foram contratados, desde o início da pandemia, 1.346 profissionais como reforço para o enfrentamento do novo coronavírus. Outra medida anunciada foi a sanção, publicada no Diário Oficial do último sábado (18), da lei que permite o pagamento da pensão integral aos familiares dos profissionais de saúde vítimas da doença. As medidas fazem parte do Plano Municipal de Contingência Covid-19. Durante pronunciamento, realizado em entrevista coletiva pela internet, o prefeito Geraldo Julio falou sobre as novas ações. “Hoje chegamos a uma marca importante para todo o atendimento a saúde dos pacientes da covid-19, que é a aquisição de mais dois milhões de itens de EPIs já adquiridos pela Prefeitura, após o início da pandemia e já recebidos. Portanto esse material já está em nosso estoque e uma parcela deles distribuídos em nossas unidades de saúde. Quero destacar que dentre esses itens, 450 mil unidades são da máscara N95, que são as mais indicadas para os profissionais de saúde que fazem este tipo de atendimento dentro das unidades de saúde que estão recebendo estes pacientes”, afirmou o prefeito. A lista dos EPIs inclui máscaras cirúrgicas, luvas, aventais, máscaras N95, toucas, óculos de proteção e protetores faciais. Entre os destaques dos itens já nos estoques da Secretaria de Saúde estão 450 mil unidades das máscaras N95. Cada profissional que presta assistência ou precisa entrar em contato a menos de um metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus recebe equipamentos de acordo com o tipo de procedimento que realiza no paciente, conforme recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já os 1.346 profissionais contratados para reforçar a rede municipal de saúde do Recife são para atuar nos sete hospitais de campanha, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nas unidades de Atenção Básica, Vigilância à Saúde, entre outros. “Quero também anunciar que chegamos a contratação total, neste momento, de 1346 profissionais contratados para as unidades de saúde que fazem o atendimento da covid-19, sendo que 925 deles contratado pela Prefeitura e 421 profissionais contratados pelas entidades que estão administrando o Hospital Provisório Recife 1, que fica na Rua da Aurora e o Recife 2, que fica nos Coelhos”, detalhou o prefeito. Para agilizar a contratação efetiva de mais profissionais de saúde, a Prefeitura do Recife antecipou, na última semana, em mais de um mês, a homologação do concurso público para cargos de níveis médio, técnico e superior da Secretaria de Saúde do Recife. Nos Diários Oficiais do último sábado (18) e desta terça (21), foram nomeados efetivamente mais de 230 profissionais, além de 30 aprovados no concurso que foram convocados de forma temporária para suprir as necessidades emergenciais da pandemia (o que não interfere no andamento da fila de contratações efetivas do certame). Desde a última terça, a Sesau está com inscrições abertas para seleção temporária de 40 médicos. O edital de credenciamento para contratação temporária de médicos clínicos, intensivistas e intensivistas pediátricos, em regimes diarista e plantonista, está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br) e no www.credenciamentosesau.recife.pe.gov.br, onde é possível fazer a inscrição gratuita. Desses, 14 médicos já tiveram as inscrições homologados e começam a trabalhar na próxima semana. PENSÃO INTEGRAL – O prefeito Geraldo Julio destacou ainda a sanção da Lei Municipal que garante pensão integral aos familiares do profissionais de saúde da Prefeitura do Recife que foram vítimas da covid-19. “Foi sancionada a lei que permite o pagamento da pensão integral aos profissionais da saúde que forem vítimas do coronavírus. O Projeto de Lei já tinha sido encaminhado para Câmara Municipal, foi aprovado e sancionamos logo em seguida, transformado em lei e garantindo a pensão integral para eses profissionais de saúde”, destacou o prefeito. (Da Prefeitura do Recife)

Prefeitura do Recife contrata 1346 profissionais para combate à covid-19 Read More »

Quarentena: SBC-PE alerta sobre atendimento a cardiopatas

O momento de pandemia e distanciamento social traz uma série de complicações para a vida em sociedade. Entre elas o medo de sair de casa mesmo em casos de verdadeira necessidade, únicos casos recomendados. Isso pode gerar alguns efeitos colaterais perigosos para a saúde, principalmente quando se trata dos pacientes com problemas no coração que precisam ser acompanhados continuamente por seus cardiologistas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), alerta sobre a necessidade desses pacientes entrarem em contato com seus médicos e verificarem as formas mais adequadas e seguras para serem atendidos mesmo durante a pandemia da covid-19, não colocando em risco a sua saúde e nem a dos profissionais de saúde. De acordo com o site angioplasty.org, o corpo de bombeiros da cidade de Nova Yorque, nos Estado Unidos, registrou um chamado record, oito vezes maior que em todo o ano de 2019, para atendimento de emergência com relatos de infartos. Foram 1990 ligações, das quais 1429 resultaram em mortes por problemas cardíacos – somente de 30 de março a 5 de abril. Para a SBC-PE, o aumento ocorreu pela quebra na continuidade do acompanhamento cardiológico aos cardiopatas que, por serem grupo de risco recebem a recomendação de não sair de casa. “É incontestável o benefício do distanciamento social, mas como tem sido observado o aumento na mortalidade de doentes cardiopatas em decorrência dessa forma de isolamento, há de se tomar providências para se estabelecer meios de orientar melhor essa população de doentes para não gerarmos um efeito colateral altamente nocivo como a Covid-19”, afirma Fernando Moraes, presidente da SBC-PE e cirurgião cardiovasculas. “Em Recife se tem observado uma redução significativa dos atendimentos cardiológicos, seja nos consultórios particulares ou na rede pública. O mesmo se tem observado nas emergências cardiológicas públicas e privadas, estimando-se que desde o início de março houve uma redução de mais de 60% nos atendimentos emergenciais”, afirma Moraes. Outra questão a se considerar são as evidências científicas sobre o aumento de até 6 vezes do risco de infarto causado por infecções respiratórias em geral e síndromes gripais (NEJM 2018;378:345-53). Ponto que se soma à necessidade de cardiologistas e pacientes reverem a questão do isolamento e encontrarem formas seguras e adequadas para garantir a saúde, principalmente quando, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo (30%). Protocolo de atendimento a cardiopatas – SBC / PROCAPE Diante deste quadro e tendo as cardiopatias como uma das principais causas de morte para a COVID-19 em Pernambuco (atrás apenas de hipertensão e diabetes), membros da SBC-PE que atuam no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) desenvolveram um protocolo específico de atendimento para este grupo de pacientes. O documento aponta os procedimentos de qualidade e de segurança que os médicos devem seguir para atender pessoas com problemas do coração que não podem ficar sem o tratamento e também para atender cardiopatas com sintomas da COVID-19. O material começa a ser utilizado no PROCAPE e fica aberto para que outras instituições repliquem as recomendações. O protocolo inicial, criado à luz de evidências científicas, deverá ser atualizado constantemente a fim de se adequar às melhores práticas clínicas e novas descobertas científicas. De acordo com Carlos Eduardo Montenegro, que é membro da SBC-PE e médico cardiologista do PROCAPE, o protocolo é necessário porque neste período do ano já havia um aumento de casos infecciosos virais (influenza, H1N1, dengue, entre outras) e, agora, com a pandemia de COVID-19, tende a ser exacerbado, levando principalmente a mais casos de miocardite (inflamação do músculo do coração, chamado miocárdio) e também de infartos. “Nesta época de viroses, naturalmente temos um aumento de ocorrências cardiológicas, já que os vírus podem provocar a miocardite. Não é diferente com o coronavírus, que se manifesta também no coração dos pacientes, principalmente nos pacientes de risco”, explica. Sendo assim, o protocolo define procedimentos médicos de segurança, atenção e qualidade de serviço para o atendimento de cardiopatas que venham a apresentar os sintomas da COVID-19, mas também para aqueles pacientes que não podem ficar sem o tratamento de alguma doença do coração.

Quarentena: SBC-PE alerta sobre atendimento a cardiopatas Read More »

Monitor de Secas aponta fim das áreas com seca grave em Pernambuco em março

A última atualização do Monitor de Secas aponta que, em Pernambuco, as chuvas de março fizeram com que a severidade da seca no estado diminuísse em comparação a fevereiro. O estado deixou de ter áreas com seca grave e todo o território pernambucano ainda registra o fenômeno, sendo que áreas com seca fraca surgiram em Pernambuco em março. De forma geral, predominaram chuvas acima da média no estado em março, exceto em parte da Zona da Mata (região leste), onde ocorreram precipitações abaixo da média. Em algumas localidades do Sertão e Agreste, os desvios positivos foram de mais de 300mm acima da normalidade, o que refletiu em uma melhora nos indicadores de seca de curto e longo prazo e no índice de saúde da vegetação. Nessa área houve diminuição da intensidade da seca, que passou de grave a moderada. Na porção noroeste do estado (divisa com Piauí, Ceará e Paraíba) a seca regrediu de moderada para fraca. Os impactos permanecem de curto prazo no leste do estado. Nas demais áreas os impactos são de longo prazo. Em março deste ano aconteceram chuvas acima da média no Nordeste, com acumulados superiores a 100mm em relação à média em grande parte dos estados nordestinos. No Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins as chuvas variaram de normal a um pouco acima da média histórica para o mês. Como resultado das precipitações, os 12 estados acompanhados pelo Monitor de Secas tiveram redução da gravidade e/ou das áreas com seca. Por outro lado, em alguns pontos do noroeste e centro do Maranhão, sudeste do Piauí, litoral e Zona da Mata de Pernambuco, além do litoral sul da Bahia foram registradas chuvas abaixo do esperado para o mês. O mesmo aconteceu em março no centro de Tocantins, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais. Com as chuvas de março, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca no Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins. No caso do Espírito Santo, o estado não registra nenhuma área com seca. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal. Esta ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazos. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes nos últimos 1 a 6 meses. Para secas acima de 12 meses, os impactos são de longo prazo. (Da Agência Nacional de Águas)

Monitor de Secas aponta fim das áreas com seca grave em Pernambuco em março Read More »

Magazine Luiza, Cesar e Cia de Talentos discutem o futuro das relações de trabalho

Como o Magazine Luiza, o Cesar e a Cia de Talentos estão adaptando suas interações de trabalho nesse momento de mudanças? Qual será o legado após a crise? Essas são algumas das perguntas que conduziram o webinar "O Futuro das relações de trabalho pós-Covid-19". Participarão dessa conversa Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Karla Godoy COO do Cesar e Sofia Esteves, presidente do conselho do Grupo Cia de Talentos, sob mediação de Silvio Meira, professor extraordinário da Cesar School. O encontro virtual acontecerá nesta quarta-feira (22), às 17h. Para participar, cadastre-se gratuitamente no link: https://materiais.cesar.org.br/webinars

Magazine Luiza, Cesar e Cia de Talentos discutem o futuro das relações de trabalho Read More »

Painel da Fundaj mostra avanço da Covid-19 no Recife

Com dados constantemente atualizados desde o dia 17 de março, o painel analítico da COVID-19 é um trabalho do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (CIEG) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Depois de um mês em funcionamento, os pesquisadores envolvidos no projeto cartografaram a geografia da pandemia em Pernambuco. Isso, mostrando como a doença se espalhou pelo território, em pouco mais de 30 dias. O conteúdo está disponível para o público no site: www.fundaj.gov.br. “A análise desses mapas mostra que a pandemia tomou Recife, tornando a cidade seu epicentro, depois, espalhando-se pelos municípios que constituem a região metropolitana (RMR). Concentração urbana, proximidade geográfica e migração pendular são alguns dos motivos que explicam essa dispersão dos casos confirmados”, afirmou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire. Ao analisar dados disponibilizados pelo painel, observa-se que a elipse de distribuição do dia 18 de abril, por exemplo, com um desvio padrão, mostra o alto grau de concentração dos casos na RMR. A direção do eixo maior tem variado em função da maior ou menor concentração de casos no eixo Fernando de Noronha – Palmares. “Já não há território nas porções setentrional e meridional da costa pernambucana que não tenha alguma densidade de casos. Entretanto, a forte concentração de casos persiste no aglomerado urbano, surgindo um outro aglomerado em torno de Caruaru”, pontuou Neison. À medida que o contágio se intensifica pelo modelo histórico de ocupação do território, a disseminação avança em direção ao interior, pelo seu principal eixo rodoviário, a BR-232 (difusão hierárquica). Aos poucos, o sertão pernambucano vai sendo tomado pela pandemia, demonstrando a mudança no perfil de contaminação. (Da Fundaj)

Painel da Fundaj mostra avanço da Covid-19 no Recife Read More »

Startup cria máscara reutilizável com maior proteção contra coronavírus

A startup paulista Nanox desenvolveu em parceria com a indústria de plásticos Elka uma máscara reutilizável que promete conferir maior nível de proteção contra a contaminação pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2.  A máscara é feita com um polímero flexível – semelhante a uma borracha –, moldável aos contornos do rosto e com micropartículas à base de sílica e prata incorporadas à superfície do material. Desenvolvidas por meio de projetos apoiados pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), as partículas têm propriedades antimicrobianas. “As micropartículas de prata e sílica aumentam o nível de proteção ao impedir a presença na máscara de fungos e bactérias, que podem facilitar a adesão do novo coronavírus na superfície de materiais”, diz à Agência FAPESP Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox. A fim de garantir a proteção contra o SARS-CoV-2, a máscara é totalmente esterilizável por meio da lavagem com água e sabão antes e após o uso. Para proteger as vias respiratórias, o equipamento de proteção individual possui dois filtros descartáveis do tipo PFF2, similares ao do tipo N95 presente nas máscaras usadas hoje pelos profissionais de saúde. Os filtros são inseridos em respiradores nas laterais da máscara e protegidos por tampas, que impedem o contato físico e a contaminação pelo toque direto com as mãos. A quantidade de material necessário para produzir os filtros também é muito inferior à utilizada para produção das máscaras convencionais, compara Simões. “O tempo para substituição dos filtros precisará ser estabelecido pelos serviços de saúde”, pondera. De acordo com Simões, os filtros da máscara atendem aos requisitos para fornecedores de matérias-primas presentes em produtos absorventes descartáveis de uso externo, estabelecidos na RDC 142 do Ministério da Saúde. O material também passou por testes de eficiência de filtragem bacteriológica (BFE, na sigla em inglês) – que determinam a eficiência da filtração bacteriana de um produto –, alcançando o valor mínimo de 95% requerido pela regulamentação técnica para máscaras respiratórias do tipo N95. “A meta é obter posteriormente a certificação do material como PFF2, equivalente a N95. Mas o produto já pode ser comercializado porque, em razão da pandemia do novo coronavírus, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] flexibilizou as normas para fabricação de alguns produtos voltados ao combate da COVID-19. Isso possibilitou que a Elka fabricasse as máscaras”, explica Simões. Inicialmente serão produzidas 200 mil máscaras, cujo custo unitário é estimado entre R$ 20 e R$ 30. As primeiras unidades estão previstas para serem entregues no início de maio. A Elka pretende doar até 10% da produção para instituições de saúde. “Recebemos seis pedidos antes do lançamento oficial do produto. A ideia é atender inicialmente o mercado nacional e que a máscara possa ser utilizada não só por profissionais de saúde que estão na linha de frente de atendimento de pacientes com COVID-19, mas pela população em geral”, afirma Simões. O pesquisador ressalva que, apesar de já demonstrado que as micropartículas de prata e sílica que produzem têm ação contra alguns tipos de vírus, ainda não há comprovação de que elas são capazes de eliminar diretamente o novo coronavírus. “As micropartículas têm potencial para atuar contra o coronavírus. Mas pretendemos realizar testes para comprovar essa hipótese”, afirma. Conexão internacional A Nanox e a Elka se conheceram no International Entrepreneurship Center (IEC) – uma aceleradora de negócios situada em Boston, nos Estados Unidos, onde a Nanox tem uma filial. Fabricante de brinquedos, a Elka buscava uma forma de utilizar parte ociosa de seu parque de injetoras para desenvolver um produto voltado a auxiliar no combate à COVID-19 e soube pelo IEC sobre as soluções desenvolvidas pela Nanox. Spin-off do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF ), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), da FAPESP, localizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Nanox foi criada em 2004. No ano seguinte, a empresa submeteu o primeiro projeto ao PIPE-FAPESP para desenvolver tecnologia de deposição de nanopartículas de prata em filmes cerâmicos e em materiais metálicos, conferindo-lhes propriedades antiabrasivas e bactericidas. Em 2011, com o produto pronto para o mercado, a empresa obteve recursos do Programa PAPPE/PIPE – uma parceria entre a FAPESP e a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) – para escalonar a produção das partículas antimicrobianas nanoestruturadas. Em 2015, o PIPE-FAPESP apoiou um novo projeto da empresa, o de desenvolvimento de aplicação de materiais fungicidas nanoestruturados. Nessa trajetória, a Nanox recebeu aporte de recursos do Fundo Novarum (Jardim Botânico Partners), venceu o prêmio Finep de Inovação Tecnológica em 2007 e conquistou clientes como a Taiff – fabricante de secadores e chapas para cabelo –, Tapetes São Carlos, Dabi Atlante, entre outros. No final de 2019, a Nanox foi uma das 15 startups escolhidas entre 1.000 empresas de todo o mundo para participar do programa de aceleração de negócios da Plug and Play, plataforma global de inovação com sede no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Já participaram dos programas de aceleração da Plug and Play empresas como a Dropbox, PayPal, Danger, Lending Club, entre outras. “O apoio do PIPE-FAPESP foi fundamental na nossa trajetória”, afirma Simões. Para mais informações sobre o produto acesse: https://www.otomask.com.br/ . Elton Alisson | Agência FAPESP

Startup cria máscara reutilizável com maior proteção contra coronavírus Read More »

A história de Pernambuco pelos livros da Cepe

"Nada é mais triste do que a cidade, sobretudo a península do Recife. Todos os armazéns estão fechados, as casas e as ruas desertas, só se encontram raros transeuntes que passam como sombras errantes." Essa frase até poderia definir a capital pernambucana nos dias de hoje, com a imposição da quarentena em março para conter o avanço do novo coronavírus. Mas na verdade foi escrita no século 19, por um viajante francês, para descrever a cidade no dia 6 de março de 1817, quando teve início a Revolução Pernambucana. O relato de Louis-François Tollenare e de outros três estrangeiros sobre o Recife de 203 anos atrás compõe o livro 1817 e Outros Ensaios, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em 2017. A publicação faz parte de uma lista bem variada de livros que contam a história de Pernambuco e se apresentam como fontes de consulta para estudantes, pesquisadores e estudiosos do tema que estão em casa cumprindo o isolamento social. As versões impressa e e-book podem ser adquiridas pelo link da editora (www.editora.cepe.com.br) ou diretamente nas lojas virtuais do leitor digital da pessoa interessada na compra (Amazon, Kindle, Kobo, Google Play Sotre, Apple, Livraria Cultura, entre outras), informa o gerente de Marketing da Cepe, Rafael Chagas. Em 1817 e Outros Ensaios, Louis-François Tollenare e os ingleses Henry Koster, Maria Graham e James Henderson narraram hábitos e costumes da sociedade recifense, principalmente das famílias mais ricas, no ano da revolta que instalou um governo republicano em Pernambuco (mesmo que de pouca duração, apenas 75 dias), contra o absolutismo do governo português no Brasil. O relato dos viajantes está no capítulo elaborado pela historiadora Sylvia Costa Couceiro e intitulado Entre banquetes e batuques: a visão dos viajantes sobre um Recife em tempos de revolução. Maria Graham, por exemplo, anotou maneiras à mesa do pernambucano que ela considerava estranha, observa Sylvia Couceiro no ensaio. A viajante descreve um jantar festivo com poucos talheres e copos para os convidados e se espanta ao ver as pessoas compartilhando os mesmos utensílios. "Todas as espécies de pratos foram misturados e tocados por todas as mãos", comenta Maria Graham. Já Henry Koster registra o hábito de lavar as mãos antes e depois das refeições em todas as camadas da população. O livro é organizado por Antônio Jorge Siqueira, Flávio Teixeira Weinstein e Antônio Paulo Rezende. Disponível na versão e-book, custa R$ 18,50. Ainda sobre os movimentos libertários, a Cepe oferece a publicação ABCdário da Revolução Republicana de 1817, organizado por Betânia Corrêa de Araújo. "É um dicionário de palavras usadas à época e a estética do livro também reproduz a tipografia e as cores desse período", informa Betânia Araújo. "O livro traz o lado mais popular da revolução, um movimento inspirado nas ideias francesas iluministas, de direitos iguais às pessoas", afirma o historiador Marcus Carvalho. Professor da Universidade Federal de Pernambuco, ele participou das pesquisas para a elaboração do ABCdário com os historiadores Mateus Samico e Sandro Vasconcelos. Para o verbete Escravidão, os autores reproduzem a definição do dicionarista Morais Silva, de 1789, (estado de escravo, cativeiro, servidão) e trazem importantes informações sobre o tema. "É uma das instituições mais antigas do mundo. A propriedade privada de uma pessoa sobre a outra precede a propriedade privada da terra. Em todos os lugares, algum dia, houve escravidão. Eventualmente, as sociedades saem dela", diz o texto que acompanha a definição da palavra na publicação, lançada em 2017 pela Cepe. "É um livro diferente, lúdico, amplo e de leitura dinâmica", comenta Marcus Carvalho. O ABCdário, disponível na versão impressa, custa R$ 30,00. Leitores que gostam de história também podem explorar a publicação A Recriação do Paraíso: Judeus e Cristãos-Novos em Olinda e no Recife nos Séculos 16 e 17, do arquiteto José Luiz Mota Menezes. No livro, lançado em 2015, o autor revela como fez a reconstituição e a recuperação da memória judaica daquele período, incluindo o resgate do prédio onde funcionou a Primeira Sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, situado no Centro da capital pernambucana e que funciona como museu. Está disponível apenas na versão e-book e custa R$ 9,50. Outra opção é Barléu - História do Brasil sob o governo de Maurício de Nassau (1639-1644) lançado em 2018 e considerado um dos mais importantes documentos para se entender o Brasil do século 17 e o período holandês no Nordeste do País. É uma versão inédita para o português, a partir da tradução do original em latim para o inglês, elaborada pela pesquisadora holandesa radicada nos Estados Unidos Blanche T. van Berckel-Ebeling Koning (1928-2011). No livro há hábitos dos núcleos urbanos, relatos de batalhas entre holandeses e luso-brasileiros e registros de fauna e da flora locais, entre outros temas. Custa R$ 90,00 (impresso) e R$ 27,90 (e-book) . Veja outros títulos sobre a história de Pernambuco no catálogo da Cepe: http://editora.cepe.com.br/catalogo/historia/

A história de Pernambuco pelos livros da Cepe Read More »