Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 348 De 445

Rafael Dantas

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Quem previu a crise da Covid-19?

Muito se tem comentado sobre a imprevisibilidade da pandemia da Covid-19. Por isso, o consultor da TGI Francisco Cunha, durante a live realizada ontem (27), no perfil do Instagram da Algomais, despertou grande interesse entre os que assistiam ao dizer que dois vídeos que circulam na internet mostram que já havia pessoas que anteciparam a atual crise sanitária e econômica. Um deles é de Bill Gates. No vídeo realizado há cerca de cinco anos, o fundador da Microsoft fez uma palestra especifica sobre a possibilidade da pandemia. “Ele entrou no palco carregando um tonel semelhante aos usados por famílias norte-americanas para estocar víveres, décadas atrás,  numa tentativa para se prepararem para uma possível guerra nuclear”, relatou Francisco. “Ele advertiu que os norte-americanos não estavam se preparando da mesma forma, nesta década, para uma possível pandemia”.   Outro vídeo, comentado pelo consultor, foi feito por Barak Obama, provavelmente, na transição para o Governo Trump. “Ele dizia claramente que uma ameaça enorme que a humanidade tinha sobre ela seria uma pandemia com um vírus. Pelo que se soube, Trump considerou inexpressiva essa ameaça”.      

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O milagre português no combate à pandemia

Enquanto a vizinha Espanha é um dos países que mais sofre com a Covid-19, Portugal tem indicadores controlados e um plano de reabertura. O advogado Gustavo Escobar, que vive entre o Recife e Lisboa, seguiu para sua casa no Velho Mundo assim que soube do cancelamento dos voos internacionais.  Ainda em isolamento, ele conversou com a Algomais sobre o enfrentamento dos lusitanos à pandemia e acerca do plano de retomada do País. . Como foi ou tem sido o isolamento social na sua cidade? Estou em Lisboa desde o dia 16 de março. Estava no Recife, mas quando o prefeito anunciou em 15 de março que iria solicitar o cancelamento dos vôos internacionais, decidi voltar no mesmo dia para ficar com a minha esposa e filhos nesse momento. Quando cheguei aqui, minha família já estava em isolamento. Inicialmente o governo decretou o distanciamento social. As pessoas ainda podiam circular e serviços e comércios funcionavam com restrições e regras de afastamento e de higiene mais rígidas. Logo depois veio a determinação do isolamento e o Estado de Emergência. Portugal tem sido apontado como um caso de sucesso. Há união entre presidente, primeiro ministro e o presidente de Assembléia Nacional, mesmo que o presidente seja de um partido diferente e, supostamente, de oposição ao governo do primeiro-ministro. A disputa política é praticamente inexistente neste momento. Todos estão juntos em prol do combate à pandemia. . . Aqui os estabelecimentos não essenciais fecharam. Nosso escritório fechou. Os serviços que não podem parar seguem regras sanitárias rígidas. A circulação das pessoas nas ruas é controlada e diversos equipamentos públicos nos parques foram lacrados. Podemos sair para caminhar, passear com o cachorro ou dar uma volta com as crianças, mas tudo isso sob o olhar atento da polícia. Certo dia, ao dar uma volta do parque com minha família, sentamos na grama para levar um pouco de sol, mas o guarda – muito educadamente – solicitou que não ficássemos ali. Entendemos perfeitamente. Agradecemos o aviso e voltamos a caminhar. Temos trabalhado em home office. Meu filho que estuda na Universidade de Lisboa está tendo aulas online. O mesmo acontecendo com a minha filha menor. Particularmente, olhando de minha posição privilegiada, tento encarar esse momento como uma pausa no ritmo frenético que vinha levando na minha vida, dividido entre Brasil e Europa, com um volume de viagens muito grande. Então – apesar de toda preocupação – tem o lado positivo de estar com a família, descobrindo novas formas de encarar esse desafio juntos. Nossa preocupação com a saúde por aqui existe, mas estamos dentro de uma situação muito controlada, com um sistema de saúde funcionando muito bem, com capacidade para atender a todos, já que o isolamento tem funcionado e o nível de pacientes não saiu do controle. Como tem sido discutido o processo de reabertura? Estamos naquilo que esperamos ser o último ciclo de 15 dias do estado de emergência. A previsão para retomada – com muitas limitações e regras sanitárias – deve ser após o dia 2 de maio. Temos um plano em curso que ainda prevê abertura parcial de alguns negócios, horários divididos em turnos, continuidade do home office e das aulas online (a escola presencial não volta mais nesse período. Só no próximo ano letivo que começa em setembro). Teremos uma abertura gradual e monitorada. Havendo crescimento dos casos após a volta, podemos ter novas restrições. . Houve apoio e adesão da população às orientações do governo acerca do isolamento? O isolamento começou quando em Portugal? A população encampou sem polêmica o isolamento. Não há protestos, apenas o reconhecimento que devemos seguir as orientações e fazer o sacrifício necessário para que possamos sair o mais rápido possível dessa situação. Aqui a população entendeu que, quanto mais bem-feito o isolamento, menos tempo ele irá durar e menor será o impacto econômico. E assim está sendo. Portugal tem conseguido achatar a curva da epidemia ao ponto de alguns países apontarem isso como “o milagre português”. Sabemos que não é milagre. Mas sim resultado das medidas executadas precocemente e respeitadas pela população. Hoje colhemos os frutos do isolamento bem-executado. A consciência e espírito cívico da população é algo louvável. . Qual a sua percepção da forma como o Brasil tem enfrentado à pandemia? A preocupação com todos que estão no Brasil é crescente. Temos casos na família e já perdemos conhecidos e um cliente para a Covid. Outros estão lutando neste momento. Sabemos da vulnerabilidade do sistema de saúde e dos furos no isolamento por aí. Além disso, a divisão do país e a disputa política é algo surreal neste momento. É tudo ao contrário do que vemos ter dado certo por aqui. Disputas foram colocadas de lado. Enfim, o Brasil realmente nos preocupa e a sensação de impotência de assistir tudo isso de longe incomoda. . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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UFPE lança podcast para enfrentar a desinformação

A pandemia do Covid 19 vem sendo acompanhada de muitas informações falsas ou deturpadas. Foi com essa preocupação e com o objetivo de alertar a população para o risco da desinformação que foi criado o “Coronavírus em xeque”, uma iniciativa de produção de conteúdos do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM), da Rádio Universitária Paulo Freire 820 AM, da Universitária FM 99.9 e do Observatório de Mídia (Obmídia)da Universidade Federal de Pernambuco. A proposta contempla a produção de interprogramas (drops em áudio de aproximadamente três minutos) contendo análises e orientações em torno das informações que circulam sobre a pandemia nas redes sociais, além da disponibilização de um podcast semanal, de artigos e de relatórios. Os conteúdos estão sendo reunidos e disponibilizados em uma seção especial abrigada no site da Rádio Universitária Paulo Freire. Todo o material é produzido por professores e pesquisadores da UFPE ou por colaboradores de outras instituições. Além de disponibilizados no site, os interprogramas estão sendo veiculados pelas emissoras FM e AM da UFPE e também estão sendo cedidos para rádios comunitárias. O podcast também é de acesso livre para veiculação radiofônica e em redes sociais. No hotsite do “Coronavírus em xeque” também podem ser encontrados links para acesso a agências e aplicativos de checagem, bem como a outras iniciativas de enfrentamento à desinformação em torno da epidemia. Também podem ser acessados os podcasts especiais sobre o coronavírus produzidos, toda semana, pela equipe do Fora da Curva, programa jornalístico a cargo de professores e alunos do Departamento de Comunicação Social da UFPE. O “Coronavírus em xeque” associa atividades de pesquisa, especialmente com monitoramento e análise de redes sociais e de agências de checagem, e de extensão. A iniciativa é uma das ações de um projeto coletivo, proposto pelo PPGCOM, denominado “Observatório de Mídias de Conteúdos Informativos sobre COVID-19”, articulado em torno de três eixos: 1) análise de fake news em redes sociais digitais, 2) monitoramento das redes sociais digitais de órgãos públicos para avaliação de qualidade de informação e 3) papel das mídias na orientação da população e tratamento da divulgação científica O “Coronavírus em xeque” surge como desdobramento e intervenção emergencial, buscando aproveitar resultados parciais do trabalho de observação e coleta de dados realizado por pesquisadores do PPGCOM e Obmídia para subsidiar e orientar a produção dos conteúdos disponibilizados. Conheça o projeto no link: http://bit.ly/coronavirus-em-xeque Para colaborar com a iniciativa, escreva para: coronavirusemxeque@gmail.com

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Licitação em alta durante a crise

Em 2019, segundo dados da Controladoria Geral da União, foram feitas no Brasil mais de 82 mil licitações para contratação de bens e serviços pela administração pública, totalizando um aporte de mais de R$24 bilhões. Esse número tende a crescer este ano por causa da grande demanda por suprimentos médico e hospitalares, entre outros itens necessários neste momento de luta contra a pandemia do coronavírus. Porém, segundo o advogado e especialista em licitações Eder Brandão, apenas 2% das empresas brasileiras se apropriam desse mercado bilionário. “O momento é mais do que propício para que os empresários voltem seus olhares para as oportunidades de vendas por licitação, já que o isolamento social exigido para combater a pandemia fez cair drasticamente o faturamento de grande parte das empresas. Se tornar fornecedor de órgãos públicos pode ser a saída para que muitos negócios consigam se reequilibrar financeiramente ou, até mesmo, incrementar seus caixas”, avalia. No entanto, segundo Eder Brandão, boa parte das empresas que já se candidatam autonomamente para os processos licitatórios não conhecem os trâmites necessários e acabam sendo desclassificadas, e existem até mesmo aquelas que nem se aventuram neste mercado simplesmente por falta de conhecimento das regras e exigências. “Por isso, vale a pena ter o apoio de uma assessoria em licitações, onde a empresa contratante terá o acompanhamento constante de especialistas que vão buscar diariamente as melhores oportunidades nos editais publicados, orientar sobre a melhor forma de participar dos processos, deixar a empresa apta e com todas as documentações em dia, além de identificar se ela atende a todos os pré-requisitos dispostos nos certames, apresentar recurso contra inabilitação, entre outras ações”, completa.

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Quadrinhos x Covid-19

*Por Eduardo Martins No último domingo (26), em boletim divulgado pela Organização Mundial de Saúde, o número de infectados pelo COVID-19 ultrapassa mais de 3 milhões e mais de 208 mil mortes em consequência do vírus. No Brasil, são mais de 63 mil casos confirmados e mais de 4 mil mortes. Em Pernambuco, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, há 4.898 casos confirmados, além de 415 óbitos. O estado tem o terceiro maior número de mortes pelo COVID-19. Na estréia da Coluna Gibitown, espaço totalmente dedicado a nona arte, infelizmente, esse assunto não poderia passar em branco. Como a indústria, profissionais, lojas e vendedores de quadrinhos estão lidando com a pandemia e toda crise econômica desencadeada por ela? Quais são as alternativas e o que vai mudar daqui pra frente no mercado editorial? São inúmeras dúvidas e perguntas ainda sem respostas. Indubitavelmente, parece que estamos vivendo o que éramos acostumados apenas em livros, filmes e quadrinhos de ficção científica. Quadrinistas ao redor do mundo sentaram em suas pranchetas e prestaram homenagem às vítimas e também aos profissionais, sobretudo aqueles que estão na linha de frente do combate. Através das redes sociais reverências em forma de desenho, do artista italiano Milo Manara, do americano Frank Miller, entre muitos outros.  Dentro do universo dos quadrinhos, o lamento por duas perdas irreparáveis: o ilustrador argentino Juan Giménez, conhecido pelo seu trabalho para as revistas Heavy Metal e pela cultuada saga de ficção-científica Metabarons e o brasileiro Daniel Azulay, famoso principalmente na década de 1980, pela criação da Turma do Lambe Lambe e pelas aulas de desenho destinadas ao público infantil em canais de televisão. Ambos morreram por complicações devido ao COVID-19.  Para pequenas empresas, bancas de revistas e lojas especializadas em quadrinhos, o momento é bastante delicado e novas estratégias estão sendo criadas para atravessar a crise financeira causada pela pandemia. A Diamond, maior distribuidora de quadrinhos dos Estados Unidos, ainda continua com as atividades suspensas. Responsáveis pela distribuição de quadrinhos das maiores editoras norte-americanas – Marvel, DC, Image e DarkHorse – o último envio às lojas foi feito em 25 de março. As editoras, um pouco antes disso, começaram a pausar ou reagendar novas edições. Tanto material impresso, quanto digital. As famosas comic-shops, sem lançamentos e por conta da quarentena, viram-se com o faturamento quase nulo.  Na sexta-feira (17), a Diamond enviou uma carta para os vendedores de quadrinhos, onde explicam que estão monitorando toda a situação e que provavelmente no final de maio a distribuição volte a acontecer. Em trecho do comunicado, eles afirmam que “esse é um momento delicado e é necessário o equilíbrio entre gerenciar as preocupações de saúde e segurança, e atender à demanda reprimida por produto”. Separadamente do anúncio da Diamond, a DC anunciou que novas publicações impressas serão enviadas em 28 de abril, contudo em um número limitado de títulos e tiragem menor. De acordo com uma nota publicada pela editora, a decisão de voltar a lançar alguns títulos surgiu depois de pesquisar mais de 2.000 lojas nos EUA e no Canadá. Eles observaram que “muitos proprietários de lojas de quadrinhos estão encontrando maneiras novas e criativas de levar os quadrinhos para os fãs mais fiéis.” A medida está sendo criticada pela maioria dos revendedores e pequenas livrarias independentes que ainda estão fechadas durante a quarentena.  Enquanto isso, diversos artistas consagrados internacionalmente começaram a leiloar desenhos originais em prol das comic-shops americanas. Encabeçado por Jim Lee, artista e editor-chefe da DC Comics, os leilões acontecem no eBay e toda renda será destinada aos pequenos varejistas. Uma imagem do Batman que Ri obteve 64 lances e o vencedor pagou 10.800,00 dólares, aproximadamente 56.937,70 reais. Com o reforço da hashtag #Creators4Comics, doações em dinheiro estão sendo organizadas pela Fundação Binc, para ajudar livreiros e revendedores de quadrinhos afetados pelo COVID-19.  Eventos ligados aos quadrinhos e a cultura geek, que rendem milhões em receita, também já estão sendo afetados. A mais tradicional delas, A San Diego Comic-Con foi cancelada devido a pandemia do coronavirus. A próxima convenção vai ocorrer de 22 a 25 de julho, em 2021. Em 50 anos de história, essa é a primeira vez que o evento é cancelado.  Aqui no Brasil, o 11º FIG! – Festival Internacional de Quadrinhos também foi adiado como medida de controle de transmissão do vírus. A Comic Con Experience, CCXP, ainda não comunicou o cancelamento da edição brasileira deste ano. Já a versão alemã da convenção foi cancelada.  Postergados para 2021, os maiores eventos geeks do planeta movimentam o mercado e são nestes locais que os artistas independentes e as editoras usam como vitrine para expor novos trabalhos e interagir com o público-alvo. E aqui, no Brasil, sem esse elo de sustentação, o bicho vai pegar, ou melhor, a gente vai precisar se reinventar.  Não é de hoje que o mercado editorial de livros no Brasil está em crise. São pelo menos cinco anos de livrarias fechadas e declínio nas vendas. O COVID-19, veio para acentuar ainda mais essa queda. As editoras tentam estratégias focadas em descontos e no comércio virtual. O problema é que a grande maioria não estava preparada tecnicamente para vender via e-commerce. Faltam mais investimentos em arquitetura de informação e desenvolvimento de uma loja virtual de fácil acesso e usabilidade. Porém, mesmo assim, essas alternativas ajudam, e muito, a fortalecer o comércio de quadrinhos. As pequenas e médias editoras conseguem ter um público mais fiel e nessas horas acabam ajudando e fortalecendo a marca, com posts de seus livros favoritos e comentários positivos nas redes sociais. Também pelas redes sociais, lojas especializadas e bancas de revistas estão mais próximas dos clientes, porém para Orlando Oliveira, 63 anos, dono da Banca Guararapes HQ, O Templo dos Quadrinhos em Recife, sem a distribuição de novos lançamentos na região, a situação ficou bem mais complicada “Nós, da Guararapes HQ, já estamos fechados há um mês. Quadrinhos é um produto diferente e está sempre se renovando quanto aos lançamentos; não adianta eu tê-los na banca e não ter novidades”,

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Ponto Cidadão pede doações em tempos de pandemia

Neste período de crise, o projeto social Ponto Cidadão, que oferece capacitação profissional e inserção no mercado de trabalho para jovens carentes do município de Igarassu, está recebendo doações de contribuintes através do Imposto de Renda. Para ajudar, basta doar para o Fundo de Defesa da Criança em Igarassu, que destinará 3% das doações recebidas para o projeto. O Ponto Cidadão trabalha com jovens entre 16 e 24 anos, já formou mais de 1.500, inseriu 81% deles no mercado de trabalho e, hoje, atende 142 pessoas.

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Guedes quer manter teto de gastos, mas é contra reajuste de servidores

Da Agência Brasil O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (27) que não será necessário suspender o teto de gastos pois os recursos para a saúde estão garantidos, para os gastos extras em função da pandemia do novo coronavírus. “Para que falar em derrubar o teto se é o teto que nos protege contra tempestade?”, argumentou ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ao sair de uma reunião no Palácio da Alvorada. Guedes explicou que o governo está usando outros instrumentos para garantir os recursos. Com o reconhecimento do estado de calamidade pública pelo Congresso Nacional, o Executivo ficou dispensado de cumprir a meta de superávit. “Pela regra de ouro você não pode se endividar para pagar gasto corrente. Mas como é gasto emergencial, é gasto de saúde, então pode endividar. Se faltasse dinheiro para saúde, poderíamos romper o teto, mas não é o caso”, disse. Em vigor desde 2017, o teto de gastos limita o aumento das despesas federais ao aumento da inflação do ano anterior. A medida vale por 20 anos. De acordo com Guedes, deve ser aprovado esta semana no Senado Federal mais um programa de envio de recursos aos estados e municípios. Em contrapartida, o governo negocia com o Congresso uma proposta de suspensão de reajuste de salário dos servidores públicos por um ano e meio. “Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia, assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego. Eles [servidores públicos] vão colaborar, eles vão ficar sem pedir aumento por algum tempo”, disse Guedes, garantindo que nenhum direito existente será retirado.

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Bineal PE lança Festival Leia em Casa

A Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, consagrada como a maior feira literária do Nordeste, realizará, de 28 a 30 de abril de 2020, o “Festival Leia em Casa”: movimentação cultural realizada por meio da forma que mais eclodiu durante o período de quarentena: transmissão ao vivo, através da internet. O Festival contará com uma programação que inicia-se com narração de histórias infantis, receberá nomes ganhadores do prêmio Jabuti Sidney Nicéas e Mailson Furtado, a autora do livro “Treze” FML Pepper, a Influencer digital Thais Midori, o poeta colombiano Carlos Sierra Mejía e muitos outros poetas e escritores também já confirmaram presença, além de apresentações musicais: Santanna – O Cantador, a cantora portuguesa Vanessa Miranda (que fará transmissão direto de Portugal), incluindo nomes da música pernambucana: Joanah Flor, Zeca Viana, Júlio Ferraz, Platônicca. Veja também a programação a seguir e também no perfil do instagram da Bienal Internacional do Livro de Pernambuco (https://www.instagram.com/bienalpe/).

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Saiba como descartar máscaras e materiais infectados pelo coronavírus

Em tempos de enfrentamento do novo Coronavírus, muitos materiais de proteção como máscaras e luvas têm sido utilizados massivamente pela população como forma de proteção contra o vírus. Mas além da preocupação com a saúde, outro tema tem chamado a atenção: os cuidados com o descarte dos materiais contaminados com o vírus. Por possuir um alto nível de transmissão e por sobreviver por até nove dias em determinadas superfícies, o vírus representa um risco para catadores e profissionais envolvidos com a coleta de resíduos. Por isso, para proteger do risco de contágio os trabalhadores e tantas outras pessoas envolvidas com a coleta de lixo, o Coordenador de Sustentabilidade do Sistema Fiep e membro do Comitê Técnico do InPAR, Mauricy Kawano, separou algumas dicas importantes para que o descarte de objetos contaminados seja o mais adequado possível tanto em residências, quanto em hospitais e centros de saúde, além de dicas para os catadores que podem manipular esse tipo de material. Kawano explica que todos os pacientes com suspeita ou confirmação de infecção por COVID-19 deverão separar todos os resíduos, colocá-los em sacos de lixo resistentes e descartáveis e com fechamento com lacre ou nó quando o saco tiver até 2/3 de sua capacidade. “O ideal é colocar esse saco dentro de outro saco de lixo limpo, fechá-los e identificá-los para que não cause qualquer problema aos catadores e do meio ambiente. Se estiver em um condomínio é necessário informar sobre as medidas tomadas para os funcionários responsáveis pela coleta”, afirma Kawano. O especialista lembra ainda que os materiais infectados podem ser descartados em lixos comuns, desde que sigam todos os cuidados necessários. No caso de hospitais, consultórios e serviços de saúde o lixo deve estar acomodado em sacos brancos leitosos com a identificação de materiais infectantes e deverá ser recolhido por uma empresa especializada. As recomendações fazem parte de uma cartilha da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES). Kawano lembra ainda que, para os domicílios com casos confirmados de coronavírus, é necessário deixar os resíduos contaminados de quarentena. “É necessário que esses materiais fiquem armazenados em um local separado antes de serem descartados. Dessa forma, evita-se que os profissionais da coleta sejam expostos ao risco”, ressalta. Segundo o médico Günter Kampf, do Hospital Universitário Greifswald, outros tipos de coronavírus chegaram a sobreviver cinco dias em materiais como plástico, papel e vidro. Em alguns casos, pode chegar a nove dias mas ainda não há estudos conclusivos sobre o tempo de sobrevivência do COVID-19. Já em relação aos profissionais da coleta seletiva, o cuidado deve ser redobrado. É importante que, após a quarentena nas residências, os resíduos recicláveis sejam levados para estações de transbordo, pontos de destinação intermediários que funcionam para a quarentena dos materiais por parte do município. “Também é importante manejar os resíduos que chegam nas Instalações de Recuperação dos Resíduos antes que a triagem seja realizada. Os profissionais envolvidos nesse processo também devem utilizar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual”, destaca. A outra opção de destinação para os materiais contaminados é o encaminhamento para os aterros sanitários, que garantirão que o material permaneça o tempo necessário até a inativação do vírus sem expor os trabalhadores a qualquer tipo de risco. Dessa maneira, o material não precisa de quarentena.

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Projeto vai investigar como o novo coronavírus afeta o olfato

Estudos preliminares conduzidos na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos sugerem que a perda de olfato é algo relativamente comum em pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2). Mas seria esse sintoma tão frequente a ponto de servir como um indicativo precoce da COVID-19? Pessoas que subitamente perderam a capacidade de sentir cheiros deveriam ser orientadas a se manter em isolamento para evitar disseminar a doença? Qual é a extensão e o tempo de duração do dano causado pelo vírus ao sistema olfatório? Um grupo que envolve pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai tentar responder a essas e outras questões no âmbito do Projeto Temático “Receptores olfatórios: mecanismos de expressão gênica e transdução de sinal”, sob a coordenação da professora Bettina Malnic. Inicialmente focados em estudar o funcionamento dos neurônios olfatórios (células responsáveis pela detecção de cheiros) e das demais células que compõem o epitélio olfatório, os pesquisadores vão dedicar, nos próximos meses, parte de seus esforços para entender a correlação entre a infecção pelo SARS-CoV-2 e o desenvolvimento de anosmia – o termo técnico para a perda de olfato. “O objetivo principal do projeto é estudar os genes que codificam os receptores olfatórios [proteínas que se conectam às substâncias odorantes]. Trata-se de um grande grupo de genes expressos apenas no epitélio olfatório. Mas, diante da situação de emergência imposta pela pandemia, decidimos iniciar um estudo remoto com profissionais de saúde que atendem pacientes com manifestações graves da COVID-19 e que, portanto, têm alto risco de contrair o vírus”, conta Malnic. O grupo, que também inclui Alexandre Bruni Cardoso, Deborah Schechtman e Isaias Glezer, está elaborando um questionário para monitorar nos profissionais de saúde do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (FM) da USP tanto a presença de sintomas já bem estabelecidos da doença – como febre, tosse e dificuldade para respirar – como também eventuais mudanças olfativas. Para isso, o grupo conta com a colaboração dos pesquisadores Richard Voegels e Fábio de Rezende Pinna, do Departamento de Otorrinolaringologia e Oftalmologia da FM-USP. “Queremos descobrir se há um padrão na anosmia causada pelo coronavírus que a diferencie da perda de olfato por outras causas, como infecções nas vias respiratórias causadas por resfriados ou gripes comuns ou doenças neurodegenerativas. Pacientes com COVID-19 têm relatado uma perda abrupta na capacidade de sentir cheiro e, muitas vezes, sem outros sintomas relacionados”, diz a pesquisadora. Também está nos planos do grupo conduzir uma análise mais ampla, semelhante à que foi feita no Reino Unido por cientistas do King’s College. Por meio de um aplicativo de celular chamado “COVID Symptom Tracker”, os britânicos disponibilizaram um questionário remoto que já foi preenchido por mais de 1 milhão de pessoas em vários países. Uma primeira análise revelou que a perda de olfato e de paladar foi um sintoma relatado por 59% das pessoas que testaram positivo para COVID-19, e apenas por 18% das que testaram negativo. Caso a correlação entre o SARS-CoV-2 e a perda de olfato se confirme nessa primeira etapa da investigação, o grupo pretende aprofundar as análises para entender de que forma o vírus afeta o funcionamento do epitélio olfatório. “Uma das possibilidades seria analisar amostras de pacientes infectados e observar se a estrutura do epitélio olfatório está alterada nesses indivíduos. A técnica de hibridação in situ [que permite a identificação específica de tipos de mRNA dentro de células individuais em trechos de tecido] poderia ser adotada para verificar se os neurônios olfatórios sobrevivem à infecção ou não”, afirma Malnic. Experimentos com cultura de células e com modelos animais também podem ser conduzidos para entender o mecanismo de atuação do coronavírus no epitélio olfatório. Um dos entraves, porém, é o fato de camundongos e outros mamíferos normalmente usados nesse tipo de estudo não se infectarem pelo SARS-CoV-2. “Existe uma linhagem de camundongo modificada geneticamente para expressar a ACE-2 humana, que é a proteína usada pelo novo coronavírus para infectar as células. Poderíamos investigar se quando infectados com o vírus esses animais apresentam alterações no seu sistema olfatório. ”, diz Malnic. Karina Toledo | Agência FAPESP

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