Rafael Dantas - Página: 392 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Bloco carnavalesco feminista vai às ruas do Recife, reivindicar o amor

“Ninguém vai poder querer nos dizer como amar”, já diz a música do cantor pernambucano Johnny Hooker. E, sendo amor, que seja livre! E, sendo livre, que se possa amar! Isso é o que defende o Amor Livre, bloco carnavalesco feminista promovido pelo Instituto PAPAI e o Núcleo de Pesquisa Gema/UFPE, que irá realizar sua ação político-educativa pelo Recife Antigo no dia 20 de fevereiro, quinta-feira que antecede o início do carnaval. A concentração será às 18h na Rua da Moeda. Durante a ação do bloco “Amor Livre” pelas ruas do Bairro do Recife, serão distribuídos materiais alusivos à questão dos direitos à livre expressão da sexualidade e de gênero. Para Thiago Rocha, integrante da coordenação do Instituto PAPAI e do Fórum LGBT de Pernambuco, “felizmente o movimento LGBT têm conseguido vários avanços nas últimas décadas. Porém, hoje vemos muitas ameaças a direitos adquiridos e um forte risco de retrocesso. Mas, somos forte. Somos resistentes. O que queremos não é mais, nem menos, queremos direitos iguais e isso exige mudanças profundas, não será da noite para o dia, nem apenas a partir de mudanças legais. Precisamos de processos constantes de mudança cultural”. O Professor Benedito Medrado, Co-coordenador do Núcleo de Pesquisa GEMA da UFPE, argumenta que “poder falar sobre gênero e direitos sexuais no carnaval é uma forma de fortalecermos uma luta mundial e ampliarmos espaços de interlocução com a sociedade como um todo. É preciso favorecer transformações simbólicas e o permanente debate público sobre o direito à felicidade e a necessidade de garantia do exercício deste direito”. SOBRE A CRIMINALIZAÇÃO DA LGBTFOBIA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – É CRIME, SIM! No dia 13 de junho de 2019, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a mora do Congresso Nacional para incriminar atos atentatórios a direitos fundamentais dos integrantes da comunidade LGBT. Por maioria, o Plenário aprovou a tese da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADO) formulada em três pontos: O primeiro prevê que, até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na Lei 7.716/2018 e, no caso de homicídio doloso, constitui circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe. No segundo ponto, a tese prevê que a repressão penal à prática da LGBTfobia não alcança nem restringe o exercício da liberdade religiosa, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio. Finalmente, a tese estabelece que o conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança a negação da dignidade e da humanidade de grupos vulneráveis. Números - Dados  No Brasil, segundo último relatório divulgado em janeiro de 2019, pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), foram registradas 420 mortes de LGBT no ano de 2018, uma redução de 5,6% em relação a 2017, ano em que somou a maior média desde que os dados passaram a ser contabilizados pela entidade. Apesar desta redução no numero de mortes registradas, a cada 20 horas, uma pessoa LGBT morre de forma violenta, por motivação LGBTfóbica no Brasil. (Fonte: Grupo Gay da Bahia). Serviço Bloco carnavalesco feminista “AMOR LIVRE” Quinta-feira, 20 de fevereiro Concentração às 18h Rua da Moeda, Bairro do Recife Aberto ao público Informações: (81) 3271.4804

Bloco carnavalesco feminista vai às ruas do Recife, reivindicar o amor Read More »

Crítica| Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa

O fim de uma relação pode deixar marcas difíceis de apagar. Apenas para alguns, claro. Que o diga a Arlequina em Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa. A separação do Coringa e a independência da trama em relação ao criticado Esquadrão Suicida fizeram bem à nova aposta da DC. Na história, Arlequina se unirá às anti-heroínas que dão nome ao filme para proteger Cassandra (vivida aqui pela atriz mirim coreana Ella Jay Basco), uma garota que está com um diamante pertencente ao Máscara Negra, interpretado por Ewan McGregor, o Obi Wan Kenobi da saga Star Wars. Além da Arlequina, estão no grupo Canário Negro (Jurnee Smollett-Bell), Caçadora (Mary Elizabeth Winstead) e Renée Montoya (Rosie Perez). A proposta da roteirista Christina Hodson de quebrar qualquer vínculo com o filme de David Ayer é visível logo na sequência inicial. O rompimento com o Coringa e a destruição da fábrica onde a psiquiatra Harleen Quinzel se transformou na Arlequina servem de marco para a emancipação. Christina acerta quanto ao enredo não-linear, ainda que a narração em primeira pessoa (da própria Arlequina) carregue o roteiro de exposição e didatismo em algumas cenas.     Margot Robbie está mais uma vez à vontade como Arlequina, esbanjando meiguice e violência tão necessárias à composição do papel. Diferente dela, Ewan McGregor apresenta um vilão caricato, até porque o próprio desenvolvimento dele no roteiro, por vezes maniqueísta, não ajuda. É um personagem sem profundidade, que pode render facilmente uma indicação ao Framboesa de Ouro. A cinematografia replica o colorido do visual da Arlequina. A sequência em que a protagonista invade uma delegacia e atira em policiais com uma arma que detona confetes reflete a proposta multicolorida de Matthew Libatique, diretor de fotografia, famoso por trabalhar em filmes de Darren Aronofsky, como Cisne Negro e Réquiem para um Sonho. Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa não tem a densidade psicológica do filme Coringa, de Todd Philips. A pegada é a mesma do Esquadrão Suicida: explosões, lutas bem coreografadas e pouco papo. O longa estreia nesta quinta (6) nos cinemas brasileiros, um dia antes dos Estados Unidos.  

Crítica| Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa Read More »

Pedro Severien lança livro que reflete sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica

No evento, aberto ao público, o autor fará uma leitura do capítulo que dá título ao livro, com intervenção visual da artista Biarritz. A obra estará à venda no local, além do DVD duplo Todas as Cores da Noite e outros filmes que andam juntos, ambos pelo valor promocional do “pague o quanto puder”. Enquanto se prepara para filmar seu segundo longa-metragem, Fim de semana no paraíso selvagem, o realizador Pedro Severien lança na próxima semana o livro Quando as luzes artificiais se apagam. A obra, com tiragem inicial de 500 exemplares, nasce da vontade do diretor refletir sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica. Para promover essa narrativa que se volta para um trajeto ao mesmo tempo conceitual e pessoal, ele age como organizador, reunindo conteúdos (boa parte dos quais escritos por ele) acerca da feitura de filmes com os quais esteve envolvido na última década, dos mais autorais aos mais colaborativos. Com roteiros, entrevistas, ensaios, materiais visuais e contribuições de parceiros criativos, o autor constroi um trajeto que passa por aspectos práticos sobre organização de uma produção, dinâmicas de set e experimentações nos campos ficcional e documental. O projeto tem distribuição da Inquieta e incentivo do Funcultura / Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco e do Fundo Setorial do Audiovisual / Ancine / Governo Federal. “Mais do que estabelecer um foco pontual e estático sobre um determinado tema ou forma, em Quando as luzes artificias se apagam realizo uma cartografia dos meus desejos no cinema. Mobilizo roteiros, ensaios e entrevistas, assim como textos de colabores criativos, para pensar as forças vitais que me movem na criação artística. Ao mesmo tempo, busquei refletir sobre a micropolítica na realização audiovisual, relacionando isso com as experimentações estéticas e dramatúrgicas dos filmes. Os meus interesses são nômades, estão sempre em movimento, e é um pouco desse nomadismo que tentei imprimir no livro”, explica Severien. O seguinte trecho do prefácio escrito pelo jornalista e artista visual Chico Ludermir dá uma ideia desse trajeto: “Olho para Quando as luzes artificiais se apagam, organizado e, em boa parte, escrito por Pedro Severien sobre sua própria obra, como água. É a possibilidade de navegar junto, desde as nascentes, em múltiplas camadas que circundam a produção do cineasta pernambucano – presentes e passados –, que há mais de uma década vem produzindo filmes; é mergulhar no seu processo sempre artesanal de feitura, que envolve, como se vai notar, relações fortes com a literatura, com o teatro e, mais recentemente, com os movimentos sociais urbanos de sua cidade; e perceber, dentro do seu trajeto, referências, repertórios, dúvidas, desvios, revisões e, acima de tudo, transformações.” Quando as luzes artificiais se apagam é divido em três partes. A primeira, Anoitecer, gira em torno da experimentação e dos processos criativos relacionados a Todas as cores da noite, longa-metragem do diretor que funciona como um ponto de observação privilegiado por conta dos desafios narrativos (um horror existencialista e crítico à desigualdade e aos privilégios da classe média) e produtivos (um filme de baixíssimo orçamento) envolvidos em sua feitura, mas também porque tornou-se um lugar de diversos atravessamentos (durante o processo de produção Severien realizou diversos outros filmes). O projeto iniciou-se em 2010 e só em 2019 parece ter encontrado um ponto de chegada com a edição especial em DVD intitulada Todas as cores da noite e outros filmes que andam juntos. A segunda parte do livro, Paisagens interiores, traz os roteiros originais de Canção para minha irmã, Loja de Répteis e Todas as cores da noite. E a terceira, Uma prática política com as imagens, versa sobre cinema militante. O texto que abre a primeira parte da obra, Memórias de todas as cores, escrito pela atriz Sabrina Greve, oferece uma visão íntima do processo de construção da personagem de Iris, protagonista do primeiro longa-metragem do diretor. Entre impressões e inquietações, Sabrina compartilha um pouco de sua experiência para a impactante interpretação que ela entrega no filme. Já a atriz Brenda Ligia, por sua vez, reescreve roteiros. Fagocita a linguagem fílmica para contar-se em um processo de dor extrema que lhe acompanhava durante o lançamento do longa no texto Cores. Juntos, os textos parecem comunicar sobre a potência da experiência como formadora do fazer criativo. O roteirista e colaborador recorrente Luiz Otávio Pereira, em Mutilado (ou todo mundo conhece uma versão dessa história), também imbrica experiências pessoais ao ofício da escrita do roteiro do longa, mas com tom fabular e intencionalmente híbrido. Para dialogar com esse escrito, há uma entrevista com Severien conduzida por Alice Gouveia sobre o processo de realização de Todas as cores da noite, originalmente publicada no seu livro Direções: relatos do cinema pernambucano contemporâneo (2015). Como fechamento dessa primeira parte, o realizador faz uma viagem ensaística sobre o universo conceitual do filme no texto que dá título ao livro Quando as luzes artificiais se apagam. Durante o período de realização do Todas as cores da noite, Pedro teve contato com experiências políticas que o transformaram profundamente. A mais impactante, sem dúvida, foi seu engajamento no Movimento Ocupe Estelita. Foi através da realização audiovisual que ele se aproximou desse movimento social. Como rima reflexiva sobre trabalhos audiovisuais militantes, a terceira parte do livro, Uma prática política com as imagens, inclui o ensaio Ocupar é narrar, que versa sobre a experiência de realização de Onde começa um rio, documentário correalizado com Julia Karam, Maria Cardozo e Maiara Mascarenhas, sobre o levante estudantil universitário contra a PEC do teto de investimentos sociais, e de outras ações como o Ocupe Cine Olinda para refletir sobre a relação entre discurso e prática. Já o artigo Imagine uma cidade, é uma espécie de resumo da dissertação de mestrado de Severien sobre o cinema contemporâneo engajado na luta pelo direito à cidade no Recife, originalmente publicado na revista Continente. O último conteúdo do livro é uma conversa entre Pedro e Chico Ludermir para a sua pesquisa de mestrado sobre as relações entre arte e política com foco no Ocupe Estelita. “Adoro digressões e

Pedro Severien lança livro que reflete sobre processos criativos e políticos na realização cinematográfica Read More »

De olho no futuro da indústria, SENAI-PE investe em laboratórios maker

Dia após dia, a indústria brasileira precisa de novas soluções para suas demandas. Para garantir que os futuros profissionais estarão aptos a oferecerem respostas para essas novas necessidades, o SENAI Pernambuco está estruturando laboratórios de fabricação digital em cinco de suas escolas. Batizados de SENAI Lab, os espaços serão equipados com máquinas que poderão ser utilizadas por docentes e alunos no desenvolvimento e na execução de projetos. Além de Petrolina, serão contempladas com o projeto: Areias, Santo Amaro, Jaboatão e Cabo de Santo Agostinho. Somente com a compra de equipamentos, o investimento soma cerca de R$ 250 mil. A ideia é que os locais funcionem como verdadeiros laboratórios de prototipagem, possibilitando que os alunos coloquem a mão na massa para criar seus próprios objetos e, literalmente, tirar seus projetos do papel. Para isso, cada uma das escolas recebeu uma máquina que funciona como impressora 3D, fresadora e cortadora a laser, além de duas plotters, equipamentos capazes de imprimir trabalhos repletos de detalhes em grandes dimensões. Toda essa estrutura já existe desde 2018 no SENAI Caruaru, primeira escola técnica da rede no Estado a receber o SENAI Lab. Na época, o laboratório foi custeado pelo SENAI Nacional, que, por meio de um edital, selecionou diversas unidades do País para receberem o projeto. Agora, a expansão visa atender da melhor forma a crescente inserção de tecnologias habilitadoras para a Indústria 4.0 no chão de fábrica e as novas demandas que são apresentadas pelo setor produtivo. Além dos equipamentos, todos os ambientes serão estruturados de forma a estimularem a criatividade, o trabalho em equipe e a inovação dentro das escolas. “Esse projeto está alinhado com a própria filosofia de ensino do SENAI, que é a de ter o aluno como protagonista do seu aprendizado e de enxergar os erros e os acertos como passos desse crescimento”, explica a diretora Regional do SENAI Pernambuco, Camila Barreto. A expectativa é que todos os ambientes sejam finalizados ainda neste semestre.

De olho no futuro da indústria, SENAI-PE investe em laboratórios maker Read More »

Tecnologia na educação: será que ao trabalhar em grupo você aprende mais?

“Ao final do doutorado aprendi que essa jornada não precisa ser solitária. E que ter as pessoas certas a sua volta faz toda diferença para que o processo seja mais leve e divertido”. É assim que Rachel Carlos Duque Reis inicia o texto de agradecimento de sua premiada tese. O que Rachel diz sobre os benefícios de empreender uma jornada colaborativa em vez de solitária é o ponto central de sua pesquisa de doutorado. Professora do campus de Rio Parnaíba da Universidade Federal de Viçosa, ela percorreu o caminho de construção da tese sob orientação do professor Seiji Isotani, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Nessa jornada, Rachel também estudou três meses na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, com apoio da Fundação Lemann. Interessada em como a tecnologia pode ser utilizada para apoiar a interação e a colaboração nas atividades de ensino, Rachel decidiu verificar a influência dos traços de personalidade na formação de grupos. Resultado: o trabalho – Formação de Grupos em Ambientes CSCL utilizando Traços de Personalidade associados às Teorias de Aprendizagem Colaborativa – conquistou a primeira colocação no Concurso Alexandre Direne de Teses, Dissertações e TCCs em Informática na Educação. A premiação, na categoria doutorado, aconteceu em Brasília, no final do ano passado, durante o VIII Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE). É comum que, nas salas de aula, os alunos se unam em grupos para realizar diversas tarefas. Esses grupos são formados, na maior parte das vezes, de maneira aleatória ou por auto-seleção, ou seja, os próprios estudantes selecionam com quem gostariam de trabalhar. O problema é que essas duas maneiras de formar grupos não garantem que surjam benefícios na aprendizagem colaborativa. Pesquisadores da área já identificaram que é fundamental planejar a formação de grupos levando em conta fatores e mecanismos de colaboração, de acordo com os objetivos de aprendizagem que o educador pretende obter na atividade coletiva. Por isso, um dos aspectos mais relevantes nesse campo é descobrir cientificamente como e quando as colaborações entre os indivíduos que participam de um grupo são capazes de produzir melhores resultados. Em um estudo experimental com 156 estudantes do ensino fundamental II do colégio particular Anglo, localizado na cidade de Viçosa, em Minas Gerais, Rachel confirmou a influência de traços de personalidade na formação de 78 grupos, avaliando impactos no aprendizado, na satisfação e na motivação. Foram levados em consideração três traços de personalidade: a extroversão, que está relacionada a habilidades comunicativas e sociáveis; o neuroticismo, que caracteriza quem é muito preocupado e emocionalmente instável; e o psicoticismo, que se refere a comportamentos agressivos e hostis. Ao analisar essa influência, Rachel obteve informações para desenvolver um novo modelo de formação de grupos que relaciona os traços de personalidade às teorias de aprendizagem colaborativa. Além disso, o modelo busca criar cenários que estimulem a aprendizagem colaborativa e também estabelecer estratégias para minimizar a influência negativa de algumas características dos traços de personalidade. Para validar o novo modelo, a doutoranda desenvolveu dois estudos de caso com dois grupos de estudantes: um deles envolveu 10 participantes de 13 a 16 anos; e outro contou com 15 participantes de 9 a 10 anos. A partir dos resultados encontrados na jornada, a doutoranda criou um programa de computador capaz de formar grupos efetivos de aprendizagem, levando em conta aspectos da personalidade dos participantes. Uma ferramenta de apoio para que os professores reúnam os estudantes em grupos que propiciem o aprendizado, a satisfação e a motivação tanto nas salas de aula da vida real quanto no mundo virtual. “Quando você está pensando em apoiar as pessoas no aprendizado, não deve criar um ambiente inóspito. Realizamos diversas pesquisas no ICMC com o objetivo de usar a computação para formar grupos considerando diversas características dos participantes, tais como traços de personalidade e outras variáveis, para que a interação e a aprendizagem alcancem o maior patamar possível”, explica o professor Seiji. Na intersecção entre psicologia e computação, as valiosas contribuições do trabalho de Rachel para o avanço da área de Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional (CSCL) estão registradas na tese premiada – disponível na biblioteca digital de teses e dissertações da USP – e nos artigos publicados em periódicos científicos. Mais premiações – O concurso que consagrou a tese de Rachel premiou ainda outro trabalho produzido no ICMC. Uma contribuição ao processo de design de aprendizagem em Cursos Online Abertos e Massivos (MOOCs) conquistou o terceiro lugar na categoria Melhor Tese de Doutorado. Orientada pela professora Ellen Francine, a tese de Aracele Garcia de Oliveira Fassbinder aborda o fenômeno dos MOOCs, cursos virtuais que, em geral, não exigem qualificações prévias para inscrição, podem ser acessados por qualquer pessoa e atraem um público diversificado, com uma variedade de experiências e qualificações profissionais. Professora no campus Muzambinho do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Aracele investigou duas lacunas principais dos MOOCs: a falta de estratégias de projeto de aprendizagem bem definidas e validadas para apoiar os profissionais no desenvolvimento desses cursos; e as limitações nos modelos de projeto pedagógico adotados, geralmente baseados em formatos tradicionais de sala de aula, tais como abordagens centradas no professor e a aprendizagem baseada em conteúdo. Por meio de um estudo experimental, três estudos de caso e duas revisões por especialistas, a pesquisadora criou uma nova estratégia para apoiar e melhorar o desenvolvimento de MOOCs. O reconhecimento à tese de Aracele e de Rachel evidenciam a relevância dos projetos desenvolvidos no Laboratório de Computação Aplicada à Educação e Tecnologia Social Avançada (CAEd) do ICMC. Tanto Ellen quanto Seiji são também professores do curso de pós-graduação a distância em Computação Aplicada à Educação, uma especialização lançada pelo ICMC em julho de 2018. Hoje, o curso conta com cerca de 300 alunos de todo país regularmente matriculados.

Tecnologia na educação: será que ao trabalhar em grupo você aprende mais? Read More »

Projeto Encontro e Grupo Yalu realizam a IV edição do arrastão inclusivo e percussivo de maracatu

O batuque contagiante do maracatu vai ganhar novas e especiais sonoridades no próximo domingo (09 de fevereiro), a partir das 16h, no IV Arrastão Percussivo e Inclusivo promovido pelo Grupo Yalu e o Projeto Encontro, que reúne e capacita jovens com múltiplas deficiências e inúmeros talentos, em diversas faixas etárias. A festa, tem concentração na rua da Moeda, na Sede do Grupo Yalu, próximo a estátua de Chico Science e sai em desfile pelas ruas do Recife Antigo. De acordo com a educadora Margareth Zimmerle, idealizadora do Projeto Encontro, essa parceria com o Grupo Yalu, conta com o apoio e a receptividade do mestre Walter Araújo, e ajuda a desmistificar preconceitos e mostrar à sociedade que todos podem brincar juntos, sem diferença. ”Esse evento também serve para revelar o talento e a pluralidade da Banda do Projeto Encontro, coordenada pelos professores Guga Oliveira e Conceição Rocha, que tem um repertório eclético: da MPB à percussão. “São cerca de 30 jovens que tocam alfaia, caixa, abê, agogô, ganzá, pandeiros, chocalhos e timbal”, salienta. A edição de 2020 do Arrastão Percussivo e Inclusivo vem com novidades. Integrantes do Projeto Social D&MV 21, que ampara mães carentes de filhos com síndrome de Down, vão marcar presença na festa que é aberta a todos que gostam da boa música, do toque forte e envolvente do maracatu e que amam o Carnaval. Afinal de contas, a folia de Momo é uma festa de todos e, para todos! SERVIÇO: IV Arrastão inclusivo de Maracatu Onde: Rua da Moeda, 121, Sede do Grupo Yalu, próximo a estátua de Chico Science Quando: sábado, 09 de fevereiro, às 16h

Projeto Encontro e Grupo Yalu realizam a IV edição do arrastão inclusivo e percussivo de maracatu Read More »

Grupo cultural Boi D`Loucos se apresenta nesta quarta (5) na Pracinha de Boa Viagem

O ator e artista popular, Carlos Amorim e seu grupo Boi D`Loucos apresenta nesta quarta (5), às 19h, na Pracinha de Boa Viagem, espetáculo teatral com os personagens “Mateus”, “Catirina” e “Capitão” e show com orquestra musical e bailarinos. Na exibição, o grupo mostra através da dança os ritmos pernambucanos, como ciranda, coco, maracatu, frevo e caboclinhos. O espetáculo integra a programação do Projeto Recife + Cultura realizado pela Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer da Prefeitura do Recife em parceria com o Grupo Parvi e incentivo da Lei Rouanet. A produção é assinada pelo Bureau de Cultura e a indicação é livre. Liderado por Carlos Amorim, o grupo tem como objetivo divulgar e apresentar a cultura popular, em especial o folguedo do boi. O Boi D´Loucos tem mais de 20 anos de atuação, apresentando espetáculos com caráter educativo e forte impacto social. O grupo criou um espetáculo inédito "Movimento de Cultura Popular - o sonho não acabou", inspirado no documentário "Movimento de Cultura Popular - um sonho interrompido?", produzido pela Prefeitura do Recife, há 11 anos. A montagem une teatro e dança, com direção de Carlos Amorim e coreografia de Simone Santos. A apresentação é um encontro de música, dança, teatro e festa e integra as ações do Projeto Recife + Cultura. O Projeto existe há dois anos e as atividades acontecem semanalmente às quartas-feiras na Pracinha. As apresentações são feitas por grupos de dança e teatro de rua, reconhecidos como patrimônio histórico cultural. Nessa nova fase, a ideia é ampliar e qualificar as ações tendo em vista o enorme potencial turístico da cidade que é considerada um dos principais destinos de eventos e polo cultural do Estado. Além das apresentações dos grupos em Boa Viagem, o Projeto também contou com 5 ações de formação de plateia para alunos e professores da rede da rede municipal de ensino na perspectiva de disseminar e valorizar as manifestações da cultura pernambucana e garantir o acesso desse público às atividades. Todas as apresentações culturais contam com acessibilidade comunicacional para facilitar e permitir que pessoas com deficiência participem das sessões. Também há assentos prioritários, banheiros acessíveis, interprete de libras e um audiodescritor que faz a apresentação dos grupos com detalhes técnicos onde as pessoas com deficiência visual poderão acessar instrumentos, figurino, entre outros.

Grupo cultural Boi D`Loucos se apresenta nesta quarta (5) na Pracinha de Boa Viagem Read More »

Projeto Santa Isabel em Cena seleciona artistas e espetáculos para segundo ano

Abrindo alas para a produção cultural da cidade, em todos os seus desdobramentos e variadas linguagens, o Teatro de Santa Isabel convoca músicos, atores, palhaços, circenses e bailarinos para participar do processo seletivo do Projeto Santa Isabel em Cena 2020. Iniciado no ano passado, o projeto oferece visitas guiadas e espetáculos culturais gratuitos todas as terças e recitais de música a preços populares um domingo por mês, para atrair novos públicos para um dos mais majestosos teatros da cidade, que conjuga arquitetura e história a serviço da arte. As inscrições para os artistas interessados em participar da programação do segundo ano do Santa Isabel em Cena devem ser feitas presencialmente, até o próximo dia 6 de março, das 9h às 14h, na Administração do Teatro de Santa Isabel (Praça da República, S/N). Além de documentos de identificação dos proponentes e release completo, como fotos e material publicitário de eventuais apresentações anteriores do espetáculo, os candidatos devem entregar também a ficha de inscrição, disponível junto com o regulamento na página da Secretaria de Cultura (http://www2.recife.pe.gov.br/pagina/secretaria-de-cultura), devidamente preenchida. Só serão aceitas inscrições pelos Correios, via Sedex ou Aviso de Recebimento (AR), com data de postagem até o dia 6 de março. Seleção – A seleção contemplará no máximo 16 projetos de artes cênicas e 8 projetos de música. Participarão da comissão de seleção três integrantes, todos com direito a voto, sendo dois profissionais de notório saber convidados pela Fundação de Cultura e um representante do Teatro de Santa Isabel. O resultado da seleção será anunciado no dia 11 de março. Informações: (81) 33553323 ou 33553324, em horário comercial. Sobre o projeto - O Santa Isabel em Cena tem como objetivo programar atividades artísticas para dois públicos distintos que são, prioritariamente: jovens e terceira idade. Para a juventude o projeto destina atividades gratuitas às terças-feiras, que compreendem uma visita guiada e um espetáculo curto, com foco em estudantes e instituições de assistência social que lidam com essa camada do público. Para pessoas idosas, o projeto acontece em um domingo a cada mês, com um recital camerístico às 17h, com preços simbólicos de R$ 10 inteira e R$ 5 meia entrada. A primeira temporada do projeto ocorreu, experimentalmente, no período de julho a novembro de 2019, com grande adesão do público, tendo recebido artistas de música, teatro, cultura popular e dança, a exemplo de: Antúlio Madureira, Elyanna Caldas, Geraldo Maia, Edjalma Freitas, Mônica Feijó, Walmir Chagas e Sérgio Galdino, entre outros.

Projeto Santa Isabel em Cena seleciona artistas e espetáculos para segundo ano Read More »

Prefeitura do Recife intensifica capacitação de profissionais sobre o coronavírus

Diante do cenário epidemiológico atual, com o perigo iminente de introdução do novo coronavírus no Brasil e da situação de emergência de saúde pública internacional decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a Prefeitura do Recife intensificou, na manhã desta terça-feira (4), a capacitação de profissionais da rede municipal de saúde sobre o coronavírus. O secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, que é infectologista, deu orientações para mais de 60 profissionais da Atenção Básica, Média e Alta Complexidade e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ligados à Secretaria de Saúde do Recife, na sede da Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde (DEVS), em Santo Amaro. Nesta formação, foram repassadas informações sobre a doença, como identificar casos suspeitos, como deve ser o fluxo de notificação, como conduzir os pacientes que venham a procurar as unidades municipais com sintomas de infecção por coronavírus, entre outras orientações. Na última sexta-feira (31), foi feita uma capacitação com mais de 60 profissionais da Vigilância Epidemiológica do Recife e com os núcleos de epidemiologia das unidades de saúde municipais e privadas. Na última quinta-feira (30), o secretário Jailson Correia participou, junto com representantes da DEVS, da reunião promovida pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), junto com profissionais da Anvisa, Cosems, Lacen, Fiocruz, Sindhospe, Sociedade Brasileira de Infectologia e representantes de hospitais públicos e privados. Seguindo as orientações do Ministério da Saúde (MS) e da OMS, foram alinhados o protocolo e o fluxo de atendimento nas unidades de saúde do Estado. As informações da capacitação desta terça (3) serão replicadas para mais de 2.500 médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas da Atenção Básica, Média e Alta complexidade, além de profissionais do Samu, através de vídeo-aulas que serão divulgadas para os profissionais da rede municipal. De olho no aumento do número de turistas na capital pernambucana por causa do período carnavalesco, também serão dadas orientações para os profissionais da Secretaria de Turismo Esportes e Lazer do Recife (Seturel), representantes do trade turístico, do sindicato dos taxistas e da UBER/ 99. A Secretaria Municipal de Saúde também está produzindo banners, cartazes e folders para os serviços de saúde e população em geral, incluindo informativos para viajantes em português, inglês, espanhol e mandarim. A Secretaria está acompanhando constantemente as mudanças no cenário epidemiológico e as recomendações do MS e da OMS, para adequar a conduta, sempre que necessário. “Estamos em alerta, nos preparando, mas precisamos manter a serenidade já que, por enquanto, não temos notificação de caso suspeito da doença no Recife e nenhum caso foi confirmado no Brasil. Não há motivo para pânico”, afirmou o secretário Jailson Correia. A Sesau Recife também está tomando providências para disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, luvas e outros insumos, além de estar preparando materiais informativos sobre o coronavírus, para distribuição em unidades de saúde que têm atendimento 24 horas. Ainda esta semana, pelo menos 200 kits com máscaras, aventais, luvas, gorros e óculos de proteção começarão a ser distribuídos para cerca de dez unidades municipais de saúde estratégicas. MONITORAMENTO - Como o epicentro da disseminação desse surto de coronavírus é a China, profissionais do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs) do Recife visitaram o Consulado Chinês, na manhã desta terça, para passar orientações sobre a doença e o que devem fazer caso tenham conhecimentos de pessoas que vão para a China ou voltaram de lá com sintomas da doença. O Cievs é considerado o cérebro do monitoramento epidemiológico do Recife. Os profissionais atuam 24 horas, todos os dias do ano, para monitorar e tentar conter, com agilidade, a transmissão de doenças e a ocorrência de surtos, entre outras atribuições. Durante o Carnaval, a atenção é redobrada por causa do grande fluxo de turistas no Recife, que podem trazer vírus típicos das cidades onde moram e que comumente não circulam no Recife. De acordo com a diretora-executiva de Vigilância à Saúde do Recife, Joanna Freire, este ano, há uma atenção especial por causa do risco de chegada do coronavírus. Segundo a gestora, há uma lista com mais de 40 doenças de notificação imediata que são motivo de monitoramento constante, como as arboviroses (dengue, chikungunya e zika), meningite e as síndromes respiratórias, como a gripe e, agora, o coronavírus. “A nossa característica é trabalhar em alerta. O tempo todo estamos monitorando e comparando dados, buscando indícios de alterações relevantes na saúde. Ninguém vê esse lado do SUS, por isso chamamos de SUS invisível, mas sempre há profissionais de plantão para agir imediatamente nos casos de doenças que exijam notificação imediata”, explicou Joanna Freire. O monitoramento é feito por meio de rondas presenciais nas unidades de saúde públicas e privadas do Recife, e também por telefone, fax e e-mail. SAIBA MAIS: O que é Coronavírus? Os coronavírus são uma grande família viral que pode causar doenças respiratórias leves, moderadas ou graves em seres humanos e em animais. No Brasil, ainda não há circulação do novo coronavírus identificado na China Atenção turistas e viajantes: Se você chegou de um dos países ou cidades onde foi confirmada a circulação do novo coronavírus, fique atento: • Se apresentar algum sintoma gripal (febre, tosse, coriza, dificuldade de respirar), siga para um serviço de saúde para ser atendido e informe o local de sua viagem ou se teve contato com pessoa doente do País ou cidade onde tem circulação do coronavírus; • Se não apresentar sintomas gripais, fique atento nos primeiros 15 dias para sinais e sintomas semelhantes ao da gripe comum; • Siga as condutas de prevenção descritas abaixo; • Evite exposição a locais fechados com conglomerados de pessoas se você estiver com sintomas gripais • A transmissão é semelhante a outras gripes comuns e ocorre pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: • Gotículas de saliva; • Espirro ou tosse; • Catarro; • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos. Como é feito o tratamento do novo coronavírus? Não

Prefeitura do Recife intensifica capacitação de profissionais sobre o coronavírus Read More »

Novo coworking no Bairro do Recife

Foi inaugurado na última sexta-feira (31), no Bairro do Recife, o coworking REEF. O nome, que significa Recife em Holandês, faz uma referência ao passado da ilha, embora o espaço trabalhe com os profissionais antenados com o futuro da economia pernambucana. São as startups do Porto Digital os principais clientes em potencial do novo empreendimento, que nasce com 30 posições e já tem 50% de ocupação comercializada. O coworking fica no Edifício Luciano Costa (Rua Dona Maria César, 170), a poucos metros do Marco Zero do Recife.  Os fundadores do Reef são os sócios Roberto Alves, Neyrimar Deville e Guilherme Alves. , Já estão trabalhando na REEF os profissionais de duas startups, a Filtro 1 e a Grite Soluções. Outras empresas já estão em negociação. Além das posições de trabalho, o espaço nasce com um auditório para 30 pessoas e sala privativa.  "Um dos nossos diferenciais é o horário estendido. O REEF fica aberto até às 22h", conta Roberto Alves. . Além da estrutura, Roberto afirma que o local terá uma dinâmica que fomente a formação e novos negócios. "Nossa ideia é a cada 15 dias oferecer uma agenda gratuita para startups. Momentos de trocar experiências com empresários que estão consolidados mercado. São oportunidades de aprender com acertos e erros alheios. Já estamos em parceria com algumas universidades e também com o Sebrae", afirma o sócio.

Novo coworking no Bairro do Recife Read More »