Resposta ao tarifaço: Mercosul fecha acordo de livre comércio com países da EFTA
Tratado amplia acesso a mercados europeus e fortalece agenda multilateral em meio a tensões globais O Mercosul assinou nesta terça-feira (16) um acordo de livre comércio com os quatro países que compõem a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA): Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. O tratado cria um mercado de 290 milhões de consumidores, em economias que somam PIB de US$ 4,39 trilhões, e representa um passo importante na ampliação da presença do bloco sul-americano no continente europeu. Multilateralismo em destaque Durante a cerimônia no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a relevância do pacto em um cenário de tensões comerciais. Segundo ele, o acordo é um “grande e importante” passo. "Em um mundo de incerteza, nós estamos dando uma prova de que é possível fortalecer o multilateralismo e o livre comércio. O comércio aproxima os povos, e o desenvolvimento promove a paz". Impacto tarifário e cooperação internacional O tratado prevê eliminação de tarifas em setores industriais e pesqueiros, além de maior acesso para produtos agrícolas do Mercosul, como carnes, grãos, frutas e sucos. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que o acordo “concilia ampliação do acesso a mercados com a manutenção da capacidade do Estado de agir em setores sensíveis”. Já representantes da Noruega e da Islândia reforçaram que a iniciativa simboliza uma aposta na cooperação em um mundo “marcado por incertezas”. Próximos passos e expectativa com a União Europeia Para entrar em vigor, o acordo ainda precisa passar por trâmites internos em cada país, incluindo a aprovação do Congresso Nacional no Brasil. O governo também sinalizou que segue empenhado em avançar em outras frentes comerciais, como negociações com Emirados Árabes Unidos, Canadá, México e Índia. Paralelamente, há expectativa de que o aguardado acordo Mercosul-União Europeia seja finalmente aprovado ainda este ano, criando um mercado de mais de 700 milhões de pessoas. A ampliação de parceiros comerciais foi uma das recomendações em recente entrevista concedida pelo economista Ricardo Amorim à Revista Algomais. Ele sugeriu que o País fizesse o contrário do que é realizado atualmente pelo presidente Donald Trump, que tem dificultado os caminhos para o comércio internacional.
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