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Batalha do Casarão realiza seletivas em seis bairros e estreia categorias feminina e kids

Com oficinas, torneio de basquete, feira criativa e shows, evento gratuito celebra cultura hip-hop nas periferias do Grande Recife A 7ª edição da Batalha do Casarão já começou sua trajetória em busca de novos talentos do hip-hop nas periferias do Recife. Até 7 de agosto, o Instituto Iputinga Sociocultural (ISC) realiza seletivas gratuitas em seis bairros da Região Metropolitana, como Beberibe, Caxangá, IPSEP, Janga, Ibura e Várzea. As disputas são feitas em parceria com coletivos locais e definem os MCs classificados para a grande final, marcada para o dia 31 de agosto, no Casarão do Barbalho. “Queremos dar voz e visibilidade a quem rima nas praças e nos encontros de MCs das periferias do Recife e da Região Metropolitana”, afirma Wedlon Cláudio, organizador do evento. Além da tradicional Batalha de Rima, o evento estreia duas novas categorias: a Batalha de Rima Feminina e a Batalha de Rima Kids, para crianças de 8 a 13 anos. As inscrições para essas duas modalidades acontecem no próprio dia do evento. Os prêmios variam de R$ 300 a R$ 1.000, como incentivo à formação de novos talentos desde cedo. Outra novidade é o torneio de basquete 3x3, com inscrições abertas até 20 de julho via Instagram (@iputinga_sociocultural). As equipes devem doar 4 kg de alimentos no dia da competição, e o resultado da seleção será divulgado no dia 26. A programação da final promete transformar o Casarão do Barbalho em um verdadeiro festival de cultura urbana. Haverá live painting com 15 artistas convidados, feira de empreendedores locais, shows, oficina de rima e estrutura profissional de som, telão e iluminação. Com entrada gratuita, o evento tem incentivo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), por meio do Ministério da Cultura e da Prefeitura do Recife.

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Bootcamp Santander Code Girls abre 5 mil bolsas para formação de mulheres em tecnologia

Iniciativa oferece capacitação gratuita em computação em nuvem com tecnologia AWS; as 250 melhores participantes receberão certificação internacional e poderão disputar vagas na F1RST Com o objetivo de promover mais diversidade e inclusão no setor de tecnologia, o Santander, a empresa F1RST e a Amazon Web Services (AWS) lançam a 3ª edição do Bootcamp Santander Code Girls. O programa oferece 5 mil bolsas de estudo gratuitas voltadas exclusivamente para mulheres interessadas em aprender sobre computação em nuvem e DevOps. As inscrições estão abertas até o dia 3 de agosto pelo Santander Open Academy, sem exigência de conhecimento prévio ou vínculo com o banco. A trilha de aprendizagem, disponibilizada pela DIO (Digital Innovation One), aborda desde os conceitos básicos da AWS até práticas avançadas com ferramentas como Lambda, Kubernetes e automação de processos. Ao final do curso, as 250 alunas com melhor desempenho ganharão vouchers para realizar a prova de certificação oficial da AWS Cloud Practitioner e poderão participar de um processo seletivo para atuar como Analistas de Tecnologia na F1RST, em São Paulo. “Na F1RST, sempre incentivamos os colaboradores a acelerarem a carreira profissional, oferecendo treinamentos, certificações e capacitação de alto nível. Iniciativas como o Code Girls promovem a diversidade e impulsionam a participação de mulheres nas áreas de tecnologia e inovação, além de transformar as alunas em especialistas de programação”, afirma Richard Flavio da Silva, CEO da F1RST. A empresa já contratou mais de 40 analistas por meio do programa. Criado em 2021, o Code Girls já impactou mais de 14 mil mulheres em todo o país. A nova edição reforça o compromisso das instituições parceiras com a redução das desigualdades de gênero no setor. “O projeto atua como porta de entrada para transformar esse cenário, promovendo inclusão, diversidade e oportunidades para um setor que demanda profissionais preparados e inovadoras”, destaca Márcio Giannico, do Santander. Fabio Filho, da AWS, completa: “O Santander Code Girls é uma iniciativa transformadora que abre portas para mulheres na computação em nuvem e contribui para um setor de tecnologia mais inclusivo”. Serviço:Inscrições até 3 de agosto de 2025Link: https://c.dio.me/code-girls-2025Gratuito e aberto para todas as mulheres.

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OLAR PARA TODOS

Podcasts pernambucanos se apresentam ao vivo pela primeira vez no Let’s Geek

Pela primeira vez em Pernambuco, dois podcasts locais ganham palco e plateia em uma gravação ao vivo. Os programas “Olar para Todos” e “Pausa para o Café” se apresentam neste sábado (19), dentro da programação do Let’s Geek, evento gratuito realizado no rooftop do Shopping Tacaruna, das 16h às 22h. A entrada é livre mediante reserva de ingresso no site oficial. O “Olar para Todos”, comandado por Mateus Morais e Airton Santos (Sr. Aranha), abre a programação às 17h, com seu humor ácido e comentários sobre as últimas novidades do universo nerd, incluindo Quarteto Fantástico e Superman. Na sequência, às 18h30, é a vez do “Pausa para o Café”, com Rafael Melo e Hévila Mendes, professora e social media que traz uma perspectiva jovem e crítica sobre games, animes e cultura pop. A programação do Let’s Geek inclui ainda feira geek com marcas locais, mesa de RPG, partidas de TCG com a Liga Pokémon Recife, além de painéis, shows e concursos de cosplay. A iniciativa celebra a criatividade e a produção de conteúdo local, marcando um novo momento para a cena geek pernambucana ao aproximar criadores e público em um ambiente vibrante e interativo. Serviço Let’s Geek 19 de junho (sábado) Episódios ao vivo dos podcasts Olar para Todos e Pausa para o Café Rooftop do Shopping Tacaruna (Av. Gov. Agamenon Magalhães, 153 - Santo Amaro) Das 16h às 22h   Entrada gratuita, com ingressos no site https://eventos.besistemas.com.br/tacaruna/event/snop4ejojaxp39um/lets-geek-no-rooftop 

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imagem restauro

Prefeitura do Recife inicia restauração da imagem de Nossa Senhora da Conceição

Com investimento de R$ 117 mil, obra será executada por equipe especializada em metais e preservação histórica; escultura tem 120 anos e é símbolo de fé na Zona Norte. Foto: Vanessa Alcântara/Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife deu início, nesta quinta-feira (17), ao processo de restauração da imagem de Nossa Senhora da Conceição, localizada no Morro da Conceição, na Zona Norte da capital. A cerimônia de assinatura da ordem de serviço aconteceu no Santuário da Santa, com a presença do prefeito João Campos, do vice-prefeito Victor Marques, de Dom Paulo Jackson, arcebispo de Olinda e Recife, e do reitor do Santuário, Padre Emerson. O investimento para a realização dos serviços é de R$ 117.648,46, com prazo de conclusão previsto para 45 dias. A escultura de ferro fundido passará por manutenção geral e tratamento nos pontos de oxidação, com reavivamento da pintura e uso de materiais certificados, a fim de preservar a integridade da obra centenária. A responsabilidade técnica é da engenheira Regina Gaudêncio, que coordenará uma equipe de quatro profissionais e um consultor especializado em restauração de metais. Os trabalhos serão executados pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), com acompanhamento da Igreja. "Foi um compromisso firmado com a Igreja e agora, no tempo que eles solicitaram o início, vamos começar o restauro. É uma obra que será conduzida pela Prefeitura do Recife, contratando uma empresa especializada nesse serviço. Então, tem a manutenção da parte física, mas um restauro de uma obra de 120 anos que envolve uma parte histórica. Por isso a necessidade da equipe contratada ter essa especialização de restauro, que é também uma demanda da Igreja", afirmou o prefeito João Campos durante a cerimônia. Símbolo de devoção para milhares de fiéis, a imagem da Imaculada Conceição ocupa posição central na vida religiosa da cidade. "Essa imagem [da Nossa Senhora da Conceição] representa muito para todos os devotos. Em nossas palavras, gostaríamos de agradecer ao prefeito João Campos e ao vice-prefeito Victor Marques por ter acolhido esse pedido, que foi feito no período da festa do morro, e que estamos aqui para formalizar e dar todos os encaminhamentos hoje", declarou o reitor do Santuário, Padre Emerson.

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diabetes

O Brasil é um país de feridas: a negligência no cuidado com a diabetes

*Por Andrea Tavares A palavra que define boa parte da realidade de quem convive com a diabetes no Brasil é negligência. Não apenas pela falta de políticas públicas eficientes, mas também pela forma como muitos pacientes lidam com a própria saúde. A doença, que atinge mais de 13 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o que representa 6,9% da população nacional, carrega um peso silencioso: as lesões ocultas. Elas surgem nos pés, onde a perda da sensibilidade faz com que pequenas feridas se tornem portas de entrada para infecções graves, podendo levar à amputação. A cada 20 segundos, um pé é amputado por complicações da diabetes. É um cenário alarmante. Aproximadamente 25% dos pacientes diabéticos desenvolvem úlceras nos pés e 85% das amputações de membros inferiores ocorrem em pessoas com a doença, segundo o Ministério da Saúde, e o mais assustador é que a grande maioria poderia ser evitada com um simples acompanhamento. Mas as pessoas não têm o cuidado, mesmo com a informação, por isso é preciso conscientização.  Presenciei casos de pessoas que escondem lesões, até mesmo do seu cônjuge. O medo, a vergonha e a falta de orientação fazem com que muitos pacientes ignorem os sinais até que seja tarde demais. Pequenos machucados podem evoluir para infecções severas, que acabam levando à perda do membro. Isso não é uma fatalidade, mas uma consequência da falta de prevenção. Prevenir é sempre o melhor caminho. Praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável e evitar o tabagismo e o álcool são formas de reduzir o risco da doença. Para quem já foi diagnosticado, o acompanhamento médico e o cuidado com os pés são essenciais. Não podemos mais aceitar que tantas vidas sejam mutiladas por falta de informação ou medo de buscar ajuda. Com o espaço especializado para atender pacientes diabéticos e oferecer suporte integral, é necessário focar na prevenção, no tratamento e na educação. O trabalho multidisciplinar, com o cuidado de feridas e ostomias, acompanhamento nutricional para controle glicêmico e orientação para que os pacientes entendam a importância do autocuidado, é necessário para uma evolução no tema. O Brasil precisa deixar de ser um país de feridas. O primeiro passo é romper o silêncio, oferecer suporte e garantir que ninguém mais tenha que esconder uma lesão, muito menos perder parte do seu corpo por algo evitável. *Andrea Tavares é coordenadora do curso de Enfermagem da UniFBV Wyden

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Tatu do bem. FOTO Luiza Costa Easy Resize.com

Teatro infantil toma conta do Recife com fábulas, musicais e aventuras neste fim de semana

Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco apresenta quatro espetáculos únicos com ingressos acessíveis e sessões com Libras A terceira semana do 21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco (FTCPE) traz uma programação diversa e acessível para toda a família. Neste sábado (19) e domingo (20), os teatros do Parque e Barreto Júnior recebem quatro espetáculos infantis, com estilos que vão da fábula ao musical, passando pela palhaçaria e o teatro de aventura. Todas as sessões contam com interpretação em Libras, reforçando o compromisso com a inclusão cultural. No Teatro do Parque, a programação começa no sábado, às 16h30, com Cantigas de Fiar, montagem autoral da Companhia Fiandeiros de Teatro que trata da saudade com leveza e emoção. No domingo, no mesmo horário, entra em cena O Mágico de Oz, clássico adaptado pela Capibaribe Produções com direção de Roberto Oliveira. A história de Dorothy ganha nova vida com trilha musical e reflexões sobre coragem e amizade. Já o Teatro Barreto Júnior, no Pina, apresenta duas montagens. No sábado, às 16h, o público confere Tatu-do-Bem, uma aventura sertaneja e ambiental com tatus-bolas falantes e elementos da cultura nordestina. No domingo, no mesmo horário, a Trupe Arlequin (PB) apresenta A Batalha de Botas, uma fábula cômica e crítica sobre o que é ser civilizado ou selvagem, com inspiração em autores ibero-americanos e na tradição circense. Serviço – 21º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco📅 Quando: sábados e domingos até 27 de julho📍 Onde: Teatro do Parque (16h30) e Teatro Barreto Júnior (16h)🎫 Ingressos: R$ 20 a R$ 80 (meia-entrada disponível)🌐 Venda online: www.teatroparacrianca.com.br🎟️ Bilheteria: disponível nos teatros a partir das 15h, sujeito à lotação📸 Link para fotos de divulgação Meia-entrada para crianças a partir de 2 anos, estudantes, professores, idosos, autistas e acompanhantes, doadores regulares de sangue ou medula óssea (com documentação).

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Vila Padre Arlindo celebra expansão com programação especial de solidariedade e cultura

Primeira fase do projeto amplia estrutura, inaugura cinema 8D e marca os 50 anos do padre com ações sociais e shows em Tamandaré A Vila Padre Arlindo inaugura a primeira etapa de sua expansão entre os dias 18 e 20 de julho, com uma série de eventos que celebram os dois anos do espaço, os 50 anos do Padre Arlindo e o Dia da Solidariedade — feriado municipal em Tamandaré. A ampliação contempla a instalação de 30 lojas em um terreno de 4,5 hectares, e já apresenta novidades como o primeiro cinema 8D em um balneário do Nordeste e a chegada da franquia Chicken Town ao litoral pernambucano. Criada com o propósito de aliar desenvolvimento econômico e impacto social, a Vila segue dando forma ao sonho do Padre Arlindo, referência em mobilização comunitária na região. “Estamos muito felizes com o resultado. A Vila é algo que tem muito para crescer ainda. Além de movimentar naturalmente a economia, gerando mais de 300 empregos diretos e indiretos, ela dá vida ao litoral de Tamandaré e Carneiros. Sem contar na energia vibrante do padre, através dos projetos que ele desenvolve”, afirma Marcelo Alves, um dos sócios do empreendimento. A programação do Dia da Solidariedade contará com serviços gratuitos para cerca de 5 mil pessoas, oferecidos pelo Instituto Padre Arlindo. Haverá atendimentos médicos e odontológicos, emissão de documentos, exames preventivos, ações de beleza, atividades recreativas e educação para o trânsito com a Turma do Fom Fom. O encerramento da noite do sábado (19) terá Missa de Ação de Graças às 19h e shows com Almir Rouche, Benil, Anna Alves, Nena Queiroga e Dudu do Acordeon a partir das 20h. No domingo (20), às 10h, será realizado o sorteio de uma Moto Retrô (ano 2012), como ação solidária para custear o evento. Os bilhetes custam R$ 25 e podem ser adquiridos pelo WhatsApp: (81) 98318-9665. A segunda fase da expansão da Vila está prevista para dezembro de 2025, com novas lojas de variados segmentos. ServiçoInauguração da primeira fase da expansão da Vila Padre Arlindo📍 Onde: R. do Sesi, s/n - Campas, Tamandaré – PE📅 Quando: 18 a 20 de julho de 2025📲 Rifa solidária: (81) 98318-9665

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Governo regulamenta BR do Mar e aposta na cabotagem para reduzir custos logísticos

Decreto assinado por Lula fortalece indústria naval, incentiva transporte marítimo entre portos e estimula uso de embarcações sustentáveis O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que regulamenta o programa BR do Mar, voltado à ampliação da cabotagem no Brasil. A medida visa estimular o transporte marítimo de cargas entre portos nacionais, com expectativa de redução de até 60% nos custos logísticos, geração de empregos e fortalecimento da indústria naval. Hoje, a cabotagem representa 11% do volume transportado por navios no país, mas o governo aposta em seu crescimento nos próximos anos. A regulamentação, elaborada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, define critérios que facilitam o afretamento de embarcações estrangeiras — com incentivos maiores para navios sustentáveis — e promove o uso de estaleiros brasileiros para manutenção de frotas. A estratégia busca reduzir o frete em até 15%, segundo estimativas da Infra SA, o que pode representar uma economia anual de R$ 19 bilhões. Além disso, a navegação marítima reduz em 80% a emissão de gases de efeito estufa quando comparada ao transporte rodoviário. Para o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o programa traz impactos positivos para a economia nacional. “O programa tem o papel de reduzir os custos logísticos no país de 20% a 60%, potencializando, ainda mais, o setor portuário brasileiro”, afirmou. Ele ressaltou que o BR do Mar contribui para a agenda de descarbonização ao favorecer o transporte marítimo de contêineres entre portos como Suape (PE) e Santos (SP). A medida também foi celebrada por lideranças do setor produtivo e sindical. “Essa regulamentação irá fortalecer e tornar o programa BR do Mar mais equilibrado e mais justo para os trabalhadores e representa um passo muito importante”, avaliou Carlos Augusto Muller, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte Aquaviário. Já Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, destacou que os incentivos “assegurarão a competitividade da indústria naval brasileira” frente ao mercado internacional.

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Maioria dos brasileiros apoia retaliação comercial contra os EUA após tarifaço de Trump

Pesquisa revela que 66% defendem resposta do Brasil à taxação de 50% imposta por Washington sobre produtos nacionais A maioria da população brasileira é favorável a uma retaliação comercial do Brasil contra os Estados Unidos após a decisão do presidente Donald Trump de impor um tarifaço de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. De acordo com pesquisa do Instituto Realtime Big Data, 66% dos entrevistados defendem a aplicação de tarifas sobre produtos americanos como forma de resposta à medida adotada por Washington. O levantamento, realizado nos dias 14 e 15 de julho com 1.500 pessoas de todas as regiões do país, indica ainda que apenas 16% são contrários a qualquer forma de retaliação, enquanto 18% dizem depender do impacto da taxação. Além disso, 69% dos brasileiros afirmaram não concordar com a decisão de Trump, contra 31% que aprovaram a medida. A percepção sobre os efeitos econômicos da medida também foi investigada: 86% dos entrevistados acreditam que o Brasil sofrerá prejuízos, sendo que 45% esperam grandes perdas e 41% preveem impactos menores. Para 6%, a decisão dos EUA não trará consequências ao país, e 8% não souberam responder. Sobre as causas da crise comercial entre os dois países, os entrevistados se dividiram: 33% responsabilizam o governo dos Estados Unidos, 32% culpam a gestão brasileira atual, e 28% atribuem a responsabilidade ao governo anterior. Outros 5% acreditam que ambos os governos são igualmente responsáveis, enquanto 2% não atribuem culpa a nenhum dos lados.

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Ana Elizabeth Cavalcanti: "Vivemos numa sociedade incompatível com a vida humana"

A psicanalista Ana Elizabeth Cavalcanti, sócia do CPPL (Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem), faz uma análise contundente da crise de saúde mental no Brasil, apontando as raízes estruturais que adoecem o sujeito contemporâneo: hiperindividualismo, precarização do trabalho, colapso ambiental e culto à alta performance. Ansiedade, depressão, síndrome de burnout, compulsões, fobias. Esses sintomas têm se alastrado como uma epidemia silenciosa, atravessando faixas etárias, classes sociais e ocupações diversas. Mas o que há de comum nas causas desse adoecimento coletivo? Para a psicanalista Ana Elisabeth Cavalcanti, o problema não está nas pessoas, mas no sistema. “O capitalismo tardio, em sua versão neoliberal, criou um ambiente hostil à vida”, afirma. Na entrevista a seguir, Elizabeth traça conexões entre saúde mental, desigualdade, solidão, tecnologia e cultura da performance. E alerta: tratar os sintomas sem questionar o modelo de sociedade é como tentar conter um grande incêndio com baldes d’água. Com linguagem acessível e posicionamento firme, ela propõe que as saídas não sejam apenas individuais, mas comunitárias e políticas, pautadas no fortalecimento de vínculos, na solidariedade e na reconstrução de um ideal de bem-estar coletivo. Qual é o cenário base para explicar o avanço dos problemas de saúde mental que tem nos afetado com sintomas tão distintos? A gente está vivendo um capitalismo tardio que, do meu ponto de vista, é incompatível com a vida humana. Então, temos uma concentração de riqueza absurda e muitos em situação de vulnerabilidade extrema. Atualmente, o que importa é o lucro, é juntar muito dinheiro. Isso desfaz algumas condições que são indispensáveis para o ser humano, como a questão da solidariedade e das redes de apoio, que inclui família, amigos e também mecanismos sociais.  Hoje, infelizmente, nada é mais retrógrado do que pensar no estado de bem-estar social. Isso não significa que não haja pobres e ricos, mas significa que o estado deveria garantir o mínimo de bem-estar social, seja por meio de políticas públicas, seja por meio de políticas afirmativas ou de programas, como nós temos aqui com o Bolsa Família e o Pé de Meia. Por outro lado, dentro dessa mesma lógica, as pessoas foram “transformadas” em empreendedores de si mesmos. Muitas vezes, são pessoas em condições de miserabilidade, que vivem entregando coisas, atropelando-se nos sinais, voando com as motos e com as bicicletas, porque precisam produzir muito para ganhar pouco. Então, temos hoje esse fenômeno incrível que é o fato de 60% dos jovens abominarem a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]. Preferem ser empreendedores. É uma precarização absurda e que é englobada por esse discurso falacioso do neoliberalismo de que é mais importante empreender do que ter um trabalho com as suas garantias. Vivenciamos esse combate há muito tempo contra a CLT. Isso tem relação com o discurso de incentivo para o indivíduo “sair da zona de conforto”? A rigor, ninguém vive sem zona de conforto. Mas não estou falando de uma pessoa que é preguiçosa. É necessário ter sua zona de conforto, suas ilhas de conforto. Ninguém vive sem isso. É outra falácia.  É uma mensagem de que você não pode descansar, não pode ter seu momento de ócio criativo, nada disso é admitido. Aí, passam a existir apenas duas qualidades: consumidores e produtores. Duas coisas que estão interligadas porque para consumir é preciso ser produtivo.  Acho que a gente caminhou nesse sentido e chegará um momento em que vai surgir outra alternativa. Mas o que se desenvolveu é incompatível, vai surgir aí desse caldo alguma coisa diferente, mais compatível com a condição humana. Há um outro lado. A ideia de que é preciso dar sempre o máximo no trabalho. Quando a pessoa não suporta a pressão ou não atinge as metas incumpríveis, tudo isso é creditado ao indivíduo. Ninguém se pergunta se o que está ali em jogo é um sistema, uma exigência sobre-humana. Todo mundo vai dizer: “ah, isso aconteceu porque você não foi suficientemente competente, você não foi atrás dos seus objetivos; se você for atrás, se você fizer tudo, você vai alcançar os seus objetivos”.  Aliado a isso também, vivemos um período de exigência tecnológica que é imensa e que está corroendo a cabeça de muita gente, sobretudo das crianças, que não sabem mais esperar. Elas ficaram mais imediatistas, o mínimo de espera as torna completamente ansiosas. Não é uma patologia. Mas a criança vive pendurada numa tela, sendo bombardeada com informação de forma passiva, informações muitas vezes de que não dão conta. Daqui a pouco, elas não têm mais paciência de ler um texto de duas páginas porque estão habituadas a essas mensagens curtíssimas que você lê rapidamente. A gente tem o que poderia chamar de um ambiente extremamente hostil à vida humana. Quais são os efeitos no corpo de quem vive constantemente nessa situação de estresse? Existem as doenças chamadas psicossomáticas que são reumatológicas, alergias de todo tipo, gastrite, doenças autoimunes que têm tido um crescimento enorme. E há algo muito preocupante: o aumento exponencial do câncer que tem uma ligação com tudo isso, porque as pessoas não têm tempo de se alimentar, de fazer comida, só comem alimentos ultraprocessado porque são rápidos. Então, é muito contraditório porque a preocupação com a saúde e com o corpo ficou priorizada. Mas, acontece que a preocupação é com a performance, é produzir o máximo, é não envelhecer, é estar magro, é estar com o rosto todo harmonizado… É uma contradição estar se cuidando mas almejando um corpo performático, que não pode envelhecer, que não pode ter nenhum desvio.  É muito incrível porque a gente chama de cuidado, mas nisso entra a utilização de medicamentos, anabolizantes, ou seja, o que se chama de cuidado é voltado para a performance. É também fruto de muita angústia porque esses corpos que aparecem na internet com mil filtros são ideais inalcançáveis.  A exposição das redes sociais proporciona a comparação com esses modelos inalcançáveis? Eu acho que um dado dessa nossa cultura hoje é o oferecimento social de ideais que são inalcançáveis. Isso gera muita angústia. Ninguém vive sem ter ideais.

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