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Novo campus da UPE em Caruaru sairá do papel

Área de quase 59 mil metros quadrados foi declarada de utilidade pública pelo Governo de Pernambuco e receberá sede definitiva da universidade O Governo de Pernambuco declarou de utilidade pública dois terrenos às margens da BR-104, em Caruaru, para a construção do novo campus da Universidade de Pernambuco (UPE) na cidade. O decisão foi publicado no Decreto nº 58.746/2025, que informa que a área destinada à instituição é de quase 59 mil metros quadrados localizada ao lado do Centro Acadêmico do Agreste da UFPE, no início da Avenida Mariele Franco, consolidando a região como um polo educacional. Coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), em parceria com a própria UPE, a iniciativa representa um avanço histórico para o ensino superior no Agreste. O investimento estimado é de cerca de R\$ 15 milhões, com recursos assegurados pela Governo do Estado. Desde 2005, o campus Caruaru funciona provisoriamente em um imóvel alugado, sem sede própria. As tentativas anteriores de aquisição esbarraram em entraves técnicos e jurídicos. A secretária Mauricélia Montenegro destacou o impacto estratégico da nova sede. “A ciência e a educação não são promessas, são políticas públicas com território e prazo para acontecer. O novo campus posiciona a cidade como referência no mapa da inovação, do conhecimento e da formação de talentos no Agreste e em todo o território pernambucano”, afirmou. Com a posse dos terrenos, a UPE dará início ao projeto arquitetônico e à construção da sede definitiva. A reitora Socorro Cavalcanti comemorou a conquista. “A conquista de um espaço definitivo para o Campus da UPE em Caruaru atende a uma antiga demanda da comunidade acadêmica. Com as novas instalações, conseguiremos ampliar as nossas atividades, promover parceria e executar projetos direcionados ao ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação, com a integração de docentes, técnicos, estudantes e colaboradores”, disse.

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Recife firma parceria com Câmara Árabe para ampliar comércio internacional

Termo de cooperação será assinado durante seminário sobre oportunidades econômicas com países árabes A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, assina nesta quinta-feira (5) um termo de cooperação técnica com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A iniciativa será oficializada durante o Seminário Países Árabes – Conectando Pernambuco às Oportunidades Internacionais, promovido pela FIEPE no auditório da instituição, com foco em ampliar os laços comerciais entre a capital pernambucana e o mundo árabe. Segundo o secretário Carlos Andrade Lima, o acordo é resultado de articulações iniciadas em 2022 e coordenadas pelo Investe Recife, unidade da prefeitura voltada à captação de investimentos. “A assinatura deste termo de cooperação consolida os interesses comerciais mútuos e abre portas para a realização de feiras e eventos em geral, por exemplo. Estreitar essas relações comerciais significa diversificação tanto para a economia do Recife como para os empresários de origem árabe, ampliando nossas fronteiras de comercialização”, afirmou. O seminário contará com painéis dedicados à cultura de negócios dos países árabes, mercados islâmicos e oportunidades econômicas com foco regional. A proposta é criar um ambiente de troca e conexão entre investidores, empresários e autoridades, destacando o potencial de Pernambuco como parceiro estratégico no cenário internacional. Dados de 2024 da Câmara Árabe revelam que o Nordeste exporta US$ 874,6 milhões para países como Egito e Argélia, com produtos como açúcar e milho. No sentido inverso, a região importa fertilizantes, movimentando mais de US$ 2,1 bilhões. Especificamente em Pernambuco, o volume de exportações para Tunísia, Líbia e Mauritânia chegou a US$ 93,74 milhões — crescimento de 69,4% em relação ao ano anterior.

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Dia dos Namorados deve injetar R$ 209 por pessoa no comércio pernambucano

Levantamento da Fecomércio-PE aponta otimismo moderado entre lojistas e preferência dos consumidores por compras em shoppings O Dia dos Namorados promete movimentar o comércio em Pernambuco em 2025, com expectativa de gasto médio de R$ 209 por pessoa. De acordo com pesquisa da Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, 41,2% dos consumidores no estado pretendem celebrar a data. Presentes continuam sendo a principal forma de comemoração para 82,2% dos entrevistados, seguidos por saídas para bares e restaurantes (25%), jantares em casa (18%), viagens (10%) e shows ou baladas (3,6%). As compras devem se concentrar nos dias que antecedem o 12 de junho, com 57,4% dos consumidores planejando adquirir os presentes na mesma semana da celebração. Os shoppings lideram como canal de compra preferido, com 46,2% das menções, à frente do comércio tradicional (39,6%) e do e-commerce (14,2%). O cartão de crédito (55%) e o Pix (34,6%) devem ser os meios de pagamento mais utilizados. Roupas, perfumes, calçados, bolsas e joias aparecem entre os itens mais procurados. Embora o cenário seja favorável ao consumo, o empresariado pernambucano adota cautela na contratação de mão de obra temporária. Apenas 11,1% dos varejistas indicam intenção de reforçar suas equipes, percentual que sobe para 24,4% no setor de alimentação, especialmente nos estabelecimentos tradicionais (30,4%). Já nos shoppings, o índice cai para 9,5%. As ações de vendas mais mencionadas incluem uso de redes sociais (57,5%), incentivo às equipes (25,7%) e publicidade de rua (18,4%). A pesquisa indica uma expectativa média de crescimento de 11,7% nas vendas do varejo e de 13,2% no setor de alimentação. “O Dia dos Namorados é uma data muito importante para o comércio de bens, serviços e turismo e a pesquisa de sondagem de opinião da Fecomércio PE é uma ferramenta estratégica que ajuda o empresário a se preparar melhor, entender o comportamento do consumidor e planejar ações que atendam às expectativas do mercado neste período tão significativo para o varejo”, destacou Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE. O economista Rafael Lima, da Fecomércio-PE, complementa: “Muitos consumidores estão priorizando experiências mais acessíveis ou optando por não participar da data. Ainda assim, o desejo de presentear permanece elevado entre aqueles que irão comemorar, o que mantém espaço para movimentação no varejo, especialmente em segmentos como vestuário, cosméticos e acessórios”.

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Poluição dos rios e calor extremo lideram preocupações ambientais no Recife

Pesquisa revela percepção dos recifenses sobre impactos das mudanças climáticas na cidade A poluição dos rios e mares é o problema ambiental mais grave enfrentado pela população do Recife, segundo 43% dos moradores entrevistados pela pesquisa Viver nas Cidades: Meio Ambiente e Mudanças Climáticas 2025, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis e pelo Ipec. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (3), aponta ainda que enchentes e alagamentos (33%) e a poluição do ar e sonora (ambas com 32%) também preocupam os recifenses. Quando questionados sobre os efeitos das mudanças climáticas, a maioria dos entrevistados na capital pernambucana apontou o calor excessivo como o principal impacto. “Para mais de metade das pessoas, o calor excessivo é a principal consequência”, revela o estudo. Em contraste, apenas 8% mencionaram as enchentes e 1% destacaram o deslizamento de terras como efeitos relevantes. A pesquisa também avaliou o papel das prefeituras no enfrentamento da crise climática. No Recife, 82% da população acredita que os governos municipais devem agir ativamente no combate às mudanças do clima. Entre as ações mais esperadas estão a redução do uso de combustíveis fósseis no transporte público, o aumento das áreas verdes, a reciclagem e a compostagem dos resíduos sólidos. O controle do desmatamento e da ocupação de áreas de manancial também foi destacado por 45% dos recifenses. O levantamento abrangeu 3.500 pessoas em dez capitais brasileiras, incluindo Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Apesar das diferenças regionais, o calor extremo foi citado como a principal consequência das mudanças climáticas em nove dessas cidades. A exceção foi Porto Alegre, onde as enchentes lideram as preocupações da população. A iniciativa tem cofinanciamento da União Europeia e faz parte de um programa voltado ao fortalecimento da sociedade civil e dos governos locais na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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86% dos recifenses apoiam a reutilização de prédios abandonados para moradia

Segurança, infraestrutura e moradia acessível são pontos-chave para atrair novos moradores e recuperar prédios abandonados Apesar da atual degradação urbana, o centro do Recife ainda desperta interesse como opção de moradia. É o que mostra uma pesquisa do Núcleo de Inteligência de Mercado da UniFafire, que ouviu mais de 780 pessoas na Região Metropolitana do Recife. Embora 92% dos entrevistados não morem no centro e 68% afirmem não ter intenção de fazê-lo, 27% demonstraram disposição para viver na área central caso haja melhorias, especialmente em segurança e infraestrutura. Entre os fatores que afastam moradores estão a falta de segurança (43,75%), o ruído e a poluição (21,47%) e o alto custo de vida (17,66%). Por outro lado, a proximidade do trabalho e dos estudos (32,76%) e o fácil acesso ao transporte público (24,5%) são aspectos valorizados. Para atrair mais pessoas, 63% dos entrevistados apontam que melhorias urbanas são indispensáveis, enquanto 25% mencionam a importância de incentivos fiscais. Além disso, 41% se inscreveriam em um programa de moradia acessível no centro, e 86% apoiam a reutilização de edifícios abandonados. A pesquisa também investigou quais modelos habitacionais seriam mais bem recebidos. Apartamentos compactos lideram com 40% de preferência, seguidos por imóveis com uso misto — lojas no térreo e residências nos andares superiores — com 31%. Modelos alternativos, como coabitação e habitação social, também foram lembrados. A maior parte dos respondentes tem entre 18 e 31 anos, o que reforça a abertura do público jovem a formatos de moradia mais flexíveis e urbanos. “É urgente a necessidade do poder público em repensar o papel dos centros urbanos. A pesquisa sugere que existe interesse e abertura da população para habitar a área central da cidade, mas é fundamental que essa reocupação ocorra com segurança, infraestrutura de qualidade e modelos habitacionais acessíveis. A reutilização de edifícios abandonados, quando bem planejada, pode ser uma resposta concreta à crise habitacional e à degradação das áreas históricas”, observa o arquiteto e urbanista José Adriano Pereira, consultor da pesquisa e doutorando na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Lisboa. No entanto, a pesquisa aponta um alerta: 56% dos entrevistados nunca ouviram falar de políticas públicas para revitalização dos prédios abandonados nas áreas centrais. “É um número que acende um alerta sobre a importância de dar visibilidade às iniciativas públicas e fortalecer o diálogo entre governos, investidores e a sociedade”, afirma José Adriano. Para ele, o desafio é transformar o desejo em realidade. “O centro da cidade é desejado, mas ao mesmo tempo evitado. Para reverter esse quadro, é preciso investir em requalificação urbana, políticas de habitação acessível e incentivo à reutilização dos imóveis abandonados”, conclui.

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Sudene investe R$ 1 milhão em tecnologias sociais criadas por jovens do Nordeste

Edital Inova Juventudes apoiará até 5 projetos com foco em sustentabilidade, renda e cultura local A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) lançou, nesta semana, o edital Inova Juventudes, que vai destinar R$ 1 milhão para fomentar projetos inovadores liderados por jovens da sua área de atuação, especialmente em territórios vulneráveis como o semiárido, áreas rurais e comunidades tradicionais. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Secretaria Nacional da Juventude e visa fortalecer políticas públicas voltadas à juventude por meio de tecnologias sociais. Cada proposta selecionada poderá receber até R$ 200 mil. O edital está voltado para jovens pesquisadores vinculados a universidades e institutos federais, em parceria com organizações da sociedade civil. O objetivo é impulsionar soluções nas áreas de trabalho e renda, meio ambiente e produção sustentável, e cultura e economia criativa. As inscrições estarão abertas de 4 de junho a 20 de julho no site da Sudene. O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, destacou que o edital incorpora práticas construídas em diálogo com a sociedade civil. “Essa ação é resultado de uma parceria estratégica voltada para tornar as políticas públicas voltadas para as juventudes efetivas na nossa área de atuação e fruto de um diálogo com a SNJ, o Conselho Nacional da Juventude e os movimentos sociais. O edital fala para os desafios dos 13 milhões de jovens do Nordeste, especialmente os mais vulneráveis e busca incorporar tecnologias sociais a desafios escolhidos a partir desse diálogo”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Além do fomento financeiro, o edital promove a inclusão e a diversidade, priorizando propostas protagonizadas por jovens mulheres, negros, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e integrantes de povos tradicionais.

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“A filosofia que nos guia é investir nas pessoas, nos profissionais e no próprio negócio”

Marta Gama, Ranulfo Queiroz e Roberta Queiroz: Família empresária conta sua trajetória de sucesso ao atuar em setores tão diferentes como o agro e a revenda de automóveis. O ponto em comum na gestão das empresas é o nível de inovação tecnológica, seja nas técnicas de cultivo nas fazendas, seja por comercializarem veículos com alto grau de tecnologia embarcada. Uma família empresária que atua com êxito em duas áreas muito distintas: o setor agrícola e o de revenda de automóveis de luxo. Talvez o segredo desse sucesso seja a capacidade de ser versátil e de não temer as mudanças, quando são necessárias. O patriarca, José Ranulfo Queiroz, vem de uma estirpe de mais de 100 anos de atuação no tradicional setor de cana-de açúcar, com a Usina Salgado, próximo a Porto de Galinhas. Mas quando percebeu que a mão de obra ficou escassa com a ascensão de Suape, do turismo e do movimento imobiliário, arrendou as terras e foi ser um dos pioneiros a cultivar no Oeste da Bahia, numa sociedade com os cunhados. Ao mesmo tempo não se furtou a pegar a oportunidade surgida de entrar numa sociedade para revenda de automóveis Land Rover e Jaguar. O negócio cresceu, teve unidades em outros estados, mas quando observou que estava dispersando energia em muitas atividades, se desfez das concessionárias e ficou apenas com a Rota Premium, hoje revendedora da Volvo. Seus três filhos também entraram no negócio e mantêm a herança da inovação. Marta Gama é responsável pela parte comercial da revenda Volvo, Roberta Queiroz, pela área financeira da concessionária e das empresas agropecuárias. E Paula Queiroz, faz o marketing, além do filho Marcelo, que também atua nas empresas. Durante a pandemia, que proporcionou um período de reflexão, surge uma nova mudança: José Ranulfo e as filhas decidiram dissolver a parceria com os tios/cunhados nas fazendas, já que eles também tinham filhos e a sociedade começou a crescer muito. Hoje, a família exporta soja e algodão, cultivados no Oeste baiano, onde também plantam milho para produzir etanol.  Na Paraíba eles contam com uma fazenda de coco, mesma cultura que produzem numa outra fazenda no Rio Grande do Norte, onde também plantam cana, além de manterem a Rota Premium no Recife.  Nesta entrevista a Cláudia Santos, José Ranulfo e as filhas, Marta e Roberta, falam da gestão das empresas, dos investimentos em inovação e contam como conseguiram diversificar os negócios com bons resultados.  Além do mercado automobilístico, vocês atuam no agrícola. Como foi a trajetória das empresas da família? José Ranulfo – Minha família tem mais de 100 anos na área de cana-de-açúcar. Em Pernambuco, no ramo agrícola, temos a Usina Salgado, em Ipojuca, próximo a Nossa Senhora do Ó e Porto de Galinhas, que resolvemos fechar, mas arrendamos as terras a outras usinas. Em função do projeto do Suape e das atividades do turismo e imobiliária, que passaram a ficar muito fortes na região, a mão de obra ficou escassa para o serviço na agricultura. Eu ainda trabalho no agronegócio. Hoje, no Rio Grande do Norte, temos uma área de 5.500 hectares onde planto e beneficio cana para duas usinas, além de plantar coco.  Na Paraíba, também temos plantio e fornecimento de coco. Produzimos 700 toneladas por ano.  No Oeste da Bahia, trabalhamos com soja, algodão e vamos começar a produzir milho. Na Bahia, temos uma área grande, de 16 mil hectares. Há três anos, compramos outra fazenda lá e estamos ampliando. Esta da Bahia é uma empresa que criei, mas que não é mais minha, é das minhas filhas.  E o que o levou a empreender no Oeste da Bahia? José Ranulfo – Eu sou agrônomo. O que me levou para lá foi um projeto de muitos anos atrás chamado Proálcool. Eu tinha a ideia de produzir álcool lá. Mas alguns tentaram e não deram certo, não havia mão de obra. Quando fui para lá, em 1984, havia muitos gaúchos que foram arriscar plantar soja. Quando saí da cana e fui para lá, não entendia direito dessa cultura de soja, os gaúchos entendiam mais do que eu. Então, a gente se juntava e colaborávamos uns com os outros.  O gaúcho que plantava melhor tirava 30 sacos por hectare. Fizemos um grupo e criamos um projeto chamado Soja 100, “vamos tirar 100 sacos”. É difícil? É. É impossível? Não sei. Na verdade, na vida a gente tem que ter uma meta. Mas, agora, com irrigação, é possível tirar esses 100 sacos. A gente agora vai partir para os projetos de irrigação lá. É uma região que tem muita água. Tem o maior aquífero do Nordeste do Brasil. Um poço na região pode oferecer 500 mil litros por hora. Meus cunhados eram meus sócios nesses negócios, mas fizemos uma cisão na época da pandemia. A pandemia nos fez pensar em algumas coisas. Eles também já tinham filhos e achamos melhor fazer a cisão. Aí, fiquei só com meus filhos e o Rodrigo, marido de Marta, que trabalha com a gente também, de três anos para cá.  Como entrou no ramo de concessionária de automóveis? José Ranulfo – No mercado de venda de automóveis, entramos em 1994. Na época, um amigo meu queria montar uma revenda Land Rover, mas não tinha todo o capital necessário. Então, entrei com 50%, ele entrou com 30% e uma outra pessoa do Rio de Janeiro, com 20%. Abrimos a Rota Premium. Em seguida, comprei esses 20%, porque esse sócio teve dificuldades. No início, não era um negócio rentável, eram aqueles carros quadrados, pesados. Era um mercado muito restrito.  Depois, a Land Rover passou a fazer carros de luxo, Discovery, Freelander, o que fez o mercado crescer muito. As marcas Jaguar, Land Rover e Volvo eram da Ford. Então, a fábrica da montadora na Bahia nos procurou e, como já tínhamos uma concessionária em Barreiras, abrimos outra em Salvador. Depois, abri em João Pessoa. O negócio de concessionárias foi ficando muito grande, muito espalhado e resolvi diminuir. Então, vendi minha operação Land Rover dos três estados

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Inteligência artificial e inovação ajudam a reduzir custos e desperdícios na saúde

Ferramentas tecnológicas ampliam a eficiência de tratamentos e da gestão hospitalar, garantindo sustentabilidade econômica para clínicas e hospitais. *Por Rafael Dantas O uso de inteligência artificial e a inovação estão avançando nas terapias e na gestão dos diversos players do setor de saúde. Bom para o paciente, que passa a ter tratamentos mais precisos às suas necessidades, e também para a sustentabilidade econômica das empresas. Mesmo representando investimentos relevantes para o caixa dos hospitais e clínicas, a inserção de novas ferramentas tecnológicas tem conseguido reduzir os custos gerais de vários tratamentos, evitando os gastos com medicamentos, exames e procedimentos desnecessários. Muitas dessas novidades tecnológicas, inclusive desenvolvidas por empresas pernambucanas, foram apresentadas na feira Hospitalar 2025, realizada este mês em São Paulo. Diante dos desafios econômicos enfrentados após a pandemia – como a desestabilização da cadeia de suprimentos, inflação médica, juros elevados e maior demanda por atendimento – o setor de saúde suplementar encontrou nas novas tecnologias um aliado estratégico para sua recuperação. Segundo dados da Agência Nacional de Saúde, enquanto o terceiro trimestre de 2023 registrou um prejuízo operacional de R$ 5 bilhões, no mesmo período de 2024 o setor obteve lucro de R$ 4 bilhões, representando uma reversão de 180%. Esse desempenho revelou o papel decisivo da inovação na otimização de processos, redução de custos e ganho de eficiência na prestação de serviços. Para se ter uma ideia dos desafios financeiros do setor, uma pesquisa do Observatório de Oncologia, do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz e do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, revelou que o custo médio dos procedimentos para a terapia oncológica cresceu 400% em apenas quatro anos. De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o SUS pode gastar o montante de R$ 7,84 bilhões em 2040, apenas com o tratamento da doença. Uma das novidades apresentadas na Hospitalar 2025 foi o nascimento da empresa OncoAudit, que traz ao mercado uma nova plataforma com uso de IA que promete qualificar as terapias e reduzir custos. Com a capacidade de ler milhares de artigos científicos por segundo, a ferramenta permite ao médico compilar os dados mais recentes da pesquisa acadêmica para tomar as melhores decisões nos tratamentos. “A IA consegue analisar 500 mil artigos em 5 segundos. Para escolha de um plano de tratamento para um paciente é fundamental a agilidade. Há publicações acontecendo em todo mundo. Tecnologias ligadas a incorporação de drogas e outras medicações permitem dar ao médico condições de um arsenal melhor para aquele paciente”, afirmou Fabrício Colacino, sócio-diretor da OncoAudit. No lançamento da empresa OncoAudit, Fabrício Colacino apresentou a ferramenta que, com o uso de inteligência artificial, consegue analisar 500 mil artigos em 5 segundos e oferecer ao médico um plano de tratamento para seu paciente oncológico. Ele explica que a ferramenta, em seus três anos de desenvolvimento, teve como princípio dar o melhor remédio para o paciente, independentemente do valor. Na aplicação, com o uso da IA, uma descoberta foi que a melhor medicação nem sempre era a mais cara. “Identificamos que não faltava dinheiro, mas organização e otimizar o recurso, tirando o desperdício”. Na prática, ao final de um atendimento, diante do prontuário do paciente, dos protocolos utilizados pelo hospital e do compilado do conhecimento científico mais moderno, a plataforma oferece a indicação do tratamento oncologicamente baseado em evidências. Colacino relatou um case, de uma operadora de plano de saúde, com 1.300 pacientes oncológicos, que após três anos com o uso dessa ferramenta evitou o desperdício de R$ 75 milhões. “Se não fosse a plataforma, seria um dinheiro gasto, com remédio de alto custo, que iria para a veia do paciente, sem dar qualidade de vida ou sobrevida maior”. Além da redução de custos diretos, ele relata que com a adoção da tecnologia baseada em evidências não houve nenhuma judicialização. Outra novidade apresentada pela empresa durante a feira Hospitalar foi a nova plataforma de inteligência artificial da MV Saúde Digital, que tem sede no Recife. A tecnologia, batizada de MaVi, é uma solução que já vinha sendo testada em alguns clientes e agora chega ao mercado com promessas ambiciosas. Além de apoiar decisões clínicas e administrativas, a ferramenta tem potencial também de reduzir significativamente os custos no setor. Jeferson Sadocci, diretor Corporativo de Mercado e Cliente, destaca que a MaVi atua de forma transversal nas instituições de saúde, sendo capaz de interagir com diferentes áreas, como a assistencial, o faturamento e o financeiro. Um dos exemplos citados foi o uso da IA para transcrever automaticamente consultas médicas e sugerir condutas clínicas com base em protocolos. “Ela expurga os dados irrelevantes e estrutura as informações no prontuário, otimizando o tempo do profissional e evitando retrabalho”. Jeferson Sadocci afirma que a MaVi é uma plataforma de IA que apoia decisões clínicas e administrativas, e que, ao transcrever consultas e preencher prontuários, permite ao médico ter mais tempo para escutar o paciente. A transcrição das consultas, com o preenchimento do prontuário pela ferramenta, tem sido destacada por profissionais do setor como um suporte à maior humanização do atendimento. Isso porque, como o médico não perde tempo digitando os dados dos pacientes ou as prescrições de exames e medicamentos, ele pode “olhar no olho” da pessoa atendida e ouvi-la com mais atenção. Além da assistência, a plataforma também pode ser usada por gestores para identificar gargalos no faturamento e analisar o fluxo de caixa, oferecendo uma visão estratégica que contribui para uma gestão mais eficiente. “Nosso objetivo não é apenas controlar custos mas eliminar desperdícios que, hoje, são o verdadeiro desafio da saúde”, disse o executivo. Segundo o estudo Casos Públicos de Uso de Inteligência Artificial no Setor de Saúde, publicado pela PwC Brasil, 58% dos executivos relatam que a IA generativa resultou em ganhos de eficiência no uso do tempo dos funcionários. Além disso, 34% dos CEOs do setor no País identificaram aumento na receita e 31% na lucratividade. TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA O SUPORTE AOS HOSPITAIS E CLÍNICAS Com o crescimento do uso de tecnologia nos hospitais, aumentou também

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Bicicletas reduzem demanda por ônibus e impactam o transporte urbano

Estudo mostra que cada nova bicicleta pode substituir até 52 passagens mensais no sistema coletivo e revela efeitos econômicos e ambientais O uso crescente de bicicletas tem transformado a mobilidade urbana e reduzido a demanda pelo transporte coletivo, segundo estudo conduzido por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). A pesquisa apontou que cada nova bicicleta em circulação resulta na retirada de até 52 passagens mensais do sistema de ônibus. O fenômeno está associado principalmente a reajustes na tarifa do transporte público e ao aumento do preço dos combustíveis, dois fatores que estimulam a migração para meios alternativos de locomoção. A infraestrutura cicloviária também exerce forte influência nesse comportamento. A cada R$ 0,10 de aumento na passagem, surgem 1.068 bicicletas a mais. Quando o combustível sobe esse mesmo valor, outras 1.520 bicicletas entram em circulação. Já a construção de cada novo quilômetro de ciclovia corresponde ao acréscimo de 333 bicicletas. Os dados foram obtidos a partir da análise de um intervalo de dez anos, entre 2010 e 2019, com base em informações oficiais sobre transporte público e aquisição de novos modais. “A sustentabilidade é uma prioridade máxima para as administrações municipais, especialmente nos grandes centros urbanos, onde parcela significativa dos habitantes depende do transporte público. Devemos nos lembrar, no entanto, que os sistemas municipais de transporte enfrentam diversos desafios, incluindo disponibilidade, desempenho, segurança, conforto e valor da tarifa. Do outro lado, as bicicletas, apoiadas por incentivos públicos em razão de seu apelo ambiental, competem com o transporte público”, afirma Luis André Fumagalli, pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR. A troca do ônibus pela bicicleta, segundo os pesquisadores, tende a ser definitiva. Usuários que fazem essa transição dificilmente retornam ao transporte coletivo, exceto em condições climáticas extremas. A comparação com outros veículos também é significativa: um novo carro equivale à perda de 25 passagens mensais, enquanto cada motocicleta corresponde a 201 passagens a menos. O cenário aponta para uma mudança estrutural no padrão de mobilidade, com impactos diretos na receita dos sistemas públicos de transporte. Fumagalli destaca que os dados levantados devem orientar o planejamento urbano. “As bicicletas estão absorvendo consideravelmente os passageiros do transporte público e, conscientemente ou não, a administração da cidade vem contribuindo para essa tendência por meio de investimentos em ciclovias dedicadas, serviços de compartilhamento de bicicletas elétricas e bicicletários no centro da cidade”, comenta. A pesquisa foi publicada na revista científica Journal of Infrastructure, Policy and Development. ServiçoA pesquisa completa está disponível em: https://systems.enpress-publisher.com/index.php/jipd/article/view/5452

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Autores pernambucanos marcam presença na Bienal do Livro Rio 2025

Evento reúne talentos da literatura de Pernambuco em bate-papos, sessões de autógrafos e encontros com leitores A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho no Riocentro, recebe uma delegação pernambucana de peso. Os autores Fernanda Castro, Mirela Paes, Maria Anna, Lair Sabóia, Lucas Santana e Adri Luna participam da programação oficial com debates, sessões de autógrafos e encontros com o público. A presença do grupo reforça a diversidade da literatura produzida no estado, com obras que transitam entre fantasia, romance, horror, literatura infantil e inclusão. A escritora Fernanda Castro, conhecida por obras de fantasia como O Fantasma de Cora, Lágrimas de Carne e o recente Mariposa Vermelha, estará em três momentos distintos na Bienal do Livro Rio 2025. No dia 18/06, participa do bate-papo “Romantasia: Romances que desafiam mundos”, às 17h, no palco Apoteose Shell, seguido de sessão de autógrafos. No dia 20/06, retorna ao evento no estande da Skeelo para a conversa “Raízes Fantásticas”, às 14h, também com sessão de autógrafos. Além disso, poderá ser encontrada na área da Suma, no estande da Companhia das Letras, entre os dias 19 e 22 de junho, sempre à tarde. Mirela Paes, autora de romances protagonizados por mulheres fortes e apaixonadas, participa no dia 20/06, às 14h, do bate-papo “O autor 360: Da escrita à venda”, no estande da Amazon Kindle. Além disso, estará presente todos os dias da Bienal às 11h e às 15h, em frente ao mesmo estande, para encontros com leitoras e criadores de conteúdo. A autora pode ser acompanhada nas redes sociais pelo Instagram @mirelapaes e TikTok @mirelapaes_. Lair Sabóia, doutora em Ciências e pesquisadora da neurodivergência, une sua expertise acadêmica à literatura infantil. No dia 18/06, das 10h às 11h, apresenta a contação “O mundo de Tito” na Areninha, voltada ao público infantil e educadores. No dia seguinte, das 11h às 13h, recebe leitores para autógrafos. Já no dia 20/06, das 13h às 15h, volta a autografar e, logo depois, conduz nova contação de história com o tema do luto infantil, com base em Gelinho no coração, também na Areninha. Lucas Santana, biólogue e autor queer do Nordeste, traz à Bienal sua literatura de horror e fantasia inspirada no cotidiano. Participa de bate-papo no estande da Skeelo no dia 16/06, às 14h, sobre “Narrativas góticas e sobrenaturais”, seguido por sessão de autógrafos. No dia anterior, 15/06, estará à tarde e à noite no estande da Taverna do Rei recebendo leitores. Elu é autor de Sangue Raro, O silêncio do mangue, Fruto podre, entre outros títulos, e também escreve para revistas e antologias. A escritora Adri Luna, que mistura romance, intensidade e mistério em suas tramas, terá sua sessão oficial de autógrafos no dia 14/06, às 14h, no estande da Ler Editorial. Também estará presente nos dias 13, 14 e 15/06 para encontros com leitoras, com direito a brindes e abraços. Seus livros são marcados por personagens intensos e histórias viciantes, que envolvem mafiosos e mocinhas destemidas. Maria Anna, autora de romances, livros de contos, infantil e assessora de comunicação editorial, também participa da Bienal. Todos os dias do evento, às 11h e às 15h, estará em frente ao estande da Amazon Kindle para conversar com leitoras e criadores de conteúdo. A autora já foi indicada duas vezes ao Prêmio Strix e se destaca por obras que misturam afeto, magia e encantamento. Serviço:Bienal do Livro Rio 2025📅 De 13 a 22 de junho📍 Riocentro – Zona Oeste do Rio de Janeiro🔗 Programação completa: site oficial da Bienal

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