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Paulo Leminski ganha mostra imersiva em Porto no ano de seu centenário

Exposição gratuita “Múltiplo Leminski” revela as diversas facetas do multiartista brasileiro com acervo inédito e ambientações sensoriais O Instituto Pernambuco Porto Brasil recebe, até 23 de maio, a exposição Múltiplo Leminski, que marca os 80 anos de nascimento de um dos artistas mais inventivos do Brasil. Com entrada gratuita, a mostra apresenta uma imersão sensorial na vida e na obra de Paulo Leminski (1944–1989), poeta, compositor, crítico e pensador cultural que atravessou linguagens com originalidade e lirismo. Após passar por mais de 15 cidades, incluindo Lisboa, Braga e Roma, a exposição chega a Porto com novo fôlego, reafirmando a força contemporânea do autor. Dividida em ambientações interativas, a exposição reúne manuscritos, documentos pessoais, fotografias, vídeos, trilhas sonoras e instalações cênicas. O visitante é convidado a caminhar por um percurso sensorial que revela tanto a trajetória artística quanto os aspectos íntimos de Leminski, num convite ao mergulho poético. A proposta é apresentar a multiplicidade de um criador que soube unir crítica e sensibilidade em uma linguagem profundamente brasileira e universal. “Receber essa exposição em Portugal é mais do que celebrar um nome fundamental da cultura brasileira. É afirmar pontes culturais entre países irmãos e permitir que o público português conheça mais de perto a inventividade de Leminski", afirma Marina Buarque, coordenadora do Instituto Pernambuco Porto Brasil. A mostra reforça o intercâmbio entre Brasil e Portugal em um momento especial: Leminski será o autor homenageado da Flip 2025, que acontece em julho na cidade de Paraty. Com curadoria dinâmica e linguagem acessível, Múltiplo Leminski reforça o legado de um artista que influenciou gerações e permanece atual. A iniciativa é uma realização do Instituto Paulo Leminski, com apoio de instituições culturais no Brasil e em Portugal, consolidando-se como referência em exposições sobre literatura e memória cultural. ServiçoExposição Múltiplo Leminski📍 Instituto Pernambuco Porto Brasil – Rua das Estrelas, 143. Campo Alegre – Porto/PT. C.P. 4150-762📅 24 de abril a 23 de maio de 2025🕒 Segunda a sexta: 10h30 às 13h e 14h às 18h (fechado aos fins de semana e feriados)📞 +351 226 008 224 / +55 41 99674-0243📲 @institutopernambucoporto / @pauloleminskioficial🌐 institutopernambucoporto.pt | multiploleminski.com.br🎟 Entrada gratuita

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Festival Recife Coffee movimenta economia criativa e impulsiona mercado de cafés especiais em Pernambuco

Comemorando 10 anos, evento reúne 39 cafeterias e espera atrair mais de 200 mil pessoas, fortalecendo negócios locais e cadeias produtivas sustentáveis. Foto: Filipe Ramos Com uma década de história, o Recife Coffee chega à sua 10ª edição consolidado como um dos maiores festivais de cafés especiais do Brasil e uma vitrine potente para o setor de economia criativa em Pernambuco. Este ano, o evento acontece de 4 de maio a 8 de junho, reunindo 39 cafeterias autorais do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Taquaritinga do Norte e Gravatá — cidades que vêm se destacando na cena do café especial no Nordeste. Durante o circuito, todas as cafeterias participantes oferecem a “sugestão do barista”, que inclui café especial, salgado e sobremesa, por R$ 41,90 — mesmo valor do ano passado, apesar da alta dos insumos. A decisão é estratégica e simbólica: manter o preço é garantir o acesso do público e preservar a essência do festival. “A ideia é ampliar o alcance, ‘furando a bolha’ e levando o universo do café especial para todos”, afirma Lidiane Santos, presidente da Associação de Cafeterias de Especialidades de Pernambuco (ASCAPE), organizadora do evento. O impacto econômico é significativo. A expectativa da ASCAPE é de um crescimento de 15% no número de visitantes em relação a 2024, com mais de 200 mil pessoas circulando pelas cafeterias. Além disso, o setor de cafés especiais em Pernambuco deve crescer cerca de 10% este ano, impulsionado por eventos como o Recife Coffee, que fortalece negócios locais e promove práticas sustentáveis na produção de grãos com rastreabilidade e alto padrão sensorial. A abertura do festival será marcada pelo evento “Café na Rua”, no dia 3 de maio, na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, com degustações gratuitas, feira de artesanato, palestras, shows e concurso de latte art — tudo gratuito e aberto ao público. “O Recife Coffee, além de ter como objetivo divulgar o café especial, é também uma oportunidade da cafeteria se tornar mais conhecida e aumentar sua receita, consequentemente”, destaca Ane Wink, vice-presidente da ASCAPE. Serviço | Recife Coffee 2025📅 Abertura: 03/05, das 9h às 17h, na Av. Rio Branco (Recife Antigo)📆 Festival: 04/05 a 08/06/2025💰 Valor da sugestão do barista: R$ 41,90 (café + salgado + sobremesa)🔎 Mais informações: @recifecoffeeoficial CAFETERIAS PARTICIPANTES (e as Sugestões dos Baristas) GRAVATÁ Arte Café Sugestão do barista: Latte - café espresso com leite vaporizado; Croque Monsieur -camadas de pão recheado com peito de peru e queijo parmesão, coberto com molho bechamel; e Choux cream - massa francesa de crosta fina, recheada com creme de baunilha e finalizada com mousse de caramelo salgado. Serviço: Rua Cleto Campelo, 210 – Gravatá. Seg, das 14h às 22h, e qua a dom, das 14h às 22h. Contato: 81 3533.3452 e @artecafe_oficial JABOATÃO DOS GUARARAPES Fridda Café Sugestão do barista: capuccino com Tulla Café, variedade Geisha, com notas de caramelo, melaço, chocolate e acidez cítrica; Autêntica Muffuletta de New Orleans - Pão American Bread com muçarela, presunto, provolone e peito de peru defumado, abraçados por uma Relish com azeitonas pretas e verdes, pimentões vermelhos, pepino em conserva, pimenta do reino, suco de limão siciliano e azeite extra virgem; e coleção de quatro mini brownies, com coberturas de pistache, floresta negra, limão e Kit Kat. Serviço: Rua Antônio Ferreira Campos, 4366, Candeias. Seg a sex, das 10h às 21h, sáb, das 9h às 21h, e dom, das 8h às 20h. Contato: 81 98204.0237 e @friddacafe Nouve Sugestão do barista:  capuccino italiano; docaccia da casa recheada com pesto de tomate seco, muçarela fresca, copa, mortadela italiana, basílico e azeite; e bolo intenso de chocolate nobre meio amargo, acompanhado de crumble de paçoca, ganache de chocolate meio amargo e finalizado com flor de sal. Serviço: Av. Bernardo Vieira de Melo, 3310, Piedade. Ter a sáb, das 14h30 às 20h, e dom, das 16h30 às 20h. Contato: 81 99735.8176 e @nouve.cafe RECIFE 81 Coffee co.  Sugestão do barista: Iced Cookie Latte - leite cremoso, saborizado com xarope de cookies e um duplo shot de espresso; Crispy Chicken Toast - tosta de focaccia com pesto de salsa, rúcula fresca, frango empanado na Panko, queijo mussarela maçaricado e tomates assados; e Cheesecake Brownie - base de brownie com cacau black com cobertura de cheesecake. Serviço: Rua das Creoulas, 55 A – Graças. Ter a Sex, das 12h às 20h, e sáb e dom, das 9h às 20h. Contato: 81 99236-0808 e @81coffeeco A Vida é Bela Café Sugestão do barista: Mocha chocolate branco - leite vaporizado, dose de espresso e gotinhas de chocolate branco no fundo da xícara; Pão de alho do Consulado - pão caseiro com recheio de creme de queijo adocicado, manteiga de alho e pedacinhos de bacon; e cupcake pistache - bolinho fofo com pistache, recheio de chocolate branco e cobertura de brigadeiro de pistache. Serviço: Rua Francisco Lacerda, 394 – Várzea. Ter a sex, das 14h às 20h, e sáb e dom, das 13h às 20h. Contato: 81 97334.2024 e @avidaebela.cafe Aurora Café Sugestão do barista: cappuccino clássico italiano; sanduíche de lombo canadense -Pão Recife generosamente recheado com lombo canadense, maionese de hortelã, geleia de abacaxi e rúcula; e cheesecake de abacaxi. Serviço: Praça do Arsenal da Marinha, 91 – Museu Paço do Frevo, Recife Antigo. Ter a sex, das 10h às 18h30, e sáb e dom, das 11h às 19h. Contato: @auroracafe.recife Borsoi Café Sugestão do barista: Café filtrado Brasilidade - doce e tropical, direto de Piatã (BA); Ciabatta recheada com mortadela, pesto de Pistache e creme de alho poró; e bolo de chocolate molhadinho com calda de chocolate 70% e mousse de queijo. Serviço: Rua Artur Muniz, 82 – Loja 5, Boa Viagem (Edf. Califórnia). Ter a dom, das 8h às 20h. Contato: 81 3071.6834 e @borsoicafe Café com dengo Sugestão do barista: café filtrado no Koar com notas sensoriais de frutas cítricas, caramelo e chocolate; Sanduíche Pururuca - pão francês com crosta crocante de queijo parmesão recheado com fraldinha na chapa, queijo muçarela, maionese da casa, cebola crispy e rúcula; e Bolinho de Tangerina - três camadas de massa de tangerina, intercaladas com brigadeiro branco e um delicioso curd de tangerina, além

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CULTURAL LIVRARIA Giulliana Lucena E

CULTURAL Livraria e Cafeteria é inaugurada em Caruaru com programação dedicada à reflexão

Novo espaço une livros, cinema e cafés especiais em ambiente que estimula o debate e a formação cultural. Foto: Giulliana Lucena Caruaru ganha, a partir deste sábado (26), um novo ponto de encontro para amantes da leitura, do cinema e dos cafés especiais. A CULTURAL Livraria e Cafeteria abre as portas na Av. Assis Chateaubriand, nº 131, no bairro Maurício de Nassau, com uma proposta que vai além da comercialização de livros: será um centro de estímulo ao pensamento crítico, à convivência e ao diálogo. O espaço funcionará das 15h às 21h e traz uma intensa programação cultural até o fim de maio. Idealizada por Rita Valença, barista e delegada de Polícia Civil aposentada, a CULTURAL oferece um acervo focado em Filosofia, Sociologia, História, Política e Literatura. “A nossa proposta é oferecer ao público um espaço de encontros onde as ideias circulam livremente, gerando debates que atravessam o tempo e enriquecem nossa compreensão de mundo. Mais do que uma livraria, a CULTURAL nasce como um centro de fomento à leitura, à reflexão e ao diálogo”, afirma Rita. Um dos destaques do novo espaço é o cine-auditório Advogada Janice Valença, onde serão exibidos filmes e documentários, além de abrigar debates, clubes de leitura e palestras. A cafeteria, por sua vez, promete encantar os paladares com cafés especiais preparados com técnicas artesanais e um cardápio assinado por uma gastrônoma convidada. A experiência sensorial é parte essencial da proposta do local. A programação de abertura já começa no domingo (27), às 15h, com a exposição “Democracia Brasileira em Exposição: Memórias e Reflexões sobre o Golpe de 1964”, em parceria com o Instituto Cultural Maiêutica. No mesmo dia, será realizado um debate com a participação do sociólogo Edival Nunes da Silva Cajá, da jornalista Tâmara Pinheiro e do professor Dr. Manoel Morais, que também autografará sua mais recente obra sobre a transição democrática e os crimes da ditadura. ServiçoInauguração da CULTURAL Livraria e Cafeteria📍 Av. Assis Chateaubriand, 131-A, Maurício de Nassau – Caruaru📆 Sábado, 26 de abril🕒 Das 15h às 21h📞 Informações: (81) 3046-2808

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Uma rota para revitalizar o Centro do Recife

O Centro do Recife na Rota do futuro propõe a revitalização da região central da cidade, a partir do resgate da habitação e da vitalidade urbana e econômica O Centro do Recife, como o de muitas capitais brasileiras e mundiais, foi sendo fragmentado ao longo das décadas. Um verdadeiro processo de envelhecimento das cidades que, como um quebra-cabeça antigo, suas peças foram se desconectando em meio às inúmeras mudanças econômicas e sociais que o município atravessou. O esforço de reconectar esse território nasce com a concepção de um plano que é de longo prazo mas que, nos últimos meses, já conseguiu vitórias importantes. Algumas ações já têm resultados reais e concretos, enquanto outras apontam para uma regeneração dos bairros centrais nos próximos anos com horizonte em 2037, marco dos 500 anos da fundação do Recife. Nas últimas décadas, por diferentes motivos, a cidade também perdeu algumas peças que foram atividades econômicas e se deslocaram para edifícios empresariais em outros bairros em ascensão. Parte do lazer de rua e mesmo do comércio foi reposicionado nos shoppings. A falta de estacionamento e a fuga dessas empresas levou também à saída de moradores. Associado a essas peças perdidas, diversos problemas de controle urbano, de mobilidade e, especialmente, de segurança combinaram em um incômodo cenário de abandono. Desde a criação do Recentro – o Gabinete do Centro do Recife – há uma série de iniciativas que aponta para a remontagem desse quebra-cabeças que estão ancoradas no recém-lançado plano estratégico de desenvolvimento para a área central do Recife, O Centro do Recife na Rota do Futuro. O documento foi desenvolvido em parceria pelo Recentro, pela Aries (Agência Recife para Inovação e Estratégia) e pelo ICPS (Instituto da Cidade Pelópidas Silveira). “Nesse processo participativo, usamos diversos instrumentos para garantir que a escuta fosse plural, como é a cidade. Fizemos reuniões com a instância de governança do Recentro, com universidades, com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), com representantes da cultura e com outros diversos atores estratégicos. Também realizamos uma pesquisa de percepção, tanto presencial quanto online, que teve mais de 12 mil respostas. Com isso, conseguimos mapear as dores, os desejos, os potenciais e a visão de futuro que as pessoas têm para o Centro do Recife”, afirmou Mariana Pontes, diretora-presidente da Aries. "Fizemos reuniões com universidades, com a CDL, com representantes da cultura e outros atores, e uma pesquisa de percepção que teve mais de 12 mil respostas. Conseguimos mapear as dores, os desejos, os potenciais e a visão de futuro que as pessoas têm para o Centro do Recife". Mariana Pontes A estratégia de revitalização, segundo Mariana, está ancorada no conceito “Habitar o Centro”. Essa visão propõe não apenas o retorno das moradias à região mas, também, o resgate da vitalidade urbana e econômica por meio de uma ocupação multifuncional, com circulação de pessoas ao longo do dia e oferta diversificada de serviços. Para isso, o plano se sustenta em três pilares: dinamização econômica, desenvolvimento sociocultural e resiliência ambiental.  Na prática, o plano se desdobra em programas e projetos que traduzem esses eixos em ações concretas. Entre os destaques estão o Centro para Morar, que incentiva a habitação na área central; o Centro Inclusivo, voltado à equidade no uso do espaço urbano; e o Centro Histórico Dinâmico, que valoriza o patrimônio com novas funções. Outros programas incluem o Centro Seguro, focado na segurança, o Centro em Movimento, com foco na mobilidade, e o Centro Parque Resiliente, que integra soluções ambientais à paisagem urbana. Esse quebra-cabeça não é composto apenas pelo Bairro do Recife, que já tem um processo mais acelerado de recuperação desde a chegada, décadas atrás, do Porto Digital e de empreendimentos mais recentes, como o Moinho Recife. Mas o desafio de regeneração contempla a ilha de Antônio Vaz e parte do também histórico bairro da Boa Vista. Ciro Pedrosa, gerente de projetos da Aries, explicou ainda que além da escuta popular e dos diversos estudos já realizados sobre esse território, o plano levou em consideração também a experiência de outras cidades que enfrentam o mesmo problema de esvaziamento e decadência dos seus centros urbanos. “É o que a gente chama no plano de benchmarking, que é o olhar para outras cidades. Estudamos casos como o do Rio de Janeiro, que teve o processo de revitalização da região central, principalmente da área portuária. Olhamos também para a cidade do Porto, em Portugal, para Nantes, na França. A ideia era justamente ver o que essas outras cidades fizeram e fazem com suas áreas centrais para inspirar aqui o nosso desenho de estratégia para o Centro do Recife”.  "Estudamos o Rio de Janeiro, que teve o processo de revitalização da região central, principalmente da área portuária. Olhamos também para Porto, em Portugal, e Nantes, na França. A ideia era ver o que essas cidades fizeram e fazem para inspirar nossa estratégia." Ciro Pedrosa Uma das gratas surpresas desse processo de escuta popular foi o desejo forte de metade da população (49,4%) de morar no Centro, caso houvesse oferta de moradia. Quando questionados o que mais esperavam do futuro dessa região, 87% responderam que desejavam que fosse mais segura e limpa.  O QUE JÁ ESTÁ EM TRANSFORMAÇÃO O plano indicou dois caminhos para alcançar a reestruturação do Centro, que  já apresentam resultados visíveis. Um deles é a reabilitação urbana (por meio da preservação e requalificação de áreas antigas, integrar o território às dinâmicas contemporâneas, sem perder sua identidade histórica e cultural) e a dinamização econômica (a partir do “fortalecimento, diversificação e modernização das atividades econômicas no Centro do Recife”). Um dos marcos desse processo foi a Lei do Recentro que, além de criar o Gabinete, oferecia redução ou isenção do IPTU e outras taxas para quem recupera imóveis no Centro. No início, havia burocracias que dificultavam o acesso ao incentivo fiscal. Porém, mudanças foram introduzidas que facilitaram esse acesso. Quatro anos após o lançamento da lei, a secretária Ana Paula Vilaça já apresenta resultados desse esforço, como ter conseguido aprovar 37 obras de restauros em

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Foto Bruno Spada Camara dos Deputados

Obra de J. Borges ocupa o Congresso Nacional em homenagem feita pelo Governo de Pernambuco

Exposição no Salão Negro reúne xilogravuras, cordéis e matrizes do mestre de Bezerros, ícone da cultura nordestina. Foto: Bruno Spada A força da arte popular pernambucana chegou ao coração do poder legislativo do Brasil. Com curadoria inédita do Governo de Pernambuco, foi aberta nesta quarta (23) no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília, a exposição J. Borges: Poesia e Arte, que celebra o legado do mestre da xilogravura e do cordel. A mostra reúne cerca de 70 obras, entre xilogravuras, matrizes e folhetos, organizadas em três núcleos temáticos — Religiosidade, Sertão e Cotidiano Nordestino. Idealizada pelo Estado em homenagem aos 90 anos que o artista completaria em 2025, a exposição foi selecionada por edital da Câmara dos Deputados e é a primeira grande mostra póstuma dedicada ao artista de Bezerros, falecido em 2023. A governadora Raquel Lyra participou da abertura, destacando J. Borges como símbolo da identidade pernambucana. "O trabalho dele falava da força e da resiliência da nossa gente. Essa é a expressão da cultura popular que nos faz únicos", afirmou. A curadoria, realizada pelo Governo de Pernambuco, inclui obras icônicas como A mulher que botou o diabo na garrafa e O monstro do sertão, além de uma linha do tempo com os principais marcos dos 60 anos de carreira do artista. Oficinas de xilogravura com Pablo Borges, filho do artista, integram a programação educativa. Outro destaque é o lançamento do primeiro catálogo bilíngue (português-inglês) sobre a obra de J. Borges, com foco na internacionalização do legado. Durante a cerimônia, autoridades como os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa, deputados federais e estaduais, e a prefeita de Bezerros, Lucielle Laurentino, ressaltaram o papel da mostra como reconhecimento da cultura nordestina no cenário nacional. "Expor J. Borges no Parlamento é um ato político de afirmação da nossa identidade", afirmou o deputado Carlos Veras. Serviço🖼️ Exposição: J. Borges – Poesia e Arte📍 Local: Salão Negro do Congresso Nacional – Brasília (DF)📅 Período: até 6 de julho de 2025🎨 Oficinas de xilogravura com Pablo Borges ao longo da programação📘 Lançamento do catálogo bilíngue sobre a obra de J. Borges🔎 Mais informações: @culturape

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“Diante das tarifas aplicadas pelos EUA, produtos pernambucanos deverão buscar novos mercados consumidores.”

Os impactos do tarifaço provocado por Donald Trump são analisados pelo vice-presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia, João Canto. Ele avalia as oportunidades e ameaças que a crise apresenta a países como China e Brasil, aponta os setores mais afetados em Pernambuco e a necessidade de o Estado encontrar novos parceiros comerciais. Ao analisar a intrincada guerra tarifária desencadeada pelo Governo Donald Trump, João Canto, vice-presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), aponta para a perspectiva de o Brasil ser considerado como um destino interessante para algumas cadeias produtivas. Entretanto, caso a crise comercial se intensifique, o País pode ser prejudicado, segundo Canto, porque o comércio mundial perderá dinamismo, o que afetaria a demanda por commodities brasileiras. “A balança comercial brasileira sofreria alto impacto pois a China é o maior parceiro do Brasil; haveria fuga de dólar e desvalorização do real; aumento do custo de produção de muitos setores industriais brasileiros; entrada massiva de produtos chineses mais baratos no País; maior dificuldade para a indústria brasileira competir”, adverte o vice-presidente do Iperid. Na verdade, nesse xadrez de aumento tarifário, é difícil saber quem perde e quem ganha. Profissional de Comércio Internacional com mais de 15 anos de experiência, Canto afirma que a China aposta num jogo de paciência. “Quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional”. Mas salienta que a guerra comercial traz impactos para as duas maiores economias do mundo, que são as que mais importam e exportam. “O custo de conversão para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências”.  De qualquer forma, para o analista, a alternativa para o Brasil e Pernambuco é buscar novos mercados exportadores para mitigar os impactos tarifários.  E acrescenta que exportadores pernambucanos têm ainda a possibilidade de se voltar para o mercado doméstico. Qual sua análise sobre o enfrentamento da China aos sucessivos anúncios de aumento de tarifas feitos por Trump? Especialistas afirmam que o Gigante Asiático já se preparava para esta situação e tem investido no seu mercado interno para não ficar à mercê das exportações.  A China tem adotado uma estratégia cuidadosamente calibrada que mescla firmeza diplomática, resiliência e planejamento de longo prazo, e tem respondido aos aumentos tarifários de forma equivalente ou até mais rigorosa, como ocorreu recentemente com a elevação de taxas para produtos norte-americanos de 84% para 125%. É um recado de que Pequim não cederá à pressão, nem aceitará acordos desvantajosos, preservando sua imagem tanto interna, quanto externa.  A China vem diversificando suas cadeias de suprimentos, incentiva a inovação tecnológica, para semicondutores, IA, entre outros, como forma de independência estratégica, e vem investindo no consumo interno para depender cada vez menos de exportações. Uma diretriz clara desde o plano “dupla circulação” anunciado por Xi Jinping. Entretanto, ainda que a China tenha poder de reação, a guerra comercial com os EUA traz impactos para os dois lados, pois são as duas economias que mais importam e exportam, sempre estão no topo e dependem uma da outra.  A função de pivotar grandes cadeias de suprimentos estabelecidas para países intensivos em comércio internacional, como China e EUA, tem um custo alto. O custo de conversão (ou também de não fazer nada) para empresas exportadoras chinesas e importadoras americanas é alto, e não há muitas saídas a curtíssimo prazo: ou absorvem o custo da tarifação (reduzindo rentabilidade), ou repassarão no preço (risco de redução no consumo). Isso desencadeia desaceleração econômica e pressão sobre outros parceiros econômicos das duas potências.  Segundo especialistas, a China aposta num jogo de paciência: quanto mais os EUA intensificam a retórica protecionista, mais se isolam de aliados e perdem competitividade global, abrindo espaço para Pequim se apresentar como alternativa estável e racional. Isso também é importante domesticamente para a China, onde o governo precisa mostrar à população e ao próprio Partido Comunista que não se dobra às provocações estrangeiras, especialmente de um rival estratégico como os EUA.  Todo esse embate tarifário não está apenas no comércio de bens e serviços, há conexão com o tema da dívida pública americana. A China é um dos maiores detentores de títulos da dívida americana, e, há anos, exportava produtos para os EUA e reinvestia os dólares recebidos comprando títulos dessa dívida. Isso ajudava a financiar gastos do governo americano a juros baixos, a manter o dólar forte e o yuan relativamente desvalorizado, favorecendo suas exportações. Com a guerra comercial imposta, a tendência é que a China venda menos, tenha menos dólares e, portanto, compre menos títulos da dívida.  Atualmente, a dívida pública dos EUA ultrapassa US$ 34 trilhões, e o país precisa vender mais títulos para pagar juros e financiar seus programas. Se a China e outros países compradores (como Japão) se retraem economicamente, os EUA precisariam aumentar o juro da dívida para atrair outros investidores e, caso o FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) recompre, terá efeitos inflacionários, agravando a situação.  A China, claro, evita fazer isso de forma agressiva porque também seria prejudicada. Mas o simples fato de ter esse poder é uma alavanca estratégica importante no contexto. É curioso o comportamento da China, que tem uma economia socialista de mercado, criticar e desestimular tarifas no comércio internacional e, ao mesmo tempo, o descompasso teórico ou ideológico de Washington que, nesse tema, renunciou ao liberalismo da Escola de Chicago para defender sua economia sob o protecionismo tarifário. Quais os prejuízos da economia brasileira, especialmente o setor industrial, provocados pela guerra tarifária? Há risco de o mercado do Brasil ser invadido por produtos chineses mais baratos? Sim. Já estamos sendo invadidos por produtos chineses há muito tempo e seriámos ainda mais. A China é uma economia em que a

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Brasil registra mais de 1,6 mil trabalhadores rurais resgatados do trabalho escravo em 2024

Greve de auditores impactou número de resgates, que caiu 39% em relação ao ano anterior, aponta relatório da CPT. Foto: Freepik Em 2024, 1.622 trabalhadores rurais foram resgatados de condições análogas à escravidão no Brasil, segundo dados da publicação Conflitos no Campo Brasil 2024, divulgada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). O número representa uma queda de 39% em relação a 2023, quando 2.663 pessoas foram resgatadas — o maior índice da última década. A redução nas ações de resgate coincide com a greve dos Auditores-Fiscais do Trabalho, iniciada em março de 2024. A paralisação reivindica melhorias nas condições de trabalho e mais investimentos na fiscalização, setor que tem enfrentado sucessivos cortes e sucateamento nos últimos anos. Minas Gerais lidera novamente o ranking nacional, com 37 ocorrências e 479 pessoas libertadas. Outros estados com altos índices foram São Paulo (11 casos e 357 resgates), Mato Grosso do Sul (19 casos e 124 resgates), e Amazonas (3 casos e 103 resgates). Também chamam atenção Espírito Santo e Goiás, com 83 trabalhadores resgatados em cada estado. A produção cafeeira segue como a atividade econômica com mais ocorrências de trabalho escravo rural, com 237 trabalhadores libertados, principalmente em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. Em seguida, aparecem a lavoura de cebola (194 resgates) e a pecuária (137 resgates), com destaque para estados do Sudeste e Centro-Oeste. No Norte do país, a maior parte dos casos está relacionada ao desmatamento ilegal e ao garimpo. Mesmo com a redução nos números, a CPT alerta que os dados refletem uma realidade subnotificada. A entidade reforça que a presença de trabalho escravo contemporâneo no campo brasileiro segue preocupante e exige políticas públicas permanentes de combate, fiscalização e proteção aos trabalhadores rurais.

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Rebeca Gondim credito foto 6 Filipe Gondim

Espetáculo “Revinda” estreia no Ibura com dança, poesia e denúncia social

Nova criação de Rebeca Gondim percorre bairros do Recife e destaca a potência artística das periferias. Foto: Filipe Gondim A partir de 26 de abril, o espetáculo Revinda dá início à sua circulação por seis bairros da periferia do Recife, começando pelo Ibura. A obra, idealizada pela artista Rebeca Gondim, mescla dança, música e poesia para denunciar o genocídio da população negra e celebrar a resistência das comunidades periféricas. Inspirada pela história de Tereza Maria da Conceição, mãe que perdeu o filho morto pela polícia no Rio de Janeiro, Revinda transforma dor em arte e memória coletiva. O espetáculo nasce do solo “Terezinha”, criado por Rebeca em 2015, e amadurecido durante a pandemia em um processo que integrou novas linguagens e afetos. Agora, em sua versão presencial e coletiva, Revinda agrega artistas locais em cada apresentação, criando um espetáculo único a cada edição. No Ibura, por exemplo, Rebeca divide a cena com o músico Pajé IB e a cantora e dançarina Lua Maria, em um tributo à efervescência cultural do território. A circulação segue por Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5). Em cada local, artistas da própria comunidade se unem ao espetáculo, ampliando a narrativa e fortalecendo vínculos. “Quis voltar com a força do coletivo. Trouxe meu irmão, amigos, meus pais, e artistas que admiro. Revinda é uma encruzilhada de histórias e afetos”, diz Rebeca. Além de emocionar, Revinda propõe uma reflexão sobre as violências vividas nas periferias brasileiras e o papel das manifestações culturais como espaços de resistência. Com acessibilidade em Libras, todas as apresentações são gratuitas e acessíveis, reafirmando o compromisso com o direito à arte e à memória. Serviço🎭 Revinda – Espetáculo de dança, poesia e resistência📅 Estreia: 26 de abril, às 17h30 – Ibura (Praça da UR 06)📍 Circulação: Morro da Conceição (3/5), Água Fria (10/5), Alto Santa Terezinha (17/5), Bomba do Hemetério (24/5) e Beberibe (31/5)⏰ Sempre às 17h30 | Classificação: Livre | Acessibilidade em Libras📲 Mais informações: @rebecagondim__

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Uenni 7 curso

Curso gratuito ensina animação em stop motion a integrantes de terreiros no Recife

Projeto Terreirada em Cena abre inscrições até 25 de abril com foco na valorização das culturas afro-indígenas. Foto: Uenni Estão abertas até o dia 25 de abril as inscrições para a segunda edição do Terreirada em Cena, projeto que oferece um curso gratuito de animação em stop motion com prioridade para integrantes de terreiros de religiões de matriz afro-indígena. A iniciativa busca ampliar o acesso das comunidades tradicionais ao audiovisual, fortalecendo a autonomia narrativa a partir de suas próprias vivências. A formação será realizada durante quatro sábados de maio (dias 10, 17, 24 e 31), das 8h às 16h, no Ilé Àṣẹ Ọmọ Omi Sagbà, em Mangabeira, no Recife. O curso cobre todas as etapas de produção de um curta em stop motion — da escrita do roteiro à edição final — com oficinas práticas de fotografia, som, modelagem, animação e montagem. São oferecidas 30 vagas com alimentação garantida aos participantes. Idealizado pela fotógrafa Uenni, o projeto nasce da necessidade de romper com as representações externas sobre os terreiros. “A ideia é capacitar quem já está dentro da comunidade para que possa contar suas próprias histórias. O audiovisual é uma ferramenta poderosa de memória e resistência”, afirma a criadora. Além do ensino técnico, o Terreirada em Cena propõe uma reflexão crítica sobre a invisibilidade das culturas afro-indígenas no cinema, valorizando a oralidade e a troca entre gerações. O curso mantém o uso do celular como principal ferramenta de filmagem, promovendo autonomia e acessibilidade tecnológica. Serviço📌 Curso Terreirada em Cena – Stop Motion no Terreiro📅 Quando: 10, 17, 24 e 31 de maio de 2025⏰ Horário: Das 8h às 16h (com café da manhã e almoço)📍 Onde: Ilé Àṣẹ Ọmọ Omi Sagbà – Casa das Águas, Rua Campo Alegre, 220 – Mangabeira, Recife (PE)📝 Inscrições até 25 de abril: bit.ly/terreiradaemcena2

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Adepe busca atrair novos investimentos para Pernambuco nas feiras Intermodal e Automec em São Paulo

Agência participa de eventos estratégicos para fortalecer cadeias logísticas e automotiva com foco em inovação e sustentabilidade. Na foto, Bruno Lira e Brena Castela Branco na edição 2024 da Intermodal South América A Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) participa esta semana de dois dos maiores eventos econômicos do país: a Intermodal South America e a Automec, realizados simultaneamente em São Paulo. A presença nas feiras reforça o compromisso do estado em atrair investimentos estratégicos, expandir cadeias produtivas e fomentar uma economia mais sustentável e inovadora. Na Intermodal, o estande do Complexo Industrial e Portuário de Suape destaca os projetos de expansão e infraestrutura com foco em tecnologia e sustentabilidade. Considerada a principal feira de logística e comércio exterior da América Latina, o evento reúne mais de 550 expositores e é uma vitrine internacional para negócios do setor. Já na Automec, que ocorre até o dia 26, a Adepe promove conexões com empresas do setor automotivo. Pernambuco tem se consolidado como um polo estratégico com incentivos como o Prodeauto e o Fundo Inovar PE. O estado abriga o parque industrial da Stellantis, com 38 fornecedores, além da tradicional fábrica da Moura, em Belo Jardim, fortalecendo a desconcentração da indústria automotiva brasileira. De acordo com Brena Castelo Branco, diretora-geral de Atração de Investimentos da Adepe, a meta é impulsionar o desenvolvimento tecnológico e ampliar a cadeia de fornecedores. “Participar dessas feiras é uma forma de mostrar o potencial do nosso estado e estimular uma economia mais verde, por meio de políticas públicas e apoio à inovação”, afirma. A comitiva da Adepe conta ainda com Bruno Lira, diretor-executivo de Incentivos Fiscais e Financeiros; Andréa de Paula, gerente-geral de Atração de Investimentos; e Tony Kuo, head do escritório da agência em São Paulo. Desde o início de 2024, a Adepe já realizou mais de 20 missões em diferentes estados do Brasil para promover o potencial econômico de Pernambuco.

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