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Ponte Tech conecta empresas de tecnologia de Pernambuco a grandes mercados nacionais

Programa de R$ 1,6 milhão vai aproximar o ecossistema de inovação do Estado do Sudeste, fortalecendo Pernambuco como hub de inovação O Governo de Pernambuco, por meio da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), em parceria com o Porto Digital, lançou o Ponte Tech, novo programa que pretende acelerar a presença de empresas de tecnologia pernambucanas em todo o Brasil. Anunciada durante o Rolê Rec’n’Play Caruaru, a iniciativa conta com investimento de R$ 1,6 milhão e já está em fase de mapeamento e seleção de companhias que desejam expandir seus negócios. O objetivo central do Ponte Tech é aproximar o ecossistema de inovação de Pernambuco das demandas do mercado nacional, com foco estratégico no Sudeste, maior polo econômico do país. A proposta prevê a preparação das empresas para atuar em feiras setoriais e missões empresariais, ampliando oportunidades de captação de clientes, atração de investimentos e consolidando Pernambuco como referência em tecnologia e inovação. Segundo a diretora-presidente da Adepe, Ana Luiza Ferreira, o programa vai apoiar empresas já em fase de maturidade para que possam alcançar grandes clientes. “Com o Ponte Tech, Pernambuco reforça sua vocação como polo de inovação e sua capacidade de integrar tradição e tecnologia, ampliando as oportunidades de desenvolvimento econômico e social”, destacou. Na mesma direção, o presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, afirmou que a iniciativa será uma ponte de negócios com os maiores centros econômicos do país: “Nosso papel é encurtar distâncias e acelerar a geração de receita para quem produz inovação aqui.” O programa se estrutura em três pilares estratégicos: a intermediação de negócios, conectando companhias nacionais e internacionais às soluções desenvolvidas em Pernambuco; a articulação no Sudeste, fortalecendo a presença local em instituições estratégicas de São Paulo e da região; e a participação em feiras setoriais, com estandes coletivos, missões empresariais e preparação das empresas para disputar espaço nos principais eventos de tecnologia do Brasil. O Ponte Tech é articulado também com outras instituições, como Facepe, Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) e Secti, e já iniciou o processo de seleção de empresas interessadas. As companhias de tecnologia que desejam participar podem se inscrever pelo link: https://tinyurl.com/pontetech

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Usina União e Indústria vence leilão para construir hidrelétrica em Pernambuco

Empreendimento em Amaraji terá investimento de R$104 milhões e consultoria da Kroma Energia A Usina União e Indústria foi uma das vencedoras do Leilão A-5 promovido pelo governo federal e vai construir uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Amaraji, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Batizado de PCH Amaraji, o empreendimento terá capacidade instalada de 8,85 megawatts (MW), com início de operação previsto para 1º de janeiro de 2030. O contrato assegura a venda de energia por 20 anos, e o investimento será de R$104 milhões, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). As obras devem começar em 2027 e durar entre 12 e 18 meses, priorizando fornecedores locais. A viabilização do projeto contou com assessoria integral da Kroma Energia, primeira comercializadora de energia do Nordeste. A consultoria envolveu desde o processo de habilitação junto à Empresa de Pesquisa Energética (EPE) — responsável pela definição da garantia física de energia — até o cadastramento da usina para participação no certame e o treinamento da equipe da União e Indústria no sistema da ANEEL. “Prestamos uma assessoria praticamente de ponta a ponta e seguimos acompanhando a etapa atual, que é de validação da documentação junto ao órgão regulador”, explica Tarcísio Lopes, gerente de gestão de energia da Kroma, ao lado de Júlia Moura, gestora de energia da empresa. Com sede em Primavera (PE), a União e Indústria tem mais de 130 anos de atuação no setor sucroenergético, processando cerca de 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar por safra e empregando, no período de moagem, aproximadamente 3,5 mil trabalhadores. Além disso, já opera duas Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs): Mariquita (Amaraji) e Pé de Serra (Escada), fortalecendo sua experiência no setor de geração de energia. O leilão A-5, realizado pelo governo federal, contratou 65 empreendimentos hidrelétricos em todo o país, somando R$5 bilhões em investimentos. Do total, 55 projetos são PCHs, oito são CGHs e duas são usinas hidrelétricas de maior porte, todas com previsão de entrada em operação até janeiro de 2030. No Nordeste, além da PCH Amaraji, apenas a PCH Santa Luzia, na Bahia, foi contemplada no certame, também com suporte da Kroma Energia em sua etapa final.

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Programa Ressignificar transforma vidas na Zona da Mata Sul

Criado em 2021 por Cida Hacker de Melo, o Programa Ressignificar, do Instituto Marcos Hacker de Melo (MHM), tem promovido impacto social significativo entre crianças e adolescentes da Zona da Mata Sul de Pernambuco. A iniciativa surgiu em homenagem a seu filho, Marcos Hacker de Melo (in memoriam), e já alcança mais de 4 mil alunos do Ensino Fundamental I e II, em 24 escolas públicas de Barreiros, Gameleira e Rio Formoso. Além de envolver diretamente professores e gestores, o projeto busca inserir jovens no mercado de trabalho e estimular o desenvolvimento integral. Com livros customizados e oficinas formativas, o Ressignificar aposta no fortalecimento de competências socioemocionais e no autoconhecimento. As atividades no contraturno incluem música, esportes e cidadania, ampliando o universo cultural e social dos estudantes. “No âmbito esportivo, oferecemos frescobol e xadrez, que não precisam de quadra poliesportiva, já que nem todas as escolas onde atuamos possuem esse espaço”, conta Cida. O coral de 30 alunos e as visitas culturais complementam o processo formativo. “Essa jornada de se conhecer melhor ajuda a desenvolver habilidades importantes, fortalecendo não só o crescimento pessoal, mas também as relações com os outros”, acrescenta. Outra frente importante do programa é a conscientização socioambiental. Em parceria com a MM Plástico, as escolas participantes realizam coleta de garrafas PET, e com a instituição Rio Limpo Mangue Vivo, organizam mutirões de limpeza em áreas de mangue. O Ressignificar também promove revitalização dos ambientes escolares com pintura, jardinagem e ações coletivas, estimulando protagonismo e sentimento de pertencimento nos alunos. Os resultados já começam a ser refletidos em indicadores de educação. Em Rio Formoso e Barreiros, estudantes do Fundamental I conquistaram o primeiro lugar no IDEB 2023 e o segundo lugar estadual na Avaliação Nacional Criança Alfabetizada, recebendo ainda o Selo Ouro Nacional pelo compromisso com a alfabetização. Além disso, o programa tornou-se o terceiro maior empregador das cidades em que atua, envolvendo 144 supervisores, administradores e monitores formados pelo próprio instituto. “Geramos emprego, pois em cada sala de aula tem um facilitador contratado pelo Instituto MHM”, explica Cida. Parte dos recursos que mantêm o projeto vem do recém-inaugurado Centro Cultural MHM, em Boa Viagem, no Recife. O espaço moderno de cinco andares integra cultura, lazer e gastronomia, com exposições em parceria com o Museu da Imagem e do Som de São Paulo, cafeteria, teatro, loja e restaurante panorâmico. “O Centro Cultural MHM é um tributo ao legado deixado pelo meu filho, que teve vida breve falecendo aos 34 anos, mas que sempre priorizou ações com impacto transformador”, afirma a empreendedora social. A partir dele, o Ressignificar segue ampliando seu alcance, consolidando-se como referência em empreendedorismo social no estado.

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Semana Têxtil Regional movimenta o setor no Recife

Evento reúne fornecedores e lojistas de todo o país entre 2 e 4 de setembro no Mar Hotel Convention Recife recebe, de 2 a 4 de setembro, a Semana Têxtil Regional (STR), feira voltada ao mercado de artigos para o lar que promete movimentar o setor na capital pernambucana. Realizado no Mar Hotel Convention, o evento é direcionado a lojistas e reunirá grandes marcas, apresentando novidades e tendências em cama, mesa e banho. A entrada é gratuita, mediante credenciamento online. A STR é reconhecida por aproximar fornecedores de lojistas e por servir como vitrine para lançamentos e coleções que ditam o ritmo do varejo têxtil. Para os expositores, o encontro é também uma oportunidade de gerar negócios e estreitar relações comerciais. Entre os expositores confirmados está a Appel Home, empresa que atua no segmento de produtos para cama, mesa e banho. A marca participa da STR Recife como parte de sua estratégia de expansão e relacionamento com o mercado. “Estar presente na STR todos os anos é uma decisão estratégica para a Appel Home. O evento nos permite lançar novidades, aproximar-nos ainda mais dos parceiros e reforçar nossa relevância no varejo têxtil brasileiro, ao lado dos principais nomes do setor”, afirma Jose Carlos Pereira, gerente nacional de vendas da corporação. Com programação intensa e ambiente de negócios direcionado, a Semana Têxtil Regional de Recife promete ser um dos principais encontros do segmento neste semestre, reunindo tendências, lançamentos e oportunidades para lojistas que buscam se atualizar e expandir sua atuação no mercado têxtil.

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Paulista: uma reflexão dos 90 anos da cidade

*Ricardo Andrade A defesa do patrimônio, da identidade e pertencimento de um território, guarda sua cultura e a História de uma gente, de sua memória coletiva. 90 anos não são 90 dias, e por isso o Movimento Pró-Museu e o IHGAAP (Instituto Histórico, Geográfico, Arqueológico, Antropológico do Paulista) coordenam a Plataforma “Paulista Centenária”, uma série de estudos e debates sobre o planejamento urbano, com vistas à chegada dos 100 anos da cidade, em 2035. Paulista antes e depois da C.T.P e dos Lundgren, do novos Distritos Industriais em Paratibe e em Maranguape II, antes e depois das Vilas da antiga COHAB, do Paulista North Way Shopping, da ACLF, Carrilho, MRV e a nova expansão imobiliária, da chegada das grandes redes verejistas de supermercados, de seu lindo litoral e belezas naturais, de seu comércio pujante. Um novo ciclo de desenvolvimento foi desenhado, com o Plano Diretor na década de 1990, e a cidade “inchou”, sem que os instrumentos de regulação dessem conta da infraestrutura e da mobilidade exigida. Um período em que o Poder Local não foi acompanhado por gestões e governança à altura desse processo, que foi contínuo e desordenado. A regularização fundiária anda a passos lentos, enquanto a especulação e os crimes ambientais andam em alta velocidade. Apesar de bons índices de escolaridade (Ideb), a cidade tem ainda uma saúde precária, com cobertura populacional estimada pelas equipes de Atenção Básica, em 2020, de 48,2% (ver em www.proadess.icict.fiocruz.br). Não podemos esquecer de sua vocação turística e do seu potencial ativo, nas várias dimensões, agregado à cultura e ao patrimônio, valorizando seus artistas, empreendedores, pescadores, ribeirinhos e atores locais. “Em cima o céu é mais azul, é mais bonito”, canta o Hino escrito por Joel Andrade; enquanto a bandeira desenhada pelo saudoso Hidelbrando Eugênio, ostenta a insigne, “Ordem e Trabalho”. Que venha outras 90 primaveras, de uma Paulista de utopias, justiça e de conquistas, sem ter vergonha de olhar pro seu passado, construindo no presente, os caminhos de seu futuro promissor. *Ricardo Andrade é historiador, Cientista Político, Presidente do IHGAAP.

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Entre o esgotamento do modelo e as novas oportunidades globais para a economia de Pernambuco

Economistas apontam que Estado precisa repensar sua estratégia de desenvolvimento diante do fim dos incentivos fiscais, da precariedade da infraestrutura e das transformações climática, tecnológicas e geopolíticas *Por Rafael Dantas O mundo está em uma rápida transição movido pelas mudanças climáticas e pela crise do multilateralismo. O Brasil faz um esforço para se industrializar – se conectar à economia sustentável e de baixo carbono – e o Estado precisa de um novo projeto de desenvolvimento para se inserir nessas mudanças. Esse foi o recado dos economistas da Ceplan (Consultoria Econômica e Planejamento), Tânia Bacelar e Paulo Guimarães, no evento Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, projeto promovido pela Rede Gestão e pela Revista Algomais. Entre os aspectos críticos a serem superados estão a infraestrutura precária e a perspectiva de médio prazo do fim dos incentivos fiscais para atração de novos empreendimentos. Duas ameaças que podem se tornar oportunidades para os atores locais. “As escolhas estratégicas que fizemos olharam muito mais para o Século 20; precisamos agora pensar o Século 21 com os pés no chão”, alertou Tânia Bacelar, sugerindo uma análise da herança da qual o Estado parte em 2025 para projetar o novo caminho para as próximas décadas. Francisco Cunha, sócio da TGI, analisa que o ciclo de desenvolvimento traçado na década de 1950 pelo padre Joseph Lebret se esgotou e que é necessário repensar o novo horizonte estratégico para o Estado. Após tantos empreendimentos terem se consolidado, como o Porto de Suape e a Refinaria Abreu e Lima, praticamente o único projeto estratégico que não vingou foi a Transnordestina, destacou o consultor. “O redesenho do modelo exige a articulação da sociedade, do governo e da academia. O desafio não é apenas superar a crise, mas construir um novo paradigma de desenvolvimento para as próximas décadas”, sentenciou Francisco Cunha. GRANDES TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS A economista Tânia Bacelar destacou que o Brasil e Pernambuco precisam se adaptar a quatro grandes transformações globais que já moldam o presente e definirão o futuro: um novo padrão de relação com a natureza, diante da crise climática; a mudança nos padrões técnicos, marcada pelo avanço da era digital, da biotecnologia e da genética; a reconfiguração geopolítica, com a transição de um mundo unipolar para um cenário multipolar; e a mudança demográfica, expressa no envelhecimento da população e na queda da fecundidade. Diante desse cenário internacional, a economista ressalta que o Brasil enfrenta desafios centrais, como adequar seus padrões de produção e consumo a modelos de menor impacto ambiental, construir estratégias eficazes de interação entre múltiplos atores globais e adaptar negócios e políticas públicas às mudanças demográficas em curso. Além disso, o País precisa superar entraves estruturais como a elevada concentração de renda, a baixa produtividade, a polarização política e a dependência excessiva do crédito. Ao mesmo tempo, ela ressalta que as transformações abrem oportunidades para o Brasil se reposicionar no cenário mundial, aproveitando sua biodiversidade, sua matriz energética relativamente limpa, seu potencial agrícola e a força de seu mercado interno para construir um desenvolvimento mais sustentável e inclusivo. Todas as lições e desafios que servem também para repensar o futuro de Pernambuco. “O Brasil é parte da solução da crise climática mundial; não podemos esquecer que somos o único país com o bioma Caatinga”, ressaltou Tânia Bacelar. Acerca do avanço dos empreendimentos em energias renováveis, que é uma das grandes transformações globais, Paulo Guimarães destacou que já existem investimentos fortes no Nordeste, que é o grande player do Brasil neste novo momento energético. “O Nordeste já instalou mais de três usinas de Itaipu em energia renovável e Pernambuco está nesse contexto.” CRITICIDADE DA INFRAESTRUTURA E OPORTUNIDADES Ao mesmo tempo que há todo esse potencial energético e da bioeconomia, o desenvolvimento de ambos demanda infraestruturas de distribuição – como as linhas de transmissão – e de logística, a exemplo de estradas e ferrovias. Dois fatores que se inscrevem como crônicos para o Estado. “Infraestrutura em Pernambuco é o nosso calcanhar de Aquiles. Fizemos um porto, mas a infraestrutura econômica de Pernambuco é muito ruim”, lamenta Paulo Guimarães. Além das conexões com o Sertão e o Agreste – que ainda não receberam a duplicação da BR-232 após São Caetano – e do déficit secular de ferrovias, mesmo os deslocamentos dentro da RMR (Região Metropolitana do Recife) e para o Litoral são críticos. Na palestra, Tânia Bacelar exemplificou a dificuldade de levar os turistas para Porto de Galinhas, que é um dos principais balneários do País. A ausência de infraestrutura hídrica limita o crescimento do polo de confecções no Agreste, a falta da ferrovia compromete o desenvolvimento do polo gesseiro no Araripe, reduz a competitividade do potente polo avícola e encarece toda a logística do Polo Automotivo de Goiana. São apenas alguns exemplos de como esse entrave, que está conectado às demandas do século passado, limita a conexão do Estado com as oportunidades do futuro. Ao mesmo tempo que se trata de um desafio, a possibilidade de atração de investimentos nas estradas, nas linhas de transmissão, na ferrovia e nas grandes obras hídricas são simultaneamente oportunidades. Esses empreendimentos além de serem estruturadores, ampliando a competitividade nos territórios beneficiados, geram empregos no curto prazo nas regiões com economia menos dinâmica do Estado. A atração desses investimentos seria fundamental para haver uma reversão no cenário do mercado de trabalho local. Pernambuco continua liderando o ranking nacional de desemprego, com taxa de 10,8% em 2024, quase o dobro da média brasileira, segundo dados do IBGE. Apesar disso, o Estado vem apresentando uma trajetória de queda: em 2023, o índice era de 13,4% e, em 2022, chegava a 15,9%. Ainda assim, a situação permanece distante de realidades como a de Santa Catarina, que registra apenas 2,2% de desocupação. “Pernambuco tem 5% da população e 2,5% do PIB. Então, está faltando PIB para botar a população [para trabalhar] também. Um dos grandes problemas de Pernambuco é a dinâmica do mercado de trabalho”, afirmou Tânia Bacelar. Além da redução de oportunidades, há uma concentração de empregos e do PIB no Litoral

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Governo de Pernambuco inicia dragagem do canal interno do Porto de Suape

Obra de R$ 217 milhões vai ampliar capacidade operacional e reforçar competitividade internacional do porto A governadora Raquel Lyra autorizou, na última sexta-feira (29), o início da dragagem do canal interno do Porto de Suape, em cerimônia ao lado do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Com investimentos de R$ 217 milhões — sendo R$ 117 milhões do Governo de Pernambuco e R$ 100 milhões do Governo Federal, via PAC3 —, a obra terá duração de seis meses e prevê a remoção de 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos, aprofundando o canal para 16,2 metros. “Com essa dragagem, estamos garantindo que o Porto de Suape tenha a capacidade de trazer navios de maior porte, assim, eles podem vir repletos com a sua real potência. Isso é um compromisso de Pernambuco há pelo menos 10 anos. Ano passado, a movimentação de cargas em Suape foi a segunda melhor da nossa história e a gente tem garantido, desde o início do nosso mandato, investimentos importantes para permitir que o porto continue a crescer. Concluímos a dragagem do canal externo, hoje damos ordem de serviço para a dragagem do canal interno, e além disso, existem investimentos privados. Estamos permitindo que Suape se coloque no jogo de melhor porto para investimentos no Brasil”, destacou a governadora Raquel Lyra. A primeira etapa da dragagem vai permitir a atracação de porta-contêineres de até 366 metros de comprimento, além de embarcações de classe mundial. Já a segunda etapa prevê o aprofundamento da bacia de evolução e dos Píeres de Granéis Líquidos 3A e 3B para 18,5 metros, garantindo ao porto o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos do Brasil e o segundo maior para granéis líquidos. O material dragado será destinado a uma área de bota-fora licenciada pela CPRH. De acordo com o ministro Silvio Costa Filho, a intervenção vai inserir Pernambuco em uma nova rota de competitividade. “Com isso, vamos poder ampliar as exportações e importações no Estado, colocando Pernambuco, mais uma vez, na rota da competitividade internacional do escoamento da produção dos portos brasileiros. Hoje, o Porto de Suape é um dos que mais cresce no país”, afirmou. Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, ressaltou que a obra aumentará em mais de 20% a capacidade operacional, permitindo que navios de grande porte entrem carregados em sua totalidade, reduzindo custos logísticos. Com localização estratégica e infraestrutura robusta, Suape atende a padrões internacionais de segurança e legislação ambiental, consolidando-se como um dos principais portos do país. Para Armando Monteiro Bisneto, gestor da estatal portuária, “Suape é um porto de águas abrigadas, tem localização estratégica e infraestrutura adequada para estimular a atração de novas rotas marítimas e atracação das maiores categorias de navios em operação com capacidade máxima de carga”.

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Óculos sensorial para cegos desenvolvido pelo IFPE é finalista do Prêmio Inova 2025

Tecnologia inovadora será apresentada durante o Painel Telebrasil, principal evento de telecomunicações e inovação do país Um projeto desenvolvido por professores e alunos do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) conquistou destaque nacional ao ser finalista do Prêmio Inova 2025, que acontece nos dias 2 e 3 de setembro, em Brasília, durante o Painel Telebrasil 2025. O dispositivo, acoplado a óculos, foi criado para complementar a bengala tradicional e ampliar a autonomia e a segurança de pessoas com deficiência visual em seus deslocamentos. A tecnologia funciona como um radar pessoal, utilizando sensores infravermelhos e ultrassônicos que detectam obstáculos e emitem sinais sonoros e vibrações de alerta. Além do dispositivo, a solução inclui um aplicativo para celulares e um sistema web, com funcionalidades extras como previsão do tempo, detecção de luminosidade e apoio no transporte público. O projeto foi desenvolvido no campus Recife do IFPE e já conta com patente publicada e aprovação na Plataforma Brasil para aplicação em testes reais. Segundo a professora Aida Ferreira, coordenadora da iniciativa, “A bengala é a tecnologia assistiva mais utilizada pelos cegos por ser segura, barata e também um sinalizador da cegueira. Porém, ela tem uma limitação: não conseguir identificar obstáculos acima da linha da cintura. É isso que nosso dispositivo traz. É como ter um radar pessoal a cada passo. Ele permite que a audição seja os olhos do cego, servindo como um complemento à bengala”. O projeto começou em 2015, a partir de protótipos simples, e evoluiu para uma versão mais leve, confortável e pronta para produção em escala. A iniciativa já envolveu mais de 25 estudantes, além de cinco professores, e deu origem à startup Synesthesia Vision, voltada para a comercialização da tecnologia. “Tenho orgulho de ter contribuído para um projeto que pode transformar a vida de pessoas com deficiência visual. Essa experiência reforçou minha certeza no poder da educação e da pesquisa pública para mudar realidades e inspirar novas gerações”, acrescenta Aida Ferreira. “Com foco em inovação e empreendedorismo, o projeto ampliou as possibilidades de aprendizado e desenvolvimento tecnológico, reafirmando o compromisso do IFPE com a formação de excelência e o impacto social”, conclui. O Prêmio Inova é promovido pela Confederação Nacional da Tecnologia da Informação e Comunicação (Contic) e pelo Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), com apoio da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil). A premiação será entregue durante o Painel Telebrasil 2025, que reunirá CEOs, autoridades e lideranças empresariais para debater temas como Inteligência Artificial, inclusão digital, 5G e expansão da conectividade.

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Famílias no vermelho: inadimplência no Brasil atinge maior índice em quase dois anos

Especialista em finanças dá dicas de como sair dessa O sufocamento financeiro e a ultrapassagem dos limites orçamentários das famílias estão cada vez mais preocupantes no país. Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência do brasileiro atingiu 30,2% em julho. É o maior percentual dos últimos dois anos.   De acordo com dados divulgados pelo Seresa, o estado de Pernambuco teve uma taxa de inadimplência de 46,9% em janeiro de 2025, o que o colocou como o estado mais inadimplente da região Nordeste na época. Em junho de 2024, eram mais de 3,39 milhões de inadimplentes, com leve redução em comparação a maio. Para a coordenadora do Núcleo de Negócios da Wyden, Petra Fernanda, o principal vilão desse cenário é a falta de planejamento financeiro familiar, que pode trazer sérios prejuízos.   “É importante que toda a família conheça a situação financeira em que vive. Assim, todos podem contribuir em casa, ajudando a utilizar os recursos de forma mais racional, evitando o consumo excessivo, priorizando as necessidades e mudando hábitos que prejudiquem o orçamento”, alerta.  ESTRATÉGIAS  Para evitar o sufocamento financeiro, Petra aponta um ponto de atenção para evitar um hábito muito comum entre os brasileiros inadimplentes. “A maioria das pessoas recorrem aos créditos rotativos, que são grandes vilões e devem ser evitados, pois apresentam os maiores juros do mercado. Essa modalidade exige muito cuidado, já que rapidamente pode transformar dívidas pequenas em uma bola de neve e, consequentemente, tornar a pessoa inadimplente”, ressalta.   A preocupação da professora encontra respaldo nas estatísticas. Apenas em maio de 2025, a taxa média de juros do crédito rotativo no cartão de crédito registrou 449,9% ao ano, conforme o Banco Central do Brasil (BC), com aumento de 5,7 pontos percentuais sobre abril.  A coordenadora reforça que nunca é tarde para reorganizar os gastos e construir um caminho mais seguro e estável. “Saber exatamente o quanto se pode gastar é essencial para evitar o endividamento. Além disso, ter uma reserva de emergência é fundamental, pois grande parte da população não se preocupa com isso e acaba gastando todo o rendimento de uma só vez. O ideal é que se mantenha uma quantia equivalente a pelo menos três vezes a renda líquida da família para enfrentar imprevistos”, conclui. 

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ESTACAO DA CULTURA BEZERROS

Bezerros é destaque no Mapa do Turismo Brasileiro por mais um ano

Certificação do Ministério do Turismo reforça potencial cultural, econômico e sustentável do município do Agreste O município de Bezerros, no Agreste pernambucano, foi novamente reconhecido no Mapa do Turismo Brasileiro, iniciativa do Ministério do Turismo que integra o Programa de Regionalização do Turismo. A certificação garante maior acesso a recursos federais, estaduais e privados para fortalecer políticas públicas voltadas à infraestrutura turística, capacitação profissional e valorização cultural. Segundo a prefeita Lucielle Laurentino, o reconhecimento reforça a vocação turística do município. “Nosso município mostra sua força e potencial turístico para quem vem nos conhecer e visitar, por isso receber essa certificação do Ministério do Turismo nos faz ter ainda mais certeza de que Bezerros é o lugar certo para vivenciar experiências inesquecíveis, contemplando paisagens paradisíacas, riqueza cultural, gastronômica e turística, além da hospitalidade e aconchego que só esse pedacinho do Brasil pode oferecer. Bezerros está de braços abertos para quem ama nossa terra”, destacou. Além da certificação da cidade, o Conselho Municipal do Turismo de Bezerros também foi reconhecido pelo Ministério do Turismo e pela Secretaria Nacional de Políticas de Turismo, em iniciativa válida por um ano. O secretário municipal de Turismo e Cultura, Eudes Mateus, ressaltou a importância da conquista. “Receber esse reconhecimento do Ministério do Turismo só aumenta nossa responsabilidade em promover um turismo cada dia mais responsável, atrativo, plural, sustentável e voltado para conscientização sobre o meio ambiente e sua colaboração para o desenvolvimento social e econômico de nossa região. Agradeço imensamente a prefeita Lucielle e a vice-prefeita Socôrro Silva pela confiança em nosso trabalho e a todo o time da secretaria que faz tornar essas conquistas realidade”, afirmou. Bezerros integra a Região Serras e Artes, que também reúne os municípios de Gravatá, Caruaru, Brejo da Madre de Deus e Chã Grande. A proposta é valorizar tanto a diversidade natural das serras quanto as expressões artísticas tradicionais, consolidando o Agreste como um dos principais polos turísticos de Pernambuco e do Brasil.

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