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Roda de Conversa com Cristiana Tejo reflete sobre mostra de João Câmara

Evento acontece hoje na Galeria Marco Zero (Foto: Deyvson Nunes) Hoje (dia 28 de julho), a partir das 19h, a Galeria Marco Zero sedia Roda de Conversa com Cristiana Tejo, curadora da mostra ‘João Câmara, nota nova  - Ecos de 1967’, que fica em cartaz no espaço, em Boa Viagem, até o dia 30 do mesmo mês. Durante o bate-papo, que é aberto ao público, com entrada gratuita, Cristiana vai detalhar dois pilares da exposição: a questão de ordem social - a busca por visibilidade da produção artística do Nordeste no cenário nacional -, e ainda a estética presente em algumas obras dos primeiros anos de construção da poética do artista paraibano radicado em Pernambuco. GRANDE NOME - João Câmara tem trabalhos conhecidos pelas figuras humanas com representações de corpos fragmentados, o que conferiu um caráter muito característico aos seus trabalhos, que traduzem plasticamente a sua visão crítica da sociedade, da política, do poder e das relações sociais. A individual 'João Câmara, nota nova - ecos de 1967' apresenta uma seleção de trabalhos do período de 1965 até 1971, fase inicial e emblemática da trajetória do pintor. Entre seus destaques, a obra ‘Exposição e motivos da violência’, de 1967, tríptico inédito na capital pernambucana, que recebeu o Grande Prêmio da edição daquele ano do Salão de Brasília, superando uma obra de Hélio Oiticica, um dos maiores artistas da vanguarda brasileira. Segundo a curadora, além da intenção de reafirmar a inigualável habilidade do artista, esta é uma oportunidade histórica de lançar um novo olhar para a produção de Câmara.  De acordo com Tejo, nesta mostra - que pode ser vista diariamente até o dia 30 de julho - há muitas obras que integram acervos diversos, mas nunca foram mostradas juntas, principalmente lado a lado com a central ‘Exposição e motivos da violência’. “Praticamente todos os trabalhos expostos são de coleções encontradas em locais variados de Pernambuco, mas a obra principal veio do Museu de Brasília e é a partir dela que o projeto curatorial começou. Ela é a gênese artística do João Câmara”, revela. Serviço:Roda de Conversa com Cristiana Tejo sobre exposição ‘João Câmara, nota nova - Ecos de 1967’Galeria Marco Zero – Avenida Domingos Ferreira, nº 3393, Boa ViagemDia 28/07 (quinta-feira), a partir das 19hAcesso gratuito

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Aumentou em 30% número de acidentes de trabalho no país

O número de acidentes de trabalho e mortes acidentárias aumentou 30%, ano passado, no país. Foram comunicados 571,8 mil acidentes e 2.487 óbitos associados ao mundo corporativo. Já nos últimos dez anos (2012-2021), foram registradas no Brasil 22.954 mortes no mercado de trabalho formal. Os números são do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Os dados acendem alerta às empresas sobre a importância de haver a aplicação das medidas preventivas e, assim, tornar os ambientes de trabalho mais seguros. Para marcar essa necessidade, será comemorado nesta quarta (27/07), o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. Segundo a advogada especialista em direito do trabalho e sócia gestora da área trabalhista do escritório Queiroz Cavalcanti Advocacia, Anna Carolina Cabral, apesar de muitas empresas já adotarem medidas para diminuir a incidência de casos, os números ainda são preocupantes. “Os custos dos empregadores em prevenção de acidentes de trabalho são investimentos e não gastos”, avaliou Carol. Segundo ela, quando há um acidente, o trabalhador é afastado. "É ruim para a empresa, dolorido ao colaborador e custo à Previdência", avaliou Anna. Informalidade A especialista ressalta ainda a preocupação com a questão dos acidentes envolvendo trabalho informal, que atingiu taxa de 40,2% no primeiro trimestre de 2022. Neste intervalo, o mercado de trabalho registrou 38.326 milhões de trabalhadores atuando na informalidade, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Laurentino Gomes traz palestra sobre escravidão na Fundaj

Um dos mais importantes nomes na difusão contemporânea da História do Brasil, o escritor traz o terceiro volume da série “Escravidão” e relaciona seu conteúdo com os eventos da independência do Brasil. Será no dia 4 de agosto, às 17h, no Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação As ações da Fundação Joaquim Nabuco em torno do Bicentenário da Independência do Brasil continuam no mês de agosto e recebem um convidado especial. O escritor Laurentino Gomes, uma das principais referências na difusão da História do Brasil, realizará a palestra “A escravidão e o seu legado no Brasil de hoje’ e lançará o terceiro volume da série de livros ‘Escravidão’. O evento está marcado para o dia 4 de agosto, realizado no Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação, às 17h. A palestra será aberta ao público e contará com um intenso debate relacionando o término do momento colonial do país com a continuidade da estrutura econômica e social escravocrata, tanto a partir de 1822, como do volume III de Escravidão, cujo subtítulo da Independência do Brasil à Lei Áurea aponta essa dedicação sobre a questão durante o século XIX.  O volume III de Escravidão foi lançado neste ano e conta com mais de 500 páginas que abarcam as últimas sete décadas do período escravista do Brasil, dando sequência ao trabalho de Laurentino Gomes que começou a chegar ao público em 2019 com o primeiro volume da série. Ele mergulha no cenário da independência, pelos primeiro e segundo reinado, chegando nos movimentos abolicionistas e na assinatura da Lei Áurea, em 1888, quando o Brasil se tornou o último país da América a extinguir a escravidão.  Já 1822 volta às livrarias com uma edição especial,  no qual o autor se empenha em não só desmistificar todo o processo político que trouxe a Independência do Brasil, demonstrando como uma mistura de  sangue, sacrifício, acasos, improvisos e senso de oportunidades foram essenciais para os eventos marcantes daquele setembro histórico. A nova edição conta com ensaios dos historiadores Heloisa Murgel Starling, Jean Marcelo Carvalho França e Jurandir Malerba. Laurentino Gomes vem da cidade de Maringá, no Paraná, formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná. Venceu sete vezes o prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional. Além de Escravidão e 1822, é autor dos livros 1808, sobre a fuga da família real portuguesa para o Brasil, 1889, sobre a Proclamação da República e Caminhos do Peregrino, escrito em coautoria com Osmar Ludovico da Silva. Seus trabalhos se notabilizaram por unir uma densa pesquisa historiográfica com um texto leve e fluído, se tornando uma das principais referências na difusão da história do Brasil.  Serviço;Palestra “A escravidão e o seu legado no Brasil de hoje”, com Laurentino Gomes Quinta-feira, 4 de agosto, às 17h. Auditório Benício Dias/Cinema da Fundação, Campus Gilberto Freyre, em Casa Forte Aberto ao público

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Fotos Edson Holanda PCR

Prefeitura do Recife promove ações para marcar o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha

Ações das Secretarias de Saúde e da Mulher irão acontecer no Pátio de São Pedro e na Policlínica Lessa de Andrade. A Frei Caneca FM, rádio pública do Recife, também participa com 24h de seleção musical exclusiva com mulheres negras, latinas e caribenhas (Da Secretaria da Mulher da Prefeitura do Recife) O Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, celebrado nesta segunda (25), é um símbolo de luta e resistência marcado pela união delas no combate ao racismo. Para marcar a data, a Prefeitura do Recife, numa ação em parceria entre as Secretarias da Mulher, Saúde, Cultura, Juventude e Direitos Humanas, Esporte e Recentro irá promover na próxima terça-feira, 26, ações pautadas na ancestralidade e bem-estar. Dentro da programação, estão oficina de turbante, vacinação, testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), palestra e roda de conversa e shows. Abrindo a programação, na terça-feira (26), os profissionais da Secretaria de Saúde municipal vão estar no Pátio de São Pedro, das 8h às 17h, orientando a população sobre saúde bucal e distribuindo kits de higiene. Além disso, haverá aferição de pressão arterial e glicemia, vacinação contra covid-19, gripe e sarampo, testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e distribuição de preservativo. A Secretaria da Mulher também preparou uma programação diversificada, com exibição do curta-metragem “As filhas do Vento” seguido de debate com Mãe Equedje Nete de Oyá, no Memorial Chico Science,  às 10h. Das 14h às 16h, acontece a Feira da Ancestralidade, no Pátio de São Pedro. Às 16h, também haverá Oficina de Turbante com Anaxé, para 25 mulheres, apresentação de capoeira de Angola Ifé, às 18h, a Terça Negra Mulher encerra a programação do dia com atrações como Gabo do Carmo, Edilza Aires, Twerk Recife e Maracatu Baque Mulher. Já na terça-feira (27), no auditório da Policlínica Lessa de Andrade, na Madalena, às 14h, haverá palestra com o tema “Ancestralidade e (re) existência das mulheres negras: Pensando o cuidado em saúde das mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais”. Em seguida, será feita uma roda de diálogo e oficina de turbante. A Frei Caneca FM, rádio pública do Recife, também participa das ações em alusão à data. Serão 24h de seleção musical exclusiva com mulheres negras, latinas e caribenhas. O ouvinte curte sucessos de Lia de Itamaracá, Dona Cila do Coco, Isaar, Majur, Leci Brandão, Mariene de Castro, Dona Ivone Lara, Luedji Luna, Nubya Garcia, Omara Portuondo, Alice Coltrane, Linn da Quebrada e Rihanna. A programação da Frei Caneca FM está disponível pela 101.5 FM no Recife e região metropolitana ou pelo site de qualquer lugar do mundo pelo www.freicanecafm.org. “Trabalhamos atividades com foco na saúde da mulher negra e toda sua integralidade. E pensar o racismo como elemento que estrutura a sociedade, traz pra gente um cenário de morte e adoecimento, que coloca as mulheres negras, muitas vezes, em lugares de não acesso aos serviços de saúde. A gente tem um olhar interseccional para trazer atividades e dialogar com outros setores por saber que a mulher negra é diversa e que a saúde da mulher inicia com com saberes africanos e afroindígenas”, conta Rose Santos, coordenadora de Política de Saúde da População Negra. Programação: 26/07 Local: Pátio São Pedro 08 às 17h - Orientações em saúde bucal e distribuição de kits de higiene; aferição de pressão arterial e glicemia; vacinação contra covid-19, gripe e sarampo; testagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs); distribuição de preservativo e aula de ritmos com a Academia da Cidade 10h - Exibição do curta-metragem “As filhas do Vento” seguido de debate com Mãe Equedje Nete de Oyá, no Memorial Chico Science; 14h às 17h – divulgação volante dos serviços de atenção e prevenção à violência contra a mulher; 14h às 21h30 – Feira da Ancestralidade: barracas de artesanato, ervas medicinais, culinária afro, dentre outras, por empreendedoras negras; 14h às 16h - Roda de Conversa Mulher negra no mercado de trabalho da cultura,, com o tema “O mercado de trabalho para profissionais negras”, com a participação de Nathê Ferreira, Briê Silva e Sophia William - no Núcleo Afro; 16h – Oficina de Turbante – com Anaxé – para 25 mulheres; 17h às 17h40 - Capoeira Angola Ifé; 18h às 21h40 – Terça Mulher Negra – shows com as seguintes atrações: Gabo do Carmo, Edilza Aires, Twerk Recife e Maracatu Baque Mulher. 27/07  Local: Auditório da Policlínica Lessa de Andrade 14h às 16h - Tema: Ancestralidade e (re) existência das mulheres negras: Pensando o cuidado em saúde das mulheres LBT 14h - Acolhimento 14h30 - Roda de Diálogos com Íris Maria, Marcelo Oliveira e Anaxé 16h - Oficina de Turbante com Anaxé 27/06 Intervenção Urbana Colorindo Recife no muro externo do Sesc Casa Amarela. 28/06Local: Kilombourbano, Rua Bispo Cardoso Aures, 481, Soledade.14h - Oficina Moda como ResignificaçãoLocal: Kilombourbano, Rua Bispo Cardoso Aures, 481, Soledade.29/06Local: Kilombourbano, Rua Bispo Cardoso Aures, 481, Soledade.14h - Oficina Espelho de Automake: acessando nossa beleza negra18h - Gira de conversa Afroempregabilidade: experiências de negritude no mercado de trabalho30/06Local: Praça do Arsenal, Bairro do Recife9h - Olha Recife: Recife AfroLocal: Kilombourbano, Rua Bispo Cardoso Aures, 481, Soledade.14h - Oficina Comer com as Mãos: ciência ancestralidade e afroempreendedorismo17h - Feira Julho das Pretas no Kilombo 19h - Afrobaile: Edição Julho das Pretas - DJ Boneka e DJ Kananda PX

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Dom Helder e Tarcisio

A história de Tarcísio Pereira, o livreiro que conquistou o Recife

(Da Cepe) Tarcísio Pereira, o homem que na década de 1990 conduziu a maior livraria do Brasil, tem o seu perfil publicado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). O título foi escrito pelo jornalista Homero Fonseca e apresenta a trajetória do livreiro e da icônica Livro 7, inaugurada no Recife em 27 de julho de 1970 e fechada em 2000. O lançamento será às 19h de quarta-feira (27/07), no Paço do Frevo, localizado no Bairro do Recife, e remete à data de fundação da livraria. É aberto ao público, com apresentação de orquestra de frevo e homenagens de amigos. “Mesmo sem ter sido um criador de conteúdo, Tarcísio teve a maior importância na vida cultural de Pernambuco”, destaca Homero Fonseca, ao falar sobre a publicação Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo, da Cepe Editora. Ele nasceu em Natal (RN), migrou para o Recife com a família, ainda adolescente, e morreu em 25 de janeiro de 2021, aos 73 anos, por complicações da covid-19. Na capital pernambucana, também foi editor e atuou como superintendente de Marketing e Vendas da Cepe. A publicação, com 308 páginas, traz relatos de parentes, amigos, ex-funcionários e admiradores do livreiro, que se vestia de azul da cabeça aos pés. “O homem de azul se tornou a persona de Tarcísio, isto é, sua imagem pública. Uma imagem que começou espontaneamente, mas logo seria consolidada numa construção milimétrica. Um conjunto formado por vários elementos: gosto, comodidade, moda, superstição, marketing”, escreve Homero Fonseca num trecho do livro. O trabalho é o resultado de um ano de pesquisa e estudo, informa o autor, que optou por fazer um perfil biográfico, “com os rigores possíveis de uma biografia e toques de ensaio jornalístico.” No livro, ele resgata as origens da família de Tarcísio no interior do Rio Grande do Norte, os efeitos de ter sido criado numa casa com predominância feminina, o espírito agregador presente em toda a sua vida, a história da Livro 7, a vocação de mecenas do movimento cultural do Recife e a troça Nóis Sofre, Mas Nóis Goza, agremiação carnavalesca da livraria. “Antes de focar na trajetória pessoal de Tarcísio Pereira, havia a necessidade incontornável de mostrar o contexto da época. Contar a trajetória de Tarcísio é contar a história da Geração 68, da juventude que saiu às ruas no mundo para se expressar”, afirma Homero Fonseca. A livraria fundada no dia 27 do mês 7 de 1970 por Tarcísio Pereira - integrante dessa geração e supersticioso com o numeral 7 -, em plena ditadura militar no Brasil, logo se tornou “um canal de manifestação dessa juventude estudantil pela cultura”, diz ele. A Livro 7 surgiu num espaço exíguo no nº 286 da Rua Sete de Setembro, bairro da Boa Vista, Centro do Recife. “Era tão pequena e tão atulhada de livros que a gente entrava, escolhia um, saía para o corredor para poder tirar a carteira do bolso da bunda e voltava para pagar no caixa.” A descrição, reproduzida no livro, é do escritor e dramaturgo Hermilo Borba Filho (1917-1976). De 1974 a 1978 a Livro 7 funcionou no casarão 307 da mesma rua e de 1978 a 1998 ocupava um galpão de 1.200 metros quadrados no imóvel 329, sempre na Sete de Setembro. No Guinness Book, o livro dos recordes, apareceu como a maior livraria do Brasil de 1992 a 1996. Frequentada por intelectuais da direita e da esquerda, era reconhecida como ponto de encontro dos recifenses. “É célebre a tirada do deputado Ulysses Guimarães, num jantar após o lançamento do seu livro Rompendo o cerco: Em Pernambuco, não existem só dois partidos, o MDB e a Arena. Aqui há um terceiro partido: a Livro 7”, recorda Homero Fonseca numa passagem do livro. Ao traçar o perfil do livreiro, ele compartilha com os leitores histórias curiosas sobre a vida do menino e do jovem Tarcísio. Também aborda problemas que levaram à falência da livraria: planos econômicos implantados nos anos 1990, a decadência do Centro e a inadimplência de consumidores. “Era uma relação comercial de bodega a que estabeleci com os clientes”, reconhece Tarcísio Pereira, em entrevista concedida dois anos após o fim da Livro 7. Ele pretendia abrir uma livraria no Mercado da Torre, na Zona Oeste do Recife, mas morreu antes, diz Homero Fonseca. Serviço O que: Lançamento de Tarcísio Pereira - Todos os livros do mundo Quando: 27 de julho em evento aberto ao público Local: Paço do Frevo (Rua da Guia, s/n, Bairro do Recife) Hora: 19h Preço do livro: R$ 45 (impresso) e R$ 18 (e-book) Trecho do poema Saga de um semeador, de Marcelo Mário de Melo, publicado no livro Ele juntou sete sonhos e plantou dentro de um livro numa manhã de setembro. Depois de sete semanas brotaram sete mil frutos. E continuou plantando. Sua vida virou livros em ciranda e carnaval com sete orquestras tocando. 

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"Pequenos produtores que conservam a Caatinga podem ter acesso aos créditos de carbono"

Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco fala sobre a primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil que foca na sustentabilidade do ambiente do semiárido e da sua população. Mais da metade da Caatinga está degradada e a situação no semiárido tende a se agravar. Projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Uma solução criativa para contribuir para a reversão desses efeitos das mudanças climáticas foi a criação da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil. A Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga visa a colaborar com os pequenos produtores da região na conservação e na regeneração de áreas das suas propriedades e, dessa forma, terem acesso a créditos de carbono. Nesta conversa com Cláudia Santos, Sérgio Xavier, articulador do CBC (Centro Brasil no Clima) e desenvolvedor do Projeto HidroSinergia - Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, explica detalhes da iniciativa. Um ponto interessante é a ideia de agregar um valor social aos créditos de carbono, já que a Caatinga captura menos CO2 do que a Amazônia e possui muitos habitantes de baixa renda que podem agravar sua condição de vulnerabilidade com o aquecimento global. O que é a Associação de Produtores de Crédito de Carbono Social do Bioma Caatinga e qual a sua proposta? Trata-se da primeira cooperativa de créditos de carbono do Brasil, em implantação na Caatinga, nas fronteiras de Alagoas, Sergipe, Bahia e Pernambuco. É uma inovação dentro do emergente conceito de economia regenerativa. Visa a gerar renda para pequenos produtores rurais, reverter desmatamentos, reduzir desigualdades, desenvolver novas cadeias de negócios sustentáveis e, simultaneamente, regenerar ambientes florestais, proteger a biodiversidade e mitigar os impactos das mudanças climáticas. A ideia é que esses pequenos produtores da região façam a conservação e regeneração da Caatinga nas suas propriedades e tenham acesso aos créditos de carbono. Esse projeto experimental está integrado ao Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, em desenvolvimento pelo CBC (Centro Brasil no Clima), com apoio do iCS (Instituto Clima e Sociedade), Instituto Climainfo e diversos parceiros. Além da inserção da agricultura familiar no promissor e irreversível mercado global de carbono, o Lab interconecta outros eixos, como: geração de energia solar em rede cooperativa; produção de mudas de espécies nativas; cadeias de reciclagem; e bioeconomia – com pesquisas de aplicações industriais para produtos da caatinga viva, de pé, buscando criar um novo modelo econômico socialmente inclusivo, cientificamente embasado e ambientalmente regenerativo. Qual o impacto das mudanças climáticas na caatinga e qual a importância da preservação do bioma? O IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, que reúne centenas de cientistas de 67 países, aponta o semiárido brasileiro como uma das áreas mais impactadas com o aquecimento global. Com a temperatura média do planeta subindo, resultante da queima incessante de combustíveis fósseis e desmatamentos, as projeções científicas apontam menos chuva, mais calor, secas mais prolongadas e desertificação nessa região, que abriga 28 milhões de pessoas e concentra imensas desigualdades. Metade da Caatinga já está degradada, o que agrava ainda mais a situação e exige uma urgente economia de reflorestamento, com educação ambiental e fortalecimento social. Mercado de carbono, conservação hídrica e pequenas bioindústrias comunitárias são algumas alternativas possíveis e necessárias para enfrentar este cenário. Quais as atividades desenvolvidas nesse projeto da cooperativa com os pequenos produtores voltadas para a preservação da Caatinga? Nesta fase de estruturação está sendo realizado um levantamento do estoque de carbono das áreas preservadas dos associados e a modelagem do cálculo de captura de carbono, buscando agregar valor social e mecanismos de justiça climática. Considerando que o bioma Caatinga captura menos carbono do que a Amazônia e possui milhões de pessoas com baixíssima renda, em grave risco de colapso nas condições de vida, a ideia é agregar um valor social aos créditos de carbono, visando a uma soma que envolve recomposição florestal, pagamentos por serviços ambientais, proteção da biodiversidade, redução de desigualdades e melhoria da qualidade de vida e da resiliência comunitária. Simultaneamente a esse processo, estamos articulando potenciais financiadores de eixos econômicos verdes e possíveis compradores de créditos de carbono, serviços ambientais e bioprodutos, comprometidos com o desenvolvimento inclusivo e regenerativo do bioma. Algumas grandes empresas com efetivo compromisso socioambiental estão interessadas em participar do Lab para desenvolver modelos de negócios que já trazem em si processos de regeneração florestal, economia circular, educação ambiental e fortalecimento social. Além dessas ações em desenvolvimento pelo CBC e parceiros, o presidente eleito da cooperativa, Haroldo Almeida, em conjunto com dezenas de associados e especialistas, está reunindo conhecimentos e discutindo ideias para o funcionamento institucional da iniciativa. O que é o Lab de Economia Regenerativa do Rio São Francisco, que está sendo estruturado em Paulo Afonso? O Lab do São Francisco é similar ao modelo que o Consórcio Noronha Pelo Planeta – composto por CBC, InterCidadania, Sins- Pire e Circularis, está implantando na ilha de Fernando de Noronha, com apoio da administração do arquipélago (Governo de Pernambuco) e grande patrocínio da empresa Ball Corporation, líder global em fabricação e reciclagem de latinhas de bebidas. Com 100% de investimentos privados, o Lab de Noronha também tem participação da Ambev, Minalba, Novelis, Neoenergia, Renault e Gol. Esses Labs visam unir conhecimentos acadêmicos, saberes das comunidades locais, empresas, políticas públicas e iniciativas não governamentais para desenvolver cadeias econômicas que, em vez de degradar, poluir e gerar lixo e exclusão, possam promover a reciclagem plena, o uso de energia renovável, a alta eficiência hídrica, a efetiva recuperação de ambientes degradados e, sobretudo, a reversão de desigualdades. De que forma serão lançados os créditos de carbono social e como eles serão comercializados? O modelo e a estratégia estão sendo desenvolvidos pelos associados, especialistas de diversas áreas e potenciais patrocinadores e compradores. A incorporação da dimensão social no cálculo do crédito de carbono exige visão sistêmica e conhecimento

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Serra Talhada vai receber o espetáculo O Massacre de Angico – A Morte de Lampião

As apresentações serão entre os dias 27 e 31 de julho, sempre às 20h, na Estação do Forró O espetáculo teatral O Massacre de Angico - A Morte de Lampião foi exibido pela primeira vez há 10 anos e está mais uma vez na programação do Tributo a Virgolino - A celebração do Cangaço, evento promovido pela Fundação Cabras de Lampião, e que vai ser realizado entre os próximos dias 27 e 31 de julho. A peça, voltada para toda a família, vai acontecer em todos os dias do evento, sempre às 20h, na Estação do Forró em Serra Talhada. A entrada é gratuita e a expectativa é que mais de 50 mil pessoas confiram o trabalho ao longo dos cinco dias.  O Massacre de Angico - A Morte de Lampião relembra o encontro entre os militares do governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e Maria Bonita. O casal e outros nove integrantes do bando foram mortos no dia 28 de julho de 1938, na grota de Angico, em Sergipe, o que praticamente pôs fim a Era do Cangaço. O texto dramatúrgico foi escrito pelo pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu, e onde a peça será encenada. Para Anildomá, o “molho” que rege toda esta história é o perfil apresentado do homem, símbolo do Cangaço, visto por um viés bem mais humano. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo, que é afetuoso, e que não representa somente a guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder. Vamos mostrar o homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor. Com o lema “O Maior Espetáculo ao Ar Livre do Sertão Nordestino”, O Massacre de Angico - A Morte de Lampião conta com 30 atores, 70 figurantes, além de 40 profissionais na equipe técnica e administrativa. A direção é de Izaltino Caetano, mestre responsável por grandes produções teatrais ao livre em Pernambuco.  No elenco, atores de Serra Talhada, e também do Recife, de Limoeiro e de Olinda, além da atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita e é natural de Maceió, Alagoas, mas passou toda a infância em Serra Talhada. O ator e dançarino, Karl Marx, vive o protagonista Lampião.  “A responsabilidade é grande porque trata-se de uma personagem que mexe com a imaginação das pessoas, que influenciou a cultura popular sertaneja, os valores morais e até o modo de viver do nosso povo. Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica”, declarou Karl Marx . “Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, acrescentou ele. Trata-se de uma realização da Fundação Cultural Cabras de Lampião, com incentivo do FUNCULTURA/Secretaria de Cultura/Governo do Estado de Pernambuco e Prefeitura Municipal de Serra Talhada, além de diversas empresas locais. A montagem teve a sua estreia em julho de 2012. História - O espetáculo reconta a vida do Rei do Cangaço, Lampião, desde o desentendimento inicial de sua família com o vizinho fazendeiro, Zé Saturnino, ainda em Serra Talhada, até a sua morte. Na história, para evitar uma tragédia, o pai, Zé Ferreira, fugiu com os filhos para Alagoas, mas acabou sendo assassinado por vingança. Revoltados e querendo fazer justiça com as próprias mãos, Virgolino Ferreira da Silva e seus irmãos entregaram-se ao Cangaço, movimento que deixou políticos, coronéis e fazendeiros apavorados nas décadas de 1920 e 1930 no Nordeste. Temidos por uns e idolatrados por outros, os cangaceiros serviram como denunciantes das péssimas condições sociais da época.ResponderResponder a todosEncaminharVA

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UFPE publica edital de concurso para professor com 36 vagas em diversas áreas

(Da Ascom da UFPE) A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) publicou edital de concurso público para o cargo de professor do magistério superior. São oferecidas 36 vagas, para diversas áreas do conhecimento, sendo 27 vagas para ampla concorrência, sete para pessoas negras e duas para pessoas com deficiência (PCD). As inscrições acontecem de 5 de agosto a 3 de setembro. O edital foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 13 deste mês e republicado no dia 21.  A taxa de inscrição é de R$ 239,00. O período para solicitar isenção do pagamento vai de 5 a 14 de agosto. As vagas são para os Centros de Artes e Comunicação (CAC); Ciências Médicas (CCM); Acadêmico do Agreste (CAA); Exatas e da Natureza (CCEN); Ciências da Saúde (CCS); Ciências Sociais Aplicadas (CCSA); Educação (CE); e Informática (CIn). Conforme Resolução do Cepe nº 15/2022, o concurso tem quatro etapas obrigatórias: prova escrita (eliminatória); prova didática (eliminatória); defesa de memorial (eliminatória); prova de títulos (classificatória). O docente ingressa na carreira de magistério superior na Classe A, nível 1, com as denominações professor adjunto A, se portador do título de doutor; professor assistente A, se portador do título de mestre ou; professor auxiliar, se graduado ou portador de título de especialista. A remuneração varia de acordo com a titulação e o regime de trabalho, que pode ser de 20h ou 40h com dedicação exclusiva (DE). No caso de professores que fazem 40h semanais, o salário pode ir de R$ 5.367,17 a R$ 9.616,18. O salário de docentes com carga horária total de 20h vai de R$ 2.459,95 a R$ 3.522,21. O edital está disponível na página da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) da UFPE. Em breve, a Universidade vai divulgar, nesta página, os avisos e comunicados gerais de interesse dos candidatos, além de informações complementares ao edital. Para mais informações, os candidatos deverão acessar o sistema de gerenciamento do concurso (SIGRH). 

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Garanhuns tem 94% de ocupação no segundo final de semana do FIG

A Unidade de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e da Empetur realizou levantamento junto aos meios de hospedagem de Garanhuns. O município teve a previsão de ocupação de 94% entre os dias 22 e 24 de julho no segundo final de semana do Festival de Inverno de Garanhuns - FIG 2022. A média de permanência é de dois dias. Entre os principais emissores de turistas, estão Recife, Natal, Maceió, São Paulo e municípios paraibanos. O setor de pesquisas realiza também a Pesquisa do Perfil do Visitante com uma equipe volante de entrevistadores. Os visitantes que estiverem em Garanhuns podem se divertir com o Canta Pernambuco. Trata-se de um espaço interativo com um karaokê criado pela Secretaria de Turismo e Lazer, por meio da Empetur, na Praça Dominguinhos, ao lado do palco principal. Animadores convidam talentos anônimos no meio da multidão para participar de uma divertida disputa. Entre uma apresentação e outra, o público conhece um pouco mais da cultura e dos atrativos turísticos das localidades de cada um dos participantes. A brincadeira acontece de quinta a domingo, das 18h às 23h.

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Metaverso: o futuro será virtual?

Por Rafael Dantas Metaverso. Essa palavra passou a aparecer com mais frequência nos noticiários e criar uma certa agitação sobre os seus impactos no mercado. A primeira vez que esse termo surgiu completou 30 anos, no livro de ficção Snow Crash, do escritor estadunidense Neal Stephenson. Na narrativa, ele constrói um espaço virtual coletivo compatível e convergente com a realidade. Todo o rebuliço em torno do tema dos últimos meses, no entanto, tem relação com a mudança de nome do Facebook para Meta, em uma referência direta à nova aposta que Mark Zuckerberg está fazendo nesse que é considerado o futuro da internet. Existem muitos conceitos em discussão sobre o que seja metaverso. De forma simplificada, o cientista-chefe da TDS e professor da CESAR School, Silvio Meira, define que: “O metaverso é um fluxo de experiências intensivo em presença, identidade e continuidade”. Cada pedacinho dessa expressão, no entanto, gera uma série de interpretações e de possibilidades. Leia a entrevista completa na edição 196.4 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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