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CASACOR PE 2024 abre no Edf. Palazzo Itália, no Bairro do Recife, neste sábado (14)

Maior mostra de arquitetura e design de Pernambuco reúne 34 ambientes e estará aberta ao público até 3 de novembro A 37ª edição da CASACOR PE começa neste sábado, 14 de setembro, no Edf. Palazzo Itália, localizado no Bairro do Recife. O evento promete atrair turistas e moradores da região ao apresentar 34 ambientes, entre quartos, salas, cozinhas e estúdios, todos distribuídos em uma área de 2.500m². Os ingressos já estão disponíveis e custam R$ 90 (inteira), com opções de meia-entrada e ingresso social. A mostra, que vai até 3 de novembro, funcionará de terça a sábado, das 14h às 22h, e aos domingos e feriados, das 11h às 19h. O tema deste ano, "De presente, o agora", convida o público a refletir sobre a importância de desacelerar e viver o momento. Carla Cavalcanti, uma das diretoras da CASACOR PE, destaca a relevância de movimentar o histórico Bairro do Recife mais uma vez. “Ficamos felizes em dar luz a outro prédio do nosso rico casario histórico do Bairro do Recife”, afirma. Além de explorar a exposição, os visitantes também poderão aproveitar operações de gastronomia e lazer, como o restaurante Cá-Já, o Kisu Sushi Bar e o Borsoi Café, com acessos gratuitos e independentes da mostra. Uma das grandes homenagens desta edição será à arquiteta Janete Costa, cujo ambiente foi projetado por seu filho, Mário Santos. Outras homenagens serão feitas ao pintor pernambucano Montez Magno e ao escultor Abelardo da Hora, que teria completado 100 anos em 2024. A curadoria da CASACOR PE 2024 traz uma mescla de talentos locais e nacionais, com a participação de jovens arquitetos e designers ao lado de nomes já consagrados do setor, criando uma diversidade de estilos e vivências. A CASACOR PE faz parte de um circuito nacional com edições em vários estados do Brasil, além de franquias internacionais. O evento é uma oportunidade única para quem deseja mergulhar no universo da arquitetura, decoração e paisagismo, além de oferecer uma rica experiência cultural no coração do Recife Antigo. Serviço – CASACOR PE 2024

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Transformação digital, com investimentos federais, promete impulsionar a indústria no Nordeste

Sudene destaca papel da revolução digital industrial para a competitividade da região, com aporte de R$ 186 bilhões A transformação digital da indústria no Nordeste ganhou um reforço significativo com o anúncio de R$ 186 bilhões de investimentos pelo Governo Federal. A iniciativa faz parte da Missão 4 da Nova Indústria Brasil, detalhada em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin. O objetivo é aumentar a competitividade do setor industrial brasileiro, com foco na inovação e modernização tecnológica. Segundo Danilo Cabral, superintendente da Sudene, a instituição será fundamental para aplicar os investimentos na região. “Nós identificamos nas seis missões da nova política industrial como elas se encaixam no nosso território, buscando oportunidades para adensar as cadeias produtivas vinculadas a essas iniciativas”, afirmou. Cabral destacou o exemplo do Porto Digital, em Recife, como um polo de sucesso na transformação digital, sendo uma referência para a expansão desse movimento. O plano prevê que até 2026, 25% das empresas industriais brasileiras estarão digitalizadas, com um avanço até 50% até 2033. Entre os setores que receberão foco estão os de semicondutores, robótica industrial e infraestrutura avançada, como a fabricação de chips e a instalação de data centers. Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, celebrou o papel da parceria com a iniciativa privada, que será responsável por aportar R$ 85,7 bilhões dos investimentos. Além dos recursos, a Sudene destacou a reativação do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), que busca integrar instrumentos de financiamento, como os fundos regionais (FDNE e FNE), com as demandas da Nova Indústria Brasil. “Essa integração entre financiamento, pesquisa e inovação permitirá agregar valor à transformação digital das indústrias do nosso território”, acrescentou Danilo Cabral. A Sudene também lidera os programas NE 4.0 e PE 4.0, que já qualificaram 126 profissionais em sete estados do Nordeste, impulsionando o setor industrial na região.

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Fake News e a irresponsabilidade na política

*Por Débora Almeida Cada vez é mais comum sentir a indignação da população com a disseminação de notícias falsas, as famosas, fake News. Essa percepção fica mais evidente quando o cenário está ligado a política e eleições. As fake news têm um impacto significativo na política, afetando tanto a opinião pública quanto os processos eleitorais e governamentais. Segundo pesquisa da Febraban, 88% dos brasileiros defendem punições severas aos candidatos que se beneficiam das notícias falsas. Importante que o estudo aponta que 52% desse público pesquisado é a favor de penas mais severas como a impugnação das candidaturas. Outros 12% defendem a suspensão da campanha eleitoral por um período, 10% opinam pela suspensão completa da propaganda eleitoral e 3% indicam apenas uma repreensão pública. 5% defendem todas elas. Essa é uma luta constante ainda mais dos atores envolvidos na política, seja local ou nacional, esse tipo de conduta ajuda na desinformação e manipulação da opinião pública. As fake news podem moldar a opinião pública com base em informações incorretas ou enganosas e disseminação dessas notícias falsas pode aumentar a polarização política, promovendo divisões mais profundas entre diferentes grupos. Quando falamos especificamente das eleições a preocupação é que essa ferramenta criminosa pode ser usada para influenciar o resultado das eleições, afetando a percepção dos candidatos e suas plataformas, além de terem o poder de difamar candidatos, prejudicando suas campanhas e levando eleitores a tomar decisões baseadas em informações falsas. Vale reforçar também a importância da mídia, o jornalismo sério, que deve cada vez mais ser usado como a fonte para as informações apuradas com imparcialidade e compromisso com a verdade. Se as pessoas continuarem com essa prática iremos ver cada vez mais intensamente a desconfiança com a seriedade das instituições e do nosso sistema político, pois as pessoas irão acreditar que o sistema político está corrompido ou manipulado por informações falsas, pode haver uma erosão da confiança nas instituições democráticas. E agora depois de todo esse cenário, o que devemos fazer para nos proteger? Verifique a fonte da informação, ou seja, antes de compartilhar qualquer notícia, procure confirmar a sua veracidade em fontes confiáveis; importante desconfiar de títulos sensacionalistas, atenção aos títulos exagerados ou que geram emoções fortes tendem a ser falsas. Uma dica muito importante é procurar informações em diferentes fontes porque se faz cada vez mais necessário comparar as informações de diferentes veículos de comunicação para ter uma visão mais completa do assunto. Por fim, utilize ferramentas de verificação de fatos, existem diversas ferramentas online que podem ajudar a identificar notícias falsas. Fica aqui uma mensagem final, a utilização de fake news por políticos é uma prática ilegal e pode ter graves consequências. É fundamental que a sociedade esteja atenta a esse problema, façam suas denúncias e por outro lado, as autoridades devem adotar medidas eficazes para combater a disseminação de informações falsas. Debora Almeida – ex-prefeita de São Bento do Una por duas gestões e atual deputada estadual (PSDB)

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Murucututu: Exposição de Amanda Melo da Mota e Cristiano Lenhardt na Amparo 60

Mostra reúne obras que exploram o diálogo entre materiais e técnicas, ressaltando o encontro criativo dos artistas A exposição Murucututu, assinada pelos artistas Amanda Melo da Mota e Cristiano Lenhardt, está em cartaz na galeria Amparo 60, no Recife. A mostra, que reúne cerca de 28 obras, reflete o processo de colaboração entre os dois, que inclui tanto peças criadas em conjunto quanto trabalhos individuais que dialogam entre si. As obras utilizam materiais como cerâmica e têxteis, resultando de experimentos e trocas artísticas que começaram durante a pandemia. O nome Murucututu faz referência à coruja nativa da Mata Atlântica, cujo canto inspirou os artistas durante uma imersão no ateliê de Cristiano, em São Lourenço da Mata. Durante esse período, desenvolveram obras colaborativas, como a tela feita a partir de terra avermelhada e uma série de cerâmicas que, após um incidente no processo de queima, deram origem a esculturas. Segundo Cristiano, “foi um processo intenso, intuitivo e muito divertido,” marcado pela exploração de novos caminhos e pela ressignificação de materiais. A mostra também destaca o trabalho individual de cada artista, em constante diálogo. Amanda, cujas obras sempre trazem questões ligadas ao corpo e à paisagem, encontrou uma amplificação de suas poéticas ao trabalhar com Cristiano. “Também pensamos quais trabalhos nos tocavam. Aqueles do Cris que eu gosto, os meus que ele gosta, todos eles entraram em uma primeira lista”, ressalta Amanda, revelando como o apoio mútuo fortaleceu suas produções. Para Ana Maria Maia, crítica que assina o texto da exposição, Murucututu reflete a capacidade dos artistas de lidar com “a indisciplina dos materiais” e de transformar o fracasso em novas possibilidades criativas. A exposição permanece em cartaz na Amparo 60 até o fim de outubro, proporcionando uma experiência rica em experimentação e diálogo artístico.

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Brasil tem mais de 30 internações ao dia por tentativa de suicídio

(Da Agência Brasil) O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, ao longo de 2023, 11.502 internações relacionadas a lesões em que houve intenção deliberada de infligir dano a si mesmo, o que dá uma média diária de 31 casos. O total representa um aumento de mais de 25% em relação aos 9.173 casos registrados quase dez anos antes, em 2014. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (11) pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede). Em nota, a entidade lembrou que, nesse tipo de circunstância, médicos de emergência são, geralmente, os primeiros a prestar atendimento ao paciente. Para a associação, o aumento de internações por tentativas de suicídio e autolesões reforça a importância de capacitar esses profissionais para atender aos casos com rapidez e eficiência, além de promover acolhimento adequado em situações de grande fragilidade emocional. Segundo a Abramede, os números, já altos, podem ser ainda maiores, em função de possíveis subnotificações, registros inconsistentes e limitações no acesso ao atendimento em algumas regiões do país. Os dados mostram que, em 2016, houve uma oscilação nas notificações de internação por tentativas de suicídio, com leve queda em relação aos dois anos anteriores. O índice voltou a subir em 2018, com um total de 9.438 casos, e alcançou o pico em 2023. Estados e regiões A análise regional das internações por lesões autoprovocadas revela variações entre os estados brasileiros. Para a associação, em alguns deles, foi registrado “um crescimento alarmante”. Alagoas, por exemplo, teve o maior aumento percentual de 2022 para 2023 – um salto de 89% nas internações. Em números absolutos, os casos passaram de 18 para 34 no período. A Paraíba e o Rio de Janeiro, de acordo com a entidade, também chamam a atenção, com aumentos de 71% e 43%, respectivamente. Por outro lado, estados como São Paulo e Minas Gerais, apesar de registrarem números absolutos elevados – 3.872 e 1.702 internações, respectivamente, em 2023 –, registraram aumentos percentuais menores, de 5% e 2%, respectivamente. Num movimento contrário, alguns estados apresentaram reduções expressivas no número de internações por tentativas de suicídio e autolesões no ano passado. Amapá lidera a lista, com uma queda de 48%, seguido pelo Tocantins (27%) e Acre (26%). A Abramede destaca que a Região Sul como um todo enfrenta “tendência preocupante” de aumento desse tipo der internação. Santa Catarina apresentou crescimento de 22% de 2022 para 2023, enquanto o Paraná identificou aumento de 16%. O Rio Grande do Sul ficou no topo da lista, com aumento de 33%. Perfil De acordo com a associação, o perfil de pacientes internados por lesões autoprovocadas revela uma diferença significativa entre os sexos. Entre 2014 e 2023, o número de internações de mulheres aumentou de 3.390 para 5.854. Já entre os homens, o total de internações caiu, ao passar de 5.783 em 2014 para 5.648 em 2023. Em relação à faixa etária, o grupo de 20 a 29 anos foi o mais afetado em 2023, com 2.954 internações, seguido pelo grupo de 15 a 19 anos, que registrou 1.310 casos. “Os números ressaltam a vulnerabilidade dos jovens adultos e adolescentes, que, juntos, representam uma parcela significativa das tentativas de suicídio”, avaliou a entidade. Já as internações por lesões autoprovocadas entre pessoas com 60 anos ou mais somaram 963 casos em 2023. Outro dado relevante é o aumento das internações entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos – em 2023, foram 601 registros, quase o dobro do observado em 2011 (315 internações). Para a Abramede, embora o atendimento inicial desses casos necessite de “foco técnico”, é importante que a abordagem inclua também a identificação de sinais de vulnerabilidade emocional, com o objetivo de oferecer suporte integrado. A entidade avalia que uma resposta rápida e humanizada pode fazer a diferença no prognóstico desses pacientes, além de ajudar na prevenção de novos episódios. Setembro Amarelo No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se Precisar, Peça Ajuda. Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no país, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida. Na avaliação do psicólogo e especialista em trauma e urgências subjetivas Héder Bello, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos. Ele cita ainda ser uma pessoa LGBT, estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação ou até de tentativa de suicídio.” “Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente pra que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade.” Cenário global Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de 700 mil pessoas em todo o mundo tiram a própria vida. A entidade alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo aberto sobre o tema. A proposta é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar à abertura ao diálogo, à compreensão e ao apoio. Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. A OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades como um todo. Reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destacou

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Instituto Ricardo Brennand celebra 22 anos com show intimista de Martins

Evento reforça o papel cultural do espaço pernambucano Neste domingo (15), o Instituto Ricardo Brennand comemora seus 22 anos com um show especial do cantor pernambucano Martins, às 16h, na galeria do museu. O evento promete uma experiência intimista para o público em um dos maiores centros culturais do Brasil, localizado na Várzea, no Recife. Fundado em 2002, o Instituto é reconhecido por seu vasto acervo de obras de arte, armas brancas e documentos históricos. Desde sua criação, o espaço já recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes e foi premiado várias vezes pelo TripAdvisor como o melhor museu da América do Sul e do Brasil. A celebração com o show de Martins reforça o compromisso do Instituto em promover a cultura e a arte pernambucana, oferecendo uma programação que vai além da visitação tradicional, estimulando o encontro entre diversas formas de expressão artística. Serviço:

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Clínica Acolher promove evento inclusivo para crianças autistas no Cabo de Santo Agostinho

Segunda edição do “Dia A” contará com atividades lúdicas e recreativas gratuitas A Clínica Acolher realizará, neste sábado (14), a segunda edição do “Dia A”, um evento gratuito voltado para crianças autistas e suas famílias, no Cabo de Santo Agostinho. A programação inclui banho de espuma, brinquedos infláveis, pintura, música ao vivo e lanches. O evento acontece em frente à Câmara de Vereadores do Cabo, das 9h às 11h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Instagram da clínica, sendo cada criança acompanhada por dois responsáveis. Com vagas limitadas, o “Dia A” espera receber 300 crianças, triplicando o número de participantes da primeira edição. Além das atividades infantis, haverá massagens relaxantes para os adultos. Atuando desde 2021, a Clínica Acolher oferece uma gama completa de serviços especializados, como psicopedagogia, musicoterapia, ABA, entre outros, para crianças e adolescentes autistas.

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Indústria de transformação mantém desempenho superior ao de 2023

Crescimento expressivo em emprego e faturamento mesmo com recuos pontuais A atividade industrial brasileira segue em níveis superiores aos de 2023, conforme apontado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre janeiro e julho de 2024, a indústria de transformação registrou altas em várias variáveis, incluindo o faturamento, a utilização da capacidade instalada e o emprego, com destaque para o aumento de 1,7% no emprego industrial. Mesmo com quedas pontuais, como o recuo de 3,6% na massa salarial em julho, o quadro geral continua positivo. “Os Indicadores Industriais de julho trazem como destaque a manutenção do nível de atividade em 2024 acima do registrado em 2023. Por mais que algumas das variáveis tenham caído de junho para julho, ao comparar o período de janeiro a julho deste ano com o ano passado, todas as variáveis mostram alta”, explicou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI. Outro ponto relevante foi o crescimento de 15,2% no faturamento da indústria em julho de 2024, em comparação com o mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, esse indicador subiu 3,4%, atingindo o maior patamar desde 2021.

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Em busca de soluções para a população em situação de rua no Centro do Recife

Para resolver os problemas dessa população, que aumentou após a pandemia, gestores públicos, sociedade civil e a iniciativa privada acreditam serem necessárias iniciativas articuladas entre os diversos atores sociais. *Por Rafael Dantas Robson Pessoa, 49 anos, morou 12 anos nas ruas da capital pernambucana. Com o Auxílio Acolhida, um benefício temporário para pessoas em vulnerabilidade social, ele passou a morar de aluguel. Apesar de ter se formado na área de tecnologia da informação, ele não conseguiu emprego e trabalha como entregador de comida por aplicativos. Hoje ele atua como coordenador local do MNPR (Movimento Nacional da População de Rua) e como representante do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para População em Situação de Rua. Robson entende na pele as dores de pelo menos 1,8 mil pessoas que dormem nas praças, calçadas, debaixo das marquises ou dependendo de abrigos no Recife. Número, inclusive, que ele considera estar subestimado. “O movimento participou desta contagem, mas acreditamos que a quantidade de pessoas nas ruas é muito maior. Poucas crianças e adolescentes foram contabilizados e sabemos que são muitos que vivem nas ruas”, avalia Robson. O censo foi realizado pelo Instituto Menino Miguel, da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), em parceria com a Prefeitura do Recife. Apesar de trabalhar como entregador, ter se formado e representar politicamente essa população, Robson considera que permanece em vulnerabilidade de moradia. Sonhando com uma bike elétrica para conseguir fazer suas entregas com menos sofrimento, ele acredita que ao ter a suspensão do Auxílio Acolhida, o risco de voltar às ruas é real. De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas do Recife, Ana Rita Suassuna, dessa população vulnerável, 1.443 pessoas estão nas ruas e as demais em equipamentos de acolhimento. Apesar de combater o problema localmente, ela destaca que se trata de uma agenda que está bem além das fronteiras da cidade. “A problemática urbana do crescimento da população em situação de rua é mundial e não encontra barreiras econômicas nos países dos mais diversos extratos de PIB. Estudos realizados pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais, apontam para um número de cerca de 300.868 brasileiros em situação de rua em todo o Brasil”. Há recortes de gênero e de raça bem definidos dentro da população de rua recifense. Os homens representam 76%; os pretos e pardos somados resultam em 81% desse grupo. “Os conflitos familiares, uso prejudicial de álcool e de de drogas ilícitas, perda de moradia e de trabalho estão entre as causas que levam cidadãos e cidadãs à situação de rua na capital pernambucana”, afirmou Ana Suassuna, baseada no censo. Para metade dos entrevistados, as desavenças com os parentes são o principal motivo que os levam a abandonar suas casas. O envolvimento com drogas ilícitas foi apontado por 25% como a causa central, enquanto que a perda da moradia ou do emprego foi mencionada por cerca de 20% das pessoas. Já o uso prejudicial de álcool foi citado por 15% dos participantes do censo. As vozes de Robson, de Ana e das entidades que atuam na as sistência aos moradores de rua e dos representantes do poder judiciário e do Ministério Público se uniram na semana passada no seminário População em Situação de Rua no Centro do Recife promovido pela CDL Recife (Câmara dos Dirigentes Lojistas do Recife). A entidade, que discute ativamente diversos problemas que envolvem o Centro da cidade, atentou para o agravamento dessa situação após a pandemia. O Censo, por exemplo, identifi cou um crescimento de 30% em relação ao último levantamento, que tinha sido feito antes da crise sanitária. Encontrar alternativas de forma integrada para reverter esse qua dro foi a motivação da CDL Recife de promover, junto com a OAB-PE, o seminário. Paulo Monteiro, diretor institucional da CDL Recife, acre dita que a reversão desse cenário passa pela união e coordenação de diversos atores envolvidos na pauta. Ele propõe que instituições como a polícia, a igreja, o Governo do Estado, a Prefeitura do Re cife, o Poder Judiciário e o Ministério Público se juntem em um esforço conjunto para enfrentar o problema. Segundo ele, "não é uma questão de polícia, mas também não é uma questão só social, é uma questão que envolve todos esses atores", destacan do a necessidade de uma abordagem integrada para lidar com a complexidade da situação. A falta de articulação atual entre as entidades interessadas em apoiar as populações de rua gera, inclusive, desperdício de refeições doadas, segundo o diretor da CDL. A ausência de comunicação das diferentes instituições resulta na distribuição de comida por grupos distintos em um mesmo local com diferença de uma ou duas horas. AUMENTO DA VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO DE RUA Mais que o crescimento das pessoas que vivem nas ruas e das dificuldades de articulação entre os grupos de assistência, a violência urbana é um fator que escalou no último mês, contabilizando inclusive assassinatos. “Em 20 dias perdemos quatro crianças e adolescentes, entre a Praça Maciel Pinheiro e a Praça da Independência. Isso apenas no Centro do Recife”, lamentou o coordena dor do MNPR na capital pernambucana, Robson Pessoa. O avanço do crime organizado nos edifícios ocupados no Centro do Recife é um dos motivos que tem tornado essa população de rua ainda mais vulnerável, segundo Paulo Monteiro. "O narcotráfico se infiltrou nessas ocupações e eles passaram, inclusive, a ameaçar a integridade física desse povo, que já vive em uma condição desumana”. Em outras palavras, a vulnerabilidade alimentar, a falta de mo adia e de diversos outros direitos humanos negados foram somados, nas últimas semanas, ao risco de morte por estar numa calçada ou em um banco de praça. Os problemas de segurança, que têm escalado contra essa população ao patamar mais grave que são os homicídios, surgiram há bastante tempo nos levantamentos feitos junto às pessoas que circulam pelo Centro do Recife. Uma sondagem realizada pela CDL Recife em 2017 identificou que 88,9%

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"A gente vai fazendo a diferença e o resultado foi essa nota 10"

Elma Moura, gestora da Escola Municipal Manoel Leandro Morais, única unidade pública de ensino de Pernambuco a alcançar 10 no Ideb, afirma que a estratégia de focar nos alunos com dificuldades de aprendizado, a participação da família na vida escolar dos estudantes e o apoio psicossocial levaram à conquista da nota máxima. S ituada na zona rural, no distrito Maravilha, a cerca de 36 quilômetros da sede do muni￾cípio de Custódia, no Sertão do Moxotó, a Escola Municipal Manoel Leandro Morais foi notícia na mídia, semanas atrás, em razão de um feito surpreendente: foi a única unidade pública de ensino de Pernambuco a conquistar nota 10 nos anos iniciais do fundamental no Ideb 2023 (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Somente outras 20 escolas públicas em todo o Brasil receberam a nota máxima desse que é o principal indicador de qualidade do ensino, criado pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), órgão do MEC (Ministério da Educação). Detalhe: todas as demais escolas também estão localizadas no Nordeste, nos Estados do Ceará e Alagoas. O indicador relaciona o desempenho dos estudantes em avaliações externas de larga escala com dados de fluxo escolar. Cláudia Santos conversou com Elma Moura, a gestora do colégio nota 10 de Custódia, para conhecer a estratégia de sucesso que fez a escola brilhar no Ideb. As diretrizes foram estabelecidas pelo governo municipal e têm como foco os alunos com dificuldade de aprendizado, o incentivo à participação da família na vida escolar do estudante e o apoio de uma equipe psicossocial aos problemas comportamentais da garotada apresentados em sala de aula. Os alunos também são incentivados com premiações, assim como os professores, já que os profissionais da escola de Custódia com melhor desempenho no Ideb recebem o décimo quarto salário. Elma também ressalta a continuidade dessa política pela gestão municipal, que não foi interrompida desde 2017. Reportagens veiculadas na mídia afirmam que um dos motivos do sucesso da Escola Municipal Manoel Leandro Morais no Ideb é o fato de vocês terem focado nas crianças que apresentam dificuldades de aprendizado. A senhora poderia detalhar como é feito esse processo? Realizamos planejamentos quinzenais com os professores, em que eles repassam para a coordenação pedagógica quais alunos apresentam um pouco mais de dificuldade. Temos vários profissionais de apoio à educação especial e, quando um deles está disponível, retira o aluno da sala de aula por um momento, sonda qual é sua dificuldade – se em matemática ou leitura, por exemplo – e faz com ele uma espécie de reforço escolar. Isto porque, aqui as famílias de baixa renda, às vezes, não têm condição de pagar o reforço em casa. Então, os professores também se desdobram fazendo atividades diferenciadas e orientamos a família a fazer essas atividades em casa para ajudar a criança. Que tipo de atividades diferenciadas são realizadas? A coordenadora pedagógica pesquisa várias atividades e questionários de acordo com os descritores que o aluno tem dificuldade e pede para que a criança realize essas atividades. Assim, as dificuldades encontradas vão sendo sanadas, pois o estudante vai se familiarizando com o assunto da disciplina. O município inteiro basicamente trabalha mais ou menos na mesma metodologia, no mesmo estilo, porque acompanhamos a Secretaria Municipal de Educação, que também nos dá todo suporte. Desde quando a escola utiliza essa metodologia de trabalho e como é o envolvimento dos professores? Houve resistência no início? Não houve resistência. Desde 2017, o prefeito Manuca de Zé do Povo (Emmanuel Fernandes de Freitas Gois) vem investindo nisso. Começou dando computadores para todos os professores e tablets para os alunos do integral. A Secretaria de Educação do município de Custódia tem um sistema próprio de avaliação. Ela é exclusiva da cidade e conta com uma empresa que dá consultoria a todos os supervisores e coordenadores. Eles realizam essas avaliações no início do semestre, seguem para o semestre seguinte sabendo em quais descritores os alunos mais tiveram dificuldade, e o planejamento é realizado em cima desses descritores. Para a escola do município com melhor desempenho no Ideb, a prefeitura concede o décimo quarto salário. Então todo professor abraçou a causa e disse, “vamos à luta, vamos ganhar”. Deu um entusiasmo muito grande aos professores, e eles não medem esforços. Estão sempre dispostos a ajudar, a montar projetos. Então, esse modelo de trabalho foi introduzido em 2017, quando as escolas do município de Custódia deram essa guinada e decidiram fazer diferente a educação. E esse trabalho vem dando certo. A Escola Manoel Leandro Morais, em 2018, foi destaque no Ideb. Em 2022, ela ganhou o prêmio destaque do Criança Alfabetizada (programa do Governo do Estado). A nossa escola vem se destacando e o que eu digo para nossos alunos e professores é que temos ainda um desafio bem maior, que é manter essa qualidade. Vocês também estimulam a família a participar da vida escolar do estudante. Como é feito esse incentivo à participação? A participação é justamente uma das peças desse processo. O diálogo entre as famílias é o carro-chefe da escola e de todo o município. Por isso, estamos sempre incentivando essa conversa e convidando a família a se fazer presente na escola. Quando identificamos a dificuldade do aluno, checamos também se os pais ou responsáveis têm uma estrutura para ajudar, pois, muitas vezes, não têm estudos e não conseguem auxiliar. Então, os alunos cujos responsáveis não podem, nós ajudamos aqui na escola. Já aqueles cujos responsáveis conseguem auxiliar, nós orientamos, damos suporte e indicamos as atividades a serem feitas em casa. Outra preocupação nossa é com a ausência dos estudantes na sala de aula. Nós nos esforçamos para não deixar o aluno faltar. Quando identificamos que determinada criança não está comparecendo às aulas, procuramos saber o motivo, realizamos uma busca ativa. A Secretaria de Educação tem uma iniciativa de busca ativa, mas nossa escola tem um projeto próprio nesse sentido, temos profissionais de monitoria e transportes escolares e hoje também temos um acesso muito grande pelo celular que a gente na mesma hora

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