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Petrobras avança com pacote de editais para o Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima

Petrobras avança com pacote de editais para o Trem 2 da Refinaria Abreu e Lima A Refinaria Abreu e Lima (Rnest), localizada em Ipojuca, no Grande Recife, dará um importante passo rumo à ampliação de suas operações com a publicação de sete editais pela Petrobras. O projeto, que envolve a construção do Trem 2 da refinaria, representa um investimento de mais de R$ 8,4 bilhões e tem potencial para gerar milhares de empregos e movimentar a economia de Pernambuco. A iniciativa reforça o papel estratégico da Rnest no desenvolvimento econômico regional e nacional. Os editais abrangem desde serviços de construção, montagem e ajustes até fornecimento de bens para diversas unidades do Trem 2. Entre eles, destaca-se o maior pacote, orçado em R$ 2,9 bilhões, que inclui a construção das unidades de coqueamento retardado, tratamento cáustico regenerativo e subestações. Outros pacotes variam entre R$ 1,6 bilhão e R$ 700 milhões. Uma das licitações também contempla a desmontagem e limpeza de áreas na refinaria. Com a conclusão do Trem 2, a capacidade de processamento da refinaria será duplicada, atingindo até 260 mil barris de petróleo por dia. Segundo Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, os editais foram estruturados com base em aprendizados anteriores para aumentar a competitividade e atrair uma maior diversidade de fornecedores. As licitações, publicadas no Diário Oficial da União, reforçam a retomada dos investimentos na refinaria, conforme anunciado em cerimônia realizada no início do ano. Mais informações sobre os editais estão disponíveis no site oficial da Petronect (www.petronect.com.br).

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Principais ameaças cibernéticas para 2025: IA, IoT e cadeias de suprimentos

CEO da TrueSec destaca a sofisticação dos ataques e a necessidade de proteção proativa. Foto: Freepik A segurança cibernética enfrentará desafios ainda mais complexos em 2025, com destaque para ataques baseados em inteligência artificial (IA), dispositivos IoT e cadeias de suprimentos. De acordo com Alberto Oliveira, CEO da TrueSec, a evolução tecnológica impulsiona cibercriminosos a explorar novas vulnerabilidades, tornando ataques cada vez mais sofisticados. “IA, ataques à cadeia de suprimentos e dispositivos IoT como as tendências mais preocupantes para a segurança cibernética nos próximos anos. A sofisticação dos ciberataques, como os impulsionados pela IA, torna o reconhecimento e a resposta cada vez mais difíceis”, afirma o especialista. Um estudo da Keeper Security revelou que 51% dos líderes de segurança apontam a IA como a principal ameaça, enquanto 35% admitem não estarem preparados para enfrentá-la. Ferramentas de IA generativa têm sido usadas para criar phishing altamente personalizado e enganosamente realista. “Com o refinamento dos ataques, o phishing ainda tende a se espalhar por canais diversos, além dos tradicionais e-mails, como mensagens instantâneas e até telefonemas automatizados via IA”, destaca Oliveira. Essa estratégia aumenta a taxa de sucesso de cibercriminosos, dificultando a identificação de fraudes. Outro ponto crítico são os ataques às cadeias de suprimentos, que exploram fragilidades de fornecedores e parceiros para atingir empresas. “A previsão é que mais cadeias de suprimentos digitais sejam comprometidas, com hackers cada vez mais focados em vulnerabilidades não diretamente controladas pela empresa”, alerta Oliveira. Exemplos como o da National Public Data, nos EUA, que declarou falência após um ataque cibernético, evidenciam as graves consequências desses crimes. O crescimento do uso de dispositivos IoT também abre novas portas para invasões cibernéticas. Estudos da Gartner indicam que até 2025, 25% dos ataques a empresas envolverão dispositivos IoT. “Dispositivos inteligentes, como assistentes virtuais e monitores de bebê, podem ser infectados, permitindo o roubo de dados e até mesmo monitoramento invasivo”, explica Oliveira. Ele reforça que soluções como monitoramento contínuo, capacitação de equipes e estratégias de acesso de confiança zero (ZTNA) são fundamentais para proteger empresas contra essas ameaças emergentes.

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Festival Canavial inicia programação com cinema, mamulengo e cordel em Aliança

Evento oferece uma mostra de cinema, espetáculo de mamulengo e oficina de literatura de cordel para alunos da Escola Rural Chã de Câmará, na Mata Norte de Pernambuco. Foto: Hans von Manteuffel Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, a 17ª edição do Festival Canavial será aberta no Ponto de Cultura Estrela de Ouro, localizado na Zona Rural de Aliança, na Mata Norte de Pernambuco. O evento, que faz parte do esforço contínuo para preservar e valorizar a cultura popular do estado, terá sua programação iniciada com atividades voltadas para os alunos da Escola Rural Chã de Câmará. A ação é organizada pelo Movimento Canavial e coordenada pelos produtores Afonso Oliveira, Claudia Lemos e Selene Caetano. A programação inclui uma mostra de cinema infantil, com filmes que tratam de temas como identidade racial, diversidade e empoderamento. Dentre as exibições, destaca-se o curta-metragem ‘O Lápis Cor da Pele’, que conta a história de Dudu, um garoto negro que reflete sobre padrões de representatividade ao ouvir a frase "lápis cor da pele" de sua professora. O filme abre um debate sobre identidade e autoestima, que será continuado em rodas de conversa com a equipe pedagógica, incluindo as mediadoras Carlita Roberta e Izabel Farias, além da produtora Andréa Lima. Outro destaque da programação é o documentário ‘Parece Comigo’, que aborda a escassez de bonecas negras no mercado brasileiro e apresenta as iniciativas de bonequeiras que, por meio do artesanato, desafiam padrões da indústria. O documentário promove um debate sobre representatividade e pertencimento desde a infância, incentivando os estudantes a refletirem sobre o papel da cultura e do trabalho artesanal na transformação social. O evento também contará com o espetáculo Mamulengando Alegria, da Mestra Cida Lopes, que traz para os alunos o universo do teatro de bonecos. Com histórias que mesclam humor, emoção e crítica social, o espetáculo destaca o rico legado dos mamulengos e sua conexão com as tradições culturais nordestinas. Além disso, haverá uma oficina de literatura de cordel com o poeta Paulo Matricó, que compartilhará sua experiência e ensinará aos estudantes a estrutura do cordel e suas origens, explorando também temas do cotidiano e da cultura local. O Festival Canavial tem apoio da Funarte/MinC, da Prefeitura de Aliança e do Funcultura, e é realizado pelo Ponto de Cultura Estrela de Ouro, Maracatu Estrela de Ouro e Associação Reviva.

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Atos de Habitar: performance urbana propõe novas perspectivas sobre o espaço e o meio ambiente

Com dança e intervenção no centro do Recife, o projeto aborda temas como crise climática, especismo e o direito à cidade. Foto: Gabriela Oliveira O projeto Atos de Habitar - Onde a Vida Insiste é uma criação itinerante que integra dança, intervenção urbana e provocações artísticas. Com coreografia e performance dos artistas Guilherme Allain e Isabela Severi, e intervenções de Gabi Holanda, a performance acontecerá nos bairros de Santo Antônio e São José, no Recife. A ação se desdobrará em dois trajetos sensíveis, percorridos coletivamente com o público, que será convidado a interagir com o ambiente urbano através da presença simbólica das "ervas daninhas", "fungos" e "liquens". O projeto busca oferecer uma nova experiência da cidade, conectando a natureza com a paisagem urbana. Com a crise climática como pano de fundo, os artistas propõem uma reflexão crítica sobre a maneira como habitamos o espaço urbano, chamando a atenção para as questões ecológicas e a construção subjetiva e política da cidade. A performance busca envolver o público em um olhar mais sensível e atento ao que nos cerca, convidando-o a repensar o cotidiano e a relação com o meio ambiente. “Queremos explorar uma experiência de cidade que abrange o encontro com essas existências não-humanas e suas poéticas de habitar o espaço urbano”, afirmam os artistas. As apresentações ocorrerão nos dias 13 e 14 de dezembro de 2024, com pontos de encontro na Praça da República, no Bairro de Santo Antônio, e na Praça Sérgio Loreto, no Bairro de São José, sempre às 15h30. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente pela plataforma digital Sympla, com mais informações disponíveis no Instagram da @acasadaninha.

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IoT traz boas perspectivas para o setor de tecnologia de Pernambuco

Com a redução do custo dos equipamentos e aumento da demanda por dados, setor de tecnologia local, que já produz hardwares e softwares, vislumbra cenário promissor com internet das coisas. *Por Rafael Dantas O Recife tem trilhado um caminho ainda tímido, mas crescente de empresas no segmento de Internet das Coisas. A IoT, como é conhecida, é a conexão de objetos físicos à internet, permitindo que eles coletem, compartilhem dados e interajam entre si e com os usuários. Tudo isso de forma inteligente, automatizada e nos últimos anos com várias soluções made in Pernambuco. Em diferentes vertentes, várias empresas locais têm construído suas histórias nessa atuação que perpassa entre os hardwares e a inteligência de dados. Diferente do desenvolvimento de softwares e aplicações, em que Pernambuco tem algumas centenas de startups e empresas atuando, no segmento de IoT o número de players é pequeno. Porém, as expectativas são grandes nesse mercado, com a redução do custo dos equipamentos e o aumento da demanda de dados para a tomada de decisões em todos os negócios e serviços. “O mercado global de IoT está em rápida expansão e analistas, como a GlobalData, projetam que ele possa ultrapassar US$ 1,1 trilhão até 2024, impulsionada pela automação e pela necessidade de dispositivos conectados. Temos algumas iniciativas promissoras em IoT em Pernambuco, mas a maior representatividade está nas universidades e nos projetos de governo. Universidades como a UFPE e o Instituto Senai de Inovação promovem pesquisas importantes e incubam startups, enquanto o Porto Digital fomenta projetos com IoT”, afirmou o professor da UniFBV Wyden Marcello Mello, que é PhD em Educação Tecnológica e mestre em Ciências da Computação. Diante do aumento da produção em escala desses equipamentos, o professor afirma que os custos dos sensores e módulos de comunicação diminuíram consideravelmente, permitindo que mais empresas e consumidores acessem essas tecnologias. Alguns dos produtos mais populares são os assistentes domésticos, como o Alexa. Além disso, várias soluções de automação residencial estão se tornando mais acessíveis. Esse avanço começa a ser percebido no Estado, segundo o CEO da Parlacom, Clóvis Lacerda. “Nós temos empresas que fabricam equipamentos em Pernambuco. Empresas genuinamente pernambucanas. Isso é importante porque no mundo inteiro se discute a questão do circuito integrado, porque é uma questão de estratégia nacional. No Recife temos no Porto Digital empresas de programação, muitos desenvolvedores… Mas agora a gente tem a união do software com hardware”, destacou. TECNOLOGIAS À SERVIÇO DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA Um dos players locais no segmento é a BottomUp, que nasceu em 2011 em uma incubadora no Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Hoje a empresa tem uma planta instalada na Várzea e já está com planos para levar suas operações para o Parqtel (Parque Tecnológico de Eletrônicos e Tecnologias Associadas de Pernambuco). O novo espaço representará um salto pois terá uma estrutura quatro vezes maior que a atual. A empresa é uma fábrica de hardwares, com 60 funcionários. A corporação dispõe de um setor interno de Pesquisa & Desenvolvimento, uma área de design industrial e muitos produtos no mercado. O principal segmento de atuação da BottomUp é de equipamentos voltados para os serviços de iluminação pública. Pequenos hardwares instalados nos postes da cidade ajudam a evitar que as lâmpadas queimem, diante da oscilação de eletricidade, por exemplo. “Nós temos um equipamento que é instalado e se o poste vazar corrente, o sistema desliga apenas aquele poste. A equipe da prefeitura fica sabendo qual poste foi desligado e está com problemas. Dessa forma, ninguém leva choque”, exemplificou Fred Braga, CEO da empresa. Caso as luminárias parem de funcionar, o sensor também emite um alerta para a gestão municipal. Além disso, uma funcionalidade bem típica desses equipamentos é a medição do consumo de cada ponto. Como se trata de uma solução de interesse das municipalidades de todo o País, os equipamentos da empresa pernambucana estão espalhados para além das fronteiras do Estado. Só aqui na Região Metropolitana, por exemplo, vários desses hardwares estão em uso nas cidades do Recife, do Cabo de Santo Agostinho, em Goiana, entre outras. Apenas nesse exemplo da iluminação, é possível perceber a inversão de lógica nos serviços públicos que a IoT abre caminho. “O município deixa de ser reativo e passa a ser proativo”, afirma Fred. Antes dessas tecnologias, as empresas que prestam esse serviço público recebem as notificações de luminárias queimadas dos cidadãos. Com a inovação, a autoridade municipal já recebe a informação antes mesmo do aviso da população. A empresa, no entanto, não atua apenas nesse segmento, tendo soluções também de telegestão de ambientes (para condomínios residenciais e comerciais), Smart Parking (para identificação de vagas em estacionamentos), telemetria (de água, gás e energia), entre outros. Um dos produtos da BottomUp, por exemplo, foi o Botão do Gás, comercializado para a Supergasbras. A empresa pernambucana fabricou 132 mil unidades do equipamento que, ao ser acionado, faz o pedido automático de compra do botijão. Além desses serviços já em uso, o desenvolvimento do setor no suporte às smart cities – cidades inteligentes – aponta para muitas novidades nos próximos anos. IOT NO SUPORTE À EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Com precisão na medição de dados em soluções de IoT, a XP Energy vem se destacando no segmento de monitoramento e controle de energia. Fundada em 2019, a startup pernambucana desenvolve tanto o hardware quanto o software necessários para acompanhar o consumo energético em tempo real, disponibilizando informações detalhadas aos clientes diretamente pela nuvem. Essa tecnologia integrada permite que empresas identifiquem padrões de uso, otimizem processos e reduzam despesas. A plataforma da XP Energy permite às empresas acompanhar os custos de energia em tempo real e acessar relatórios detalhados para um planejamento financeiro mais eficaz. A solução beneficia médios e grandes consumidores de energia, com contas superiores a R$ 10 mil, para quem a redução de desperdício e a eficiência energética são fundamentais. “O benefício de IoT em geral e dos nossos serviços é a redução de custo, automação de processos, digitalização e velocidade no acesso a dados para tomada de decisão”, afirmou o

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"A questão financeira é um dos fatores que impossibilita as mulheres de quebrarem o ciclo da violência"

Titular da Secretaria da Mulher, da Prefeitura do Recife, Glauce Medeiros fala dos programas que contribuem para a população feminina gerar sua própria renda, que tem beneficiado vítimas de violência doméstica. A iniciativa tem colecionado prêmios, o mais recente, Chamada de Boas Práticas para Políticas Locais de Gênero, foi entregue na 29ª Cúpula de Mercocidades, na Argentina. E m 2020, o recém-eleito prefeito João Campos anunciou um secretariado com paridade de gênero. As fotografias do primeiro escalão da gestão, tradicionalmente masculinas, ganharam uma nova face naquele ano. A escolhida para a função de Secretária da Mulher foi a socióloga Glauce Medeiros. Feminista, vinda dos movimentos sociais, e pesquisadora de gênero, ela já estava como interina após a saída de Cida Pedrosa da pasta para a disputa eleitoral naquele ano. Quatro anos depois, além de avançar no trabalho mais típico desses órgãos, que é a prevenção e o enfrentamento à violência contra as mulheres, a secretaria registrou experiências exitosas no campo da promoção da autonomia financeira, especialmente no apoio ao empreendedorismo feminino. Motivações para isso não faltaram. No ano da pandemia, nada menos que 99,5% das baixas de carteira assinada foram de mulheres. Além disso, a percepção de quem está no atendimento direto à violência doméstica e sexista aponta que um dos fatores que mantém as mulheres convivendo com os agressores é a falta de renda. Os projetos ganharam reconhecimento nacional e internacional e culminaram na instalação do Centro de Promoção dos Direitos da Mulher Marta Almeida, que não é focado em vítimas de violência, mas é aberto a todas as recifenses que pretendem se capacitar para o mercado de trabalho, seja para disputar vagas ou para montar seus negócios. A maioria das ações que acompanhamos das Secretarias da Mulher distribuídas pelo País focam apenas no enfrentamento à violência. O Centro Marta Almeida, que foi inaugurado neste semestre, faz uma atuação no fortalecimento econômico das mulheres. Por que vocês fizeram essa virada de chave? Esse é o primeiro equipamento municipal de políticas para mulher da gestão da Secretaria da Mulher que atua no fortalecimento sociopolítico, e que contribui para a promoção da autonomia financeira das mulheres. A iniciativa apoia as empreendedoras e aquelas que buscam vagas de trabalho, com objetivo de criar oportunidades para que elas se empoderem do ponto vista político, social e econômico. O Centro Marta Almeida é para todas as recifenses, não apenas as mulheres em situação de violência. Na gestão de Cida Pedrosa (atual vereadora do Recife) foi idealizado esse espaço de formação e qualificação. Contudo também é uma política de prevenção e enfrentamento visto que a questão financeira é, muitas vezes, um dos fatores que impossibilita as mulheres de quebrarem o ciclo da violência. Não é que a mulher quando tem recursos não fique em situação de violência. Essa situação acontece independentemente de raça ou classe. Mas aquelas que não têm autonomia financeira tendem a sofrer mais violências e enfrentam mais barreiras no processo de saída. A violência doméstica e a psicológica são muito cruéis, retiram a identidade de sujeito político e de cidadã das mulheres. É fundamental fortalecer a mulher para que se entenda como cidadã, se previna da violência doméstica ou que possa dar os passos para sair desse ciclo. Uma pesquisa recente do DataSenado revelou que 85% das mulheres negras sem renda convivem com agressores. Essa percepção da relevância do fortalecimento econômico das mulheres é recente? Essa é uma bandeira histórica do movimento de mulheres. Há bastante tempo lutamos pela inserção delas no mercado de trabalho e igualdade salarial, a promoção da autonomia financeira contribui diretamente com o fortalecimento da cidadania e com o seu empoderamento. E não é que os governos não tinham essa percepção da importância da autonomia financeira, mas é que os equipamentos em geral são voltados à questão do atendimento à mulher em situação de violência. E a gente precisava ter um outro espaço para dar conta dessa outra dimensão da vida e também fortalecer essas mulheres que sofrem violências. Eu não tenho dúvida de que com esse trabalho vamos chegar também a várias mulheres que sofrem violência. Muitas que têm receio em acessar a rede, no Clarice Lispector (o Centro de Referência da Prefeitura do Recife que atende mulheres em situação de violência de gênero), já chegaram no Centro Marta Almeida e participaram de formações. Aqui elas perceberam que não estão sozinhas, que existe uma rede de apoio e juntas somos mais fortes, mesmo. Já ouvimos: “melhorei minha autoestima e agora sei que tenho valor.” Como tem sido a procura das mulheres por essas oportunidades de formação no Centro Marta Almeida? A gente divulga a abertura dos cursos, tem um processo de inscrição, fazemos as formações de cidadania, direitos das mulheres e humanos. Todo curso tem na carga horária de uma aula de fortalecimento, uma oficina bem lúdica, e buscamos a conexão com as oportunidades. A procura tem sido muito alta e com uma boa distribuição por RPA (Região Político Administrativa). Mesmo com poucos meses de inauguração e com restrições de divulgação, devido ao período eleitoral, 701 mulheres já foram matriculadas no centro e 457 delas se formaram em uma ou mais de uma capacitação. Qual o perfil dessas mulheres e de onde elas estão vindo? A gente tinha um receio de que a mulher que mora na periferia não conseguiria chegar aqui na unidade, que ocupa dois imóveis restaurados da Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife. Mas a experiência tem mostrado que nesse bairro tão central da cidade elas conseguem chegar. Das mulheres que chegam ao Centro Marta Almeida, 74% são pretas ou pardas. A maioria recebe até um salário mínimo, se somar com o público que tem renda de até dois salários mínimos, chegamos a quase 90%. Essa é a população que a gente tem focado. Que tipo de formação está sendo oferecida no Centro Marta Almeida? O Centro Marta Almeida tem um foco importante na formação e qualificação profissional. Nosso objetivo é capacitar as mulheres para que possam alcançar autonomia financeira, oferecendo

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Aria Social brilhou no espetáculo de Natal no Instituto Ricardo Brennand

Concerto reúne quase 80 artistas celebra o Natal com clássicos musicais e dança, fortalecendo o projeto cultural e social idealizado por Cecília Brennand há 30 anos. Fotos: Ricardo Nascimento *Por Rafael Dantas O Aria Social apresentou um belíssimo espetáculo natalino no Instituto Ricardo Brennand, deixando um desejo no público pernambucano de conhecer mais da arte e das ações do projeto criado por Cecilia Brennand há três décadas. O Concerto de Natal, realizado na área externa da Capela Nossa Senhora das Graças, trouxe clássicos natalinos, executados pelos cantores, músicos e bailarinos do projeto. Ao todo, quase 80 artistas subiram ao palco, sendo 28 músicos, 44 bailarinos-cantores e seis solistas. O espetáculo teve a direção artística e coreografia de Ana Emília Freire e a direção musical e a regência de Rosemary Oliveira. Além da direção geral, a bailarina Cecília Brennand é um dos destaques do espetáculo. O evento, que marca o encerramento das atividades do ano do projeto social, está em sua terceira edição, mas com apelo de se tornar uma das atrações culturais de final de ano da capital pernambucana. Com toda renda de ingressos revertida para a continuidade das atividades do Aria, o espetáculo une a sofisticação artística e com a responsabilidade social.

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Exposição “Recife é um Ovo” abre nesta quarta no Museu Murillo La Greca

Mostra reúne 30 artistas para celebrar encontros e histórias da cidade. Quadro acima é da artista Vania Notaro A exposição coletiva “Recife é um Ovo”, com curadoria de Márcia Cabral, será inaugurada nesta quarta-feira, 11 de dezembro, no Museu Murillo La Greca. A mostra reúne obras de 30 artistas de diferentes gerações, explorando os encontros e coincidências que definem a vida em uma cidade marcada por seus afetos, relações e paisagens. Inspirada pela expressão popular que dá nome à exposição, a mostra reflete a teia de conexões cotidianas de Recife — seja na fila do teatro, nas barracas das praias ou nos mercados populares. Esses encontros, que evocam memórias e histórias, ganham forma por meio das obras de artistas como Agenor Martins, Ana Santiago, Ana Veloso, André Cardoso, André Luiz Santana (Alsal), André Menezes, Arine Lyra, Arnóbio Escorel, Báw Pernambuco, Bruno Lyra, Daniel Dobbin, Diogo Alves, Dirce Camargo, Edson Menezes, Fábio Rafael, Filipe Arruda, Ilton Duarte, Ivan Torres, Jonatas Duarte, Júlia Costa, Kilma Coutinho, Leopoldo Nóbrega, Lorane Barreto, Lúcia Pereira, Luiz Rangel, Rafael Mont’elberto, Roberto Botelho, Rosana Vieira, Vânia Notaro e Zélito Passavante. A exposição estará aberta para visitação gratuita de 12 de dezembro de 2024 a 8 de fevereiro de 2025, com horários de quarta a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e aos sábados, das 10h às 17h. Para Márcia Cabral, a curadoria busca traduzir “a intensidade de uma cidade que pulsa através de seus relacionamentos e contemplações.” Serviço:

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Cais do Sertão celebra 112 anos de Luiz Gonzaga com programação especial

Eventos gratuitos incluem música, cinema e atividades culturais em homenagem ao Rei do Baião O Cais do Sertão, no Recife, prepara uma programação especial para celebrar os 112 anos de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. No dia 13 de dezembro, a "Festa para Seu Luiz" oferecerá vivências musicais, pocket shows e atividades culturais, destacando o legado do maior ícone da música nordestina. O evento acontece das 10h às 18h, com entrada gratuita. “É uma data muito importante para celebrarmos o legado de Luiz Gonzaga. Ele foi, sem dúvidas, o maior divulgador da cultura nordestina de todos os tempos, um dos nomes mais relevantes da música popular brasileira e o grande homenageado deste espaço. Para nós, é uma honra celebrar uma data tão simbólica, profundamente enraizada na memória afetiva do povo nordestino”, afirma Keilla Cerqueira, gestora do Cais do Sertão. A programação também inclui eventos em outros dias de dezembro, como visitas mediadas em Libras (10 e 17/12), uma mostra de filmes na Sala Pajeú (12/12) e a 1ª Sambada de Cavalo-Marinho da Capital, no dia 28, no Espaço Umbuzeiro. A celebração dos 10 anos do Cais do Sertão reforça seu papel como um centro de valorização da cultura sertaneja e do legado de Luiz Gonzaga. O presidente da Empetur, Eduardo Loyo, destacou a relevância do espaço: “Este ano o Cais do Sertão completou 10 anos. É um equipamento que conta a história do sertão cantado por Luiz Gonzaga e que passa por um processo de requalificação, valorizando a cultura e o legado dos pernambucanos.” Serviço:

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Governo cria conselho para projetos tecnológicos de alto impacto no Brasil

Iniciativa busca impulsionar a inovação e fortalecer a competitividade nacional no cenário global. Presidente do Porto Digtal é um dos nomeados para o conselho O Governo Federal oficializou a criação do Conselho Nacional de Projetos Tecnológicos de Alto Impacto, que terá a missão de identificar, avaliar e acompanhar iniciativas estratégicas capazes de fortalecer a posição do Brasil no cenário tecnológico global. A medida visa também estabelecer critérios de qualificação para projetos inovadores, orientar os trabalhos da Secretaria-Executiva e propor ações complementares para implementar desafios tecnológicos estratégicos. A composição do conselho inclui ministros de diferentes áreas e quatro representantes da sociedade civil, entre eles Pierre Lucena, presidente do Porto Digital; Pedro Wongtschowski, da FIESP; Glauco Arbix, da USP; e Leone Peter Andrade, do SENAI-BA. A presença de líderes de destaque reflete o compromisso com uma abordagem integrada, que une o setor público e privado em prol da inovação e desenvolvimento tecnológico no Brasil. “Fazer parte deste conselho é uma oportunidade de destacar o imenso potencial do Nordeste como um dos grandes impulsionadores de inovação e inteligência artificial no Brasil. É essencial valorizar as iniciativas da região e conectar suas demandas às oportunidades estratégicas do país”, afirmou Pierre Lucena, ressaltando a importância regional no avanço da tecnologia.

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