Revista algomais, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 74 de 1031

Revista algomais

Revista algomais

Dia Mundial sem Tabaco: tabagismo pode acelerar a perda de dentes e provocar câncer

31 de Maio é o Dia Mundial sem Tabaco, a data  marca o combate ao tabagismo e a conscientização sobre os malefícios que o uso do cigarro provocam no corpo humano. Entre eles, estão as consequências para os dentes e a saúde bucal, como o envelhecimento dentário precoce, a perda de dentes e até o câncer bucal.  A cirurgiã dentista e implantodontista Adriana Morosini, explica que a nicotina, principal substância presente no tabaco, aumenta o risco de doenças gengivais, o que deixa a cavidade oral suscetível a outros problemas. “O uso do cigarro diminui o fluxo de circulação sanguínea na gengiva e a salivação, deixando-a mais propensa a inflamações como a gengivite. O avanço da gengivite provoca a periodontite que destrói o aparelho de suporte dentário, levando ao amolecimento e perda dos dentes”, explica a especialista.  Quais os outros problemas na cavidade oral causados pelo tabagismo?  “Vale lembrar que todos esses problemas contribuem para o envelhecimento dentário de forma precoce, que acelera a perda de dentes, o que traz impactos para o bem-estar das pessoas, como dificuldade para mastigar e na articulação da fala, perda óssea, desalinhamento das arcadas dentárias e envelhecimento da face”, destaca a dentista Adriana Morosini. Câncer bucal O câncer bucal é uma das consequências mais perigosas do tabagismo. O Instituto Nacional de Câncer (INCA), aponta o câncer de boca como um dos mais recorrentes entre os fumantes, sendo ainda mais comum em homens com idade acima dos 40 anos. Quais os sinais de câncer de boca? “O câncer bucal costuma ser silencioso e apresentar sinais somente quando está em estágios mais avançados da doença. Por isso,  é importante realizar consultas regulares com o dentista, principalmente se você é ou já foi fumante. O profissional pode identificar as lesões de forma precoce, quando há mais chances de cura da doença. Vale lembrar que outros produtos derivados do tabaco, como charuto, cachimbo, fumo de rolo, rapé e narguilé também compartilham dos mesmos riscos”, enfatiza a cirurgiã dentista e implantodontista Adriana Morosini.

Dia Mundial sem Tabaco: tabagismo pode acelerar a perda de dentes e provocar câncer Read More »

Bruno Moury Fernandes recebe homenagem no Tribunal Regional do Trabalho

O advogado, que assina a coluna “Ninho de Palavras” da Revista Algomais, recebeu a comenda Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira/TRT-6 Na última terça-feira (28/5), o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região realizou a cerimônia de entrega das comendas Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira e Juiz Eurico de Castro Chaves Filho. O evento foi conduzido pela presidente da instituição, desembargadora Nise Pedroso Lins de Sousa, e aconteceu no Teatro de Santa Isabel, no bairro de Santo Antônio. Com a Medalha Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, categoria Mérito Judiciário, foram homenageadas 33 personalidades e 5 instituições. A Medalha Juiz Eurico de Castro Chaves Filho, categoria Mérito Funcional, foi entregue a seis membros da magistratura e 36 servidores do TRT-6 que possuem pelo menos 25 anos de casa, sem registro de punição funcional. Um dos agraciados foi o advogado Bruno Moury Fernandes. Trajetória Com um quarto de século dedicado ao direito do trabalho e empresarial, Bruno Moury Fernandes se consolidou como um dos mais respeitados profissionais da área em Pernambuco. Sua trajetória é marcada por um profundo compromisso com a justiça e pelos inúmeros serviços relevantes prestados à sociedade pernambucana. Bruno Moury Fernandes iniciou sua carreira há 25 anos, trazendo consigo o desejo de fazer a diferença na vida dos clientes do seu escritório. Formado em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com especialização em Direito Trabalhista e MBA em Direito Empresarial, ele rapidamente se destacou pela competência técnica e pela habilidade nessas áreas. "Esta medalha não é apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma homenagem a todos os clientes que confiaram em mim para defender seus direitos. É por eles que continuo a exercer minha profissão com paixão e determinação," disse. Consultoria empresarial Bruno Moury Fernandes também se destaca como um consultor empresarial. Sua trajetória como consultor é marcada por um profundo entendimento das complexidades legais e uma abordagem estratégica que tem ajudado inúmeras empresas a navegar pelos desafios do ambiente corporativo. "Ser consultor empresarial me permite aplicar minha experiência de maneira preventiva, ajudando as empresas a prosperarem enquanto respeitam e valorizam seus funcionários. É uma extensão do meu compromisso com a justiça," finaliza Bruno.

Bruno Moury Fernandes recebe homenagem no Tribunal Regional do Trabalho Read More »

Como falar de luto com as crianças

A morte é uma realidade inevitável para todos os seres vivos. Mas, se para os adultos, muitas vezes é difícil falar sobre o assunto, o que acontece quando é preciso acolher e conversar sobre o luto com as crianças? Nesse momento, é comum passar várias dúvidas na mente das pessoas. “Qual a melhor maneira de explicar a perda de um ente querido?, Quando é a hora certa para abordar o assunto?, Será que estou sendo muito direto ou muito vago?”.  “A verdade é que, para navegar por essa conversa, respeito e sensibilidade podem ser um caminho para ajudar as crianças a entenderem e processarem suas emoções”, explica a psicóloga especialista em luto do Cemitério e Crematório Morada da Paz, Mariana Simonetti.  No episódio “Como falar sobre o luto com crianças?” da nova temporada do podcast “Morada do Cuidado”, uma iniciativa promovida pelo Morada da Paz, no ar a partir do dia 30 de maio, Mariana Simonetti conversa com Millena Batista, psicóloga e atuante na área de Educação infanto-juvenil.“Os desafios em falar sobre luto com crianças incluem a dificuldade de encontrar uma linguagem apropriada que seja ao mesmo tempo honesta e sensível à idade da criança. Além disso, há o receio de provocar mais tristeza ou medo”, acrescenta ela. “A sociedade, por vezes, subestima a capacidade das crianças de compreender e processar o luto, levando a um tratamento mais superficial do assunto com elas. Esse subestimar pode resultar na falta de espaços adequados para as crianças expressarem e lidarem com suas emoções de luto”, completa Mariana Simonetti. Gravado no formato videocast, com duração de 30 minutos em média, o programa está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio (Spotify, Deezer e Amazon Music) e no canal do YouTube do Morada da Paz. Morada do Cuidado – Viver o luto após a perda de um ente querido costuma ser um momento muito delicado na vida de muitas pessoas. Diante disto, o Morada da Paz criou o Morada do Cuidado, uma plataforma multimídia que oferece conteúdos especializados em luto. Através da ferramenta digital, o público encontra gratuitamente conteúdos, programas e recursos que auxiliam e orientam o enlutado com informações seguras sobre o tema, com a curadoria de psicólogos e profissionais capacitados no assunto. Como desdobramento do projeto, surge em 2022 o podcast Morada do Cuidado. A iniciativa busca conscientizar, através do diálogo e experiências compartilhadas, sobre temas como a vivência do luto. Atualmente, o Brasil é o terceiro país que mais consome podcast no mundo. No último ano, o Morada do Cuidado foi reconhecido com uma Menção Honrosa na premiação Pursuit of Excellence Award, conferido pela National Funeral Directors Association (NFDA), maior associação de serviços funerários do mundo. Acesse:  www.moradadocuidado.com.br bit.ly/podcastmoradadocuidado

Como falar de luto com as crianças Read More »

Taxa de desemprego fica em 7,5%, a menor para o trimestre desde 2014

(Da Agência Brasil) A taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril ficou em 7,5%, o menor para o período desde 2014. O índice é considerado estável em relação ao trimestre móvel terminado em janeiro de 2024 (7,6%) e 1 ponto percentual (p.p) abaixo do apurado no mesmo período de 2023 (8,5%). Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pnad apura todas as formas de ocupação de pessoas a partir de 14 anos de idade, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. A população desocupada, ou seja, quem não trabalhava e estava à procura de alguma ocupação, ficou em 8,2 milhões, sem variação significativa em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024, porém 9,7% menor que o apontado no mesmo período de 2023. Isso representa menos 882 mil desocupados. O número de trabalhadores ocupados chegou a 100,8 milhões, considerado estável em relação ao trimestre terminado em janeiro de 2024. Em relação a 12 meses atrás, houve acréscimo de 2,8%, o que representa mais 2,8 milhões de pessoas com trabalho. De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o cenário do emprego no país vem apresentando resultados positivos. “É um mercado de trabalho que segue com redução na taxa de desocupação e expansão no número de trabalhadores”, afirma. Ela cita dois elementos sazonais no trimestre encerrado em abril que explicam a estabilidade na desocupação em 2024: a redução das perdas de emprego no comércio e a volta da contratação de trabalhadores do setor público nas áreas de saúde e educação, notadamente no ensino fundamental. “Já na comparação com o ano passado, o cenário é de manutenção de ganhos da população ocupada, trabalho com carteira assinada e rendimento do trabalhador”. Carteira assinada O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões. A taxa de informalidade ficou em 38,7% da população ocupada, o que significa 39 milhões de trabalhadores informais, patamar próximo ao do trimestre móvel encerrado em abril de 2023 (38,9%). “A informalidade é muito significativa na composição da nossa população ocupada, mas, nos últimos trimestres, tem ficado relativamente estável”. Rendimento O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 3.151, alta de 4,7% em 12 meses. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, dinheiro que serve para dinamizar a economia, chegou a R$ 313,1 bilhões, recorde da série histórica e 7,9% acima do mesmo período de 2023. Entre os motivos para esses números positivos, a pesquisadora do IBGE elenca o crescimento do emprego formal, caracterizado por ter melhores rendimentos, e a  volta da contratação no serviço público em atividades ligadas ao ensino fundamental. Calamidade no Sul A Pnad divulgada nesta quarta-feira ainda não traz impactos da calamidade causada por temporais que atingiram o Rio Grande do Sul no fim de abril e em maio. De acordo com a coordenadora do IBGE, o instituto fará esforços para continuar apurando informações da região. A amostragem da Pnad abrange 221,3 mil domicílios visitados trimestralmente em todo o país. Desses, 12,4 mil ficam no Rio Grande do Sul. “Em alguns locais, a coleta está sendo feita presencialmente. Em casos em que houve dano a pontes, estradas e que não há condições de as equipes chegarem, estamos fazendo tentativa de contato por telefone, obviamente respeitando a disponibilidade do morador”, diz Adriana. “Embora seja um momento extremamente difícil, é importante que a pesquisa seja feita justamente para retratar os impactos que a calamidade vai causar no mercado de trabalho local”, completa.

Taxa de desemprego fica em 7,5%, a menor para o trimestre desde 2014 Read More »

Brasil cria 240 mil empregos em abril, aponta Caged

(Da Agência Brasil) O Brasil fechou o mês de abril com saldo positivo de 240.033 empregos com carteira assinada. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado de abril decorreu de 2.260.439 admissões e de 2.020.406 desligamentos. No acumulado do ano de janeiro/2024 a abril/2024, o saldo foi positivo em 958.425 empregos, resultado de 8.904.070 admissões e 7.945.645 desligamentos. Já nos últimos 12 meses, de maio/2023 a abril/2024, foi registrado saldo de 1.701.950 empregos, decorrente de 24.179.955 admissões e de 22.478.005 desligamentos. Em relação ao estoque, ou seja, a quantidade total de vínculos celetistas ativos, o país registrou, em abril, um saldo de 46.475.700 vínculos, uma variação de 0,52% em relação ao estoque do mês anterior. O maior crescimento do emprego formal no mês de abril ocorreu no setor de serviços, com a criação de 138.309 postos. Na indústria, foram 35.990 postos, concentrados na indústria da transformação. Na construção, foram 31.893 postos; no comércio, 27.272 postos; e na agropecuária, 6.576 postos. Salário O salário médio de admissão foi R$ 2.126,16. Comparado ao mês anterior, houve aumento real de R$ 36,96, uma variação positiva de 1,77%. A maioria das vagas criadas no mês de abril foram preenchidas por homens (129.116). As mulheres ocuparam 110.917 vagas. A faixa etária com maior saldo foi de 18 a 24 anos, com 128.893 postos. O ensino médio completo apresentou saldo de 175.570 postos. No saldo por faixa salarial, a faixa de até 1,5 salário mínimo registrou 169.400 postos. Em relação à raça/cor, a parda obteve o saldo de 217.717 postos. Regiões Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado. No Sudeste, foram 126.411 postos, variação positiva de 0,54% em relação a março. No Sul, foram 45.001 postos (0,53%); no Centro-Oeste, foram 24.408 postos (0,59%). O Nordeste somou 23.667 postos (0,31%); e o Norte, 15.745 postos (0,68%). Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Acre, com a abertura de 1.267 postos, aumento de 1,2%; Amapá, que criou 902 vagas (1,02%); e Espírito Santo Piauí, com saldo positivo de 8.167 postos (0,92%). As unidades federativas que tiveram menor variação relativa em relação ao estoque do mês anterior foram: Alagoas: menos 1.607 postos (0,37%); Pernambuco: 1.103 postos (0,08%); e Rondônia: mais 724 postos (0,25%). Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 76.299 postos (0,54%); Minas Gerais, com 25.868 vagas criadas (0,53%); e Paraná, com a geração de 18.032 postos (0,57%). As unidades federativas com menor saldo foram: Alagoas: 1.607 postos (0,37%); Pernambuco: 1.103 postos (0,08%); Roraima: mais 480 postos (0,61%).

Brasil cria 240 mil empregos em abril, aponta Caged Read More »

"No marco do centenário da Av. Boa Viagem, é preciso discutir seus próximos 100 anos"

Daniel Uchôa, professor de história, fala da sua pesquisa sobre a icônica via da Zonal Sul do Recife que fez parte de um projeto de modernidade do governador Sérgio Loreto, ajudou a introduzir hábitos como tomar banho de mar e cuja praia abrigou cabos de telégrafos e foi até campo de pouso para o correio aéreo. O professor de história Daniel Uchôa e o historiador Paulo Bittencourt andavam certo dia pela Av. Boa Viagem e se depararam com uma placa, um tanto escondida e desgastada, que informava que a icônica via da zona sul do Recife foi inaugurada em 1924. Surpresos, eles se deram conta que neste ano ela chega ao seu centenário. A descoberta os levou a partirem para a empreitada de realizar a pesquisa 100 Anos da Avenida Boa Viagem. Um projeto que se justifica, segundo Uchôa, porque quando o governador Sérgio Loreto decidiu inaugurar a avenida, não se tratava de construir mais uma simples pista. A ideia era ampliar a expansão urbana da cidade para a Zona Sul e implantar uma cultura de modernidade no Recife, tão em voga no mundo naqueles loucos anos 20. Nesta conversa com Cláudia Santos, Uchôa conta que essa busca por modernização toma forma por meio da arquitetura inovadora dos imóveis construídos e também pela popularização de novos hábitos como tomar banho de mar. Incentivar a comemoração do centenário da Avenida Boa Viagem, segundo o professor de história, é também uma oportunidade para a reflexão sobre problemas atuais como o esvaziamento que a via sofreu ao longo dos anos, principalmente à noite, quando não exibe a mesma efervescência de outras orlas marítimas do País. Como começou esse projeto? A pesquisa começou de uma lembrança minha de infância: sempre que eu ia à praia, via os cabos de telégrafo que ficavam visíveis em Boa Viagem na maré baixa. O Recife foi a cidade que sediou a chegada dos cabos por meio de uma companhia inglesa. A ligação está completando 150 anos, é uma data histórica, porque naquele momento representou um avanço tecnológico incrível na comunicação entre o Brasil e o mundo. No calçadão havia uma placa que dizia: “neste local o Brasil se encontra com a Europa através dos cabos”. Eu e Paulo Bittencourt, historiador que também participa da pesquisa, saímos um dia na busca pelo local onde estavam os cabos e constatamos que a placa não estava mais lá. Mas nos deparamos com uma outra placa na frente do edifício Lula Cardoso Ayres que testemunhava que a Av. Boa Viagem foi projetada e inaugurada por Sergio Loreto em 1924. Pensei: “a avenida é tão antiga assim? Está perto do centenário. Será que conseguimos fazer um resgate de fotografias antigas dessa avenida para postar nas redes sociais?” Acabamos descobrindo muitas informações. Assim, de maneira inesperada, começamos uma pesquisa historiográfica sobre os 100 anos da Avenida Boa Viagem. Descobrimos, por exemplo, que quando termina a Primeira Guerra Mundial sobram muitos materiais bélicos, inclusive aviões, que eram muito rudimentares, mas que voavam distâncias curtas. Um industrial de Toulouse, na França, adquire um lote dessas aeronaves e decide utilizá-las na distribuição de cartas do correio. Antes as cartas eram enviadas por outros meios, menos o avião. Eles atravessavam o Oceano Atlântico de navio, a carta demorava um mês ou mais para chegar em Natal (RN), porque o a reta mais curta entre de Dacar no Senegal e Brasil. Lá os aviões pegavam os malotes e distribuíam na costa brasileira até Buenos Aires. Pousavam na praia do Pina. Só que em alguns momentos a areia estava muito fofa e os aviões atolavam. Quem são esses autores e sobre o que escreveram? Uma delas é Rita Barbosa, historiadora da UFPE e da Fundação Joaquim Nabuco. Ela trouxe um dos melhores textos, com mais detalhes do ponto de vista histórico, da Avenida Boa Viagem e do contexto em que se deu essa construção. Depois encontramos Antônio Paulo Rezende, professor de história da UFPE, que trouxe um olhar mais sociológico sobre os anos 1920, época em que surge a obra da avenida. Quando unimos a compreensão sociológica de Antônio Paulo Rezende e de outros textos com a cronologia trazida por Rita Barbosa, entendemos que não estávamos falando de uma pista e, sim, de um caminho que foi aberto para a ocupação do bairro de Boa Viagem que surge a partir dela. Primeiro surge a Avenida Boa Viagem, depois a ocupação da Navegantes, em seguida a Conselheiro Aguiar, depois a Domingos Ferreira. A partir dos anos 1960, acontece a ocupação de outras áreas e ruas. E o que impulsionou essa ocupação? O que levou o governo a querer ocupar essa parte da praia? O governador da época era Sérgio Loreto. Ele era tido como conservador, mas compreendeu que os anos 20, os anos loucos como eram chamados, era um momento de virada histórica. Com a chegada dos automóveis, da comunicação, ele percebeu que era preciso um marco que representasse a cara do Recife moderno em oposição ao Recife colonial arcaico, dos coronéis da cultura açucareira. E as obras cumprem essa missão. Na época, a circulação na cidade era entre o Recife Antigo, passando pelo Centro, Praça do Derby, trechos da Zona Norte, Zona Oeste, Várzea. Então Sérgio Loreto cria essa ligação ao novo território, e não era qualquer território, era um balneário, numa época em que o banho de mar era uma nova moda do Recife. Na virada do Século 19 para o 20, o recifense frequentava a Praia dos Milagres em Olinda ou as extintas Praia de Santa Rita e Praia do Brum, porque eram acessíveis, onde era possível chegar a pé ou de ônibus. Na década de 20, surge a ideia de alargar o mapa e dar ao recifense esse novo espaço marinho. Então, criam- -se três obras: a Ponte do Pina, a Avenida de Ligação, que hoje é a Herculano Bandeira, e a Avenida Boa Viagem. Houve críticas de Manuel Borba, o engenheiro da época, opositor a Sérgio Loreto, que dizia nos jornais: “essa é uma obra

"No marco do centenário da Av. Boa Viagem, é preciso discutir seus próximos 100 anos" Read More »

Museu da Academia Pernambucana de Letras ganha painéis com acessibilidade

A partir de agora, a visita à Academia Pernambucana de Letras (APL) se torna mais inclusiva, graças a novos recursos acessíveis para pessoas com deficiência visual e auditiva. Fundada em 1901, ela está situada em um casarão neoclássico do século XIX, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no bairro das Graças, oferecendo aos visitantes uma imersão histórica na trajetória da APL e e no seu extenso acervo museológico. Projeto de Acessibilidade Comunicacional O projeto “Museu da Academia Pernambucana de Letras - Um passo em direção à Acessibilidade Comunicacional”, realizado pela produtora Arkhé Cultural com o apoio do Funcultura, visa tornar acessíveis as informações imagéticas dos painéis que representam os espaços do museu. A exposição permanente inclui obras de arte, peças decorativas e mobiliário doados à Academia ao longo dos anos, oferecendo uma rica experiência cultural e histórica. Tecnologia Assistiva no Museu da APL O Museu da APL, com visitação aberta ao público, agora conta com intervenções que possibilitam a acessibilidade comunicacional. Cada um dos dez cômodos da casa possui painéis informativos equipados com QR-codes. Esses códigos direcionam os usuários a traduções em Libras (Língua Brasileira de Sinais) e audiodescrição, promovendo a democratização do acesso ao patrimônio cultural e garantindo uma experiência inclusiva para todos os visitantes.  O horário de visitação do Museu da APL é de terça a sexta-feira, das 10h às 16h. É possível realizar agendamentos para grupos através do telefone (81) 3268-2211. Jamille Barbosa, produtora cultural responsável pela Arkhé “A intervenção visa dar um primeiro passo em direção a um patrimônio cultural mais acessível às pessoas com deficiência. É um projeto importante para lançar luz ao tema, encontrar cada vez mais apoio do poder público e, consequentemente, possibilitar a fruição do acervo do Museu ao maior número de pessoas possível”. Lourival Holanda, presidente da APL “Certamente, esse passo em direção à acessibilidade inclui a APL num rol ainda muito enxuto de instituições culturais que aproximam pessoas com deficiência de atividades culturais e literárias. Pretendemos ainda ampliar o leque de iniciativas neste sentido e tornar a Academia um ambiente cada vez mais acessível e visitado pela sociedade”.

Museu da Academia Pernambucana de Letras ganha painéis com acessibilidade Read More »

Seca abranda em Pernambuco: entre março e abril, áreas secas caíram de 74% para 12%

*Por Rafael Dantas Em abril, Pernambuco registrou uma significativa melhoria nas condições de seca. O percentual de áreas sem seca no estado aumentou de 26% para 88%, embora 12% do território ainda sejam classificados como áreas de seca. Esta melhora coloca Pernambuco como o oitavo estado no país com menos áreas afetadas pela seca, destacando um abrandamento notável no fenômeno. Esse é o melhor indicador do Estado desde janeiro de 2023, segundo o Monitor das Secas, que é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Redução Significativa nas Áreas com Seca no Nordeste Além de Pernambuco, seis dos nove estados do Nordeste brasileiro também registraram um abrandamento na severidade da seca: Alagoas, Bahia, Ceará, Piauí e Sergipe. O Maranhão manteve a severidade estável, enquanto Paraíba e Rio Grande do Norte não registraram seca, juntando-se ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina como os únicos estados livres do fenômeno. Este cenário representa a condição mais amena de seca na região desde maio de 2023. No total, o Nordeste apresentou uma redução significativa na área total afetada pela seca, caindo de 55% para 23% entre março e abril. Cenário Nacional da Seca No cenário nacional, a última atualização do Monitor de Secas indicou um abrandamento em 12 unidades da Federação e aumento em apenas três estados: Mato Grosso do Sul, Pará e São Paulo. Em outros estados, como o Rio de Janeiro, a seca voltou a ser registrada. Entre março e abril, a área total com seca no Brasil diminuiu de 6,41 milhões para 5,68 milhões de km², representando 67% do território nacional. Estados como Amazonas, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás lideram em extensão total de área seca, enquanto Pernambuco se destaca pela significativa redução das áreas afetadas, consolidando-se como um exemplo positivo na mitigação do fenômeno.

Seca abranda em Pernambuco: entre março e abril, áreas secas caíram de 74% para 12% Read More »

Fenearte 2024 acontecerá em julho e terá investimentos de R$ 15 milhões

A Fenearte (Feira Nacional de Negócios do Artesanato) foi lançada ontem (28) pela governadora Raquel Lyra. Este ano, o evento terá investimentos na ordem de R$ 15 milhões por parte do Governo do Estado. O tema da edição 2024 da maior feira de artesanatos da América Latina será “Sons do Criar - Artesanato que Toca a Gente”. A feira será realizada de 3 a 14 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. A feira é uma realização da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). Ao todo, irão participar mais de cinco mil artesãos, expositores e empreendedores pernambucanos e também vindos de outros estados e até de outros países. Os artistas irão expor em cerca de 700 espaços de comercialização. O grande homenageado da edição será o Mestre Nado, artesão olindense conhecido por sua produção de instrumentos musicais a partir do barro. Ele será homenageado com uma exposição no Mezanino do Centro de Convenções, na mesma área onde acontecem as Oficinas Fenearte. Pela primeira vez, haverá venda antecipada de ingressos. A medida vai evitar a formação de longas filas durante a feira e traz mais comodidade aos visitantes. As vendas estão abertas pelo site https://www.evenyx.com/24a-fenearte e em pontos de venda físicos: nos shoppings Boa Vista (quiosque Ticket Folia), Guararapes (Loja Artesanato de Jaboatão), Patteo (loja Cobogó Collab), Paulista North Way (loja Luckwu Artes), Plaza (loja Crabolando), Recife (quiosque Ingresso Prime), RioMar (quiosque Ingresso Prime) e Tacaruna (lojas Club da Miçanga e Cia. da Montagem). Os ingressos custam R$ 12 (inteira) e R$ 6 (entrada), de segunda a quinta-feira; e R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia), de sexta-feira a domingo. Raquel Lyra, governadora de Pernambuco  "A 24ª edição da Fenearte tem como tema os sons que estão nos ateliês de cada um daqueles que fazem parte da nossa cultura e da nossa história. Serão cinco mil expositores, nesta edição que vai extrapolar os muros do Centro de Convenções de Olinda, chegando ao Interior. Assinamos um convênio com o Sebrae para trabalhar o programa de Pernambuco Artesão, para garantir melhor qualificação aos nossos artistas, de quem faz a economia criativa de Pernambuco, para que os artesãos possam viver do seu ofício no seu chão e não somente a grande culminância, que é a Fenearte". André Teixeira Filho, presidente da Adepe "Nesta edição a gente chega ao Interior, com o circuito Fenearte, onde também vamos ofertar qualificação profissional e empreendedorismo. Vamos valorizar esses artesãos não só durante a Fenearte, mas antes e depois da sua realização. Então, o projeto de investir na economia do artesanato pernambucano perpassa a feira, expandindo por todo o Estado".

Fenearte 2024 acontecerá em julho e terá investimentos de R$ 15 milhões Read More »

Governo Central tem superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril

(Da Agência Brasil) O Governo Central, que reúne o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, foi superavitário em abril em R$ 11,1 bilhões, ante saldo positivo de R$ 15,6 bilhões no mesmo mês do ano passado, informou, nesta terça-feira (28), o Tesouro Nacional. O resultado do mês ficou abaixo da mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que indicava superávit primário de R$ 18,3 bilhões. O Tesouro Nacional e o Banco Central foram superavitários em R$ 41,4 bilhões, enquanto o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) teve déficit primário de R$ 30,3 bilhões. Comparado a abril de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação do aumento real de 8,4% (R$ 14,7 bilhões) da receita líquida e do aumento real de 12,4% (R$ 19,9 bilhões) das despesas totais. Ainda de acordo com o Tesouro, entre os fatores que influenciaram no crescimento real da receita líquida no mês de abril de 2024, estão o aumento de R$ 9,6 bilhões da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e de R$ 2 bilhões no Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), devido à exclusão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da base de cálculo dos créditos dessas contribuições; a elevação de R$ 1,7 bilhão no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), essencialmente explicada pela redução nominal das compensações tributárias, apesar do decréscimo na produção industrial. Também pesaram a alta de R$ 1,3 bilhão do Imposto de Importação, que decorreu dos aumentos do volume em dólar de importações, da taxa média de câmbio e da alíquota média efetiva desse imposto, o crescimento de R$ 3 bilhões de arrecadação líquida para o RGPS, em razão dos aumentos da massa salarial, da criação de empregos formais e da arrecadação do Simples Nacional. Despesas O Tesouro informou que o principal fator que influenciou o crescimento das despesas em abril foi o aumento de R$ 11,7 bilhões nos pagamentos de benefícios previdenciários, resultado principalmente da diferença no calendário de pagamento do 13º salário da Previdência Social. “Em 2023, o 13º salário da Previdência Social foi pago nos meses de maio, junho e julho, enquanto este ano será pago em abril, maio e junho”, disse. Os demais fatores que influenciaram o crescimento das despesas foram aumento nos benefícios de prestação continuada, no valor de R$ 1,5 bilhão, reflexo do crescimento do número de beneficiários e da política de valorização real do salário mínimo; expansão das despesas com pessoal e encargos sociais em R$ 1,4 bilhão, em função principalmente de reajustes salariais concedidos ao funcionalismo público em 2023; e aumento de R$ 2,2 bilhões nas despesas discricionárias. No período de janeiro até abril, o Governo Central atingiu superávit primário de R$ 30,6 bilhões, ante saldo positivo de R$ R$ 46,8 bilhões no mesmo período de 2023 (em termos nominais). O montante resulta de um superávit de R$ 122,9 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e um déficit de R$ 92,3 bilhões na Previdência Social.

Governo Central tem superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril Read More »