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Documentário conta a história do bloco fundado na primeira vila operária da América Latina

O curta, dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha, é um dos projetos selecionados pelo edital da Lei Paulo Gustavo de 2023 Com a crescente elitização do carnaval pernambucano, marcada por eventos privados com artistas que não fazem parte da tradição carnavalesca do estado e pelo aumento dos trios elétricos que muitas vezes ignoram as raízes culturais do carnaval, torna-se essencial valorizar os blocos de rua, símbolos de resistência. Em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife, o Bloco Foiará é um exemplo notável, reunindo a comunidade do bairro Vila da Fábrica em torno da autêntica tradição carnavalesca. A história do bloco é apresentada no documentário "Eu quero é botar meu Bloco na rua", dirigido pelo cineasta pernambucano Matheus Rocha. Este projeto foi financiado pelo edital da Lei Paulo Gustavo, com recursos do Governo Federal repassados para a Prefeitura de Camaragibe. O lançamento do curta está previsto para julho e agosto, durante um festival organizado pela Fundação de Cultura de Camaragibe, no Teatro Bianour Mendonça Monteiro. O Bloco Foiará, fundado em 1957, tem 67 anos de história. Surgiu no bairro Vila da Fábrica, a primeira vila operária da América Latina, quando os trabalhadores, após terem seu pedido de folga de carnaval negado pelos patrões, organizaram um protesto e criaram o bloco. A criação do bloco representa a resistência da classe trabalhadora e evidencia a disputa de classes na sociedade. “Eu achei interessante porque é uma iniciativa da classe trabalhadora, é um bloco simples, de rua, raíz, que abrange e une todas as pessoas daquela região. A gente vê que o carnaval está passando por um processo de elitização, mas o bloco de rua continua sendo resistência, perpetuando a tradição de um carnaval mais democrático”, explica o diretor.  Além de estar profundamente ligado à luta dos trabalhadores, o Bloco Foiará simboliza a união comunitária através do carnaval de rua. Desde a década de 1950, o bloco mantém um ritual tradicional: os foliões se reúnem na "boca da mata" de Camaragibe, uma área onde a vegetação da Mata Atlântica é preservada. Nesse local, eles aguardam a saída do Foiará, personagem principal do bloco, coberto de folhagens e reverenciado como o "herói" da mata camaragibense. Ele defende a flora local e escapa do caçador, outro personagem integrante do bloco. “A gente esperava a saída do Foiará na boca da mata. Quando a gente ouvia os fogos dentro da mata, era porque estava anunciando que o Foiará foi encontrado pelo caçador e estava saindo. A gente ficava aguardando com galhos de mato e com apitos, para fazer a folia”, é o que relata Enilde Barros, uma das foliãs mais antigas do bloco. “Quanto mais barulho, mais emocionante e bonito ficava”, complementa. O objetivo era unir os foliões, que, a cada ano, aumentavam em números. Na “boca da mata”, os moradores faziam uma mesa com frutas, feijoada e chá. “Eu ajudava na preparação da mesa e todo mundo podia se servir, era um momento de união”, afirma Enilde.  Após a saída do Foiará e do caçador da mata, os foliões seguiam em cortejo pelas ruas da Vila da Fábrica ao som de uma orquestra de frevo tradicional. São seis décadas de histórias e encontros em torno de um carnaval feito por gente humilde, que, inclusive, não possuía muitos registros na internet. “O Foiará não tinha nenhum documento escrito na internet, somente uns vídeos antigos de desfiles passados, mas não tinha registros da história do bloco que, inclusive, é bastante interessante e tem relação com a luta dos trabalhadores daquela fábrica, com a simplicidade e resistência do carnaval de rua e com o verdadeiro carnaval tradicional pernambucano. Além de valorizar as raízes camaragibenses”, finaliza o diretor Matheus Rocha. 

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Senac inaugura Centro de Educação Profissional no Sertão de Itaparica, Moxotó, Pajeú e Central

Serra Talhada ganhou um novo espaço de conhecimento e oportunidades. O Senac inaugurou o Centro de Educação Profissional no Sertão de Itaparica, Moxotó, Pajeú e Central, que vai atender 35 cidades da região. O novo equipamento possui uma área construída de 3 mil m², com: salas de aulas, biblioteca, auditório e espaços de eventos, entre outros ambientes. O investimento foi de mais de R$ 29 milhões, com aporte do Senac Nacional e do Senac Pernambuco. Em uma solenidade prestigiada por autoridades de diversos municípios, o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-PE, Bernardo Peixoto pontuou o potencial educacional da cidade. “Serra Talhada se destaca pelos investimentos em educação. O novo Centro do Senac chega para impulsionar e somar a essa pujança que reflete em desenvolvimento social e econômico, oportunizando qualificação e capacitação profissional para cerca de 2600 pessoas anualmente. Trazemos o equipamento mais moderno em termos de educação profissional. Tudo isso graças ao aporte do Senac Nacional e da CNC”, afirmou. 

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Nova presidente da Petrobras defende políticas de preços em vigor

(Da Agência Brasil) Três dias após tomar posse como presidente da Petrobras, a engenheira Magda Chambriard afirmou estar de acordo com a política de preços adotada pela empresa. Nesta segunda-feira (27), durante coletiva de imprensa, ela avaliou que a estatal deve cumprir seu papel para que seja preservada a estabilidade do mercado interno. "A Petrobras sempre funcionou acompanhando uma tendência de preços internacionais. Ora um pouquinho mais alta, ora um pouquinho mais baixo. O que é altamente indesejado é você trazer para a sociedade brasileira uma instabilidade de preços todos os dias. A Petrobras sempre zelou por esta estabilidade", avaliou Magda. "Recentemente, tivemos um cenário com preços de gasolina, de diesel e dos derivados em geral elevadíssimos. O presidente Lula, em sua campanha eleitoral, prometeu abrasileirar os preços. E como isso foi feito? Ora, é justo eu cobrar de um produto que eu não importo o mesmo preço de um produto do mercado internacional que paga preço de frete, de seguro, de risco de importação, de ganho de importador? Tudo isso está presente em uma grande formulação que abrasileirou o preço dos combustíveis", acrescentou. A atual política de preços dos combustíveis da Petrobras foi adotada em maio do ano passado e representou o fim do Preço de Paridade Internacional (PPI), que vinha sendo adotado há mais de seis anos. Desde 2016, os preços praticados no país se vinculavam aos valores no mercado internacional tendo como referência o preço do barril de petróleo tipo brent, que é calculado em dólar. Essa prática gerou distribuição de dividendos recordes aos acionistas da empresa. No atual modelo, a Petrobras não deixa de levar em conta o mercado internacional, mas incorpora referências do mercado interno. A nova presidente da Petrobras se disse honrada em assumir o cargo e lembrou o início de sua carreira na própria empresa, aos 22 anos. Ela também mencionou sua passagem pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde ela chegou inclusive a exercer o cargo de diretora geral entre 2012 e 2016. "Eu entrei nessa empresa num dia que eram produzidos 187 mil barris de petróleo por dia. Então acompanhei e fiz parte da campanha para 200 mil barris, para 500 mil barris, para um milhão de barris. Enquanto estava na ANP, embora já estivesse fora da empresa, participei da descoberta do pré-sal". Segundo Magda, o principal desafio da Petrobras é garantir a segurança energética do país ao mesmo tempo em que também precisa enfrentar a questão da transição energética. Ela lembrou o compromisso assumido pela empresa de zerar as emissões de carbono em 2050. Segundo Magda, o objetivo é ser rentável, sem deixar de ser sustentável. A nova presidente disse estar convicta de que a Petrobras será lucrativa e que atuará buscando dialogar tanto com os acionistas públicos quanto com os privados. "Vamos respeitar a lógica empresarial", afirmou diversas vezes.

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Uma verve precoce

*Por Paulo Caldas “As aventuras do Nicolau”, publicação assinada por Anita Farias Braga, entra para o naipe de histórias de bichos humanizados, um dos segmentos mais aplaudidos no mundo maravilhoso dos títulos voltados para o público infantil.  Na composição do conteúdo, a narração cabe ao protagonista, coelho Nicolau e aí a autora se esmera enfileirando letras a conceber palavras nascidas de uma verve precoce.  O universo  criado é compatível com os tempos de agora e visto aos olhos espertos de Anita nos seus nove anos de idade. Pela voz de Anita, Nicolau mostra total descontração, intimidade com o leitor compondo um texto à vontade, leve, solto e até as queixas são educadas, mostradas com naturalidade espontânea: “Agora tenho que virar um coelho no charme! Não posso nem encostar um tiquito de lama no meu pelo que já vão reclamar para minha dona, Anita. Já cansei”. As aventuras do Nicolau é uma trela sublime compartilhada pelas ilustrações caprichosas de Geovana Letícia do Carmo Lima, a diagramação de Marcelo Farias Juliano e a revisão de Carmen Roselaine de Oliveira Farias. O espectro gráfico tem  a impressão em papel couchê com imagens em policromia. Os exemplares podem ser adquiridos pelo email ricardopessoabraga@gmail.com. *Paulo Caldas é escritor

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Negros morrem quatro vezes mais de disparo de arma de fogo que brancos

(Da Agência Brasil) Em uma década, os homens negros morreram quatro vezes mais por disparos de armas de fogo em comparação aos brancos. É o que revela estudo do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e do Instituto Çarê. A pesquisa analisou as taxas de internações e mortalidade por agressões entre 2012 e 2022 a partir do recorte raça e cor.  De acordo com o levantamento, 10.764 homens negros foram mortos por disparos de armas de fogo em vias públicas em 2022, ante 2.406 homens brancos na mesma situação.  Para os pesquisadores, os dados reforçam as desigualdades estruturais presentes no país. "A população negra sofre mais violência, não apenas a violência letal, aquela que leva ao óbito, mas também a violência generalizada, que leva a mais internações do que a população branca", ressalta Rony Coelho, pesquisador do instituto em entrevista à TV Brasil.  Mulheres  Em relação às mulheres, o cenário se repete. Em 2022, foram registradas as mortes de 629 mulheres negras, contra 207 brancas. Os óbitos das mulheres negras são três vezes maior em comparação aos das brancas.  "As mulheres negras estão em maior vulnerabilidade para todos os tipos e locais de agressão em comparação com mulheres brancas. Em 2012, por exemplo, foram 814 mortes de mulheres negras em via pública, 631 mortes no domicílio e 654 em hospitais. Para mulheres brancas, foram 302, 422 e 342, respectivamente", aponta a pesquisa. Faixa etária Quanto à faixa etária, os jovens negros de 18 a 24 anos são as principais vítimas, no período de 2010 a 2021. Segundo o estudo, a discrepância racial ocorre na maioria das faixas etárias, e passa a cair a partir dos 45 anos. Os pesquisadores defendem que a queda do número de vítimas da violência entre negros e brancos depende de acesso igualitário à educação, saúde, justiça social e segurança pública. 

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Uma degustação da jornada de paixão e inovação na Cozinha Autoral em Caruaru

Faniif Cozinha Autoral, liderado pelo empresário Fagner Figueirêdo, realiza hoje o evento "Jantar dos Sete", celebrando o uso dos ingredientes regionais na alta gastronomia Fagner Figueirêdo é um nome que ressoa na gastronomia de Caruaru. Sua trajetória na cozinha autoral é uma história de paixão, dedicação e inovação, que começou por acaso e se transformou em uma carreira empreendedora no agreste pernambucano. Tudo começou com uma curiosidade despretensiosa. Estudando culinária por hobby, Fagner se viu cada vez mais fascinado pelo mundo dos sabores, técnicas e ingredientes. O que era inicialmente um passatempo rapidamente evoluiu para uma paixão. Determinado a aprimorar suas habilidades, ele se matriculou em diversas escolas de culinária e buscou estágios em grandes restaurantes, onde pôde aprender com alguns dos melhores chefs do país. Com aproximadamente 15 anos de experiência na área gastronômica, e após uma trajetória anterior em negócios e comércio, Fagner decidiu que era hora de transformar sua paixão em um empreendimento. Foi assim que, há sete anos, ele fundou Faniif Cozinha Autoral, em Maurício de Nassau, Caruaru. Seu objetivo era claro: elevar a gastronomia local, oferecendo uma culinária contemporânea que respeitasse as tradições regionais. Anos após a abertura da primeira casa, ele criou também o Maricai Bar e Restaurante, com uma característica mais clássica da comida regional. A proposta de Fagner é clara. Ele combina técnicas de alta gastronomia com ingredientes locais, muitos dos quais são obtidos diretamente de pequenos produtores da zona rural de Caruaru e arredores. "Este enfoque garante não apenas a frescura dos ingredientes, mas também o apoio à economia local". Seus pratos são uma fusão de tradição e inovação, a exemplo do medalhão de carneiro com canolli de beterraba, recheado com queijo de cabra e vinagrete de sementes de quiabo. Apesar dos desafios que Caruaru enfrenta em termos de turismo, que é mais comercial ou concentrado em períodos específicos como o São João e a Semana Santa, Fagner tem conseguido atrair um público fiel e curioso. Ele acredita que a valorização dos ingredientes locais e dos produtores artesanais é fundamental para o desenvolvimento sustentável da região e para o reforço desse turismo gastronômico autoral. Um dos marcos na trajetória de Fagner é o evento "Jantar dos Sete", que já está em sua terceira edição,que acontece hoje em Caruaru. Neste evento, Fagner reúne 7 chefs nordestinos renomados, inclusive aqueles que trabalham fora do estado, para um jantar degustação exclusivo para 60 pessoas. Cada chef prepara um prato. O menu, portanto, é composto de sete etapas. "Mais do que um evento gastronômico, 7 Chefs é uma celebração da culinária nordestina e uma plataforma para divulgar e valorizar os chefs e os ingredientes locais. É uma iniciativa sem fins lucrativos, voltada para promover a memória afetiva e a qualidade dos produtos nordestinos", destacou o empresário. Integram o time dos 7 deste ano: Geovane Carneiro, chef do D.O.M, em São Paulo; Onildo Rocha, que dirige o complexo Priceless, também em São Paulo; Wanderson Medeiros, proprietário dos restaurantes Picuí, em Maceió, e Canto do Picuí, em São Paulo; Joca Pontes, do Ponte Nova, Villa e Bercy Village; Paula Machado, do Buffet Renato Machado (de Caruaru); Miau Caldas, consultora de vários empreendimento e o próprio Fagner. Todas as mesas para o evento já estão reservadas. Para além do Jantar dos 7, Fagner Figueirêdo revela que continua a trilhar seu caminho na cozinha autoral com a mesma paixão que o levou a começar. Seu desafio é seguir construindo pratos que contam histórias e agradam os paladares mais exigentes.

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Senado retoma debate de PEC que pode privatizar praias

(Da Agência Brasil) O Senado volta a discutir nesta segunda-feira (27) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022 que transfere a propriedade dos terrenos do litoral brasileiro, hoje sob o domínio da Marinha, para estados, municípios e proprietários privados. Aprovado em fevereiro de 2022 na Câmara dos Deputados, a PEC estava parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado desde agosto de 2023. Uma audiência pública discute hoje o tema, que está sob a relatoria do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e enfrenta resistência da base governista. Organizações ambientalistas alertam que a proposta traz o risco de privatização das praias por empreendimentos privados e pode comprometer a biodiversidade do litoral brasileiro. Além das praias, a Marinha detém a propriedade de margens de rios e lagoas onde há a influência das marés. De acordo com o Observatório do Clima, “esse é mais um projeto do Pacote da Destruição prestes a ser votado. Isso põe em risco todo o nosso litoral, a segurança nacional, a economia das comunidades costeiras e nossa adaptação às mudanças climáticas”. Para o grupo que reúne diversas entidades de defesa do clima e do meio ambiente, os terrenos da Marinha são guardiões naturais contra enchentes, deslizamentos e eventos climáticos extremos. “Essa defesa é essencial para a nossa segurança e resiliência. Essas áreas preservam nossa biodiversidade e equilíbrio dos ecossistemas costeiros. Privatização pode trazer danos irreversíveis”, afirmou o Observatório, em nota. A PEC exclui o inciso VII do artigo 20 da Constituição, que afirma que os terrenos da Marinha são de propriedade da União, transferindo gratuitamente para os estados e municípios “as áreas afetadas ao serviço público estadual e municipal, inclusive as destinadas à utilização por concessionárias e permissionárias de serviços públicos”. Para os proprietários privados, o texto prevê a transferência mediante pagamento para aqueles inscritos regularmente “no órgão de gestão do patrimônio da União até a data de publicação” da Emenda à Constituição. Além disso, autoriza a transferência da propriedade para ocupantes “não inscritos”, “desde que a ocupação tenha ocorrido pelo menos cinco anos antes da data de publicação” da PEC. Ainda segundo o relatório, permanecem como propriedade da União as áreas hoje usadas pelo serviço público federal, as unidades ambientais federais e as áreas ainda não ocupadas. MMA Em entrevista hoje à Rádio Nacional, a diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Paula Prates, defendeu que esses terrenos, hoje com a União, funcionam como proteção contra as mudanças climáticas. “Acabar com essa figura é um retrocesso enorme. A PEC termina com essa figura dos terrenos de Marinha, que são terrenos da União, e passa gratuitamente para estados e municípios, para poder, inclusive, privatizar essas áreas”, disse.A representante do MMA acrescentou que a PEC não privatiza diretamente as praias, mas pode levar ao fechamento dos acessos às áreas de areia. “Na hora em que esses terrenos todos que ficam após as praias forem privatizados, você começa a ter uma privatização do acesso a elas, que são bens comuns da sociedade brasileira”.] Defesa O senador Flávio Bolsonaro defende, em seu relatório, que a mudança é necessária para regularizar as propriedades localizadas nos terrenos da Marinha. “Há, no Brasil, inúmeras edificações realizadas sem a ciência de estarem localizadas em terrenos de propriedade da União”. Segundo Flávio, “os terrenos de marinha causam prejuízos aos cidadãos e aos municípios. O cidadão tem que pagar tributação exagerada sobre os imóveis em que vivem: pagam foro, taxa de ocupação e IPTU. Já os municípios, sofrem restrições ao desenvolvimento de políticas públicas quanto ao planejamento territorial urbano em razão das restrições de uso dos bens sob domínio da União”. O senador fluminense argumenta ainda que a origem do atual domínio da Marinha sobre as praias foi justificada pela necessidade de defesa do território contra invasão estrangeira, motivo que não mais existiria, na visão do parlamentar. “Atualmente, essas razões não estão mais presentes, notadamente diante dos avanços tecnológicos dos armamentos que mudaram os conceitos de defesa territorial”, disse no parecer da PEC. Audiência Na audiência pública desta segunda-feira, a CCJ do Senado deve ouvir a Coordenadora-Geral do Departamento de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marinez Eymael Garcia Scherer; a representante Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPP); Ana Ilda Nogueira Pavã; o diretor-Presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa; o prefeito de Florianópolis (SC), Topázio Silveira Neto, entre outros convidados.

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Mercado eleva previsão da inflação de 3,8% para 3,86% em 2024

(Da Agência Brasil) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,8% para 3,86% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. Para 2025, a projeção da inflação também variou de 3,74% para 3,75%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,58% e 3,5% para os dois anos. A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância. Em abril, pressionada pelos preços de alimentos e gastos com saúde e cuidados pessoais, a inflação do país foi 0,38%, acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%). De acordo com o IBGE, em 12 meses, o IPCA acumula 3,69%. Juros básicos Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas fizeram o BC diminuir o ritmo do corte de juros, que vinham sendo de 0,5 ponto percentual, para 0,25 ponto. Além disso, com as expectativas de inflação acima da meta e, em meio a um cenário macroeconômico mais desafiador do que o previsto anteriormente, o Copom decidiu não prever novos cortes na Selic. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic. Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 10% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9% ao ano, se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. PIB e câmbio A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 2,05%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos. Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento havia sido 3%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,05 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.

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Dupla pernambucana vence concurso nacional de inovação na categoria Smart Cities

As irmãs Myllena Almeida de Lima (arquiteta pela UFPE, designer e ilustradora) e Myrela Almeida de Lima (aluna do 6° período de Ciências da Computação do Centro Universitário UniFBV Wyden) foram as grandes vencedoras da categoria Smart Cities da 12ª edição do Campus Mobile, programa de inovação que incentiva o empreendedorismo de jovens universitários e recém-formados. O Campus Mobile, evento realizado pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC) da Universidade de São Paulo (USP), com apoio do Instituto Claro, da Escola Politécnica da USP e do beOn — hub de inovação da Claro, recebeu 285 projetos e 569 estudantes inscritos nas áreas de Diversidade, Educação, Entretenimento, Green Tech & Agtech, Saúde e Smart Cities. O projeto da dupla pernambucana foi o Roteo. Trata-se de uma rede social para criar, seguir e pesquisar roteiros urbanos e turísticos. Na solução criada o usuário consegue explorar roteiros únicos na cidade, segmentados pelos mais diversos filtros. Além disso, desvendar a história de monumentos icônicos da cidade, com o auxílio de inteligência artificial. “O Campus Mobile foi verdadeiramente um dos melhores momentos das nossas vidas. O networking que fizemos e o conhecimento adquirido foram inestimáveis.”, afirmou Myrela Almeida. “Estamos planejando estabelecer uma sede física para o Roteo e expandir nosso negócio para todo o Brasil, com o objetivo de torná-lo uma rede social amplamente utilizada em todo o mundo.”, destacou a estudante de Ciências da Computação. Nos encontros realizados na sede da Claro, em São Paulo (SP), e no campus da USP, os mobilianos assistiram a palestras e participaram de dinâmicas com psicólogos, apresentações e conversas com especialistas do mercado de inovação. Oficina de criação de modelos de negócios, mentorias e acompanhamento com os embaixadores do programa — grupo que já participou de outras edições do Campus Mobile e contribui facilitando a aprendizagem dos novos mobilianos — também fizeram parte das atividades. Com o prêmio, os vencedores irão viajar para São Francisco e ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, onde irão realizar visita a empresas de tecnologia, além de participar de palestras e workshops. Na última edição, os jovens conheceram a Amazon, a aceleradora Plug and Play do Google, a Universidade Stanford e o Lemann Center.

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Sindhospe debate desafios do setor sáude em Caruaru

(Do Sindhospe) Acontece no próximo dia 05 de junho, a partir das 9h, a 4ª edição do Encontro Sindhospe Subsede Caruaru. Promovido pelo Sindicato dos Hospitais Privados e Filantrópicos de Pernambuco, o evento promete reunir importantes lideranças do setor saúde para debater os desafios e avanços do segundo maior polo de saúde do Estado, ficando atrás apenas da capital. O encontro será realizado no auditório Hotel W. A. Caruaru, localizado na Av. Adjar da Silva Casé, nº 800, no bairro de Indianópolis. De acordo com estimativas oficiais, Caruaru recebe semanalmente cerca de 200 mil pessoas em busca de atendimento médico, agregando moradores de todas as regiões do Agreste. Para o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro, o encontro é uma oportunidade de fazer negócios e ampliar horizontes: “Caruaru cresce a uma velocidade rápida e o setor de saúde está sempre na dianteira, se fazendo sempre necessários esses encontros periódicos”, ressalta. Na quarta edição do Encontro Sindhospe Caruaru, estão programadas palestras sobre as mudanças no setor trabalhista na área da saúde, o papel dos conselhos profissionais de saúde e a responsabilidade das agências de Vigilância Sanitária, com destaque para a participação da diretora geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Karla Baeta. O delegado regional do Sindhospe em Carauru, Dr. Pedro Melo, destaca ainda a oferta de serviços importantes e de benefícios durante o evento. “Teremos palestras sobre o Programa Qualihealth, uma parceria com o Senac Pernambuco que capacita milhares de profissionais, além de palestras sobre o papel crescente dos cuidadores de idosos”, explica Dr. Melo. As inscrições para o 4º Encontro Regional Sindhospe Delegacia Regional do Agreste central, Subsede caruaru Dr. Severino Ferreira de Omena estão abertas e podem ser realizadas pelo www.sindhospe.org.br. O evento tem como patrocinadores: Fecomercio/Senac, Unimed Caruaru, Vectra, Ultramed, Ceam Brasil, Brascon, TOTVS, Interne e Samdia. 

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