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Orgânicos: Itep integra programa inovador

O Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep), através do Laboratório de Análise de Resíduos de Agrotóxicos e de Bebidas Alcoólicas (LabTox), será uma das instituições responsáveis pela realização de análises de resíduos de agrotóxicos em produtos orgânicos oferecidos em diferentes cidades do país. Trata-se do programa de avaliação e monitoramento da qualidade de produtos orgânicos colocados no mercado brasileiro, cujas amostras serão coletadas por fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em feiras e supermercados. Coordenado pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), o programa foi elaborado pelos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Novação (MCT&I) e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Itep. O LabTox - ligado ao Núcleo Alimento Seguro e Sustentável do Itep - receberá, inicialmente, 320 amostras para avaliação. Com uma legislação recente – regulamentada em 2011 – os alimentos orgânicos no Brasil seguem o chamado “controle social para a venda direta sem certificação”, ou seja, se baseiam na confiança do produtor e não exigem a certificação do produto. A ideia do programa é contribuir para o controle dos orgânicos em circulação no mercado nacional. Os alimentos coletados passarão por análises para monitorar a presença de 200 compostos distintos. “Esperamos que o programa tenha sucesso, pois a atuação na área de controle dos alimentos orgânicos ainda é muito tímida. Também é importante a continuidade da ação para assegurar os benefícios alcançados”, aponta Adelia Araújo, gerente do Núcleo de Alimento Seguro e Sustentável do Itep. As primeiras amostras chegarão ao Itep na próxima semana, provenientes do Estado da Paraíba. Também integram o programa o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz-RJ), o Laboratório de Toxicologia da Universidade de Brasília (UnB), o Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Instituto Biológico de São Paulo (IB) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). CONSUMO – O consumo de alimentos orgânicos no Brasil vem ganhando cada vez mais adeptos interessados em manter uma alimentação mais saudável e livre de agrotóxicos. Segundo dados da Organics Brasil, ligada à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), o mercado vem crescendo a uma taxa de 25% ao ano desde 2009. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Pensar criativamente: o Design Thinking criando possibilidades para o campo da educação

*Por Rozário Azevedo O que podemos pensar quando ouvimos a expressão “Design Thinking”? E “Design Thinking para Educação?” Certamente, somos remetidos à ideia de criação, de planejamento e de pensamento. O Design Thinkinkg (DT) é uma abordagem prática para pensar de forma diferente e criativa a solução de problemas por meio de um caminho mais humano, centrado nas pessoas. Voltado para Educação, o DT nos possibilita pensar soluções e aprendizagens colaborativas e contextualizadas. A criatividade vem como um dos pontos fortes da metodologia, desenvolvendo o protagonismo dos estudantes no percurso de aprendizagem e de construção de soluções coletivas. Difundido pela empresa de design e inovação IDEO, na Califórnia (Vale do Silício), o Design Thinking for Educator foi o primeiro material lançado voltado para especificidades da educação, ainda em 2012. No Brasil, a proposta já encontra reverberação em diversas experiências como o próprio Design Thinking para Educadores, versão da proposta IDEO e adaptada pelo Instituto Educadigital e a Escola de Design Thinking, da instituição ECHOs – Laboratório de inovação. A partir de etapas como conhecer previamente uma determinada questão; levantar informações sobre o problema; pensar protótipos para as soluções; experimentação dos modelos até chegar na versão “final” da solução, é desencadeada a construção de uma verdadeira sementeira de pensamentos e ações criativas. Essas diversas etapas permitem momentos de retroalimentação constante tornando o processo dinâmico e de múltiplas releituras. Outro aspecto importante do DT para a Educação é a valorização do processo não apenas o fim, mas também provocando constantes reflexões sobre o erro para assim avançar nas soluções pensadas, criando espaços de pensar/pratica, rever/recriar. O Design Thinking pode ser vivenciado como uma metodologia para compreender a polissemia da produção do conhecimento, a autonomia, a valorização do humano e o sentido colaborativo para a resolução de problemas. O trabalho pode alcançar desde os alunos até professores e à própria gestão pedagógica. O objetivo dessa proposta é ampliar as aprendizagens para além de disciplinas ou áreas específicas do conhecimento, tornando essas aprendizagens em movimentos colaborativos de soluções para a humanidade. O intuito é desencadear um pensamento cada vez menos individualista e individualizante, sem pensar que práticas como essas impossibilitam outras aprendizagens curriculares. *Rozario Azevedo é diretora pedagógica do Lubienska Centro Educacional e doutoranda em Educação na Universidade Federal de Pernambuco. Mestra em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (Formação docente e práticas pedagógicas), possui graduação em Pedagogia (UFPE).  Todas as segundas-feiras estamos publicando artigos sobre tendências da educação. LEIA TAMBÉM Reflexões sobre educação na contemporaneidade (por Henrique Nelson - Colégio Patrícia Costa) Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho – ABA Global Education) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos – Colégio Equipe) Navegar é preciso, produzir também (por Jaime Cavalcanti – Colégio Boa Viagem) Algomais, a Revista de Pernambuco comprometida com a educação        http://www.revistaalgomais.com.br/noticias/algomais-na-final-do-premio-estacio-de-jornalismo

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Caruaru Shopping anuncia nova atração para diversão em família

Se você é uma daquelas pessoas que adora novidade, certamente não vai deixar de conferir o que acaba de chegar no Caruaru Shopping. Trata-se do Jump Mania, uma nova atração que promete muita diversão e boas doses de adrenalina para crianças, jovens e adultos. O Jump Mania é um parque de trampolins com várias camas elásticas, dispostas em área de cerca de 150 metros quadrados. A atração vem fazendo tanto sucesso ao redor do mundo que conquistou adeptos nos Estados Unidos, Canadá e Austrália e agora está à disposição do público de Caruaru e toda região. Crianças a partir de quatro anos de idade já podem embarcar na brincadeira. Além do mais, para garantir a segurança na hora da diversão, o parque de trampolins conta com monitores aptos a organizar a brincadeira e auxiliar os usuários sempre que necessário. De acordo com o gerente de Marketing do Caruaru Shopping Walace Carvalho, mês a mês o centro de compras e convivência investe em atrações diferenciadas para todo o público. “Essa é uma forma que encontramos de dinamizar o espaço para que toda a família possa aproveitar tudo o que o Caruaru Shopping tem para oferecer”, diz. A atração estará funcionando todos os dias em área próxima a entrada do cinema, sendo de segunda a sexta das 14h às 22h, aos sábados das 10h às 22h e aos domingos e feriados das 12h às 20h, incluindo todos os dias de Carnaval.

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Convênio viabiliza US$ 40 milhões para agricultura familiar em PE

O governador Paulo Câmara assinou um memorando para formalizar um convênio de cooperação financeira entre o Governo de Pernambuco e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), entidade financeira ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), para viabilizar US$ 40 milhões para o fortalecimento da agricultura familiar. A parceria prevê um projeto que visa diversificar a produção agrícola, para produção de alimento e geração de renda, contemplando 40 municípios da Zona da Mata Norte, Zona da Mata Sul, Agreste Central e Agreste Setentrional. Do montante total que será investido no projeto, US$ 20 milhões serão recursos do FIDA, outros US$ 16 milhões serão contrapartida do Governo de Pernambuco e o remanescente será captado a partir da contribuição dos beneficiários. O período de execução do projeto será de sete anos, a partir da data de entrada em vigor do acordo de financiamento com o FIDA. Ao todo, cerca de 35 mil famílias serão beneficiados de forma direta com ações de caráter organizacional, assistência técnica e/ou investimentos produtivos. Secretário de Agricultura e Reforma Agrária - responsável da execução do projeto - , Nilton Mota, considera que o convênio dará uma melhor condição de vida para o agricultor pernambucano. "É um instrumento importante, não só do ponto de vista técnico, pois possibilitará ao nosso agricultor familiar ter condições mais adequadas. Além disso, esse convênio demonstra o esforço do governador Paulo Câmara em captar recursos para a agricultura familiar de Pernambuco", afirmou. "A expectativa é de que o convênio de cooperação financeira com o FIDA seja assinado até o fim deste ano para que, até janeiro de 2018, possamos executar o projeto", complementou o gestor. Ele também esclareceu que o projeto contempla itens como assistência técnica, hídrica, de gestão, além das partes produtivas e de comercialização. "É um conjunto de ações que envolve toda a cadeia de produção", registrou. O oficial de programa para o País - Divisão da América Latina e Caribe, Hardi Vieira, explica que o início da parceria se deu após o Governo de Pernambuco demonstrar interesse em participar de um dos projetos do FIDA. "Foi então que decidimos onde seria o projeto e que teria um foco específico na reconversão produtiva. A partir daí, uma equipe de 11 consultores da agência visitou o Estado por três semanas para realizar um estudo aprofundado que envolveu a escolha dos municípios e os principais eixos de ação", esclareceu. Também oficial de programa, Leonardo Bichara esclareceu que a ação do FIDA em Pernambuco será voltada para o aumento da renda dos agricultores familiares. "Faremos um trabalho de capacitação das associações e cooperativas que serão beneficiadas. Depois, fornecemos recursos para que elas façam um plano de investimento produtivo, conseguindo aumentar a produção no mesmo território e, em seguida, atuamos na parte de comercialização". Junto com a diversificação das culturas, Bichara acrescenta que o FIDA trabalhará também a questão ambiental. "Vamos realizar a recuperação de nascentes, fundamental para que o acesso à água seja facilitado e exista água para irrigar a produção. O trabalho sustentável é uma prioridade do nosso projeto", afirmou. FIDA - O FIDA é uma agência das Nações Unidas, que, em 1977, estabeleceu-se como uma instituição internacional de financiamento, sendo considerada como um dos principais objetivos alcançados da Conferência Mundial de Alimentos de 1974. A agência tem sede em Roma e atua em 100 países em todo o mundo. No Brasil, o FIDA vem atuando desde 1980 com foco em estados do Nordeste. Atualmente, as ações mais representativas do fundo na América Latina e região do Caribe concentram-se no Brasil. As ações financiadas pelo FIDA consistem em contribuir para o aumento da renda e melhorar a subsistência, principalmente através da promoção de saneamento hídrico, apoiando o desenvolvimento agrícola e gestão dos recursos naturais; além de incentivar a participação da população pobres nos processos de desenvolvimento por meio da melhoria do acesso à educação, infraestrutura e outros serviços.

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Observatório discute gastronomia de PE

O açúcar foi um dos ingredientes mais importantes dos pratos e da economia de Pernambuco. Nossos quitutes, aliás, se originaram da relações dos índios com vários povos que aqui chegaram, como os portugueses e africanos. A tapioca, o bolo de rolo, a cartola e toda a cultura alimentar do estado são objetos de interesse do Observatório da Gastronomia. Formado por um grupo multidisciplinar, que tem como núcleo Raul Lody, Ana Claudia Frazão, Claudemir Barros e Gilberto Freyre Neto, o objetivo é promover ações de valorização da culinária pernambucana. Uma programação recheada de encontros está prevista para este ano, no Cais do Sertão, para discutir o patrimônio alimentar do estado. Ao todo serão cinco reuniões que vão abordar assuntos como os cadernos de receitas, o açúcar e a mandioca. Para dar o sabor desejado a essa programação, o Observatório vai reunir especialistas de áreas como antropologia da alimentação, turismo, educação, gastronomia, economia, além de profissionais como, chefs, empresários do setor de turismo e do setor de alimentos, para tratar dos mais diversos aspectos do patrimônio alimentar. “Esse é um tema de interesse global. Há um campo muito amplo para uma pesquisa deliciosa sobre comida, que envolve das tendências de mercado à agricultura familiar, passando pelos transgênicos, biodiversidade, entre outros temas”, afirma o antropólogo Raul Lody. O especialista ressalta a tradição da cultura alimentar do estado. “A formação social, econômica e cultural de Pernambuco se deu através do açúcar. A partir daí há uma construção complexa da sua gastronomia, com influência de diferentes culturas e povos”, explica. Se no campo das ciências sociais, antropológicas e da história, a alimentação passou a ser tema clássico, Lody destaca que em Pernambuco houve, desde os anos 30, um olhar mais aprofundado sobre o assunto na antropologia a partir dos estudos de Gilberto Freyre. “Ele olhava para a comida de forma mais complexa, não só como um alimento, mas como representação dos valores econômicos, sociais e religiosos, é uma perspectiva mais ampla”. O grupo também planeja a organização do Museu Virtual da Gastronomia Pernambucana. Será um site com informações, fotografias e vídeos para divulgar o patrimônio alimentar do estado, como um acervo permanente, além de promover exposições temporárias e temáticas. Lody, aliás, é um dos criadores do Museu da Gastronomia Baiana, localizado no Pelourinho, em Salvador Para a coordenadora de conteúdo do Cais do Sertão, Maria Rosa Maia, o objetivo do Observatório se identifica com o museu. “A culinária do Sertão tem relevância no contexto pernambucano e isso se identificou bem com nosso conteúdo. Esse trabalho resulta num processo de reconhecimento da gastronomia local. O Cais entra como suporte para abraçar essas ações”. Oficialmente lançado em outubro do ano passado, o primeiro encontro do Observatório em 2017 será dia 30 de março, com o tema Nordeste - Territórios. CALENDÁRIO DE EVENTOS DO OBSERVATÓRIO DA GASTRONOMIA SEMINÁRIOS  - DATAS Nordeste – Territórios 30/03/2017 Açúcar de Gilberto Freyre 25/05/2017 Cadernos de Receitas – Memórias 27/07/2017 Denominação de Origem - Terroir 27/09/2017 Mandioca – Alimento do Séc. XXI 30/11/2017

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Ação Sangue Bom promove mutirão para doação de sangue neste sábado

No próximo dia 18, das 8h às 16h, a rede cristã protestante Missão Urbana Recife (MUR) promove a ação Sangue Bom, mutirão para doação de sangue no posto do Hemope localizado no Hospital da Restauração. A iniciativa surgiu a partir de notícia publicada recentemente que afirma que o Hemope, principal hemocentro do estado, está com os estoques de sangue defasados às vésperas do carnaval, período em que a necessidade por esse tipo de serviço aumenta. Diante disso, os jovens que integram a rede decidiram mobilizar seus parceiros e amigos para promover um dia de doação coletiva. Qualquer pessoa interessada em contribuir pode integrar o mutirão. Para isso, basta se inscrever no link http://bit.ly/SangueBomMUR e cumprir os requisitos exigidos para doação pelo hemocentro. As principais exigências são: ter entre 16 e 69 anos, gozar de boa saúde, ter peso acima de 50kg e apresentar documento de identificação com foto. Além disso, é desejável estar bem alimentado e ter dormido pelo menos 6h na noite anterior à doação. Não pode doar quem já doou a menos de 90 dias, grávidas ou mulheres que estejam amamentado, quem fez tatuagens nos últimos 12 meses ou que esteja fazendo uso de medicação controlada. De acordo com Derick Raphael, idealizador da mobilização, a ação Sangue Bom visa a contribuir com a resolução de uma problemática que atinge a sociedade como um todo. “Faz parte da missão da Igreja evangélica o envolvimento com as questões socialmente relevantes. Estamos fazendo a nossa parte por entendermos que palavras sem ações são vãs. Convocamos os cristãos e a sociedade em geral para se engajarem nessa causa.”, afirma Raphael. O grupo estará no posto do hemocentro das 8h às 16h para uma recepção especial dos participantes da ação. Aqueles que não podem realizar a doação, mas quiserem participar da mobilização também serão bem-vindos na equipe de apoio. Para isso, basta entrar em contato pelo whatsapp 81 996537379. MUR – A Missão Urbana Recife é uma rede cristã protestante que reúne grupos, organizações, ministérios, igrejas e pessoas que estejam engajadas na manifestação da salvação e dos valores de justiça do Reino de Jesus Cristo no contexto urbano. A rede foi fundada em novembro de 2012 e, de lá para cá, investe na realização e fomento de intervenções e ações continuadas em missão urbana a fim de contribuir com a resolução de problemáticas sociais e em virtude do bem-estar integral da população. SERVIÇO SANGUE BOM – Mutirão para doação de sangue Data e horário: 18.02.2017, das 8h às 16h. Local: Hospital da Restauração – posto do Hemope (entrada pela portaria social, localizada no estacionamento) Inscrição: http://bit.ly/SangueBomMUR Contato: 81 996537379

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Lições do passado para a gestão da metrópole

Criada constitucionalmente em 1973, em pleno Regime Militar, a Região Metropolitana do Recife já era alvo dos estudos de Antônio Baltar pelo menos duas décadas antes. Ele já havia detectado que o fenômeno do crescimento das metrópoles no Brasil foi fruto do acelerado processo de urbanização. Em todo o País era grande a quantidade de pessoas que se deslocavam nas zonas rurais para as cidades. Em Pernambuco, a população urbana saltou de 34,4%, em 1950, para 54,5%, em 1970, de acordo com o Censo do IBGE. Atualmente esse percentual é de 80,2%. Um fenômeno que levou o governo militar a criar órgãos técnicos para planejar esse crescimento. O esforço de gestão, no entanto, foi desconstruído com a Constituição de 1988. Apesar de ser reconhecida por todos os seus avanços em relação aos direitos do cidadão, a nova Carta, por outro lado, acabou por fortalecer o poder das prefeituras, induzindo a diminuição da capacidade de administração dos territórios metropolitanos. As discussões sobre a organização das grandes manchas de ocupação urbanas do País, que não se detêm aos limites municipais, voltou ao debate com a recente aprovação do Estatuto da Metrópole. Há quase 70 anos, Antônio Bezerra Baltar defendeu a óbvia necessidade de uma organização integrada do território da capital pernambucana com os municípios do seu entorno. “O caráter nitidamente metropolitano da cidade, por imperativo geográfico e sociológico, é centro de atração de uma vasta zona do Nordeste brasileiro (...). É indispensável, portanto, considerar no planejamento da cidade futura a área metropolitana de que Recife atual é o centro indiscutível (...). A conurbação de Recife, Olinda e Jaboatão (...) é já um fato consumado e que começa a se estender aos outros dois municípios cuja fusão com a capital preconizamos – os de Paulista e São Lourenço”, escreveu Baltar. Outro pensador que sugeriu uma organização metropolitana para o Recife e as cidades do seu entorno foi o Padre Louis Joseph Lebret. Ele visitou o Recife em 1954 a convite da Codepe (Comissão de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) e considerou como “Grande Recife” a área que abrange a capital e os municípios de Olinda, Paulista, Jaboatão, São Lourenço da Mata, Cabo e, parcialmente, Moreno. A metrópole pernambucana nasceu com nove cidades, mais do que as preconizados por Baltar ou por Lebret. Atualmente possui 14, tendo possivelmente no futuro a inclusão de Goiana. “Nessa época, 1973, o Brasil era uma ditadura e os regimes militares tinham medo das cidades, que é onde existe a cultura, que era onde fervilhava a questão política. Então, eles conceberam as regiões metropolitanas e determinaram que os estados – que eram governados por pessoas nomeadas pelos militares – é que iriam administrar essas regiões”, informa o arquiteto e urbanista Jório Cruz. Nesse contexto nasce em 1973 a Fidem (Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife) e é criado o Fundo de Desenvolvimento Urbano. Trata-se de financiamento a fundo perdido da União aplicado na região. Jório, que foi um dos seus presidentes, explica, porém, que havia exigências técnicas para que os recursos fossem adquiridos. “Deveria haver um plano e os projetos seriam organizados segundo esse planejamento maior”. O funcionamento da Fidem foi um grande diferencial da experiência pernambucana de gestão da sua metrópole. Juntando competência técnica e recursos disponíveis através do fundo, o órgão conseguiu aprovar diversos projetos relevantes para a integração da RMR, como o TIP e o Porto de Suape. Laudo Bernardes foi o escolhido para montar a equipe da Fidem. A princípio, apenas com poucos servidores que vieram da Codepe e da Secretaria de Planejamento do Estado a fundação chegou a reunir, ainda nos anos 70, mais de 120 técnicos de nível superior, 80 pessoas de nível médio, dando suporte aos primeiros, além de 60 funcionários administrativos. “A seleção era baseada na competência profissional. Recrutamos gente nas universidades, órgãos setoriais, contratamos consultorias para fazer projetos. Isso nos deu grande capacidade de mobilizar recursos”, diz Laudo. Na gestão da RMR, a Fidem foi uma das pioneiras do País na criação de um Plano de Desenvolvimento Integrado que era submetido a discussões públicas, a exemplo das audiências públicas atuais. De acordo com Laudo, após essa experiência no Recife, as demais RMs passaram a adotar esse procedimento. “O plano era algo ousado, trabalhávamos com um horizonte de 25 anos. Pensávamos como seria a Região Metropolitana no ano 2000”. Muitos projetos desse planejamento, porém, como a Via Costeira – que seria uma linha rodoviária rápida que cortaria quase toda a costa da RMR, entre o Janga e Candeias – e o plano que objetivava conter as enchentes da cidade não vingaram. No relato de Laudo, havia uma sinergia com os municípios. “Quem tinha a capacidade de planejar, que era nosso caso, planejava. Quem tinha de executar, executava. Tínhamos uma filosofia de responsabilidade compartilhada”. Além da execução dos projetos ficarem sob as prefeituras ou outros órgãos executores, a exemplo do Departamento de Estradas de Rodagens (DER), a parceria também era em redor da capacitação de recursos humanos. “Treinávamos servidores municipais, contratávamos cursos. Assim, criou-se uma empatia em torno da Fidem”, lembra o primeiro presidente. Para Fátima Guimarães, arquiteta que atuou na equipe inicial do órgão e hoje é sócia do INTG, a perspectiva de integração do território foi um diferencial da instituição. “O principal legado da Fidem foi o tratamento da Região Metropolitana como uma cidade formada por várias cidades. Ou seja, valorizar a integração. Havia uma visão estruturadora do espaço metropolitano e de longo prazo”. Fátima lembra que a partir desse Plano de Desenvolvimento da RMR nasceram uma série de projetos e programas que são considerados como referência até hoje, como o Plano de Preservação dos Sítios Históricos, além de outros que trataram de temas como transporte e assentamentos sociais. Uma discussão muito atual, que é a de tornar a RMR como uma metrópole policêntrica, já era debatida pelo geógrafo Manoel Correia de Andrade. Isso significa induzir o desenvolvimento de outros polos de emprego e renda, que não apenas o Recife. “O planejamento para o desenvolvimento da Região Metropolitana

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Carnaval Saudoso é programação no Aeroporto do Recife

O saudosismo e a poesia dos antigos carnavais vão dar o tom do Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes na semana pré-carnavalesca. Para dar as boas-vindas aos passageiros que chegam à capital, no período de 16 de fevereiro a 1º de março, blocos líricos de Pernambuco e o músico Getúlio Cavalcanti vão fazer apresentações na área central do piso térreo (desembarque) do terminal recifense. A programação da ação Carnaval Saudoso, que é uma parceria da Infraero com diversos blocos tradicionais do Carnaval de Pernambuco, conta com o lirismo da Flabelo Encantado, Com Você no Coração, Flor do Eucalipto, Damas e Valetes, Flores do Paulista e Sempre Feliz. Além disso, na quarta-feira de cinzas (1º/3), o compositor e saxofonista brasileiro Getúlio Cavalcanti, conhecido autor de músicas carnavalescas, fará um pocket show para a despedida da Festa do Momo. "O nosso Carnaval é famoso pela diversidade de ritmos e de agremiações de rua. Além da nossa infraestrutura, queremos proporcionar aos nossos passageiros e usuários uma imersão na cultura pernambucana, através dos blocos líricos, tornando a passagem pelo terminal recifense inesquecível", afirmou o superintendente do Aeroporto do Recife, Carlos Antônio da Silva. Os blocos líricos. Acompanhados de uma orquestra de instrumentos como violão e bandolim, os blocos líricos têm como marca um coral de vozes femininas e de cordões de pastoras, pastores e crianças. Surgido na década de 20, esse tipo de agremiação se destaca pela beleza do seu conjunto, pelo ritmo compassado e pelas melodiosas letras de seus frevos. Famosos pelas fantasias bem-elaboradas, diferenciando-se dos clubes e troças, se inspiram nas tradições europeias. Programação: Quinta-feira (16) – 15h às 16h30 Flabelo Encantado Quinta-feira (16)– 17h às 18h30 Com Você no Coração Sexta-feira (17) - 15h às 16h30 Flor do Eucalipto Segunda-feira (20) – 15h às 16h30 Damas e Valetes Terça-feira (21) - 15h às 16h30 Flores do Paulista Quarta-feira (22) – 15h às 16h30 Sempre Feliz Sexta-feira (24) – 15h às 16h30 Flabelo Encantado Quarta-feira de Cinzas (1º) – 15h às 16h30 Getúlio Cavalcanti “O Último Regresso” - Flabelo Encantado

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Agricultores de PE na Alemanha

Do Brasil para a Alemanha. No dia 15 de fevereiro, próxima quarta-feira, a agricultura familiar brasileira será levada à Europa pela 13ª vez. É o nosso país marcando presença na maior feira de alimentos orgânicos e produção sustentável do mundo, a Biofach. Esta é a 28ª edição do evento que acontece uma vez por ano em Nuremberg, na Alemanha. A organização da missão comercial é uma iniciativa da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). O principal objetivo é ampliar o acesso dos agricultores familiares a mercados e realizar negócios. O evento reunirá representantes de vários países. Do Brasil, serão seis produtores rurais que, por intermédio da Sead, levarão mel, grãos e manteiga de cacau, café, arroz, cachaça e castanha do Brasil para Nuremberg, cidade ao norte do estado da Baviera. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a área de produção orgânica no país já ultrapassou 750 mil hectares registrados, impulsionada, principalmente, pela agricultura familiar. De acordo com o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), cerca de 70% dos produtores cadastrados são agricultores familiares. Pernambuco será representado pela Cooperativa para o Desenvolvimento da Apicultura do Nordeste (Coodapis), da cidade de Jaboatão dos Guararapes. A organização é produtora de mel. Evandro Weber, proprietário da Weber Haus, já tem mercado internacional para a sua cachaça. Do interior do Rio Grande do Sul, sua cachaçaria faz negócio com 16 países e exporta cerca de 30% da produção. E uma das principais oportunidades para exportação surgiu com a participação em feiras internacionais incentivadas pela Sead, então Ministério do Desenvolvimento Agrário. E as malas do agricultor já estão prontas para ir em busca de novos negócios. "Na feira, a gente fica frente a frente com o cliente tendo a chance de negociar e fazer parcerias mais fortes. O contato pessoal é sempre mais fácil do que um e-mail, que é muito frio", ressalta. A Weber Haus já recebeu vários prêmios, entre eles o troféu "O Sul Familiar Expointer" e diversas certificações, como o top 100 melhores do Ano da Gastronomia, da Academia Brasileira de Honrarias ao Mérito. A Biofach é uma grande oportunidade para os agricultores familiares apresentarem seus produtos e fazerem negócios no exterior. Heloísia Fontes, analista de Políticas Sociais da Sead, reitera: "Se a gente pesquisar no histórico de exportações agrícolas, 28% tem participação da agricultura familiar. Esse dado já revela que é necessário um olhar para o setor no que se diz respeito à exportação", diz. Segundo ela, os produtos brasileiros são de boa qualidade e têm boa aceitação no mercado internacional. "Muitas cooperativas já exportam e outras querem e podem exportar, só não têm ainda os mecanismos precisos para isto. E facilitar o acesso a estes mecanismos é nossa função", diz, ao enumerar que a capacitação para a Biofach contou com parceiros como a Apex-Brasil, Sebrae e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). O coordenador geral de Assuntos da Agricultura Familiar e Cooperação Internacional da Sead, Hur Ben Corrêa da Silva, conta que a Sead entende a importância de apoiar os agricultores na exportação. "Essa área vai ganhar bastante destaque daqui pra frente. Existe uma percepção da Secretaria que é uma área importante, não só a comercial, mas também aquela área que negocia proteção, juros e taxação para os produtos da agricultura familiar". O produtor de arroz Luiz Fernando Bendo, da cooperativa Coopersulca, localizada no extremo sul de Santa Catarina, vai participar pela primeira vez da Biofach: "A expectativa é muito grande. Estou confiante que o evento vai abrir novos caminhos".

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Folia para a criançada no RioMar

O público infantil tem programação certa para brincar Carnaval no RioMar. A terceira edição do Folia Kids RioMar, nos dias 17 e 18 de fevereiro, acontece na área de eventos do Piso L3 com entrada totalmente gratuita. Serão shows, aulas de frevo e desfiles de blocos e maracatus dedicados às crianças, que podem caprichar na fantasia para curtir os dois dias de evento, sempre a partir das 16h. Para animar os pequenos foliões, no dia 17 de fevereiro a programação começa com uma aula de frevo ministrada por Erika Alves, seguida pela apresentação do Maracatu Nação Erê, bloco Balança Rolhinha e show da Bandalelê. Já no dia 18, Erika Alves volta para mais uma aula de frevo, seguida pela animação do bloco Com 7 & Serpentina e show das Fadas Magrinhas.

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