Arquivos Vi no Instagram - Página 15 de 47 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Nossa cozinha é muito mais que bolo de rolo

Nas últimas décadas, especialistas em gastronomia têm valorizado a singularidade de alimentos e a forma típica como são preparados numa área geográfica. É o tão falado terroir. Em Pernambuco, Claudemir Barros tem sido um dos chefs que mais enaltece a riqueza dos quitutes da terra. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala da influência de sua mãe, cozinheira do restaurante Leite, que fazia carne de sol e queijo coalho no quintal de casa, das suas pesquisas sobre a culinária sertaneja e da necessidade de estudantes e profissionais valorizarem os ingredientes nordestinos. Como começou a sua paixão pela gastronomia nordestina? Minha mãe foi cozinheira líder do Leite, naquele tempo não havia chef. Ela trabalhou durante 17 anos no restaurante e, por ser muito gorda, tinha medo de morrer e os quatro filhos ficarem à mercê. Ela, então, obrigava todos a cozinhar. Também obrigava a gente a plantar e ter o que comer no quintal de casa. A comida que eu lembro bem que minha mãe fazia era uma peixada. Mas ela valorizava também a carne de sol que era feita dentro de casa, assim como o queijo coalho. Vocês plantavam e faziam queijo numa casa no Recife? Morávamos no Jordão Baixo, que hoje é um bairro, mas antes era considerado como uma cidade interiorana. Como minha mãe foi do interior, fazia as coisas acontecerem dentro de casa. Ela colocava sal na carne e jogava no sereno para fazer a carne de sol. Como havia uma abundância de leite, ela fazia com que ele coalhasse e virasse queijo. Requeijão ela também fazia na própria panela e eu e meus irmãos aprendemos tudo isso. Como não tínhamos condições financeiras, tudo era feito em fogareiro e panela de barro. Como começou a trabalhar na área gastronômica? Como falei, minha mãe nos obrigava a ser cozinheiros. Minha irmã mais velha, aos 15 anos, ao ver a necessidade chegando em casa, foi procurar emprego. Hoje ela é aposentada como cozinheira de uma creche. Meu irmão encostado a ela, Jorge, fez curso de cozinheiro no Senac e foi para o quartel, onde trabalhou como taifeiro (cozinheiro). Hoje é oficial aposentado e, não cozinha mais. Cláudio é sub chef num hotel em Porto de Galinhas. Ou seja, a família toda está nesse ramo. Quando eu era menino via minha mãe ser procurada aos domingos – dia em que o restaurante Leite fechava – por pessoas que queriam que ela fizesse comida em suas casas. Eu dizia para mim mesmo: eu queria que um dia alguém chegasse na porta da minha casa me convidando para cozinhar. Sempre tive essa vontade de querer ser igual a minha mãe e, quando completei 17 anos, fui para o Senac me profissionalizar. Depois trabalhei num restaurante francês em Candeias, depois num outro numa praça do Shopping Recife. Em seguida, fui convidado a trabalhar no Sheraton, onde passei oito anos. Também trabalhei no hotel Golden Beach, em Piedade. Foi quando me mandaram para São Paulo fazer estágio e, quando retornasse, abriria o Mingus que hoje fica em Boa Viagem. Fui chef ainda do Wiella, desde a sua abertura, onde trabalhei 14 anos. Depois comecei a fazer consultoria. Foi quando meus atuais sócios me perguntaram: “por que você não abre um restaurante próprio?” Eu respondi: Por que não tenho tempo (diz rindo e esfregando o polegar com o indicador). Eles disseram: “a gente vai arrumar tempo pra você. Se você abrisse um restaurante, como seria?” Dei a ideia do Oleiro para eles. Eles me perguntaram quando estaria apto a abri-lo e respondi: quando vocês me arrumarem tempo (risos). Cinco dias depois eles me procuraram, dizendo que havia esta casa aqui, propondo o projeto. Como você fez a pesquisa sobre a culinária nordestina que resultou no livro Sonhos & Sabores? Falar da pesquisa é falar de estágios que eu fiz. Fui para São Paulo fazer estágio no Emiliano (restaurante) com a equipe do chef Laurent Suaudeau, um francês radicado no País há mais de 30 anos. Ele se destacou muito por valorizar os ingredientes do nosso País. Logo em seguida, estagiei com Alex Atala, que não preciso dizer quem é. Comecei a observar que essas pessoas cresceram olhando para trás, olhando os ingredientes existentes na sua região, valorizando-os. Foi quando comecei a pesquisar os costumes no interior. Fui a cidades como Frei Miguelinho e fiz um vídeo com um senhor de 84 anos. Perguntava o que ele comia, porque a comida dele era feita daquele jeito e sempre batia com aquilo que nossas mães ensinam pra gente dentro de casa. Passei a levar essas informações para eventos em São Paulo e me diziam que eu precisava tirar aquilo do vídeo e colocar no prato. Passei a fazer menu degustação só com ingredientes daqui. Virei uma referência tanto fora como dentro do Estado. O Recife é considerado o terceiro polo gastronômico do País. Em quê? Por quê? Vi a necessidade de mostrar uma cozinha pernambucana que é muito mais que bolo de rolo, não tirando o mérito, de maneira alguma, do bolo de rolo. Quanto mais eu pesquisava, mais uma coisa me levava a outra. Quando eu estava pesquisando um ingrediente, chegava um senhorzinho ou uma senhorinha e dizia assim: “você já comeu palma?” Eu havia assistido a reportagens sobre esse ingrediente e sabia que era considerado vergonhoso, porque é dado aos animais. Percebi que havia um leque de ingredientes exóticos no Sertão tanto quanto há na Amazônia. Mas há muito preconceito contra esses alimentos, não é? Existe, sim, o preconceito. Ele está alicerçado na região Nordeste. As pessoas têm vergonha do que comeram e ainda comem. Vou usar a palma como exemplo: quem come esse alimento sente vergonha porque as pessoas que vivem na cidade demonstram pavor dele porque aprenderam na televisão que aquilo era errado. Mas se a gente olhar com olhos gastronômicos, veremos que aquele alimento foi o que nutriu aquela família. Uma pessoa percebeu que o gado se nutria de palma e começou a dar também a seus familiares. E quantas pessoas

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Semana Manuel Bandeira celebra os cem anos do livro “Carnaval”

A décima edição da Semana Manuel Bandeira, promovida pelo Espaço Pasárgada, celebra este ano o centenário do lançamento do livro “Carnaval” de Manuel Bandeira, uma das obras precursoras do Movimento Modernista. A programação gratuita começa hoje (15) e segue até o dia 18 e vai contar com uma vivência artística com o artista visual Charles (Victor Dreyer), palestras, recitais de música e poesia, rodas de diálogos, visita guiada e performances voltadas para estudantes. A Semana Manuel Bandeira é um evento cultural para comemorar o aniversário do poeta (133 anos) que viveu naquele lugar quando criança. Essa atividade, que já alcançou mais de quatro mil pessoas durante as suas dez edições, com um amplo perfil que vai das crianças à terceira idade, faz com que o público possa conhecer de perto a obra do poeta Manuel Bandeira. De acordo com o secretário estadual de Cultura, Gilberto Freyre Neto, “a iniciativa busca ainda inserir na rotina das escolas públicas e privadas o Espaço Pasárgada como referência de suporte a pesquisas e estudos sobre a vida e obra do poeta”. As três escolas convidadas irão apresentar trabalhos feitos pelos próprios alunos e alunas sobre a obra de Bandeira, criando uma interação entre a educação, a poesia e a arte de uma forma geral. Para Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe, “a ideia é estabelecer uma relação entre os convidados, professores, estudiosos, e profissionais de diversas áreas culturais, como parte das ações, indo além das apresentações literárias, recitais ou das palestras e mesas de debate“, explica. Um dos convidados desta edição é o professor, dançarino, ator e performer Adriano Cabral, que irá conduzir as atrações artísticas da Semana. Durante cada dia haverá uma performance do artista e seus convidados. Na quarta-feira (17), por exemplo, ele se apresenta ao lado do Grupo Tutti, da Cia. Ciganos de Luz (com o espetáculo Bailados no Reino do Pasárgada) e do bailarino Thiago Leal (com o número Um Sapateado para Bandeira). Na quinta-feira (18), o público poderá desfrutar da primeira edição do Saraus em Pasárgada, com o declamador Cláudio Noah. Outra atividade é a vivência ‘Bandeira, um novo olhar 100 anos depois’, do artista visual Charles, no qual os visitantes poderão testemunhar, de segunda (15) a quinta (18), a criação de um painel inspirado no poema “Poema de uma quarta-feira de Cinzas” - presente no livro centenário de Bandeira. Além disso, todos os dias Charles irá conversar com os estudantes sobre seu processo criativo e a interação entre artes visuais e poesia. Na quinta–feira (19), encerrando a programação, será apresentada a primeira edição do ano dos Saraus em Pasárgada, com uma performance poética de Adriano Cabral e apresentação do cantor e compositor Claudio Noah, que recitará poemas, canções autorais e muitas obras de Manuel Bandeira. Em seguida, o artista Charles apresenta o resultado da sua vivência no Espaço Pasárgada. Serviço: 10ª Semana Manuel Bandeira 15 a 18 de abril Espaço Pasárgada (Rua da União, 265 Boa Vista) Gratuito Confira a programação da X Semana Manuel Bandeira: Segunda (15) 14h às 17h - Vivência artística ‘Bandeira, um novo olhar 100 anos depois’, com o artista Charles Terça (16) 14h às 17h - Vivência artística ‘Bandeira, um novo olhar 100 anos depois’, com o artista Charles 14h30 às 16h - Visita guiada com poemas de Manuel Bandeira (alunos do Colégio Apoio) Quarta (17) 14h às 17h - Vivência artística ‘Bandeira, um novo olhar 100 anos depois’, com o artista Charles 14h30 às 16h - Visita guiada com poemas de Manuel Bandeira (Escola Municipal Poeta Manuel Bandeira) 19h - Apresentação do Grupo Tutti; Recital ‘Um bailado no Reino do Pasárgada’ com o ator Adriano Cabral e a Cia. Ciganos de Luz; e ‘Um Sapateado para Bandeira’, com Thiago Leal Quinta (18) 14h30 às 16h - Visita guiada com poemas de Manuel Bandeira (Alunos do Educandário São Judas Tadeu) 19h - Saraus em Pasárgada Especial: Performance poética com o ator Adriano Cabral; apresentação do cantor e compositor Cláudio Noah, com poemas autorais e de Manuel Bandeira 19h – Apresentação-final da vivência artística ‘Bandeira, um novo olhar 100 anos depois’, com o artista Charles

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5 fotos de Nova Jerusalém Antigamente

O espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém há tempo já é um dos atrativos culturais que compõe o calendário anual de Pernambuco. Construída no Brejo da Madre de Deus, a cidade do cenário do espetáculo que conta no período de Páscoa os passos de Jesus Cristo foi idealizada por Plínio Pacheco. Antes do suntuoso teatro ao ar livre que conhecemos hoje, a paixão teve origem nas encenações do Drama do Calvário nas ruas da vila de Fazenda Nova, entre 1951 e 1962. De acordo com o histórico redigido pelo próprio espetáculo, a vila do município do Brejo da Madre de Deus, onde foram realizadas as primeiras encenações fica próxima ao local onde hoje se situa a cidade teatro. "A ideia de construir um teatro que fosse como que uma pequena réplica da cidade de Jerusalém para que nela ocorressem as encenações da Paixão foi de Plínio Pacheco, que chegou a Fazenda Nova em 1956. Mas o plano só veio a se concretizar em 1968, quando foi realizado o primeiro espetáculo na cidade teatro de Nova Jerusalém", descreve o institucional do espetáculo, que nos cedeu as imagens abaixo. Clique nas fotos para ampliar.       *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais e colunista da Gente & Negocios (rafael@algomais.com)

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Rodrigo Novaes aposta na promoção da Arena de Pernambuco como complexo multiuso

O secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes, aposta na promoção da Arena de Pernambuco como complexo multiuso. O equipamento, que serviu de sede para mais de 10 jogos de times do Estado em 2019, recebe eventos corporativos ou de lazer com frequência. Para alavancar tais ações, representantes da Arena acompanharam o secretário na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), em Portugal, no fim de março. A iniciativa teve como intuito apresentar todas as potencialidades da Arena para o mercado internacional, com foco no turismo cultural e de eventos. Em paralelo, Rodrigo Novaes esteve, na semana passada, em reunião na CBF para demonstrar o interesse do Estado em sediar o Mundial Sub-17 na Arena. Em 2018, o equipamento sediou 147 eventos, entre partidas de futebol, shows, congressos e palestras.

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Rede D’Or terá novo hospital no Recife

A Rede D'Or começa a construir a partir de janeiro do ano que vem uma nova unidade hospitalar voltada para o público A. Com investimentos iniciais de R$ 140 milhões somente para a estrutura (ou seja, o prédio, fora os custos com equipamentos e pessoal), será um hospital geral com foco em oncologia e terá 140 leitos. “A operação deve começar no segundo semestre de 2022”, estima o diretor geral de Pernambuco da Rede D’Or Alexandre Loback. Esta será a quinta unidade hospitalar da rede, que já opera no Estado o Esperança, o Esperança Olinda, o São Marcos e o Memorial São José. Será instalada na Ilha do Leite, nas proximidades da Rua Paissandu. . . Segundo Loback o novo hospital será da linha Star, um segmento da rede que oferece um conceito de hotelaria e serviços diferenciados. “Atualmente apenas o Rio conta com essa operação", informa o diretor. Duas outras serão inauguradas ainda este mês em São Paulo e Brasília. O investimento é realizado num momento em que o setor hospitalar em Pernambuco e no Brasil sentem os efeitos da crise econômica que tem reduzido o número de pessoas com acesso a convênios de saúde. “Houve uma queda de 10% do contingente de 1,3 milhões de usuários da saúde suplementar”, contabiliza Loback. Ele acrescenta que houve ainda a migração para planos com os quais a Rede D’Or não trabalha ou que tenham uma estrutura verticalizada e atendem seus pacientes somente em hospitais próprios. Mas ele acredita que até 2022, quando começa operar a nova unidade hospitalar, a crise esteja encerrada. Além disso, o investimento visa atingir um segmento de usuários de alto poder aquisitivo - portanto que não abandonaram a saúde suplementar na recessão, nem fizera a troca por outro plano de custo inferior. Trata-se de um público que também costuma viajar para São Paulo para se submeter a procedimentos médicos. CONSULTÓRIOS NO SHOPPING PATTEO Outra novidade anunciada pela Rede D’Or é a construção de 16 consultórios no Shopping Patteo, em Olinda. Eles serão oferecidos sem custo para médicos, que em troca indicam a estrutura do Esperança Olinda aos pacientes. Essa parceria com médicos também é feita com outras unidades hospitalares da rede.

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Marca de cosméticos veganos chega ao Recife

Os veganos pernambucanos – um público que cresce a cada dia – contam agora com os cosméticos da Simple Organic, marca brasileira que acaba de inaugurar um quiosque de 9 m² no RioMar Shopping. O comando é das franqueadas Manoela Souza e Mariana Fragoso. Seus produtos são formulados com ingredientes naturais (sem uso de produtos sintéticos), orgânicos (não utiliza agrotóxicos ou outros agentes químicos), veganos (não contém nada de origem animal), cruelty-free (na sua produção não realiza crueldade com animais) e sem gênero. São certificados pela Ecocert e Peta (Peta-Approved Vegan e Cruelty-Free). As duas sócias, adeptas do veganismo, investem num nicho que apresenta um crescimento constante. O Brasil é o quarto maior mercado de cosméticos do mundo, as vendas ao consumidor em 2017 alcançaram US$ 30,2 bilhões. Só perde para Estados Unidos, China e Japão, e representa 50% do mercado da América Latina e 7% do mundial. Já o mercado global orgânico de cuidados pessoais deverá atingir US$ 25,11 bilhões até 2025, segundo relatório da Grand View Research. Um desempenho que explica a rápida ascensão da franquia, criada há dois anos pela jornalista Patrícia Lima, editora da revista digital Catarina, em Florianópolis. Com o quiosque do Recife, a marca totaliza 10 revendas, no ano passado eram 6. “Até julho planejamos inaugurar mais 20 lojas”, acrescenta Vanessa Koppe, gerente de marketing da empresa. “Somos a primeira franquia de beleza natural a abrir 15 lojas no período de quatro meses. Uma vitória para a marca que nasceu com o intuito de democratizar o acesso a uma beleza limpa e livre de crueldade animal”, celebra a empresária, que vê a Simple Organic disputando o market share com lojas já inauguradas em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Manaus, Campo Grande e, em breve, São Paulo e Ribeirão Preto. Manoela e Mariana investiram R$ 120 mil como franqueadas e esperam obter o retorno do investimento em um ano. “Somos jornalistas e queríamos empreender em algo que gostássemos e acreditássemos”, conta Manoela. Entre os produtos oferecidos estão a linha de maquiagem com blushes, máscara de cílios, delineador, batons, esfoliante labial, pigmentos multifuncionais, iluminador, demaquilante, sérum, entre outros. Uma novidade são dez tonalidades de base líquida e sete de corretivos sólidos compactos livres de pesticidas e matéria-prima tóxica. “Na fórmula, destaque especial para a presença do óleo de copaíba, que auxilia nas inflamações como as causadas por acne, e para o extrato de calêndula e óleo essencial de lavanda, que acalmam e nutrem a pele”, garante Vanessa. O portfólio de wellness, destinado aos cuidados corporais e faciais, também está disponível. Fiel à defesa do meio ambiente, a marca pratica a logística reversa. “Isso quer dizer que 100% do impacto gerado com as embalagens é neutralizado”, assegura Patricia Lima. Na prática, o consumidor leva as embalagens dos produtos usados no quiosque e ganha 10% de desconto na aquisição de um novo e a Simple Organic se responsabiliza pela reciclagem do invólucro levado. Entre os próximos planos da marca está o lançamento da linha kids.

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Futebol pernambucano ganha fôlego em 2019

*Houldine Nascimento Nem só de fracassos vive o futebol pernambucano. Na Copa do Nordeste, a principal competição da região, Náutico e Santa Cruz garantiram vaga nas semifinais. As duas equipes jogaram no último sábado (6), em confronto único pelas quartas. O Timbu foi a Fortaleza enfrentar o Ceará do técnico Lisca, um velho conhecido. Para o confronto, o treinador do Vozão escalou um time misto e a atitude se mostrou um grande erro. Passou pela cabeça de Lisca que o Ceará não teria muitas dificuldades para avançar, já que sua equipe está na Série A nacional e o Náutico figura mais um ano na Série C? Fato é que – especialmente em decisão – alguém jamais deve subestimar o adversário. Após um zero a zero movimentado na primeira etapa, o Alvirrubro conseguiu chegar ao resultado necessário para a classificação. O jovem atacante Thiago, 18 anos, demonstrou muita personalidade e foi determinante para o êxito do Timbu. Primeiro, fez importante jogada individual que culminou em gol contra do zagueiro Valdo, aos 30 minutos. O Náutico garantiu a vaga aos 45 minutos da etapa final graças a um contra-ataque puxado por Wallace Pernambucano, que tocou para Thiago, livre, marcar. Mais de 36 mil torcedores compareceram à Arena Castelão para acompanhar o jogo. A vida de Lisca não está fácil, já que o Ceará vem de duas eliminações consecutivas. No meio de semana, caiu para o Corinthians na Copa do Brasil e, três dias depois, sai da Copa do Nordeste. Já o Náutico está em excelente momento e não perde há 18 partidas. Seu adversário na próxima fase será o Botafogo-PB, que venceu o CSA por 3 a 1. O Santa Cruz, por sua vez, teve dificuldade para passar à semifinal. No Arruda, recebeu o CRB. Com um jogador a menos durante boa parte do segundo tempo, o Santa viu o time alagoano abrir o placar perto do fim do jogo, já aos 42 minutos, com o ex-atleta coral William Barbio. Dramaticamente, o Tricolor chegou ao empate, aos 48, com William Alves. Os pênaltis vieram e o goleiro Anderson brilhou ao defender a cobrança do atacante Maílson. Assim, o Santa Cruz avançou (com placar de 8 a 7) e espera o vencedor do duelo entre Fortaleza e Vitória, que ocorre nesta segunda (8), às 21h30, no Castelão. PERNAMBUCANO – Náutico e Sport decidirão o Campeonato Pernambucano deste ano. No domingo (7), em jogo único da semifinal, o Sport recebeu o Salgueiro, na Ilha do Retiro, e ganhou por 3 a 1, gols de Hernane (2) e Ronaldo. O Carcará descontou com Igor João. Na quarta (3), no estádio dos Aflitos, o Náutico havia vencido o Afogados por 2 a 0.   *Houldine Nascimento é jornalista

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Exposição fotográfica retrata a dualidade da Avenida Conde da Boa Vista

Já imaginou como seria ver o dia a dia de uma das principais vias do Recife registrado em fotografia? Na próxima segunda-feira (08), a jornalista e fotógrafa Malu Didier te convida a realizar "Um Passeio Pela Avenida Conde da Boa Vista", na Exposição Fotográfica que vai acontecer no Hall do Auditório da Faculdade Frassinetti do Recife - Fafire, das 19h às 21h30. O projeto é resultado da disciplina de Auditoria da 5º turma de pós-graduação em Gestão e Produção Cultural da Fafire, em parceria com a jornalista, que no ano passado explorou como trabalho de conclusão de curso em jornalismo, registros fotográficos da tradicional Avenida. Segundo Malu Didier, a escolha do tema se deu após frequentar, diariamente, durante quatro anos, o logradouro e perceber as surpresas que reservam o lugar. "Eu vi muita coisa bonita, muita cultura, gentileza, encontros, manifestações, elementos que verdadeiramente representam o centro do Recife. Mas também vi muita pobreza, falta de educação, violência", conta a jornalista. A partir destas observações, ela resolveu incorporar essas dicotomias no projeto experimental. "Foi tudo completamente 'in loco' e eu nunca conseguia prever o que poderia fotografar naquele dia. Por isso para mim foi tão experimental e desafiador", revela. Na Mostra o público poderá conferir 20 fotos selecionadas pela curadora da exposição, Flora Negri, que abordam a visão cotidiana da jornalista e fotógrafa de forma ampla, trazendo um retrato do que se observa ao caminhar pelo Centro: o comércio, a mobilidade, as dificuldades, as humanidades, e como cada um desses aspectos se costuram para dar essência à Avenida. A exposição chega em um momento importante para os recifenses, justamente em um período de mudanças para a via, o que reforça o caráter documental nas fotos. "A Mostra dá a chance do público perceber de uma forma mais contemplativa os elementos que vão ficar e os que vão sair dessa avenida, que é uma artéria tão importante no coração do Recife", justifica a jornalista. Quase um ano após a defesa do projeto, Malu não esconde a satisfação de ver um trabalho acadêmico saindo das portas da Universidade e sendo disponibilizado para a população. "Sensação de dever cumprido", ressalta. Maria Luísa Didier, ou como é mais conhecida, Malu Didier, é formada em Jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco e atualmente está especializando-se em Narrativas Contemporâneas da Fotografia e do Audiovisual na instituição de ensino. Essa será a primeira exposição que apresentará aberta ao público. Na ocasião, as pessoas também poderão conferir a Exposição fotográfica "Entre Confetes e Serpetinas - Carnaval de rua de Olinda", do fotógrafo Roberto Rômulo. Serviço Exposição Fotográfica "Um Passeio Pela Avenida Conde da Boa Vista", da jornalista e fotógrafa Malu Didier Hall do Auditório da Fafire - das 19h às 21h30. Entrada gratuita

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De saída: Vélez e a crise na educação brasileira

Na semana em que o Governo Bolsonaro completa 100 dias, conversamos com especialistas em educação para comentar o desempenho do ministro que protagonizou as maiores polêmicas das últimas semanas. Em tempos em que a comunidade acadêmica discute o uso de tecnologia na educação, os novos desafios da docência, a necessidade de melhor infraestrutura e gestão na área (entre outros complexos temas), o ministro Ricardo Vélez Rodríguez trata como prioridade questões como a revisão da narrativa do Golpe Militar de 1964 e a censura prévia da prova do ENEM. Sem esquecer a carta aos diretores das instituições de ensino que encerrava com o slogan de campanha presidencial: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Fritado por aliados e opositores e com baixa popularidade, o ministro foi demitido hoje. O PhD em educação matemática pela Universidade da Califórnia, Luciano Meira, considera lastimáveis os primeiros 100 dias do Ministério da Educação do atual Governo Federal. “Anísio Teixeira, um dos fundadores da ideia de uma educação pública universal no Brasil, já reclamava nos anos 1940 sobre a falta de estratégia de uma política ampla e escalável de transformação através da educação no nosso País. Nós nunca fomos bons no desenho estratégico dos sistemas de educação pública e isso não mudou muito nos últimos 50 ou 60 anos. Mas nós escalamos atualmente para um outro nível. Nós não apenas não temos estratégias, mas os procedimentos mais cotidianos e comuns de operação da máquina pública em que o MEC é responsável estão sem nenhum governo ou gestão”. . . O docente citou como exemplos as dificuldades do MEC em conduzir o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), os procedimentos relativos à operação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a avaliação dos processos de alfabetização. “Nós nos encontramos numa situação lastimável para a qual deveríamos todos nos mobilizar para uma tomada de rumo imediata porque cada dia perdido nessa indefinição, inoperância e, de fato, desastrosa gestão representa muito mais tempo adiante na construção de um futuro cada vez mais longínquo”, propôs Meira. O professor Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe e vice-presidente do Sinepe-PE (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco), ressaltou que Ricardo Vélez Rodríguez não chegou ao ministério por meio de um viés técnico, mas por indicação do guru ideológico do Governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho: “Ele é estranho aos melhores quadros educacionais da educação brasileira. Um ilustre desconhecido da comunidade universitária e do próprio MEC”. . . Na lista dos "pecados" cometidos por Rodriguez, o diretor afirmou que ele desmontou as melhores equipes técnicas do ministério em três meses, intrometeu-se na instrumentação do ENEM e definiu um método único de alfabetização. “A desmontagem de equipes técnicas é um desastre para o governo e tem efeitos desastrosos como estamos vendo. A interferência no ENEM, levado por critérios ideológicos é típico de uma pessoa sem compromisso com a qualidade da educação do Brasil", ressalta Vasconcelos, que também faz críticas no campo da alfabetização. "O Brasil passou a adotar um método único de alfabetização e foi na contramão do mundo inteiro, que adota em diversos métodos, de acordo com perfil dos alunos e professores. Isso contraria o que vem sendo adotado nos melhores sistemas de educação do mundo nas políticas de alfabetização”. Armando lembrou ainda do episódio da carta endereçada aos diretores de escolas, que sugeriu o canto do Hino Nacional e o envio das imagens para o MEC. “Foi ridícula. Recebi a carta, como todos os diretores. Uma carta sem sentido nenhum. Considero fundamental ao novo ministro da educação se comprometa com os novos rumos da educação do Brasil. Aponto como compromisso com novos rumos a implementação da Base Nacional Comum Curricular e a implementação de uma política séria de formação de professores. Temas que o atual ministro não tratou”, concluiu. Outra crítica do ministro é Karla Falcão, que é historiadora, consultora em educação e uma das lideranças do movimento RenovaBR em Pernambuco. “A escolha de Vélez para assumir o Ministério da Educação foi não somente uma má escolha técnica como também uma incoerência política. O presidente se elegeu falando sobre desideologização da educação, mas indicou um ministro que se apegou a questões narrativas e estéticas, em vez de resolver os problemas reais da educação brasileira”. . . Karla destacou que de acordo com o INEP, 2,8 milhões de crianças e jovens estão fora da escola e que o Instituto Ayrton Senna apontou que o Brasil tem um prejuízo de R$ 7 bilhões aos cofres públicos por causa da incapacidade de combater e evasão escolar. Problemas que passaram longe da agenda dos 100 primeiros dias do ministro do MEC. “Só 12,7% das crianças mais pobres aprendem o adequado em português no 5º ano, enquanto 86% das crianças mais ricas atingem os níveis adequados de aprendizagem. Isso tem que mudar e Velez já demonstrou que não tem condições de promover essa mudança. Não precisa ser situação ou oposição para saber que a mudança no comando do Ministério da Educação é necessária. Basta ser a favor da educação e do Brasil”. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Porto Digital abre chamada para o Programa de Incubação

Estão abertas as inscrições para a chamada do Programa de Incubação do Porto Digital. O programa irá selecionar startups, empreendimentos criativos, empresas nascentes e negócios de impacto em fase inicial que visem o desenvolvimento de produtos ou serviços, de base tecnológica, inovadores e escaláveis em diversas áreas. A chamada pode ser conferida online e os empreendedores precisam preencher um formulário. A seleção para a participação no programa é composta por duas etapas. Na primeira, os interessados devem enviar, até o dia 5 de maio, suas propostas de negócios inovadores, conforme o estabelecido na chamada de incubação. Após a análise das propostas, serão pré-selecionados empreendedores que passarão para o segundo momento, com entrevistas presenciais entre os dias 22 e 24 de maio. O resultado final será divulgado no dia 27 de maio, com início das atividades no dia 6 de junho. Entre as novidades do programa de incubação neste ano estão um processo de seleção contínuo, com novas entradas a cada quatro meses; seis módulos com duração de um a dois meses cada; acompanhamento de mentores e parceiros ainda mais próximo das incubadas; valor subsidiado para times representados por mulheres ou empreendedores com renda familiar de até dois salários mínimos. Agronegócio, artes, educação, cidades, comércio, design, entretenimento, finanças, gestão pública, impacto social, indústria, publicidade e saúde são as áreas de atuação apoiadas pelo Programa de Incubação do Porto Digital. Ainda assim, comissão de seleção poderá, a seu critério, aceitar projetos de outros setores. Saiba mais: Formulário de inscrição Chamada para o Programa de Incubação

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