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A importância da leitura para a saúde mental

O hábito de leitura é uma prática que possibilidade inúmeros benefícios à mente das crianças, adultos e idosos. Os estímulos que são direcionados ao cérebro auxiliam a amenizar o estresse, mantém o bom funcionamento da cognição, assim como proporcionam uma melhor saúde mental. No Brasil, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), 1,7 milhão de pessoas com 60 anos ou mais têm algum tipo de demência. Importante mencionar, dessa forma, que outros estudos apontam que a leitura pode proteger a mente de doenças neurodegenerativas, a exemplo do Alzheimer. Embora o hábito pareça simples, a leitura treina o cérebro para garantir mais resistência a danos cerebrais. Mais do que a transmissão ou retenção de informações, a mente trabalha de maneira coordenada para permitir bons desenvolvimentos cognitivos. O neurocirurgião do Instituto de Educação Médica (IDOMED), Frederico Prado, ressalta que ler contribui para a saúde cerebral. Sem dúvida, o hábito da “leitura auxilia nas conexões cerebrais e cria novos vínculos neuronais”, explica. O médico acrescenta, ainda, que a prática pode desenvolver melhor a parte da mentalização, raciocínio, assim como a memória das pessoas. O gosto pelo hábito da leitura é algo que pode ser estimulado gradativamente e nunca é tarde para ser iniciado. Isso porque, segundo Frederico, a prática possibilita maior proteção ao cérebro à medida que envelhecemos. O especialista reitera que, quanto antes começar, mais chances de vivenciar uma velhice confortável nos aspectos físicos e cognitivos. “Reforço que o estímulo que a leitura gera às pessoas também é imprescindível para bons cuidados com a memória e com o nosso cérebro”, expressa. Para a professora de Psicologia da Wyden, Kalina Galvão, além de proporcionar um momento de saúde mental, no sentido de parar as atividades do dia a dia e gerenciar o estresse, o hábito da leitura ajuda na ansiedade. Ela endossa que a prática “vai estar aliada à estimulação da memória desde a criança até o adulto”, frisa. Dessa forma, “auxilia na imaginação, na criatividade, aquisição de conhecimentos e plasticidade (a capacidade da criança, por exemplo, se reorganizar e estruturar emocional e cognitivamente)”, afirma. Sem contar que, ao longo da vida, a leitura traz consequentemente inúmeras prevenções de doenças que envolvem a cognição. Em complementação, “abre possibilidades para aumentar processo de comunicação, suscitando vários benefícios para a saúde mental. Além do processo de conhecimento, há melhor compreensão de mentalização, aprendizagem e organização para realizar exercícios mentais”, finaliza Kalina.

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Envelhecimento ativo: uma jornada para a terceira idade independente e saudável

Por jornalista Jademilson Silva Ser um idoso ativo é manter um estilo de vida dinâmico e engajado, participando ativamente de atividades físicas, sociais e intelectuais que promovem bem-estar e qualidade de vida na terceira idade. O Profissional de Educação Física e Fisioterapeuta, Hugo Griz, informa sobre os benefícios da atividade física para um envelhecimento ativo da população. Como você planeja seu envelhecimento? Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos no Brasil ultrapassará o total de crianças entre zero e 14 anos. É preciso iniciar, quanto antes, uma rotina que garanta uma terceira idade saudável e cada vez mais independente.Subir e descer uma escada, pegar algo em cima de uma estante, carregar uma sacola de supermercado: ações corriqueiras podem ser um desafio para o corpo do idoso. Manter uma rotina de exercícios é fundamental para ter uma vida mais independente na terceira idade. Segundo Hugo Griz, os benefícios da atividade física nesse estágio da vida são evidentes, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e minimizando os impactos do envelhecimento “Se preparar para o envelhecimento é tão importante quanto manter uma rotina ativa e de exercícios para quem já está na fase dos 60+. As mudanças físicas relacionadas à idade podem afetar a autonomia e a independência e resultar em dificuldades para simples atividades diárias e até em incapacidade funcional. Estar ativo ao longo da vida fará toda a diferença ao chegar nessa etapa”, alerta Hugo Griz. A prática regular de exercícios, orientada por profissionais especializados, possibilita uma melhoria significativa nas capacidades físicas, promovendo uma qualidade de vida superior para os idosos. “Ter um corpo treinado evita o enfraquecimento muscular, a perda de equilíbrio e consequentes quedas e promove mais agilidade e flexibilidade, além da resistência muscular”, analisa Griz. Quais exercícios o idoso deve praticar? Exercícios de força - utilização de pesos do corpo, livres e elásticos para fortalecer o corpo de forma global, auxiliando o ganho de massa muscular, que ajuda no combate à sarcopenia, que é a perda de massa muscular decorrente do avanço da idade. Exercícios em comunidade: hidroginástica (exercícios na água reduzem o impacto nas articulações e proporcionam resistência suave), dança (forma divertida de exercício que combina movimento, música e sociabilização), ioga (promove flexibilidade, equilíbrio e relaxamento mental), pilates (melhora a postura e a flexibilidade). Exercícios aeróbios: como caminhada e ciclismo estacionário, são atividades de baixo impacto que ajudam na saúde cardiovascular. Uma boa oportunidade de socializar Além dos aspectos físicos, a prática regular de exercícios em grupo pode atuar como um poderoso antídoto contra a depressão e outras doenças, proporcionando benefícios sociais e contribuindo para o bem-estar emocional. “A interação social durante atividades físicas em grupo, aliada aos efeitos positivos de hormônios como endorfinas e serotonina, reforça ainda mais os impactos positivos na saúde mental”, explica Hugo Griz. Investir na saúde física e mental na terceira idade é uma forma eficaz de prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de contribuir para a saúde do coração. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, a partir dos 65 anos, a prática regular de atividades físicas moderadas, preferencialmente em grupo, por no mínimo três dias por semana, adaptando a intensidade conforme as condições individuais. Estatísticas sobre a População Idosa no Brasil (Dados do IBGE - 2022): A pesquisa Tsunami Prateado (2018), realizada com brasileiros com mais de 55 anos, pela consultoria Hype60+ e pela plataforma de negócios sociais Pipe Social, mostra: Preparar a qualidade de vida e o bem-estar ao longo da vida é essencial para garantir uma velhice plena e saudável, permitindo que se desfrute dos anos dourados com vitalidade e felicidade. Mas, nunca é tarde para começar a se mexer. Procure a orientação do médico e do personal trainer. Hugo Griz é Personal Trainer e Fisioterapeuta e especialista em Fisiologia do Exercício. @hugogriz Tricô: a arte que fortalece corpos e almas na terceira idade A Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti, diz que o tricô é uma prática que mantém o cérebro ativo A fazer tricô é importante para os idosos e jovens, inclusive para pessoas que estudam para concurso público, ENEM e outras atividades que exigem atenção. O tricô, bem como outras atividades manuais, ajuda na concentração, a manter o foco, raciocínio e a relaxar. Cada etapa do tricô exige atenção máxima. "Tricotar ajuda pessoas que têm dificuldades de se concentrar ou são muito agitadas”, informa a Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti, que também é doutora em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela UFPE. Fazer tricô pode reduzir o estresse, pois é um momento que a pessoa deixará os problemas um pouco de lado. “A prática é benéfica para idosos, pois, mantém o cérebro ativo, o tricô e outras habilidades manuais exigem concentração, coordenação motora e raciocínio, ajudado a prevenir doenças degenerativas e melhora a performance motora e das conexões cerebrais” diz a Terapeuta Ocupacional, Ada Salvetti. O movimento da agulha passa de um ponto ou outro, exercitando o cérebro em relação a novos caminhos neurais. “Muito se tem falado em atividade para o cérebro, portanto, o tricô é muito importante para as questões motoras, processuais e de interação social para o idoso”, afirma a Terapeuta Ocupacional. A prática pode ajudar nas articulações do punho e dedos, favorecendo a manutenção da coordenação dos movimentos da mão. Muitos idosos também ressignificam a vida quando optam por trabalhos manuais, ajudando a afastar sentimentos negativos da depressão, pois objetivam algo proposto na tarefa. Portanto, é importante mexer com a cuca em um hobby de trabalho manual, sendo aquele que forneça maior prazer para o indivíduo, não existe uma regra. Ada Salvetti é Terapeuta Ocupacional no Serviço de Geriatria e Reabilitação (Sergere) e doutora em neuropsiquiatria e ciências do comportamento pela UFPE. @sergere.recife Saúde capilar em destaque O especialista em saúde capilar, o médico Pedro Veras, estará conduzindo um workshop exclusivo, revelando segredos para a saúde e beleza dos cabelos. O evento, gratuito, acontecerá no dia 22 de abril, no Hotel Luzeiros, no Pina, a partir das 19 horas. Durante o evento, os participantes terão

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"Queremos que pacientes com diabetes do SUS tenham acesso a medicamentos disponíveis na rede particular"

Rui Lyra, presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, defende que diabéticos atendidos pelo serviço público de saúde tenham acesso a fármacos mais avançados no controle da doença que atinge mais de 14 milhões de brasileiros e que tende a aumentar a prevalência nos próximos anos. Pessoas diabéticas que não recebem um tratamento adequado e condizente com o mais avançado arsenal terapêutico desenvolvido pela medicina, podem evoluir e sofrer problemas renais e cardiovasculares. No Brasil, pacientes assistidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) não têm acesso a esses medicamentos e insumos, o que levou a Sociedade Brasileira de Diabetes a atuar para tentar reduzir a diferença existente entre o tratamento na rede privada e pública. Esse tem sido um dos principais objetivos do endocrinologista pernambucano Ruy Lyra, à frente da presidência da Sociedade Brasileira de Diabetes, que assumiu em 19 de janeiro. Nessa entrevista a Cláudia Santos, o médico conta como tem sido a receptividade do Ministério da Saúde a essa reivindicação e ressalta que a doença, que hoje atinge entre 14 milhões a 16 milhões de brasileiros, tem apresentado um crescimento no número de casos e a perspectiva é de aumentar ainda mais. Uma das metas da sua gestão à frente da Sociedade Brasileira de Diabetes é diminuir a diferença entre o tratamento oferecido nas redes de saúde pública e privada. O senhor poderia explicar essa diferença e como pretende eliminá-la? No serviço privado, muitas vezes, os pacientes têm plano de saúde e acesso a toda parte laboratorial que facilita o diagnóstico. Pela condição socioeconômica, esses pacientes, geralmente, podem comprar os melhores medicamentos para o diabetes, que não causem hipoglicemia, têm um efeito neutro no peso ou que levem ao emagrecimento que podem trazer benefícios cardiovasculares, renais, entre outros. No serviço público, embora já haja melhora, infelizmente, existe uma escassez de medicamentos gratuitos. Então, nossa proposta, junto ao governo, ao Ministério da Saúde e organismos que militam na área de tratamento, é que os pacientes do SUS tenham acesso aos mesmos medicamentos e insumos que estão disponíveis na rede particular. É tentar colocar novos fármacos que não estejam na cesta que é disponibilizada para as pessoas com diabetes no serviço público. Eu me sinto muito desconfortável ao fazer uma medicina no setor público e outra no privado, pois o médico é treinado para dar o melhor ao paciente, as ferramentas de tratamento adequadas para que se evitem complicações. É um grande desafio mas acho que somos movidos a desafios, sobretudo quando se tenta favorecer os mais pobres que, muitas vezes, sequer têm dinheiro para o transporte, quiçá para comprar um medicamento de melhor produção. Então, essa é uma proposta nossa. Já começamos nossas viagens à Brasília e estamos sentindo, nos primeiros contatos com os parlamentares e com alguns organismos governamentais, uma sensibilidade, uma perspectiva de buscar alternativas interessantes para os nossos pacientes. Que consequências são colocadas às pessoas que não têm acesso a esses medicamentos de última geração? Geralmente, complicações renais e cardiovasculares relacionadas ao ganho de peso. Entre 85% a 90% das pessoas com diabetes tipo 2 têm sobrepeso e obesidade. Hoje há medicamentos que proporcionam aos diabéticos uma redução de glicose sem risco de hipoglicemia, levando a não ganho de peso e, eventualmente, à perda de peso. Esses são medicamentos que trazem benefícios cardiovasculares e renais. Hoje, um grupo desses fármacos de última geração é disponibilizado a diabéticos com doença cardiovascular prévia com 65 anos ou mais. Recentemente já tivemos um posicionamento positivo do Ministério da Saúde para reduzir essa idade para 40 anos. E, para o paciente que recebe o Bolsa Família, esses medicamentos serão totalmente gratuitos. Os que não recebem Bolsa Família vão pagar uma parte do valor e o restante será subsidiado pelo governo, ou seja, uma coparticipação. Esse é um avanço, mas há muitos outros sendo trabalhados pela Sociedade Brasileira de Diabetes, em termos de monitorização de glicose, entre outros aspectos pertinentes ao benefício à população carente. Além de trazer qualidade de vida e prevenir morte de pacientes em casos mais graves, essas iniciativas também podem diminuir os números de hospitalizações e trazer economia para o governo? Sim. Um estudo publicado há alguns anos analisou o impacto socioeconômico das pessoas com diabetes e mostrou que se gasta menos tratando bem o diabético do que com o tratamento das complicações. Entretanto, tratar muito bem esse paciente não é só cuidar da glicose mas, também, da pressão arterial. Em termos das drogas antidiabéticas, é preciso usar as anti-hipertensivas, as drogas de redução do colesterol. Assim, ao disponibilizar medicamentos para cada uma dessas situações, as complicações vão reduzir e, consequentemente, vai se gastar menos onde hoje se gasta mais. Mesmo em relação à farmacoeconomia, há um custo-benefício em tratar bem os pacientes. Quantas pessoas diabéticas vivem no Brasil? Esse número tem aumentado nas últimas décadas? Infelizmente, sim. Hoje há cerca de 14 milhões a 16 milhões de pessoas com diabetes no Brasil e, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes, as projeções são alarmantes, não só para o Brasil, mas para o mundo todo. E a perspectiva é de um crescimento grande até o ano de 2045. Então, infelizmente, apesar do conhecimento efetivo do risco da pessoa com diabetes, em termos de morbidade e de mortalidade, nós não estamos conseguindo prevenir essa doença. E não me refiro apenas aos médicos, mas à população que ainda não percebe a importância de evitar sobrepeso, de ter uma alimentação adequada, de praticar atividade física, ou seja, hábitos saudáveis recomendáveis a todos, sobretudo às pessoas com histórico familiar de diabetes. Então é fundamental que haja um envolvimento de todos, não só dos profissionais de saúde e do governo mas, também, das pessoas em geral para prevenir esse incremento da doença. Então esse aumento se deve ao diabetes tipo 2? Sim. Nove entre 10, ou seja, 85% a 90% dos diabéticos no mundo têm o tipo 2. É por isso que o impacto é grande. A presença de diabetes tipo 2 presume histórico familiar de diabetes, sobrepeso ou obesidade. Então essa

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Especialista revela a importância da nutrição esportiva na prática de jiu-jitsu

Por jornalista Jademilson Silva Para o atleta de jiu-jitsu, ter um acompanhamento nutricional faz uma enorme diferença, pois a demanda de treinos exige muito do atleta, sendo essencial ter ajuda profissional para saber como se alimentar de maneira individualizada, conforme a programação de treinamentos e campeonatos. Para não haver um consumo energético e nutricional insuficiente tanto para o desempenho quanto para a saúde, assim também como quais suplementos podem ser interessantes para melhorar o desempenho durante o combate. ‘’Qualquer pessoa que se disponha treinar, consegue, mas treinar com qualidade e sentindo que o seu corpo tem a energia necessária para o seu desempenho é totalmente diferente. Eu percebo no meu dia a dia a diferença entre treinar consumindo a demanda nutricional adequada, suplementação correta baseada na minha demanda energética e hidratada, de quando eu não sigo nenhum planejamento’’, explicou a nutricionista esportiva Cecília Marques. O suporte nutricional adequado é fundamental para atletas de jiu-jitsu maximizarem seu desempenho, promoverem a recuperação muscular, prevenir lesões e garantirem uma boa saúde. Isso inclui uma ingestão adequada de proteínas, carboidratos, minerais e vegetais para atender às demandas específicas desse esporte. “As proteínas também precisam estar ajustadas conforme a demanda do atleta, visto que o seu consumo insuficiente prejudica a recuperação muscular e, principalmente em restrições energéticas, perda de massa muscular. Visando a saúde, não deixar as vitaminas e os minerais de fora, pois são essenciais para o atleta, visando o sistema imunológico, energia, saúde óssea e também desempenho”, diz Cecília. A suplementação pode ser recomendada para atletas de jiu-jitsu, desde que seja feita de forma consciente e sob a orientação de profissionais qualificados, como nutricionistas esportivos ou médicos especializados em medicina esportiva, ou nutrólogos. “Com a variedade de suplementos que temos hoje, nem todos possuem comprovação científica para efeitos ergogênicos, ou seja, com efeitos para melhorar o desempenho esportivo. A creatina, a beta-alanina, cafeína, nitrato e bicarbonato de sódio são suplementos com efeitos ergogênicos no jiu-jitsu”, relata a nutricionista. Para quem participa de campeonatos, estar na categoria correta ou que se encaixa melhor conforme o corpo, estatura e peso é fundamental. “Então, para quem precisa baixar de peso, fazer isso com segurança e com um profissional lhe orientando é fundamental para não haver restrições excessivas, perda de massa muscular e força ou desidratações severas, afetando a saúde”, revela Cecília Marques. Em um plano estruturado para a demanda e rotina do atleta, há o momento ideal para a reposição dos nutrientes, indo além da “matemática” da adequação. Cecília Marques acrescenta a importância da nutrição na recuperação muscular do atleta: “Saber o timing correto de repor o carboidrato após o treino, por exemplo, será um diferencial para preparar o atleta para a próxima sessão de treinamento evitando que o desempenho seja diminuído, para a recuperação muscular". Recuperação de lesões O jiu-jitsu é um esporte onde o risco de lesão pode ser alto, isso não quer dizer que todos irão se lesionar, mas a nutrição deve ser coadjuvante no tratamento dessas lesões, reforçando o consumo de proteínas para recuperação e manutenção da massa muscular, alimentos que possuem ação anti-inflamatória, vitaminas e minerais e, se necessário, suplementação. Dicas para jiujiteiro O suco de beterraba é muito interessante para o atleta de jiu-jítsu pelo seu efeito na performance esportiva. O nitrato presente na beterraba e em outros vegetais produzem o óxido nítrico que causará uma vasodilatação (dilatação e relaxamento dos vasos sanguíneos), permitindo com que mais nutrientes cheguem aos tecidos. “Entretanto, há algumas ressalvas sobre o seu consumo, pois para a conversão do nitrato em nitrito, as bactérias da cavidade oral são necessárias e se o atleta escova os dentes ou utiliza enxaguante bucal removerá essas bactérias, e também é necessário um tempo de cerca de 2-3h para que o seu efeito seja observado”, desvenda Cecília. A beterraba também auxilia na recuperação muscular, principalmente pelos seus compostos fitoquímicos, assim como o consumo de outros vegetais são importantes para uma recuperação de qualidade. O bicarbonato é considerado um tamponante, ou seja, ele retarda a fadiga reduzindo o pH, permitindo com que o atleta consiga manter o exercício por mais tempo, e pode ser utilizado de forma aguda nos esportes. “Mas é necessário ter cuidado em seu uso, pois pode provocar efeitos gastrointestinais indesejáveis, como diarreia, vômito e enjôo. A dosagem ideal é de 0,3g/kg de peso, mas o ideal é não realizar o seu uso sem acompanhamento profissional e jamais utilizar pela primeira vez em dia de competições”, informa a nutricionista. Avante! Oss! Cecilia Marques é formada em Nutrição, com pós-graduação em Nutrição Vegetariana e Vegana, além de especialista em Nutrição, Metabolismo e Fisiologia no Esporte. @ceciliamarquesm.nutri Sabemos que a hidratação é importante em todos os momentos. Manter o corpo hidratado durante a atividade física também é essencial. Mas, quais os prejuízos de fazer o treino com a bexiga muito cheia? Quem responde é o médico urologista da Clínica CS Uro, Paulo Carvalho “Fazer atividade física com a bexiga cheia pode aumentar o risco de vazamento de urina durante exercícios de força, especialmente se você estiver realizando exercícios que exercem pressão sobre a região pélvica, como levantamento de peso ou abdominais. É recomendável esvaziar a bexiga antes do exercício para evitar desconforto ou possíveis vazamentos”, orienta o médico Paulo Carvalho. "Os exercícios de elevação pélvica são úteis para fortalecer os músculos do assoalho pélvico, o que ajuda a prevenir problemas como incontinência urinária durante atividades físicas ou no dia a dia. Um fisioterapeuta especializado em saúde pélvica vai fornecer orientação específica e exercícios personalizados para fortalecer essa região e melhorar o controle da bexiga. Esses exercícios são particularmente importantes para mulheres que passaram por gravidez e parto, bem como para pessoas que sofrem de incontinência urinária ou outros distúrbios do assoalho pélvico", diz Carvalho. Paulo Carvalho é médico urologista da CS Uro. @csurodinamica Dia 06 de abril foi celebrado o Dia Mundial da Atividade Física e não poderíamos deixar de lembrar a data Para a OMS, o adulto deve fazer 30 minutos de atividades físicas diárias, 5 dias por

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MobilizaTeaPE conduz a Caminhada pela Conscientização sobre o Autismo

No dia 6 de abril, a Praia de Boa Viagem, no Recife, sediará a 3ª Caminhada Pernambucana pela Conscientização sobre o Autismo, organizada pelo MobilizaTeaPE. Com o lema "O melhor presente é ser presente", o evento tem como objetivo sensibilizar a sociedade sobre a importância da inclusão social das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A iniciativa é liderada por Polly Fittipaldi, idealizadora e coordenadora geral do MobilizaTeaPE. A participação de todos é destacada como fundamental para evidenciar a urgência da conscientização sobre o TEA. "A 3ª Caminhada Pernambucana pela Conscientização sobre o Autismo não é apenas um evento, é um símbolo de solidariedade, inclusão e compromisso com uma causa que merece toda a nossa atenção e apoio. É uma chance para que a sociedade demonstre sua solidariedade e compromisso com uma causa tão importante e necessária", afirma Polly, convidando todos a se juntarem e contribuírem para a inclusão social das pessoas com TEA. O psicólogo infantil e diretor do Grupo Ampliar, Rodrigo Nery, também apoia o evento, destacando a importância da visibilidade para a luta pelos direitos dessa população. Ele ressalta a necessidade de dar voz e visibilidade às pessoas autistas e seus familiares, chamando a atenção para a relevância das redes de cuidado que apoiam pais, responsáveis e profissionais envolvidos com a causa. O Transtorno do Espectro Autista é uma condição que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento. SERVIÇO 3ª Caminhada Pernambucana pela Conscientização sobre o Autismo.LOCAL: Terceiro Jardim de Boa Viagem (Av. Boa Viagem)Concentração: 14:30H

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Páscoa com equilíbrio: descubra como manter a saúde e o sabor das comidas nesta Semana Santa

Páscoa chegando e com ela vem sempre aquele momento tensão nas pessoas: o medo de engordar, desequilibrar a dieta, e até mesmo colocar tudo no prato quando o assunto é o almoço de páscoa e ovos de chocolate. A páscoa sempre traz exageros, alimentos mais calóricos, e a depender do caso, é importante ter determinados cuidados.  Quem fala sobre o assunto alimentação na Semana Santa e Páscoa é a nutricionista Thay Miranda. A nutricionista usa em seu consultório a regra 80/20: “Sempre acho importante lembrar que se deve considerar o contexto geral da paciente, antes de qualquer coisa, e dar autonomia e liberdade necessária para aprender a equilibrar o consumo de alimentos mais calóricos com escolhas mais saudáveis no dia a dia. Uma regra que é de lei em meu consultório é a 80/20, onde explico que se em 80% do tempo ele estiver seguindo uma rotina saudável, onde considero alimentação, exercício, consumo de água e sono de qualidade, não serão os 20% que faz em momentos de relaxamento, ou em uma refeição livre que irá atrasar o seu processo, ou lhe causará danos”, explica Thay Miranda. A observação da nutricionista cai bem para a época de alimentos excessivamente calóricos, como as comidas de coco e ovos com diversos recheios. “Aprender a diferenciar o que deve ser regra e exceção na rotina, fazer uma boa estratégia de redução de danos, e claro, voltar para o esquema após ‘Day off’ e tratar para esse paciente o resultado esperado. Por esse motivo, vamos conversar um pouco mais sobre os alimentos que mais vemos na deliciosa mesa de páscoa”, diz. É possível ter uma peixada mais saudável? Preparar uma peixada mais saudável para o almoço tradicional da época é uma ótima ideia para aproveitar a ocasião sem abdicar da saúde, já que as estrelas da mesa, que costumam ser os frutos-do-mar, são excelentes fontes de proteínas. “Uma sugestão é escolher peixes magros, como tilápia, linguado, dourado, badejo, namorado, robalo, e até mesmo o bacalhau, que têm menos gordura, e consequentemente, menos calóricos. O que de fato influencia são as formas de preparo, uma das dicas é fazer a substituição do óleo de dendê, rico em gorduras saturadas, pelo óleo azeite de oliva virgem ou extra virgem, ou mesmo o óleo de coco, que são opções mais saudáveis e conferem um sabor delicioso ao prato”, informa Thay Miranda. Outra dica é aumentar a quantidade de vegetais na receita, como tomate, pimentão, cebola, cenoura e ervas frescas, para adicionar mais fibras, vitaminas e minerais. “Você também pode acrescentar ingredientes como brócolis, couve-flor e espinafre para tornar o prato ainda mais nutritivo. Também considero importante evitar frituras, opte por métodos de cocção mais saudáveis, como assar, grelhar ou cozinhar no vapor. Assim, você reduzirá o teor calórico da peixada, mantendo-a leve e saborosa para o almoço”, acrescenta. Cuidado com as calorias do coco Os pratos com coco tendem a ser mais calóricos devido ao teor de gordura naturalmente presentes no leite de coco, ele é rico em gorduras saturadas, que são calóricas e podem contribuir para um aumento no consumo de calorias. No entanto, também adiciona sabor e cremosidade aos pratos, o que pode ser apreciado com moderação, já que estamos em uma ocasião especial. “Para reduzir o teor calórico de pratos que utilizam este ingrediente, você pode optar por versões com baixo teor de gordura ou até mesmo usar leite de coco light. Além disso, é importante controlar as porções e equilibrar o restante da refeição com ingredientes mais leves, como vegetais e proteínas magras”, Bredo: amado e odiado Uns amam, outros odeiam, esse prato de fato divide opiniões na mesa, mas a verdade é que essa PANC (planta alimentícia não tradicional) traz, sim, excelentes benefícios à nossa saúde. “O bredo possui propriedades capazes de reduzir os radicais livres no organismo, inibindo potenciais inflamações, também é fonte de compostos fenólicos antioxidantes, em especial, o ácido clorogênico, que pode melhorar o metabolismo lipídico e promover uma redução nas gorduras ruins relacionadas ao colesterol”, informa Thay Miranda. Nas mulheres, o chá do bredo pode auxiliar no controle do ciclo menstrual e sintomas da TPM.Sobre os nutrientes presentes, podemos citar o ferro, potássio, cálcio e vitaminas A, B1, B2 e C, que o torna um ótimo aliado na dieta dos veganos, por exemplo. Todas as partes do vegetal podem ser consumidas. Dessalgando o bacalhau Dessalgar o bacalhau corretamente é essencial para garantir sabor e textura ao prato, além de deixar mais saudável. Lembre-se de sempre se planejar, pois é um processo que demora entre 24 e 48 horas. Esse processo começa pela escolha da peça de bacalhau, sendo de boa qualidade, e de preferência com a pele, pois isso facilitará o processo de dessalgue. “Antes de começar o processo de dessalgue, deve-se lavar o bacalhau em água corrente para remover qualquer excesso de sal superficial. Após isso, coloque o bacalhau em uma tigela grande ou em uma bacia e cubra completamente com água fria/gelada. Lembrando que a água quente pode cozinhar o bacalhau, alterando sua textura”, diz Durante o processo de dessalgue, é necessário trocar a água regularmente para remover o sal. “Recomendo trocar a água a cada 4 ou 6 horas. Esse processo pode levar de 24 a 48 horas, dependendo do tamanho e da espessura do bacalhau. Durante esse período, guarde na geladeira para manter a qualidade”, informa a nutricionista Thay Miranda. Para verificar se o bacalhau está dessalgado o suficiente, retire um pequeno pedaço e prove. Se ainda estiver muito salgado, continue o processo de dessalgar, trocando a água conforme necessário. Uma vez que o bacalhau esteja completamente dessalgado, pode ser armazenado na geladeira por até dois dias antes de ser preparado. Ovos de páscoa Existem várias alternativas saudáveis para substituir o chocolate tradicional na Páscoa, porém é importante esclarecer que não necessariamente haverá uma diferença calórica relevante nessas opções fitness, fazendo necessário o consumo com cautela da mesma forma que as versões mais tradicionais. A nutricionista Thay Miranda separou dicas valiosas sobre o

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Dia de Conscientização sobre a Epilepsia: doença atinge até 4 milhões de brasileiros

Nesta terça-feira, 26 de março, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização Sobre a Epilepsia, também conhecido como Purple Day (Dia Roxo). O movimento teve início no Canadá em 2008, criado por Cassidy Megan, que na época tinha apenas 9 anos. Seu objetivo era fornecer informações e apoio às pessoas com epilepsia, demonstrando que elas não estão sozinhas. A escolha da cor roxa para simbolizar o dia remete à lavanda, uma flor associada ao sentimento de isolamento vivido por muitas pessoas afetadas pela doença. De acordo com o Ministério da Saúde, somente no Brasil, a doença acomete entre 2 e 4 milhões de pessoas. O médico neurologista e professor da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Jaboatão, Eduardo Maranhão, explica que a epilepsia é uma predisposição do indivíduo de desencadear crises convulsivas de forma repetida. “Como causa da doença, pode ser desde uma predisposição genética, como também adquiridas ao longo da vida, por exemplo, após uma acidente vascular cerebral, uma infecção do sistema nervoso ou um quadro demencial avançado”, fala. Na epilepsia, as crises podem variar em sua manifestação e duração, podendo ocorrer com ou sem perda de consciência. Os sintomas diferem de acordo com o tipo de crise e se o paciente apresenta outros sinais entre as ocorrências. Alguns podem experimentar contrações musculares em todo o corpo, salivação excessiva e respiração ofegante durante a crise, enquanto outros podem não apresentar esses sintomas. Essa variação na apresentação das crises é uma característica importante da epilepsia e destaca a importância de uma avaliação médica detalhada para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado. O que se dá muito no manejo da prevenção da epilepsia é sobre não colocar o paciente em situações de risco caso ele apresente uma crise, como exercer determinadas profissões, dirigir automóvel e praticar alguns esportes. “Também é fundamental a adoção de hábitos saudáveis para que o paciente não venha ter novas crises. São eles: ter um sono adequado, não ingerir bebida alcoólica e nem fazer uso de drogas. Tudo isso entra no trabalho de prevenção para o paciente que é portador da doença”, orienta o professor da Afya Jaboatão. A epilepsia é diagnosticada por meio de exames de imagem, como ressonância magnética, e testes como eletroencefalograma. As crises podem ser controladas com medicações. “Analisamos individualmente cada paciente para prescrever o melhor remédio e o tempo de uso. Há pacientes que precisam de muitos anos e outros que depois de alguns anos de bom controle, podemos começar a pensar em fazer um desmame da medicação”, afirma o neurologista. “Existem outras formas de epilepsia bem mais brandas, que só acontecem em determinada faixa etária e passam em seguida. Nesses casos, o paciente faz uso de medicação por um período curto, completa Eduardo Maranhão.

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Vamberto Maia Filho: "É importante pensar em congelamento de óvulos."

Vamberto Maia Filho, Especialista em reprodução humana, comenta o livro que acaba de lançar com relatos de pacientes sobre as dores e os desafios de engravidar e no qual conta como ele e sua mulher também passaram por essa situação. O médico faz um alerta para as pessoas planejarem seu futuro reprodutivo. O ginecologista Vamberto Maia Filho realiza uma média de 15 procedimentos de reprodução por mês, número que tem crescido uma média de 15% ao ano. A maioria dos casais que chega ao seu consultório com o desejo de ter um filho desconhecia que a fertilidade diminui com o passar do tempo. “À medida que a idade da mulher aumenta, há menos reservas ovarianas e, com isso, há infertilidade e cada vez mais casais buscam tratamento”. Uma situação provocada principalmente pelas mudanças de comportamento da população feminina, que posterga a gravidez para se dedicar aos estudos e ao trabalho. Mas existem soluções. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o especialista orienta que pessoas, principalmente a partir dos 30 anos, avaliem sua fertilidade por meio de dois testes simples: espermograma para os homens e avaliação da reserva ovariana (feito com um exame de sangue) para as mulheres. E que elas pensem na possibilidade do congelamento de óvulos. Vamberto Maia Filho também falou sobre o lançamento do seu livro Filhos - Histórias Inspiradoras, que traz relatos de 11 pacientes suas que contaram as dores e os obstáculos enfrentados até conseguir engravidar. Uma situação emocional difícil à qual o próprio médico e a mulher, a endocrinologista Maíra Passos, vivenciaram ao serem surpreendidos por um diagnóstico de infertilidade sem causa aparente. Ele relata em um dos capítulos como se sentiu vivendo na pele o desafio de suas pacientes e a felicidade de presenciar o nascimento das filhas trigêmeas Alice, Clara e Júlia. O livro hoje está disponível nas plataformas online e livrarias físicas e o valor das vendas será revertido para casais que não podem pagar pelo tratamento. A dificuldade para os casais terem filhos tem aumentado? Sim. Tanto que, ano passado, a Organização Mundial de Saúde fez um memorando trazendo o alerta de que uma em cada seis pessoas deverá ter problemas de fertilidade. É um número bastante expressivo, significa que cerca de 15% da população poderá apresentar essa dificuldade. O memorando, inclusive, sugere que esse assunto seja pauta presente nas organizações, nas estruturas do Ministério da Saúde mundo afora, pois o número só tende a aumentar. E quais são as principais causas da infertilidade entre os casais? A principal causa são as mudanças da vida moderna. Com o aumento da renda das mulheres e uma parte expressiva delas entrando no mercado de trabalho, o planejamento familiar muda. Minha avó, por exemplo, teve 10 filhos; minha mãe me teve com 25 anos e teve dois filhos, e a mulher hoje, com 35 anos, não está pensando ainda em engravidar. Nossa geração cresceu ouvindo que é possível engravidar a hora que quiser. Isso também influencia a natalidade. Em 2019 ou 2020, o IBGE mostrou pela primeira vez que nós chegamos a menos de dois filhos por casal, e a incidência de mulheres engravidando acima de 35 anos nunca foi tão alta. À medida que a idade dela aumenta, há menos reservas ovarianas, menos folículos, os problemas vão se acumulando e, com isso, há infertilidade e cada vez mais casais buscam técnicas de reprodução humana. Além da questão comportamental, fatores ambientais, como poluição, alimentação, rotina mais intensa, podem contribuir para a infertilidade? Há muitas pesquisas sobre isso. Estamos tendo mais acesso a agrotóxicos, à comida com hormônios, à alimentação ultraprocessada, então há, sem dúvida, uma mudança. As meninas estão menstruando cada vez mais cedo. A gente tem que pensar também em hábitos de vida. Antigamente a mulher nascia para ter um casamento, hoje a mulher tem uma liberdade maior, tem muito mais parceiros. A mudança de comportamento feminino teve ônus e bônus, e acho que o principal ônus é essa postergação da gravidez. Por isso é tão importante pensar em congelamento de óvulos porque nos dá a possibilidade de traçar perspectivas de um futuro reprodutivo para a mulher, mesmo que ela não tenha um parceiro. O senhor acredita que há pouca informação por parte dos casais sobre a idade fértil? Muitos casais têm a ideia de que conseguem engravidar quando quiserem porque suas gerações anteriores conseguiam. Por isso, muitas vezes, não se informam. Hoje estamos conseguindo mudar isso, conscientizando sobre a importância de buscar um ginecologista para entender o que acontece com o corpo da mulher, avaliar se ela terá ou não dificuldades para engravidar, se teve algum problema como endometriose ou cirurgias que dificultem a gravidez. Essa busca por esclarecimento está melhorando, mas ainda precisamos caminhar muito. No ano passado, a Agência Nacional de Saúde liberou, através de uma judicialização, que mulheres que tenham câncer de mama consigam, pelo seguro de saúde, o congelamento de óvulos. Mas será que as mulheres sabem disso? Será que os colegas oncologistas estão favorecendo essas mulheres? E quanto aos ginecologistas? No caso da avaliação sobre a quantidade de óvulos, por exemplo, será que ela é oferecida às mulheres pelos especialistas? Você tem toda a razão. É preciso que os ginecologistas, durante as consultas, perguntem às suas pacientes, principalmente às que estão com 30 anos ou mais, se pensam em ter filhos para avaliar como está sua reserva de óvulos. A pesquisa de reserva ovariana tem que fazer parte da avaliação das mulheres. Hoje ela é realizada de uma forma muito simples: com exame de sangue em que é feita a dosagem do hormônio antimülleriano, que não fornece a quantidade exata de óvulos que a mulher possui, mas nos dá uma ideia de como está sua reserva ovariana. Qual o percentual de homens e de mulheres inférteis? Ele é bem equilibrado. O masculino e o feminino são percentuais muito semelhantes. A diferença é que, nas mulheres, a avaliação deve ser muito mais ampla, porque elas podem ter um problema no útero, na trompa, no ovário, de hormônios e

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Glúteos para além da estética: a importância de treinar os músculos da região glútea. Confira.

Mal acabava o ano de 2023 e o mundo fitness recebia a notícia: bumbum grande será tendência para homens em 2024. Independente da tendência se confirmar ou não, o fato é que o treino de glúteos ainda é coberto de tabus para parte da população masculina. Em paralelo, esse mesmo grupo muscular continua sendo muito procurado pelas mulheres nas academias e centros de treinamento. Dentro de todo esse contexto, vale a pergunta: a importância dos glúteos se resume às questões estéticas? O Personal Trainer, Elton Alves, desvenda a importância de treinar a região glútea para a sustentação das funcionalidades do corpo, tanto para homens quanto para mulheres de diferentes idades. Nada de preconceito. Por Jademilson Silva Antes de responder à pergunta acima, é importante falar um pouco sobre cada glúteo (sim, não temos só um. Temos três). “O glúteo máximo é o mais conhecido, que fica na camada mais externa e é responsável pelo volume que vemos na região. O glúteo máximo é um poderoso extensor de quadril, e ainda tem função de abdutor de quadril (fibras superiores) e adutor de quadril (fibras inferiores). O glúteo médio está na camada intermediária e tem como principal função a abdução do quadril. Função também que o glúteo mínimo, que está na camada mais profunda, exerce como principal”, informa Elton. Neste sentido, retomamos a pergunta: os glúteos são importantes apenas para a estética? A resposta é “não” e isso remonta ao processo evolutivo, segundo o professor. “A postura ereta que assumimos hoje tem responsabilidade direta do glúteo máximo. Ao longo da evolução, a posição do glúteo máximo foi se modificando (origem e inserção), nos dando a competência para sustentar a postura ereta. Saímos da postura quadrúpede e passamos para a bípede. Tanto o glúteo máximo, como o médio e o mínimo, exercem papéis importantes no nosso dia a dia e talvez não nos damos conta disso. De maneira integrada, os três glúteos ajudam a estabilizar o quadril, sustentam o alinhamento das pernas, também mantendo o equilíbrio perturbado pela gravidade”, relata Elton Alves. Tríplice função: funcional, estética e esportiva Dentro desse cenário, podemos apontar outro lado da moeda: fraquezas e disfunções nos glúteos tendem a gerar consequências que podem atrapalhar não só a capacidade funcional, mas também resultados esportivos e estéticos. Ainda podemos citar uma associação entre essas disfunções e algumas lesões que vão desde o complexo de ombros até os tornozelos. Atitude funcional A disfunção dos músculos da região glútea é alerta importante para desvios posturais, inchaços e dores no corpo. “Dentre essas disfunções podemos citar o encurtamento desses músculos (que interfere diretamente na postura estática e no movimento). Aqui entra um ponto muito importante e cada vez mais comum: a interferência negativa sobre o glúteo máximo advinda do excessivo tempo sentado. Essa posição por longas horas seguidas hipoativa o glúteo máximo (diminui sua força e capacidade funcional) e pode gerar uma cadeia de consequências negativas, onde outros músculos, a exemplo do bíceps femoral (posterior de coxa) e adutor magno irão exercer uma maior força para compensar a relativa ausência do glúteo máximo na extensão do quadril. Esses aspectos interferem diretamente nas disfunções posturais locais (da região desses músculos) e globais (interferindo em outras regiões do corpo). Por fim, podemos citar outros aspectos que também contribuem para a hipoativação do glúteo máximo, como questões psicossociais, dores e inchaços em outras estruturas”, diz. Performance esportiva Dentro da prática esportiva, os músculos do glúteo são importantes para os atletas, não só pela estabilidade, mas também dentro do contexto específico de cada esporte. Como exemplo, podemos citar um gesto motor específico que precise de força e potência (um sprint de corrida ou um movimento explosivo de solo do jiu-jitsu). “Glúteos fortalecidos e funcionais podem impactar de maneira positiva no desempenho do praticante. Já atletas com glúteos fracos e disfuncionais podem ter como consequência um desempenho aquém do desejado, sendo fator decisivo para um resultado negativo. Isso demonstra que os músculos do glúteo precisam de atenção específica dentro do esporte. Nesse contexto, o objetivo será aperfeiçoar a capacidade funcional desses músculos para extrair o máximo possível do desempenho esportivo”, relata Elton Alves. Estética e suas especificidades Voltando para o ponto da estética, a seleção dos exercícios, amplitudes de movimento, angulação da articulação do quadril, os métodos utilizados, o tempo de intervalo e todas as outras variáveis são importantes quando o objetivo é focar em determinado músculo. “As fraquezas e disfunções dos glúteos, anteriormente citadas, também interferem na questão da estética. Uma boa avaliação física (incluindo avaliação em movimento) vai auxiliar no diagnóstico e nos próximos passos para a recuperação do praticante. É um processo onde a fisioterapia tem papel importante também. Além disso, diversos fatores influenciam de forma direta na questão hipertrófica, como a alimentação, o sono e o estresse, por exemplo", diz. Atenção: hipertrofia muscular é um processo multifatorial e vai além do treinamento. Individualidade como princípio A importância do treino de glúteos não se resume somente à parte estética, como vimos até aqui, mas sabemos que esse normalmente é o principal motivo que faz com que os praticantes busquem priorizar esse grupo muscular. Então, independente se o seu foco for estético, qualidade de vida, retreinamento ou prática esportiva, procure profissionais qualificados para atender você. E não esqueça: não negligencie o treino de glúteos. “A individualidade também se manifesta no treinamento, e o treino do seu amigo ou da sua amiga provavelmente não deveria ser o mesmo treino que o seu”, esclarece Elton Alves. Cada corpo age e reage de forma distinta frente a um estímulo. Saiba mais: Estudos AQUI Estudos AQUI Fonte da reportagem Elton Alves é Profissional de Educação Física, pós-graduando em Hormonização, Nutrição e Treinamento Feminino, pós-graduando em Ciência da Alta Performance e Prevenção de Lesões. @eltonalves.personal Relação do sono reparador com alimentação e a rotina de exercícios físicos Nutricionista e Personal Trainer orientam você para dormir melhor Alimentação Ter uma alimentação, incluindo fontes de zinco, complexo B, ômega 3, vitamina D, é um ponto importante para melhorar a saúde do seu

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