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Algomais vence Prêmio Fiepe de Jornalismo com série "Pernambuco em Perspectiva"

A Revista Algomais voltou a vencer o Prêmio Fiepe de Jornalismo, desta vez com a série de reportagens "Pernambuco em Perspectiva", assinada pelo repórter Rafael Dantas, na categoria de texto impresso. A premiação reconheceu também trabalhos da TV Globo, na categoria vídeo, da CBN Recife, na categoria rádio, e do Leia Já, na categoria internet. O Prêmio Fiepe de Jornalismo reconhece incentiva a publicação de reportagens que destacam a visibilidade do setor industrial no Estado. A série de reportagem Pernambuco em Perspectiva aponta os desafios do Estado de redesenhar um planejamento de longo prazo, considerando os desafios do século 21. As reportagens podem ser conferidas no link Pernambuco em Perspectiva. Ainda em 2024, a Algomais venceu ainda o Prêmio Sebrae de Jornalismo, em Pernambuco, e foi finalista do Prêmio Urbana-PE.

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Visit PE 2024: Desempenho de Porto de Galinhas é destaque nacional

No segundo dia do Visit PE Travel Show, as palestras apresentaram vários dados do turismo brasileiro e pernambucano, com forte destaque para um destino: Porto de Galinhas. O balneário, que recebe nesta semana representantes de todo o País do setor no evento promovido pelo Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau (PGACVB) e pela Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG). Destino mais procurado que a capital Na palestra da Omninbees, Rodolfo Delphorno destacou que entre todos os estados do País, o único com maior procura fora da capital é Pernambuco, com a preferência dos turistas por Porto de Galinhas. Ele destacou que Porto de Galinhas teve um aumento de demanda acima da média regional em 2024 e apontou como desafio para 2025 a diária média dos equipamentos do balneário. O aumento das receitas da hotelaria neste ano foi de 29% no destino, acima da média nacional, que foi de 22%. "A demanda internacional pode ser uma boa oportunidade para o destino, assim como a melhora do seu mix de canais". Boas perspectivas para a alta estação Robert Galdino, head corporate da Ápice Investimentos apresentou dados animadores para o setor. Ele indicou que as atividades ligadas ao turismo brasileiro deverão faturar R$ 157,74 bilhões entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. O número é o maior dos últimos dez anos. Com o aumento de passageiros em voos nacionais e internacionais, a CNC projeta gastos elevados em bares e restaurantes (R$ 70,67 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 37,55 bilhões). O transporte aéreo e a hospedagem também devem crescer, favorecidos pela recente redução de 21,1% nos preços das passagens, após altas superiores a 50% nos anos anteriores. Recife em destaque na Azul Na mesa que contou com as operadoras do setor aéreo, um destaque mencionado pela representante da Azul , Juliana Guerra, é que 20% de todos os passageiros que circulam pela companhia chegam ou partem do Recife. A empresa será a responsável pela mais novo voo internacional conectado com o Recife, que será para Assunção, no Paraguai. Ela participou da mesa com Marcelo Bento, da Aena Brasil , Eduardo Macedo, da LATAM, Eduardo Loyo, da Empetur, que teve a mediação de Otaviano Maroja.

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Lute como uma mulher

*Por Bruno Moury Fernandes A história, muitas vezes, parece resistir a mudanças. Por mais que os ventos soprem e o tempo avance, algumas estruturas permanecem rígidas, como se tivessem sido feitas para durar eternamente. Mas toda muralha, por mais antiga e sólida que seja, um dia cede à força do que é inevitável. E, no caso da OAB de Pernambuco, essa força tem nome e rosto: Ingrid Zanella. Depois de mais de 90 anos de história, a Ordem finalmente elegeu uma mulher para a presidência. Não foi um feito pequeno. A vitória de Ingrid veio com cerca de 1.300 votos de diferença, uma margem que pode parecer estreita, mas que representa um abismo entre o passado e o futuro. Porque sua eleição não é apenas sobre números; é sobre símbolos e rupturas. A OAB sempre foi um espaço de poder, mas também de tradições que, muitas vezes, excluíram mais do que incluíram. Ingrid rompe com essa lógica. Sua vitória não é só dela – é de todas as mulheres que lutaram para ser ouvidas, que construíram suas trajetórias em um sistema que raramente as colocava como protagonistas. É uma conquista que ecoa muito além dos corredores da Ordem e atinge a sociedade como um todo, lembrando-nos que lideranças femininas não são exceções, mas possibilidades cada vez mais reais e necessárias. Mais do que a primeira mulher na presidência da OAB-PE, Ingrid simboliza a quebra de uma casca que há tempos precisava ser rompida. Sua eleição é como o brotar de uma semente que, ao se libertar do solo, transforma toda a paisagem ao seu redor. Não se trata apenas de ocupar um cargo, mas de abrir portas, redefinir paradigmas e, acima de tudo, inspirar outras mulheres a acreditarem no seu espaço de liderança. Ingrid Zanella carrega a essência do que Frida Kahlo uma vez disse: "Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?" Sua vitória não é apenas sobre ocupar um espaço que sempre foi dominado por homens, mas sobre abrir caminhos para que outras mulheres saibam que também podem voar, ultrapassando limites e construindo um futuro mais igualitário e representativo. E que ninguém se engane: essa mudança não é apenas simbólica. Uma mulher na presidência traz perspectivas novas, formas diferentes de dialogar, decidir e liderar. A advocacia pernambucana brinda e ainda comemora a expressiva vitória de Ingrid Zanella, a primeira mulher eleita presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Pernambuco.

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Visit PE impulsiona o turismo em Porto de Galinhas e comemora resultados do setor

A sexta edição do Visit PE Travel Show reúne hoteleiros, operadoras e técnicos do setor de turismo em Porto de Galinhas. A governadora Raquel Lyra participou da abertura ontem (3) e fez um balanço dos investimentos já em andamento no litoral sul. O alto escalão do Governo do Estado esteve representado ainda pelo secretário de turismo, Paulo Nery, e do presidente da Empetur, Eduardo Loyo. INVESTIMENTO EM SEGURANÇA Sem detalhar o anúncio, a governadora Raquel Lyra prometeu uma estrutura de segurança mais robusta para o destino de Porto de Galinhas. Ela antecipou que já tem o terreno decidido e o investimento garantido, faltando detalhes para fechar o projeto. Em seu discurso, ela pontuou os investimentos em rodovias e no saneamento do balnerário. AQUECIMENTO DAS CONEXÕES AÉREAS Eduardo Loyo destacou que o Aeroporto do Recife tem neste ano o dobro da movimentação de Fortaleza e uma vez e meia de Salvador. Esse fluxo de embarque e desembarque na capital sinaliza o aquecimento do turismo de Pernambuco no Nordeste como a bola da vez no setor turístico. Seja no turismo de sol e mar ou nos eventos corporativos, os dados do Estado estão em crescimento acelerado desde o fim da pandemia. O presidente da Empetur destacou ainda o interesse do cliente pernambucano e regional no turismo no interior, com o festival Pernambuco meu País, como um dos destaques de 2024. DE OLHO NO TURISTA ESTRANGEIRO O presidente da Associação dos Hotéis de Porto de Galinhas (AHPG), Eduardo Tiburtius, e o presidente da Porto de Galinhas CVB, Otaviano Maroja, destacaram a retomada do cliente internacional, que deixou de frequentar o balneário após a pandemia. A volta dos voos diretos internacionais estão trazendo principalmente turistas da Argentina e recentemente do Paraguai. A aposta para 2025 é da captação do turista chileno para Pernambuco. A taxa de ocupação da rede para o final de ano e para o verão já tem mais de 70% vendido e a expectativa é de se aproximar dos 90%. TURISMO DE NEGÓCIOS Um dos destaques das palestras do primeiro dia do Visit PE ficou por conta de Vaniza Shuller. Ela destacou os potenciais e os gaps no atendimento ao turista de negócios, especialmente nos destinos mais típicos de lazer. A turismóloga destacou as oportunidades de gerar produtos que atendam as necessidades desse turista que tem recurso para desfrutar a cidade, mas tem horários mais restritos. RODADA DE NEGÓCIOS Um dos destaques do evento é a rodada de negócios. Em 45 mesas, são promovidas conexões diretas entre compradores e fornecedores, gerando oportunidades para firmar parcerias e expandir mercados entre as empresas locais e os players do mercado nacional e internacional. Além de conteúdos técnicos e da sensibilização dos atores políticos e empresariais, o evento tem essa característica de ser também um espaço para fechar contratos. EMPREGOS Mesmo tendo em seu território o gigante Complexo Industrial de Suape, o turismo é o maior empregador da cidade de Ipojuca. O dado é de uma pesquisa do Sebrae Pernambuco, comentada pelo gerente Alexandre Alves. A necessidade de mão de obra qualificada é sentida pelo trade local. Alexander Borges, diretor-executivo do Samoa Beach Resort, que completou 6 anos de operações, destacou que o empreendimento, que está em expansão, tem investido em qualificação profisisonal dos moradores locais.

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Wearables: tecnologia a favor do fitness e wellness

Transforme sua rotina com a revolução dos wearables. O avanço tecnológico está remodelando o cenário do Fitness e do Wellness. Descubra como os dispositivos vestíveis estão transformando vidas e o que esperar até 2025. O que são wearables e como eles impactam sua saúde? Os wearables, ou dispositivos vestíveis, já não são mais uma tendência do futuro, mas uma realidade consolidada no presente. Estes aparelhos, como smartwatches, pulseiras fitness e até roupas inteligentes, ajudam a monitorar indicadores de saúde, como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse. Para Henrique Pimentel, especialista em inovação tecnológica, os wearables não são apenas gadgets: “Esses dispositivos estão transformando a forma como cuidamos da nossa saúde, integrando tecnologia de ponta com um propósito claro: melhorar a qualidade de vida.” Cenário atual Com mais de 1 bilhão de wearables vendidos em 2023, o mercado vive um crescimento exponencial. Segundo um relatório da Statista, o setor movimentou aproximadamente US$ 81,5 bilhões este ano. O principal motivo desse boom? A crescente preocupação com bem-estar e performance. Os dispositivos não só monitoram dados, mas também oferecem insights personalizados. Por exemplo: Henrique Pimentel comenta: “A personalização é a chave. Cada dado coletado é uma oportunidade para ajudar o usuário a alcançar metas específicas, seja emagrecimento, ganho de massa muscular ou redução do estresse.” Projeções para 2025 Até 2025, espera-se que os wearables estejam ainda mais integrados ao ecossistema de saúde. Aqui estão algumas previsões: Henrique Pimentel prevê: “No futuro, wearables estarão integrados ao sistema de saúde pública, ajudando a prevenir doenças e reduzir custos hospitalares.” Como escolher o wearable ideal Defina seus objetivos: precisa monitorar treinos, saúde ou ambas? Considere a compatibilidade: o dispositivo deve funcionar bem com o seu smartphone ou plataforma preferida. Verifique a durabilidade da bateria: ideal para quem pratica esportes intensos ou longos. Busque funções específicas: detecção de estresse, ECG ou GPS integrado, dependendo de suas necessidades. Leia avaliações: plataformas como o TechRadar oferecem análises detalhadas. Os wearables estão moldando uma nova era no cuidado com a saúde. Mais do que ferramentas tecnológicas, são aliados no caminho para um estilo de vida mais saudável e equilibrado. “A união entre tecnologia e saúde nunca foi tão poderosa. A revolução dos wearables apenas começou, e seu impacto será ainda maior nos próximos anos,” conclui Henrique Pimentel. Quer melhorar seu bem-estar? Aposte em um wearable e experimente a revolução da tecnologia ao seu alcance. Henrique Pimentel é especialista em inovação tecnológica @hdgpimentel Manter o peso perdido é um desafio para os pacientes, diz especialista O reganho de quilos precisa ser compreendido com base na ciência para ser enfrentado com eficiência Manter o peso após o emagrecimento é tão desafiador quanto perder os quilos a mais na balança. Por isso, o reganho de peso não pode ser assunto tabu e precisa ser discutido com informação responsável. Mas, afinal, por que é tão difícil manter o peso perdido? Vários fatores colaboram para esse fenômeno. Um deles encontra explicação em nosso cérebro. Lá dentro, o hipotálamo entende que perder peso é algo ruim do ponto de vista da sobrevivência, pois a gordura é sinônimo de energia. Logo, se a pessoa perde energia, corre o risco de morrer.A partir desse mecanismo, o que o hipotálamo faz? Vai fazer de tudo para trazer de volta o peso corporal mais próximo ao peso máximo que a pessoa já teve na vida. Além disso, também é importante destacar que quando perdemos peso em um curto espaço de tempo, existe um aumento da fome em torno de quase cem calorias por quilo de peso. Essa engrenagem funciona em qualquer método de emagrecimento.  Mas na cirurgia bariátrica acontece algo diferente. O aumento da fome é registrado também, mas ao invés de cem calorias por quilo de peso, o aumento da fome vai ser de trinta calorias por quilo de peso. A bariátrica proporciona a regulação da ação do hipotálamo em obrigar nosso corpo a buscar o peso máximo. Por isso a intervenção é considerada mais eficaz, seja do ponto de vista do peso perdido ou da manutenção dele. “Importante entender esse conceito porque muitas pessoas ainda veem a cirurgia de forma equivocada. Para elas, a fome e a vontade de comer são as mesmas de antes da cirurgia, mas existe uma barreira pela diminuição do tamanho do estômago. Isso não é verdade. Com a bariátrica, passa a existir também impacto dos hormônios no cérebro, o que é fundamental para entender a eficácia da cirurgia. Porque a intervenção não é só voltada à mudança na anatomia do trato digestivo. Há mudanças hormonais, metabólicas, entre outras”, explica a cirurgiã Luciana Siqueira. A médica reforça, ainda, que nenhum estudo demonstrou que essa adaptação buscada pelo hipotálamo se dissipou com o tempo. Ou seja, o corpo sempre vai tentar retornar ao peso máximo. O alerta também vale para o “combo” falta de exercício físico, ansiedade e compulsão alimentar, considerado de alto risco para o paciente que perdeu peso. “É preciso entender que o exercício físico diminui a ansiedade, pois libera endorfina e ajuda a reduzir a vontade de comer”, completa a médica. O debate, diz Luciana Siqueira, é importante para evitar a culpabilização das pessoas em processo de enfrentamento da obesidade e a armadilha de métodos “milagrosos” de emagrecimento. Luciana Siqueira é cirurgiã bariátrica. @dralusiqueira | https://bariatricarecife.blog.br Minha dose de saúde para 2025 é... Minha dose de saúde para 2025 é focar, principalmente, nas caminhadas. Nelas, além de realizar a prática de uma atividade física, consigo me conectar comigo mesma e com a natureza.  Estou sempre buscando lugares que tragam paisagens naturais para caminhar.  Seja na praia, quando estou em viagens ou feriados, seja nos parques que hoje a cidade do Recife oferece.  Como moradora de Casa Forte, uso muito os equipamentos próximos, como o Parque Santana e o novíssimo Parque do Poço.  Acho uma delícia caminhar por lá quando chega a tardezinha. 2025 promete muitas transformações e estou em busca, sempre, do que se transforma para o bem e para minha evolução pessoal e profissional.  Sei que na

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Agenda TGI 2025 discute caminhos para enfrentar a Era da Escassez

Francisco Cunha e Fábio Menezes analisaram, na Agenda TGI, a carência de tolerância política, de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas: Também apontaram as soluções para enfrentar esse cenário em 2025. Fotos: Tom Cabral *Por Rafael Dantas A falta de tolerância política, a privação de recursos para preparar o mundo para as mudanças climáticas e a ausência de planejamento para lidar com as transformações tecnológicas são apenas alguns dos sintomas da era da escassez que vivemos. Há muitas outras lacunas, destacadas pela Agenda TGI 2025, diante dos imensos desafios do planeta, do Brasil, de Pernambuco e do Recife. O evento, realizado pela TGI e pela Revista Algomais, com patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil e do Governo Federal, trouxe uma análise do cenário crítico atual e fez projeções para 2025. A agenda ambiental, antes relegada aos especialistas do assunto, tornou-se uma peça central para compreender essa era da escassez. Ao extrapolar os limites planetários, a humanidade tem enfrentado problemas como a redução dos recursos hídricos, a extinção de espécies e a devastação de ecossistemas que resultam em tragédias com frequência cada vez maior. Calamidades muitas vezes provocadas pelo homem, mas diretamente relacionadas às mudanças climáticas. A tensão entre o desenvolvimentismo econômico e a pauta da sustentabilidade, diante de catástrofes como a vivida pelo Rio Grande do Sul neste ano, impõe uma reversão histórica de prioridades na agenda política. Essa percepção atravessou diversas considerações dos consultores e sócios da TGI Consultoria, Francisco Cunha e Fábio Menezes, que conduziram as palestras do encontro, o maior evento empresarial de final de ano no Estado. Em Pernambuco, a falta de recursos hídricos e o aumento das temperaturas são sintomas preocupantes para o interior do Estado, que já têm 90% do seu território dentro da região semiárida. Enquanto isso, a capital sofre pelo inverso, a elevação do nível do mar e os episódios extremos de chuvas são ameaças à cidade que anos atrás já foi apontada como a 16ª mais vulnerável ao fenômeno do aquecimento global. Essa realidade impôs ao planeta a valorização dos “créditos de carbono”. A partir deles, projetos que diminuem as emissões de gases de efeito estufa ou captam CO2 da atmosfera, geram bilhões de dólares por ano. “Queimar florestas é queimar dinheiro. Na visão clássica antiga, o ser humano tirava um recurso da natureza que não tinha nenhum valor. A partir disso transformava e se estabelecia um valor. Agora, não dá mais para ser assim, o valor vai ser estabelecido a partir do que a natureza nos fornece. Ela nos dá dinheiro, dá crédito de carbono. Isso pode se transformar em margem de lucro”, afirmou Fábio Menezes. As resistências para não reconhecer essa mudança de perspectiva sobre a preservação ambiental é um dos grandes desafios contemporâneos. Francisco Cunha elencou fatores como o negacionismo climático (que minimiza o impacto da ação humana e dos combustíveis fósseis na crise), a postergação das metas e mesmo o discurso de que já é tarde demais para fazer algo (o doomismo) dificultam a transição do desenvolvimento global para a adoção de modelos mais sustentáveis. Uma pauta de grande peso para Pernambuco e para o Recife, devido às extremas vulnerabilidades ambientais que enfrentam. FALTA DINHEIRO PARA O GOVERNO E PARA AS FAMÍLIAS A mudança da matriz energética e a preparação das cidades para se tornarem mais resilientes são duas metas que por si já demandam muitos recursos. Além disso, há desafios infraestruturais e sociais históricos, como a desigualdade, que não foram ainda superados pelo Brasil e também exigem vultosos recursos financeiros. “Uma escassez que enfrentamos está relacionada à crise fiscal estrutural que o País vive. Falta dinheiro. Somos um País que tem carências enormes e obrigações sociais muito explícitas, sobra muito pouco dinheiro para fazer investimento para infraestrutura e serviços de modo geral. Por causa dessa fragilidade fiscal, os juros tendem a ser altos, o que ‘come’ parte do dinheiro disponível”, afirmou Francisco Cunha. “O mercado está sempre pressionando para que o Governo sinalize que a dívida pública não vá explodir, pois há um grande receio de que o País não pague suas obrigações”. Esse cenário foi duramente agravado com a pandemia da Covid-19. O enfrentamento à crise sanitária fragilizou ainda mais as contas públicas e acentuou os problemas de ordem social. A queda de renda das famílias durante os últimos anos foi apontado como um dos fatores que levam a uma percepção negativa da economia, mesmo os macroindicadores estando acima das expectativas do mercado. Apesar de o Brasil ter um crescimento do PIB (produto interno bruto) acima do que era esperado por três anos seguidos, ter conseguido controlar a inflação e atingir recordes de redução do desemprego, as famílias não são capazes de perceber esse cenário nas suas vidas cotidianas. Essa realidade é muito semelhante à vivida nos Estados Unidos, que elegeu com sobra o ex- -presidente republicano Donald Trump, apesar dos indicadores positivos da gestão dos Democratas nos últimos quatro anos. A célebre frase It's the economy, stupid (É a economia, idiota) criada em 1992 por James Carville, estrategista da campanha do ex-presidente norte-americano Bill Clinton, passou a não responder de maneira completa a direção do voto eleitoral. Durante o evento, Fábio Menezes mencionou que apesar dos avanços econômicos atuais, o déficit deixado pela crise durante a pandemia ainda pesa duramente na realidade das famílias. Em outras palavras, a queda da massa salarial durante a pandemia, seja pelo desemprego ou pela inflação, não teria sido recuperada pelos trabalhadores. Uma realidade que gera até hoje uma insuficiência do poder de consumo, que excluiu da classe média parcelas gigantes da população brasileira e mundial. “ A impressão é que o controle da inflação chegou muito tarde. A estimativa é que os preços subiram na pandemia em torno de 20% e a renda subiu menos de 4,5% nos Estados Unidos. Significa que as pessoas não estão conseguindo manter o padrão de vida. O que parece é que não se trata da economia dos dados

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Hemobrás comemora 20 anos e anuncia novo concurso público

Empresa fortalece soberania nacional em medicamentos e projeta produção 100% brasileira até 2027. Foto: Ascom/Hemobrás A Hemobrás, estatal vinculada ao Ministério da Saúde, comemora 20 anos de trajetória com marcos significativos para a saúde pública brasileira. Reconhecida como a única indústria farmacêutica do país com o título de Empresa Estratégica de Defesa, a instituição já distribuiu mais de 1,9 milhão de frascos de hemoderivados e 7,2 bilhões de unidades internacionais de medicamentos recombinantes para o SUS. Em 2024, a estatal alcançou recordes na coleta de plasma excedente, atingindo 160,9 mil litros até outubro, com previsão de 200 mil litros até o final do ano, consolidando seu papel no Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS). Para marcar essa trajetória, a Hemobrás anunciou o lançamento do edital de seu quarto concurso público, ampliando o quadro de cerca de 700 colaboradores. Essa expansão é essencial para o avanço das duas principais linhas de produção da estatal: medicamentos derivados de plasma humano e produtos biotecnológicos recombinantes. “Temos muito orgulho da história da Hemobrás. A Empresa faz uma diferença real na vida de milhares de pessoas e é um agente ativo na luta pela democratização da saúde brasileira”, destacou Ana Paula Menezes, presidente da estatal. Investimentos estratégicos garantem expansão Instalada em Goiana, Pernambuco, a planta industrial da Hemobrás é um marco na produção nacional de medicamentos. Com 17 prédios distribuídos em 48 mil m², a estrutura está em fase de expansão para atender às demandas do Projeto Buriti e do Projeto Betinho, voltados à nacionalização de medicamentos recombinantes e hemoderivados, respectivamente. Em 2024, a estatal também foi contemplada com R$ 900 milhões do Novo PAC, destinados à conclusão da fábrica de hemoderivados e à ampliação da Hemorrede. Serviço:

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Debate sobre Jornada de Trabalho é secundário diante da ameaça do final do bônus demográfico

Não faz sentido discutir a redução da jornada de trabalho de 6x1 para 4x3 sem olhar em perspectiva para uma questão mais complexa: o fim do bônus demográfico no Brasil. Nessa direção, atualizei um artigo sobre o tema que escrevi em dezembro de 2023 aqui na Algomais para trazer mais profundidade ao tema. O bônus demográfico ocorre quando a População Economicamente Ativa de um país, representada por trabalhadores entre 15 e 64 anos, tende a ser maior do que a soma da população de crianças (0 a 14) e idosos (acima de 65). Esse fenômeno é verificado pelo crescimento contínuo da relação entre a população ocupada sobre a população total, que pode durar entre 50 a 70 anos. No Brasil, o bônus demográfico começou na década de 1970, quando a relação entre a população ocupada e a população total era de 31,7%. Nas décadas de 2000/2010, a relação alcançou 54%, registrando o seu melhor momento entre os anos de 2004 e 2013. Nesse período, o PIB cresceu 50% e a renda per capita dos brasileiros aumentou 33%. O final do bônus demográfico deve acontecer em 2034, de acordo com estimativas do IBGE. Uma das causas é o envelhecimento da população, que se acelerou na última década. Os idosos, que representavam 5,9% das pessoas em 2010, alcançaram uma participação de 10,9% em 2022. Outra causa é a taxa de natalidade que caiu de 4,12 filhos por mulher na década de 80 para apenas 1,57 em 2023, menor do que o mínimo de 2,1 para manter o crescimento populacional. Mas o que o final do bônus demográfico tem a ver com a jornada de trabalho 6x1 ou 4x3? Estão diretamente relacionados. Isso porque a combinação da diminuição da População Economicamente Ativa, que já está em curso, e da redução de jornada de trabalho, ocasionada pela possível aprovação da jornada 4x3, vai acelerar o processo de escassez de força de trabalho. O cenário que se apresenta é a insuficiência de trabalhadores para dar conta da demanda do mercado nas próximas décadas. Portanto, a discussão sobre a jornada é lateral diante de uma questão mais complexa, que impacta negativamente o crescimento da economia e a capacidade do País de competir no mundo globalizado no médio prazo. Este é o debate que deveria estar na pauta do Congresso, envolvendo também representantes dos trabalhadores e dos setores produtivos. Aí entram dois temas que patinam há muito tempo: política de longo prazo para educação profissional e para a inteligência artificial. E com alinhamento entre elas, pois precisa haver uma complementação para evitar que a IA desequilibre o jogo. Sobre educação profissional, a primeira ação é promover a qualificação contínua da força de trabalho atual para atender às exigências da transformação tecnológica. A segunda é apoiar idosos — não apenas tecnicamente, mas também com instrumentos sociais e financeiros — para que eles permaneçam no mercado de trabalho por mais tempo ou, até mesmo, retornem da aposentadoria para ocupar os espaços que surgirão. A terceira e mais importante medida é reformular a formação dos integrantes da Geração Alpha (aqueles nascidos em 2010), que vão entrar no mercado nos próximos anos. Esses jovens trabalhadores precisam estar alinhados com as necessidades do futuro, que exigirão conhecimentos e habilidades que não estão sendo ensinados atualmente nas escolas fundamentais, no ensino técnico e no ensino superior. Sobre a Inteligência Artificial, antes vista como inimiga do emprego, ela pode se transformar em uma grande aliada nessa trajetória. Isso porque a IA melhora a produtividade onde se instala. Então, pode promover, em algum grau, uma compensação à diminuição da força e da jornada de trabalho, minimizando os riscos de uma possível estagnação econômica por falta de trabalhadores. Contudo, é preciso ser estratégico com a inteligência artificial. Não basta promover o seu desenvolvimento com foco voltado para o ganho de produtividade, minimizando, assim, os efeitos da escassez de trabalhadores no ciclo final do bônus demográfico. A política de IA precisa também ser sustentável para não causar desequilíbrio social durante o processo de adaptação do mercado de trabalho. Pelo que vimos, o debate precisa ser ampliado das horas da jornada de trabalho para as consequências do final do bônus demográfico. Olhar mais para frente é urgente. Caso contrário, o Brasil pode enfrentar um cenário contraditório, à primeira vista, mas altamente provável: grande demanda por trabalhadores e, ao mesmo tempo, alto índice de desemprego por falta de coordenação estratégica de políticas públicas.

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Brasil supera a marca de 50 GW de potência instalada em energia solar

Avanço coloca o país entre os líderes globais do setor, enquanto Pernambuco busca ampliar sua participação na matriz energética. O Brasil alcançou um marco inédito na geração de energia solar, superando os 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional. Com isso, junta-se ao seleto grupo de nações líderes no setor, como Estados Unidos, China e Alemanha. O resultado reflete um crescimento expressivo na transição para fontes renováveis, colocando o país em destaque global. Segundo a Absolar, a geração distribuída, com pequenos e médios sistemas, responde por 33,5 GW, enquanto as grandes usinas contribuem com 16,5 GW. Em Pernambuco, a energia solar ainda enfrenta desafios. O estado ocupa a 13ª posição nacional em capacidade instalada e apenas 4% da população utiliza essa matriz energética. Para Rudinei Miranda, presidente da Associação Pernambucana de Energias Renováveis (Aperenováveis), é preciso incentivar políticas públicas locais. “A associação está disposta a articular junto ao Governo do Estado as condições necessárias para criar um terreno fértil para desenvolver grandes projetos na região”, destaca. Nos últimos 12 anos, o setor fotovoltaico gerou R$ 229,7 bilhões em investimentos e evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de CO₂, além de arrecadar R$ 71 bilhões para os cofres públicos. Mesmo assim, a fonte solar, que representa 20,7% da capacidade instalada total no Brasil, enfrenta obstáculos como o recente aumento do imposto de importação sobre insumos e componentes de painéis solares, que passou de 9,6% para 25%. Em 2024, de janeiro a outubro, o país instalou 119 novas usinas solares, acrescentando 4,54 GW à sua capacidade fiscalizada. Apesar do avanço, a energia solar representa apenas 7,94% da potência elétrica fiscalizada, quando comparada às grandes usinas hidrelétricas. Para Miranda, a localização geográfica privilegiada do Brasil é um diferencial estratégico que precisa ser explorado com mais eficiência. Serviço

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Pilates: caminho para equilíbrio físico e mental

Pilates: Equilíbrio para o corpo e a mente
Você sabia que o Pilates pode transformar sua saúde? A fisioterapeuta e profissional de educação física Michelle Dias destaca que a prática regular ajuda a melhorar a postura, fortalecer os músculos e aliviar o estresse. Uma rotina mais equilibrada para o físico e o mental é possível!
Confira na Revista Algomais como o Pilates pode ser seu aliado na reabilitação e no bem-estar.

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