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Mais de 95% da população diz ter consciência das mudanças climáticas

(Da Agência Brasil) A grande maioria da população brasileira (95,4%) afirma ter consciência de que as mudanças climáticas estão acontecendo, enquanto apenas 3,5% dizem não ter consciência. Um por cento não sabe opinar ou não quis responder a respeito na pesquisa de opinião sobre percepção pública da ciência e tecnologia (C&T), divulgada nesta quarta-feira (15) em Brasília pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação civil sem fins lucrativos supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A consciência quase unânime dos brasileiros nas mudanças climáticas, no entanto, não se traduz em absoluta concordância sobre as razões do fenômeno. Para 78,2% dos entrevistados, as transformações no clima do planeta Terra ocorrem em razão da ação humana – como apontam diferentes estudos científicos. Mas, para 19,6%, essas mudanças são da natureza, sem intervenção do homem. A percepção da gravidade das mudanças climáticas é ainda mais relativa. Seis de cada dez entrevistados (60,5%) concordam que o evento representa um “grave perigo para as pessoas no Brasil”. Para 26,9%, os riscos são de porte “médio”. Quase 12% dos entrevistados (11,8%) creem que as mudanças são “um perigo pequeno” (8,2%) ou “não são um perigo” (3,6%). Amostra A pesquisa foi aplicada na última semana de novembro e primeira semana de dezembro do ano passado, bem antes das tempestades e enchentes que afligem o Rio Grande do Sul. No total, foram entrevistadas 1.931 pessoas com 16 anos ou mais. A composição da amostra tem representação de estratos por gênero, idade, escolaridade, renda e local de moradia em todas as regiões do país. Essa é sexta edição da pesquisa de opinião sobre percepção pública de C&T entre os brasileiros. As edições anteriores ocorreram em 1987, 2006, 2010, 2015 e 2019. Entre os levantamentos, os pesquisadores afirmam que não foram observadas mudanças significativas de interesse pelas temáticas abordadas. Interesse pela ciência Na edição de 2023, o interesse por ciência e tecnologia ficou no mesmo patamar das pesquisas anteriores (60,3% dos entrevistados). O percentual alcançado pela temática indica interesse menor do que em temas associados como medicina e saúde (77,9%), e meio ambiente (76,2%); e em temas diferentes, como religião (70,5%) e economia (67,7%). Ciência e tecnologia ficam à frente do interesse por esporte (54,3%); arte e cultura (53,8%); e política (32,6%). Mesmo que minoritário, o interesse por política foi o único sobre o qual se notou crescimento significativo nas duas últimas edições da pesquisa: mais de nove pontos percentuais. Em 2019, apenas 23,2% dos entrevistados se declararam interessados por esse assunto. Apesar do interesse declarado sobre C&T, apenas 17,9% disseram conhecer alguma instituição de pesquisa científica e 9,6% lembraram o nome de algum(a) cientista brasileiro importante. Também é minoritária a proporção de brasileiros que visitam espaços ou participam de atividades relacionadas ao conhecimento científico e/ou educação. “Declarar interesse significa a importância que os brasileiros atribuem para o tema (não significa necessariamente ler, participar ou se informar, mesmo que a correlação exista)”, explica o relatório da pesquisa. Tendo como referência os 12 meses que antecederam o levantamento, menos de 20% dos entrevistados (19,4%) disseram ter ido a uma biblioteca; 18,9% participaram de feira ou olimpíada da ciência; 13,4% visitaram museu de arte; 11,5% estiveram em museu de C&T; e 6,6% acompanharam a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – que na edição anterior à pesquisa foi realizada em Brasília, com o tema: Bicentenário da Independência: 200 Anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Até mesmo visita a zoológico foi minoritária entre os entrevistados (32,7%). Cidadania científica Conforme o relatório da pesquisa, o levantamento indica desigualdade no acesso ao conhecimento. “O interesse em C&T tende a se modificar em função da região de moradia, da idade, da renda e do tipo de participação política dos entrevistados. Isto é, seu valor é maior nas regiões Norte e Sul; cai fortemente com a maior idade; ao crescer a renda, o interesse tende a crescer; e seu valor aumenta de acordo com aqueles que dizem participar de greves, manifestações, abaixo-assinados ou outras formas de manifestação política.” Para Yurij Castelfranchi, professor associado do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os dados da pesquisa indicam que há no Brasil “pessoas excluídas da ciência” ou “exilados da cidadania científica.” Apesar da apartação social, o acadêmico assinala que a maior parte dos entrevistados “acha a ciência relevante.” A larga maioria dos brasileiros entrevistados sugere aumentar ou manter investimentos em ciência “mesmo em anos de crise”. Em 2023, “apenas 2,6% dos entrevistados acreditam que o investimento em pesquisa científica deva ser diminuído”, contabiliza o relatório da pesquisa. Desinformação A exclusão social também não afetou a percepção dos perigos da desinformação e da propagação de falsas notícias. Cinco de cada dez entrevistados disseram “se deparar frequentemente com notícias que parecem falsas”, descreve o relatório. A maior parte dos entrevistados (61,8%) assegura nunca compartilhar informações caso não tenha certeza da veracidade. No entanto, 36,5% admitem já ter compartilhado informações falsas. Ainda de acordo com o relatório, 45,6% dos entrevistados “suspeitam da veracidade das informações provenientes de pessoas ou instituições das quais discordam”. Para 42,2%, as informações são verdadeiras “quando são provenientes de pessoas ou instituições que admiram.” Pelo menos 40% das pessoas entrevistadas afirmaram que “só acreditam em uma informação se ela for corroborada por outras fontes.” Na avaliação de Yurij Castelfranchi, a atitude declarada de checagem é positiva: “Isso é um princípio básico do letramento midiático.” Além de colher as opiniões dos brasileiros, a pesquisa do CGEE ainda fez análise de conteúdo das reportagens sobre ciência em dois dos mais importantes jornais brasileiros (Folha de S.Paulo e O Globo) e também avaliou postagens sobre a temática nas redes sociais (Instagram e YouTube). Os resultados dessa análise, descritos no relatório A Ciência em Diferentes Arenas, estão disponíveis na página da pesquisa na internet.

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10 imagens da Praça Maciel Pinheiro Antigamente

*Por Rafael Dantas O Recife comemorou nos últimos dias a revitalização da Praça Maciel Pinheiro, no bairro da Boa Vista. O local, que ficou por anos num estado de degradação e acumulando muita sujeira, recebeu investimentos da Prefeitura do Recife de quase R$ 500 mil. O projeto paisagístico contemplou a utilização de espécies arbustivas e forrações coloridas, com destaque para as ixoras nos canteiros que circundam o chafariz central, crinos com flores brancas e zebrina roxa nos dois maiores canteiros. A coluna Pernambuco Antigamente faz um passeio pelas imagens antigas da praça, que é parte de um conjunto de quinze jardins históricos que contam com o renomado projeto paisagístico de Burle Marx. Praça Maciel Pinheiro, com destaque para a Igreja Matriz da Boa Vista(Biblioteca do IBGE) De acordo com Semira Adler Vainsencher, pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco: "A atual Praça Maciel Pinheiro foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1876, no coração do bairro da Boa Vista, em comemoração à vitória das tropas brasileiras na guerra do Paraguai (1864-1870)". Registro do fotógrafo Marc Ferrez, ainda no final do século 19 Praça Maciel Pinheiro, em 1900(Manoel Tondella, Acervo da Brasiliana Fotográfica Digital) Praça Maciel Pinheiro, em 1905(Acervo Benício Dias, na Villa Digital) A Villa Digital guarda alguns postais da coleção de Josebias Bandeira. O postal abaixo é datado de 1908 Praça Maciel Pinheiro, em 1950(Página Recife de Antigamente) Abaixo, mais três fotografias do acervo do IBGE, mas sem identificação de data Abaixo uma imagem bônus, uma pintura da praça. Antes da inauguração da praça já havia um largo na região. Na pintura de Luis Schlappriz, de 1863, é possível ver o local, que já teve vários outros nomes antes também. De acordo com o Guia (co)Memorativo da Boa Vista, o antigo Largo do Aterro ganha o nome de Praça da Boa Vista ainda em 1831. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina as colunas Pernambuco Antigamente e Gente & Negócios (rafael@algomais.com | rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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"Novos ciclos de investimentos com grandes empresas serão divulgados em breve"

André Teixeira Filho, presidente da Adepe, explica as ações da agência para desenvolver o Estado, como os incentivos aos arranjos produtivos locais, fala dos gargalos na infraestrutura logística e no abastecimento hídrico, e afirma estar otimista com a perspectiva de aportes de players industriais em Pernambuco. Passado o imbróglio mais tenso da Reforma Tributária, em especial nas questões relativas aos incentivos fiscais, o presidente da Adepe (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco) André Teixeira Filho está otimista com a chegada de novos investimentos ao Estado. Ele reconhece que existem gargalos de infraestrutura porém afirma que já estão sendo enfrentados pelo governo, como a condição das estradas. “A governadora vem anunciando rodovias que estão sendo revitalizadas ou duplicadas, como a BR-232 e a BR-104”, ressalta. Natural de Caruaru, onde foi secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa, ele também conhece de perto os problemas de abastecimento de água em Pernambuco. Uma situação corroborada, segundo ele, pelas dificuldades financeiras da Compesa. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala da perspectiva de reestruturar a empresa com um empréstimo de R$ 1,1 bilhão (já aprovado pelo Senado) e da possibilidade de uma parceria público-privada. Também informa sobre as ações da agência para incentivar os arranjos produtivos locais e dos planos de estimular o audiovisual no Estado. Quais são os planos da sua gestão à frente da Adepe e como as mudanças na Reforma Tributária impactaram o trabalho da agência que atua com incentivos fiscais para atrair investimentos? Um dos grandes pontos da nossa gestão é a atração de investimentos. Minha gestão iniciou em março de 2023, no acaloramento da Reforma Tributária, que impacta na chegada de novas indústrias e de ciclos de investimentos. Ou seja, um cenário de insegurança no Brasil em que muitas empresas não conseguem investir sem saber o que vai acontecer. Isso dificulta a tomada de decisão. Ainda assim, conseguimos fechar novas atrações de investi mento das empresas Solar Coca-Cola e Ball. Somando as duas, temos quase R$ 700 milhões de novos investimentos. Também teremos um novo ciclo de investimentos da Stellantis, com R$ 13 bilhões. A atração de investimentos é um processo capitaneado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Quando houve uma decisão em torno da Reforma Tributária, conseguimos destravar algumas negociações, que já estão em curso, com grandes fábricas. Isso vem sendo possível porque a governadora do Estado Raquel Lyra brigou pela reforma e pelo novo ciclo de incentivo fiscal das empresas automotivas que saíram de Pernambuco. Depois de tudo isso, eu vejo novos ciclos de investimentos com grandes empresas que serão divulgados em breve. A logística e a infraestrutura são gargalos na atração de investimentos. O que vem sendo feito, neste sentido? Para haver investimentos, é preciso ter estradas boas e uma boa logística. A governadora vem anunciando rodovias que es tão sendo revitalizadas ou duplicadas, como a BR-232 e a BR-104. Estamos fazendo investimento em pouco mais de R$ 2 bilhões para melhorar as estradas e trazer novas indústrias, pois sem es trada não existe logística. E, quando falamos da PE-60, falamos também da Solar que está sediada em Suape e se comprometeu a investir, sabendo que a gente vai fazer um grande investimento entre R$ 60 e R$ 80 mi lhões na estrada. Recentemente conseguimos, junto ao Governo Federal, mais de R$ 100 milhões para melhorar a dragagem inter na do Porto de Suape e conseguir receber navios maiores. Isso vai facilitar que novas rotas cheguem aqui. Eu estou extremamente animado para os próximos anos no Estado. Além das obras de infraestrutura feitas pelo governo para viabilizar melhorias logísticas, a própria Adepe realiza obras para apoiar a implantação de empreendimentos. A agência conduz a aplicação de R$ 52 milhões em obras de requalificação de distritos industriais, mercados públicos e centros comerciais em 13 cidades com o objetivo de proporcionar infraestrutura adequada para operação de empreendimentos em todo Estado. Entre os municípios beneficiados estão Exu, Vitória de Santo Antão, Escada, Canhotinho, Pesqueira, São Bento do Una, Lagoa Grande, Abreu e Lima, Caruaru e Taquaritinga do Norte. Outro fator de impacto na infraestrutura é o abastecimento de água. Como está essa questão, principalmente no interior? A situação da Compesa é que (salvo engano, na ordem de grandeza) a governadora já teve que colocar do caixa do Estado de R$ 300 a R$ 400 milhões só para manutenção da empresa. Não é investimento. Estamos fazendo uma reestruturação e, agora, para investimento estamos fazendo um empréstimo de R$ 1,1 bilhões para que a Compesa consiga prometer e entregar muita coisa que estava no papel há décadas. É o caso da Adutora do Agreste. A gente conseguiu também muita coisa com pequenos investimentos. Tanto a governadora quanto eu somos do Agreste de Pernambuco que é a região que tem mais gente e menos água no Brasil, nascemos com falta de água. Então, uma das cinco principais propostas da governadora é levar água para o Estado como um todo, começando com água encanada nas casas das pessoas. Por isso está se pensando o que fazer com a Compesa daqui para frente, ela tem que ser autossustentável e tem que voltar a fazer investimento em Pernambuco. Qual seria esse futuro? Está em vista a privatização da Compesa, como vem acontecendo na Sabesp? Não. Privatização a governadora já disse que não faz, mas ela está aberta a parcerias público-privadas. Uma concessão é uma parceria e, com ela, abre-se um novo ciclo de investimento. Então a gente está organizando a casa para que a conta seja de investimento e não de manutenção. O pagamento da dívida passada é obrigação do Estado, mas investimentos futuros podem ser feitos por meio de uma parceria com o setor privado. Em relação ao Polo de Confecções, que apesar de sua pujança, enfrenta ainda dois grandes gargalos: a informalidade e o uso de práticas que danificam o meio ambiente. Como a Adepe tem atuado nessas duas áreas? A gente vem trabalhando primeiro com capacitação e qualificação do Polo de Confecções. Rodamos agora uma qualificação para ajudá-los a exportar. Ou

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Aço Verde do Brasil anuncia base comercial no Recife após vendas crescerem 39% no NE

A Aço Verde do Brasil (AVB), siderúrgica fabricante de aços longos, anunciou a abertura de uma nova base comercial na capital pernambucana já a partir deste mês. Após registrar um crescimento de vendas de 39% no ano passado na Nordeste, a companhia projeta um novo saldo nas comercializações na região, impulsionado pela nova estrutura de vendas, novos produtos e pela demanda por aço.  Leandro Vasconcelos, Diretor de Vendas e Logística da Aço Verde do Brasi “Vemos no Nordeste um local com perspectivas de crescimento. A abertura de uma base comercial nos permitirá estar mais próximos dos nossos clientes e potenciais clientes, oferecendo um atendimento personalizado e soluções sob medida para suas demandas. Um dos principais fatores que nos levaram a escolher essa cidade foi a localização privilegiada. Recife é um importante centro econômico da região, com uma grande infraestrutura e um mercado em expansão”. Desempenho em 2024 Em 2024, a empresa já comercializou 405 mil toneladas de aço na região, o que representa um aumento de 15,1% comparado ao ano anterior, alcançando R$ 1,7 bilhão de receita.

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Edson Cedraz

"Acreditamos no mercado local e queremos participar da transformação do Centro do Recife"

Edson Cedraz, Sócio líder da Deloitte para o Nordeste, explica por que a empresa escolheu o Recife para instalar o seu segundo centro tecnológico, comenta a adesão ao programa Embarque Digital e analisa o ambiente de negócios no País e os impactos da reforma tributária e da inteligência artificial. Em 1917, a Deloitte chegava ao Bairro do Recife, junto com os ingleses que vieram para ampliar a malha ferroviária no Brasil. Em janeiro passado, 107 anos depois, a empresa retornou ao seu local de origem na capital pernambucana, instalando-se no Moinho Recife, no Porto Digital, realizando um verdadeiro upgrade ao abrigar na nova sede um centro tecnológico. Nessa sua trajetória de inovação durante mais de um século, hoje, além dos serviços tradicionais de consultoria empresarial, a empresa constrói soluções customizadas para os clientes com o uso de tecnologia. “Se a gente continuasse fazendo o que o Sr. Deloitte, fundador da empresa, fazia há 180 anos, não estaríamos aqui para contar a história”, ressalta Edson Cedraz, sócio líder da Deloitte para o Nordeste. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele explica os motivos que levaram a empresa ao escolher o Recife para sediar o centro tecnológico (é o segundo do País, o primeiro fica em Campinas) e a participar do projeto Embarque Digital, financiado pela Prefeitura do Recife e liderado pelo Porto Digital, que forma jovens de baixa renda para atuar na área de tecnologia. Edson Cedraz também analisa o atual ambiente de negócios no País e os impactos da inteligência artificial e da reforma tributária. A Deloitte está há quase dois séculos no mercado. A que se deve essa longevidade? Fundada em 1845, a Deloitte tem quase 180 anos de existência. Em relação ao faturamento, é a maior firma de serviços profissionais do mundo. Para se manter nesse ritmo, a Deloitte vem ajudando os clientes a superarem desafios que os novos tempos trazem. A empresa já nasceu inovadora pois praticamente criou a profissão de auditoria. Ao longo de todos esses anos, continuamos com o mesmo DNA inovador. Cinquenta por cento do que a Deloitte fatura no Brasil são serviços que não existiam anos atrás. Se a gente continuasse fazendo o que o Sr. Deloitte, fundador da empresa, fazia há 180 anos, não estaríamos aqui para contar a história. Então, metade do que produzimos é referente a demandas que provavelmente nossos clientes nem sabiam que tinham cinco anos atrás, pois o dinamismo dos negócios é muito mais acelerado hoje. Dessa forma, conseguimos manter nossa liderança e sobreviver nos próximos 180 anos ou mais daqui para frente. A Deloitte inaugurou recentemente um Centro de Tecnologia no Recife. É o segundo do Brasil e o primeiro do Nordeste. Fale um pouco desse novo espaço e por que o Recife foi escolhido para sediá-lo? A manutenção do nosso espírito de inovação passa por iniciativas como centros de tecnologia dedicados a prover serviço ao cliente, trazendo todo processo de pesquisa e desenvolvimento. Afinal, consultores só entram em cena quando o cliente precisa de algo novo. O Recife foi escolhido como segundo centro de tecnologia da Deloitte por alguns motivos, o primeiro deles é a conexão com todo o ecossistema que foi formado a partir do Porto Digital. Enxergamos aqui um celeiro de oportunidades para nos aproximarmos de empresas e startups bastante promissoras. O segundo motivo é o capital humano, a capacidade que a região tem de prover profissionais qualificados, pessoas que, além de conteúdo, bagagem e capacidade técnica, têm um engajamento muito maior do que em outras localidades. Além disso, acreditamos na região, a Deloitte está no Recife desde 1917, são 107 anos de presença física. A empresa não está aqui para se aventurar ou apenas para servir como ponto de apoio para atender clientes de fora. Estamos fortalecendo investimentos. Queremos contribuir com o desenvolvimento econômico local apoiando as empresas daqui, ajudando-as a prosperar. Acreditamos no mercado local e queremos participar do processo de transformação do tecido urbano do Centro do Recife, que é uma área próspera e estamos fazendo a nossa parte para requalificá-la. Outro motivo para escolhermos o Recife é a possibilidade de contribuir ativamente com impactos sociais. Há também a questão emocional, a Deloitte tem a oportunidade de se instalar no Centro da cidade, o mesmo local onde se instalou em 1917, quando desembarcou aqui junto com os ingleses que vieram ao Brasil para ampliar o número de ferrovias. Isso é uma questão emblemática, simbólica de voltar para as nossas origens. E está dando muito certo. Antes da pandemia, quando esse centro ainda não estava na pauta, tínhamos um terço da quantidade de profissionais que temos hoje. Nós triplicamos de tamanho e acreditamos que esse número irá crescer muito, dará saltos maiores em curto prazo. Estamos aqui para reforçar o compromisso que temos de, há 100 anos, investir e estar sempre presente. Agora a gente vai viver talvez o melhor momento dessa história com um aporte de investimentos e confiança para continuar contribuindo com a economia, com a sociedade e com as empresas locais. O senhor falou em capital humano e em contribuir socialmente com o Recife. A Deloitte participa de algum projeto social nesse sentido? Sim. Há um projeto de educação muito bonito, do qual a Deloitte faz parte, chamado Embarque Digital, financiado pela Prefeitura do Recife e liderado pelo Porto Digital. Nós compramos essa ideia, estamos totalmente dentro e trazendo para a Deloitte profissionais que foram formados nesse projeto. Grande parte deles vem da escola pública, tem origem humilde e fatalmente não teria chance de ingressar no mercado de trabalho numa área privilegiada, de alto nível profissional, se não fosse por esse programa. Quantos profissionais a Deloitte tem e quantos foram ou serão contratados no programa Embarque Digital? No Brasil, temos um pouco mais de sete mil profissionais, dos quais, cerca de 500 são da região Nordeste, onde há bases com 50 a 100 pessoas em Salvador e Fortaleza, mas o grande volume na região está no Recife devido ao Porto Digital, onde temos em torno de 400 profissionais. O

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Stellantis anuncia novo ciclo de investimentos de R$ 13 bilhões para Goiana

O polo automotivo de Goiana tem novos motivos para comemorar. A Stellantis irá aumentar o volume de investimentos previstos para o cluster automotivo. Os aportes integram o plano estratégico Next Level para a América Latina e só no Brasil alcançarão a marca dos R$ 30 bilhões. O investimento promete atrair a um considerável aumento no número de fornecedores locais nos próximos anos. Estima-se que a cadeia de valor contará com mais de 100 fornecedores estabelecidos em Pernambuco, responsáveis pelo desenvolvimento e produção de componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica. Isso contribuirá para a descarbonização da mobilidade e a geração de novos empregos na região. Emanuele Cappellano, presidente da empresa na América do Sul, destaca que investimento será superior à construção da fábrica "Esse, com certeza, é o maior investimento da indústria automotiva aqui no Nordeste, superando todo o investimento que foi aplicado para construir o Polo entre 2012 e 2015. Com isso, iremos renovar nossa gama de produtos, trazer novas tecnologias e atrair novos fornecedores para a cadeia produtiva". Raquel Lyra comemora o novo anúncio da empresa "Hoje é um dia de celebração. Esse novo ciclo de investimentos feito pela Stellantis garante mais tecnologia, sustentabilidade e ainda a geração de novos sonhos para quem vive na Zona da Mata Norte do Estado. A presença do Polo Automotivo estimula a diversidade da nossa matriz econômica, atraindo novas indústrias de fornecedores se instalando aqui no Estado, e estimulando a criação de mais emprego e renda para a população."

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Governança para inglês ver (por Francisco Cunha)

Depois de quase 40 anos de trabalho cotidiano com planejamento estratégico, gestão, estratégia e governança, posso dizer que, se não já vi de tudo, pelo menos, vi muita coisa. E uma coisa que estou cansado de ver é o modismo que acomete ciclicamente esses temas, antigamente agrupados no bojo da autointitulada “ciência da administração de empresas”. No que diz respeito à gestão, então, a coisa chega a paroxismos semelhantes àqueles que acometem a chamada moda do vestuário. Por desconhecimento de causa no que diz respeito à moda feminina, bem mais variada e complexa, me atenho à moda masculina. Existem tempos, como os atuais, em que paletós de dois botões com lapelas estreitas, camisas de colarinhos curtos, gravatas estreitas e calças apertadas e curtas, do tipo, como dizemos localmente, “caça caranguejo” (embora a denominação chique seja estilo “capri”), estão em plena moda como estiveram em décadas passadas. Mas já houve tempos também em que paletós de três botões com lapelas largas, camisas com colarinho longos, gravatas largas e calças “boca de sino” eram o que estava na crista da onda. E, em algum momento, com certeza, voltarão. Afinal, necessário se faz variar, ainda que ciclicamente, porque a indústria da moda precisa mudar o estilo e os gostos para aposentar as coleções antigas e vender a novas. Os filmes antigos que o digam. Qualidade total, marketing de guerrilha, balanced scorecard, avaliação 360 graus, soft skills, six sigma, black belt, gerenciamento por objetivos, gerenciamento pelas diretrizes, metodologia ágil, coaching, BPM, tutoria, mentoring, dentre muitos e muitos outros. Mais recentemente: design thinking, OKR, ESG, growth… Afinal, assim como as grandes redes de varejo de vestuário ao redor do planeta precisam reciclar os estilos e as coleções, as empresas globais de consultoria também precisam reciclar as teorias e as metodologias para vender o seu arsenal de serviços de suporte à gestão e à governança… Na contemporaneidade, um modismo, mais de âmbito local, que tem ganhado crescente protagonismo é o da tentativa de aplicação do conceito de governança, segundo um modelito pret a porter, a qualquer caso de algum porte, em especial naqueles de empresas familiares. E o resultado tem sido uma coisa um tanto pastiche, algo para “inglês ver”, tipo a lei promulgada em 1831 pelo Padre Feijó, ministro da Justiça do Império do Brasil, proibindo, de direito mas não de fato, o tráfico de escravos, para dar uma satisfação à Inglaterra que exigiu a iniciativa para reduzir a concorrência de custos entre o açúcar produzido no Brasil e o fabricado por eles na Antilhas. Como o contrabando continuava, a despeito da lei, sendo realizado por pessoas influentes e de posses, passou-se a dizer que a lei havia sido editada apenas para agradar os ingleses. Ou seja, apenas para “inglês ver”. O que é uma pena porque práticas adequadas de governança são essenciais para a competitividade empresarial, em especial nos turbulentos e disruptivos tempos em que vivemos. Todavia, precisam ser confeccionadas sob medida, para cada caso, “taylor made” como se diz tecnicamente. Ou seja, é uma coisa mais de alfaiate (ou de estilista) do que “comprada pronta” para vestir. De fato, os manuais ou práticas estandardizadas, usados para tentar implantar a governança goela a baixo de clientes-vítimas, com ou sem worshops/seminários de motivação e/ou capacitação, mais parecem estratagemas para a criação forçada e como solução quase única de “conselhos de administração” e, junto com eles, vagas de conselheiros para os consultores-implantadores pós implantação. O resultado é, com o frequente fracasso das soluções-padrão, a criação de uma espécie de resistência ao tema. “Governança? Já tentamos isso aqui e não deu certo”. E a governança (“do presidente executivo para cima”), uma vez bem implantada, é de onde deve emanar a estratégia que, por sua vez, deve ser desdobrada pela gestão (“do presidente executivo para baixo”), usando a ferramenta do planejamento estratégico para o seu desdobramento em ações, projetos, orçamento, indicadores e métricas. Em retorno para a governança, a gestão fornece prestação de contas (accountability, em língua inglesa). Quando esta salutar dinâmica se estabelece, cria-se o que se poderia chamar de “circulo virtuoso da estratégia”, conforme recomendado pelas melhores práticas competitivas. Mas, para isso, indispensável se faz passar longe dos modismos. Afinal, não há mais necessidade de fazer nada para inglês nenhum ver. Eles já estão bastante ocupados com as consequências do Brexit e não estão ligando a mínima para inadequações tupiniquins. Vamos fazer certo o que precisa ser feito para não ter que refazer com gasto de muito mais tempo e dinheiro, além do comprometimento da capacidade competitiva. Vamos deixar os modismos para o vestuário aonde são mais aceitos e adequados.

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Bolsa Família chega a 1,5 milhão de beneficiários de Pernambuco

Desde a última quarta-feira, 17 de abril, mais de 1,5 milhão de pernambucanos estão recebendo o Bolsa Família. Este programa de transferência de renda do Governo Federal está sendo distribuído em 185 municípios do estado, com um total de R$ 1,07 bilhão sendo repassado. O valor médio do benefício para os residentes de Pernambuco é de R$ 673,64. O cronograma de pagamento segue até o dia 30, considerando o final do Número de Identificação Social (NIS) de cada beneficiário. Na lista de beneficiários, a capital Recife lidera com o maior número de famílias contempladas em abril, totalizando 146,7 mil. Isso representa um investimento de R$ 98,5 milhões, com um valor médio de repasse de R$ 672,15. Nos cinco municípios pernambucanos seguintes com maior número de beneficiários neste mês, encontramos Jaboatão dos Guararapes (96.860), Olinda (56.802), Caruaru (49.970) e Petrolina (48.748). Em Pernambuco, o município de Terezinha se destaca com o maior valor médio de repasse do Bolsa Família neste mês, totalizando R$ 712,08 para suas 1.478 famílias atendidas. Em seguida, vêm Ouricuri (R$ 708,22), Ipubi (R$ 706,68), Toritama (R$ 706,19) e Buíque (R$ 706,05). Quanto aos benefícios, 604,9 mil crianças em Pernambuco estão recebendo o Benefício Primeira Infância, que garante um adicional de R$ 150 para cada membro da família na faixa etária de zero a seis anos. Além disso, outros quatro benefícios variáveis foram incluídos no programa em março de 2023, proporcionando um acréscimo de R$ 50 para 831,2 mil crianças de sete a 16 anos, 197,6 mil adolescentes de 16 a 18 anos incompletos, 38,5 mil gestantes e 27,5 mil mulheres em fase de amamentação.

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Varejo de Pernambuco registra estabilidade em fevereiro com avanço em relação a 2023

Em fevereiro, o varejo em Pernambuco manteve um desempenho estável, registrando um crescimento de 0,7% em relação ao mês anterior. Esses dados foram revelados pelo recorte específico para o estado, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Pernambuco (Fecomércio-PE), na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Em comparação com fevereiro de 2023, o setor apresenta um avanço significativo de 8,3%, indicando uma retomada promissora. Varejo ampliado O varejo ampliado em Pernambuco registrou um crescimento notável em fevereiro, com uma expansão de 2,4% na comparação mensal. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o setor também apresentou um aumento considerável de 9,8%. A nível nacional, o destaque no varejo ampliado foi para as atividades relacionadas a artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos, que registraram um avanço significativo de 9,9% em relação a janeiro, seguido pelo segmento de artigos de papelaria, com um crescimento de 3,2%. Esse desempenho no varejo ampliado é atribuída, em parte, à redução da taxa Selic, que torna o crédito mais acessível tanto para consumidores quanto para empresas, estimulando o consumo, os investimentos e facilitando empréstimos e financiamentos. No caso específico do setor farmacêutico, o crescimento está relacionado ao aumento dos casos de dengue e sintomas gripais em todo o país. Em Recife, por exemplo, houve um aumento significativo no número de casos notificados pelo SUS, passando de 1.969 em janeiro para 7.933 em fevereiro. Esse aumento na demanda por produtos farmacêuticos impulsionou as vendas nesse segmento, explicando o aumento do volume de vendas observado. Rafael Lima, economista da Fecomércio Pernambuco “Apesar da estabilidade em fevereiro, as perspectivas para o varejo pernambucano são positivas no médio e longo prazo. A retomada da confiança do empresário de bens duráveis, impulsionada pela melhora do mercado de trabalho e da renda familiar, deve contribuir para o crescimento do setor nos próximos meses”

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FMI projeta crescimento de 3,2% do PIB mundial e avanço de 2,2% para o Brasil

Mesmo ainda abaixo da média mundial, aumento previsto para o Brasil vem crescendo (Da Agência Brasil) O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta crescimento de 3,2% para o Produto Interno Bruto (PIB)mundial, tanto em 2024 como em 2025. O percentual é o mesmo observado também em 2023. De acordo com o informe Perspectivas da Economia Mundial, divulgado nesta terça-feira (16) pela entidade, o Brasil crescerá 2,2% em 2024 e 2,1% em 2025. Segundo o informe, colaboram para o resultado mundial a desaceleração das economias emergentes e em desenvolvimento (4,3% em 2023 a 4,2% em 2024 e 2025), associada à “ligeira aceleração” das economias avançadas (1,6% em 2023; 1,7% em 2024 e 1,8% em 2025). O país com projeção de maior crescimento é a Índia (6,8% em 2024; e 6,5% em 2025). Para a China, a previsão é de crescimento econômico de 4,6% este ano; e de 4,1% em 2025. A Rússia deverá crescer 3,2% em 2024 e 1,8% em 2025. Já os Estados Unidos têm um crescimento projetado de 2,7% em 2024, e de 1,9% em 2025, enquanto a Zona do Euro devera colher um crescimento econômico de 0,8% em 2024 e de 1,5% em 2025. Inflação Sobre a inflação mundial, o FMI explica que a previsão é que caia de forma constante: 6,8% em 2023; 5,9% em 2024 e 4,5% em 2025. “A atividade econômica foi surpreendentemente resiliente durante a desinflação mundial de 2022 e 2023. Conforme a inflação caía de seu pico em 2022, a atividade cresceu de forma constante, apesar dos índices de estagflação [termo utilizado para descrever cenários de estagnação com inflação] e recessão mundial”, detalhou o informe. Entre os motivos apontados para o crescimento lento que vem sendo observado estão os efeitos a mais longo prazo da pandemia, a guerra na Ucrânia, o baixo crescimento da produção e a divisão geoeconômica. Segundo o levantamento, o crescimento do emprego e dos rendimentos mantém-se constante, devido a uma “evolução positiva do lado da procura” – em especial relativa ao gasto público, aos consumos locais maiores que o previsto e à expansão da oferta. Apesar de ver equilíbrio para as perspectivas mundiais, o FMI pondera que há riscos de uma nova escalada de preços por causa de tensões geopolíticas, como a da guerra na Ucrânia e o conflito em Gaza e Israel. Na avaliação da entidade, esse cenário, associado à persistência da inflação em países de onde há fuga de mão de obra, pode refletir em aumento das expectativas de taxas de juros, bem como na redução de preços de ativos.

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