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"Corbiniano é um artista ímpar e merecia estar em espaços sacralizados como os museus"

Bruna Pedrosa, curadora da exposição sobre o artista plástico conhecido por suas esculturas de figuras longilíneas em alumínio e pelo painel Revoluções Pernambucanas, fala da trajetória dele e da importância da sua obra. Também ressalta a necessidade dele ser mais reconhecido no Estado e no País. (Foto: Arnaldo Carvalho) A exposição 100 anos de Corbiniano Lins – A Festa! que está no shopping RioMar é uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais esse que é considerado um dos mais talentosos e importantes artistas plásticos de Pernambuco e do País. Negro, de origem humilde e nascido em Olinda, ele trabalhou com desenho, pintura, azulejaria, obra em arame, entalhe, gravura, serigrafia, tapeçaria, mas é mais identificado por suas esculturas. Elas foram produzidas com uma técnica muito particular, em que esculpia no isopor com faca de cozinha que era enterrado numa caixa de madeira, onde derramava o alumínio fundido. Os recifenses que não ouviram falar de Corbiniano, mas veem no dia a dia, monumentos criados por ele como Revoluções Pernambucanas, na Av. Cruz Cabugá, ou O Mascate, na Praça do Diário, ou mesmo algumas esculturas de mulheres na entrada de prédios da cidade, certamente vão reconhecer nas peças expostas seu traço fino e figuras longilíneas característicos do artista. Cláudia Santos conversou com a curadora da exposição Bruna Pedrosa, que falou sobre a mostra e a vida de Corbiniano. Ela destacou a participação dele no Ateliê Coletivo nos anos 1950, liderado por Abelardo da Hora, e que contava com artistas como Zé Claudio, Brennand e Samico. Apesar de sua importância, Bruna ressalta que Corbiniano ainda não desfruta de um reconhecimento como os demais colegas de seu tempo e credita isso ao racismo. Salienta, por exemplo, a lacuna existente em relação a livros sobre ele e o fato de suas obras não serem expostas em locais como museus. O que o público vai conferir nessa exposição, 100 anos de Corbiniano Lins - a Festa? Trouxemos um pouco de cada linguagem, uma pequena amostra de cada uma das técnicas desse artista que é conhecido pelas esculturas, mas tem outras linguagens e era bom em tudo. É impressionante! A festa — do título da exposição — remete à celebração do seu centenário e a um texto de Hermilo Borba Filho em um álbum com 10 serigrafias de Corbiniano que encontramos durante a pesquisa de curadoria. Neste álbum, intitulado Recife, de janeiro a janeiro, são retratadas manifestações da cultura popular, frevo, maracatu, caboclinhos, mostrando que somos um povo festeiro. Além do texto curatorial explicando essa temática, a exposição traz uma linha do tempo com marcos biográficos e principais obras, um texto chamado Técnicas e Temas e, em seguida, mostramos pelo menos uma obra de cada técnica usada por Corbiniano: desenho, pintura, azulejaria, obra em arame, entalhe, gravura, serigrafia, tapeçaria até chegar às esculturas. A figura feminina é bastante representada em suas esculturas em formas sinuosas e elegantes. Qual a relação das mulheres com a arte de Corbiniano Lins? O primeiro acesso dele ao universo artístico e artesanal da manualidade foi por meio das mulheres da família, que eram costureiras e trabalhavam com tapeçaria. Filho de um holandês que morreu quando ele tinha meses de vida, Corbiniano foi criado pela mãe e pelas tias e irmãs em Olinda. Começou a ajudá-las na tapeçaria aos 8 anos de idade e passou a se interessar pelo desenho copiando as gravuras dos tapetes. As mulheres foram importantíssimas nessa primeira formação, por isso ele tem uma relação forte com a representação da figura feminina. Quando adulto e mesmo casado, Corbiniano se relacionou afetivamente com muitas mulheres, era um boêmio como a maioria dos homens e artistas da época. Havia também as mulheres que posavam para seus desenhos e esculturas. Daí a diversidade de corpos em sua obra, mesmo predominando as figuras longilíneas, pernudas, de bumbum e seios fartos. Conviveu com mulheres artistas como Teresa Costa Rêgo e Ladjane Bandeira. Sempre expressou sua gratidão reconhecendo a importância de ter convivido com mulheres que também eram artesãs, artistas, em uma época ainda mais difícil que hoje, quando os homens sempre estavam à frente ocupando os espaços, sobretudo nas artes. Acho que tem essa admiração dele pelas mulheres dessa forma mais ampla possível, da mãe, às esposas, filhas, às modelos, às artistas, a todo o universo feminino com que ele conviveu tanto. Então, pelo fato dele estar rodeado de mulheres, de ouvi-las e observar suas personalidades conseguiu captar o universo feminino de forma profunda. Como foi sua trajetória artística? O primeiro contato com a arte foi, então, com a família, em Olinda? Sim, em Olinda, na primeira infância com as mulheres da casa, ele começa com tapeçaria e desenho. Na segunda infância, vai para o Recife e aprende outras técnicas, estudando em uma instituição pública federal, a Escola Técnica de Artes e Artífices. Na década de 1950, quando chega no Ateliê Coletivo, junto com Abelardo da Hora e outros artistas da época como Celina Lina Verde, passa do desenho para a arte tridimensional. Então, experimenta a escultura no barro, depois em terracota, em gesso e cimento até chegar à técnica da forma perdida, pela qual ele é mais conhecido. Nessa técnica, ele esculpia em tamanho natural no isopor usando uma faca de cozinha e palitos de churrasco, enterrava esse isopor numa caixa de madeira e derramava o alumínio, que ocupava o lugar do isopor se transformando nas famosas esculturas de alumínio fundido. Essa técnica vem da Europa, outros artistas já a usaram, mas poucos se identificaram tanto com ela quanto Corbiniano. Ele apaixona-se por ela, dando continuidade de forma mais profunda. Como um homem pobre, negro de Olinda, tornou-se um dos mais importantes artistas plásticos de Pernambuco e do Brasil? Por mérito da sua arte. Apesar de seu talento, sua trajetória é marcada por apagamentos do racismo. Há uma lacuna bibliográfica impressionante sobre ele, mesmo tendo esculturas e obras públicas espalhadas no Recife e em outros Estados que são cartões postais como A Sereia em Maceió e a Iracema em Fortaleza. É comum encontrarmos

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Prefeitura do Recife inaugura a última etapa do Parque das Graças

Na celebração do aniversário da cidade, a Prefeitura do Recife brindou a população com mais um presente: a conclusão da quarta e última etapa do Parque das Graças. Este novo segmento, com 260 metros de extensão, estende-se entre as proximidades da Rua das Pernambucanas e a Rua Joaquim Nabuco. Inclui um píer flutuante, mirantes, passeio público, área destinada a piqueniques, bicicletário, mobiliário urbano e uma moderna iluminação. O Parque das Graças agora abrange um total de um quilômetro ao longo das margens do Rio Capibaribe, desde a ponte da Torre até a ponte da Capunga, resultado de um investimento de aproximadamente R$ 55 milhões. Durante a cerimônia de inauguração, realizada no final da tarde desta terça-feira (12), o prefeito João Campos também revelou planos para a construção de um espaço permanente de apoio à Guarda Civil Municipal do Recife (GCMR) e quiosques com banheiros públicos. JOÃO CAMPOS, PREFEITO DO RECIFE “A gente entrega hoje a última etapa do Parque das Graças, com isso ele está 100% entregue, inaugurado. Um parque linear de 1 km, o maior parque linear da cidade. É um novo conceito de cidade que a gente concretiza com essa entrega. As pessoas são valorizadas, a atividade física, a relação com o rio, um espaço público de convivência. Quero parabenizar a todos os trabalhadores e todo mundo que, de alguma forma, participou do projeto e da obra. O que era um sonho, hoje é uma realidade. No dia 12 de março de 2021 nós começamos e hoje terminamos. Com o parque entregue, a gente apresenta à cidade do Recife o modelo do Parque Capibaribe que a gente sonha para a cidade inteira”. ESTRUTURA DO PARQUE O píer, com uma área total de 162 m2, acomoda embarcações de diversos tamanhos, desde pequenas até catamarãs, impulsionando ainda mais o turismo náutico ao longo do Rio Capibaribe. A região já conta com pontos de apoio em locais como o Jardim do Baobá e o Cais da Vila Vintém. O acesso ao píer é facilitado por um mirante, proporcionando uma vista panorâmica do Rio Capibaribe. Além disso, a comunidade agora desfruta de um espaço coberto à beira do rio, equipado com pergolado, estrutura metálica e cobertura em madeira de lei. O local oferece ainda áreas de piquenique, bicicletário, jardins, mesas e bancos, 30 postes de iluminação pública, 16 luminárias com projetores de LED e 10 luminárias RGB. A iniciativa, realizada pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB), também trouxe melhorias para a Rua das Pernambucanas, que passou por requalificação. O novo piso intertravado foi estendido até a esquina com a Rua Guilherme Pinto, incluindo trechos com piso mais poroso para otimizar o escoamento das águas. As calçadas foram completamente refeitas ao longo de toda a via, alcançando até a Rua das Crioulas. O Parque das Graças foi projetado para acomodar bicicletas, patinetes e outras formas de mobilidade ativa.

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10 fotos de Recife e Olinda Antigamente para celebrar o aniversário das cidades-irmãs

Para celebrar o aniversário das duas cidades, que acontece hoje (dia 12), a coluna Pernambuco Antigamente de hoje reúne algumas imagens de lugares e paisagens simbólicas do Recife e de Olinda. As fotos pertencem ao banco de imagens da Fundação Joaquim Nabuco, na Villa Digital, da Biblioteca do IBGE e do Museu Aeroespacial. Clique nas fotos para ampliar. Vista para as cidades de Olinda e Recife Obras da prefeitura de Olinda entre o largo do Amparo e o Largo de São João, em 1946 Estação de Trem em Olinda Prefeitura de Olinda em dia de Carnaval Foto: Passarinho/Pref.Olinda www.olinda.pe.gov.br Seminário de Olinda Bairro do Recife Avenida Boa Viagem Praça da República Praça da Independência Praça Rio Branco, no Marco Zero. * Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Crescem investimentos em parques e praças públicas

Capital pernambucana tem destinado R$ 110 milhões anuais na construção e requalificação desses espaços públicos. O interior também investe em áreas verdes *Por Rafael Dantas A corrida pela modernidade, por décadas, valorizou o lugar do carro nas cidades. No passado, muitos desses investimentos destruíram espaços públicos, áreas residenciais e até igrejas históricas. No momento atual, especialmente pós-pandemia, ocorre o inverso. Um impulso para valorizar as áreas livres com intervenções focadas nas pessoas. Esse movimento, antes restrito aos países mais ricos, chegou nos últimos anos forte na América Latina e também no Recife, com o chamado urbanismo social. Uma tendência que tem aberto novos parques e praças na capital mas, também, no interior. Para se ter ideia do esforço desse movimento de volta ao espaço público, por ano, a Prefeitura do Recife tem investido R$ 110 milhões em obras de requalificação e construção de praças ou parques. Cerca de R$ 60 milhões são voltados para as reformas e o restante em novos espaços. No interior, na construção de apenas um novo equipamento, o Parque Esportivo Luiz Carlos de Oliveira, a Prefeitura de Garanhuns investiu R$ 6 milhões. Apesar da Suíça Pernambucana ser conhecida por muitos espaços verdes espalhados no seu tecido urbano, há 80 anos não era construído nenhum novo parque, segundo o poder municipal. Outros municípios como Gravatá, Caruaru e Belo Jardim também registraram novos projetos de espaços públicos, erguidos pelo poder municipal ou pela iniciativa privada, nos últimos anos. INVESTIMENTOS NO PÓS-PANDEMIA “A pandemia consolidou um pouco essa procura pelos espaços públicos, após as pessoas ficarem confinadas por tanto tempo. Mas já era uma tendência, mesmo antes, essa mudança de paradigma nas cidades”, afirma o arquiteto e urbanista Luiz Vieira, professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Ele exemplifica que o Recife, na década de 1980 e 1990, era caracterizado pela construção de condomínios com muros muito altos e cercas elétricas. Além disso, a população foi deixando as ruas com medo da insegurança. Ele considera que a cidade vive um novo momento, de retomada dos parques e praças. Embora a violência urbana siga sendo um problema no Estado e na sua capital, a maior atenção à segurança e a instalação das ciclovias foram alguns fatores que contribuíram para a reocupação dos espaços públicos. A maior quantidade de pessoas pedalando e usufruindo dos parques e praças contribui diretamente para a redução da sensação de insegurança. O mesmo movimento tem acontecido em São Paulo, onde uma pesquisa realizada em dezembro de 2020 pela organização SampaPé! e o coletivo Metrópole 1:1 revelou que, após a crise sanitária, 75,6% da população desejava “aumento da arborização das ruas”. Além disso, 68,8% informou o apoio à “criação de mais praças e manutenção das existentes”. No Recife, mesmo antes da pandemia, essa retomada do espaço público articulado com os ativos ambientais foi discutida na formulação do Parque Capibaribe. Foi nesse projeto, que teve como sua primeira peça o Jardim do Baobá, que nasceu o conceito do Recife como uma cidade-parque até 2037, marco dos 500 anos do município. Mas foi nos últimos anos que os projetos e planos começaram a ganhar uma musculatura mais clara. O Parque das Graças, que substituiu um antigo projeto rodoviário de vias expressas às margens do Rio Capibaribe, foi emblemático para demonstrar o interesse da população no uso do espaço público. As últimas etapas do parque serão entregues nos próximos meses. “Esse movimento está crescendo, as pessoas estão querendo espaços públicos e isso vai mudando as cidades. Neste plano que tem a meta de transformar o Recife numa cidade-parque até 2037, quando a capital completará 500 anos, a ideia é trabalhar com as três principais bacias, dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió, como três zonas-parque, além do Parque Oceânico, na frente marinha, para termos uma rede, um sistema de parques públicos”, afirmou Luiz Vieira. Trata-se do Projeto Recife Cidade Parque, fruto de um convênio da UFPE com a Prefeitura do Recife. O professor explica que cidade-parque não é a construção de um megaespaço como é o Ibirapuera, em São Paulo, mas se trata de uma conexão dos espaços da cidade, com a valorização das ruas e acessos às praças e demais áreas verdes e de lazer. MUITOS PARQUES EM CONSTRUÇÃO A população viu nos últimos anos várias obras de requalificação de muitas praças e observa a construção de novas áreas verdes públicas. A secretária de Infraestrutura e presidente da Emlurb (Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife), Marília Dantas, elenca como principais peças nesse novo tabuleiro da cidade o Parque Eduardo Campos, no Pina; o Jardim do Poço, no Poço da Panela; o Parque da Tamarineira; o Parque Linear do Bode, no Pina; o Parque Linear Roque Santeiro, nos Coelhos; o Parque Alagado entre Areias e do Ipsep, entre outros. “São investimentos altos, que têm a preocupação com a cidade como organismo social. Não é somente fazer infraestrutura urbana, mas uma infraestrutura social. A gente se preocupa com a integração do equipamento, não só a mobilidade mas, também, com a vegetação do local, o conforto, a segurança, para fazer com que as pessoas se sintam cada vez mais acolhidas num espaço urbano”, afirma a secretária Marília Dantas. Na lista de obras estão também os parques lineares da Rua da Aurora, que terá entregas de novas varandas nas próximas semanas, e o próprio parque linear da orla da cidade, que requalificou quiosques, banheiros e alguns espaços na Zona Sul. “Todas essas intervenções fazem com que as pessoas se aproximem cada vez mais e queiram cuidar dos nossos rios, desejem contemplar a cidade. Então, esses equipamentos oportunizam esse novo conceito. Nosso esforço ao longo desses anos é de tornar o Recife uma cidade-parque”. O maior de todos os parques será o Eduardo Campos. Só ele ocupará 12 hectares na Zona Sul da cidade, no terreno do antigo Aeroclube. Com investimentos avaliados em R$ 62 milhões, o equipamento contará com pista de cooper; Academia da Cidade; quadra poliesportiva; campo de areia; ciclovia; parcão; área para piquenique; espaço para caminhada às margens do

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Menos de 1% das mulheres trabalham com tecnologia no Brasil, indica Serasa Experian

Um estudo conduzido pela Serasa Experian, com o objetivo de compreender o perfil das mulheres que atuam no campo da tecnologia, revelou que a representação feminina nesse setor no Brasil é de apenas 0,07%, equivalente a 69,8 mil profissionais. Essa análise abrangeu uma amostra de mais de 93,3 milhões de mulheres. Em contraste, entre o público masculino, 0,33% está empregado na área de Tecnologia da Informação, conforme demonstrado por um levantamento com 92,4 milhões de homens no país. No que diz respeito à remuneração das mulheres na área de tecnologia, 40,4% delas recebem salários mensais na faixa de R$ 2,5 a R$ 5 mil. Em comparação com a população feminina em geral, apenas 20,6% se encontram nessa categoria salarial. Por outro lado, 4,6% das brasileiras auferem mais de R$ 7,5 mil por mês, enquanto 18,2% das profissionais em TI estão inseridas nesse estrato salarial. A pesquisa também revelou dados sobre a classe social, indicando que a maioria dessas mulheres pertence à classe B, representando 42,2% do total. Para mais detalhes, consulte as tabelas a seguir, que apresentam uma comparação desses recortes em relação à população feminina brasileira. Outras tendências destacadas pela pesquisa incluem a presença de benefícios entre as profissionais de tecnologia. Conforme revelado, 26,1% das mulheres que trabalham em TI possuem seguro de vida, 45,5% contam com seguro saúde, 46,8% investem em previdência privada e 35,6% resgatam milhas como parte de seus benefícios. Além disso, a Serasa Experian, de acordo com a pesquisa, apresenta uma composição de 43,6% de mulheres em seu quadro de colaboradores, com 37,1% ocupando cargos de liderança. Notavelmente, 26,5% dessas mulheres desempenham funções na área de Tecnologia da Informação. Gabriela Ferreira, Diretora de Gestão de Talentos e Diversidade da Serasa Experian "O número de 0,07% de mulheres reflete não apenas uma disparidade, mas também a necessidade urgente de promover a diversidade de gênero neste setor. Esta disparidade destaca a importância de iniciativas inclusivas e políticas que visem criar um ambiente mais representativo e acolhedor para as mulheres na área de TI. Em contraste com essa realidade de mercado, na Serasa Experian o comprometimento com a inclusão resultou em um cenário mais equilibrado"

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Mundo tem recorde de calor no mês de fevereiro, segundo agência Copernicus

(Com informações da Agência Brasil) O Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S), órgão de monitoramento climático do programa espacial europeu, anunciou nesta quinta-feira (7) que fevereiro foi oficialmente o mês mais quente já registrado globalmente. Com uma média de temperatura do ar atingindo 13,54ºC, o mês superou a média para o período de 1991 a 2020 em 0,81ºC e ultrapassou o recorde anterior estabelecido em 206 por 0,32ºC. Desde junho de 2023, todos os meses têm registrado recordes históricos de temperatura, sinalizando uma tendência preocupante. O diretor do Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas, Carlo Buontempo, alertou sobre as implicações das concentrações crescentes de gases de efeito estufa, destacando que, sem estabilização, enfrentaremos inevitáveis novos recordes de temperatura global. Fevereiro registrou uma temperatura 1,77ºC superior à média estimada para o período pré-industrial (1850-1900), agravando ainda mais a situação. A tendência de aumento persiste, refletida na média global dos últimos 12 meses, que está 0,68ºC acima da média de 1991-2020 e 1,56ºC superior à média pré-industrial. As anomalias térmicas se estendem além das médias globais, com temperaturas europeias superando em 3,30ºC a média de fevereiro de 1991-2020. Além disso, áreas como o Norte da Sibéria, o centro e Noroeste da América do Norte, América do Sul, África e Oeste da Austrália também experimentaram temperaturas acima da média. O fenômeno El Niño, embora enfraquecido, contribui para a manutenção de altas temperaturas no ar marítimo global, atingindo uma média recorde de 21,06ºC em fevereiro. Em termos de precipitação, fevereiro trouxe variações extremas, com uma faixa úmida da Península Ibérica à Rússia ocidental, e uma área seca abrangendo países mediterrâneos, parte dos Bálcãs, Turquia, Islândia, Norte da Escandinávia e Rússia ocidental. As condições climáticas extremas se estenderam globalmente, destacando a urgência de ações para combater as mudanças climáticas.

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6 de março - Data Magna de Pernambuco

*Por Carlos André Silva de Moura Instituída a partir de uma consulta popular, a Data Magna foi implementada com o objetivo de contribuir com a formação da identidade e memória coletiva em relação à Revolução Pernambucana de 1817. Estabelecida pela Lei Estadual nº 16.059, de 8 de junho de 2017, a proposta indicou um conjunto de ações direcionadas às áreas da cultura, educação, homenagens e momentos cívicos que têm a intenção de colaborar com as comemorações relativas ao evento. Muito mais que uma marca no calendário ou um feriado, o 6 de março tem contribuído para que os pernambucanos possam ter maior compreensão sobre a sua história. Mesmo que seja uma temática vivenciada em vários livros didáticos, ou com diferentes monumentos nas ruas da cidade do Recife, a exemplo dos Fortes das Cinco Pontas e do Brum, o Campo dos Mártires de 1817, na Praça da República, ou os painéis de azulejo instalados pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, que contam parte da História da Revolução Pernambucana, considerada por Manuel de Oliveira “a única revolução brasileira digna desse nome”, ainda constatamos relativo distanciamento entre parte da população e as narrativas sobre a experiência republicana na primeira metade do Século 19. A Revolução de 1817 foi um movimento separatista e republicano, que contestou o controle político de Portugal e as desigualdades sociais. Inspirada pelas ideias iluministas, propagadas pelas sociedades maçônicas, os integrantes do movimento realizaram críticas à presença dos portugueses na administração pública, à criação de novos impostos e aos gastos dos membros da Família Real, recém-chegada ao Brasil. Mesmo como uma capitania lucrativa, Pernambuco ainda se recuperava de problemas econômicos locais, como a seca de 1816 que atingiu diferentes setores. Insatisfeita com os valores enviados para o Rio de Janeiro, o evento teve início em 6 de março de 1817, após a morte do português Manoel Joaquim Barbosa de Castro, devido à reação do capitão José de Barros Lima, o “Leão Coroado”, às ordens de prisão por suposto envolvimento com conspirações contra o governo. A Revolução de 1817 guarda particularidades que merecem uma data que contribua com seu debate em diferentes espaços da sociedade. Único movimento que pregou a liberdade da dominação portuguesa, que ultrapassou a fase conspiratória e atingiu a tomada do poder, foi durante os desdobramentos revolucionários que, mais uma vez, se gritou pela República em Pernambuco. Outro aspecto que merece destaque foram as negociações internacionais para a manutenção e ampliação do movimento revolucionário. Os Estados Unidos, que tinham instalado o primeiro Consulado do Hemisfério Sul no Recife, foram favoráveis ao movimento devido aos interesses comerciais com Pernambuco e a região. Do mesmo modo, combatentes de Napoleão Bonaparte, que pretendiam resgatar o ex-imperador francês da prisão em Santa Helena, também demonstraram interesse no sucesso da insurreição. Após os desdobramentos políticos do movimento, em 29 de março de 1817, foi convocada uma Assembleia Constituinte, que contou com representantes eleitos em todas as comarcas. Como resultado foi estabelecida a separação entre os poderes legislativo, executivo e judiciário, a liberdade de imprensa e culto (mas o catolicismo continuou como religião oficial), aumento no soldo dos soldados e abolição de alguns impostos. No entanto, diferente de outros movimentos da colônia, a escravidão foi mantida, com demonstração de que, mesmo com avanços sociopolíticos, as rupturas com as formas de exclusão e exploração não atingiram a sua totalidade. Devido aos interesses diversos e à divisão entre representantes do movimento, o novo governo passou por um processo de enfraquecimento. Sendo assim, as tropas enviadas por Dom João VI a Pernambuco entraram em confronto com os revoltosos, que foram presos em 20 de maio de 1817. Por ordem do rei, os principais líderes foram punidos com enforcamento ou fuzilamento em Praça Pública. No entanto, deve- se destacar que o movimento foi fundamental para a organização de outros eventos de contestação política e social, a exemplo da Confederação do Equador em 1824. A Revolução de 1817 possibilitou que Pernambuco se tornasse independente por 75 dias. Com a expansão das ações, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba foram “adicionados” ao novo país. Com as características revolucionárias e o pioneirismo, não teríamos data melhor para marcar a identidade e a memória dos pernambucanos. *Carlos André Silva de Moura é historiador e professor da graduação e pós-graduação da UPE (Universidade de Pernambuco)

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"Solano Trindade é um grande expoente da literatura negra e as pessoas pouco o conhecem"

Mário Ribeiro, Historiador da UPE, fala da vida e obra do autor do poema Tem gente com fome, que foi pioneiro na militância contra o racismo e na criação de uma arte voltada a retratar a realidade da população negra e que este ano completa cinco décadas da sua morte. Poeta, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante do movimento negro, o pernambucano Solano Trindade tem uma biografia densa. Foi um dos organizadores e idealizadores do 1º Congresso Afro-Brasileiro, realizado em 1934 no Recife e liderado por Gilberto Freyre. No Rio de Janeiro fundou, com o ator, escritor e sambista Haroldo Costa, o Teatro Folclórico Brasileiro. No ano seguinte participou do antológico Teatro Experimental do Negro, projeto idealizado por Abdias Nascimento com a proposta de valorizar o negro e a cultura afro-brasileira e também lançar um novo estilo dramatúrgico. Com o amigo Abdias, criou ainda o Comitê Democrático Afro-brasileiro que se estabeleceu como o braço político do TEN. Sua poesia, forte e criativa, aborda a condição da população negra e retrata uma realidade que permanece atual. Apesar de toda a importância da sua obra e do seu pioneirismo no combate ao racismo no País, Solano Trindade permanece desconhecido no Brasil, mesmo em sua terra, o Recife. Para analisar a importância do poeta pernambucano, Cláudia Santos conversou com o historiador e professor da graduação e pós-graduação da UPE (Universidade de Pernambuco) Mário Ribeiro. Quando Ribeiro estagiava na Casa do Carnaval – situada no Bairro de São José, onde Solano Trindade nasceu – conheceu a escritora negra Inaldete Pinheiro, que lhe apresentou a história de Solano Trindade. Hoje, ele recorre ao poeta em suas aulas, criticando e combatendo o apagamento do protagonismo negro na literatura, na história, na cultura, na política, na vida social como um todo. “A gente precisa investir nesse canal de transformação que é a escola”, propõe. Solano Trindade é um dos pioneiros na valorização da cultura afro-brasileira e da militância no movimento negro. Fale um pouco sobre a vida dele no Recife. Ele nasceu em 1908, no Bairro de São José. Localizado na zona portuária, próximo ao mercado público, à antiga Prainha de Santa Rita, o bairro é o mais preto do Centro do Recife, principalmente no contexto em que Solano nasceu. Por ali circulavam pescadores, vendedores ambulantes e pessoas desempregadas. Até hoje, há ecos dos tempos em que se vivia de pesca naquele entorno, como pescadores vendendo peixe e camarão na beira do rio e na entrada de algumas ruas. O Recife está mergulhado em mangue, no bairro de São José, há ruas e becos com nomes de peixes. Foi nesse contexto que Solano Trindade nasceu, um ambiente de trabalhadores pobres, pessoas pretas, na sua maioria, vivendo a grande efervescência das manifestações culturais. Muitos clubes de frevo, caboclinhos e maracatus surgiram ou tinham sedes por ali. O pai dele era sapateiro e tinha paixão pela cultura popular, a brincadeira do bumba meu boi, o presépio, ele era o velho do pastoril. Então, Solano se aproxima dessas culturas populares por meio do pai. A mãe, para quem Solano lia literatura de cordel, segundo algumas versões, era dona de casa e, de acordo com outras, trabalhava numa fábrica. Ele é um dos percussores do movimento negro no País. Era um estudioso que lia, pesquisava e trazia essa relação de África com o Brasil por meio do seu trabalho, e isso está presente em vários de seus poemas. Em vida, publicou quatro livros, um deles, O Poema de Uma Vida Inteira, foi apreendido pelo Estado Novo num período de grande perseguição e cerceamento daquelas pessoas e práticas consideradas desordeiras ou prejudiciais à ordem e ao bom funcionamento do Estado. Em um de seus poemas chamado Sou Negro, ele diz assim: Sou negro/ meus avós foram queimados/ pelo sol da África/ minhalma recebeu o batismo dos tambores/ atabaques, gongôs e agogôs/ Contaram-me que meus avós vieram de Luanda/ como mercadoria de baixo preço/ plantaram cana pro senhor de engenho novo/ e fundaram o primeiro Maracatu/ Depois meu avô brigou como um danado/ nas terras de Zumbi/ Era valente como o quê/ Na capoeira ou na faca/ escreveu não leu o pau comeu/ Não foi um pai João/ humilde e manso/ Mesmo vovó não foi de brincadeira/ Na guerra dos Malês/ ela se destacou/ Na minhalma ficou/ o samba/ o batuque/ o bamboleio/ e o desejo de libertação. Há muito da ancestralidade e da vivência em sua obra? Sim. Percebe-se um conhecimento dessa ancestralidade e oralidade na obra de Solano, porque muito do que ele escrevia era fruto do que ouvia e via. Então, a vivência e a memória estão muito presentes. O poema Pregões do Recife Antigo, por exemplo, traz o que ele ouvia passando pelo bairro de São José. Há um trecho que diz assim: Ei munguzá/ tá quentinho o munguzá/ istá bom, ispiciá/ de manhã bem cedinho a preta gingando enche de música o bairro de São José/ lá vem o cuscuzeiro/ cuscuz, cuscuz de milho/ e quando o sol vem iluminar a cidade/ as ruas se enchem de balaieiros/ enchendo de ritmo a beleza da terra/ é doce, é doce o abacaxi/ é doce, é doce e é barato. E aí segue falando do vendedor de banana, de manga, de sapoti, de jaca, de cajá. Ele traz, nos seus poemas, esses pregões que eram cantados por trabalhadores da rua, e isso garante sonoridade, musicalidade, presentes até mesmo em obras de denúncia, de crítica, como no poema Tem gente com fome, em que o trem sujo da Leopoldina vai passando pelas estações no Rio de Janeiro, de Caxias até os lugares para os quais ele se deslocava. E vai mostrando pessoas com semblante triste, com fome. É uma grande denúncia da desigualdade social e racial, pois não há como falar de relações étnico-raciais separando o social do racial, a cor da fome é preta, a gente sabe disso. Esse poema, por mais forte que seja, traz essa musicalidade com uma sequência de repetições. Tanto é que esse poema

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Como nos informamos na sociedade digital e na era da desinformação?

Na edição em que comemoramos os 18 anos da Algomais, discutimos alguns dos dilemas presentes e futuros do jornalismo *Por Rafael Dantas Temos mais acesso à informação do que em qualquer período na história. Ao mesmo tempo, os desafios da comunicação nunca foram tão presentes na sociedade, a ponto de ameaçar o debate público, com uma enxurrada de fake news. Em pouquíssimo tempo a prática de se informar predominante transitou do impresso ao digital, dos grandes canais às plataformas, das grades de programação da TV aberta ao streaming. Transições não só tecnológicas mas, que também, impulsionam mudanças sociais e econômicas, com impactos na sobrevivência da própria democracia e nas soluções para problemas centrais do planeta, até cada recanto do Estado. Quando a Algomais nasceu, em 2006, como uma revista local e impressa, não havia ainda Instagram nem WhatsApp. As redes sociais davam seus primeiros passos. Para se ter ideia, o Twitter nasceu também em março daquele ano, estávamos perto do auge do finado Orkut e nos primeiros anos do Facebook. Nada de streamings, nem de influencers. Ainda faltavam 10 anos para termos como pós-verdade e fake news ganharem os postos de palavras do ano em 2016 e 2017. Uma transição avassaladora no setor. Esperar o horário do noticiário da TV ou a chegada do furo de reportagem do jornal impresso pela manhã ficaram no passado que nem lembramos mais. Na sociedade online, conectada 24 horas por dia, as notícias e fake news saltam nas notificações ao longo do dia. Especialmente das grandes plataformas e redes sociais, sejam por aquelas que decidimos seguir ou via amigos da nossa imensa rede de conexões virtuais. Mas as transformações não param por aí. Flávio Moreira, editor- chefe do UOL e mestre em estratégias digitais para empresas de mídia, projeta que há uma grande transição no horizonte futuro, ao menos para o jornalismo. “A grande mudança no consumo de notícias é que estamos saindo da era das plataformas. Nas duas últimas décadas, vivemos um período em que os publishers tiveram sua distribuição de conteúdo impulsionada por redes sociais e mecanismos de busca. Agora, as plataformas diminuíram a prioridade para mostrar notícias e o consumo passa a ser por canais mais diretos, como newsletters e apps de mensagens. Sobrevive quem consegue construir marca e cria pontos de contato próprios para que o usuário consuma notícias sem passar por um intermediário”. “A grande mudança é que estamos saindo da era das plataformas. Elas diminuíram a prioridade para mostrar notícias e o consumo passa a ser por canais mais diretos, como newsletters e apps de mensagens.” (Flávio Moreira, editor do Uol) A relação tensa entre as grandes plataformas globais de circulação de mídias com a produção de jornalismo não é uma novidade. Essa virada, inclusive, é desafiante. No estudo mais recente do Reuters Institute for the Study of Journalism, o Digital News Report 2023, apenas 22% dos entrevistados declararam que seu consumo de notícias acontece diretamente em sites ou aplicativos de notícias. Um total de 30% disseram preferir acessar o noticiário por meio das redes sociais ou de pesquisas online. O estudo ouviu mais de 93 mil consumidores de notícias online do mundo. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO RADAR Se a forma como consumimos e produzimos informação já deu alguns giros de 360 graus nos últimos anos, ainda temos pela frente novas cambalhotas com a popularização da inteligência artificial. Moreira considera que o impacto da IA no setor acontece em dois pontos principais. “O primeiro é na personalização do produto jornalístico. Conseguimos escala para entregar dados e informações noticiosas de acordo com o perfil do usuário e no formato que ele mais gosta de consumir”. A segunda mudança que ele destaca está nos mecanismos de busca. O jornalista conta que as inteligências artificiais usam o conteúdo de publishers para entregar respostas e conteúdos prontos, sem que haja a necessidade de o usuário clicar no link do site de notícias. “É um paradoxo, pois quebra-se um modelo de negócio no qual presumia-se um page view vindo do mecanismo de busca para justificar a permissão para que ele fosse usado no serviço. Se agora o Google vai mandar menos tráfego para sites de notícias, deixa de ser interessante que eles forneçam seus dados para aprendizado da IA ou até pode ser que muitos se tornem financeiramente inviáveis. Com menos sites de notícias produzindo jornalismo, com quem a IA vai aprender?”, questiona o editor do UOL. O engenheiro da computação, Rafael Toscano, que é doutorando em engenharia com foco em inteligência artificial aplicada, considera que a tecnologia tem potencialidades de facilitar a vida dos jornalistas, qualificar a experiência dos consumidores de notícias mas, também, guarda riscos relevantes. “Em se tratando de auxílio ao profissional jornalista, a IA traz grande potencial na automatização de diversas tarefas maçantes ou demoradas, como a coleta de dados, permitindo que jornalistas se concentrem em atividades do campo criativo e analítico. Algoritmos de IA, por exemplo, podem analisar grandes conjuntos de dados em poucos segundos, identificando padrões, tendências, etc. Possibilitando a geração de insights valiosos e oportunidades para reportagens interessantes num piscar de olhos”, afirmou o engenheiro. Pela ótica do consumidor de informações, Toscano considera que a IA surge como uma tecnologia assistiva (no sentido de prestar apoio, assistência) na curadoria de conteúdos relevantes, a partir dos interesses e preferências dos usuários. “Plataformas extremamente consolidadas como o Google News usam IA para personalizar e elevar a experiência do usuário, sugerindo artigos com base no histórico de navegação mas, principalmente, pela identificação de seu comportamento online. Ainda sob a ótica do consumo e a onda assistiva, as tecnologias de tradução automática, reconhecimento de voz e transcrição automática ampliam a inclusão e a diversidade no acesso à informação, democratizando a entrega e o consumo das informações”. Na escolha do conteúdo que chegará ao leitor, ouvinte ou usuário, a curadoria passa, nesse contexto, das mãos dos editores para os algoritmos. Quanto às ameaças que o avanço da IA pode impor à sociedade, o engenheiro destaca que todas as tecnologias associadas ao

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Recife recebe maior escritório do mundo da multinacional norte-americana Liferay

Capital pernambucana torna-se sede do maior centro de engenharia de software da companhia, que promove experiências digitais que são utilizadas por empresas de diversos países ao redor do planeta. Fotos: Edson Holanda/ Prefeitura do Recife  Foi inaugurada ontem a nova sede da América Latina da Liferay, empresa multinacional desenvolvedora de uma plataforma de experiências digitais usada para criar portais, intranets, websites e e-commerce. O novo espaço da corporação ocupa os dois últimos andares do prédio histórico do Paço Alfândega Shopping, no Bairro do Recife. A nova estrutura soma mais de 5,3 mil m² e 650 estações de trabalho. O grupo já atua no Recife há 15 anos, mas agora amplia sua atuação na cidade, dentro do Porto Digital. João Campos, prefeito do Recife “A gente tem uma vocação para formar gente na nossa cidade e a nossa potência é o capital humano, são as pessoas. Essa conquista de hoje é histórica para o Recife, a gente passa a ter o centro de decisão global de uma grande líder global que é a Liferay. Lembro que neste mês tivemos a formatura da primeira turma do Embarque Digital, 134 estudantes, e a Liferay é parceira do programa”. Brian Chan, CEO da Liferay “Eu adoro Recife. Aqui há duas expressões que eu gosto muito. Uma é ‘Graças a Deus’, ela nos lembra de ter um coração de gratidão. A outra é ‘Se Deus quiser’, pois gosto de lembrar que não sou eu que escolho. Se Recife tiver prosperidade e paz, nós também temos”, comentou ele. Inauguração de prestígio Estiveram presentes na cerimônia: João Farias, gerente na América Latina da Liferay; Pierre Lucena, presidente do Porto Digital; Aldemar Santos, secretário de Governo e Participação Social do Recife; Joana Florêncio, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico; e Ana Paula Vilaça, chefe do Gabinete Recentro. Liferay em números 15 anos de atividades no Recife 300 colaboradores na cidade 26 países com sedes, sendo a maior da capital pernambucana

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