Colunistas - Página: 16 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Aprendizado por biografias e histórias de organizações

*Por Eduardo Carvalho, Harvard/IPERID Fellow A palavra “biografia” tem origem no idioma grego e é formada pelos termos bio (vida) e graphein (escrita). Historiadores acreditam que o filósofo Damáscio foi o responsável por criar o termo para referir-se a esse gênero textual. Surgiu durante as Civilizações Clássicas, ou seja, na Grécia e na Roma Antiga. As biografias têm como objetivo narrar fatos marcantes da vida de uma pessoa, destacando suas conquistas, desafios e legados. Não se limita apenas à narração de acontecimentos pessoais/íntimos, mas desenvolve uma análise de como as ações influenciaram ou foram influenciadas pelos acontecimentos da época em que a pessoa viveu. Contém dados e acontecimentos importantes, pode ou não ter fotos, ou entrevistas de pessoas próximas ao personagem. É construída com dados precisos, incluindo nomes, locais e datas dos principais acontecimentos importantes. Não precisa referir-se especificamente a personalidades que fizeram grandes feitos ou que estiveram em posições de poder e influência. Pode também abordar histórias sobre a vida de pessoas comuns, a exemplo do projeto desenvolvido pela StoryCorps nos Estados Unidos. A organização não tem fins lucrativos e compromete-se com a visão de que todos têm uma história importante para contar. A sua missão é ajudar as pessoas a terem conversas significativas sobre as suas vidas, gravando em estúdios localizados em pontos de fácil acesso ao cidadão. Desde a sua fundação em 2003, ajudou mais de 700 mil pessoas a narrar as suas histórias de vida. Essas gravações estão coletadas na Biblioteca do Congresso dos EUA, constituindo a maior coleção de vozes humanas já reunida. As histórias são transmitidas na NPR para mais de 12 milhões de ouvintes e também podem ser acessadas em plataformas digitais. A StoryCorps promove empatia, compaixão, e aprendizados relevantes sobre cidadãos da sociedade americana. O museu virtual da pessoa é outra organização que merece destaque para propósito semelhante. Quando se trata de líderes empresariais, as biografias oferecem uma visão aprofundada sobre suas trajetórias, filosofias e estilos de gestão. Revelam lições importantes de liderança, histórias de superação pessoal, a importância da resiliência, da empatia, da imaginação, da visão clara e inovadora, entre muitas outras habilidades. Há inúmeras biografias publicadas sobre líderes mundiais na política, artes, literatura, ciências, empreendedorismo, medicina. Os Estados Unidos têm uma cultura de registrar biografias dos seus líderes. A vida de Steve Jobs, por exemplo, demonstra a importância da paixão pelo produto, a busca incessante pela perfeição e a habilidade de criar uma visão clara e inspiradora. Jobs não apenas fundou a Apple, mas também redefiniu indústrias inteiras com produtos inovadores como o iPhone e o iPad. Sua história nos ensina sobre a importância da inovação, da resiliência e da capacidade de recomeçar após fracassos. Jobs enfatizou um princípio importante na sua palestra no evento de graduação (commencement) em Stanford em 2005: “Você não pode conectar os pontos olhando para frente, você só pode conectar olhando para trás”. Outros grandes exemplos de líderes mundiais são: Howard Schultz (cresceu em um bairro pobre de Nova Iorque e superou inúmeras adversidades para transformar a Starbucks em uma marca global), Oprah Winfrey (superou uma infância difícil e se tornou uma das mulheres mais influentes do mundo), Elon Musk (fundou várias empresas de sucesso e está, continuamente, desafiando e redefinindo indústrias inteiras. Sua capacidade de imaginar um futuro diferente e trabalhar incansavelmente para realizá-lo é uma lição poderosa sobre a importância da visão e da inovação). Enquanto as biografias focam em indivíduos, as histórias de organizações oferecem uma visão holística sobre o desenvolvimento e a evolução das empresas. Esses relatos não apenas documentam o crescimento e as mudanças internas, mas também contextualizam a organização dentro do cenário econômico e social em que operam. Compreender as histórias das organizações vai além de conhecer datas e eventos; trata-se de desvendar os valores, as estratégias e as culturas que levaram a entidade ao sucesso ou fracasso ao longo do tempo. Frequentemente compreendem momentos de crise e superação, que oferecem lições valiosas sobre resiliência. Também mostram a importância de valores e práticas consistentes que alinhem os objetivos da empresa com os comportamentos dos funcionários. Essas histórias de superação inspiram e mostram que dificuldades fazem parte da jornada de qualquer organização. Ensinam que, com liderança forte, visão clara e uma equipe dedicada, é possível superar obstáculos aparentemente intransponíveis. Biografias e histórias de organizações são fontes ricas de conhecimento e inspiração. Oferecem uma janela para o passado, permitindo-nos aprender com as experiências de outros e aplicar em nossos próprios contextos. Proporcionam insights valiosos que podem guiar futuros líderes e empreendedores em suas jornadas. Oferecem lições valiosas que podem ser aplicadas em diversos contextos profissionais e pessoais, ajudando-nos a navegar pelos desafios e oportunidades do mundo. É aprendizado relevante, logo muito importante de ser abordado nas escolas, universidades e empresas.

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Suape registra recorde de movimentação de carros chineses

O Hub de Veículos do Porto de Suape recebeu nesta semana o desembarque de 5.459 automóveis de modelos variados da BYD. O navio da gigante chinesa, construído pela própria empresa, fez uma megaoperação de 48 horas. A maior do porto pernambucano em seus 45 anos de operações. "Estamos felizes pelo Explore Nº 1 BYD chegar, pela primeira vez, em solo brasileiro, representando o nosso avanço no setor do transporte e nossa expansão em mercados estrangeiros. E o Porto de Suape é um local estratégico para desembarcarmos nossos carros híbridos e elétricos que seguirão para consumidores de todo o País”, declarou Tyler Li, presidente da BYD Brasil. O Hub de Veículos do Porto de Suape se destaca como o mais movimentado do Norte/Nordeste. Em 2023, testemunhou um aumento de 42% nas operações em comparação com o ano anterior, totalizando 80.705 unidades entre exportação, importação e transbordo. As projeções para 2024 preveem que se ultrapasse a marca de 100 mil unidades. Novo Atacarejo inaugura primeira loja em Caruaru A rede Novo Atacarejo se estabelece em Caruaru, epicentro do forró, durante a temporada junina. Com a inauguração de sua primeira loja na região, a empresa impulsiona a economia local, criando 250 novos postos de trabalho. Além de atender à demanda de Caruaru, a unidade irá abastecer municípios vizinhos, como Toritama, Taquaritinga do Norte, Vertentes, Frei Miguelinho, São Caetano e Brejo da Madre de Deus, fortalecendo o mercado regional. A loja ocupa 4.620m² de área de vendas e oferece mais de 250 vagas para estacionamento. Concessões de rodovia de Pernambuco conquista Certificação de Melhores Empresas Para se Trabalhar As concessões que administram a Rota dos Coqueiros e a Rota do Atlântico, que dão acesso ao litoral Sul do estado e ao Complexo Portuário de Suape, conquistam o selo Great Place To Work, GPTW®️ 2024, entregue as melhores empresas para se trabalhar. Um dos destaques apontados pela certificação foi o índice de confiança com as lideranças, que alcançou mais de 90% das equipes. Entre as principais motivações elencadas pelos colaboradores da Rota do Atlântico e Rota dos Coqueiros: o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional; as oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional proporcionadas pela empresa; o reconhecimento dos valores pessoais em compatibilidade com os valores da organização. Para a Monte Rodovias, empresa que administra as concessões pernambucanas, a valorização do plano de carreira a partir de uma observação interna é prioridade. A holding adota uma postura inovadora, em formato de startup, que ousa sempre em seus processos. A Concessionária Bahia Norte, que pertence ao grupo, também foi certificada. Advogado e colunista da Algomais recebe comenda do TRT Bruno Moury Fernandes recebeu a comenda Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira do TRT-6 esta semana. A cerimônia ocorreu no Teatro de Santa Isabel, em Santo Antônio, sob a presidência da desembargadora Nise Pedroso Lins de Sousa. A honraria, destinada ao Mérito Judiciário, reconheceu 33 personalidades e 5 instituições pelo seu compromisso e excelência no campo judiciário. Além disso, seis membros da magistratura e 36 servidores do TRT-6. Ao longo de 25 anos dedicados ao direito do trabalho e empresarial, o advogado Bruno Moury Fernandes se tornou um destacado profissional em Pernambuco, reconhecido por seu compromisso com a justiça e seus serviços à sociedade local.

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Startup pernambucana Di2win anuncia expansão para a Europa e África

Referência no setor de hiperautomação de processos empresariais, bem como em soluções de Inteligência Artificial (IA) e Gêmeos Digitais para a indústria, a deeptech Di2win celebra a expansão internacional de suas operações. Os primeiros destinos dessa jornada no exterior são a Europa, via Portugal, e a África, a partir de Angola. Conforme Paulo Tadeu, CEO Executivo da empresa, os preparativos estão em andamento desde o ano passado, com as localidades escolhidas devido a oportunidades estratégicas que surgiram, especialmente pela expertise da Di2win no Processamento Inteligente de Documentos (IDP) em língua portuguesa. Paulo Tadeu “Na África, foram várias etapas, desde reuniões de alinhamento e provas de conceito (POC) até o kick-off. Estamos prontos para atender desde empresas privadas às iniciativas de governos, que possuem basicamente a mesma burocracia do sistema brasileiro. Uma das experiências mais interessantes que tivemos, até então, foi com a certidão de nascimento do povo Angolano, que ainda é feita à mão nos cartórios. Temos a missão de transformar tudo isso em digital. E, de forma paralela, estamos iniciando o trabalho de faturamento, através da análise de documentos de invoice e outros financeiros”. Na Europa, a Di2win irá operar a partir da cidade de Aveiro, localizada no norte de Portugal, uma região que há anos mantém estreitos laços com o mercado de tecnologia brasileiro. Aveiro abriga a sede do Porto Digital em Portugal, onde a Di2win está alocada. Segundo o CEO, o foco inicial será atender a comunidade lusitana local, além de expandir para áreas externas como a Ilha da Madeira e a Espanha, devido às semelhanças com os trabalhos hispânicos que a startup já realiza na Argentina. Projeções para 2024 Com uma trajetória impressionante, marcada por mais de 200 publicações científicas, mais de 25 registros de propriedade intelectual no INPI e mais de 2 bilhões de documentos processados em suas plataformas, a Di2win projeta um crescimento significativo para este ano. A empresa estima aumentar em duas vezes e meia sua rede de clientes e projetos, replicando o sucesso obtido no faturamento de 2023.

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"Crescimento da IA, de carros elétricos e das ondas de frio e calor podem causar apagão"

Por Bruno Queiroz Ferreira O Brasil possui uma das matrizes elétricas mais sustentáveis entre as grandes economias do mundo. Diferentemente dos EUA e da China, por exemplo, que geram grande parte da energia por meio do carvão e de combustíveis fósseis, mais de dois terços da energia nacional provêm de fontes limpas, como hidráulica, solar e eólica. Por outro lado, se não houver um planejamento adequado para a transição energética, fatores tecnológicos e climáticos podem impactar o sistema e causar a insuficiência de energia no futuro. Um desses fatores é a adoção crescente da inteligência artificial pelas empresas e pelos usuários. Segundo a Agência Internacional de Energia, uma pergunta respondida por inteligência artificial consome 2,9 watts-hora (Wh), cerca de 10 vezes mais do que uma pesquisa no Google, por exemplo. O maior consumo de energia pelo uso dessa tecnologia se dá também pela necessidade de refrigeração dos data centers, que são responsáveis por hospedar as aplicações de IA e funcionam 24 horas por dia. Um estudo do Governo Federal mostra que a evolução da carga prevista para os data centers terá um grande crescimento na próxima década, chegando a 2,5 GW até 2037, apenas considerando novos projetos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Ceará. Atualmente, existem 12 projetos de data centers que precisam de acesso à rede de transmissão de energia elétrica, de acordo com o Ministério das Minas e Energia. Outro fator tecnológico que pode impactar o sistema elétrico nacional é o aumento do uso de baterias. Não só pelos equipamentos eletrônicos, que cresceram ao longo das últimas décadas, mas principalmente pelos carros elétricos. Se a tendência de crescimento nas vendas desse tipo de veículo registrada nos dois últimos anos for acelerada, em consequência haverá aumento de demanda por energia. A questão é se a oferta pelas geradoras poderá acompanhar o mesmo ritmo da demanda. Fatores climáticos também entram nessa conta. A tendência de alta da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos, que estão sendo registrados em todas as regiões do Brasil e provocam ondas de calor e frio, por exemplo, indica a possibilidade de aumento contínuo do uso de condicionadores de ar e aquecedores, entre outros equipamentos, nas residências e nos escritórios nos próximos anos. Para resolver a questão da eventual falta de energia no futuro, não basta produzir mais energia. A questão é mais complexa. Isso porque data centers, condicionadores de ar e aquecedores, por exemplo, necessitam de fornecimento estável, um tipo de fonte que é capaz de gerar energia de forma contínua, sem depender de variações de horários e condições climáticas. Mas esse tipo de energia, fornecida principalmente por hidrelétricas, está limitada atualmente no Brasil quando se trata da geração em grande escala. A legislação ambiental atual impõe muitas restrições ao licenciamento de usinas de energia hidráulica que se baseiam na inundação de grandes áreas para a formação de reservatórios de água, como vistos nas décadas passadas no curso do Rio São Francisco, por exemplo. Por outro lado, o aumento da produção de energia solar e eólica também não resolve o problema. Como dependem da incidência do sol e dos ventos, são do tipo intermitentes. Em outras palavras, não possuem a capacidade de geração contínua, como as hidrelétricas. À noite, por exemplo, quando o consumo é maior, a geração de energia estável das hidrelétricas pode não ser suficiente para atender a todos em um cenário de demanda crescente por energia. Além disso, ainda não há – do ponto de vista tecnológico, econômico e ambiental – uma solução em grande escala que armazene a energia intermitente para ser usada nos horários que não pode ser gerada. Atualmente, as baterias não conseguem guardar o suficiente para prover altas demandas, seu custo de aquisição é muito alto e o processo de produção e descarte dos acumuladores é poluente. Uma solução é o uso do gás para expandir as termelétricas, que podem gerar energia do tipo estável. Apesar de ser menos poluente do que outras matrizes que emitem carbono, as discussões para implementação da reforma tributária indicam que combustíveis fósseis podem ter uma taxação adicional à alíquota padrão do IVA. O Imposto Seletivo, nessa direção, se torna um componente para o aumento do preço da conta de luz e para o desestímulo econômico à construção de novos empreendimentos de produção de energia estável à base de emissão de carbono. O que se pode concluir, a partir desses elementos, é que as próximas décadas apontam para um provável cenário de insegurança energética e com aumento de preço. Essa combinação tem o potencial de causar um efeito dominó na economia. Isso porque a energia é um dos principais insumos de produção e de comercialização de produtos e serviços. E pode vir a ser também de distribuição, se for confirmada a tendência de substituição dos veículos movidos a combustíveis fósseis por veículos elétricos. Portanto, assim como será necessário enfrentar, nas próximas décadas, as consequências do rápido envelhecimento e da diminuição da população brasileira, da substituição de empregos pela IA e dos impactos dos eventos climáticos extremos, há também uma grande questão para o Brasil do futuro: a transição energética e o desafio de produzir e distribuir energia limpa, estável e de baixo custo.

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Notas que curam: como a musicoterapia transforma vidas

A musicoterapia tem mostrado ser uma ferramenta eficaz em várias áreas da saúde e do bem-estar, proporcionando benefícios físicos, emocionais e sociais significativos. A sua aplicação é vasta, indo desde o tratamento de condições de saúde mental até a reabilitação física, mostrando que a música tem realmente o poder de curar e transformar vidas. Conversamos com a musicoterapeuta Cláudia Oliveira sobre os benefícios da prática em diversas condições de saúde. “Como a terapia baseada na música é uma prática extremamente antiga, podem-se encontrar na literatura algumas diferenças nas definições, mas musicoterapia é essencialmente um tratamento que utiliza elementos musicais para sua execução. Estes elementos são melodia, harmonia e ritmo. Para além dos tratamentos de saúde, a musicoterapia pode ser utilizada em outras áreas, como a educação, por exemplo, facilitando a comunicação e a aprendizagem”, informa a musicoterapeuta Cláudia Oliveira. A musicoterapia é uma abordagem versátil e adaptável, que utiliza a música de diversas maneiras para promover a saúde e o bem-estar. Seja através da criação, escuta ou movimento, a música tem o poder de conectar, curar e transformar vidas. “A musicoterapia contempla desde à promoção de saúde, prevenção de doenças e seus agravos, como também pode atuar na reabilitação de diferentes situações de saúde, desde a saúde física, com a utilização do ritmo para engajar uma pessoa com deficiência em determinado movimento que ela precisa desenvolver, como questões mentais e emocionais. Vai depender da necessidade do sujeito e do direcionamento feito pelo musicoterapeuta”, diz Cláudia. A musicoterapia oferece muitos benefícios e é extremamente eficaz em várias áreas da saúde e bem-estar. Aqui estão alguns dos principais benefícios da musicoterapia “Os benefícios estão relacionados à multiplicidade de áreas atingidas pela música em termos emocionais e neurobiológicos. Uma música pode atingir um conjunto de centros cerebrais que comumente não seriam estimulados conjuntamente, sendo muitos benefícios relacionados à estimulação da memória, atenção, sequenciamento de tarefas, planejamento que vai do planejamento mental ao planejamento motor, além de reforçar o engajamento afetivo, trazendo motivação para as pessoas envolvidas”, revela. Como funciona O início é sempre uma avaliação das necessidades da pessoa ou do grupo. Quando o musicoterapeuta identifica estas demandas, é importante conhecer o repertório musical dos sujeitos e as preferências para assim direcionar as atividades com sons, ritmos, movimentos e experiências sonoras para alcançar os objetivos terapêuticos. Isso não acontece em um único momento, é preciso que haja continuidade do processo para que a sessão seja terapêutica de forma mais efetiva. Em sessões de musicoterapia, uma variedade de instrumentos musicais é usada para atender às necessidades específicas dos pacientes. A escolha dos instrumentos pode depender dos objetivos terapêuticos, das preferências dos pacientes e do contexto da terapia. “Falar sobre os instrumentos é bem interessante, pois muitas pessoas pensam que um profissional musicoterapeuta deve ser músico ou tocar instrumentos com excelência. Mas isso não precisa necessariamente acontecer. É preciso, sim, ter experiência e noção de instrumentos, mas como foi falado, são os elementos musicais que serão utilizados. O uso dos instrumentos vai depender do profissional, do local e da demanda. Pela facilidade de acesso são muito utilizados os violões, tambores pequenos, flautas, maracás e teclados. Também pode haver confecção de instrumentos sonoros simples”, avalia Cláudia Oliveira. A escolha da música na musicoterapia é uma combinação de arte e ciência, onde o musicoterapeuta usa tanto seu conhecimento técnico quanto sua sensibilidade clínica para selecionar músicas que melhor atendam às necessidades individuais dos pacientes. Essa abordagem personalizada maximiza os benefícios terapêuticos da música. “É preciso conhecer a experiência e as preferências musicais da pessoa atendida. A partir daí são introduzidos os recursos terapêuticos. O paciente pode ter a experiência de tocar o instrumento, não existe uma regra, tudo vai depender do objetivo que se quer alcançar. Por exemplo, manusear uma baqueta para compor um ritmo, alcançar uma altura ou realizar uma sequência de movimentos é excelente para pessoas com comprometimento neurológico como Doença de Parkinson ou paralisia cerebral. Em outros casos, ouvir sons e envolver-se em movimentos é suficiente para o processo, sem precisar necessariamente tocar o instrumento”, informa a musicoterapeuta. Autismo Atualmente existem em média 28 métodos de intervenção baseados em evidência que são considerados eficazes para o tratamento de pessoas com autismo e a musicoterapia está incluída dentre estas. “Inclusive os planos de saúde já estão liberando sessões de musicoterapia para a população autista. A terapia com música auxilia na comunicação, interação social, aprendizagem, atenção e na regulação sensorial e emocional”, frisa. A música serve como uma ferramenta poderosa para facilitar a comunicação, a interação social e o desenvolvimento global de pessoas com autismo. AVC Um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma emergência médica causada pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, resultando em danos às células cerebrais. “É um ótimo recurso, justamente porque as sequelas advindas de um Acidente Vascular Cerebral ou encefálico podem ser de diversas ordens, desde problemas na comunicação, problemas motores, sensoriais e cognitivos. A musicoterapia pode atuar nestas áreas afetadas”, diz. É importante reforçar que a musicoterapia não substitui outros tratamentos como medicação, fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional, dentre outros. Atuação Atualmente no Brasil, a formação em musicoterapia é multiprofissional, ou seja, a pessoa deve ter nível superior e realizar uma pós-graduação em musicoterapia. Também existem cursos de graduação na área, então o musicoterapeuta pode ser um profissional com especialização na área ou graduado. A profissão foi regulamentada neste ano de 2024 e abre uma exceção para alguns profissionais com expertise prática que já vinham trabalhando com musicoterapia há mais de 5 anos antes da lei para poderem atuar como musicoterapeutas. "A musicoterapia é multiprofissional. Como é uma área que diferentes profissões podem se especializar, cada musicoterapeuta pode ter sua habilidade com maior potencial para determinada intervenção, como ocorre em qualquer profissão. Por exemplo, um médico ortopedista conhece sobre o sistema circulatório humano, mas não vai atuar de forma aprofundada nesta área.  Da mesma forma, um musicoterapeuta graduado em psicologia terá possivelmente um melhor manejo da musicoterapia nas questões emocionais. Um pedagogo, enfermeiro ou fisioterapeuta poderão atuar de maneiras

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Porto do Recife registra crescimento de 43% das movimentações no quadrimestre

O Porto do Recife anotou um crescimento de 43% nas movimentações nos quatro primeiros meses do ano de 2024. Apesar do grande destaque logístico portuário no Estado ser em Suape, o terminal histórico da capital pernambucana registrou no quadrimestre um aumento de 195.668 toneladas. Os principais itens movimentados são açúcar, barrilha, bobinas de aço, fertilizantes, malte, trigo, combustível, milho, etanol e materiais diversos. Enquanto no primeiro quadrimestre de 2023, foram movimentadas 454.048 toneladas de produtos, neste ano o número total foi de 649.716 toneladas. As expectativas agora são de terminar o ano com acréscimo superior aos 30% em relação ao ano passado. Delmiro Gouveia, presidente do Porto do Recife  "O Porto do Recife reafirma a sua importância para a economia de Pernambuco e também do Brasil com este crescimento. Estamos em um ponto privilegiado e o resultado é fruto do esforço de todos que fazem o Porto do Recife"

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Paulo Camargo: "Nunca desista de formar a sua equipe"

Uma das atrações da Feira do Empreendedor, realizada pelo Sebrae/PE, que terminou no dia 25, foi o empresário Paulo Camargo. O ex-presidente do McDonald's Brasil, compartilhou em sua palestra uma série de reflexões e ações que marcaram sua gestão, particularmente em relação à satisfação de clientes e colaboradores. No início de sua liderança, Paulo percebeu que, apesar de dispor de todos os dados e informações teóricas, havia uma desconexão significativa entre a empresa e seus clientes. Uma pesquisa abrangente em 14 cidades brasileiras revelou sentimentos de insatisfação entre os consumidores, como o depoimento de uma jovem que disse ainda gostar do McDonald's, mas sentir que a marca não gostava mais dela. Essa percepção dolorosa motivou a gestão da multinacional a investigar mais profundamente os problemas internos da empresa. OUVIR PARA TRANSFORMAR O AMBIENTE DE TRABALHO Um dos desafios mais críticos enfrentados foi a insatisfação dos colaboradores, que não sentiam orgulho de trabalhar na empresa. Para abordar essa questão, o executivo utilizou o diagrama de Ishikawa, uma ferramenta de análise de causa e efeito, para identificar e solucionar problemas complexos que estavam levando à alta rotatividade e absenteísmo na corporação. Foi através dessa metodologia que a gestão implementou várias melhorias, incluindo novos uniformes escolhidos pelos funcionários, treinamento de liderança, e melhorias nas salas de descanso e nos sistemas de treinamento. Essas ações resultaram em uma significativa redução da rotatividade e do absenteísmo, e uma maior satisfação entre os colaboradores. Entre as experiências na trajetória de sucesso que conduziu a corporação, ele enfatiza a importância de nunca desistir de formar uma equipe bem treinada e engajada. Carmargo revelou que passou seu primeiro ano na empresa em treinamento intensivo, trabalhando em diversas posições para entender profundamente os procedimentos e as pessoas. Esse foco no entendimento humano foi crucial para suas estratégias de gestão e para reverter o cenário de insatisfação que encontrou inicialmente. Em suas palavras, a chave para superar os desafios e construir uma empresa sólida reside no investimento contínuo em entender e valorizar as pessoas que fazem parte da organização. PAULO CAMARGO, ex-presidente do McDonald's "Se você tem um problema na sua empresa, se o seu colaborador está indo embora, deixa eu te dar uma dica: Nunca desista de formar a sua equipe." EMPATIA E HUMANIZAÇÃO NO TRATO COM A EQUIPE Ainda compartilhando a sua experiência em liderar equipes, Camargo destacou a importância do reconhecimento e da empatia na gestão de pessoas. Ele compartilhou na Feira do Empreendedor a história de um jovem colaborador, Maurício, que veio de uma comunidade simples e enfrentou desafios significativos para conseguir um emprego na empresa. O executivo relembrou um momento emocionante em que fez uma chamada de vídeo para o pai de Maurício, agradecendo por ter criado um filho tão dedicado e talentoso. Esse gesto não só reforçou o vínculo entre o colaborador e a empresa, mas também demonstrou a capacidade de equilibrar exigência e humanidade. Ele enfatiza que um bom líder deve estar presente e atento, capaz de inspirar e motivar sua equipe através de ações concretas e genuínas. Como na direção de uma família, ele comparou a atitude amorosa e de cobrança de um pai em relação ao filho, com o papel dos líderes nas corporações, de compreender, mas também de buscar o melhor desempenho de suas equipes. "O mesmo pai e o mesmo líder que abraça, que diz palavras de reconhecimento, eventualmente palavras de carinho, é o mesmo pai, é o mesmo líder, que vai colocar de castigo o filho que não tirou notas boas na escola, porque ele sabe o seu teto, que você pode melhorar, que você tem espaço para melhorar". (Paulo Camargo)

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Usina solar pernambucana recebe autorizaçãopara comercializar energia

O Complexo São Pedro e Paulo, um empreendimento das empresas pernambucanas Kroma Energia e Elétron Energy, recebeu recentemente a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar suas operações comerciais. Com essa permissão, as usinas solares fotovoltaicas localizadas em Flores, no interior de Pernambuco, estão liberadas para começar a comercializar energia. A Kroma Energia, por sua vez, alcança um total de 1,8 gigawatts (GW) em energia comercializada e gerencia 500 unidades consumidoras. No que diz respeito à geração de energia, a Kroma soma 4,6 GW em projetos, incluindo tanto a potência já instalada quanto os projetos em fase de implementação. As usinas autorizadas pela Aneel são: São Pedro e Paulo I, São Pedro e Paulo V, São Pedro e Paulo VI e e São Pedro e Paulo VIII. Juntas, essas unidades somam 83,9 megawatts (MW) de capacidade. NOVOS PROJETOS NA REGIÃO Paralelamente, a Kroma, pioneira na comercialização de energia no Nordeste, está desenvolvendo novas usinas: o Complexo Arapuá, situado em Jaguaruana (CE), com uma capacidade inicial de 250 MWp, e o Complexo Colinas, localizado em Brejão (PE), com uma capacidade de 130 MWp. A previsão é que ambas as usinas comecem a operar em 2026. Filipe Godoy Souza, gerente de Geração de Energia da Kroma “É um dos passos mais importantes de uma usina. Isso significa que já foram feitos todos os testes e que o Operador Nacional do Sistema Elétrico indicou que estamos aptos para entrar em operação comercial”.

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Documentário acompanha luta de mulher trans para expressar sua fé

Não são poucos os trechos bíblicos que mostram Jesus recebendo pessoas com amor. O evangelho de João conta que uma mulher samaritana, antes desprezada pela sociedade, foi acolhida pelo nazareno. O mesmo evangelho relata que uma multidão esfomeada foi saciada com pão e peixe multiplicados por ele. É triste notar que muitos que se dizem seus seguidores fazem o oposto. É o que mostra o documentário "Toda Noite Estarei Lá". O filme acompanha Mel Rosário, uma mulher trans que luta na justiça contra a liderança de uma igreja neopentecostal após sofrer agressão e ser impedida de frequentar os cultos. Filmado ao longo de quatro anos, entre 2018 e 2022, o doc mostra a jornada de Mel nos corredores da justiça e na frente da igreja protestando pelo direito de entrar no templo. Logo na cena inicial, a câmera fixa posicionada na frente do salão de beleza onde Mel trabalha exibe como num quadro a preparação para mais uma noite de protestos. De véu branco na cabeça, Mel coloca pra fora uma cadeira de plástico. Logo em seguida apoia nela um cartaz que denuncia: "Pastor desonra a lei". No plano seguinte, uma trilha sonora eletrônica marca o compasso da marcha em direção ao templo. A câmera fixa estará presente em outros momentos do filme. Os longos planos desvelam sem pressa a rotina da protagonista, marcada pela forte religiosidade. Cenas em que aparece de joelhos em oração ou pintando frases bíblicas na parede da sala. Os cuidados com a mãe dividem espaço com a prática religiosa. Cuidados refletidos na forma carinhosa em que pinta o cabelo da mãe, ou nas lágrimas que derrama ao receber dela uma oração. A jornada de Mel transcende a luta pelo direito de ir e vir, de praticar sua fé em absoluto através do contexto religioso que a representa. É uma tentativa de conciliação entre dois mundos que, no cenário atual, não conseguem dialogar. "Toda Noite Estarei Lá" é dirigido por Suellen Vasconcelos e Tati Franklin, cineastas do Espírito Santo. Esse é o primeiro longa-metragem da dupla. O projeto recebeu sete prêmios incluindo melhor direção no 12º Olhar de Cinema. Estreia nos cinemas em 30 de maio.

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90% dos brasileiros acham que as mudanças climáticas afetarão mais as pessoas

Relatório da PwC Brasil e do Instituto Locomotiva revela que 89% dos brasileiros acham que empresas devem combater as mudanças climáticas Um estudo inédito realizado pela PwC Brasil e pelo Instituto Locomotiva indica que nove em cada 10 brasileiros avaliam que o ser humano será cada vez mais afetado pelos eventos extremos das mudanças climáticas. Metade dos brasileiros afirmam já serem afetados por episódios como alagamentos na rua nos últimos cinco anos. Frente a esse cenário de riscos, 89% considera que as empresas deveriam adotar práticas sustentáveis de combate às mudanças climáticas. Para o relatório, os institutos entrevistaram 1,5 mil pessoas, no período de 26 de março a 10 de abril. O estudo é anterior ao desastre ocorrido no Rio Grande do Sul. A tragédia vivida no sul do País deve ampliar essa percepção acerca dos riscos de enchentes. Mudanças climáticas já afetam a vida de muitos brasileiros nos últimos cinco anos 18% já tiveram a casa invadida por enchentes 38% dos brasileiros afirmam que ficaram "presos" em casa ou em algum estabelecimento por conta de enchentes/alagamentos  8 em cada 10 afirmam ter notado chuvas mais fortes do que o habitual 63% têm receio de ter a casa invadida pela água 74% temem sofrer alagamentos na rua em que moram ou trabalham Impactos afetam de forma diferentes as classes sociais 50% dos cidadãos das classes DE já vivenciaram mais alagamentos onde moram 46% das classes AB já enfrentaram alagamentos onde moram 52% dos negros já enfrentaram alagamentos nos últimos anos, ante 46% dos brancos.  Percepção e soluções A percepção sobre as mudanças climáticas é uma realidade para a maioria dos brasileiros: 81% atribuem esse fenômeno às ações humanas. Questionados sobre o aumento de alagamentos ou enchentes, 76% observam esse fato na cidade onde vivem e 95% acreditam que as atividades humanas são a causa. Mauricio Colombari, sócio responsável pela área de sustentabilidade da PwC Brasil, destaca a necessidade de planos climáticos robustos devido aos últimos acontecimentos. "A mitigação das mudanças climáticas falhou em nível global, e, portanto, já passou da hora dos governos se concentrarem na adaptação, com foco nos riscos trazidos por essas mudanças, assim como nos planos de contingência. A essa altura, a magnitude dos investimentos necessários para esse processo de adaptação representa um desafio enorme para os governos em todos os níveis.”   

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