Arquivos Colunistas - Página 266 De 299 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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GOIANA: Ordem Terceira & Convento Carmelita

  Nos anos que se seguiram à Restauração de Pernambuco (1654) do domínio holandês, os moradores de Goiana, vila situada no caminho da Paraíba, sentindo a distância que os separava de Olinda, solicitaram ao Bispado da Bahia a criação de um convento carmelita. A pretensão dos moradores foi atendida em 11 de janeiro de 1666, quando o Cabido metropolitano de Salvador deferiu o requerimento do frei Alberto do Espírito Santo, vigário provincial da ordem carmelita no Brasil, que retornou a Pernambuco com a boa nova. As obras de construção tiveram início naquele mesmo ano, 1º de novembro de 1666, em terras doadas pelo capitão-mor Filipe Cavalcanti de Albuquerque. Inicialmente consistia o primitivo convento de uma capelinha, construída em taipa, unida a um conjunto com seis celas para abrigo dos frades, que veio receber a denominação de Santo Alberto de Sicília, em homenagem ao seu fundador, frei Alberto do Espírito Santo. A construção inicial permaneceu até o ano de 1679, quando o frei Marcos de Santa Maria promoveu uma campanha para a construção de um novo convento e igreja de pedra e cal no local do primitivo convento. A obra, iniciada em 28 de outubro daquele ano, contou com as generosas contribuições dos moradores de Goiana, dentre os quais o mestre-de-campo André Vidal de Negreiros, cujo filho Francisco Vidal de Negreiros, vestia o hábito da Ordem do Carmo. Comprometeu-se o ilustre cabo-de-guerra a destinar anualmente aos frades carmelitas 120 arrobas de açúcar branco produzidas por seus engenhos, a exemplo do que havia feito, em data anterior, quando da construção do primitivo convento. A generosidade do mestre-de-campo perpetua-se após a sua morte, quando por meio de testamento manteve a destinação das 120 arrobas de açúcar branco, retiradas da produção de seus engenhos, nos 10 anos seguintes, destinadas às reformas e alterações de que viessem a necessitar. A fachada da igreja conventual é obra do Século 18 com seu frontão curvo, posto acima do entablamento ondulante, apresenta nicho com imagem e na sua parte mais alta cruz e pináculos. Na parte inferior da mesma fachada, encontramos portas e janelas em meio arco. A torre, em construção robusta, exibe em seu campanário elementos que podem datá-la como sendo construção contemporânea à reconstrução do século 17, salvo o lanternim em forma de meia-laranja. No seu pórtico assinalam-se obras em talha, com imagens do século 18, destacando-se, ainda, junto ao altar-mor, a Capela do Senhor Bom Jesus dos Passos e a imagem de Nossa Senhora da Soledade. Segundo o Guia dos bens tombados, “diversos elementos da fachada – em especial as portas e janelas em meio arco – registram épocas diferentes de construção”. “Cornijamento ondulante, encimado por frontão curvo, vazado por nicho com a imagem, pináculos e cruz. Torre bulbosa, com pináculos. O convento é de sólida e vasta proporção, tendo, no centro, o característico claustro monacal. No pavimento térreo, onde funciona o Colégio Santo Alberto, além das salas de aula, existem os refeitórios, cozinha e outras dependências conventuais. No andar superior, as celas, bibliotecas e sala capitular”. A entrada do convento fazia-se através de um copiar [alpendre], cujos vestígios restantes são apenas as duas colunas encostadas à parede da portaria. No forro da mesma portaria, podemos notar uma pintura dos profetas Elias e Eliseu, datada também de 1719. A Igreja e o Convento do Carmo de Goiana foram objeto de visita de D. Pedro II, em 6 de dezembro de 1859, “na igreja encontrei epitáfios cujas datas é que me interessaram; sepultura de 1688 de João Paes de Bulhões e sua mulher e filhos; sepultura de Francisco Afonso Veras e de sua mulher Tereza de Jesus... ores ... agosto de 1719. Sepultura [que não se lê bem] de 1687.” “O religioso, um dos quatro que costumam residir neste convento, pertence à Província Carmelita de Pernambuco, e supõe que a fundação do convento teve lugar há 200 anos. Os papéis foram todos estragados, quando da Revolução Praieira, ocorrida em 1848. Lanço e meio do claustro está em ruínas, destelhado, e parte das paredes caídas, o resto foi reparado”. (D. Pedro II,Viagem a Pernambuco em 1859) Ao lado direito do Convento de Santo Alberto da Sicília encontramos, um pouco recuada, a Igreja da Ordem Terceira do Carmo, cuja construção remonta ao ano de 1753. Em sua singeleza, ostenta a igreja dos irmãos terceiros um frontão barroco, com as suas curvas e contracurvas, encimado por uma cruz central ladeada por duas ordens de pináculos, uma única porta de madeira com almofadas, as três janelas do coro, com arcos rebaixados, conservando sobre estas o brasão em pedra calcária com os símbolos da Ordem Carmelita. No seu interior, elementos valiosos em talha dourada e os painéis pintados no teto da capela-mor despertam a atenção do visitante. Em sua nave principal destaca-se o altar-mor, com outros quatro altares laterais, alterados em suas formas originais, seguindo-se de dois púlpitos em ferro que compõem o restante do seu patrimônio. As fachadas das duas igrejas têm características do século 17, muito embora o monumental cruzeiro esculpido em pedra, que domina o centro da praça, esteja datado de 1719. O perfil barroco deste último, com os motivos orientais que o adornam, parece revelar a influência que sobre o artista exerceu o também monumental conjunto do Convento Franciscano da Paraíba. O conjunto encontra-se inscrito como Monumento Nacional pelo IPHAN no livro das Belas Artes v. 1, sob o n.º 216 e 229, em 25 de outubro de 1938; Histórico v.1, n.º 106, em 25 de outubro de 1938 (Processo 147-T/38 e Processo n.º 173-T). Texto e fotos de Leonardo Dantas Silva  

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Semifinais definidas no Campeonato Pernambucano (por Houldine Nascimento)

O Campeonato Pernambucano vai chegando ao fim. As quatro equipes que disputam as semifinais estão definidas. No domingo (18), sem surpresa, o Náutico bateu o Afogados por 1 a 0, na Arena de Pernambuco, e avançou na competição. O gol saiu de um pênalti inexistente, aos 22 minutos do segundo tempo. Júnior Timbó foi o autor do tento. Quem viu o jogo sentiu o domínio alvirrubro, embora o Timbu tenha enfrentado dificuldade para converter em gol. O Afogados, por sua vez, veio com uma proposta mais defensiva, com apenas um atacante de ofício e três volantes. Se o empate persistisse, a classificação seria decidida nos pênaltis. Este era o objetivo da equipe sertaneja. A partida também foi marcada pelo maior público do campeonato até aqui: mais de 18 mil torcedores assistiram de perto à vitória alvirrubra, o que dá a dimensão da boa fase do Timbu. A definição dos outros três times que compõem as semifinais saiu no meio de semana. O adversário do Náutico será o Salgueiro, que derrotou o Vitória por 1 a 0, no Cornélio de Barros. O gol marcado pelo meia Dadá Belmonte saiu de uma boa cobrança de falta. Na outra chave, o Central passou pelo América em Caruaru: 3 a 2. O Alvinegro chegou a abrir 3 a 0, mas viu o Alviverde reagir. A Patativa vai enfrentar o Sport, que amassou o Santa Cruz na Ilha do Retiro (3 a 0). O primeiro gol saiu com pouco mais de um minuto de jogo, numa roubada de bola de Thomás e finalização precisa de Marlone. Os outros gols foram assinados pelo volante Anselmo. Náutico x Salgueiro, Central x Sport. Será a vez do interior ou teremos mais um Clássico dos Clássicos na final?

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8 imagens do Zeppelin nas paisagens do Recife

As imagens do Zeppelin sobrevoando o Recife, com seus rios e pontes, trazem uma nostalgia tanto da cidade antigamente como desses dirigíveis, que estão no imaginário popular daqueles que não viveram essa época, mas que conhecem esses registros dos filmes ou fotografias. De acordo com a pesquisadora Semira Adler Vainsencher: "Os zepelins eram balões dirigíveis que se assemelhavam a enormes charutos, e as suas viagens representavam verdadeiras atrações, que eram aguardadas com ansiedade pela população. Finalmente, o ser humano havia conquistado um dos seus antigos e maiores sonhos: o poder de voar. Vale registrar que a utilização do gás hélio (um gás não inflamável) possibilitou o surgimento da era dessas aeronáveis". Um desses dirigíveis chegou ao Recife pela primeira vez em maio de 1930. O dia 22 daquele mês foi decretado como feriado pelo então governador Estácio Coimbra. O Zeppelin pousou no Campo dos Dirigíveis do Jiquiá. Entre 1930 e 1937 foram realizadas algumas dezenas de viagens entre a Alemanha e o Brasil, com escalas no Recife (ver artigo da Fundaj sobre o Zeppelin). As imagens foram colhidas de diversas fontes digitais. 1. Sobrevoando o Recife na década de 30 2. Zeppelin sobre a torre da antiga sede do Diário de Pernambuco 3. Zeppelin sobre o Palácio da Justiça de Pernambuco 4. Zeppelin atracado no Recife, no campo do Jiquiá (Acervo de Henry Cord Meyer Collection) 5. Zeppelin sobre o Capibaribe 6. Zepellin sobre o Recife 7. Vista aérea de um Zeppelin 8. Zeppelin no Campo do Jiquiá e os policiais da força pública *Imagem Especial: Registro aéreo do Arquipélago de Fernando de Noronha feito de um Zepellin *Para sugestões de novos posts sobre o Recife ou Pernambuco antigamente, envie um e-mail para rafael@algomais.com VEJA MAIS 7 imagens do Bairro da Boa Vista Antigamente 8 imagens dos Fortes do Recife Antigamente 8 fotos do Porto do Recife antigamente

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Salve São Patrick e o Dia da Cerveja Verde!

  Cervejeiro que se preze adora uma festa, uma comemoração. Afinal de contas são nesses momentos em que celebramos a vida na companhia dos amigos e logicamente entornando fartos e deliciosos goles da bebida. Agora no mês de março temos mais um “motivo” para brindarmos a vida e homenagear um santo. Trata-se do dia padroeiro da Irlanda, São Patrick, ou Sait. Patrick's Day. Então vamos por partes, quem foi São Patrick? Nascido na Grã-Bretanha no final do século IV, era filho de uma família abastada e acredita-se que tenha morrido no dia 17 de março de 461 e foi enterrado na cidade de Downpatrick. Até sua adolescência o mesmo se considerava pagão. Foi sequestrado e tratado como escravo por 6 anos e durante o cárcere se voltou para o lado religioso. Ao escapar estudou em um mosteiro em Gauls (região onde hoje fica a França). Permaneceu lá por aproximadamente 12 anos, voltou a sua terra natal e se tornou bispo da igreja católica e em 432 declarou ter recebido um chamado divino que o mandava voltar à ilha irlandesa e converter celtas pagãos irlandeses ao Cristianismo. E porque o verde? Porque as pessoas se vestem de verde e tomam bebidas dessa cor para comemorar o dia? A Irlanda é conhecida como Ilha Esmeralda, onde se chove muito deixando a paisagem sempre bastante verde. Outro motivo atribuído é que na Rebelião Irlandesa de 1798, os soldados assim se vestiam para chamar a atenção da opinião pública para o conflito, tudo isso ajudou a ter a cor verde como símbolo nacional. Inclusive dos símbolos de São Patrick é o trevo de três folhas, considerado pelos povos nativos como símbolo de sorte. Ele usava a planta e a comparava a Santíssima Trindade, pois a mesma dividia-se em três e caraterizava Pai, Filho e o Espírito Santo. Uma das lendas atribuídas a São Patrick é que na Irlanda não existem cobras, e que as mesmas foram expulsas pelo Santo, já os os cientistas sugerem que a falta de cobras na Irlanda é obra da última Era Glacial. Segundo acreditam, o frio teria tornado a ilha um local inóspito para répteis que, ao serem animais de “sangue frio”, dependem do calor do ambiente para sobreviver. Mas prefiro ficar com a primeira opção e dar moral ao milagre do Santo. Aliás na Irlanda é proibido beber nas ruas, mas para a alegria de todos, essa proibição é suspensa no St. Patrick’s Day, único dia do ano em que os irlandeses podem beber sossegadamente sua cerveja pelas ruas das cidades. MUNDO CERVEJEIRO Rota do Chope Verde E aqui no Recife pra comemorar o Dia de São Patrick, nos dias 16/03 e 17/03, teremos a Rota do Chope Verde, com o intuito de fortalecimento da cerveja artesanal na cidade. O evento conta com os seguintes participantes: Mr Hoppy Beer, Apolo Beer Cafe, Emporium Brewer, A Caverna, Confraria Hopfen Haus, Capitão Taberna Cervejas Especiais, Marcolino Tap House, Cervejaria Laborada, Garage Food Trucks e Empório Quilombo. Ekäut conquista novo prêmio em festival nacional de cerveja A cervejaria pernambucana Ekäut foi premiada mais uma vez no Festival Brasileiro de Cerveja, que está sendo realizado em Blumenau-SC até o próximo sábado (10). A cerveja premiada foi a “Ekäut Extra Stout”, que levou a medalha de bronze na categoria “Export – Style Stout”. Na competição, foram inscritos cerca de três mil rótulos que concorreram em 148 estilos diferentes. A Ekäut foi a única pernambucana que conquistou prêmio no evento deste ano. Apenas 8% das cervejarias que concorreram ao concurso foram premiadas. Lançada o ano passado, a “Ekäut Extra Stout” é a primeira cerveja escura da cervejaria pernambucana. Após muito estudo e vários testes nas receitas criou-se uma bebida encorpada, de coloração escura e elaborada a partir de oito tipos de maltes especiais importados, e de diferentes torras, unindo corpo aveludado com aromas que remetem ao café e ao chocolate. A cerveja foi produzida em parceria com a Agraria Malte, maltearia brasileira, e desenvolvida internamente pelo time da Ekäut Recentemente a Ekäut anunciou que está triplicando a produção, passando dos atuais 30 mil litros por mês para 90 mil litros, para atender a demanda do mercado. A nova fábrica irá contar com uma estrutura de maior tecnologia permitindo o aprimoramento da qualidade e do frescor das cervejas. A expectativa é que a expansão da fábrica, localizada na Estrada da Mumbeca, em Guabiraba, fique pronta em meados do mês de maio. Viagem ao passado das Copas A Brahma começa a caminhada deste ano lançando uma edição especial que resgata seus cinco rótulos dos anos em que o Brasil foi campeão. Os rótulos comemorativos trazem uma releitura do visual de Brahma em cada época e chegam aos mercados do Brasil neste mês acompanhados pelo filme “Rótulos Campeões”. Com estreia no último sábado, 10, o filme propõe ao público uma viagem no tempo com a história de um único bar que serve de cenário para as comemorações das conquistas brasileiras nos anos de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. A passagem de tempo é protagonizada pelos cinco icônicos rótulos campeões de Brahma acompanhados das camisas e cenas de jogos contemporâneos a cada época. A campanha tem criação da agência Africa. “Cada um desses rótulos carrega a mesma história, a lembrança do momento em que o brasileiro se sentiu o Nº1. É esse sentimento que queremos despertar novamente nos torcedores e mostrar que Brahma estará mais uma vez ao seu lado nessa jornada rumo ao título”, afirma Pedro Adamy, diretor de Marketing de Brahma. *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@algomais.com)

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Thales Castro faz palestra sobre a situação da Síria e a Primavera Árabe

O Vice-Presidente do IPERID (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia) e cônsul de Malta, Thales Castro, apresenta e comenta o papel e as dinâmicas jurídicas, políticas e diplomáticas do Conselho de Segurança da ONU e a atual crise na Síria no 1º Ciclo de Palestras, promovido pela Faculdade Damas. Em sete encontros, especialistas ligados aos demais temas escolhidos para os comitês desta edição farão parte da preparação para a chegada da primeira simulação de organismos internacionais para universitários de Pernambuco, o PEMUN. O evento é aberto ao público. A Faculdade Damas fica na Av. Dr. Malaquias, 1426-B, no bairro das Graças. Inscrições no link: https://www.sympla.com.br/a-situacao-na-siria-e-a-primavera-arabe---i-ciclo-de-palestras-pemun__256390 IPERID. Trata-se do primeiro think tank da região Nordeste, que atua como um grupo de pesquisas ou laboratório de ideias, produzindo e difundindo conhecimento sobre assuntos estratégicos sobre relações internacionais e diplomacia. VEJA TAMBÉM Lançamento do Iperid discute a conjuntura internacional e de Pernambuco Iperid e PwC promovem encontro sobre economia internacional Iperid e as novas fronteiras para a diplomacia

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Copa do Nordeste: Santa Cruz quase lá; Náutico respira

*Por Houldine Nascimento A primeira fase da Copa do Nordeste vai chegando ao fim. Restam apenas duas rodadas do torneio mais importante da região. Os três clubes pernambucanos que disputam a competição vivem situações distintas. Campeão em 2016, o Santa Cruz está muito próximo de garantir a classificação às quartas de final. Com oito pontos e líder do grupo A, a Cobra Coral vai bem e está matematicamente classificada, já que o Confiança, que tinha quatro pontos, foi punido pela escalação irregular de um jogador e acabou perdendo seis pontos. O time sergipano recorreu e pode recuperar os pontos perdidos. Para além das questões de tribunal, o Santa pode resolver tudo na próxima rodada, quando receberá justamente o Confiança, no Arruda, e um empate seria suficiente para o clube pernambucano avançar, caso a pontuação do adversário seja devolvida. No grupo C, a situação do Náutico ainda é difícil, mas o Timbu se encheu de esperança após a vitória sobre o Bahia por 1 a 0, no último sábado (10), na Arena de Pernambuco. O gol foi marcado pelo atacante Robinho, aos 10 minutos do primeiro tempo. Mais de 4 mil alvirrubros estiveram lá e assistiram ao time da casa chegar aos quatro pontos, permanecendo na terceira posição. O Bahia ainda é o segundo colocado com seis. Quem praticamente está fora da competição é o Salgueiro, que empatou sem gols com o CSA, no Cornélio de Barros, ainda no sábado passado. O Carcará é lanterna do grupo D, com apenas dois pontos. A possibilidade de classificação é muito remota. Nesta segunda (12), Santa e Náutico ficam de olho nas partidas dos adversários, no complemento da rodada. Pelo grupo A, o Treze enfrenta o Confiança no Amigão, em Campina Grande. Já no grupo C, o líder Botafogo-PB vai ao Piauí encarar o Altos, que é o lanterna. A depender dos resultados, o Botafogo pode sacramentar a vaga na próxima fase e o Confiança embolar a tabela.  

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Cinema chileno na Netflix

No domingo (04), o cinema chileno fez história ao vencer pela primeira vez o Oscar de melhor filme estrangeiro com o longa Uma Mulher Fantástica. Na história, uma garçonete transexual tenta recomeçar a vida após a morte do companheiro. Esta foi a segunda indicação do Chile ao prêmio. A primeira foi em 2012 com o filme No, protagonizado por Gael Garcia Bernal. O prêmio despertou em muitos o desejo de conhecer melhor o cinema produzido por nossos vizinhos de continente. Com o mercado dominado pelas produções americanas, pouco do que é feito no Chile chega por aqui, restringindo-se a exibições em festivais e mostras de cinema. Resta, então, recorrer aos serviços de streaming. Fiz recentemente uma busca no catálogo da Netflix e encontrei boas opções de filmes, ainda que não representem, claro, o que o cinema chileno tem de melhor. Compartilho aqui detalhes de três desses longas. Lhttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgs (2015)   A comédia Lhttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgs junta em uma mesma história três protagonistas de nacionalidades diferentes: um chileno, um argentino e um peruano. O chileno, Aníbal (Felipe Izquierdo), passa por um momento de crise no casamento, situação que fica ainda pior quando descobre que ganhou dois ingressos para a final da Copa do Mundo no Brasil. Pior porque ganhou os ingressos em um concurso constrangedora organizado por uma marca de camisinhas. Com os ingressos nas mãos e o pedido de separação da esposa martelando a cabeça, segue para o Brasil acompanhado de seu mais novo amigo, o taxista argentino Rolo (Pablo Granados). No caminho, atropelam Edgar (Carlos Alcántara), um peruano que está sendo perseguido por um integrante da máfia. É quando as situações mais improváveis começam a acontecer, envolvendo uma relíquia roubada, índios canibais e até uma partida de futebol no meio da floresta amazônica. Comédia despretensiosa para quem não quer gastar muitos neurônios. Uma produção Chile/ Argentina/ Peru.   A Noite do Javali (2016)   Neste thriller acompanhamos os passos de Claudia Moratti (Catalina Zahri) uma famosa escritora a procura de respostas sobre a morte do namorado, que também era escritor. Ela retorna ao vilarejo onde ocorreu o crime e encontra figuras bem suspeitas, como o policial Benno (Fernando Kliche) e o caseiro Sebástian (Gastón Salgado). Dirigido e escrito por Ramiro Tenorio, A Noite do Javali tem como ponto forte a bela fotografia, apesar de um roteiro, por vezes, confuso. É o filme de estreia do diretor chileno Ramiro Tenorio.   No Filter (2016)   À primeira vista poderia dizer que esta é uma versão espanhola do filme Um Dia de Fúria, aquele com Michael Douglas. Após trabalhar 14 anos numa agência de publicidade, Pía (Paz Bascuñán) descobre que será substituída por uma famosa youtuber, ainda por cima bem mais jovem. Soma-se a isso a crise que passa em casa com o esposo, um artista plástico desleixado e o enteado problemático. O acúmulo de problemas a leva a procurar um tipo de curandeiro chinês que, após uma consulta, faz com que passe a expressar de forma descontrolada seus sentimentos. Expressar não apenas com palavras, para ser mais exato (rsrs). No Filter trata de assuntos bem atuais como a febre dos youtubers e a questão dos relacionamentos (se é que em alguns casos podem ser chamados assim) na era das redes sociais. Boa pedida para uma tarde agradável de domingo com a família.

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7 fotos do Bairro da Boa Vista antigamente

O Bairro da Boa Vista é um dos mais tradicionais do Recife. No século XIX, após a construção da Ponde da Boa Vista, algumas áreas foram aterradas, dando origem a vias como a Rua do Aterro (Atual Rua da Imperatriz), Rua da Aurora e a Rua Formosa (atual Avenida Conde da Boa Vista). Uma curiosidade do bairro antes da II Guerra Mundial era a forte presença judaica vivendo no local. "Em decorrência do anti-semitismo e das graves perseguições racistas, muitas famílias judias de origem européia migraram para Pernambuco e, de início, vieram morar no bairro da Boa Vista. Situada no coração deste bairro, a Praça Maciel Pinheiro tornou-se o reduto da colônia judaica e o principal fórum de encontros e debates por parte dos imigrantes. Nos bancos e imediações da praça, o que mais se ouvia era o iídiche, língua falada pelos askenazim, os judeus provenientes da Europa Oriental", afirmou a pesquisadora da Fundaj, Semira Adler Vainsencher no artigo Boa Vista (Bairro do Recife).   Confira abaixo algumas imagens do Bairro que foram selecionadas do Acervo da Villa Digital da Fundaj. 1. Avenida Riachuelo (Acervo Josebias Bandeira) 2. Praça Maciel Pinheiro, com vista para a Matriz da Boa Vista (Acervo Josebias Bandeira) 3. Bonde de Tração Animal circulando na Boa Vista, em 1908 (Acervo Josebias Bandeira) 4. Jardim da Rua do Hospício (Acervo Josebias Bandeira) 5. Rua da Imperatriz 6. Vista aérea parcial do Bairro da Boa Vista 7. Avenida Conde da Boa Vista *Para enviar fotos antigas ou sugerir novos temas, mande um e-mail para rafael@algomais.com VEJA MAIS 8 imagens dos Fortes do Recife Antigamente 8 fotos do Porto do Recife antigamente  

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Crítica: Artista do Desastre

*Por Houldine Nascimento Era de se esperar que James Franco recebesse uma nomeação ao Oscar de Melhor Ator por sua onipresença em “Artista do Desastre” (The Disaster Artist, EUA, 2017), que, além de protagonizar, produz e dirige. Na hora das indicações, contudo, seu nome foi preterido em razão das diversas acusações de assédio sexual que estouraram. As denúncias tomaram corpo, sobretudo, após Franco vencer o Globo de Ouro de Ator de Comédia. Assim, o título do filme se confunde com a própria trajetória de James Franco. No auge, ele estragou tudo. O caso prejudicou a distribuição do longa-metragem. A trama de “Artista do Desastre” se concentra nos bastidores do cultuado “The Room”, considerado por muitos “o pior filme de todos os tempos”. As trapalhadas da produção são colocadas em evidência a partir das ações do esquisito Tommy Wiseau (Franco). Cansado de ser rejeitado nos inúmeros testes de atuação a que se submete, ele decide produzir e estrelar o próprio filme. Para isso, conta com a ajuda de Greg Sestero (Dave Franco, irmão de James), um aspirante a ator que conhece numa classe de teatro em San Francisco. Os acontecimentos são vistos pela perspectiva de Greg. Juntos, eles vão viver em Los Angeles e põem em prática o projeto, que traz Tommy e Greg como protagonistas. Na cidade, Greg faz novas amizades e arranja uma namorada (Alison Brie, casada com Dave), o que desperta ciúmes em Tommy, cada vez mais solitário. Em certo sentido, isso afeta as gravações de “The Room”, que atrasou por semanas, mostrando a falta de rumo de Tommy na hora de lidar com os atores e o próprio roteiro. As confusas escolhas dele irritam a equipe, gerando conflitos, inclusive com o amigo. Um projeto caro e bancado inteiramente por Tommy Wiseau, “The Room” custou 6 milhões de dólares e rendeu apenas 1,8 mil nas duas semanas que ficou em cartaz numa sala de Los Angeles. No entanto, o filme acabou ganhando o status de cult graças às cenas sem sentido e se tornou uma comédia involuntária. Por anos, plateias imitaram passagens e reproduziram diálogos do longa. Em “Artista do Desastre”, James Franco promove o resgate de tudo isso. Há participações de amigos e figuras marcantes do cinema, como o diretor Judd Apatow, as atrizes Sharon Stone, Melanie Griffith, além dos atores Zac Efron, Bob Odenkirk e Seth Rogen, fiel escudeiro de James. O filme funciona no seu propósito maior, que é o de ser uma comédia, provocando risadas no público, que assiste incrédulo ao comportamento de Tommy dentro e fora do set de filmagem. James Franco vai bem ao absorver e mostrar ao espectador elementos da personalidade de Tommy Wiseau, no que possivelmente é a maior atuação de sua carreira. É um projeto pessoal em que se arrisca por completo. Não é fácil encarnar um personagem caricato, por mais simples que pareça. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles, responsável por distribuir os prêmios do Oscar, não ignorou o filme por completo e o indicou na categoria de Roteiro Adaptado. A história toma como base o livro homônimo escrito por Greg e o jornalista Tom Bissell relatando as experiências de Greg em “The Room”. A adaptação da obra ficou a cargo de Scott Neustadter e Michael. H. Weber. Não bastasse a polêmica do assédio, Franco também está sendo processado pelo primeiro roteirista de “Artista do Desastre”, Ryan Moody, que alega ter sido enganado. Um “sabor especial” para o Brasil é a presença da bem sucedida canção eurodance “Rhythm of the night”, da carioca Olga Maria de Souza, famosa mundialmente como Corona. *Em Pernambuco, o filme está em cartaz no Cinépolis Guararapes.

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Santa Cruz continua sem convencer

*Por Houldine Nascimento Dos três clubes pernambucanos que disputarão a Série C em 2018, o Santa Cruz é o que mais preocupa até agora. Foi eliminado de maneira vexatória ainda na primeira fase da Copa do Brasil, sem conseguir dar um chute perigoso durante toda a partida, além de o resultado causar enorme prejuízo financeiro. O Tricolor do Arruda também não convence no Estadual. Nesse domingo (4), o Santa recebeu o lanterna Belo Jardim, no estádio José do Rego Maciel, e enfrentou dificuldades para garantir a segunda vitória na competição. Após abrir 3 a 0, gols de Luiz Otávio, Robinho e Fabinho Alves, assistiu à reação do visitante, que, por pouco, não chegou ao empate. O Alviverde do Agreste diminuiu com Kelvis e Jader em falhas individuais de defensores da Cobra Coral, expondo, assim, a fragilidade do setor. As vaias da torcida tricolor ao final do jogo são a prova de tanta inconsistência no futebol apresentado pelo time. O resultado, porém, foi suficiente para que o Santa Cruz garantisse vaga nas quartas de final do Pernambucano. Assim, vai poder voltar as atenções à Copa do Nordeste, onde lidera o grupo A, com sete pontos e ainda invicto. No Nordestão, o Santa deu lampejos de que pode apresentar mais do que vem entregando, especialmente na partida contra o Treze, quando ganhou por 3 a 0 e não correu grandes riscos. O CRB, vice-líder do grupo, tem seis pontos e o Confiança está em terceiro com quatro. Efetivamente, estes são os adversários que ameaçam de alguma forma a classificação coral, embora esteja encaminhada. O próximo confronto na Copa do Nordeste é justamente contra o CRB, em Maceió, no próximo sábado (10). O jogo será valioso para que o Santa meça forças com um time de uma divisão superior, já que o Galo Alagoano está na Série B. Antes, vai à Ilha do Retiro encarar o Sport no famoso “Clássico das Multidões”. Outro teste para a equipe comandada por Júnior Rocha.

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