Arquivos Cultura E História - Página 167 De 368 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Cultura e história

HQs lançadas pela Cepe são finalistas de prêmio nacional

Os dois livros de história em quadrinho que inauguraram o Selo HQ da Cepe Editora, em 2019, são finalistas da 32ª edição do Troféu HQ Mix. Polinização concorre à categoria Desenhista Nacional, com o artista plástico Cavani Rosas, e O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos disputa as categorias Edição Especial Nacional (Cepe) e Novo Talento - Desenhista, com o artista plástico Greg, um dos ilustradores do álbum. Em 2020, 1.162 trabalhos foram inscritos no prêmio e a lista dos indicados, divulgada nesta terça-feira (29), contempla cerca de dez obras em cada uma das 32 categorias. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia on-line a ser realizada em 12 de dezembro próximo nas redes sociais do Sesc, entidade que apoia a iniciativa. Eles serão escolhidos numa votação nacional feita por desenhistas de HQ e de humor gráfico. “O selo Cepe HQ surgiu da vontade de publicar mais obras em quadrinhos, uma linguagem que sempre buscou e mereceu mais espaço em Pernambuco (e no Brasil). Essas indicações no Troféu HQ Mix são um reconhecimento do talento dos artistas - veteranos ou emergentes no cenário dos quadrinhos - e das obras que publicamos, e é uma alegria ver os dois primeiros livros do selo recebendo esse destaque nacional mais do que merecido", declara o jornalista e editor da Cepe, Diogo Guedes. Com 115 páginas coloridas, O Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos é o primeiro título lançado pelo Selo HQ da Cepe e traz quatro histórias baseadas em fatos reais ocorridos durante a ditadura de Getúlio Vargas. A publicação, roteirizada por Clarice Hoffmann e Abel Alencar, é ilustrada pelos artistas plásticos Maurício Castro, Paulo do Amparo, Greg e Clara Moreira. Este ano, o livro entrou na lista dos dez melhores quadrinhos publicados no Brasil, segundo o Prêmio Grampo 2020, conferido por jornalistas e críticos especializados no segmento literário. Polinização tem 87 páginas e é a primeira graphic novel do jornalista e crítico de arte Júlio Cavani (roteiro) e de seu pai, o artista plástico Cavani Rosas (desenhos). O projeto foi construído ao longo de uma década e traz, em quase duzentos quadrinhos desenhados e escritos a bico de pena, temáticas como liberdade individual, legalização de substâncias consideradas ilícitas, respeito às culturas de povos tradicionais, repressão política e policial, entre outras questões. Por tradição, o Prêmio HQ Mix presta homenagem a um personagem brasileiro de história em quadrinho, com o Troféu do Ano. Na edição 2020, quem recebe a homenagem é Radical Chic, criada pelo cartunista carioca Miguel Paiva.

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Instituto Ricardo Brennand reabre nesta sexta-feira (2)

Fechado desde 14 de março devido a pandemia do covid-19, o Instituto Ricardo Brennand, na Várzea, Zona Oeste do Recife, reabrirá suas portas aos visitantes e turistas nesta sexta-feira (2/10). Inicialmente, a visitação será reduzida funcionando apenas de sexta a domingo, das 13h às 17h, com a última entrada acontecendo até às 16h30. Além disso, o museu terá sua capacidade de visitantes reduzida em 1/3 em cada dependência (Pinacoteca, Galeria, Museu de Armas) e contará com um circuito para direcionar o público no percurso pelas exposições, com sinalização no piso e placas indicativas. Outra mudança é quanto a compra dos ingressos, que acontecerá pelo site do IRB (www.institutoricardobrennand.org.br) e também na bilheteria apenas por meio de cartão de crédito ou débito. Quanto aos agendamentos de visitas em grupos, estes estarão suspensos temporariamente. Em paralelo ao funcionamento presencial do Instituto Ricardo Brennand, seguirão acontecendo - de forma on line várias atividades para o público. O uso da máscara será obrigatório por parte do colaboradores do IRB e do público visitante e também haverão outras normas implantadas: ✔ Um informativo sobre reabertura e as normas dos protocolos de segurança serão disponibilizados no site do Instituto Ricardo Brennand e nas redes sociais, além de placas e cartazes distribuídos pelos espaços físicos do museu. ✔ Será realizada aferição de temperatura dos colaboradores e com o público na chegada ao IRB; ✔ Totens com dispenser de álcool em gel e tapetes sanitizantes serão colocados em vários espaços do museu; ✔ Será limitado o número de pessoas nos ambientes, principalmente nos espaços fechados, de modo a respeitar o distanciamento de 1,5m e a capacidade em cada espaço interno simultaneamente; ✔ Será suspenso, temporariamente, o acesso aos guarda-volumes e a venda de áudio-guia; Serviço: Reabertura do Instituto Ricardo Brennand Data: Sexta-feira (2 de Outubro) Horário: das 13h às 17h. Endereço: Alameda Antônio Brennand, s/n - Várzea. Ingressos: Inteira - R$ 32,00 / Meia - R$ 16,00 * Crianças até 07 anos, mediante apresentação de documentação a entrada é gratuita. **Compra pelo site www.institutoricardobrennand.org.br ou na bilheteria (com cartão de crédito ou débito). Mais informações: (21) 2121.0365

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Museus da Prefeitura do Recife reabrem hoje (1º)

A partir de hoje, os museus geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, reabrem portas e retomam atividades presenciais, em cumprimento à determinação do Plano de Convivência com a Covid-19 do Governo de Pernambuco, após cinco meses de atendimento ao público interrompido pela pandemia. Devolvendo à população a possibilidade de viver sua cultura e sua história de perto, para procurar respostas sobre o porvir no âmago do que é produzido e elaborado por meio da arte, o Museu da Cidade, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) e o Museu Murillo La Greca prepararam esquemas e horários de atendimento especiais, com novos e mais rigorosos protocolos de controle de acesso do público. No Paço do Frevo, primeiro museu público de todo o estado a retomar atividades presenciais, desde o último dia 10 de setembro, o novo normal já sedimentou. Expedientes e capacidade de atendimento ao público foram reduzidas, a partir da suspensão de eventos presenciais, da sinalização do prédio com marcação de distanciamento social e da redução de áreas de circulação nos espaços expositivos. Entre as medidas adotadas para garantir a segurança sanitária das instalações, estão ainda a disposição de totens de álcool em gel, o uso obrigatório de máscaras e a medição da temperatura dos visitantes na entrada, além da venda de ingressos online para acesso ao museu, que agora abre de quinta a domingo. "Desde nossa abertura, temos nos deparado com uma volta gradual do público, que tem colaborado muitíssimo com todos os protocolos. Os visitantes têm vindo de máscara, têm permitido que sua temperatura seja aferida, além de estarem cumprindo os protocolos relativos ao percurso e distanciamento, dispostos em todo o prédio por meio de nossa 'sinalização brincante', que traz elementos da cultura carnavalesca para reforçar o cuidado com a vida, nosso maior patrimônio", disse Nicole Costa, gerente geral do Paço do Frevo, equipamento cultural da Prefeitura do Recife, gerido pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão. O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal. Está funcionando de 10h às 16h na quinta e na sexta-feira e das 11h às 17h no sábado e no domingo. Ingressos custam R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia) e podem ser adquiridos no próprio museu ou pela internet, no site http://www.pacodofrevo.org.br/. Museu da Cidade Adotando todos os cuidados necessários para prevenção da disseminação do coronavírus, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento, o Museu da Cidade receberá o público de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h nesta fase de reabertura. Já o atendimento presencial no Setor de Pesquisa será de terça a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 16h. A programação em cartaz é a exposição Cinco Pontas, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco. A mostra reúne achados arqueológicos, pinturas e documentos ainda inéditos para o público, que comprovam a importância do Forte das Cinco Pontas em diversos momentos históricos da capital pernambucana. O Museu da Cidade fica no Bairro de São José. Tem entrada gratuita. MAMAM Centro de referência da produção moderna e contemporânea das artes visuais nordestina e brasileira, o Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM) também volta a receber o público com horário reduzido. Neste primeiro momento de retomada, os expedientes de visitação serão de quinta a domingo, das 12h as 16h. Só será permitido o acesso com máscara. Para reforçar os protocolos de higiene, o museu firmou uma parceria com a Compesa para instalação de um lavabo no pátio do equipamento. O MAMAM fica na Rua da Aurora, 265, Boa Vista. O acesso é gratuito. Murillo La Greca O La Greca receberá o público de terça a sexta, das 9 às 17h, com a exposição “O que não é desenho?". A mostra de longa duração é focada nos desenhos produzidos por La Greca, patrono do museu, reunindo 50 trabalhos do artista pertencentes ao acervo geral, formado por mais de 1400 desenhos. A sala de exposição só pode ser visitada por, no máximo, 4 pessoas simultaneamente, para assegurar o distanciamento social que ainda se faz necessário. O Museu Murillo La Greca está localizado na Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim. A entrada é gratuita e visitas guiadas podem ser agendadas pelos telefones 33553126/3129.

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Suplemento Pernambuco representará o Brasil em bienal internacional

Pernambuco, o jornal literário publicado pela Companhia Editora de Pernambuco desde 2007, será um dos representantes brasileiros na 7ª edição da Bienal Ibero-americana de Design (BID-2020) em Madri, na Espanha. O suplemento, de periodicidade mensal, concorre à premiação na categoria Design gráfico e comunicação visual. Além disso, por ter sido selecionado, estará incluído no catálogo da Bienal e na exposição (física e on-line), que ficará em cartaz de 23 de novembro até fim de janeiro de 2021. “Inscrevemos o projeto gráfico do suplemento Pernambuco referente ao ano de 2019, são todas as edições publicadas de janeiro a dezembro”, informa a designer do jornal literário Hana Luzia. Organizada pela área de Cultura e Esportes da Prefeitura de Madri e pela Fundação de Design de Madri (Dimad), a BID é considerada o evento mais importante de design ibero-americano e expõe os melhores projetos desenvolvidos na América Latina, Espanha e Portugal. “Participar da Bienal é muito significativo, é a validação e o reconhecimento do nosso trabalho”, sublinha Hana Luzia. De acordo com ela, o suplemento Pernambuco se destaca no País pelas capas e ilustrações que produz. Em dezembro de 2019, o jornal literário da Cepe recebeu três prêmios na 9ª edição do Brasil Design Awards, realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign). É a maior e mais importante premiação de design nacional. “Agora, pela primeira vez, fomos selecionados para uma exposição internacional e poderemos sair premiados”, afirma. O design, diz ela, é tão importante no livro ou no jornal quanto o texto. “São produtos individuais, mas um não existe sem o outro”, observa Hana Luzia. Ao participar da Bienal, acrescenta, o suplemento cultural vai dar mais visibilidade ao trabalho realizado por designers pernambucanos e poderá, inclusive, atrair autores estrangeiros para serem publicados pela Cepe. “Lançamos em 2020 o primeiro livro estrangeiro traduzido pelo Selo Suplemento Pernambuco, Art Queer do Fracasso, ensaio do norte-americano Jack Halberstam”, informa. A semana de lançamento da Bienal Ibero-americana de Design ocorrerá de 23 a 27 de novembro. A exposição, que se estenderá até o fim de janeiro de 2021, será realizada na Central de Design, instalado no Matadero Madri, um espaço de promoção e difusão do designer. A equipe do suplemento selecionada para a Bienal é formada por todos os designers - profissionais e estagiários, fixos e colaboradores - que fizeram o jornal em 2019 ou que participaram da criação do projeto gráfico atual. São eles: Eduardo Azerêdo, Filipe Aca, Hana Luzia, Janio Santos, Karina Freitas, Luísa Vasconcelos, Luiz Arrais, Maria Júlia Moreira e Ricardo Melo. Compõe o júri da BID-2020 Paola Antonelli e Anna Burckhardt (USA), os irmãos Campana, Fernando e Humberto Campana (Brasil), Stiven Kerestegian (Chile/Suecia), Ti Chang (USA), Marisa Gallén (Espanha), Chaz Maviyane-Davies (USA), Marina Willer (Brasil/Inglaterra) e Danielle Lafaurie (Colombia). No Brasil, o Dia do Designer Gráfico é celebrado em 5 de novembro, data do aniversário de nascimento do pernambucano Aloísio Magalhães, um dos mais importantes designers do País.

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Crítica literária: O poeta e o seu ofício

*Paulo Caldas A edição (bilíngue) de "O poeta e seu ofício", de Paulo de Carvalho, traz sentimentos e emoções de um bardo inquieto a surfar no dorso de versos consistentes marolados por ondas "existenciais, metafísicas, por vezes autoanalíticos", conforme a ótica do poeta gaúcho Paulo Rocha. A obra abriga no prefácio letras amistosas escritas pela professora Virgínia Leal que destaca: "a lágrima que prendo entre os lábios traz a fumaça etérea que só meus dedos sôfregos sabem esperar para debulhar, ansiosos, palavras à espera de algum poema de amor e dor". De Guayaquil (Equador), a poeta Dioselina Sanchez Mendonza cede olhares gentis e destaca luzes nos versos de Paulo de Carvalho "és como la salída del sol sobre la noche, lá luz sobre la oscuridad". Paulo de Carvalho é poeta poeta, servo da saga, militante inseparável do ofício e de perene apego à verve que cultiva: "mesmo assim dorme com a alma foragida nos desvãos... fazendo e carregando cruzes na sua própria e intransferível solidão”. O livro, que vem com o selo da 8 de Março Gráfica e Editora, tem a diagramação e revisão de Carlos Lima e fotos de Rafael Furtado, pode ser adquirido pelo e-mail paulo.carvalho.natuba@gmail.com. *Paulo Caldas é escritor

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Fundaj e Correios lançam selo postal de Clarice Lispector

Clarice Lispector (1920—2020) escreveu diversas cartas. Parte delas dedicada às irmãs, no período em que passou distante do Brasil junto ao esposo diplomata. Quarenta e três anos após sua morte, a escritora será homenageada com um selo comemorativo pelo primeiro centenário do seu nascimento. A iniciativa dos Correios será lançada, no Recife, nesta quarta-feira (30), às 17h, em parceria com a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A cerimônia virtual estará disponível no canal da Instituição no YouTube (link: https://bit.ly/366643N). Para a honraria, apenas duas capitais brasileiras foram escolhidas para o lançamento: o Recife e o Rio de Janeiro — lugares onde morou Clarice Lispector. “Não é a primeira homenagem à escritora que integramos. Em abril, dedicamos 18 horas de programação a ela, a ‘cidadã do mundo’. Essa parceria reflete o empenho desta Casa com a literatura, a memória e Clarice. Inúmeros são nossos projetos para manter viva sua memória de menina, que viveu e foi feliz no Recife até os 14 anos”, comemorou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. A cerimônia de obliteração do selo comemorativo será realizada pelo presidente da Fundaj e o superintendente dos Correios em Pernambuco, Ademar Morais. Na sequência, a programação do lançamento, em Pernambuco, contará com palestra da antropóloga e escritora Fátima Quintas, detentora da cadeira 31 da Academia Pernambucana de Letras, e recital de trechos da obra de Clarice, em vídeos da atriz Maria Fernanda Cândido e Beth Goulart, do escritor norte-americano Benjamin Moser, dentre outros. “Lançar um selo em homenagem à Clarice Lispector faz jus a uma das mais importantes escritoras que nascida na Ucrânia, mudou para o Brasil com pouco mais de um ano. Ela soube, com maestria, tratar das questões da alma. A história do selo postal brasileiro jamais estaria completa sem um selo em sua homenagem. E ficamos felizes com uma peça tão bonita, que expressa a vitalidade de Clarice, ainda mais pela arte ter sido criação de sua neta”, disse o superintendente dos Correios Ademar Morais. “Particularmente para minha mãe, Clarice Lispector, que morou quase 20 anos no exterior, a correspondência com amigos, família e editores foi fundamental na sua formação profissional e sua afetividade. Assim, a criação de um selo no ano do seu centenário é uma homenagem justa e muito representativa”, afirma Paulo Valente, filho da escritora. Não por acaso, a artista e neta Mariana Valente assina a arte. Ao todo, 900 mil selos serão produzidos e estarão disponíveis nas principais agências do País, com valor de R$ 2,05 a unidade, e na loja online dos Correios (link: bit.ly/3kOF5xS). Palestra Só em 1985, a antropóloga e escritora Fátima Quintas começou a leitura da autora de Perto do Coração Selvagem (1943). Ela lamenta não tê-la conhecido em vida, sobretudo pessoalmente, mas é tida com uma das especialistas em Clarice Lispector e mantém um grupo de estudo sobre sua obra em parceria com a Academia Pernambucana de Letras, onde ocupa a cadeira 31. Após o lançamento do selo, o público será brindado com a palestra da antropóloga, que promete abordar a biografia e estética literária de Clarice. “Para se entender um escritor ou qualquer pessoa, é preciso contextualizá-la no tempo e em um pouco da sua história. Com Clarice não é diferente”, explica Fátima, ao lembrar a trajetória de migrante da homenageada, que nasceu na Ucrânia, mas foi trazida ao Brasil com aproximados dois anos de idade. Em solo latino, residiu nos estados de Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro. Mais tarde, após casar com um diplomata, morou na Itália, Suíça e Inglaterra. “A inconstância do espaço é uma variável muito importante na vida dela. No mínimo, a levou a muitas reflexões.” Na sua exposição, Fátima Quintas mencionará, também, conceitos como ‘um naufrágio na introspecção’, do filósofo Benedito Nunes, além da estrutura fragmentada e monologal da obra clariciana. Outro momento será o paralelo entre a autora e sua personagem Macabéa, de A Hora da Estrela (1977), lançado pouco antes de sua morte. “O meu foco é a narrativa singular de Clarice, única e corajosa. A escrita dela é agônica, pois ela vivia sempre se questionando entre a vida e a morte. Macabéa é, para mim, este personagem representativo da própria Clarice”, finaliza. Serviço Lançamento de selo pelo centenário de Clarice Lispector Data: 30 de setembro de 2020 Horário: 17h Transmissão no YouTube da Fundaj

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Orquestra Criança Cidadã realiza estreia de peças compostas pelos alunos

Fechando a série de recitais online do mês de setembro, a Orquestra Criança Cidadã apresenta, na próxima quarta-feira (30), às 20h, o concerto "Jovens Compositores da OCC" – gravado na Caixa Cultural Recife. O recital, que irá ao ar no canal da OCC no Youtube, representa um marco na história da orquestra e também em projetos sociais ligados à música, no país. Isso porque será a primeira vez que serão tocadas peças criadas pelos próprios alunos, com alguns deles participando da execução. Os músicos que submeteram composições para o recital, nascidas nas aulas das turmas Avançado 2 e Avançado 3, participaram coletivamente do processo de criação e desenvolvimento das obras, que aconteceu sob coordenação do professor de Teoria Musical do Núcleo do Coque, Manassés Bispo. Uma curiosidade é que alguns dos títulos das peças são piadas internas dos próprios colegas. Sobre a experiência, o professor Manassés diz que "as turmas do [nível] avançado têm poucos alunos. A instrumentação, portanto, adequou-se a cada turma; trabalhei com o que tinha. Geralmente, trabalha-se em quarteto vocal em aulas de Harmonia. Então, na oficina de composição que realizei com os alunos durante a pandemia, segui a mesma lógica do quarteto vocal, mas com o propósito de os alunos desenvolverem a criatividade e se envolverem na atividade. Como dizia [o compositor] Hans-Joachim Koellreutter (1915-2005), música se faz fazendo. Daí, pensei: por que não fazer dos exercícios pequenas peças? Os alunos toparam e se engajaram na proposta”. São as composições desta atividade que estarão presentes no repertório deste próximo concerto. O programa contará com seis peças, algumas inspiradas em ritmos populares: o terceiro movimento de “Gestos e suas variações”, Maracatu, de Júlia Paulino; a “Suíte sem fim” (II. Baião e III. Frevo), de David Stefesson; “Açúcar com Sal”, (em dois movimentos, I. Valsa e II. Baião), de Jamesson Batista; “Não sei, Professor!”, de Joyce Anne Sotero; “Tributo a Pedrinho, o...”, de Pedro Martins, e, por fim, “A noite”, de Wagner Braga. O concerto contará com a presença dos violinistas Júlia Paulino, Pedro Martins e Joyce Anne Sotero; do violista Cícero Júnior; da contrabaixista Maria Eduarda Cavalcanti; dos oboístas David Stefesson, Wagner Braga e Rhillary Vitória; do trompista Lucas William e do fagotista Jamesson Batista. Aluno de violino na Turma do Avançado 2, Pedro Martins, 16 anos, explica como se deu o processo para a composição de sua peça: "Entrei na OCC no começo do ano de 2012 e comecei a compor recentemente. Eu adoro as sinfonias de Tchaikovsky, Mozart e algumas peças de Jean Sibelius, mas, normalmente, não me inspiro em ninguém. Gosto de fazer tudo do meu jeitinho, do jeito que vem à minha cabeça. Como comecei a compor há pouco tempo, fiz apenas uma música, com a ajuda do professor Manassés Bispo, nas aulas de Harmonia. Ele ensinava, explicava tudo, e deixava a gente à vontade pra fazer do jeito que achávamos melhor. Foi difícil, mas, no fim, saiu. As peças que escrevemos ficaram lindas e assim pudemos gravar na Caixa Cultural Recife." O violinista também faz questão de ressaltar a importância da OCC em sua vida pessoal: “A orquestra me ajuda em todos os aspectos. Entrei na OCC muito novo, ainda criança, e lá aprendi boa parte de tudo que sei hoje, seja relacionado à música, seja à vida. Boa parte do cidadão que sou e que estou me tornando é graças à Orquestra. Só queria agradecer ao projeto por tudo o que fez por mim e que continua fazendo. Hoje vejo a OCC como uma segunda casa, onde tenho uma enorme família, e como uma escola da vida, que nos torna cada vez mais pessoas melhores e nos prepara profissionalmente para o futuro”. Os concertos online foram uma das formas que a Caixa e a OCC encontraram para que o público possa continuar acompanhando as apresentações dos alunos do projeto enquanto presencialmente não é possível. A Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque é um projeto social realizado pela Associação Beneficente Criança Cidadã, incentivado pelo Ministério do Turismo, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, e que conta com patrocínio máster da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal. SERVIÇO [MÚSICA] Recital online – Jovens Compositores da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque Local: Canal da Orquestra Criança Cidadã no YouTube (https://www.youtube.com/orquestracriancacidada) Data: 30 de setembro de 2020 (quarta-feira) Horário: 20h Duração: 15 minutos Classificação: Livre

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Vida e obra de Josué de Castro em pauta na Fundaj

Em vida, o escritor, político e cientista social Josué de Castro ficou conhecido como uma das maiores autoridades mundiais a tratar sobre o tema da fome. Autor de clássicos como o estudo "Geografia da Fome" e o romance "Homens e Caranguejos", o autor influenciou as produções iniciais das bandas Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. Apontando para essa relação e para a contemporaneidade da obra do ativista pernambucano, o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), junto ao Pibic Ensino Médio da Fundaj, promove a Live “Josué de Castro e os Caranguejos com Cérebros”. Na ocasião, o pesquisador da Fundaj, Túlio Velho Barreto, falará sobre o assunto e debaterá, também, com o urbanista e analista em Ciência e Tecnologia da Fundaj, Cristiano Borba. A transmissão de vídeo será por meio do canal do multiHlab (Laboratório Multiusuários em Ciências Humanas e suas Tecnologias) da Fundaj no YouTube, no próximo dia 29, às 16h. A atividade é direcionada para os alunos do Ensino Médio que são bolsistas do Pibic, e também é aberta ao público geral. “O multiHlab do ProfSocio da Fundaj está presente nas atividades desenvolvidas com os bolsistas do Pibic Ensino Médio e trabalha com a equipe o uso das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação em práticas pedagógicas para o ensino de Humanidades na escola. Mais uma vez, a parceria se faz presente na realização desta Live, também convidando o público à conhecer as produções em vídeo do laboratório, todas disponíveis para acesso livre no Canal multiHlab”, afirmou a coordenadora do multiHlab e pesquisadora da Fundaj, Viviane Toraci. Em seus primeiros álbuns, Chico Science e Fred Zeroquatro comphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam músicas que se tornaram clássicos como "Da Lama ao Caos" de Science, e "Cidade Estuário" de Zeroquatro. Produções essas que foram influenciadas pelo prefácio do romance "Homens e Caranguejos" de Josué de Castro. “Foi na chamada ‘cena mangue’ pernambucana que a obra de Josué de Castro reapareceu e ganhou novamente destaque. Isso aconteceu antes dele ter suas obras reeditadas e de ser resgatado para o grande público, após o anúncio do programa Fome Zero, em 2003”, afirmou o pesquisador Túlio Velho Barreto. Comparando o prefácio do referido romance, o texto manifesto "Caranguejos com Cérebros" de Zeroquatro, e as letras dos primeiros álbuns de Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, o pesquisador mostrará como e em que medida se deu as influências do autor nas produções. Ele mostrará que a obra de Josué de Castro e as letras dos "mangueboys" falam da questão da fome não como um fenômeno natural, mas como resultado das enormes desigualdades sociais e econômicas e da ausência de políticas públicas. Sobre o Pibic Ensino Médio da Fundaj O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Ensino Médio da Fundação Joaquim Nabuco é coordenado pela analista em Ciência e Tecnologia Ana Abranches. Tendo o apoio do MultiHlab/ProfSocio, o programa existe na Fundaj desde 2016 e já contemplou 22 bolsistas estudantes de escola pública. Desde o ano passado é desenvolvido em parceria com a Escola de Referência Cândido Duarte, localizada em Apipucos. Atualmente, o programa conta com a participação de seis pesquisadores e analistas em Ciência e Tecnologia das três diretorias da Fundaj. O multiHlab e o Sociolab são laboratórios do ProfSocio que são parceiros do Pibic. Eles trabalham com produção de mini-documentário com os bolsistas, uso de tablets, formulários eletrônicos para realização de surveys na escola e produção de materiais de divulgação científica. Serviço: Live “Josué de Castro e os Caranguejos com Cérebros” Data: 29 de setembro de 2020 Hora: 16h Plataforma: canal do multiHlab no YouTube (https://bit.ly/2FZZm4p)

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10 fotos do Bairro da Madalena Antigamente

Com o seu tradicional mercado e com casarões históricos, o bairro da Madalena é o destaque da coluna Pernambuco Antigamente de hoje. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundaj, "as terras do bairro da Madalena pertenceram originalmente a Jerônimo de Albuquerque, como parte da doação feita por seu cunhado Duarte Coelho. (...) O bairro foi no passado uma das melhores zonas produtoras de açúcar." Clique nas imagens para ampliar. . Bairro da Madalena, em 1880 (Acervo Benício Dias, Fundaj) . Mercado da Madalena (Acervo Benício Dias, Fundaj) . Casarões na Madalena   Madalena, em Cartão Postal datado de 30-12-1905   Sítio Amorim, na Madalena, Hermann Kummler, em 1888 (Atual Rua Benfica. Vista no sentido da atual Praça do Internacional (antes localidade conhecida como Viveiro) para a Praça da Bandeira. Ao fundo vê-se o casarão em estilo mourisco, onde funcionou a Pensão Landy, Nº 286. Descrições da Página Recife de Antigamente) . . Clube Internacional do Recife (Descrição do IBGE: O Clube Regatas Ultramarino foi fruto da iniciativa de Antônio João d’Amorim, Barão de Casa Forte. A primeira reunião deliberativa do Regatas Ultramarino aconteceu no dia 17 de julho de 1885, no primeiro andar de um sobrado colonial existente no Largo do Corpo Santo, Bairro portuário da cidade maurícia. No mesmo ano, a Agremiação passou a ser nomeada Clube Internacional de Regatas, uma vez que dela faziam parte pessoas de diversas nacionalidades. Com o tempo, o Clube abriu espaço para outras atividades como os saraus dançantes, bailes festivos e jogos de cartas. Em 1889, a sua denominação mudou para Clube Internacional do Recife, porém, a prática esportiva continuou a fazer parte de suas atividades. A partir de 1914, a Agremiação passou a funcionar em um edifício na Rua da Aurora, na década de 1930, o Prédio foi adquirido pela Prefeitura do Recife que nele instalou o governo municipal. Em 1937 foi comprado o Solar do Benfica, no Bairro da Madalena, onde até hoje funciona a sede do Clube. Ainda na década de 1930, a Assembleia Legislativa do Estado declarou o Clube de utilidade pública.) . Jardim do Clube Internacional do Recife . Ponte da Madalena (Villa Digital, Josebias Bandeira) . Av. Caxangá, 1969 - Bairro da Madalena (Da Página Recife de Antigamente) . Sobrado Grande da Madalena. (Casa do Conselheiro João Alfredo., Atual Museu da Abolição. Rua Benfica 1.150, início da Av.Caxangá. IPHAN, da Página Recife de Antigamente) . *Por Rafael Dantas, repórter da Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)

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"Queridos rivais" conta a história da aliança PMDB-PFL, analisada 25 anos depois

Em 1985, após vinte anos de polarização, Arena e MDB apararam arestas e se uniram em torno de um objetivo: pactuar uma saída institucional do regime militar e assegurar a redemocratização do País. Quase uma década depois haveria uma nova aproximação entre os partidos rivais, dessa vez em Pernambuco, onde caciques do PMDB e do PFL vislumbraram a chance tomar o comando do Estado das mãos do PSB do governador Miguel Arraes, e ainda montar uma estratégia que garantisse a longevidade no poder. Antes de mais nada, era preciso oferecer uma justificativa plausível para essa guinada política ao eleitor pernambucano, testemunha de duríssimos embates entre os dois lados, e acostumado a tomar partido de um deles. O argumento da aliança baseada no desenvolvimentismo caiu como uma luva, em um Estado carente em diversas áreas, mas, acima de tudo, na economia. Consolidavam-se ali as bases da União por Pernambuco, brindando os ex-rivais com mais de uma década de poder. O período em que governaram juntos e afinados, sob a liderança inabalável do peemedebista Jarbas Vasconcelos, só seria interrompido em 2006 pelo neto de Arraes, Eduardo Campos, que “cobrou a fatura” ao derrotar os aliados e eleger-se governador. Como repórter da editoria de política do Jornal do Commercio, Sérgio Montenegro acompanhou o processo de costuras da aliança desde o início, relatando o primeiro encontro público entre o então governador Joaquim Francisco, líder maior do PFL, e o prefeito do Recife à época, Jarbas Vasconcelos, chefe do PMDB. “Quando recebi a informação sobre o acordo em curso, duvidei imediatamente. Acostumado a cobrir intermináveis confrontos entre PFL e PMDB, jamais teria imaginado a possibilidade. Eram a esquerda e a direita, óleo e água. Ainda por cima em Pernambuco, onde acirramento político é regra. Mas a fonte da informação era sólida, e decidi investigar”, conta Sérgio Montenegro, acrescentando que foi preciso vencer antes o ceticismo dos editores e colegas de redação diante daquela “pauta improvável”. Algumas semanas depois, de fato, o repórter testemunhava pessoalmente o almoço promovido pelo então deputado federal pefelista José Mendonça, em sua fazenda na cidade de Belo Jardim, em torno dos dois caciques partidários. Estava deflagrado o processo da inacreditável aliança e, de quebra, garantido um histórico furo de reportagem para o JC. “Pouco tempo depois, pefelistas e peemedebistas já dividiam o mesmo palanque e o mesmo discurso, sobre a necessidade de conquistar o poder no Estado para soerguê-lo economicamente. O que terminaria acontecendo em poucos anos”, acrescenta o autor. Prefaciado pelo cientista político Túlio Velho Barreto, da Fundação Joaquim Nabuco, e apresentado pelo ex-diretor de redação do Jornal do Commercio, Ivanildo Sampaio, o livro Queridos Rivais registra os bastidores dessa história, 25 anos depois do seu pontapé inicial. E analisa a trajetória dos seus personagens sob a maturidade que só o tempo concede. Sobre o autor: Sérgio Montenegro é jornalista e consultor de estratégias em comunicação, pós-graduado em História Política e mestrando em Comunicação Política. Atua no jornalismo de batente há mais de três décadas, tendo exercido os cargos de repórter, colunista, articulista e editor, a maior parte no Jornal do Commercio, com passagens também pelo Diario de Pernambuco e Rádio CBN. É autor do livro Um político da cidade antiga, e coautor dos livros Na Trilha do Golpe – 1964 revisitado e A Nova República, visões da redemocratização. Sobre o livro: Queridos Rivais foi produzido com apoio cultural da Companhia Editora de Pernambuco (CEPE), a partir da pesquisa realizada pelo autor durante a pós-graduação em História e Jornalismo, na Unicap. A obra está à venda nas livrarias de Pernambuco e também pelo site da Amazon (amazon.com.br)

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