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A pandemia e as eleições 2020 (por Túlio Velho Barreto)

Como consequência da atual pandemia provocada pelo novo coronavírus, as eleições municipais de 2020 no Brasil tornaram-se as mais imprevisíveis desde a redemocratização de meados dos anos 1980. Em condições normais, a essa altura de um ano eleitoral, e de seu calendário, os partidos e as coligações partidárias já teriam definido os candidatos a prefeito, inclusive as próprias convenções já teriam sido realizadas. Assim como, teríamos mais pesquisas de intenção de votos a servir de ponto de partida para nossas análises. Mas, com a pandemia em curso sem ter alcançado sequer o pico no Brasil, e sem muitas certezas de quando isso poderá ocorrer, do ponto de vista das eleições municipais, estas ficaram, estão e tenderão a ficar mesmo fora de foco também no segundo semestre. Com efeito, o acompanhamento dos desdobramentos da pandemia tem ocupado o noticiário nacional e local, em função do seu alcance e impacto. E, assim como os governos federal e estadual, o poder municipal tem sido chamado a se posicionar e a tomar medidas concretas no combate à pandemia, contribuindo para uma dispersão de iniciativas sempre ligadas às eleições em anos de disputas ainda no primeiro semestre. E tem mesmo contribuído para desviar o foco dos temas que costumam estar presentes em eleições municipais, como problemas relacionados à oferta universal e de boa qualidade de serviços básicos à população. Por outro lado, se não bastasse uma crise sanitária sem precedentes, atravessamos desde 2016, pelo menos, as maiores crises política e institucional dessa atual quadra democrática, estando a própria democracia, inclusive, ameaçada, colocada em xeque, sobretudo após a posse de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão em 2019. Evidentemente, tivemos outras relevantes crises políticas, mesmo nesse período que se convencionou a chamar de 'Nova República', até porque tais crises são recorrentes no País. Mas nunca houve tanto questionamentos e ameaças aos poderes Legislativo, nesse caso o Congresso Nacional, e Judiciário, em particular à sua instância máxima, o Supremo Tribunal Federal, e aos políticos e ministros, que os comandam, respectivamente. Foi nesse contexto, portanto, de forte crise sanitária e de crises política e institucional, e dos inúmeros e graves problemas resultantes do comportamento e das iniciativas do governo federal, que as eleições municipais foram jogadas para o segundo ou até mesmo o terceiro plano. E uma das consequências mais palpáveis foi a decisão de adiar as eleições para novembro deste ano, como medida prudente e necessária para atender ao distanciamento social em tempos de pandemia. Tal medida contraria, inclusive, o comportamento e a forma de encarar a pandemia do próprio presidente da República, que a ignora e não tem respeitado as recomendações da OMS e do próprio Ministério da Saúde quanto ao uso de máscara e ao distanciamento social. Algo que tem colocado a maior parte dos atuais governadores e prefeitos contra o presidente, o que poderá ter efeitos nas disputas municipais deste ano, dependendo do que ocorrer até novembro em termos de óbitos, por exemplo, provocados pelo novo coronavírus. Tal cenário tenderá fazer com que haja a federalização dos debates eleitorais, contrapondo aqueles que apoiam a gestão de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão aos que têm se oposto a ela, em particular nesses aspectos, ou seja, aqueles que envolvem a pandemia. Sobretudo nas grandes cidades, o que inclui as capitais e municípios de regiões metropolitanas, as eleições podem se tornar plebiscitárias: contra ou favor do governo federal, quer dizer, de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. Outro aspecto a observar é quanto à possibilidade de haver um crescimento na abstenção em relação às eleições passadas. De fato, dependendo de como for organizada a votação, o que inclui a distribuição dos dias de votação e dos eleitores nesses dias, entre outras medidas, pode, sim, haver uma maior abstenção. Muitos poderão ficar com receio de comparecer às urnas. E sabemos que o ônus do não comparecimento é baixo, em termos dos custos, mas também porque uma eventual ausência será mais do que nunca justificável dependendo do cenário imposto pela continuidade ou não da crise sanitária. A continuidade da crise sanitária deverá afetar igualmente a campanha eleitoral. E por razões óbvias. Não se poderá fazer o uso do contato pessoal com o eleitor, quer seja no tradicional corpo a corpo ou em reuniões presenciais. A campanha deverá, então, migrar mesmo para os espaços virtuais, propiciados pelo uso mais intensivo das redes sociais, por meio da internet. A crise sanitária já tem feito das redes sociais e a internet praticamente os únicos meios para que as pessoas se comuniquem, qualquer que seja a área em que atuam, com todas as restrições que isso tem implicado, pois, no Brasil, há um enorme abismo, uma enorme desigualdade quanto ao seu acesso e uso. O dinheiro para o financiamento das campanhas também deverá estar mais curto em função da crise econômica resultado da crise sanitária, o que implicará em menos recursos para a propaganda eleitoral obrigatória no rádio e na televisão. Mas, talvez, se poupe na confecção mais tímida dos chamados 'santinhos'. Pode ser que o seu uso seja mais intenso nos dias das eleições. Mas, aí, já há mesmo mais restrições para a sua distribuição, segundo a legislação eleitoral vigente. Assim, tal fato tenderá a contribuir para que os partidos e os candidatos usem mais as redes sociais, em particular, e a internet, de modo geral, para fazer as suas campanhas. Nos municípios menores isso talvez não seja tão efetivo, porque o uso e o acesso a essas tecnologias são mais limitados. Finalmente, a essa altura, e pelas razões expostas até aqui, ou seja, o pouco debate eleitoral, o distanciamento social entre os candidatos e os eleitores, as crises em curso, é necessário reconhecer que está sendo igualmente mais difícil apontar cenários mais precisos quanto ao tipo de candidato que será favorecido até a realização das eleições: se o candidato que possa representar uma novidade na disputa ou se aquele que se beneficiará do ‘recall’, isto é, que se beneficiará por já ser conhecido de outras disputas eleitorais. E mais: ainda devemos levar

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Pernambuco segue entre os líderes no ranking da transparência

Em nova rodada do Índice de Transparência da Covid-19 versão 2.0, elaborada pela Open Knowledge Brasil (OKBR) com a colaboração da comunidade técnica e acadêmica, que dobrou os indicadores de abertura de dados analisados, Pernambuco continua em destaque em transparência na divulgação de informações sobre o enfrentamento à Covid-19. A décima edição do levantamento, a primeira com a nova metodologia, reitera a eficiência do Estado na divulgação dos números, e o coloca no segundo lugar da lista, com 92 pontos, no patamar de “alto nível”. Apenas 5 entes, entre eles Pernambuco, divulgam base de dados com as notificações completas. De acordo com a OKBR, a informação é essencial para compreender a dimensão da pandemia no país. A organização ainda ressalta que metade do país ainda está no escuro com relação ao total de casos suspeitos de Covid-19 que foram notificados no sistema de saúde. OKBR - A Open Knowledge Brasil, também conhecida como Rede pelo Conhecimento Livre, é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos e apartidária que atua no país desde 2013. Desenvolve e incentiva o uso de tecnologias cívicas e de dados abertos, realiza análises de políticas públicas e promove o conhecimento livre para tornar a relação entre governo e sociedade mais transparente e participativa. (Do Governo de Pernambuco)

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Olinda receberá R$ 5 milhões para obras do canal Bultrins-Fragoso

Olinda, em Pernambuco receberá R$ 5 milhões para as obras de retificação e revestimento de trecho do canal Bultrins-Fragoso. O município é um dos 39 beneficiados com o repasse de R$ 30,7 milhões autorizado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) para ações de saneamento básico em 17 estados brasileiros. O planejamento da Prefeitura de Olinda visa ainda a construção de uma nova pista para os veículos, além de uma ciclovia bem às margens do Bultrins-Fragoso. O trecho do canal Bultrins-Fragoso, que é de responsabilidade do município, vai da Avenida Chico Science, nos Butlrins, até a Marcolino Botelho, em Casa Caiada. Com a conclusão, será sanando o problema antigo de escoamento de água da chuva nos bairros dos Bultrins, Jardim Fragoso, Bairro Novo e Casa Caiada. O projeto prevê o alargamento em até 12 metros, com mais três de profundidade e, mesmo com o serviço estruturador em andamento, a Prefeitura de Olinda tem mantido a limpeza e drenagem no trecho de 800 metros do canal. Essa ação faz parte dos trabalhos da Operação Inverno, que tem como objetivo minimizar os transtornos causados durante o período mais chuvoso. A obra vai beneficiar também a mobilidade para quem chega ou precisa sair da cidade. Esse trabalho tem sido monitorado constantemente pelo gestor municipal, Professor Lupércio. “Além do Governo Federal, temos o apoio do Estado em toda obra do canal do Fragoso. É um trabalho conjunto que vai beneficiar a população da cidade e estamos acompanhando de perto a evolução”, disse. Do total de recursos investidos nessa ação nacional do Ministério do Desenvolvimento Regional, a maior parte foi destinada às regiões Nordeste (R$ 15,8 milhões) e Norte (R$ 6,5 milhões), que possuem os índices mais baixos de cobertura dos serviços de água e esgoto. Os valores serão investidos em obras de abastecimento, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais e saneamento integrado, além de estudos e projetos para o setor. A responsabilidade pelas intervenções é dos estados e municípios contemplados e os pagamentos são realizados de acordo com a execução dos serviços. “Estamos mantendo o aporte em obras importantes e que vão trazer melhores condições de vida à população brasileira. Com esses recursos e a garantia de continuidade dos serviços, também conseguimos assegurar a oferta de empregos nesse momento de pandemia”, ressalta o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. (Com informações do Ministério do Desenvolvimento Regional e da Prefeitura de Olinda)

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Nova etapa de reabertura: jogos de futebol são liberados a partir do dia 19

Do Governo de Pernambuco O Gabinete de Enfrentamento à Covid-19, após avaliação dos dados de saúde, liberou a realização, sem público, de jogos de futebol em todo o estado a partir do dia 19 deste mês. No dia 20, ficará liberado o funcionamento de serviços de alimentação, com horário reduzido, permanecendo fechados das 20h às 06h, e academias de ginástica, com novos protocolos, na Macrorregião de Saúde I. A medida alcança os municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul. Em acordo firmado com a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), ficou definido que as duas partidas finais do Campeonato Estadual serão realizadas na Arena de Pernambuco. A partir da próxima segunda-feira (13), a Macrorregião de Saúde II, que engloba os municípios do Agreste, que estavam na Etapa 2 do Plano de Convivência com a Covid-19, avançam para a Etapa 4. O que permitirá o funcionamento das lojas de varejo de rua, os salões de beleza e estética, comércio de veículos, incluindo serviço de aluguel e vistoria, com 50% da carga, construção civil com 100% do efetivo e shoppings centers com atendimento presencial. As cidades das Macrorregiões III e IV, que compreendem o Sertão pernambucano, permanecem ainda nesta mesma fase. Os dados de saúde desses municípios, no momento, não permitem o avanço dessa região no Plano. A avaliação feita pelo Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 de Pernambuco é contínua e leva em consideração indicadores de saúde, como o número de casos registrados, de óbitos, pressão sobre a rede hospitalar, entre outros fatores que contribuem para o planejamento de combate à pandemia. Essa análise permitirá, caso necessário, a implantação de medidas restritivas específicas e a possibilidade de recuo das regiões na retomada das atividades econômicas.

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9 fotos de Olinda há quase 100 anos

A cidade de Olinda é o destaque de hoje da coluna Pernambuco Antigamente. As fotos tem quase 100 anos e foram publicadas na Revista da Cidade, nas edições que circularam no Estado entre 1926 e 1929. As imagens das praias são o principal destaque dos cliques da revista, que era bastante focada na vida social dos pernambucanos. . . . . . . . . *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Empresários da construção civil estão otimistas com retomada do setor

A mais recente edição do Índice de Confiança da Construção, da Fundação Getúlio Vargas, aponta que a confiança do setor da construção civil voltou a subir em junho, ao avançar 9,1 pontos, para 77,1 pontos. A alta é decorrente da melhora das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. Em Pernambuco, a construção civil retomou as atividades no mês passado após dois meses e meio de atividades suspensas, por conta do decreto do governo do estado. O empresário Ricardo Albuquerque, que é dono da Attiva Engenharia, acredita que o setor irá se recuperar rapidamente. “Acredito na retomada em uma velocidade semelhante à da queda. Isso porque a construção civil já vinha crescendo bastante entre o final do ano passado e o início deste ano. A nossa empresa atua no ramo imobiliário e de manutenção e, apesar das dificuldades, houve um incremento no número de contratos”, explica. Em 2019, a construção civil avançou 1,6%, puxado principalmente pelo setor de edificações imobiliárias. Foi o primeiro ano positivo depois de cinco anos no vermelho. “A construção sempre foi decisiva e impactante nos resultados econômicos do país, porque é o motor que rege a economia brasileira. Como é um setor que impacta outras áreas do ramo industrial e comercial, a construção tem capilaridade suficiente pra sair mais rápido da crise”, complementa Ricardo. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção segue este mesmo raciocínio, tanto que acredita que o acesso ao crédito auxiliar disponibilizado pelo governo federal, para as pequenas e médias empresas, ainda que não tenha alcançado e suprido todas as necessidades, foi uma forma de fazer com que este motor continuasse funcionando, mesmo com a diminuição ou paralisação da geração de caixa.

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Em maio, 13,3% das pessoas ocupadas exerceram teletrabalho

Da Agência Brasil Em maio, o teletrabalho foi exercido por 13,3% das pessoas ocupadas no Brasil, o equivalente a 8,7 milhões de trabalhadores, segundo o estudo que teve como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado consta na nota técnica Teletrabalho na pandemia: efetivo versus potencial, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse percentual é menor do que o potencial de teletrabalho projetado anteriormente pelos pesquisadores do Ipea e do IBGE, que estimaram que o trabalho exercido de forma remota poderia ser possível para 22,7% das ocupações no Brasil, o equivalente a 20,8 milhões de pessoas. Em maio, 84,4 milhões de pessoas estavam ocupadas. Dessas, 19 milhões, 22,5%, estavam afastadas de suas atividades, sendo que 15,7 milhões de pessoas responderam que estavam afastadas do trabalho devido ao distanciamento social, o que corresponde a 82,9% dos afastamentos. “Assim, 65,4 milhões de indivíduos exerciam suas atividades laborais em maio no país – 13,3% (8,7 milhões) das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho estavam exercendo suas atividades de forma remota ao longo de maio de 2020”, diz a nota técnica. Desigualdade regional Assim como no estudo anterior, há uma elevada desigualdade nos resultados por entes federativos, com o Distrito Federal apresentando a maior proporção de trabalhadores exercendo suas atividades de forma remota (25%). Por outro lado, no Mato Grosso, somente 4,5% das pessoas ocupadas estavam efetivamente em trabalho remoto em maio. Segundo a pesquisa, a região com a maior quantidade de trabalhadores efetivamente atuando de forma remota é a Sudeste, com 5,1 milhões de pessoas, o que representa 17,2% do total de empregados na região. Esse montante representa 59% do total de ocupados remotos. Em contrapartida, na Região Norte, apenas 7,1% (326 mil) das pessoas ocupadas exerciam suas atividades de maneira remota. Em quantidade de pessoas, 3,1 milhões (36%) dos trabalhadores em teletrabalho estão no estado de São Paulo; 1,2 milhão (13,6%), no Rio de Janeiro; e 685 mil (7,9%), em Minas Gerais. “Comparando com o potencial de teletrabalho calculado anteriormente, o Piauí, que apresentara o menor percentual de teletrabalho potencial, é, pela PNAD Covid-19 de maio, o sétimo estado com maior percentual de pessoas ocupadas exercendo suas atividades de forma remota. Ao mesmo tempo, Santa Catarina, estado que era o quarto maior potencial de teletrabalho, foi o 19º no percentual de ocupados efetivamente trabalhando remotamente”, mostra a pesquisa. Gênero, raça e escolaridade O estudo aponta que 10,3% dos homens empregados estavam trabalhando remotamente, ao mesmo tempo que 17,9% das mulheres ocupadas exerciam seu trabalho de forma remota. Considerando apenas as pessoas que trabalhavam remotamente, 46,4% eram homens e 53,6% eram mulheres. “Ao segmentar por cor/raça, tem-se que 63,7% dos ocupados em atividade remota são brancos, enquanto 34,3% são pardos ou pretos”, aponta o Ipea. Segundo a pesquisa, conforme sugerido no estudo anterior, que apontava que ocupações exercidas por profissionais mais escolarizados teriam um maior potencial de serem realizadas via teletrabalho, a PNAD Covid-19 mostra que 38,3% (6,3 milhões) das pessoas ocupadas com nível superior completo estavam trabalhando de forma remota, o que representa 72,8% do total de pessoas em teletrabalho. Em contrapartida, 0,8% e 1,9% das pessoas empregadas exercendo suas atividades remotamente não têm instrução e têm o ensino fundamental completo e/ou médio incompleto, respectivamente.

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Covid-19: casos semanais crescem e mortes oscilam, avalia ministério

O Ministério da Saúde atualizou hoje (8) o relatório sobre a evolução da pandemia do novo coronavírus no país. De acordo com a pasta, a evolução mostrou uma subida na curva de casos confirmados e uma estabilização na curva de mortes em decorrência da Covid-19. Se consideradas as semanas epidemiológicas, o total de óbitos no Brasil passou de 7.094 na penúltima semana (26ª) para 7.195 na última semana (27ª). “Os números têm se mostrado relativamente constantes, com variações para cima ou para baixo”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros. No mesmo período, o número de pessoas infectadas subiu de 246.088 para 263.377. O aumento de uma semana para a outra foi de 7%. A variação foi menor do que a registrada (13%) da 25ª para a 26ª semana epidemiológica e também da variação (22%) da 24ª para a 25ª. Em números absolutos, o Brasil é o 2º país em números de mortes e casos confirmados, atrás dos Estados Unidos. Já quando considerada a população, o país fica em 10º na incidência por milhão de habitantes e em 12º na mortalidade por milhão de habitantes. Regiões Na análise da evolução da pandemia por regiões, tomando como referência a semana epidemiológica número 27, as trajetórias variam. A Região Norte teve redução de 5% no número de mortes e de 15% no número de casos. Já a Região Nordeste manteve o nível de óbitos mas teve incremento de 15% no número de pessoas infectadas em 15%. No Sudeste do país, ambos os casos oscilaram 1%. As principais altas foram registradas no Sul e no Centro-Oeste. A Região Sul teve crescimento de 36% nos casos confirmados e 27% no número de óbitos. Já no Centro-Oeste, a elevação do número de pessoas infectadas foi de 18%, e de mortes foi de 22%. Do total de municípios no país, 96,4% (5.371 municípios) já registraram casos de covid-19. A doença já provocou mortes em 51% dos municípios do país (2.840).

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Crítica| Adú (Netflix)

Em meio às dificuldades enfrentadas por refugiados em diversas partes do mundo, inclusive aqui no Brasil, o debate sobre o tema se torna cada vez mais necessário, não importa em qual canal, inclusive na sétima arte. No intuito de aquecer esse debate, chega à Netflix o filme espanhol Adú, que tem como protagonista um garoto africano e sua difícil jornada até a Espanha. Na história, Adú (Moustapha Oumarou) e a irmã, Alika (Zayiddiya Dissou), são obrigados a fugir da vila onde moravam, no extremo norte da África, após testemunharem o assassinato de um elefante por caçadores de marfim. Sua mãe é morta e agora terão de ir à Espanha ao encontro do pai. No caminho, Adú encontrará um fiel parceiro, o jovem Massar (Adam Nourou).     No entanto, a jornada de Adú não é a única do filme. Além do conflito enfrentado pelo personagem central, temos também outros dois. O do guarda civil, Mateo (Álvaro Cervantes), que é acusado junto com outros oficiais pela morte de um imigrante e o de Gonzalo (Luis Tosar), um agente florestal que enfrenta problemas de relacionamento com a filha Sandra (Anna Castillo). O grande problema de Adú é o excesso de tramas, que tira o foco e enfraquece o arco principal. Seria até justificável se, na conclusão, essas histórias se conectassem, interligando todos os arcos e amarrando bem o roteiro. No fim, esse encontro acontece, mas de forma forçada, apenas para justificar a grande salada de tramas.   Inspirado em histórias reais Adú é dirigido pelo experiente diretor espanhol, Salvador Calvo. O cineasta contou em entrevista ao SensaCine, um portal espanhol de notícias sobre cinema e séries, que se inspirou em pessoas que conheceu quando foi voluntário da CEAR (Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados). Histórias como a do próprio Massar, um adolescente da Somália, que sofria abusos do tio.

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Pesquisa: presença feminina na política promove queda na mortalidade

Da Agência Brasil Em municípios com prefeitas mulheres, a taxa de mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade é menor do que em locais onde os mandatários são do gênero masculino. O destaque é de um estudo publicado na revista Health Affairs, de autoria de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre 2000 e 2015, a taxa, calculada a cada 1 mil nascidos vivos, caiu de 25,1% para 13,6%, em 3.167 municípios analisados. Como critério de delimitação dos municípios, escolheram-se aqueles que apresentavam menos de 10% de dados faltantes. No período avaliado, a participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%. Para o mesmo intervalo, também observou-se a cobertura dos programas Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, capazes de gerar mais proteção social. A variação foi, respectivamente, de 9,6% para 15,3% e de 25,2% para 54,7%, no âmbito municipal. Acrescentando ao cruzamento dos dados dos programas, os pesquisadores associam, ainda, a presença de mulheres no Poder Legislativo à melhora no índice de mortalidade. Para tanto, foram consideradas deputadas estaduais e deputadas federais, excluindo-se senadoras, e a conclusão também foi de que um fator influi no outro. "O fato de se ter uma mulher eleita como prefeita estava associado a uma redução significativa de mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade, de 0,027 pontos percentuais. Além disso, o fato de se ter uma parcela de mulheres na legislatura estadual, de 20% ou mais, estava associado a uma diminuição de 0,038 pontos percentuais. E, ainda, um crescimento na parcela de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados, de 0-9% para 10-19% ou para 20% ou mais, estava associado a uma queda na mortalidade infantil de 0,038 pontos percentuais", escrevem. O artigo ressalta, entre outros apontamentos, que "a relação entre o empoderamento de mulheres na política e saúde infantil envolve, provavelmente, caminhos distintos daqueles avaliados", mas que o percurso abarca aprimoramentos no acesso à educação e a recursos e participação no mercado de trabalho. Outra colocação feita é de que a atuação de lideranças políticas do gênero feminino também contribuem para diminuir índices como mortalidade materna, gravidez precoce, casamento infantil e para expandir a cobertura vacinal. Perfil de prefeitas brasileiras De acordo com levantamento feito pelo Instituto Alziras, que leva em conta as eleições de 2016, as prefeitas brasileiras governam para populações de municípios de menor porte - 91% delas venceram o pleito em municípios com até 50 mil habitantes - e que dispõem de orçamento mais restrito. Apesar de mais escolarizadas do que os homens e de ter experiência prévia com atividades políticas, as mulheres ocupam somente 12% das prefeituras de todo o país. As regiões onde têm mais espaço são Nordeste (16%) e Norte (15%). No Sul ocupam apenas 7% dos assentos, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste a proporção é de 9% e 13%. No caso das mulheres negras, a chance de conquistar um lugar é ainda menor. Somente 3% das prefeituras são comandadas por mulheres pretas ou pardas. A atenção voltada para a saúde e a educação é um elemento revelado pelo instituto, que informa que as políticas em ambas as áreas foram marcadas como prioridade por 85% das prefeitas ouvidas pela entidade. Para 32% delas, a assistência social é outro setor que merece um olhar mais cuidadoso.

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