Arquivos Z_Exclusivas - Página 51 De 363 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bonito atrai novos investimentos

A Construtora Baptista Leal, com mais de 24 anos de atuação no Grande Recife, aposta no crescimento da região Agreste e lança na cidade de Bonito, o Residencial Eco Bonito. O empreendimento oferece lotes a partir de 180 m² localizados em uma área verde com mais de 50 mil m² e estrutura completa de lazer, incluindo parque aquático, e acesso pela entrada principal da cidade. A construtora aposta no clima e riqueza natural da região que tem atraído cada vez mais visitantes . . . Faculdade Nova Roma faz evento gratuito de Direito Imobiliário Bruno Xavier, professor de Direito do Civil da Faculdade Nova Roma estará realizando nesta sexta (14/05, às 19h) um evento virtual para debater o Registro Imobiliário e como funciona a regularização de propriedade de imóveis. O encontro contará com a participação de Jussara Maia, do 1° Ofício de Registro de Imóveis de Olinda e Priscila Melo, 1º Ofício de Notas e Registro de Imóveis, Títulos e documentos e Pessoas Jurídicas de Olinda - Cartório Carlos Marinho. Para se inscrever o interessado deve fazer a inscrição pelo perfil no instagram @fnovaroma.

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Pernambuco vai retomar vacinação de grávidas e puérperas com vacina da Pfizer

Da Secretaria Estadual de Saúde de PE Pernambuco vai descentralizar a imunização de gestantes e puérperas contra a Covid-19 com a vacina da Pfizer/BioNTech para o interior, totalizando quatro polos macrorregionais no Estado. O imunizante será destinado às gestantes e puérperas, com e sem comorbidades. Essa foi uma decisão tomada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) e pelos gestores municipais durante a reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), além de contar com o aval do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19. Neste primeiro momento, a vacinação será ofertada no Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes, para as cidades da Região Metropolitana e Zona da Mata; Caruaru, para o Agreste; e Serra Talhada e Petrolina, para o Sertão. O Programa Estadual de Imunização está organizando um plano operativo para informar para qual polo irá a mulher de cada município. Além disso, está sendo verificado com Recife, Jaboatão e Olinda quantas das 46,8 mil doses da Pfizer, entregues ao Estado na última segunda (10/05), estão disponíveis para fazer a divisão para as macrorregionais. A expectativa é que o imunizante seja distribuído já na próxima sexta (14/05). A depender da demanda, a vacina também poderá ser destinada ao público com comorbidades, ou pessoas com deficiência cadastradas no BPC. "A vacinação para este grupo de gestantes e puérperas é segura com a vacina da Pfizer. Então, tanto o Comitê Técnico quanto a CIB decidiram pela continuidade do processo de vacinação em Pernambuco. Nós estamos organizando uma rede nos municípios sede de Regionais, inclusive no interior do Estado, para que esse processo de vacinação das gestantes e puérperas possa ter continuidade já a partir deste final de semana, com a distribuição da Pfizer de forma mais capilarizada para esses municípios atenderem essas mulheres perto de onde elas residem. Essa rede solidária do Sistema Único de Saúde será criada para garantir a continuidade segura do processo de vacinação das mulheres gestantes e puérperas de Pernambuco", reforçou o secretário estadual de Saúde, André Longo. Durante a CIB, foi informado que, posteriormente, será feito o acerto de contas para que os municípios do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes sejam compensados pelas doses que foram disponibilizadas. Além disso, essa vacinação será utilizada como piloto para uma possível expansão para outras cidades caso haja a disponibilidade de mais doses da Pfizer e condições logísticas e técnicas para essa oferta. Durante a reunião do Comitê Técnico Estadual e da CIB, ainda foi citada a suspensão da vacinação das grávidas e puérperas com a vacina da Astrazeneca/Fiocruz. O Estado continua no aguardo das orientações do Ministério da Saúde (MS), principalmente em como se dará a finalização do esquema vacinal daquelas mulheres que já fizeram a primeira dose. O secretário André Longo tranquilizou aquelas mulheres que fizeram a primeira dose com a Astrazeneca e frisou que os efeitos colaterais descritos até o momento são raros. "Nós aguardamos uma posição, o mais rápido possível, do Ministério da Saúde para poder fazer um comunicado para garantir o esquema vacinal dessas mulheres gestantes e puérperas", disse. COMORBIDADES - A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) ainda informa que a vacinação no grupo de comorbidades e pessoas com deficiência cadastrada no BPC passa a ser feita na faixa etária a partir dos 50 anos em todo o Estado. A mudança também passou por pactuação em CIB.

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Sandra Mattos: "Estamos doentes, numa escala muito maior do que a Covid-19."

As pressões sobre a saúde pública brasileira são muito maiores que o novo coronavírus. Essa é a análise da médica Sandra Mattos, diretora da Unidadade de Cardiologia Materno-Fetal no Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco e pesquisadora do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA/UFPE). Além dos milhões de pacientes que o SUS atende atualmente, as perspectivas para o Pós-Pandemia são de tratar também uma parcela significativa da população com sequelas da doença e de uma multidão de doentes crônicos que adiaram tratamentos e exames entre 2020 e 2021. . Temos um sistema de saúde bastante pressionado pela pandemia, mas que já tinha uma demanda muito elevada antes da Covid-19. Há uma expectativa que cresça em muito o número de pacientes crônicos pós-pandemia, a partir de sequelas da doença, entre outros fatores. O sistema de saúde deve fazer para enfrentar também essas consequências da pandemia? É verdade. Estamos vivendo um momento complexo onde questões relacionadas à saúde física, mental, político-econômica e psicossocial das pessoas se entrelaçam e constituem um grande desafio para a continuidade dos atuais sistemas de saúde, em todas as sociedades. Naquelas, como a nossa, onde já existia uma fragilidade prévia, os efeitos são e serão ainda maiores. A pandemia trouxe uma nova demanda para os setores públicos e privados, que já limitados, precisaram focar no “aqui e agora” da Covid-19, limitando ainda mais capacidade sua de lidar com outras necessidades. Soma-se a isto o medo da doença, que levou e ainda leva muitos pacientes a não procurarem os serviços de saúde numa fase inicial dos sintomas (de outras doenças) pelo medo da contaminação. O isolamento social, as incertezas em relação ao futuro, o impacto econômico da diminuição ou até ausência do trabalho, as notícias tristes de perdas, além de inúmeras informações apocalípticas divulgadas nas mídias sociais, diuturnamente, agravam sobremaneira a saúde mental das pessoas. E como se tudo isso não bastasse, aqueles que “governam”, desgovernam mais do que tudo, com informações conflitantes que misturam ciência com política com interesses muitas vezes escusos, dando margem e até incitando a discórdia entre as pessoas e induzindo à falta de credibilidade nos pesquisadores e profissionais de saúde, que deveriam conduzir o processo durante e após a pandemia. Em resumo: Estamos doentes, numa escala muito maior do que a Covid-19. Como enfrentaremos as consequências da pandemia dependerá prioritariamente de como orquestraremos a resposta à condução do processo. Se (uma parte de mim ainda espera dizer “quando”) políticos realizarem as orientações dos cientistas da saúde, se/“quando” as pessoas respeitarem as normas estabelecidas, se/“quando” aporte financeiro chegar às mãos daqueles de verdadeiramente tratam os pacientes e daqueles que verdadeiramente pesquisam e monitoram a pandemia e outras demandas da saúde: se ou quando esse momento chegar, controlaremos a pandemia e nos prepararemos melhor para os próximos desafios. Infelizmente, se continuarmos no rumo atual, continuaremos com os resultados semelhantes. Que lições da pandemia podemos tomar para o Sistema de Saúde? Há algum legado desse período que a Sra destacaria? Muitas, acima de tudo a pandemia nos mostra a necessidade de orquestramos melhor as respostas do sistema de Saúde, dando e respeitando as reponsabilidades para os especialistas de cada setor. Acredito que a pandemia evidenciou ainda outras fragilidades em relação à nossa relação como seres humanos, com nós mesmos e com a realidade à nossa volta. Os valores estabelecidos ao longo de muito tempo estão sendo questionados. A inter-relação entre todos os membros do planeta está sendo evidenciada. Essa é uma oportunidade para uma grande aprendizagem. Se entendermos melhor o sentido das nossas atitudes diante de nós mesmos e do planeta e nos modificarmos, teremos a chance de um futuro melhor. Caso contrário, a pandemia só terá trazido sofrimento e tristeza sem que nada de bom floresça após o seu término. Para que tenhamos um sistema de saúde mais qualificado no médio e no longo prazo, que medidas ou diretrizes estratégicas a Sra considera que devem ser tomadas? Planejamento, divisão de responsabilidades, respeito. O SUS é um sistema extremamente bem desenhado e com um potencial enorme de beneficiar a população – o que acontece muito bem em alguns setores, ao exemplo das nossas campanhas de vacinação. Mas no meio de uma pandemia, ter esse sistema e “não ter vacinas” demonstra a falta de empoderamento do sistema. Precisamos usar o LEGOS: Liderar, Empoderando Grupos para Otimizar Soluções. Temos visto na Pandemia muitas experiências de uso de novas tecnologias na saúde. Desde a gestão dos sistemas de saúde, medidas simples como um agendamento da vacina pelo celular, até no próprio atendimento, como várias experiências de novos equipamentos de suporte aos hospitais, como no caso dos respiradores desenvolvidos pela USP, com Tecnologia nacional e muito mais baratos. Como as inovações tecnológicas podem contribuir de forma mais efetiva nesse esforço em prol da saúde pública? Sim, novas tecnologias podem ajudar. Redes de telemedicina, tecnologias portáteis disponíveis em todos os pontos do País. Muitas medidas simples podem ser implementadas para obter resultados em grande escala. Assim como pesquisas inovadoras podem esclarecer detalhes importantes sobre as novas doenças e apontar caminhos para enfrentá-las mais eficazmente. O Brasil é muito rico em sua capacidade intelectual e inovadora. Mas precisamos empoderar os líderes e executores de projetos e disseminar as condições de desenvolvimento de trabalhos inovadores para diversas partes do País. Precisamos valorizar o currículo dos profissionais que se propõem a dar respostas a um determinado problema independente de em que local do País se encontram. Precisamos trabalhar por resultados e não por processos. Precisamos de agilidade: pesquisas inovadoras não podem esperar longos períodos para terem verba liberada, tornando-se obsoletas antes mesmo de começarem. Precisamos de “maestros” e “músicos” que se entendam e que decidam tocar uma mesma partitura, em uníssono. Precisamos somar esforços. Precisamos parar de brigar ou de querer mostrar que somos uns melhores que os outros. Precisamos aprender a trabalhar em equipe em todas as esferas. Precisamos educar, respeitar, valorizar pesquisadores e executores e confiar a eles os trabalhos de enfrentamento da pandemia Covid-19 e de tantos outros crescentes desafios da

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"A medicina buscará a junção de conhecimentos de saúde populacional e big-data"

Mais tecnologia na saúde. Essa é a perspectiva de Antônio Carlos Figueira para o setor avançar nos próximos anos. O diretor-presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde conversou com o repórter Rafael Dantas para a matéria de capa desta semana da Revista Algomais. Publicamos hoje na íntegra as análises e perspectivas do médico, que é especialista em administração hospitalar e membro da Academia Pernambucana de Medicina. Como as novas tecnologias devem influenciar o serviço de atendimento a saúde nos próximos anos? Quais as principais tendências? Os serviços de saúde serão cada vez mais influenciados pela experiência do usuário. O atendimento deve ser norteado por um binômio que seja capaz de trazer, ao mesmo tempo, a necessidade da individualização no atendimento e, com a mesma representatividade, a busca em escala por padronizações na prestação de serviço garantindo, além de qualidade e segurança, uma melhor eficiência, seja do ponto de vista assistencial, bem como sustentável. Tendo oscilado entre uma “arte”, originalmente, e um processo “tecnocrático”, no seu desenvolvimento, a medicina buscará, fortemente, a junção de conhecimentos de saúde populacional e big-data. Cada vez mais a necessidade de acumular dados sobre variáveis clínicas e epidemiológicas, gerarão algoritmos ainda mais precisos para lidar com o indivíduo. Será a busca do “eu” analisando o “todo”. E essa personalização se fará necessária, tendo em vista a crescente visão do usuário dos sistemas de saúde como consumidores e que, como tal, buscarão, sempre, aliar conceitos como presteza no atendimento, agilidade no processo e garantia de qualidade do serviço recebido. O atendimento de saúde nos próximos anos, notadamente nas áreas de oncologia, cardiologia e saúde mental deverá buscar, de forma incessante, coleta, armazenamento e interpretação dos indicadores gerados e adequação das propostas terapêuticas prevendo a melhor conduta para cada paciente. As tecnologias usadas ou criadas durante a Pandemia ficam como um legado para os sistemas de saúde? O que você destacaria como principais inovações ou aprendizados tecnológicos dessa Pandemia para o nosso sistema de saúde? Todo processo de mudança, programado ou não, é capaz de deixar um legado. As preocupações com mecanismos de barreira para propagar transmissão de patógenos, embora sempre tenham feito parte do arsenal preventivo e terapêutico dentro da nossa sociedade, nunca antes tornaram-se tão necessárias para provocar a diminuição da propagação da epidemia. Redesenhos de fluxos assistenciais, desenvolvimento de gestores de biossegurança, o uso mais corriqueiro de barreiras físicas de proteção individual, além de soluções e agentes capazes de diminuir o risco de infecção por agentes bacterianos e virais sofreram um grande avanço nesse último ano e, dessa forma, agregarão benefícios permanentes na prevenção e tratamento de tantas outras doenças infecto-contagiosas no futuro. Os atendimentos médicos e de outras especialidades da saúde remotos vieram para ficar? Quais as principais vantagens dessa modalidade e qual deve ser o espaço dela no pós-pandemia? É inegável que a Pandemia trouxe mudanças para as relações sociais e profissionais, e, naturalmente, para os sistemas de saúde que perdurarão por muitas gerações a frente. As tecnologias de tele-saúde e tele-atendimento que, até outrora, momentos antes da Pandemia, ainda estavam sob julgamento das entidades e conselhos de classe profissional de saúde, mostraram-se indispensáveis, não apenas durante essa grave crise sanitária mas também se provam importantes em uma tentativa de oferta muito mais ampla na prestação de serviços de saúde. Os tele-atendimentos potencializam os limitados recursos humanos em saúde, permitem alcançar públicos remotos ou que não poderiam se deslocar aos centros médicos e, em última análise, agregam eficiência ao sistema. Aliados a learning machines capazes de entender padrões e criar algoritmos assistenciais e terapêuticos potencializam o raciocínio clínico aumentando tanto a especificidade quanto a sensibilidade da consulta. Porém, urge investimento em plataformas seguras, que respeitem o necessário sigilo das informações de saúde do paciente, porém que, anonimamente, ainda, sejam capazes de alimentar sistemas de inteligência artificial, retroalimentando a cadeia de informações/diagnóstico e tratamento/informações.

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"O Recife precisa saber que o hub consular existe"

Isabella de Roldão é a primeira mulher eleita a ocupar o cargo de vice-prefeita do Recife e tem levado para campo político discussões sobre as dificuldades enfrentadas pela população feminina. Ela tem afirmado que a busca de soluções para a desigualdade de gênero passa, necessariamente, pela visibilização e valorização da chamada economia do cuidado. Isabella também tem se aproximado dos consulados presentes no Recife, cujo número só perde para São Paulo. Nesta conversa com Cláudia Santos, a vice-prefeita detalha as ações em prol de uma maior participação das mulheres no mercado de trabalho e as negociações com o hub consular para consolidar iniciativas de cooperação em diversas áreas. Como a senhora analisa a participação das mulheres na política brasileira e, especialmente, em Pernambuco? A avaliação que faço é um caminho crescente. A participação é ainda aquém do esperado, da potência de quantidade existente de mulheres com mentes pensantes, brilhantes, inquietas. Acredito que temos potencial para expandir mas os impedimentos da vida doméstica e pessoal para a vida profissional – na política, principalmente – são gritantes. A dificuldade a gente sente na pele quando ousa dizer sim à vida pública. E, nesse processo, vemos como é difícil, mesmo, para as mulheres terem esse espaço porque não nos é permitido. Até pelo horário de compromissos, das exigências que são feitos para o universo masculino. A senhora poderia detalhar melhor porque existem tão poucas mulheres na política? Eu tenho trazido muito à tona a temática da economia do cuidado que é uma coisa que a gente precisa descortinar. Para se compreender o que é a economia do cuidado, vou dar um exemplo: por que na Europa as pessoas não decidem casar tão cedo? Às vezes moram juntos, se separam, mas ninguém tem essa ansiedade, essa relação de namoros longos, noivar, casar e, logo depois, os filhos. A vida a dois, a vida doméstica é compartilhada. Ainda que as dificuldades que as mulheres europeias enfrentam, em tese, sejam muitos similares em decorrência da gestação, do parto e da amamentação, há uma parceria com o marido. No Brasil, especificamente no Nordeste, as exigências são grandes: você começa a namorar, perguntam logo quando você vai ficar noiva, aí quando você noiva, perguntam: “vai casar quando?” Quando você casa: “Vai ter filho quando? E quando é que vem o segundo? Ah! vieram dois meninos, e não vai tentar um terceiro pra ver se vem uma menina?” Então, é sempre muita exigência e eu tenho uma tese: essa exigência existe porque o cuidado doméstico está restrito à mulher. O ônus recai sobre a gente; é a tal história: “quem pariu Mateus que o embale.” A economia do cuidado é invisibilizada, ninguém discute as mais de 70 horas semanais que uma mulher em período de amamentação passa exclusivamente com o bebê no peito. Não estou aqui contando hora de botar para arrotar, de trocar fralda, de dar banho, de botar para dormir. Durante o período de aleitamento materno, preconizado pela OMS de seis meses, são mais de 650 horas só exclusivamente no peito. Fora essa mulher fazer comida e, quando volta a trabalhar, assumir os trabalhos fora e dentro de casa. A economia do cuidado precisa inicialmente ser materializada, ser identificada e ser, acima de tudo, monetizada. Uma mulher que casa e faz a opção junto com o marido de ficar mais em casa com o trabalho doméstico do que com o trabalho externo, quando há uma briga conjugal sobre dinheiro, a primeira coisa que o homem faz é bater no peito e dizer: “quem paga as contas sou eu, quem sustenta a casa sou eu e você tem que comprar o que eu quero e fazer o que eu mando”. Ou seja: nada do que essa mulher faz na casa é contabilizado. Aí eu pergunto a você: como é que a gente vai dizer para mais mulheres entrarem na política se o ônus desse cuidado continua sobre as nossas costas? Há um desafio para nós, mulheres: precisamos aprender a enxergar o nosso limite. Uma coisa básica: eu preciso fazer depilação. Homem não se depila e, no universo político, trabalha-se de segunda a segunda, de 6 horas da manhã até a meia-noite, se for preciso. E a gente precisa dizer: espera aí, mas eu tenho o meu tempo, eu preciso fazer a minha depilação, preciso ficar com meu filho, ter meu tempo de descanso e não entrar nesse embalo que masculiniza. E acho que até para os homens é ruim também porque robotiza. Temos necessidade de comer e dormir, descansar, amar, ler um livro, um dolce far niente, um ócio produtivo. A gente precisa dizer: eu sou um trator trabalhando mas preciso do meu tempo. Diante dessa realidade, quais as suas propostas para ajudar a reverter essa situação? Há um dado gritante: 42% das mulheres em idade produtiva estão fora do mercado de trabalho por causa desses cuidados domésticos que são tão restritos a esse ser mulher. Por isso, normatizou-se contratar homens – porque as mulheres engravidam – e se convencionou que as mulheres devem ficar em casa. O importante é falar, é trazer à tona essas questões. Esse espaço que ocupo hoje, democraticamente escolhido numa chapa construída a muitas mãos, é um espaço de abrir caminhos, de reafirmação para as meninas e para as mulheres de que, de fato, a gente pode seguir adiante mesmo com as dificuldades. Temos construído algumas coisas que são frutos dessas provocações. Por exemplo, você deve saber que embora tenhamos o nosso Porto Digital super mega equipado e visionário, enxergado pelo mundo todo como referência, temos, porém, um déficit de mulheres na área de TI. Apenas 15% de mulheres ocupam os espaços de tecnologia. Então, estamos estabelecendo parcerias junto com consulados para capacitarmos as mulheres para a área de TI, se for do desejo e da habilidade delas, contanto que a gente diga: isso não é um espaço só para homem, é para quem quiser. Um exemplo concreto de uma política pública que já foi sancionada, já é lei, é o Crédito Popular, que prioritariamente

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Prefeitura de Sertânia lança edital de seleção simplificada

Têm início hoje (10) as inscrições para a seleção simplificada da Secretaria Municipal de Saúde de Sertânia para atender as necessidades de funcionamento das unidades e dos programas ligados à pasta. O Edital do Processo Seletivo Simplificado nº 02/2021 prevê a contratação de 23 profissionais de nível superior de diversas especialidades (ampla concorrência e pessoa com deficiência). As inscrições podem ser feitas até o dia 25 deste mês. Serão contratados profissionais de várias especialidades: Educadores Físicos, Psicopedagogia Clínica e Médicos nas áreas de Anestesiologia, Clínica Geral, Ortopedia, Pediatra e Psiquiatra. A s inscrições ocorrerão de forma online através do e-mail: selecaosaude@sertania.pe.gov.br. Para se inscrever na seleção, o candidato deverá enviar o currículo com a ficha de inscrição para este e-mail juntamente com os documentos exigidos no edital. Todas as informações sobre os cargos, quantidade de vagas, carga horária, lista de documentos, bem como os anexos da ficha de inscrição e modelo do currículo padrão estão disponíveis no edital, no site da Prefeitura www.sertania.pe.gov.br, na ABA Editais. A seleção será feita em etapa única: análise curricular, de títulos e experiência profissional, de caráter classificatório e eliminatório. O Processo Seletivo Simplificado terá validade de 12 meses, a contar da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período. . . IEL-PE está com vagas abertas para estágio com atuação em diversas áreas O Instituto Euvaldo Lodi de Pernambuco (IEL-PE) oferta 35 vagas de estágio para os níveis médio e superior, sendo 16 para atuação na Região Metropolitana do Recife, 16 em Caruaru, no Agreste, e 3 em Petrolina, no Sertão. As vagas são para as áreas de Administração, Design Gráfico, Marketing, Pedagogia, Engenharia Química e Civil, bem como para Técnico em Refrigeração, Mecânica e em Química. De acordo com a gestora do IEL-PE, Juliana Nogueira, as vagas são atualizadas diariamente e, por isso, recomenda que o estudante esteja sempre atento às oportunidades. “Além de ficar antenado nas vagas, ele precisa saber também que os dados precisam ser, constantemente, atualizados em nosso site para que a convocação de seleção chegue até ao candidato e a contratação seja mais efetiva”, aconselha. Para concorrer a uma das oportunidades, o interessado deve realizar seu cadastro através do link http://ielpe.org.br/ . As bolsas chegam até R$ 1.100 mil. . . Mais trabalho na construção Apesar da baixa geração de empregos, conforme dados divulgados essa semana no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Rio Ave - referência em imóveis de alto padrão - está com boas perspectivas. A construtora pernambucana tem conseguido manter os atuais contratados e tem planos de gerar novos postos de trabalho, até final do ano. A expectativa é incrementar o quadro de pessoal em 40% para tocar as obras atuais e executar os novos projetos, previstos até o final do ano. Atualmente, estão sendo erguidos três residenciais em Boa Viagem. Do residencial Terraço Jaqueira, que acaba de ser lançado na Zona Norte, a Rio Ave já vendeu 65% das unidades.

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Fósseis de animais de mais de 100 milhões de anos são encontrados no Nordeste

Por Petra Pastl / Ascom da UFPE Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade Regional do Cariri (Urca) publicaram, em março deste ano (2021), artigo na revista Scientific Reports, do Grupo Nature, que aponta a mortalidade em massa de larvas de um inseto aquático, registrada na unidade geológica Formação Crato, no Ceará, entre 113 e 125 milhões de anos atrás, durante o período geológico Cretáceo Inferior. Segundo os estudiosos, embora a região seja rica em fósseis, “encontrar acumulações de 40 indivíduos da mesma espécie é muito raro, daí a relevância da descoberta”. A publicação científica “Mass mortality events of autochthonous faunas in a Lower Cretaceous Gondwanan Lagerstätte” sugere que os insetos sofreram mortalidade em massa após um estresse climático severo, como calor intenso e evaporação do espelho d'água em que viviam, por exemplo, por ser muito raso, aumentando a salinidade do local. A partir de estudo mais detalhado desses fósseis também foi possível deduzir quais as condições ambientais da época em que os animais viveram no paleolago que existia no local. Produzido por Arianny Storari (Ufes), Taissa Rodrigues (Ufes), Renan Bantim (Urca), Flaviana Lima (UFPE) e Antônio Álamo Saraiva (Urca), o artigo apresenta a primeira análise tafonômica de uma mortalidade em massa de insetos da Formação Crato, ou seja, conta a história dos eventos que ocorreram antes da fossilização dos organismos neste sítio paleontológico. Esse trabalho só pôde ser realizado graças à primeira escavação paleontológica controlada da Formação Crato, realizada pela equipe do Laboratório de Paleontologia da Urca e que durou mais de um ano para ser feita, camada por camada, por uma grande equipe de professores e estudantes. A ideia da escavação surgiu a partir do trabalho de doutorado da professora Flaviana Lima, do Núcleo de Biologia do Centro Acadêmico de Vitória, que foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Geociências (Paleontologia - Paleobotânica) da UFPE, de 2013 a 2017. Durante a pesquisa, Lima analisou fósseis de plantas coletadas nas áreas de exploração do calcário laminado. Na escavação que resultou no artigo da mortalidade em massa das efêmeras, a equipe de pesquisadores e professores fizeram a retirada das camadas de calcário em níveis centimétricos, coletando as informações de cada nível de rochas. RARIDADE | O inédito achado provém de uma camada de calcário laminado, localmente chamada de Pedra Cariri, e as larvas de insetos encontradas pertencem ao grupo Ephemeroptera, conhecidas popularmente como efêmeras. “É comum serem encontrados pequenos acúmulos de mais de três insetos próximos na mesma camada de rochas nessa localidade, por ser muito rica em fósseis, mas acumulações de 40 insetos como as que foram encontradas agora são muito raras no registro fóssil”, reforça o estudo, que explica: “embora acúmulos de efêmeras tenham sido relatados anteriormente na Formação Crato, eles careciam de dados estratigráficos cruciais”. Essa primeira análise tafonômica do registro observou uma camada de 285 cm do topo da Formação, com 40 larvas, e uma visão geral da estrutura da comunidade biológica de um perfil escavado de três metros de profundidade. A única outra espécie autóctone (vivente do local) observada na camada de mortalidade da efêmera foi o peixe gonorynchiforme Dastilbe. As larvas e peixes eram menores do que o normal no local, sugerindo que viviam em uma coluna de água rasa e mais: “sua excelente preservação e falta de orientação preferencial nas amostras sugerem ausência de transporte significativo”. Ainda segundo o estudo, todas as efêmeras pertencem à família Hexagenitidae, cujas larvas viviam em águas calmas. Os pesquisadores também recuperaram organismos alóctones (vivente de outro local) nessa camada, indicativos de condições climáticas mais secas. CLIMA | Além dos fósseis, cristais de halita, mineral que se forma pela precipitação de sal, também foram encontrados em camadas próximas ao nível de mortalidade, sugerindo que ocorreu seca e alta salinidade em dado momento. "Os resultados apoiam a hipótese de que o paleolago da Formação Crato provavelmente experimentou alta evaporação sazonal, causada pelo clima quente com tendência à aridez, afetando as poucas faunas autóctones que conseguiam viver neste ambiente", analisa o estudo. De acordo com os pesquisadores, as larvas poderiam ter morrido pelo aumento da salinidade, devido à diminuição do espelho d'água, pois as efêmeras geralmente não toleram altas concentrações de sal. Por conta disso, o aumento da salinidade pode ter sido o causador da mortalidade em massa dos insetos, mas não necessariamente dos peixes, que foram encontrados em diversos eventos de mortalidade, em camadas distintas. Segundo Flaviana Lima, a partir da primeira escavação paleontológica com a metodologia adequada para a Formação Crato foi possível observar que havia um padrão de preservação dos fósseis nos diferentes níveis analisados; no caso dos insetos, esta é a primeira análise tafonômica que confirma a ocorrência de uma mortalidade em massa do grupo e, o mais interessante, é que esses organismos possuíam um tamanho menor do que o esperado. Considerando que as espécies viventes de efêmeras não toleram concentrações elevadas de sal, e que foi registrada a presença de cristais de halita na mesma camada da mortalidade, o que indica a redução do espelho d'água por evaporação, os pesquisadores concluíram que a causa mais provável da mortandade teria sido um estresse climático naquele intervalo de tempo geológico. “Assim, como nos dias de hoje, os insetos aquáticos são ótimos bioindicadores de qualidade de água, eles também conseguem nos ajudar a entender o ambiente pretérito, já que são sensíveis às variações do meio onde vivem”, complementa Arianny Storari, da Ufes. A partir da pesquisa sobre eventos ambientais passados e como eles afetaram a fauna e flora daquela época, os pesquisadores podem interpretar tendências recentes e até futuras. Para Flaviana, “como os fósseis de efêmeras da família Hexagenitidae e os peixes Dastilbe representam uma fauna que viveu no paleolago da Formação Crato, os dados deles podem ser usados para entender melhor o contexto paleoambiental desta unidade”. O ambiente que deu origem à Formação Crato era composto por um ou vários paleolagos de profundidade variável ao longo de milhares de anos. Logo, as mudanças ambientais da época

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Cidades Sustentáveis-Pós Pandemia expectativas 2030/2050

*Por Tiago Lima O contexto atual da sociedade demanda novas formas de adaptabilidade às mudanças inerentes da modernidade. A pandemia de COVID-19, anunciada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em março, alarmou e demonstrou a urgência da tomada de estratégias para o estabelecimento de novas formas de sobrevivência e consolidação na sociedade. Debates relacionados ao desenvolvimento e estabelecimento de Cidades Sustentáveis, tornam-se cada vez mais necessários diante de contextos observados na sociedade. A preconização de estruturas base para a consolidação de uma sociedade sustentável e ambientalmente saudável, é crucial para a determinação da continuidade da espécie humana. A Agenda 2030 da ONU A Agenda 2030 é um conjunto de planos de ação para o planeta, para a prosperidade e para as pessoas, que além de reforçar a paz universal, reconhece que a diminuição ou até a extinção da pobreza é um dos maiores desafios globais, sendo este um dos requisitos para o desenvolvimento sustentável. Com a parceria de todas as partes interessadas, os países garantiram a implementação da Agenda 2030, estabelecida pelo Brasil e pelos 192 países pertencentes à Organização das Nações Unidas (ONU). Estes países garantiram livrar a raça humana da penúria e pobreza, protegendo assim, o planeta. Os representantes irão tomar decisões transformadoras e ousadas, que são de urgente necessidade para redirecionar o planeta para um caminho resiliente e sustentável. A Agenda em questão é composta por 17 objetivos e 169 metas de desenvolvimento sustentável, demonstrando assim a ambição e a escala desta nova agenda universal. Esta agenda tem a função de concluir os objetivos de desenvolvimento do milênio que ainda não foram alcançados, concretizando os direitos humanos e alcançando a igualdade de gênero. Os 17 objetivos e 169 metas estimulam a ação até o ano de 2030 para acabar com a fome e pobreza; proteger a degradação do planeta e meio ambiente; garantir os direitos humanos; assegurar sociedades pacíficas e utilizar parcerias para o desenvolvimento sustentável. Com a descoberta de um novo vírus com alta taxa de transmissibilidade, ocorreu o colapso dos sistemas de saúde em todos os países, até os mais estruturados, acelerando assim, a crise do multilateralismo, desenvolvendo novos desafios para a conjuntura mundial. O novo coronavírus, ou Covid-19, foi descoberto há aproximadamente 14 meses, e desde a sua descoberta, a relação entre os países mudou. A cooperação mundial perdeu relevância a partir do momento em que as principais potências militares e mundiais tentaram solucionar a transmissão do vírus com decisões imediatas e locais. Em diversas oportunidades, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi desvalorizada como um órgão que possuía a capacidade de planejar uma solução para esta crise sanitária e por consequência, econômica. Desenvolvimento Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Para a implementação desses objetivos é necessário que haja sensibilidade por parte dos gestores, para que todos tenham ciência da importância dessa agenda e sua relação com políticas públicas. Aliado a sensibilidade, é necessário o monitoramento das estratégias utilizadas, para determinar se o município, estado ou país está no caminho certo, levantando os dados da situação atual dos objetivos, para identificar as áreas com prioridade de atenção. Ademais, um sistema de desenvolvimento sustentável prevê a proteção de um sistema econômico rotativo e contínuo, considerando principalmente que diversos recursos que geram retornos financeiros partem e derivam do uso e manipulação de recursos naturais. Há que se considerar ainda que, mudanças climáticas e fenômenos naturais não esperados ou não pertencentes a determinados climas, temperaturas e regiões, ocorrendo de forma irregular, desencadeiam diversos prejuízos ambientais e econômicos imensuráveis. A imagem a seguir demonstra os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas: Cidades sustentáveis pós-pandemia: expectativas 2030/2050 3 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável | Fonte: ONU Cooperação internacional Em março de 2019, ocorreu a Segunda Conferência da ONU sobre a Cooperação Sul-Sul, onde foram revisadas as aprendizagens pelos países sul-americanos nas últimas quatro décadas, e enfatizado o papel desta cooperação na implementação da Agenda 2030. No Brasil, as atividades exercidas pelo Ministério da Saúde são catalogadas no ODS 3, que é referente ao bem-estar e à saúde. O ODS 6, que é referente a água limpa e saneamento, é responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA). Outro ministério com atividades catalogadas no ODS é o Ministério do Trabalho, referente ao ODS 8, que fala sobre emprego digno e crescimento econômico. A evolução do protecionismo e o crescimento das disputas comerciais ocasionou a diminuição da atenção para interesses em comum para todos os países, como por exemplo, as mudanças climáticas. Mas a melhor opção continua sendo a cooperação internacional, pois representa uma das esperanças na resolução dos desafios complexos da sociedade, com relação ao desenvolvimento sustentável. Cidades sustentáveis No contexto de análise e estabelecimento de cidades sustentáveis no cenário atual, é crucial analisar inicialmente o desenvolvimento e estabelecimento de cidades no território brasileiro. Partindo-se do pressuposto que diversas ligações e redes de comunicação que estão dispostas na sociedade se sustentam na própria dinâmica social de globalização, é essencial preservar tal configuração para que prejuízos notórios não sejam desenvolvidos na sociedade. Raposo (2021) destaca que a Associação da Imprensa de Pernambuco tornou-se a principal representante no Pacto Global das Nações Unidas, do objetivo de aproximação do setor privado ao desenvolvimento sustentável. Tal acontecimento expressa de forma significativa o sistema de aproximação estatal e privada visando o melhor desenvolvimento sustentável, considerando que o sistema econômico necessita de funcionamento contínuo e também o meio ambiente requer proteção e uso consciente. A adesão da AIP ao Pacto Global foi mais um passo importante na direção que tomamos em 2019, ano em que passamos a integrar a Comissão Estadual para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CEODS) e a Rede ODS Brasil. Foi também um passo urgente, considerando que em 2020 teve início a Década da Ação, quando os países foram instados a adotar medidas para acelerar a implementação das 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que compõem a Agenda 2030 (RAPOSO 2021). Além disso, Recife foi reconhecida como integrante da Lista A do CDP (Carbon Disclosure Program), importante

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F.Nunes e Cavalcanti Costa anunciam fusão e nasce o Nunes|Costa Advocacia

Fabiana Nunes Costa anuncia a fusão entre os escritórios F.Nunes Advocacia e Cavalcanti Costa Advogados, antes liderado pelo professor e advogado tributarista Gustavo Cavalcanti Costa, que faleceu no dia 14 de março de 2021, aos 48 anos, vítima do agravamento de um quadro de COVID 19.  O Nunes|Costa Advocacia nasce com capacidade instalada para assessoria jurídica especializada nas áreas de Direito Tributário, Empresarial, Fusões e Aquisições (M&A), Administrativo, Contencioso, Cível, Imobiliário e Direito Digital. Com a unificação, a empresa já é criada como um dos grandes escritórios de advocacia do Estado. "O NCA surge a partir da decisão de transformar o desafio da ausência de Gustavo Costa, sócio fundador do Cavalcanti Costa e um dos advogados mais brilhantes do estado, em propósito. E nossa missão é fazer do NCA um escritório focado em exercer uma advocacia combativa, com atitude vencedora e que objetiva desenvolver o negócio dos seus clientes. O “Costa” na nossa placa é um lembrete diário de que a advocacia que nos disponibilizamos a exercer é a de excelência técnica e é, também, a “arte de só descansar quando a solução para o problema do cliente for desenvolvida. Estamos convictos de que vamos disponibilizar para os nossos clientes um escritório completo, capaz de romper paradigmas, centrado em gerar valor para os clientes e suas empresas”, detalha Fabiana. Do DNA do F.Nunes, com Fabiana e Marcelle Penha como sócias, a nova banca herda o viés inovador, antenado com as transformações, inovações, como a inteligência artificial e outras ferramentas digitais. . . Indústria 4.0 em empresas pernambucanas Impulsionar o crescimento das micro e pequenas indústrias pernambucanas é a proposta do Programa Minha Indústria Avançada – MinA, iniciativa conjunta do SENAI-PE e do SEBRAE-PE. Por meio da adoção de tecnologias de baixo custo da Indústria 4.0 e de consultorias, o projeto pretende alavancar a produtividade de indústrias de todo o Estado ao longo dos próximos três anos. O programa consiste na instalação de sensores nas linhas de produção das indústrias, que, por meio de tecnologias como computação em nuvem e internet das coisas (IoT), são capazes de mensurar informações como quantidade produzida e descartada e tempo de parada de máquinas. Números que geram indicadores importantes para a gestão produtiva e acompanhamento da eficiência da empresa. . . SESI-PE abre 200 vagas gratuitas para cursos de educação financeira e comunicação Para quem está em busca de se desenvolver profissionalmente e conquistar mais espaço no mercado de trabalho, o SESI-PE está oferecendo 200 vagas gratuitas para os cursos online de “Habilidades para falar em público” e “Administre o seu dinheiro”. As inscrições podem ser feitas na seção de “Educação a distância” em www.pe.sesi.org.br até o dia 15 de maio ou as vagas serem preenchidas. Os pré-requisitos para realizar a matrícula são ter e-mail, acesso à internet e noções básicas de informática. Depois que a inscrição for confirmada, o estudante tem o prazo de 30 dias para acompanhar os conteúdos e concluir o curso desejado.

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Açaí: a busca pelo saudável

Está na Amazônia, um exuberante cenário de povos nativos, civilizações milenares, que vivem e têm na floresta o encontro mais equilibrado; pois, ensinam as maneiras de interpretar e de simbolizar o território. É a união da mata com a água. É a união da mata com a água e com o mito. São escolhas, experiências. São formações de sistemas alimentares que vivem o lugar e suas tradições. Pois cada planta, ‘bicho’, tem um significado mitológico, um entendimento ritualizado que faz da floresta um território de vida e de preservação. Assim, frutas, caça e pesca, são as bases das comidas que integram os povos da floresta. É a pertença ao território. Euterpe oleana Mart, o nosso tão conhecido açaí, é uma fruta nativa, e que representa o imaginário da Amazônia. Faz parte dos hábitos alimentares de milhares de brasileiros da região, do Brasil, e também do exterior. Sem dúvida, o açaí é identidade da Amazônia. É uma identidade tão intensa quanto o gosto pela farinha de mandioca, e pelos seus muitos produtos que fazem a mesa tradicional da região. Do açaí se faz o “vinho”, uma bebida grossa que misturada à farinha de mandioca é uma comida que traz a Amazônia à boca. Ambos são ingredientes da “terra”, têm o gosto da floresta. A melhor farinha para se fazer a comida com o açaí é a farinha grossa, farinha d’água, mais granulada; e que pode ainda ter a cor amarelada quando é acrescida de tucupi. A essa comida ainda se pode misturar camarão seco e peixe. O melhor vinho açaí é aquele feito artesanalmente, quando o fruto está tuira – no ponto da maturação –; e, é neste ponto que retirando o ‘mosto’ – conhecido na região como “paro” ou “parau”. Esse néctar da Amazônia é também base para mingaus, sucos, vitaminas, sorvetes, cremes, recheios para tortas. É o crescente olhar para o que é “natural”, para o ingrediente que chega da floresta, como uma ação real onde se come a floresta e suas propriedades. O açaí representa esses valores. Vive-se no açaí uma espécie de idealização do que se entende por “natural”, por símbolo da natureza que alimenta, que dá energia, que é essencialmente saudável. O açaí é um notório energético com valor calórico superior ao leite vacum. É rico em fósforo, ferro e outros minerais. Contudo a colheita do açaí é artesanal e complexa, exigindo do coletador uma grande habilidade para se chegar aos cachos que estão nos longos e delicados troncos. Ainda, do açaizeiro é extraído um excelente palmito. Essa extração é ampla e indiscriminada, fazendo com que seja urgente a realização de um projeto para o manejo e preservação dessa espécie nativa.  Une-se ao açaí o guaraná, a granola, a banana, o mamão, o abacate; o leite de coco, a água de coco; e tudo mais que simbolize um produto natural, que é saudável. . Para se comer verdadeiramente o açaí deve-se ter uma cuia, dessas que se encontram no mercado do Ver-o-Peso, em Belém; colocar o “vinho” do açaí que foi processado artesanalmente; escolher uma boa farinha d’água, daquelas bem granuladas; e, com a mão misturar, misturar muito, para que aquele líquido da Amazônia possa embeber a farinha, encharcar a farinha; e se quiser acrescente alguns camarões secos; aí, então, senta-se no chão, olha-se um igarapé, respira-se fundo; e viva o seu melhor açaí à boca.

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