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90% dos brasileiros fizeram doações ou realizaram trabalhos voluntários durante a pandemia

É fato que o povo brasileiro é solidário, e isso fica ainda mais claro em situações como catástrofes naturais e tragédias provocadas por negligência ou erro humano, quando doações em dinheiro, alimentos, roupas e produtos são enviados de todo o país. Este movimento tem sido reforçado durante a pandemia do novo coronavírus, conforme mostra a pesquisa “Eu ajudo, Tu ajudas, Todos ajudam!” realizada pela Rede Filantropia, que consultou 450 pessoas com mais de 18 anos de todos os Estados. Segundo o levantamento, que contou com 19 questões de múltipla escolha, 89,8% dos entrevistados informaram ter feito, durante a pandemia, doações em dinheiro, roupas, alimentos, medicamentos e tempo em trabalhos voluntários. Desse total, 20,7% disseram já ter realizado ambas as ações – doações e trabalho voluntário para alguma organização da sociedade civil ou iniciativa social. “Embora não haja cunho científico, a pesquisa visa entender o comportamento filantrópico do brasileiro, reconhecido mundialmente por se engajar em causas de ordem social, inclusive em momentos como este que estamos passando”, afirma o presidente da Rede Filantropia, Marcio Zeppelini. A pesquisa mostra ainda que, dentre as pessoas que realizaram alguma doação, a maioria (41,6%) o fez de duas a quatro vezes; 35,6% doaram somente uma vez; e 13,1% optaram por fazer uma doação única até o momento. Mesmo quando a pandemia terminar e chegarmos ao “novo normal”, as doações deverão continuar ocorrendo periodicamente, conforme apontaram 77,3% dos participantes. De outro lado, 18,2% dos entrevistados pretendem aumentar a quantidade de doações e horas voluntárias. Em relação ao volume de doações em espécie, o levantamento mostrou um volume de doações maior, entre R$ 50 e R$ 200, em comparação ao que se fazia antes da pandemia. As pessoas relataram pretender continuar com esta estratégia após o fim desta emergência sanitária. Quase 65% se consideraram mais solidários e perceptivos a questões humanitárias como fome, saúde e renda básica, e da mesma forma sobre questões ambientais, políticas públicas e questões globais.

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Nimbus: curta de animação pernambucano é destaque em festivais

Entre os dias 8 e 13 de setembro, ocorrerá em São Paulo a 10ª edição do Cinefantasy - Festival Internacional de Cinema Fantástico. Na lista de curtas-metragens selecionados para as mostras competitivas, destaque para a animação Nimbus, do pernambucano Marcos Buccini. No mês de julho o curta já havia participado do I Festival Nacional de Curtas do Cinema da Fundação. Nimbus tem como personagem central a conhecida figura do sertanejo em prece aos céus por chuva. No entanto, o foco da história não está na oração, nem tão pouco na resposta que logo se materializa na forma de nuvens carregadas. Está em como estas nuvens são produzidas. É quando entra em cena toda a criatividade de Buccini, que propõe sua versão futurista desse, digamos, processo de produção, guiado por operários bem peculiares no céu. Processo futurista, é verdade, quando contraposto ao cenário sertanejo. Porém, com os pés muito bem fincados no passado das máquinas à vapor e do modo de produção industrial.     Longo processo até a estreia Buccini conta que o projeto surgiu há quase 20 anos. Inicialmente, seria um clipe para a música "A Tempestade", da banda "Cordel de Fogo Encantado", mas o pouco dinheiro impossibilitou o trabalho. "Nós fizemos bonecos, cenário, mas não tínhamos um bom equipamento de captura de imagem, a câmera não era boa. Era um negócio meio precário, então, não foi pra frente.” A ideia foi colocada de lado por algum tempo até Buccini decidir fazer um curta, ao invés do clipe. Submeteu o projeto ao Funcultura, e, após passar por um longo processo de produção e pós-produção, foi, enfim, lançado. Demorou dez anos para ficar pronto. A relação de Marcos Buccini com o cinema de animação não se resume ao curta. Em 2017, o cineasta, que também é professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, lançou o livro "História do Cinema de Animação em Pernambuco". Além de desvelar a história do gênero, como diz o título, a obra reflete sobre as particularidades de cada animação produzida no estado.

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Pedro Josephi: "O financiamento do transporte não pode se dar apenas pela tarifa"

Pedro Josephi é coordenador da Frente de Luta pelo Transporte Público e membro do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM). Conversamos com ele, em meio à discussão sobre a construção de novos paradigmas para o transporte público durante a atual crise da pandeia do coronavírus, para apontar o olhar dos usuários do sistema sobre como melhorar a mobilidade urbana para quem usa ônibus para se deslocar na Região Metropolitana do Recife. Qual a principal demanda dos passageiros nesse momento de retomada das atividades econômicas, em relação ao transporte público? Nós, enquanto membros do Conselho Superior Metropolitano, apresentamos desde o início da pandemia propostas para que pudéssemos evitar aglomerações e superlotações. Lembrando que a pandemia apenas veio escancarar um problema em que a população que usa o transporte público já sofre diariamente: superlotação, aglomerações e o não cumprimento de viagens. Tudo isso as pessoas já sofrem diariamente. A primeira proposta é que as linhas de ônibus pudessem circular dos bairros diretamente para o centro da cidade. Sem a necessidade de ir para um terminal integrado (TI), que hoje é um grande ponto de aglomeração.  Não todas, mas algumas, de modo a equilibrar e retirar a superlotação dos terminais. Isso já é uma defesa que fazemos há 10 anos, que é a integração temporal, a possibilidade de você fazer integração, que é sair de um ônibus e entrar em outro, sem ir para um terminal, na própria parada de ônibus ou avenida. Isso diminui a necessidade de pessoas dentro do sistema de TI. Outro ponto de maior demanda que temos apresentado é a distribuição de materiais de proteção, máscaras e alcool em gel. Algo que começou logo quando nós representamos ao Ministério Público para que o Estado e empresas de ônibus cumprissem com as normas de proteção emitidas pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde. No início foram distribuidas 30 mil máscaras e foram afixados lavatórios nos terminais. Só que já temos denúncias de que alguns desses lavatórios e banheiros não estão funcionando nos terminais e que a distribuição de máscaras não existe mais. Para se ter ideia, temos cerca de um milhão de pessoas circulando diariamente no setor de transporte e 30 mil máscaras distribuídas em uma semana não dão conta da necessidade da população que é diária. . Quais as demais propostas? Outro ponto que temos levantado é a necessidade de testagem de todos os rodoviários, já que eles têm trabalhado no serviço público essencial, era necessário que todos os motoristas e cobradores fizessem a testagem do coronavírus de forma universal para que a gente não expusesse os próprios trabalhadores, nem os usuários à contaminação do coronavírus, além do isolamento da cabine do motorista. Várias outras cidades fizeram isso, isolamento com material adequado para motorista e cobrador. Por fim, outro ponto que temos levantado e discutido é a necessidade de 100% da frota circulando. A gente entende que há uma dificuldade pelas nossas vias engarrafadas. Recife tem o pior trânsito do Brasil, mas entendemos que é preciso que toda frota estivesse disponível para que nós diminuíssemos a quantidade de pessoas dentro dos ônibus. Essas são as três principais demandas que nós já apresentamos formalmente ao governo desde março. . Há um grande dilema sobre o financiamento do setor. Para garantir melhor qualidade no transporte, que tipo de alternativas o movimento considera possível para aumentar os recursos aplicados no transporte? Nós sabemos que não existe almoço grátis. Quem milita na área do transporte sabe que precisa ter financiamento de alguns setores para que a gente possa garantir a melhor qualidade. Então precisamos observar as melhores práticas internacionais, observar o que outros países fizeram para que pudéssemos aplicar esse modelo no Brasil. Antes de mais nada, nós temos a Política Nacional de Mobilidade Urbana, que é uma Lei Federal, que determina que o financiamento do transporte coletivo não possa se dar apenas pelo contribuinte direto, apenas pela tarifa, pela pessoa que paga a passagem. Infelizmente no Brasil, na maioria das cidades, como é no Recife, o transporte em grande parte é financiado através da tarifa. Isso implica dizer, aqueles processos que as empresas fazem todo início de ano para aumentar as passagens, porque tanto a remuneração do setor, as empresas privadas que estão operando o serviço público, e precisam serem remuneradas pelo serviço, ocorrem através das tarifas, como a própria estruturação do sistema, as melhorias do terminal, das vias. Toda estrutura é financiada pela tarifa e passagem de ônibus, o que é um erro. Se encaramos o transporte público como serviço essencial, ele precisa ser financiado não apenas pelo contribuinte direto, quem paga a passagem, mas por toda a coletividade. Toda a sociedade precisa contribuir para o financiamento desse transporte. Isso pode ser feito através de vários meios, como de subsídios fiscais, que hoje na verdade a maioria dos países fazem. Isso implica dizer que toda a sociedade estaria contribuindo com aquele transporte. Eu defendo, por exemplo, um Fundo Metropolitano para o Transporte. . Como funcionaria esse Fundo Metropolitano para o Transporte? Nele nós teríamos as rendas derivadas dos pedágios urbanos, as rendas derivadas das zonas azuis, as contribuições sociais em cima de estacionamentos privados nos centros urbanos, toda a renda dos outbus e publicidade que existe nos sistemas de transporte, a renda da possível concessão à iniciativa privada dos terminais integrados de ônibus, além de um debate que precisamos fazer a âmbito nacional que é discutir o Pacto Federativo. Nós precisamos, por exemplo, municipalizar a Cide Combustível, que é um dos importantes tributos que a união arrecada, mas quem cuida do transporte são os municípios e os Estados. Então a União arrecada um valor a título de tributo muito alto, mas quem tem a responsabilidade de custear e de financiar e estruturar o transporte são os municípios e Estados. Precisamos inverter essa lógica, também defendemos a municipalização da Cide Combustível e também uma contribuição social em cima do carro, do IPVA. Teríamos um percentual dessa contribuição social para custear o sistema de transportes. . Há uma discussão sobre incentivar um maior

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Começam hoje as atividades da Semana 11ª Semana Burle Marx

A Prefeitura do Recife dá início às comemorações em homenagem ao aniversário de 111 anos do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx reconhecido internacionalmente e responsável pelos projetos de diversas praças e jardins na capital pernambucana. A programação da 11ª Semana Burle Marx acontecerá durante três dias e será totalmente online devido à pandemia do novo coronavírus. As atividades gratuitas começam na terça-feira (04), dia do aniversário do paisagista, com o 1º Seminário Internacional Paisagem e Jardim: Burle Marx em sintonia com o tempo, conduzido por palestrantes do Brasil, Portugal, Uruguai e México. Além disso, a programação também contará com desafios virtuais e Lives com o propósito de suscitar o debate sobre o legado de Burle Marx. As comemorações estão sendo organizadas pelo Comitê Burle Marx, formado por órgãos da Prefeitura do Recife e coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Laboratório da Paisagem da UFPE, Conselho dos Arquitetos do Brasil – CAU, IPHAN, Fundarpe, entre outros. Para quem quiser conhecer mais sobre as obras, vida e curiosidades de um dos mais importantes paisagistas do século 20, o Museu da Cidade do Recife (MCR) vai lançar um desafio para os seus seguidores do Instagram. No dia 04 de agosto, o Museu vai divulgar um quiz com 10 perguntas no stories do seu perfil @museudacidadedorecife. Quem acertar todas as perguntas participará de um sorteio para ganhar um kit especial do MCR. E quem ainda não é um grande conhecedor do trabalho desse mestre das formas e da botânica terá uma ótima oportunidade para descobrir várias áreas da cidade idealizadas por ele. O quiz foi elaborado pelo historiador Sandro Vasconcelos, responsável pelo setor de pesquisa e iconografia do Museu da Cidade do Recife. Cada uma das 10 perguntas é inspirada na imagem de um espaço público do Recife assinado por Burle Marx. Já o kit que será dado ao vencedor do desafio é formado por uma coleção de seis postais com praças idealizadas pelo paisagista, uma caneca com a imagem do Forte das Cinco Pontas, e o Catálogo do Acervo Cartográfico do MCR. Nos dias 04 e 05 de agosto acontecerá, a partir das 14h, a primeira edição do Seminário Internacional Paisagem e Jardim com o tema " Burle Marx em sintonia com o tempo ", que contará com a participação de palestrantes do Brasil, Portugal, Uruguai e México. O Evento, gratuito e com direito a certificado, acontecerá virtualmente e para participar basta se inscrever no link: https://www.sympla.com.br/1-seminario-internacional-paisagem-e-jardim-burle-marx-em-sintonia-com-o-tempo__909488 . A programação conta com palestras de Cristina Castel-Branco (Universidade de Lisboa), Joelmir Marques (UFPE), Alda de Azevedo Ferreira (UFRJ), Luciana Schenk (USP), Lúcia Veras (UFPE), Ana Rita Sá Carneiro (UFPE), Saúl Alcántara (UAM-México), Cláudia Storino (Sítio Roberto Burle Marx), Eduardo Barra (Estúdio Eduardo Barra Arquitetura da Paisagem) e Sonia Berjman (ICOMOS / IFLA), entre outros. O evento é organizado pelo Laboratório da Paisagem da UFPE. Já no dia 06 de agosto, às 19h, a programação ficará por conta de uma Live no YouTube do Coletivo Tereza Costa Rego de Cultura, com o tema: “O Legado de Burle Marx no Recife”. A ação contará com a participação de Ana Rita Sá Carneiro, coordenadora do Laboratório da Paisagem da UFPE; de Cida Pedrosa, ex-secretária de Meio Ambiente do Recife e de Luiz Vieira, professor, arquiteto paisagista da UFPE. Para participar, basta acessar o link https://www.youtube.com/channel/UC5uAG418Sbq8KvC2-4wM47w Semana Burle Marx A Semana Burle Marx é uma iniciativa da Prefeitura do Recife, instituída pela Lei Municipal nº 17.571/2009, de autoria do então vereador e hoje vice-prefeito, Luciano Siqueira. A programação faz parte das comemorações e atividades em defesa do meio ambiente e acontece no mês de agosto de cada ano. Na semana Burle Marx são realizados debates, palestras, eventos educativos, objetivando, principalmente, difundir a importância das obras desse paisagista para o Recife e estimular uma campanha permanente de valorização dos Jardins históricos de nossa cidadee que são monumentos vivos.. Jardins Históricos Em sua atuação na capital pernambucana, sobretudo na década de 1930, o paisagista Burle Marx criou áreas verdes que, em 2015, foram elevadas à categoria de jardins históricos pelo prefeito Geraldo Julio, são eles: Praça de Casa Forte, Praça Euclides da Cunha, Conjunto Praça da República e Jardim do Palácio do Campo das Princesas, Praça Derby, Praça Ministro Salgado Filho, Praça Faria Neves, Praça Pinto Damaso, Praça do Entroncamento, Praça Chora Menino, Praça Maciel Pinheiro, Praça Dezessete, Praça Artur Oscar, Jardim da Capela da Jaqueira e os largos da Paz e das Cinco Pontas. Confira a programação completa da 11ª Semana Burle Marx: Quiz sobre Burle Marx Dia: Terça-feira (04/08) instagram do Museu da Cidade do Recife - @museudacidadedorecife Seminário Internacional Paisagem e Jardim com o tema " Burle Marx em sintonia com o tempo” Terça-feira (04/08) (1º dia) 14:00 às 14:20h – Cristina Castel-Branco Ele olha para o amanhã como ele olha para ontem ... Burle Marx: arte e tempo 14:20 às 14:40h – Joelmir Marques O tempo nos Jardins de Casa Forte 14:40 às 15:00h – Alda de Azevedo Ferreira Os jardineiros do século XIX e a gênese do paisagismo no Rio de Janeiro 15:00 às 15:30h – Mirela Duarte - Mediadora das perguntas do 1º bloco de palestras 15:30 às 15:50h – Luciana Schenk Natureza, arte e paisagem: pioneiros 15:50 às 16:10h – Lúcia Veras As Américas em uma carta de paisagem em sintonia com o tempo 16:10 às 16:30h – Mirela Duarte - Mediadora das perguntas do 2º bloco de palestras Quarta-feira (05/08) (2º dia) 14:00 às 14:20h – Ana Rita Sá Carneiro O conselheiro Burle Marx na defesa do patrimônio 14:20 às 14:40h – Saúl Alcántara La Espectacularidad de la Naturaleza en el México Antiguo 14:40 às 15:00h – Cláudia Storino Sítio Burle Marx na perspectiva de patrimônio da humanidade 15:00 às 15:30h Aline de Figueirôa - Mediadora das perguntas do 1º bloco de palestras 15:30 às 15:50h – Eduardo Barra O papel da ilustração nos descobrimentos do Brasil: de Spix & Martius à Burle Marx 15:50 às 16:10h – Sonia Berjman Amor, pasión y aventura: el legado de

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Gustavo Costa: “A premissa de que ninguém pode perder atrapalha a reforma tributária.”

A reforma tributária, segundo Gustavo Cavalcanti Costa, advogado e sócio do escritório Cavalcanti Costa Advogados, seria uma excelente oportunidade para reconstruir o pacto federativo. Seria a chance de não só descentralizar recursos e distribuir poderes, mas, também, de refundar o projeto federativo nacional com o propósito de dinamizar as livres trocas econômicas de bens e serviços no continental mercado comum brasileiro. Infelizmente, porém, na análise de Costa, que é mestre em direito tributário internacional pela Queen Mary, Universidade de Londres, tal objetivo não será alcançado no fatiamento da reforma proposta pelo ministro Paulo Guedes, e corre o risco de ser distorcido pelos projetos elaborados pela Câmara e pelo Senado. O motivo? Não há um esforço conjunto visando ao benefício do País como um todo. “Cada um quer um IVA (imposto de valor agregado) pra chamar de seu”, constata o advogado. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Gustavo Costa, que é ex-auditor da Sefaz/PE e, atualmente, colabora como vice-presidente da Comissão de Estudos Tributários do IAP (Instituto dos Advogados de Pernambuco), analisa a realidade tributária do País e repudia a retomada do debate sobre um imposto sobre transações financeiras neste momento. Quais os principais entraves proporcionados pelo atual sistema tributário ao setor produtivo? Vamos começar com um pouco de perspectiva: o relatório anual do Banco Mundial sobre ranking de competitividade entre os países (Doing Business, 2020) destaca o Brasil na 124ª posição entre 190 economias comparadas. O nosso indicador tributário é pior deles, colocando-nos na 184a posição. Ou seja, nossas empresas competem na última divisão, vendendo produtos caros e com uma alta carga de tributos, custos de transação e controles embutidos nos preços, em um efeito cascata direto e indireto nas cadeias produtivas. Sequer sabemos o quanto pagamos na ponta, o que por si só revela uma curiosa tolerância com nosso déficit de cidadania tributária. Essa não é uma obra do acaso: durante todo Século 20, e até agora, houve considerável esforço de acomodação e improvisos entre os atores responsáveis por criar um sincrético modelo de tributação sobre o consumo de bens e serviços, jogando as suas muitas distorções embaixo do tapete. São muitos os entraves derivados desse modelo exótico, mas tudo começa com nossa enorme dificuldade de assimilar a ideia e as vantagens de uma federação, que na sua origem etimológica, carrega o sentido de pacto (foedus), ou seja, união de interesses para um objetivo comum. Pacto não apenas para descentralizar e dividir poderes, mas principalmente para integrar e promover dinamismo econômico ao espaço federativo. Desperdiçamos a enorme vantagem de ter um espaço territorial continental e um bloco econômico federativo de potenciais 210 milhões de consumidores, desintegrando, desarmonizando e fracionando nosso modelo de tributação sobre o consumo. Os bens e serviços não circulam livremente na federação brasileira. Ela está repleta de barreiras tributárias. Há mais de 30 anos o Congresso debate a reforma tributá ria. Por que é tão difícil aprová-la? O senhor acredita que a pandemia pode acelerar a sua aprovação? Por quê? A pandemia desperta maior senso de urgência e a aprovação de uma reforma tributária constitucional nunca esteve tão perto. Todavia, é necessário muito cuidado para que o açodamento não comprometa a clareza do debate e distraia a origem das questões centrais, inclusive os muitos detalhes dos interesses ocultos, não raro escondidos nos textos. Não pode ser uma reforma tributária para conservar os mesmos interesses e distorções com uma roupagem jurídica nova. Muito menos para gerar caixa para combater os efeitos fiscais imediatos da pandemia. É preciso não apenas eliminar o atual modelo de tributação sobre o consumo, mas a sua obra. Se o Congresso debate a reforma tributária há mais de 30 anos é porque o consenso entre os atores políticos é dificílimo, e envolve nova acomodação no balanço de interesses federativos entre União, estados e municípios, em nível vertical e horizontal. Isto é, um novo pacto federativo para remodelar, por completo, a tributação sobre o consumo em outras bases políticas e com objetivos distintos, voltados à integração e dinamismo do mercado brasileiro de bens e serviços. Sempre fico intrigado quando vejo ser vendida a reforma com a premissa de que deve ser “neutra” para ninguém perder. Se o consenso pretendido for para conservar os mesmos interesses e distorções federativas na mesma situação, os grandes perdedores mais uma vez seremos nós, os contribuintes. Uma boa reforma tributária pode trazer um ganha-ganha na base tributária e na federação, mesmo com redução de alíquotas. O ministro Paulo Guedes apresentou um projeto que propõe a troca do PIS e da Cofins por uma nova contribuição, a CBS, com uma alíquota única de 12%, com o intuito de eliminar o efeito cascata dos impostos. Mas tributaristas criticam o projeto afirmando que ele pode até beneficiar o setor industrial, que possui várias etapas de produção, mas não o setor de serviços, principalmente as pequenas empresas, formadas apenas por mão de obra, que antes pagavam de 3,5% a 9,5% de imposto e vão passar a pagar 12%. O senhor concorda? Sim, concordo, mas não pelas razões apresentadas. O projeto de Paulo Guedes sinaliza para avanços técnicos importantes sobre os atuais entraves do modelo de tributação sobre o consumo. Um deles é o destaque do tributo por fora do preço, permitindo sua transparência, um avanço enorme do ponto de vista da cidadania tributária. Por sua vez, a possibilidade de creditamento largo de insumos também aponta para redução do efeito cascata, inclusive nos serviços, cuja cadeia produtiva é integrada num ciclo muito maior do que apenas a mão de obra utilizada, que não gera crédito. A própria alíquota nominal geral proposta (12%) incidiria sobre uma base de valor agregado que ainda não conhecemos e temos dificuldade de projetar, tamanho é o grau de opacidade sobre o quanto de tributos incide na atual formação dos preços dos bens e serviços brasileiros. A alíquota real pode e deve ser muito menor e, de alguma maneira, todos esses problemas apontados também estão nas duas PECs em tramitação no Congresso. O problema maior da proposta não é técnico ou de definição

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4 seleções públicas com incrições abertas em Pernambuco

Destacamos nesta semana 4 editais de seleções públicas com inscrições abertas em Pernambuco. As vagas são para as Prefeituras de Olinda, Recife, Itapetim e Cabo de Santo Agostinho. Confira abaixo! . . Prefeitura de Olinda Vagas: 10 Oportunidade: Médicos de diferentes especialidades Inscrições: Até o dia 4 de agosto, enviando a documentação neessária via e-mail: secretariasaudeolindarh@yahoo.com Salários: Entre R$ 3 mil e R$ 7 mil Edital da Prefeitura de Olinda . Prefeitura do Recife Vagas: 30 Oportunidades: Profissionais de níveis médio e superior para o Sistema Único de Assistência Social (SUAS): assistentes sociai, psicólogos, educador social diurno, educador social noturno. Inscrições: O credenciamento deve ser feito diretamente no site da PCR: http://www2.recife.pe.gov.br Salários: Entre R$ 1.554,76 e R$ 2.519,64 Seleção da Prefeitura do Recife . Prefeitura de Itapetim Vagas:  2 Oportunidades: médico plantonista Salários: R$ 2 mil para plantão de 24 horas Inscrições: Até o dia 3 de agosto, enviando ficha de inscrição e documentos pelo e-mail: processoseletivo@itapetim.pe.gov.br Edital: Disponível no Diário Oficial dos Municípios do Estado de Pernambuco (edição publicada no dia 29 de julho de 2020, com o código identificador: 8BD49047).   Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho Vagas: 7o Oportunidades: professores de Apoio, para atuar com estudantes com deficiência em salas regulares. Salários: R$ 1.432,03 Inscrições: Até o dia 6 de agosto, levando a documentação exigida na Secretaria Municipal de Educação (Rua Vereador Severino Bezerra Marques, S/N – Centro – Cabo de Santo Agostinho). Veja os documentos no edital. Edital para Seleção de Professores no Cabo de Santo Agostinho

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Golar assina contrato de fornecimento de GNL para gasoduto em Petrolina

A Golar Power assinou contrato de fornecimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) com Copergás para a implantação da primeira Rede Estruturante de Gasoduto do Nordeste, em Petrolina (PE). O projeto terá o investimento da Golar de US$ 2 milhões. Em março deste ano, a empresa assinou um protocolo de intenções com o Governo de Pernambuco para a implantação de um Terminal de  GNL no Complexo Industrial Portuário de Suape, que deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2021. Em Petrolina, a Copergás vai implantar um gasoduto de 40 km para fazer a distribuição do gás a partir de uma grande unidade de regaseificação que será construída pela Golar. A estrutura terá capacidade de receber um volume de 40 mil m³/dia de GN transportados em iso-conteinêres que serão abastecidos pelo Terminal de GNL de Suape. GNL em Pernambuco Ontem (30), recebeu no Porto de Suape o primeiro lote de dez iso-contêineres da Golar, que foram importados para viabilizar o projeto, de um total de 70 que chegarão até o fim do ano. Para o CEO da Golar Power, Eduardo Antonello, a parceria com as companhias de gás para viabilizar as redes estruturantes é o caminho para promover a oferta do gás, criando demanda para o volume de gás disponível no Brasil. “Acreditamos que esta estratégia é a mais eficiente para aproveitarmos a abertura do mercado de gás, pois assim conseguimos disponibilizar o gás natural em cidades que estão afastadas da malha de gasodutos, e que, de outra forma, não teriam acesso a esta fonte. Vamos ajudar também numa transição para uma matriz energética de baixo carbono, substituindo o carvão, óleo diesel e GLP, nas indústrias, e o diesel, como combustível de veículos pesados.A implementação de caminhões movidos a GNL, por exemplo, poderia reduzir o preço do frete no país, permitindo um melhor rendimento aos caminhoneiros”, afirmou. Segundo levantamento da Golar, cerca de 170 municípios com mais de 100 mil habitantes não contam com gasodutos. No total, 95% das cidades brasileiras estão desprovidas de gás natural. Para o vice-presidente da Golar, Marcelo Rodrigues, este cenário atesta a relevância do projeto de distribuição do GNL em pequena escala (small scale) da Golar, ao viabilizar uma estrutura de distribuição do gás sem a necessidade de construir gasodutos muito extensos. “Petrolina está a 750 quilômetros de Recife. O gás dificilmente chegaria em Petrolina se não fosse pela estrutura de transporte do GNL e regaseificação que vamos implementar com a Copergás. O gás que chegará a Petrolina vai abastecer indústrias, comércio, postos de GNV e residências”, explicou.

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Guilherme Leiva: "O transporte público é um instrumento de equidade social"

Em meio à maior crise dos transportes do Brasil, a pandemia apenas expôs as dificuldades crônicas do setor que é fundamental para uma mobilidade urbana mais saudável para as cidades e sustentável. O coordenador do departamento de Engenharia de Transportes do Cefet-MG, Dr. Guilherme de Castro Leiva, afirma que caso o País tivesse sistemas de maior qualidade, o poder público poderia ser mais assertivo no isolamento social, por exemplo. Para além do atual momento de enfrentamento do novo coronavírus, ele defende que o transporte público é um dos caminho para promover maior inclusão social, menor número de acidentes e desenvolvimento de economias locais. Confira a entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas. . Diante da Pandemia muitos problemas históricos se mostraram mais evidentes. Um deles foi o transporte público, com as aglomerações que dificultam o enfrentamento da atual crise sanitária. A partir dos problemas mais visíveis agora, você acredita em alguma transformação no transporte público?  Com a pandemia percebemos a necessidade de construir um transporte público de qualidade. O transporte público de qualidade permitiria aos gestores públicos ações mais assertivas de isolamento social, bem como de retomada das atividades. Enquanto um transporte público desvalorizado reduz a eficiência de intervenções e aumenta a dependência do automóvel. Isso reforça a exclusão social e prejudica a construção de uma cidade mais democrática. A prioridade ao transporte público liberaria parte considerável do sistema viário para consolidação de espaços públicos de convivência e circulação de modos ativos de transportes (a pé, bicicletas, patinetes etc.), bem como de áreas verdes para a população. Hoje, em período de isolamento, observamos a falta que esses espaços fazem para a saúde da população e da cidade. . Quais seriam as principais tendências? A tendência atual não é das mais animadoras. Observa-se uma busca por desqualificar os serviços de transporte coletivo, julgando-os inseguros quanto à contaminação da Covid-19. Essa postura promove uma supervalorização dos modos individuais motorizados, especialmente automóvel e motocicletas, que poderão no curto prazo aumentar o problema da mobilidade urbana nos centros urbanos. É preciso compreender que o transporte público é um instrumento de equidade social e, bem gerenciado, uma potente ferramenta no auxílio da gestão da pandemia. Transporte público de qualidade significa maior inclusão social, menor número de acidentes, desenvolvimento de economias locais, ou seja, cidades mais ativas e sustentáveis. . Para o melhor funcionamento das cidades uma das questões que estão sendo colocadas em relação ao transporte é a tentativa de flexibilizar de algumas atividades, reduzindo assim a pressão sobre os horários de pico. Isso contribuiria para uma melhoria na mobilidade? Há alguma experiência no exterior bem sucedida neste sentido? Essas ações são extremamente bem-vindas não somente pelo fato de evitar aglomerações, em especial no embarque de desembarque de passageiros, pois observa-se controle do número de passageiros dentro dos veículos em diversas cidades, mas também para a melhor utilização da capacidade do serviço. Em horários de baixa demanda o transporte público trabalha de forma ociosa, o que aumenta o custo do serviço, consequentemente, a tarifa. A flexibilização da jornada de trabalho, bem como de atividades, já ocorre em várias cidades do mundo. Experiências indicam que essas ações, além de melhorar a operação do transporte, garantem a vitalidade e a segurança do espaço urbano, uma vez que a cidade amplia a circulação de pessoas em períodos do dia, até então pouco aproveitados. Quais as possibilidades do poder público qualificar a mobilidade urbana das grandes capitais, de modo a construir um "novo normal" melhor que o antigo nesse setor? Há primeiro que compreender que o fenômeno que passamos reforçam a necessidade de se pensar no coletivo. Vivemos uma época de individualismo exacerbado, o que afasta as pessoas e polariza as relações. Esse processo de segregação impede que pessoas de diferentes classes sociais troquem experiências e criem oportunidades de melhoria de forma conjunta. Para romper com esse “ciclo vicioso” é preciso enfrentar a questão do financiamento do serviço. Durante a pandemia ficou escancarada a inviabilidade do modelo em vigor, em que somente os usuários que utilizam esses modos financiam o serviço (salvo alguns raros casos), o que penaliza o usuário, em geral de baixa renda, que tem que arcar com as altas tarifas. Municípios e empresas operadoras em momentos como este ficaram reféns do aspecto econômico e, consequentemente, limitados na oferta de um serviço de qualidade que garantisse a segurança dos usuários quanto ao contágio da Covid-19. Entendemos que a sociedade como um todo deve contribuir para a qualidade do transporte público. Um bom transporte público traz benefícios para todos, inclusive aos usuários dos automóveis, que passam a ter vias menos congestionadas e uma melhor gestão do sistema viário. . O segundo aspecto é pensar no planejamento associado à cidade. Pensar a partir das centralidades locais e regionais e somente depois na valorização das longas distâncias. É preciso conceber uma rede de transporte que garanta o acesso ao comércio local de bairros, com linhas circulares, de menores distâncias e mais baratas de forma a incentivar os usuários e promover a diversidade de atividades urbanas. Em seguida a relação dos bairros entre si, com linhas perimetrais, incentivando a economia e o desenvolvimento entre-bairros. Por último, em função da alta concentração e especialização do espaço urbano, pensar nas viagens de longas distâncias com destino ao centro principal. O objetivo é reduzir gradativamente a dependência da centralidade principal. Isso sempre dando prioridade ao transporte público no sistema viário. Ao conceber os serviços nessa estrutura, relacionando transporte e uso do solo, e com financiamento do serviço pela sociedade, permitindo o acesso do serviço a grande número de excluídos da mobilidade, acredita-se na viabilidade de construção de uma “nova mobilidade”. Uma mobilidade que devolva a cidade aos seus habitantes, garantindo a segurança de circulação e permanência, além de mais democrática, com a participação e utilização dos serviços por toda a sociedade. . LEIA TAMBÉM    

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Documentário sobre o padre Reginaldo Veloso tem pré-estreia na segunda

Após 3 anos de produção e pós-produção, o público poderá conferir no próximo dia 03/08 a pré-estreia do documentário “Reginaldo Veloso: O Amor Mais Profundo”, primeiro filme dirigido por Daniela Kyrillos, com produção da Manguezal Filmes. A data marca o aniversário de 83 anos do religioso, que foi administrador paroquial no Morro da Conceição nas décadas de 70 e 80, até ser expulso das funções sacerdotais por suas ligações com a Teologia da Libertação. Devido ao contexto que impede a participação do público, a exibição, que seria realizada junto à população local, teve de ser substituída pelas plataformas digitais no YouTube e Facebook. Contudo, a intenção da diretora e da equipe é voltar ao bairro para um lançamento especial quando possível, além de inscrever o longa nos festivais. Engenheira civil de profissão, Daniela Kyrillos fez um curso de Cinema Digital como hobby em 2015 na Aurora Filmes, e participou de algumas produções independentes, sendo esta a primeira em que dirige. “O material foi todo gravado em 2017 às pressas porque fui transferida do Recife para o Rio de Janeiro, e com isso, parte das entrevistas não teve as melhores condições técnicas. Mesmo assim, segui em frente pela paixão em compartilhar essa história”, afirma. O documentário, com 2h13min de duração, busca revelar um padre Reginaldo pelo olhar do amor como fio condutor. Ordenado em Roma em 1961, dois dias antes da conclamação do Concílio Vaticano II, ele volta ao Brasil em 1966 com a sensibilidade de lutar por justiça social ao lado das populações pobres e oprimidas, especialmente no bairro de Casa Amarela, zona norte do Recife. Contestando posições conservadoras da Igreja, o povo é inflamado a reivindicar do poder público o acesso à água, habitação, transporte e outros direitos fundamentais. “Busquei abordar o amor que cercou a vida inteira dele. Amor pelo pai, amor por Deus, e aí vem o amor pelos pobres, até que chega o amor de forma inesperada nos anos 90, quando vem a esposa e um filho”, afirma Daniela. A produção dá voz a diversas pessoas importantes para a comunidade e o contexto histórico e político dos movimentos sociais, durante a ditadura militar e a mudança de direção da Igreja Católica no Recife com a renúncia de Dom Hélder Câmara em 1985, como a líder comunitária Helena Lopes e o teólogo e professor da Unicap Gilbraz Aragão. SERVIÇO Pré-estreia do filme “Reginaldo Veloso: O Amor mais Profundo”, de Daniela Kyrillos Data: 03.08.2020 (segunda-feira), às 20h (Disponível por 48 horas) Endereços: www.youtube.com/oamormaisprofundo e www.facebook.com/oamormaisprofundo - Acesso Gratuito

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MPT em Pernambuco ultrapassa 1.000 denúncias trabalhistas relacionadas à Covid-19

Da Ascom do MPT-PE O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco ultrapassou, na semana passada, a marca de 1.000 denúncias relacionadas à Covid-19, chegando a 1.028 casos. O quantitativo representa 56% do total de denúncias recebidas pelo órgão ministerial de 1º de março a 24 de julho deste ano. Ao todo, o MPT em Pernambuco recebeu 1.820 denúncias de irregularidades trabalhistas. Ano passado, neste mesmo período, 1.321 reclamações haviam sido contabilizadas. As unidade de saúde são as mais citadas nas denúncias, seguidas de empresas de terceirização; e de ônibus; instituições de ensino; e concessionárias de veículos. Quanto às queixas dos trabalhadores, as principais falam sobre condições sanitárias e conforto no local de trabalho; indisponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs); atraso ou não ocorrência de pagamentos; e jornada extraordinária em desacordo com a lei. No primeiro balanço divulgado pelo MPT em Pernambuco, no mês de maio, exatamente dois meses após a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevar o estado de contaminação pelo novo coronavírus à categoria de pandemia, o órgão ministerial havia apurado 592 denúncias que citavam a Covid-19. Nos dois últimos meses, houve um incremento de 436 novas denúncias, o equivalente a um aumento de 73% nos registros. ATUAÇÃO No combate à Covid-19, desde o início da pandemia, o MPT em Pernambuco instaurou 248 inquéritos civis, propôs 19 ações civis públicas e emitiu 215 notificações recomendatórias, segundo boletim sobre atuação da Regional durante a pandemia do novo coronavírus. BRASIL Em todo o País, o Ministério Público do Trabalho (MPT) recebeu 26.311 denúncias relacionadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia. Até a última semana, foram ajuizadas 222 ações civis públicas e firmados 78 Termos de Ajuste de Conduta (TACs). Também foram expedidas 11.581 recomendações e instaurados 5.902 inquéritos civis relacionados à pandemia. DENÚNCIAS As denúncias ao MPT em Pernambuco podem ser feitas aqui, através do site do órgão ministerial, ou pelo aplicativo Pardal, disponível para sistemas Android e IOS. O denunciante pode optar pelo anonimato no momento do registro.

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