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Feira de Artesanato do Recife terá dois dias em Boa Viagem e versão itinerante na Zona Norte

A partir de setembro, evento contará com edições no sábado e domingo no Segundo Jardim e estreia no Jardim do Baobá. Fotos: Hélia Scheppa/Prefeitura do Recife A Feira de Artesanato do Recife vai ganhar novo formato a partir de setembro. O evento, que reúne em média 80 expositores de várias cidades de Pernambuco, passará a acontecer não apenas no último sábado do mês, mas também no domingo, ampliando sua programação no Segundo Jardim de Boa Viagem, à beira-mar da capital. Além disso, o público da Zona Norte também poderá prestigiar a iniciativa, que terá sua primeira edição itinerante no Jardim do Baobá, nas Graças, no dia 20 de setembro. Segundo o prefeito João Campos, a ampliação reforça o impacto econômico e cultural da feira. "A Feira de Artesanato do Recife é um verdadeiro sucesso. Nós fazemos no Segundo Jardim de Boa Viagem, no último final de semana. Antes, era só um dia, agora serão dois dias. São mais de 80 expositores de 30 cidades diferentes, na nossa principal avenida da praia, apresentando para turistas e moradores locais, além de movimentar a economia”, destacou. O gestor ainda ressaltou que o evento movimenta cerca de R$ 250 mil por dia em artesanato e gastronomia. Com curadoria da Crabolando e realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer, a feira também valoriza a economia criativa. De acordo com o secretário Thiago Angelus, a iniciativa possibilita que turistas tenham acesso à diversidade cultural de Pernambuco sem sair da capital. Além do artesanato, o evento conta com polos gastronômico e infantil, oficinas gratuitas e atrações que incluem vinhos, cachaças, cafés, queijos e o tradicional bolo de rolo. A cada edição, a feira reúne representantes de mais de 30 municípios pernambucanos, entre eles Caruaru, Tracunhaém, Pesqueira, Garanhuns e Petrolina, fortalecendo a tradição artesanal do estado. Nesta edição, houve também homenagem ao artesão Cícero Morais, de Sirinhaém, referência no trabalho em madeira e participante desde a primeira feira, falecido no último dia 28. Serviço Feira de Artesanato do Recife📍 Local: Segundo Jardim de Boa Viagem (edições fixas) e Jardim do Baobá, nas Graças (edição itinerante)📅 Data: A partir de setembro – sempre no último sábado e domingo do mês; edição itinerante em 20/09🎟 Entrada gratuita👥 Classificação: Livre

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Renda Renascença em livro: tradição do Agreste ganha registro histórico e manual ilustrado

Obra de Ana Flávia Mendonça preserva a memória têxtil pernambucana e será lançada em Pesqueira e Recife A delicada arte da Renda Renascença, patrimônio cultural do Agreste pernambucano, ganha novo fôlego com o lançamento do livro “Renda Renascença: passo a passo com linha e agulha”, da artista e pesquisadora Ana Flávia Mendonça. O trabalho, fruto de sua dissertação de mestrado, transforma em páginas a tradição oral passada de geração em geração em Poção, município considerado berço da técnica em Pernambuco. A iniciativa busca valorizar o ofício das rendeiras e preservar a memória desse saber artesanal. Com três capítulos, a obra percorre desde o resgate da história de Dona Odete Primo Cavalcanti, integrante do primeiro grupo produtivo de renascença no estado, até os resultados de uma pesquisa de campo com 69 rendeiras de Poção, que revelou tanto os desafios quanto as potências da cadeia produtiva. Além disso, o livro apresenta uma representação visual inédita do passo a passo de 16 pontos da renda, tornando-se ao mesmo tempo registro histórico e guia prático para novos aprendizados. A publicação conta ainda com o prefácio da Profª Drª Maria Alice Vasconcelos Rocha, do departamento de Design da UFPE, que destaca: “A renda renascença encanta à primeira vista, mas só revela toda sua profundidade quando entendemos o tempo, a paciência e o afeto investidos em cada ponto”. Com diagramação da designer Isabela Loepert, o livro alia técnica e sensibilidade, reafirmando a resistência silenciosa das mulheres que seguem tecendo tradição no Agreste. SERVIÇOLançamento do livro “Renda Renascença: passo a passo com linha e agulha”📍 PESQUEIRA – 19/08, às 10h | Biblioteca Municipal📍 RECIFE – 20/08, às 9h | Faculdade SENAC – auditório (22º andar) | Durante a 18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural🎟 Evento gratuito | Classificação: livre

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Fenearte promocao Rodrigo Goncalves

Fenearte 2025 movimenta R$ 163 milhões e bate recorde de público em Pernambuco

Com mais de 340 mil visitantes, feira fortalece economia criativa e gera impacto social e ambiental positivo A 25ª edição da Fenearte — Feira Nacional de Negócios do Artesanato — alcançou marcas históricas, com circulação de 340 mil pessoas e uma movimentação financeira de R$ 163 milhões, consolidando-se como a maior feira do segmento na América Latina. Realizada de 9 a 20 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a feira reuniu cerca de 5 mil artesãos em 700 espaços comerciais. A próxima edição já tem data marcada: 8 a 19 de julho de 2026. A pesquisa da Empetur revelou que 99,1% dos visitantes aprovaram o evento em 2025. A maioria afirmou que a feira superou suas expectativas, e 95,86% demonstraram interesse em retornar no próximo ano. Do lado dos expositores, 98,1% manifestaram intenção de participar novamente em 2026. "Em uma edição histórica, encerramos esta Fenearte com números que nos alegram e nos impulsionam a realizar uma feira maior e melhor a cada ano", afirmou Ana Luiza Ferreira, diretora-presidente da Adepe. A programação diversificada também foi destaque. Foram realizadas 168 oficinas de práticas artesanais, aulas de gastronomia com o tema “Casas de Farinha”, desfiles de moda, exposições temáticas e apresentações culturais com 78 atrações. Além disso, a feira promoveu acessibilidade com intérpretes de Libras e audiodescrição para 368 visitantes com deficiência, reafirmando o compromisso com a inclusão. A sustentabilidade também foi pauta prioritária. Durante os 12 dias de feira, 8,7 toneladas de materiais recicláveis foram triadas por mulheres da Cooperativa Ecovida Palha de Arroz, gerando mais de R$ 53 mil em renda para o grupo. A feira ainda recolheu 1,4 tonelada de resíduos orgânicos para compostagem. Essas ações evitaram a emissão de 28,9 toneladas de CO₂ — o equivalente à atuação de 202 árvores. “A Fenearte é a mais importante política pública para o artesanato e para a economia criativa, pela dimensão que tomou ao longo desses 25 anos, e que continua a reafirmar”, destacou Camila Bandeira, diretora-executiva da 25ª Fenearte e da Adepe. A feira também poderá ser visitada virtualmente pelo projeto Patrimônio PE Digital, que disponibiliza um passeio 360º pela Alameda dos Mestres no site dos Museus Digitais de Pernambuco.

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artesanato barro

A Economia do Artesanato: artesãos transformam inspiração em negócios sustentáveis

Impulsionados pela Fenearte e, em muitos casos, com apoio de entidades e políticas públicas, os pequenos empreendedores do setor consegue gerar e promover o desenvolvimento de suas comunidades *Por Rafael Dantas O barro se transforma em cerâmica, os fios de lã viram tapetes e a madeira ganha formas nas mãos dos artesãos. Essas e tantas outras tipologias, como a pedra e até mesmo a sucata, representam a união de inspiração, talento e saberes que há tempos moldam a identidade cultural de Pernambuco. Esse legado, somado ao empreendedorismo e à profissionalização, também impulsiona negócios e desenvolvimento. A combinação tem levado pequenos artesãos, associações e pequenas empresas a ultrapassarem fronteiras, exportando suas criações da Região Metropolitana e do interior para o Brasil e o mundo. A Fenearte, que reúne centenas de artesãos pernambucanos, dos mais diversos municípios, é a principal passarela de todo esse trabalho que coloca lado a lado mestres consagrados e novas gerações de artistas e empreendedores. Apesar da importância da feira, que movimentou R$ 108 milhões no ano passado, a vitalidade desse segmento vai muito além dos 12 dias do evento. Gera emprego, renda e muita cultura ao longo dos 12 meses do ano.  “As pessoas cada vez mais veem o artesanato como trabalho e fonte de renda principal, não secundária. As pessoas valorizam, reconhecem o valor agregado dessa atividade. Além disso, o artesanato pernambucano está bem-posicionado no Brasil e no exterior, o que atesta a nossa biodiversidade, cultura e identidade”, afirmou Camila Bandeira, diretora de Promoção da Economia Criativa da Adepe (Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco). "As pessoas cada vez mais veem o artesanato como trabalho e fonte de renda principal, não secundária, e reconhecem o valor agregado dessa atividade. O artesanato pernambucano está bemposicionado no Brasil e no exterior, o que atesta a nossa biodiversidade, cultura e identidade." Camila Bandeira Pernambuco tem 16.339 artesãos ativos pelo Sicab (Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro), deste mês. Como a atividade é muito informal e em muitas comunidades uma pessoa é cadastrada para fazer a comercialização de um produto construído coletivamente, o número de profissionais que vive da atividade é muito maior.  A  pesquisa Diagnóstico do Artesanato Brasileiro e Planejamento Estratégico, coordenada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2021, apontou que 18% do total de pessoas ocupadas no País em atividades artístico-culturais, são do artesanato. Entre 2012 e 2021, houve um crescimento de 26% do número de profissionais no setor.  Marcos de Sertânia tornou sua arte conhecida e a cidade se firmou como celeiro de talentos. Trabalham com o mestre de 15 e 20 pessoas e outros seis coletivos surgiram na região. Ele montou um local para ateliê e exposição, que vai ganhar um café, e espera torná-lo um ponto turístico. Um dos nomes que simboliza bem a transformação do fazer manual em atividade econômica é Marcos de Sertânia. A mais de 300 quilômetros do Recife, o município sertanejo se firmou como um celeiro de talentos. Só no ateliê do mestre, entre 15 e 20 pessoas estão envolvidas na produção. Marcos destaca ainda que outros seis coletivos surgiram na região, consolidando o nome da cidade no cenário da cultura popular pernambucana. “A gente fortaleceu isso no interior. Pegamos dinheiro de fora para injetar na economia da nossa cidade. O maior empreendedorismo para a gente foi esse”, celebra o mestre. Marcos, inclusive, construiu um novo espaço para ateliê e exposição, que ainda vai ganhar um café. A expectativa é que se consolide como um atrativo turístico de Sertânia. Há 38 anos na atividade, Marcos construiu seu talento com o aprendizado vindo de feira em feira. Suas esculturas de animais de membros longos conquistaram espaço em galerias, coleções particulares e eventos culturais. O cachorro – peça mais vendida do ateliê – lembra, por coincidência, a personagem Baleia, da obra Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Curiosamente, Marcos só conheceu a história depois de já representar, por instinto e inspiração no Sertão, a figura que se tornaria a marca do seu trabalho. COMUNIDADES DO ARTESANATO Por trás dos mestres, não é incomum existirem verdadeiras comunidades de artesãos. Inclusive, diferentes gerações vivendo do artesanato. Esse é o caso do Sítio Rodrigues, que fica em Belo Jardim. “Lá é um berço de artistas. É uma comunidade com mais ou menos 200 habitantes, mas tem três mestras: Cida Lima, Neguinha e Nanai e a minha mãe, que infelizmente faleceu. Fora elas, tem uma grande parte da população que também trabalha com barro”, conta Carol, que veio para a Fenearte ao lado da irmã Pepinha, trazer o DNA de Luiza do Tatus, que morreu em 2023.  Carol brinca com o barro desde criança. Na adolescência passou a fazer suas próprias peças em forma de onças. Com a despedida da matriarca, ela reproduz as peças de Luiza dos Tatus, mas também tem obras de sua inspiração à venda. A irmã é mais recente na atividade, tendo a experiência de contribuir no acabamento das peças, e fez a sua primeira participação na Fenearte neste ano.  O Sítio Rodrigues, em Belo Jardim, é um berço de artistas. Entre as mestras mais conhecidas está Luiza dos Tatus, falecida em 2023, mas cujo talento foi passado para suas filhas Carol (esquerda), e Pepinha (direita), ao centro o pai delas, João José de Cazuza. Com foco na produção do ateliê, sobra pouco tempo para se capacitar como empreendedora. Mas Carol afirma que algumas formações foram oferecidas no município. Apesar dos obstáculos, como a baixa remuneração e a dificuldade para escoar a produção, a família resistiu. Com a Fenearte um novo horizonte começou a se desenhar. “A partir da Fenearte passou a abrir as janelas para nosso trabalho. As pessoas começaram a valorizar mais e as peças passaram a ter um valor diferenciado”. Entre fios e inspirações, uma cidade pernambucana que gira em torno da tapeçaria é Lagoa do Carro. Quem passeia pelas inúmeras ruas da Fenearte vai encontrar sete estantes com as mestras. Isabel Gonçalves, há 44 anos na atividade

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Mariana Guerra Fenearte

Fenearte celebra 25 anos com diversidade, memória e economia criativa

Com o tema “A Feira das Feiras”, maior evento de artesanato da América Latina reúne mais de 5 mil expositores até 20 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco A Fenearte chega à sua 25ª edição reafirmando seu protagonismo como maior feira de artesanato da América Latina. Até o dia 20 de julho, o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, será palco de um grande encontro da cultura popular e da economia criativa, reunindo mais de 5 mil artesãos e empreendedores de Pernambuco, de outros estados e de países convidados. Com o tema “A Feira das Feiras”, a edição de 2025 presta homenagem à própria trajetória e às feiras livres do estado, berços da produção artesanal local. A estrutura da feira abriga mais de 700 estandes, com espaços como a Alameda dos Mestres, salões de arte popular, setor de etnias indígenas, economia solidária e design. Ao longo dos doze dias, o público poderá participar de oficinas manuais, desfiles, aulas de gastronomia, lançamentos de livros e shows — serão 70 apresentações culturais, com destaque para nomes como Devotos, Ave Sangria, Xangai e Sagrama. A abertura acontece nesta quarta-feira (09), com programação no palco Pernambuco Meu País, a partir das 15h. Entre as novidades da edição está o Pernambuco Plural, que ocorre de 10 a 13 de julho no mezanino, reunindo exposições imersivas e debates com criadores da plataforma Trama Afetiva. A feira também conta com um espaço infantil com oficinas e atividades lúdicas para crianças de 0 a 10 anos, além de ampla praça de alimentação, com opções artesanais e gastronômicas em diversos formatos. Outro destaque é o investimento em acessibilidade, com visitas guiadas, Libras e audiodescrição disponíveis mediante agendamento. Com acesso facilitado, a Fenearte ampliou o serviço gratuito de traslado para cinco shoppings da Região Metropolitana: Recife, RioMar, Patteo, Tacaruna e Plaza. Quem preferir ir de carro poderá utilizar o estacionamento do Centro de Convenções. Os ingressos estão à venda online e em pontos físicos, com valores entre R$ 6 e R$ 16, a depender do dia e da categoria de entrada. Realizada pelo Governo de Pernambuco por meio da Adepe, a Fenearte é reconhecida como uma das mais importantes políticas públicas voltadas à valorização da cultura artesanal no Brasil. SERVIÇO📍 25ª Fenearte — Feira Nacional de Negócios do Artesanato📅 De 09 a 20 de julho de 2025📌 Centro de Convenções de Pernambuco (Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n - Salgadinho, Olinda) ⏰ Horários: 🎟️ Ingressos: 🚌 Traslados gratuitos saindo dos shoppings Recife, RioMar, Tacaruna, Patteo e Plaza, das 13h às 23h (dias úteis) e das 9h às 23h (fins de semana) ♿ Acessibilidade: Agendamentos via WhatsApp (81) 99837-3510👧 Espaço Infantil: Atividades para crianças de 0 a 10 anos. Inscrição no local: R$ 30 (meia hora) | R$ 60 (uma hora)

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Marisqueiras quilombolas lancam colecao de biojoias e pecas em croche hiperbolico na Fenearte 2025

Marisqueiras quilombolas de Goiana lançam coleção de biojoias e crochê hiperbólico na Fenearte 2025

Nova linha artesanal feita com conchas e fios sustentáveis une tradição, design e inovação, com expectativa de crescimento de 25% no faturamento As marisqueiras quilombolas da Povoação de São Lourenço, em Goiana, no litoral norte de Pernambuco, voltam à Fenearte com força e criatividade em 2025. Com peças que misturam crochê hiperbólico e biojoias feitas a partir de 17 espécies de conchas, o novo trabalho será lançado nesta quarta-feira (9), na abertura da maior feira de artesanato da América Latina. O coletivo espera crescer 25% em faturamento em relação ao ano passado, consolidando-se como referência em inovação artesanal, economia circular e sustentabilidade. Reconhecida como comunidade quilombola desde 2005, São Lourenço é formada por cerca de 300 famílias que vivem da pesca artesanal e da coleta de mariscos. Essas atividades, passadas entre gerações, agora também servem de inspiração para o artesanato que carrega as marcas da paisagem local — o mangue, o mar e as praias de Carne de Vaca, Atapuz e Ponta de Pedras. Com um design orgânico e sustentável, as peças evocam movimento e ancestralidade, trazendo formas curvas inspiradas na natureza e nas técnicas matemáticas do crochê hiperbólico. A coleção 2025 apresenta bolsas com ondulações que lembram o mar, brincos com design de búzios e lamparinas com estética poética. Os materiais naturais são recolhidos com responsabilidade ambiental pelas artesãs, respeitando o ciclo das marés e a biodiversidade local. “Foi nosso maior desafio e também nossa maior alegria. O crochê hiperbólico nos ensinou a pensar o fio como água, a dar movimento ao que antes era rígido”, afirma Cecília Gouveia, uma das líderes do coletivo. Em 2024, as artesãs surpreenderam o público da Fenearte com um desfile de roupas e bolsas inspiradas em redes de pesca. Agora, retornam com uma proposta ainda mais sofisticada, reafirmando o protagonismo de mulheres negras na economia criativa e sustentável de Pernambuco. As imagens da nova coleção foram clicadas pelo designer e fotógrafo Anderson George, que traduziu em imagens a força estética e simbólica do território. Serviço:Fenearte 2025 – Lançamento da nova coleção das marisqueiras quilombolas de Goiana📍 Estande da Loja MAPE – Moda Autoral de Pernambuco (Rua 5)📅 A partir de 9 de julho📍 Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda – PE

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Trabalho de Wagner Porto Foto Cristiana Dias Acervo Adepe

Jornadas Criativas: Oportunidade de formação para os artesãos pernambucanos

Eventos promovem capacitação e inovação no setor artesanal. Foto: Cristiana Dias Para celebrar o Mês do Artesão, o Governo de Pernambuco e o Sebrae/PE lançam, em março, as Jornadas Criativas, parte do Programa Pernambuco Artesão. Os eventos ocorrerão em diversas cidades do estado, oferecendo uma excelente oportunidade para artesãos de todas as regiões. Datas e Locais: Programação e Temas A programação contará com a palestra "Artesanato: Da Produção ao Mercado", conduzida pela especialista em gestão de projetos de artesanato Dorotéa Naddeo (MG). Serão abordados temas relevantes, como identidade cultural, estratégias de comercialização e acesso a novos canais de venda. Além disso, haverá um debate intitulado “Artesanato e Desenvolvimento”, mediado pelo laboratório de Design da UFPE, que apresentará o Estudo da Cadeia Produtiva do Artesanato de Pernambuco. Consultorias e Mentorias As Jornadas Criativas também oferecerão mentorias e consultorias nas cidades-sede, com 20 vagas disponíveis em cada local. Artesãos selecionados terão a chance de participar de encontros com designers e especialistas do mercado da economia criativa, proporcionando um ambiente de criação e inovação. Esta é a oportunidade ideal para desenvolver novas peças ou coleções! Inscrições Para garantir sua vaga, inscreva-se no site: Programa Pernambuco Artesão. No site, você também encontrará o cronograma completo das Jornadas Criativas.

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Muhne lançará plataforma digital de fomento à arte popular nordestina

Para dar visibilidade aos artesãos e artesãs, a Fundação Joaquim Nabuco, por meio do Museu do Homem do Nordeste (Muhne), lançará em julho o projeto “Artesão em Rede”, 1ª etapa. Será uma plataforma digital integrada ao site da Fundaj que promoverá o acesso e o conhecimento da população à arte popular da região Nordeste. Já a 2ª etapa terá o nome de “Arte em Rede”. A ideia é a mesma, mas nesse segundo momento haverá a divulgação de artistas plásticos e outros tipos de arte. A data do lançamento ainda não foi definida pela instituição. “O projeto digital vai enriquecer e ampliar ainda mais o acervo da casa. A plataforma que está sendo desenvolvida é uma ferramenta de pesquisa, divulgação e reconhecimento dos trabalhos artísticos nordestinos. O exercício da arte pode ser representado através de várias formas, como iremos mostrar na plataforma”, afirmou o presidente da Fundaj, Antônio Campos. Em seu site, a Fundaj disponibilizará uma aba exclusiva para o “Artesão em Rede”, onde o público terá informações sobre artesãos e artesãs nordestinos e suas respectivas obras. A plataforma ainda permitirá que o artesão ou a artesã faça um autocadastro para a divulgação da sua ficha técnica e esculturas. A ideia da ação é justamente mostrar os trabalhos artesanais artísticos e estimular a venda de peças, além da criação de um banco de dados com as informações dos mestres e das mestras. Com isso, é possível fazer um mapeamento das diversas tipologias do artesanato e arte popular. “O projeto é de inclusão. O intuito é ajudar a fomentar o comércio da arte popular, fazendo com que a população chegue mais próximo do artesão/sã. Vamos criar uma plataforma que o artesão pode se autocadastrar. Com isso, faremos uma primeira seleção dos artesãos e depois disponibilizaremos no site da Fundaj para o público em geral. A outra questão é que o site não é momentâneo, ele vai além por ter todo um processo de cadastro e seleção. Então, pretendemos torná-lo permanente”, destacou o coordenador do Museu do Homem do Nordeste, Fred Almeida. A partir de uma seleção prévia, o projeto “Artesão em Rede” também possibilitará a realização de exposições virtuais pelo Museu do Homem do Nordeste. A instituição é responsável por proporcionar ações educativas e culturais voltadas para o interesse público, destacando-se o incentivo e a promoção da produção artística da cultural popular e do artesanato. “Além de aproximar o contato entre a população e o artesão, a plataforma é um facilitador para o desenvolvimento do museu, até porque a arte popular é um dos nossos temas. Com o projeto, podemos fazer exposições e toda uma catalogação dos artesãos de todo o Nordeste”, pontuou Fred Almeida.

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O artesanato sobe as passarelas

Em contrapartida à velocidade cada vez maior do mundo globalizado contemporâneo, surgem movimentos de retorno a tempos mais idílicos, contemplativos e sólidos. Na moda, não é diferente. Mesmo na era da otimização e da produção em série, cada vez mais as peças artesanais, aos poucos, ganham espaço dentro do mundo fashion. Entre as vantagens que a produção manual oferece está o maior cuidado na confecção das peças, o fator ecologicamente sustentável e a singularidade das criações, que estampam as raízes culturais do local de onde foram produzidas. Apesar desses pontos positivos, a moda artesanal ainda enfrenta alguns problemas para aumentar a sua demanda. Entusiasta do artesanato, Ronaldo Fraga, renomado estilista mineiro, esteve no Recife em julho, durante a Fenearte, onde ministrou uma oficina pelo Sebrae. Com uma visão antropológica e política da moda, Fraga ficou conhecido pela criatividade e por integrar elementos artesanais às suas coleções. “É inconcebível realizar o meu trabalho sem estar sempre ‘sentado à mesma mesa’ de um fazer e de um saber tradicional que venha do artesanato. Além de ser uma fonte da arte contemporânea, sem dúvida alguma, é onde revelamos as marcas da nossa ancestralidade”, reconhece o designer. Mas no Brasil essa visão de Fraga não é unanimidade porque, na avaliação do estilista, existe um preconceito com a criação feita à mão. “As pessoas costumam associar o artesanato como aquilo feito por pobre e tendo que comprar para ajudar o pobre”, constata. Para reverter essa perspectiva, ele faz um contraponto com a realidade de outras nações. “Temos que mirar países e sociedades como a europeia e a japonesa em que o luxo é justamente o feito à mão”, compara. O pouco prestígio dado ao artesanato preocupa artesãs como a bordadeira Lúcia Firmino, que teme o fim da tradição do bordado em Passira, no Agreste Pernambucano, onde a nova geração não se interessa em levar o legado adiante. “Minha preocupação é manter essa herança, fazendo palestras, conversando, formando grupo de jovens para repassar o conhecimento e deixar viva a memória da minha cidade”, conta Lúcia, que se ressente da falta de incentivos. “Não existem políticas para formação de novos grupos e valorização do artesanato”, lamenta a mestra. Fraga destaca as dificuldades na própria produção artesanal, que nem sempre corresponde à qualidade requerida pelo mercado. “Hoje no Brasil, a gente vive um distanciamento, uma relação míope, onde o artesanato que se pretende ser vestível tem problema com a modelagem, com o olhar do designer, com a qualidade dos fios”. Fraga, porém, defende que o designer não pode interferir no trabalho do artesão a ponto de alterar sua essência. “Ele muitas vezes tenta dar ares modernosos para a tradição, e acho que precisaríamos unir os dois pontos, a tradição com a modernidade, assim ganharíamos todos”, sugere o estilista mineiro. Essa união equilibrada, foi feita pelo próprio Ronaldo Fraga em trabalhos desenvolvidos com as bordadeiras de Passira, nas coleções Turista Aprendiz, Athos Bulcão e Rio São Francisco. Lúcia ainda mantém na memória essa experiência. “Foi muito bom, porque abrimos os olhos para sairmos do nosso cotidiano. Tínhamos o hábito de bordar somente flores, e ele realizou um estudo conosco e conseguimos ampliar o nosso leque, bordando outras coisas. Nunca pensei em bordar uma lâmpada, ou um rio, ou os azulejos de Brasília”, destaca. “Não é que deixamos a tradição de lado, mas demos uma inovada naquele trabalho que nós fazíamos”, diferencia. Além da inovação, a experiência com o estilista tornou as bordadeiras mais conhecidas. “Hoje, quando as pessoas querem uma peça pedem para que seja produzida pelas meninas que bordaram com Ronaldo Fraga. Ficamos conhecidas como boas artesãs”, reiterou Lúcia, que acredita ser possível viver do artesanato. Tal crença se tornou realidade quando ela e outras artesãs formaram um grupo com o intuito de fortalecer a produção e criar uma maior independência na comercialização das suas peças. “Criamos uma marca Bordados de Passira, investimos na confecção de etiquetas, na criação de um site com loja virtual, aí facilitou muito”, afirma a mestra. O negócio se tornou mais lucrativo e hoje elas vendem até para shopping center. “Os consumidores já chegam pedindo um modelo exclusivo e é aí que encontramos um espaço”, explicou. “Também passamos a ter outro público, antes nossos clientes eram as sacoleiras, os visitantes da cidade, e agora conseguimos vender para o Brasil todo. Essa marca está fazendo com que hoje a gente se mantenha”, celebra a bordadeira. Os próximos passos do coletivo visam a valorização financeira da produção e novas opções criativas na confecção. “Ainda é nosso plano aumentar os preços da mercadoria porque, a cada dia, estamos nos aperfeiçoando mais. Buscamos tecidos diferentes”, conta Lúcia, que participa de um projeto da Fundarpe para realização de modelos com tingimento natural. “Essas peças serão um pouco mais caras. Mas quem vai usar é quem realmente conhece o processo e acredito que isso vai melhorar as vendas”, aposta. E é esse caminho de gerar valor que Fraga acredita ser o mais viável. “Uma peça de renda renascença, não é só para vestir. É uma obra de arte”, pontua o mineiro. “Muitas vezes as pessoas tentam trazer o artesanato para fazer produção em série, para concorrer com o bordado industrial e não tem que ser assim”, alega o estilista. A Fenearte tem sido um incentivo para a valorização da produção feita à mão e para gerar negócios aos artesãos. Segundo Lúcia, o evento é fundamental para a divulgação do trabalho e a conquista de novos pedidos. O Sebrae é outro ponto de apoio, ao qualificar os pequenos produtores de moda autoral, oferecendo ferramentas de gestão e inovação que permitam acesso a novos mercados. “Buscamos criar conexões que garantam a sustentabilidade dessa cadeia de valor. Ajudamos a construir novos modelos de negócios que considerem a cultura, a arte e o design como insumos para construção de uma imagem de marca, pois essa é a grande diferença da indústria de confecções para a moda”, defende Verônica Ribeiro, gestora de projetos de economia criativa da instituição. Exemplo disso é a Jornada

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8ª Edição da Feirinha da Torre no próximo sábado (10)

A Feirinha da Torre traz a cada edição parte do rico artesanato pernambucano, também da gastronomia local, da música, da poesia, da dança, teatro e circo. Está pautada nos princípios da Economia Circular e no agir consciente em relação ao consumo. No próximo sábado, dia 10 de agosto, o público terá mais uma oportunidade de desfrutar de um dia inteiro de atividades: uma oficina de construção de brinquedos em madeira oferecida pelos jovens do Espaço Ciência, e a outra também de brinquedos a partir de reaproveitamento de materiais. Mas a Feirinha conta com muitos outros atrativos, massoterapia, desenhos artísticos feitos na hora, incentivo ao uso de ecobags, campanha de recolhimento de brinquedos usados e/ou danificados, troca de materiais reaproveitáveis, etc. A partir das 16h a Feirinha dará início às atrações culturais. Nesta edição o Mamulengo Malasartes abre a programação. Em seguida, o Núcleo de Gênero Wilma Lessa da Escola de Referência de Ensino Médio Silva Jardim, levará ao espaço poesias diversas recitadas pelos jovens do projeto. Na sequência, o pianista e professor de música do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), Kelsen Gomes, fará uma performance ao piano. Os dançarinos T13, UX e G-1 (Tiago Cardoso, Felipe Alexandre e Diogeny Guilherme) trarão o Uncontrolled Movement, coreografia de dança urbana. Fechando o dia, o grupo musical Tertúlia de Goiana, na Zona da Mata Norte do Estado, promete um momento de sonoridade poética numa viagem musical singular. A Feirinha da Torre acontece todo segundo sábado do mês na Praça José Sales Filho, bairro da Torre. A entrada é gratuita e o evento encerra às 20h. SERVIÇO: O quê? Feirinha da Torre Quando? Dia 10 de agosto de 2019, das 10h às 20h. Onde? Praça José Sales Filho (Esquina da Av. Beira Rio com Rua Benjamin Constant, bairro da Torre, Recife.) Quanto custa? Gratuito

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