Arquivos Cerveja - Página 3 De 4 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

cerveja

Quem não lembra da Antárctica de Olinda?

Lembro de quando vi pela primeira vez um tipo de cerveja diferente das quais eu estava habituado a beber. As prateleiras eram restritas, poucos rótulos e uma ferrenha concorrência entre as cervejarias Antárctica e Brahma. Eram basicamente essas duas, pois aqui o mercado não era abastecido com variedades de rótulos. Vez por outro uma Cerpa (carinhosamente apelidada de “Cerpinha”, da cervejaria do Pará). Lembro quando a Brahma, em torno de 1985, lançou a Malt90. Eu e alguns amigos na época gostávamos dela, recordo que dizíamos que ela era “levinha”, em embalagens de 600ml e 300 ml, mas ela não foi bem aceita pelos consumidores e sua vida útil foi bem curta e logo foi retirada do mercado. Nos bares eram vendidas também garrafas de cerveja de 300ml, eram “buchudinhas”, chamadas de chopinho. Nos estádios de futebol eram comercializadas pelos gasoseiros (como era e ainda são chamados os vendedores de bebidas em isopor nos estádios). O ritual para por no copo era interessante, pois se abria a garrafa e mergulhava o gargalo no copo e, aos poucos, iam retirando até sair todo o líquido. Cervejas escuras basicamente apenas a Malzebier, que até hoje vemos no mercado, que é uma cerveja doce e caramelizada. Fazia parte do folclore dizer que fazia bem a mulheres grávidas, pois ajudava na amamentação. Um fato interessante é que na Alemanha ela não é considerada cerveja e sim um energético.   Mas voltando à “guerra” que existia entre Brahma e Antárctica, em que, pelos menos aqui em Pernambuco, a chamada “Antárctica de Olinda”, era disparadamente a mais apreciada. Era uma cerveja muito gostosa, uma pilsen que agradava muito o paladar de quem a bebia, se afirmava que o grande diferencial era a água que usava na sua produção, a água mineral Santa Mônica. Infelizmente, devido a uma questão fiscal, deixou de ser produzida aqui e por um tempo mudou a produção para a Paraíba. Quando isso ocorreu as últimas grades produzidas pela Cervejaria, sediada na Avenida Presidente Kennedy, em Olinda, eram muito disputadas, tendo até preços diferenciados e, para se certificar da sua procedência, conferia-se a tampa. Entre meus amigos cervejeiros tinham os que gostavam da Brahma, lógico, mas a mais popular era mesmo a Antárctica de Olinda.   Então para dar uma mexida no mercado em mais uma capítulo do que foi essa disputa acirrada, a Brahma lançou a Brahma-Extra. Era uma cerveja opaca, que chegávamos a ver os insumos dela no copo. Lembrava apenas na tonalidade uma weiss, mas bem mais clara. Não era fácil de se encontrar, mas ela era mais apreciada que a sua irmã, Brahma Chopp. Do lado da Antárctica veio a pilsen Extra. Pela tonalidade era parecia uma cerveja Ale, não tão avermelhada, mas bem mais encorpada, forte e saborosa. Era a que tinha a maior graduação entre todas. Era uma verdadeira disputa conseguir grades nas antigas distribuidoras, pois se dava-se a preferência de vendas para bares e restaurantes. Aposto que muita gente que leu esse relato lembrou de muitas experiências que viveu. Talvez quem não bebesse na época, pode ter se recordado do seu pai no domingo ou em um estádio de futebol, curtindo uma cerveja gelada. A tradição de consumir cervejas em Pernambuco é muito intensa, faz parte de nossa cultura, das nossas praias e do nosso convívio familiar. O alicerce do desenho do Polo Cervejeiro que hoje vive o Estado talvez venha daquela velha “Antarctica de Olinda” que você bebeu. O futuro agradece!

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O milho é o vilão da cerveja? (por Rivaldo Neto)

A mudança de hábito dos consumidores em relação ao mercado de cervejas é algo que estamos vivenciando no nosso dia a dia. Há alguns anos o nosso mercado nacional era extremamente restrito e as variações de marcas quase não existiam. Por muitos anos as marcas mais populares eram a Antactica e a Brahma. Depois da fusão das cervejarias e o surgimento de outros rótulos encabeçados pela gigante AMBEV deram um novo impulso ao cenário nacional. Marcas como Schincariol e Itaipava, só para citar algumas, também tinham uma fatia fiel do mercado em algumas classes de consumidores. Hoje com o mercado aquecido pelas cervejarias artesanais e caseiras e a entrada cada vez maior de rótulos importados, o consumidor passou a se informar mais sobre os insumos na produção de nossas cervejas e cereais como milho e arroz estão na maioria de suas receitas. O termo “Cereais não Maltados” dão um frio na barriga dos cervejeiros de plantão. Segundo a lei de pureza alemã a cerveja é composta por água, malte, lúpulo e levedura. Mas assim como a cevada, o milho e o arroz são responsáveis como fonte de açúcar na produção da cerveja na fase da mostura, que é o cozimento dos grãos.   A legislação brasileira deu o aval para inclusão de outros componentes no processo de produção das cervejas, com isso uma pesquisa recente feita pala USP aponta que as grandes cervejarias brasileiras usam 45% de milho em suas fórmulas em vez da cevada (malte). O limite é de 50%. Para ser considerada premium, uma cerveja deve conter a quantidade máxima de 25% de cereais não maltados. Mas o porque da inclusão destes outros cereais? O motivo disso é um só, o custo. O milho gira em torno de 30% mais barato que a cevada, sendo assim as grandes cervejarias optaram em baratear esses custos. Entre milho e a cevada nutricionistas afirmam que ambas trazem benefícios. A sensação de “estufamento” não necessariamente é motivado pelos cereais, pode ser também relacionada ao processo de fermentação. Muito mestres cervejeiros de grandes companhias afirmam que o milho dá leveza a cerveja, e que o consumidor brasileiro prefere cervejas leves. Mas isso está mudando, mesmo que sutilmente. Hoje muitas pessoas preferem investir numa cerveja mais elaborada (obviamente mais cara) que em uma mais barata. O popular “bebe-se menos, mas melhor”. O sabor começa a ser o carro chefe na escolha da bebida. Não que as cervejas com milho sejam ruins, longe disso , já bebi e logicamente beberei em algumas ocasiões. Recentemente experimentei uma cerveja da cervejaria mineira Wäls a Wäls Hop Corn, que faz justamente uma brincadeira com esse debate. Trata-se de uma IPA com milho e três tipos de lúpulo (Columbus, Cascade e Amarillo) e que realmente ficou excelente. Mas prefiro escolher rótulos com mais insumos de qualidade em suas fórmulas. Isso porque eu como consumidor e amante de boas cervejas, prefiro priorizar o sabor e um processo de produção mais elaborado. Isso é o uma opção mais pessoal, que pode não ser a da maioria dos consumidores que achem que isso não afeta o produto final. O importante é beber a cerveja que você gosta. *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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Passo a passo do bom consumo de cervejas (por Rivaldo Neto)

Tomar cerveja é uma das coisas mais prazerosas para os amantes da bebida alcóolica mais consumida no mundo. Mas para aproveitar tudo que ela tem a oferecer temos que ter alguns simples cuidados e um passo a passo básico (que é até divertido). Primeiramente não tenha receio de experimentar as mais variadas formas e estilos da bebida. A pouco tempo tínhamos uma variedade pequena e restrita. Que se resumia a algumas cervejas escuras e uma infinidade de Pilsens. Já vi algumas situações inusitadas acontecerem. Pessoas que afirmavam que não gostavam muito de cerveja, simplesmente mudarem de conceito. Justamente devido a restrição que citei acima. Consumidores que ao experimentar, por exemplo, uma IPA, mudar totalmente de opinião. Ou até uma Stout com aquele aroma de café. Depois de escolher um estilo em que o seu paladar se agrade mais, um dos itens mais importantes é o copo ou taça que se será usado. Faz toda diferença, posso garantir. Os copos e as taças foram pensados, e seus formatos tem um significado. Eles vão dar a sustentação sensorial para que a bebida tenha seu acondicionamento adequado para ser consumida. Observe bem a espuma. Ela diz muito sobre o estado da cerveja que você está consumindo. Veja se ela está homogênea. Saiba que a espuma é formada por componentes do lúpulo, proteínas e açúcares. Ela dá à bebida um aroma especial. A espuma ajuda ainda a manter a temperatura do líquido no copo e também a evitar o contato do chopp ou cerveja com o ar, minimizando a sua oxidação, que leva à formação de aromas indesejáveis. Não esqueça da temperatura. Isso também é imprescindível. Entenda também que quanto mais gelada a cerveja for bebida, menos sabor você irá sentir, pois a papilas estarão anestesiadas. Algumas regras mais básicas podem ajudar. Cervejas de baixa fermentação, como por exemplo as Lagers mais claras, devem ser consumidas em torno de O° a 4°C. As cervejas Weiss ou fruit beers entre 5° e 7°C. Entre 8° e 12°C para as Lagers Escuras, Pale Ale, Amber Ale, cervejas de trigo escuras, Porter, Helles, Vienna, Tripel e Bock tradicional. Esses pequenos cuidados vão fazer com que você tenha uma experiência das mais gratificantes e satisfatórias. No mundo das cervejas a regra principal é sempre ousar. Viajar nos sabores nunca será demais. MUNDO CERVEJEIRO A Cervejaria Pratinha, com sede em Ribeirão Preto (SP), lançou um aplicativo no qual os consumidores podem modificar as receitas das cervejas da marca. Chamado BeerHackApp, é mais uma ação que sustenta o conceito de evolução e experimentação constantes da cervejaria. A ideia por trás do slogan Beer ReExperienced é promover a busca praticamente infinita pelos melhores sabores. Para isso, a cervejaria mantém um laboratório de ideias em frente a fábrica e agora, afim de gerar colaboração em massa junto aos seus consumidores, traz o aplicativo gratuito. Seu funcionamento é simples. Depois de se cadastrar com login e senha, o usuário poderá alterar, de acordo com suas preferências, o teor alcoólico, o IBU (amargor) e a coloração da cerveja (baseada na quantidade de malte). Após finalizar suas escolhas, ele poderá ver sua cerveja na tela e deverá enviar os dados pelo próprio aplicativo. Ao final de um determinado período, a Pratinha fará uma média dos valores escolhidos pelos consumidores, fabricará a cerveja e avisará todas as pessoas que ajudaram a “produzi-la” de que ela estará à venda em edição limitada. “É um projeto inédito no país e desconheço que haja algo semelhante no mundo. Dessa forma, interagimos com nossos consumidores e passamos a conhecer melhor seus gostos e preferências, além de provar na prática nossa vocação para aperfeiçoar as receitas”, comenta o diretor da Pratinha, José Virgilio Braghetto. Os parâmetros de teor alcoólico, IBU e coloração que os consumidores poderão escolher estão dentro dos limites mínimos e máximos estipulados para cada tipo de cerveja de acordo com os parâmetros definidos pelo BJCP (Beer Judge Certification Program). *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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5 Cervejas caras... e inusitadas (por Rivaldo Neto)

Você com toda certeza já ouviu falar de vinhos caros. Vez por outra a imprensa noticia que uma certa celebridade ou alguma pessoa mais abastada pagou quantias exorbitantes para ter o delicioso prazer de deleitar-se com sabores únicos. Whisky também entra nessa restrita roda de produtos caríssimo e exclusivos. Com cerveja isso também não é diferente. E não podia deixar de ser, inclusive porque a bebida alcoólica mais consumida no mundo é a que também tem mais opções de variedades e insumos em seu preparo. Praticamente todos os países a produzem. De forma artesanal ou industrial, a cerveja para alcançar essa liderança tem uma característica que se diferencia das demais bebidas. Essa característica é a versatilidade, com ela não existem limites para mentes criativas e ousadas que buscam uma bebida perfeita. Nesse caminho surgem também como citado acima, as cervejas exclusivas, de insumos excêntricos, caros, raros ou com preparos tão diferentes que muitos curiosos (e abastados) não se sentem rogados e desembolsar quantias vultosas para sentir esses sabores únicos. Então vou listar 5 cervejas que se encaixam nesse perfil. Se você um dia se aventurar nessa experiência, se prepare para o inusitado. Vou começar por uma das mais excêntricas (e fortes também). Uma das minhas cervejarias favoritas é a escocesa BrewDog. Primeiro pela ousadia da empresa, é criativa e realmente faz cervejas diferentes para cervejeiros segmentados. Dessa vez confesso que me fez pensar no que é ousadia e o que é bizarrice, onde termina um para entrar o outro, mas vamos a cerveja. A cervejaria produziu a BrewDog The End Of History (BrewDog – O fim da História). Até o nome é inusitado. Trata-se de uma cerveja com grau altíssimo de variação alcoólica, possui inacreditáveis 55%Vol. Mas não é só isso, foram feitas apenas 12 garrafas (ainda bem pelo que vem a seguir). E que garrafas. As embalagens são esquilos e arminhos, animais submetidos ao processo de taxidermia, ou seja, empalhados. Custo: U$ 765 em torno de R$ 2.420. Se você é um explorador, no Egito você encontra o túmulo da rainha Nefertiti. Junto dela alguns barris de cerveja que depois de uma análise feita nos insumos do achado eram datados de 3.250 anos atrás. Pois o arqueólogo Barry Kemp aproveitou essa raridade, juntou-se a cervejaria escocesa Jim Merrigton e com esses insumos fabricou 1.000 garrafas da Tutankhamun Ale. A primeira alcançou a exorbitante marca de U$ 5.713 ou “módicos” R$ 17.994. Após algum tempo, ela não empolgou, baixou muito de preço, e hoje é vendida por U$ 55 ou R$ 175. Do espaço veio os insumos da cervejaria japonesa Sapporo. Isso mesmo, em dezembro de 2009 a empresa produziu a Sapporo Space Bailey. Isso porque na Estacão Espacial Internacional, japoneses e russos levaram sementes de cevada e lá produziram o insumo e depois de 5 meses a reenviaram para a terra. Com a cevada foi produzida a cerveja que é vendida ao preço de U$ 81 ou R$ 257. Alguns supermercados e locais que vendem cervejas importadas e artesanais tendem a baixar os preços das bebidas quando chegam perto dos seus prazos de validade para dar saída aos produtos. Mas se um dia você entrar em algum restaurante de luxo na Dinamarca, com uma determinada cerveja não acontecerá isso. A Carlsberg Jacobsen Vintage teve uma tiragem de apenas 1800 garrafas que foram produzidas entre 2008 e 2010, mas porque essa prática de baixar preços devido a prazo de validade não se encaixa nela? O motivo é que o prazo vai até 2059. Lógico que não vamos esperar até lá para provar não é? E pra ter acesso a cerveja mais longeva do mundo o desembolso é de U$ 295 ou R$ 934. E por fim, sabemos que a água é uma das coisas mais importantes na produção de cervejas. Da Austrália vem a cerveja mais cara a venda atualmente no mercado, a Nail Ale. Isso porque essa água vem “simplesmente” de um iceberg antártico. Somente 30 garrafas foram feitas. São oferecidas em leilões, pois a intenção é nobre. A renda arrecadada vai para um fundo para preservação de baleias na Antártida. O custo é de U$ 1.341 ou R$ 4.241. Mas segundo o site InfoMoney ela já chegou a ser vendida por U$ 1.850 ou R$ 5.846 a garrafinha de 500ml. Curiosas, bizarras, excêntricas, na verdade cerveja e diversão pura. E pra todos os bolsos. Concordam? MUNDO CERVEJEIRO Cervejaria Peba completa um ano e genuinamente pernambucana Água, malte e lúpulo. Pronto. Não, peraí. Acrescenta aí trigo ou limão siciliano ou laranja. Ou melhor, acrescenta os três ingredientes. Agora! E milho? Não, a artesanal já chegou no coração. Pronto. Há um ano nascia a Cervejaria Peba, mais pernambucana impossível. Foi aquela história, três amigos arretados, bebedores instigados. Perceberam que o que já era bom, podia ser melhor. Ligados no que acontecia no mundo cervejeiro e desbravadores de novas marcas e sabores, perceberam que a paixão pela cervejinha no calor podia ir além, poderiam dar um toque pessoal na produção. E foi, simplesmente assim, que nasceu a Cervejaria Peba, potencialmente a melhor cerveja em linha reta da América Latina. Agora a Peba conta com três tipos de cerveja e mira novos consumidores. Unidos pela paixão cervejeira e animados com a movimentação desse mercado em Recife, Igor Machado, Eric Almeida e Rick Monteiro deram início a produção totalmente artesanal, usando novas técnicas de qualidades e focados em potencializar novos sabores. “O universo cervejeiro está em processo de amadurecimento e apresenta grandes possibilidades de sabores, capaz de agradar do consumidor exigente com novos e fortes sabores até o aquele iniciante que não curte um amargor pesado”, explica Igor. E nesse novo universo de criatividade cervejeira, Recife começa a se destacar com a consolidação de novos rótulos e maior presença de pernambucanos na escolha dos verdadeiros bebedores. “O mercado artesanal ainda não ganhou grandes proporções como já aconteceu no sul do país, mas é notório que Pernambuco está ganhando destaque nesse mundo com um número cada vez mais expressivo de novas cervejarias caseiras

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10 curiosidades do mundo cervejeiro (por Rivaldo Neto)

01- A primeira cerveja em lata da história foi a norte-americana Krueger’s, lançada em 1935 e precisava de uma abridor e latas para tomá-la. 02 – Enchente de cerveja? Sim! Em 17 de outubro 1814, quatrocentos mil galões de cerveja Porter romperam um tanque e destruíram um bairro pobre na periferia de Londres. Foi com a cervejaria The Horse Shoe. Tal tragédia matou 8 pessoas. 03 – Benjamin Franklin foi jornalista, editor, autor, filantropo, político, abolicionista, funcionário público, cientista, diplomata, enxadrista e por fim inventor do Pára-Raio. Mas também é autor da célebre frase: “A cerveja é a prova viva que Deus nos ama e nos quer ver felizes”. 04 - Que tal se especializar e ser uma zitólogo? O prefixo ”Zito” vem do latim “zythum” e do grego “zithos”. Significa bebida feita a partir da fermentação da cevada germinada, fabricada pelos antigos egípcios. Sendo assim, a zitologia é o estudo da cerveja, o zítólogo é quem estuda a cerveja e a zitogastronomia é o estudo da cerveja sob a ótica gastronômica, quer dizer, é o ramo em que se estuda a cerveja enfocando em sua constituição, pela composição de ingredientes, de aromas, texturas, cores, sensações e combinações. 05 – Snow! Sim. Snow. Não estamos falando do Rei do Norte, John Snow, do seriado Game of Thrones, Snow é o nome da cerveja mais consumida no mundo. A bebida é produzida pela China Resources Snow Breweries, por meio de uma joint venture criada em 1994 entre a SAB Miller e a China Resources Enterprise Holding. Produz 51,2 milhões de hectolitros ao ano, logo atrás vem a Bud Light, com 48,4 milhões. 06 - O lugar onde mais se bebe cerveja no mundo por habitante é a república Tcheca. Mas onde mais se bebe cerveja no mundo também é na China. “Modestos” 48,9 bilhões de hectolitros. Em segundo lugar vem o tio Sam com 22 bilhões. 07 – Na Alemanha, no século XIX, as mães tinham o costume de tomar até sete canecas de cerveja por dia e acreditavam que isso era necessário na produção de leite materno e assim alimentar melhor os seus filhos. 08- Sabe qual a cerveja mais cara do mundo? A La Vieille Bon Secours que só é servida em um lugar, no bar Bierdrome, em Londres. Custa 1 mil dólares a garrafa. 09 – Você sabe que as cervejas trapistas são feitas por monges, em seus mosteiros. E o que se arrecada é usado em obras sociais? A denominação “Trapista” surgiu em 1662, no mosteiro cisterciense de Nôtre-Dame de La Trappe, quando foi reformado pelo fundador da “Ordem Trapista”, Armand-Jean Le Bouthllier de Rancé. Apenas 11 no mundo possuem seu selo de autenticidade. 10 – Você tem? Ou algum amigo seu sofre de cenosilicafobia? Bom, esse é o nome dado ao indivíduo que tem pavor de ver um copo de cerveja vazio (ou de outra bebidas alcoólicas no geral). A palavra cenosilicafobia vem do grego "Kenos", que significa vazio. Essa fobia na verdade eu acho que é o tic nervoso de todo o cervejeiro que se preza.... MUNDO CERVEJEIRO     A cerveja pernambucana Manguezal está lançando o seu novo rótulo, que por sinal ficou excelente. A criação foi de André Melo, e foi utilizado aspectos naturais dos manguezais, dando destaque a árvore rhizophora mangle com sua raízes entrelaçadas. Local: A Caverna, na rua Fernando Lopes, 78, Graças no dia 19 de agosto, as 16h.         *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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A vez das Dark Lagers (por Rivaldo Neto)

As cervejas de baixa fermentação tomam conta da maior fatia do mercado de cervejas do Brasil. São mais leves e refrescantes e com um teor alcoólico menor do que as de alta fermentação. Em sua maioria tem uma tonalidade mais clara que suas irmãs Ales, que tendem a ter uma cor mais avermelhada no geral. Cervejas de baixa fermentação são fermentadas em baixas temperaturas entre 6ºC e 12ºC com tempo de fermentação maior, com base em um processo inventado no século 19. São um pouco mais leves com graduação alcoólica geralmente entre 4% e 5%. As vezes fazemos alguma confusão em torno de termos e se confunde o que é Pilsen e o que é Lager. Uma das melhores definições didáticas que vi descreveu desta forma: Toda cerveja Pilsen é uma Lager, porém nem toda Lagers é uma Pilsen, isso porque a Lager é uma família e a Pilsen é um estilo. Mas para que estou dando essa rápida introdução? Como falei acima, o mercado nacional é dominado por cervejas mais leves. As cervejas mais escuras passam uma falsa ideia de ser uma bebida bem mais forte, o que na realidade não é. E com isso uma cerveja que vem ganhando cada vez mais adeptos é a Dark Lager. Mas o que são Dark Lagers? Dark Lager é caracterizada por uma cor escura proveniente da junção de malte e por vezes de caramelo, sendo que, em princípio, as Dark Lagers podem ter a junção de outros cereais. São cervejas leves e com bastante gás, levemente doces aproximam-se mais das lagers mais claras do que dos estilos de lagers escuras. E com isso, faz com que essas cervejas comecem a cair nas graças do consumidor brasileiro. Fora do Brasil, principalmente nos EUA, ela já é popular. Então quando se deparar com uma Dark Lager, prove! Vale demais a pena, pois vai abrir um espaço cativo na sua cervejeira ou na sua geladeira. Esse é o “lado negro da força” que vale a pena experimentar, para o deleite para qualquer cervejeiro Jedi. MUNDO CERVEJEIRO Muma promove harmonização de queijos e cervejas artesanais com vagas limitadas A MUMA, loja online de design autoral que traz a assinatura de profissionais emergentes e consagrados do mundo todo, abre seu showroom no bairro das Graças para uma conversa sobre como harmonizar cervejas e queijos em parceria com duas marcas locais consagradas: a Cervejaria Ekäut e o Laticínio Campo da Serra. “Nossa ideia ao abrir a loja sempre foi promover encontros e estabelecer diálogos. Esse é um evento que fomenta relacionamento com outros segmentos que também atendemos aqui na MUMA. Afinal, temos uma linha de cozinha e mesa completas”, conta Matheus Ximenes Pinho – sócio fundador e curador da marca. Serviço: Oficina de Harmonização de Queijos e Cervejas acontecerá no dia 15/07, Às 10h | Showroom MUMA| Rua Amélia, 470 – Bairro das Graças | Recife. Link para inscrição: http://goo.gl/HZcEia *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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Cervejas para vegano nenhum botar defeito (por Rivaldo Neto)

Cada vez mais as dietas e estilos de vida fazem parte do nosso cotidiano. Com isso, várias culturas através dos anos inserem também alguns diferentes produtos alcoólicos em seus hábitos alimentares, isso varia de acordo com os costumes. Fora o também chamado componente social que existe no consumo do álcool, sabemos que existem fatores positivos e negativos nesta prática. Com isso estilos de alimentação como o vegano não exclui as bebidas alcoólicas no geral, mas sim aquelas que contém matéria-prima animal em sua fórmula. Veganos são pessoas que adotam um estilos de vida livre do consumo de alimentos de origem animal. Abolem qualquer tipo de carne, mel, ovos e leite, apenas para citar alguns. A cerveja é basicamente um fermentado de origem vegetal, mas com um mercado efervescente e criativo, podemos encontrar várias bebidas com insumos animal como mel, leite e até bacon. Mas como podemos identificar se um determinada bebida é ou não vegana? Em alguns casos é fácil, como no caso de cervejas que claramente estampam em seus rótulos compostos de mel e chocolate (devido a lactose). Outras nem tanto como as cervejas condicionadas em barris (tradicionalmente inglesas) que são clarificadas com uma espécie de cola de peixe ("isinglass"). Essa cola de peixe é uma forma de gelatina muito pura que se obtém a partir das bexigas de alguns peixes de água doce, especialmente do esturjão. As refinações aceleram o processo que de outra forma ocorreria naturalmente. A Guinness por exemplo usava esse processo em sua produção e deixou da fazê-lo em 2015 devido a pressão de grupos de veganos por afirmar que não consumiam a bebida devido a sua composição. Hoje grandes cervejarias também procuram usar uma produção mais “politicamente correta”. Tanto a Heineken, quanto a Budweiser afirmam que não usam qualquer produtos com insumos animais em suas fórmulas. Aos que se interessam por mais informações, uma boa dica é o Barnivore, plataforma americana que possui dados sobre diversas cervejas, vinhos e outras bebidas, informando se as mesmas são veganas ou não. Para quem é vegano ou apenas se interessa em descobrir o que há por trás das bebidas que consumimos, vale uma visita! Outro site que vale muito a pena é o Lokobeer que desde 2015 contem um ícone que dá a discrição das cervejas com uma marca conforme abaixo, definindo se tal bebida é ou não vegana. MUNDO CERVEJEIRO Heineken compra a Brasil  Kirin? Fortes rumores no mercado dão conta da aquisição da Brasil Kirin, que produz a Schin, pela gigante Heineken. A japonesa Kirin Holdings teria chegado a um acordo com a cervejaria holandesa por cerca de U$ 870 milhões. Entretanto a Heineken não confirmou o fechamento da negociação. Urbana lança cerveja Busanfe Blanche Com o humor irreverente do laboratório paulista no nome e no rótulo, a artesanal do estilo Witbier é a aposta da cigana para este verão. O ano mal começou e a Cervejaria Urbana já está com novidade. Para quem pretende aproveitar os dias mais quentes do ano em grande estilo, ou até mesmo fugir deles com uma opção altamente refrescante, a cigana apresenta sua nova experiência, a Busanfe Blanche. Elaborada com malte de trigo e aveia, a artesanal é uma autêntica Witbier, estilo de cerveja belga que leva este nome por conta de seu aspecto claro. Com amargor na casa dos 11 IBUs e 4,8% de teor alcoólico, a Busanfe Blanche é uma cerveja leve e de alto drinkability. Para unir a nova receita ao bom humor de sempre, o laboratório não precisou ir muito longe. Desta vez, o sócio-proprietário da Urbana, André Cancegliero, foi quem "posou de garoto-propaganda" da nova cerveja, que ganhou ilustração divertida feita pela IBC Design. "Grande parte das cervejas do estilo Witbier tem o nome Blanche - branco - e mais uma palavra que a representa. A nossa é a Busanfe Blanche, que faz referência ao corpo e ao verão de forma divertida, porém sadia", explica André. Escolhida para dar as boas vindas a 2017, a nova cerveja da Urbana vai bem com saladas verdes, ceviche, sushis e frutos do mar. O produto está disponível em garrafa de 300 ml pelo preço sugerido de R$20. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto)

Nos áureos tempos em que aqui no Recife se comercializava a deliciosa “Antarctica de Olinda”, sempre ouvia dos mais velhos a seguinte frase: A diferença é a água. Naquele tempo o mercado de cervejas era muito restrito, se resumia em duas marcas apenas, ou era Antactica ou era a Brahma. A Antactica tinha uma tradicional e uma chamada Pilsen Extra, assim consequentemente a Brahma , uma igualmente tradicional e a Brahma Extra, todas duas com grande aceitação na época, mas lembro muito bem das colorações e sabores quem nem de longe parecem com as que hoje tomamos desses mesmos rótulos, com exceção da Pilsen Extra, da Antactica, que não existe mais, infelizmente. Vez por outra surgia uma “Malt 90” da vida, e como disse um amigo meu recentemente, quando lembramos dela solto um: “ Era levinha!” Mas logo saíam do mercado e eram substituídas por outros rótulos, digamos, mais comerciais pra época. Então saindo do saudosismo e voltando ao assunto da questão da água na cerveja. Podemos afirmar que é o principal ingrediente, já que sem ela, não poderíamos produzi-la. Começando que a cerveja é composta por 90% a 95% de água. Na produção comercial, para cada 1 litro de cerveja produzida, são utilizados cerca de 20 litros de água. Não tudo usado nos tanques, mas em seu processo de produção em geral, como por exemplo, na limpeza e pasteurização, somente para citar alguns processos. Bom que se diga que os estilos das cervejas estão intimamente ligadas com as propriedades da água utilizada no processo de fabricação. Os íons dos elementos químicos que fazem parte das composição da água reagem entre si com os demais insumos presentes na fabricação da cerveja, modelando as características que se queira atingir ou não. Vamos adiante para esclarecer melhor: Saiba que a água é classificada conforme a quantidade de sais minerais que ela possui e definida assim: - 0 – 50 ppm: água “mole” - 51 – 110 ppm: agua “média” - 111 – 200 ppm: água “dura” - 201 ppm em diante: água “super dura E é justamente esses minerais que determinam alguns estilos de cerveja, justamente reagindo com os insumos como citado acima. Sulfato: Principal responsável em intensificar o amargor do lúpulo, deixando-o mais seco. Pode deixar um sabor adstringente que é aquele que causa a contração das mucosas da boca, que ocorre quando algum alimento tem uma elevada quantidade de tanino. Isso acontece quando há ingestão de frutas verdes, por exemplo. Cálcio: É o que determina o que chamamos de “dureza” da água, influi no sabor e na clareza do líquido e tem uma efeito acidificante. Magnésio: Também responsável pela “dureza” da água. É a principal fonte de nutrientes das leveduras da cerveja. Se presente em grande quantidade, produz um amargor intenso. Bicarbonato: Grande dominante da composição química das fontes usadas na fabricação, por pertencer a família dos carbonatos. Cloreto: Dá o “start” na acentuação da doçura do malte. E não de deve ter mais de 250 ppm, ultrapassando esse valor pode impactar no “trabalho” das leveduras e estragar a cerveja. Sódio: Também ajuda na doçura do malte, não podendo ultrapassar 150 ppm, pois faz com que o líquido fique salgado no final do processo de produção. Importante dizer também que antigamente a qualidade da água era determinante para produzir alguns estilos de cerveja. Porém, hoje em dia, isso não faz mais sentido. A tecnologia é capaz de ajustar corretamente as propriedades da água para cerveja, dependendo de como o cervejeiro quer a água e qual estilo quer chegar.   MUNDO CERVEJEIRO Devassa parte na frente Depois de um ano de tantas mudanças, a Cervejaria Devassa, que faz parte do portfólio da Brasil Kirin, encerra 2016 com uma novidade que promete agitar os cervejeiros. Com inspiração numa tendência que tem ganhado cada vez mais força fora do Brasil, a marca agora lançará o Growler 2 Go, um recipiente de cerâmica, que se assemelha a um galão de vinho, feito especialmente para o armazenamento de chopp. Com esta novidade, Devassa pretende colaborar ainda mais com a disseminação da cultura cervejeira no país e possibilitar uma experiência muito além do bar. Disponível em todas as franquias da marca a desde do dia 20 de dezembro, a garrafa armazena até 2 litros de chopp e possui tampa de pressão, que evita a perda de gás carbônico, conservando frescor, sabor e qualidade por até dois dias. O lançamento traz a liberdade de se tomar um chopp de qualidade, fresquinho, na reunião com os amigos ou em casa. O Growler 2 Go permite também que o sabor da bebida seja apreciado com mais calma, tornando a experiência ainda mais agradável. “Hoje em dia as pessoas estão buscando cada vez mais levar as experiências para dentro de casa e com o Growler 2 Go sabemos que podemos oferecer exatamente isso para os nossos consumidores. Agora eles vão poder levar para casa o chopp Devassa e usufruir quando quiser e da forma mais fresca possível”, afirmou Jussara Calife, gerente de marketing de Devassa. Para garantir a qualidade do chopp, toda vez que o Growler 2 Go for reutilizado, ele receberá uma tag com informações sobre qual data e qual estilo foi envasado. O consumidor poderá escolher entre as 5 opções de chopes especiais da casa, todos puro malte: Loura Tropical Lager, Ruiva Tropical Red Ale, Negra Tropical Dark Ale, Sarará Tropical Weiss e Índia Tropical IPA, cuidadosamente tirados com creme, que ajudará na conservação do líquido. O valor do Growler 2 Go poderá variar de acordo com a região. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Você não curte colarinho na cerveja? Tá na hora de repensar (Por Rivaldo Neto)

O lúpulo, as proteínas e os açúcares são os componentes formadores da espuma, ou colarinho, como também o chamamos. Esse processo é de extrema importância para bebida, pois ele ajuda a manter a temperatura do líquido no copo. Facilita no desprendimento correto do aroma e serve como isolante também evitando que o ar entre em contato com a bebida e assim minimizar a sua oxidação. Para a “saúde” da cerveja que bebemos isso é fundamental. E nada de achar que a espuma faz com que “percamos” quantidade, até porque 70% volta ao estado líquido. Um colarinho bem formado, inclusive diz muito a respeito do que estamos bebendo. Sempre que uma cerveja for servida devemos observar sua espuma, como está sua formação e sua persistência. Lógico que levando em conta que isso pode variar em relação aos estilos. Um ponto importante é que as bolhas devem ser pequenas, com uma certa uniformidade e unidas. Alguns colarinhos podem ter características bem peculiares, podendo ser até “maciça”, esse caso ocorre se existir proteínas (dos grãos) suficientes para sua formação. Uma cerveja que não forma colarinho, ou não está apropriadamente carbonatada ou pode o copo em que foi servido conter impurezas ao ponto de impedir o processo de formação do mesmo. Isso a gente pode observar se as bolhas grudam-se nos lados do copo, mas não chega o topo do recipiente. Já quando o colarinho se dissipa rapidamente, com grandes bolhas, meio parecidas com sabão, esse comportamento acontece quando há uma “injeção” de estabilizadores de espuma (alguns desses estabilizadores são feitas de um derivados de alga marinha). Grandes cervejarias usam esses procedimentos, que podemos dizer que é um mal necessário, devido ao processo para o clareamento do líquido e manter a sobriedade da bebida. Cervejas que tem um puro malte, quase sempre possuem bolhas pequenas e com uma espuma cremosa e consistente. Abaixo algumas dicas de como devemos servir uma cerveja com um saudável colarinho: * Deite o copo ao uma angulo de 45 graus em relação à mesa, derramando a bebida aos poucos até a metade. Após, endireitar o copo e derramar o restante da cerveja, cuidando para que se produza cerca de dois dedos de espuma. * Lave muito bem o copo antes de servir a cerva. Restos de sabão ou gordura restante no copo podem “matar” a espuma e liquidar o seu prazer de beber. * Prefira servir a cerveja com o copo levemente molhado, o que favorece a criação da espuma. * Se alguém lhe oferecer, para fazer "firula", um copo gelado, recuse. O contato da cerveja com a temperatura do copo produz condensação que irá diluir a bebida a ponto de alterar-lhe o sabor e a temperatura correta na qual deveria ser servida. * Cerveja “estupidamente gelada” é apenas para quem não conhece de cerveja, para aqueles que querem apenas um líquido refrescante ou então para disfarçar o gosto de uma cerveja ruim.   *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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Nossas dicas de cerveja com rolha para brindar 2017 (por Rivaldo Neto)

Estamos na porta de 2017, que tal brindarmos com uma cerveja de rolha? Sendo uma bebida fermentada como o vinho, existe hoje no mercado vários tipos de cerveja com esse tipo de lacre e que não só preservam a integridade do líquido, como também dão uma certa elegância e glamour. Uma curiosidade é que são precisos 25 anos em média para que um tronco de sobreiro (árvore que dá a cortiça) comece a produzir cortiça para a elaboração de rolhas. Cada tronco do sobreiro tem que atingir em média um perímetro de 70 cm a 1,5 metro do chão. A partir de então, a sua exploração durará mais de 130 anos. Vamos sugerir três rótulos para dar uma toque diferente ao seu réveillon: Primeiro a Galoise Blonde, com 6,3%Vol e uma bela cor dourada, turva e bem carbonatada tem uma espuma bem cremosa e fina. Muito aroma de frutados característicos dos lúpulos florais que carrega. Tem um discreto amargor e bastante refrescante possuindo um retrogosto muito interessante. Indo para uma cerveja tripel estilo que se adiciona três vezes mais malte do que em uma cerveja “comum”. Possui aroma e sabores complexos, macios e com forte presença de frutas o que, às vezes, pode lhe conferir um paladar adocicado. Excelente equilíbrio entre o lúpulo e a cevada. A Tripel da La Trappe, contém todas essas características acima, ma com uma presença marcante de lúpulo. Sua espuma é densa e com uma boa carbonatação. Com 8,0%Vol é intensa e deliciosa. E pra finalizar a belga e ímpar Blanche de Namur, uma witbier realmente diferenciada, considerada uma das melhores Wits do mundo com vários prêmios no currículo a Blanche é suave e refrescante. Tem uma coloração turva e amarelada, espuma espessa e densa e muito aromática, uma verdadeira explosão de frutados com notas cítricas e especiarias, amargor muito discreto, quase que imperceptível, com seus equilibrados 4,5%Vol. Vale muito a pena! Que venha 2017 com mais descobertas nesse maravilhoso mundo das cervejas! Feliz ano novo! *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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