Arquivos Cidade - Página 2 De 4 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Sistema usa inteligência artificial para prever ocorrências de crimes em áreas urbanas

Na região central da cidade de São Paulo há 1.522 esquinas com maior probabilidade de ocorrência de assalto a transeuntes, além de outros pontos com alto risco de furtos e roubo de veículos ou de carga. Juntos, esses locais são responsáveis por quase metade dos registros desses tipos de crimes no centro da capital paulista. A identificação dessas regiões na cidade, que devem merecer maior atenção dos agentes de segurança pública, tem sido feita por meio de ferramentas baseadas em ciências de dados e inteligência artificial, desenvolvidas nos últimos anos por pesquisadores vinculados ao Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP. As ferramentas computacionais despertaram o interesse de órgãos e secretarias de segurança pública de cidades como São Carlos, no interior paulista, afirma Luis Gustavo Nonato, pesquisador responsável pelo projeto.“O objetivo é que essas ferramentas possam ajudar esses órgãos a predizer regiões das cidades com maior probabilidade de ocorrência de crimes, visando a implementação de ações preventivas”, diz Nonato. Uma das linhas de pesquisa do CeMEAI, sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP), campus de São Carlos, é a aplicação de técnicas de ciência de dados para compreender o impacto de fatores como a infraestrutura urbana, o fluxo de pessoas e até mesmo o clima em problemas como, por exemplo, o da criminalidade. Para realizar os estudos, são empregadas ferramentas da área de computação, matemática e estatística, mesclando técnicas de ciência de dados e de inteligência artificial, em especial, de aprendizado de máquina. Os resultados dessas análises complexas são apresentados por meio de plataformas de visualização computacional, de modo a facilitar a interação dos gestores públicos com os dados disponibilizados. “A ideia é ajudar os gestores a entender como esses fatores se correlacionam com ocorrências criminais, por exemplo, para auxiliar na criação de políticas públicas de baixo custo e com grande impacto econômico e social nas cidades”, diz Nonato. Criminalidade no entorno de escolas O projeto foi iniciado em 2015 por meio de uma colaboração com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV), outro CEPID financiado pela FAPESP. No âmbito dessa parceria, os pesquisadores do CeMEAI puderam ter acesso a uma grande quantidade de dados sobres crimes na cidade de São Paulo reunidos pelo NEV e empregar ferramentas de ciência de dados e inteligência artificial para identificar padrões de criminalidade e suas relações com variáveis externas associadas à infraestrutura urbana. A primeira ferramenta desenvolvida por meio da parceria foi o CrimAnalyzer – uma plataforma que possibilita identificar padrões de criminalidade ao longo do tempo em regiões da cidade e, dessa forma, verificar quais são os mais prevalentes em termos quantitativos, por exemplo. Por meio da plataforma, os pesquisadores realizaram estudo para avaliar a relação entre a criminalidade e a infraestrutura no entorno de escolas públicas na cidade de São Paulo. Reuniram dados de indicadores socioeconômicos, informações sobre a infraestrutura urbana, como pontos de ônibus e bares, além do fluxo de pessoas e histórico de crimes, como assalto a pedestres, de estabelecimentos comerciais e roubo de carros, durante o dia, à tarde, à noite e de madrugada, em um raio de 200 metros no entorno de 6 mil escolas públicas em São Paulo. Constataram que as escolas localizadas em regiões da cidade com melhores indicadores socioeconômicos e cercadas por um grande número de pontos de ônibus tendem a apresentar um maior número de crimes, principalmente roubo de carros e assalto a transeuntes – este último concentrado no período da tarde. O intenso fluxo de pessoas devido ao grande número de pontos de ônibus pode ser o fator a explicar o volume de assaltos de pedestres, diz Nonato. “Existe uma forte correlação entre pontos de ônibus e crimes no entorno dessas escolas”, afirma o pesquisador. “Isso mostra a efetividade dessa metodologia de ciências de dados para revelar padrões”, avalia Nonato. Resultado de uma colaboração, além do NEV-USP, com a Escola de Matemática Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as universidades federais do Espírito Santo (UFES) e de Alagoas (UFAL) e a New York University, dos Estados Unidos, o projeto está sendo implementado em São Carlos por meio de convênio da Secretaria de Segurança Pública da Prefeitura Municipal com o ICMC/USP para utilizar as ferramentas. “A prefeitura de São Carlos tem viabilizado o acesso a diversos dados, possibilitando um grande avanço no projeto”, diz Nonato. Séries temporais Uma das limitações do CrimAnalyzer é que os dados dos crimes estavam agregados por setor censitário – unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formada por área contínua e situada em um único quadro urbano ou rural. Essa forma de apresentação de dados prejudicava a captura de padrões de criminalidade. Em razão dos resultados alcançados com o projeto, os pesquisadores começaram a ter acesso a dados georreferenciados sobre crimes na cidade de São Paulo e desenvolveram uma nova ferramenta, batizada de Mirante. “O acesso aos dados georreferenciados fez uma diferença enorme no poder de análise e também na forma como passamos a apresentar e obter os padrões de criminalidade”, afirma Nonato. Por meio de tratamentos estatísticos, a plataforma faz o geoprocessamento em mapas de rua e, dessa forma, permite avaliar mudanças no padrão de criminalidade em locais da cidade ao longo do tempo. Ao analisar uma esquina em São Paulo que em 2010 não registrava roubos de veículos e que, a partir de 2017, começou a registrar, os pesquisadores observaram que um dos fatores que contribuíram para essa mudança foi a alteração no lado da via liberada para estacionamento.. Antes de 2010 era proibido estacionar no lado da via de mão dupla que dá acesso a uma avenida principal com ligação a uma via marginal. Com a liberação para estacionamento, aumentou o roubo de carros na região. “Isso pode ter facilitado aos criminosos roubar carros e sair rapidamente para a marginal, enquanto anteriormente eles teriam que dar uma volta dentro do bairro para poder ter acesso à marginal”, explica Nonato. Padrões de criminalidade

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Recife reabre praia e parques. Confira as regras

Após a autorização dada pelo Governo do Estado para que os municípios disciplinem o acesso a praias, parques e calçadões, o prefeito Geraldo Julio anunciou o retorno desses locais para a prática de corridas, caminhadas e ciclismo, já neste sábado (20). Ficam proibidos o comércio nesses espaços e também a utilização de qualquer estrutura para permanência no local, como cadeiras e caixas térmicas, além de banho de mar. O prefeito também anunciou o retorno da Ciclofaixa de Turismo e Lazer do Recife, com um percurso ampliado em mais 8 km, em pontos estratégicos de conexão com a rede ciclável fixa da cidade, garantindo 160 km de espaço exclusivo para os ciclistas. O retorno dessas atividades em parques e na orla seguiu a orientação técnica do D.A.D.O, plataforma encomendada pela Prefeitura do Recife ao Porto Digital, que garante a retomada segura das atividades econômicas e sociais na cidade. O prefeito Geraldo Julio falou sobre o novo avanço na retomada das atividades da cidade. “Com a autorização dada pelo Governo do Estado para a abertura das praias e dos parques, além das recomendações técnicas da plataforma D.A.D.O., que é nosso trabalho junto ao Porto Digital, e dos estudos da nossa equipe de saúde, estamos liberando as caminhadas, corridas e ciclismo em áreas públicas de nossa cidade. Aqui no Recife, os indicadores da pandemia estão em queda há mais de 30 dias, uma situação diferente do Brasil como todo, onde os indicadores ainda crescem. A ocupação das vagas de enfermarias e UTIs estão no menor índice desde o início da pandemia, são 42% de ocupação nas enfermarias e 83% de ocupação nas UTIs, segundo dados divulgados pelo Estado. Todas essas conquistas estão sendo fruto do isolamento social que foi feito pelos recifenses e é preciso manter essas conquistas”, afirmou o prefeito. Na praia continua proibida a instalação de barracas, guarda-sol, cadeira, caixa térmica, consumo de alimentos e comércio, como também estão proibidas aglomerações. Nos parques, os parquinhos infantis continuam fechados e também não será permitido comércio. Pierre Lucena, presidente do Porto Digital explicou que a decisão vai de acordo com o estabelecido pelo D.A.D.O, plataforma de dados e algoritmos para facilitar e instrumentar a tomada de decisão sobre qualquer operação de interesse da cidade. “Estamos com a maioria dos indicadores mostrando uma queda na velocidade e na pressão do sistema público de saúde. Então em função disso estamos antecipando da fase amarela para a fase laranja as atividades físicas ao ar livre, individuais com todo o protocolo que a Secretaria de Saúde está determinando. Agora é hora de manter a fase laranja, consolidar os dados que mesmo positivos, ainda são erráticos e merecem atenção”, avaliou Lucena. No domingo (21), a Ciclofaixa de Turismo e Lazer que compreende três rotas que convergem no Marco Zero, no Bairro do Recife, volta a funcionar. Além da ampliação do percurso, a ciclofaixa terá mais um dia de funcionamento, passando a ser ofertada também no sábado, dia 27 de junho. A rota Oeste vai oferecer duas opções de roteiros aos ciclistas, uma seguindo por Afogados e outra levando até a Avenida Antônio Falcão, culminando na Avenida Boa Viagem. Já na rota Norte, que garante um percurso saindo do Parque da Jaqueira, o ciclista vai ganhar um trecho passando pelo Mercado da Encruzilhada e interligando aos percursos exclusivos para bicicletas que existem na região. A rota Sul permanece igual. Aos domingos, a Ciclofaixa permanece com o horário das 7h às 16h. No sábado (27), será das 15h às 21h. “"Domingo temos o retorno da Ciclofaixa de Turismo e Lazer com uma rota ampliada, serão cerca de 160km de ciclovias e de ciclofaixas. Tudo pronto para receber a população que queira caminhar, pedalar e desfrutar dos espaços públicos de nossa cidade com muita segurança." disse a secretária de Turismo e Lazer, Ana Paula Vilaça. Para o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia, a retomada das atividades físicas individuais ao ar livre é possível graças à adesão de parte importante da população do Recife ao isolamento social, à ampliação da capacidade hospitalar da cidade. “Ainda não estamos retornando à vida normal, mas sim a um novo normal onde a moderação nos novos hábitos é fundamental. Essa abertura funciona como um teste, um momento de avaliação que depende de todos nós. Se conseguirmos adotar novos hábitos e cumprir as medidas de distanciamento, poderemos avançar nas medidas de reabertura. Se não der certo, há sempre o risco de que seja necessária a retomada de medidas restritivas mais rígidas, assim como vimos em outras partes do mundo. Nesta fase devemos buscar o equilíbrio”, orientou o secretário de Saúde do Recife”, pontuou. A partir deste sábado, equipes da Secretaria Executiva de Esportes iniciam o trabalho educativo para conscientizar os usuários dos espaços públicos sobre os novos protocolos. A partir das 7h, os profissionais estarão em três pontos da orla de Boa Viagem para distribuir panfletos, incluindo professores de Educação Física, que aplicarão seus conhecimentos técnicos na área para reforçar o esclarecimento dos cidadãos. O trabalho acontecerá no Segundo Jardim, nas imediações da Padaria Boa Viagem e na altura da rua Padre Carapuceiro. Na próxima semana os profissionais atuarão na Lagoa do Araçá, parques da Jaqueira, Macaxeira e Santana, praça do Hipódromo e avenida Beira Rio, além da orla. “Chegamos a uma nova etapa que é a liberação das praias e dos parque para a atividades de corrida e caminhada. Eu quero lembrar que nós mantivemos um compromisso com a população, quando criamos o aplicativo Movimenta Recife, que levou atividade física para a casa de mais de 40 mil pessoas. Agora é hora de continuar seguindo os protocolos.O time de esporte estará nos equipamentos para dar toda a orientação necessária”, afirmou Yane Marques, secretaria executiva de Esportes do Recife. (Da Prefeitura do Recife)

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Poli cria soluções urbanas para o Recife

Nem sempre a população tem conhecimento das experiências produzidas pelas universidades para melhorar o seu cotidiano. Mas, não faltam propostas e projetos acadêmicos com soluções palpáveis para o desenvolvimento local. É o caso do grupo de ensino, pesquisa e extensão da Escola Politécnica da Universidade de Pernambuco (Poli/UPE), o DESS (Desenvolvimento Seguro e Sustentável), que tem criado alternativas promissoras para as dificuldades urbanas vividas pelos moradores do Recife. O grupo surgiu em 2013, por iniciativa da professora Emilia R. Kohlman Rabbani. “Gosto de entender quais são os problemas locais e o que nós, engenheiros, podemos fazer para resolvê-los. E eu senti que não iria conseguir solucionar nada sozinha. Era na conexão com outras pessoas que conseguiríamos sanar essas questões”, defendeu a professora. Emilia formou o DESS com um grupo de professores, pesquisadores e alunos de graduação, especialização e mestrado da Poli e de universidades nacionais e internacionais parceiras. O objetivo é desenvolver estudos interdisciplinares nas áreas de transporte e da construção civil, considerando os aspectos da sustentabilidade em suas três principais dimensões: ambiental, social e econômica. O projeto de iniciação científica dos alunos da graduação em engenharia civil Fabrício de Lima e Nivaldo de Arruda, orientados por Emilia e pelo professor Jaime Cabral, é um bom exemplo de como o trabalho do DESS tem conexão com a realidade local. A ideia é encontrar soluções para os alagamentos das ruas, um transtorno comum a muitos municípios em época de chuvas. Eles estudam a drenagem do solo, utilizando a Av. Domingos Ferreira, em Boa Viagem, como objeto de estudo. “Atualmente a Emlurb lista 160 pontos de alagamento no Recife e esse problema surge porque nossa cidade foi construída sobre aterros, ocupando o espaço das águas”, explicou Fabrício. . . Drenagem, ressalta o estudante, significa levar a água da chuva para os rios e riachos. “O modelo adotado atualmente, a partir da impermeabilização do solo, não conseguiu mais dar conta do volume de água”, pontuou. Os pesquisadores já iniciaram os testes na avenida para entender o grau de infiltração do solo e, posteriormente, apresentar uma solução. Já Alyx Silva é mestrando e encabeça uma das pesquisas para auxiliar os engenheiros a optarem por materiais e processos construtivos mais sustentáveis. Para isso ele utiliza o software Revit e processo BIM (Building Information Modeling), que oferece um modelo digital tridimensional que pode ser utilizado de forma compartilhada com todos os envolvidos na indústria da arquitetura, engenharia e construção, desde a concepção até a fase de demolição, abrangendo todo o ciclo de vida da obra. “O objetivo é traçar um comparativo entre os materiais e tornar a sustentabilidade uma decisão prévia na construção”, resume o aluno. A busca de alternativas sustentáveis para infraestrutura de rodovias é o foco do projeto de Rivaldo Rodrigues, também mestrando. “Vou pesquisar nos editais mais recentes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para entender o que é que já tem sido aplicado”, informa. Rivaldo é especialista em projetos de infraestrutura e teve sua carreira transformada a partir do programa de mestrado e de sua participação no DESS. “Já projetei várias rodovias, vias urbanas, aeroportos, ferrovias e em toda a minha trajetória de profissional o foco sempre foi o econômico”, relata. “Desde que entrei na Poli e, principalmente no DESS, entendi que o econômico é só um dos pilares da sustentabilidade, você tem que pensar também no social e no meio ambiente", alerta. Apesar de realizar todos esses projetos, o DESS sofre com restrições decorrentes da conjuntura econômica atual. “O que podíamos fazer sem dinheiro, estamos fazendo. Imagine só o que poderíamos fazer com mais recursos!”, presume Emília, sem perder o bom humor. Ela relata que os alunos precisam ser criativos e habilidosos para poderem concluir seus projetos. O grupo enfrenta ainda a suspensão das bolsas. “Eu tinha geralmente três ou quatro bolsistas de mestrado por ano (conseguíamos atender geralmente todas as solicitações de bolsas dos alunos que passavam na seleção) e agora, com o corte, não temos como atender bons mestrandos que apresentam projetos promissores”, lamenta. Mas o grupo segue firme em seus propósitos e conta com uma rede de intercâmbio com cinco universidades internacionais, além de uma série de colaboradores estrangeiros. Segundo a coordenadora do DESS, além de verbas públicas, o investimento de recursos da iniciativa privada em pesquisa científica sempre apresenta bons retornos. “Meus colegas nos Estados Unidos dizem que lá conseguem financiamento das empresas, aqui também deveria ser assim. Lá fora, os empresários concedem bolsas de mestrado e doutorado, investem no professor e em seus grupos de pesquisa e, em contrapartida, a universidade contribui trazendo mais tecnologia para as empresas”, esclareceu. “Se elas descobrissem o quanto poderiam economizar investindo nas pesquisas, podendo ter um aluno de mestrado ou doutorado trabalhando num tema de seu interesse, elas estariam investindo muito mais nas universidades”, provoca Emilia. A próxima edição da Algomais vai trazer uma reportagem sobre a pesquisa do DESS que investiga o uso de casca de sururu para substituir o cimento na Ilha de Deus, no Recife. *Por Yuri Euzébio, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)

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As cidades e suas novas estruturas e divisões urbanas

As avenidas, ruas, praças, parques, travessas, largos e demais espaços que compõem a estrutura de uma cidade dizem muito sobre a sua identidade. Na contemporaneidade muitas cidades têm tomado novos rumos estruturais e começam a observar suas consequências. Dentre os lugares diversos, existem os espaços de vivência e os de transição, e assim, os espaços públicos e privados; mas a rua deixa de ser um local, para ser apenas uma ligação. É sabido que todos os elementos precisam ser muito bem pensados e planejados na estrutura de uma cidade para que ela possa oferecer condições socioculturais necessárias à população. Em um território que se forma pelo somatório de edifícios e grandes construções, o espaço público é ou não concretizado fisicamente com tais construções, de maneira alguma pode ser substituído ou mesmo abandonado. Infelizmente, não é o que vem acontecendo; inclusive, os espaços de transição começam a tomar conta do urbanismo das cidades que ampliam sua estrutura basicamente com lugares apenas de passagem. Com isso os locais de vivência deixam de existir para dar espaço a ambientes de circulação efêmera que não provocam o sentimento de pertencimento na população. Pois, se o planejamento urbano não favorecer o conteúdo simbólico da cidade, essa passa a ser apenas um grande emaranhado de tecidos soltos sem muitos significados ou pregnância. Mesmo com a onda de especulação imobiliária com suas construções muitas vezes equivocadas, algumas cidades ainda procuram manter seu padrão urbanístico em harmonia entre os aspectos público e privado, antigo e moderno. Isso talvez enquanto propostas mercenárias ainda não tenham sido aceitas; ou quem sabe, realizadas. De qualquer forma, mediante às ameaças ao patrimônio, respaldadas pela sociedade de consumo, o conhecimento deixa de ser um direito e passa a ser praticamente um dever e conhecer a sua cidade é algo realmente importante para todo cidadão. Assim, destacamos o lema adotado pelo Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica (NOPH) de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, atualmente um ecomuseu: “Um povo só preserva aquilo que ama. Um povo só ama aquilo que conhece”. Uma cidade exige territórios articulados e lugares com capacidade de integração entre a comunidade; sem isso, fica evidente a dissolução do urbanismo seguida da urgência de uma nova trama urbana, considerando também a degradação física e simbólica dos bens culturais, espaços públicos e centros históricos. É necessário pensar os espaços com intenção de valorizar os aspectos urbanos e humanos da cidade, valorizando o convívio entre as pessoas. Não obstante, é possível que os espaços públicos de vivência e interação tenham sido substituídos não apenas e simplesmente por espaços privados de uso coletivo, mas inclusive, por outros espaços, aqueles não físicos — os virtuais. Além do mais, o uso frequente de mecanismos tecnológicos induz a população a buscar ambientes com estruturas favoráveis ao manuseio de determinados equipamentos, incluindo o interior de suas próprias casas. Contudo, o comportamento superficial aderido pela população impulsiona uma crise social, porque sua conduta é deficiente na construção e manutenção de valores, surgidos e mantidos por meio da interação afetiva entre os cidadãos. No bojo da urbanidade contemporânea, contemplada pelo afã do capitalismo em detrimento da cultura e preservação do patrimônio, é possível reconhecer uma crise vindoura, influenciada pela troca da cidade pública e social pela cidade fragmentada do lucro e da divisão. Diante disso, o que resta é buscarmos conhecer mais a fundo a nossa história e vivermos a nossa cultura de uma forma mais ativa e efetiva, para além das telas dos nossos computadores e gadgets e dos muros e grades de nossas residências. *Por Danielly Dias Sandy, museóloga e professora do curso de Artes Visuais no Centro Universitário Internacional Uninter.

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Recife é destaque em estudo internacional sobre projetos urbanos para Primeira Infância

Nesta semana, a cidade do Recife será alvo da visita do pesquisador inglês Tim Gill, referência internacional em espaços urbanos para crianças e criador do dia Mundial do Aprender Brincando. Gill, que está realizando uma pesquisa mundial junto ao Churchill Fellowship project sobre experiências e projetos na área, escolheu a capital pernambucana como uma das referências em relação à Primeira Infância e desembarca na cidade na próxima semana para conhecer as iniciativas locais voltadas para o tema. Ao longo da semana, a Secretaria Executiva para a Primeira Infância e a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) irão conduzir o especialista para iniciativas que envolvam crianças entre 0 e 6 anos. Atualmente a cidade do Recife possui 15 diretrizes voltadas para o tema, que norteiam as mais de 70 ações empreendidas pelas diversas Secretarias e entidades ligadas à gestão municipal como o Mãe Coruja, Mais Vida nos Morros, Brinqueducar, Geração Afeto e unidades do Compaz, entre outras. No roteiro de visitas, Gill irá conhecer creches da rede municipal de ensino, as unidades do Pertencer Espaços de Convivência de Caranguejo Tabaiares e do Habitacional Padre Miguel. Ele também será apresentado ao Plano Diretor da Cidade, ao projeto Recife 500 Anos e ao Parque Capibaribe, irá conhecer a Escola Ambiental Águas do Capibaribe, primeira sala de aula flutuante do país, bem como o Centro Comunitário da Paz (Compaz) Eduardo Campos. Recife iniciará audiências para Plano Municipal da Primeira Infância Amanhã (10 de dezembro), a Câmara Municipal do Recife será palco do início do processo de escuta à população para a elaboração do Plano Municipal para a Primeira Infância, documento que irá nortear as ações para o segmento na cidade nos próximos 10 anos. A iniciativa do plano ratifica o compromisso da cidade com as famílias e com a população de zero a seis anos de idade, pois pesquisas comprovam que o investimento na primeira infância se reflete em maiores graus de aprendizagem, menos envolvimento com violência urbana e até mesmo em maiores salários na vida adulta. A audiência pública, realizada em parceria com a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, acontecerá no Plenarinho e terá início às 9h. A iniciativa surgiu de uma reunião da Comissão de Educação proposta pela vereadora Ana Lúcia a partir de uma sugestão da Secretaria Executiva para a Primeira Infância do Recife. Atualmente, a cidade – que lançou o seu Marco Legal da Primeira Infância em 2018 - já conta com 15 diretrizes que norteiam as mais de 70 ações empreendidas pelas diversas Secretarias e entidades ligadas à gestão municipal que visam reduzir as desigualdades sociais e garantir melhores oportunidades para as futuras gerações como o Mãe Coruja, Mais Vida nos Morros, Brinqueducar e Geração Afeto, entre outras. Entre os destaques da gestão, está o acolhimento dos Centros Comunitários da Paz (Compaz), iniciativa que foi reconhecida como o melhor projeto de redução de desigualdade social do Brasil, pelo Programa Cidades Sustentáveis e pela Oxfam da atualidade, os Centros Comunitários da Paz Eduardo Campos e Ariano Suassuna juntos acolhem mais de 34 mil pessoas e já realizaram mais de 3 milhões de atendimentos. (Da Prefeitura do Recife)

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Nova Conde da Boa Vista começa a sair do papel amanhã (02)

O plano de obras da Nova Conde da Boa Vista foi apresentado na última quinta-feira (28), com um cronograma que prevê a divisão da via em seis trechos, com um plano de circulação específico para cada uma delas. O principal corredor de ônibus e de pedestres do Recife vai se tornar uma via muito mais humanizada, arborizada e acolhedora, contando com iluminação em LED, postes específicos para o pedestre, canteiro central ajardinado e floreiras nas calçadas, ampliação dos passeios públicos, bicicletários, dentre outros equipamentos. A intervenção possui seis fases divididas em duas frentes de obra. Os serviços terão início no sentido cidade/subúrbio para atender a maior parte da captação da rede de drenagem, mais próxima à Rua da Aurora. O projeto também é realizado de forma intercalada, para que os seis trechos nos quais a via foi dividida sejam entregues finalizados de cada vez (norte ou cidade/subúrbio e sul ou subúrbio/cidade). “Esse é um projeto que possui uma complexidade e é também muito importante porque a via interage totalmente com parte do transporte coletivo e com o uso dos pedestres, além do transporte individualizado. Por isso a gente fez toda a divisão dessa obra em fases para garantir o menor transtorno possível para toda a população. E em cada fase a gente vai entregar o trecho todo requalificado e pronto, com calçadas, iluminação, drenagem e sinalização para o uso das pessoas. Serão investidos cerca de R$ 15 milhões com recursos próprios da Prefeitura do Recife e a expectativa é concluir e entregar a obra no final de 2020”, explicou o secretário de Infraestrutura e presidente da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Roberto Gusmão. As obras terão início amanhã (02), a partir da Rua da Aurora. Nesta Fase 01, que tem duração prevista de 120 dias, os serviços nos passeios públicos, na iluminação e nos demais equipamentos e mobiliários urbanos seguirão no sentido centro/subúrbio, nos trechos da Rua da Aurora até Rua do Hospício e da Rua Gervásio Pires até a Rua José de Alencar. No trecho entre as ruas do Hospício e Gervásio Pires, as intervenções serão realizadas no sentido subúrbio/centro. Nessa etapa haverá desvios na rota do transporte coletivo, similar às alternativas já utilizadas durante o período de Carnaval na cidade. “Nessa primeira fase, os desvios vão afetar apenas os transportes permitidos a realizar o tráfego no trecho que estará em obras, ou seja, não afeta quem usa o transporte individual porque já não é permitido normalmente. Então, os ônibus, por exemplo, irão mudar a circulação e fazer o trajeto que os carros fazem, entrando obrigatoriamente pela Rua da Aurora, pegando a Rua do Riachuelo para continuar e seguir para a Rua do Hospício e Avenida Conde da Boa Vista”, explicou a presidente da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Taciana Ferreira. A Fase 02 prevê obras nos trechos entre as ruas da Aurora e do Hospício (subúrbio/centro); e entre José de Alencar e Soledade (centro/subúrbio). Na terceira fase os serviços serão executados entre a Rua da Soledade e a José de Alencar (subúrbio/centro) e entre Soledade e Rua Oswaldo Cruz (centro/subúrbio). A Fase 04 compreende o trecho entre as ruas da Soledade e Gonçalves Maia (subúrbio/centro). A quinta fase realiza o trecho entre as ruas Dom Bosco e Oswaldo Cruz, nos dois sentidos. O projeto será finalizado na Fase 06, que irá beneficiar os trechos entre as ruas José de Alencar e Gervásio Pires (subúrbio/centro) e entre esta última e a Rua do Hospício (centro/subúrbio) Durante as últimas fases serão construídas as duas estações BRT na via: a Estação Hospício e a Estação Soledade. TRÂNSITO - A implantação das conexões cicloviárias será realizada conforme a execução das obras físicas do projeto da Nova Conde da Boa Vista. A intervenção irá interligar todo o centro da cidade com circuitos que conectam os bairros da Boa Vista, Soledade, Santo Amaro, Santo Antônio, São José, Ilha do Leite, Coelhos e o Bairro do Recife. A maioria das rotas será composta por ciclofaixas bidirecionais, com exceção da Avenida Mario Melo, que será uma ciclovia unidirecional. Os serviços de sinalização das conexões serão iniciados pelas rotas transversais, que passam pelas ruas Bispo Cardoso Aires, José de Alencar, Fernandes Vieira, Gonçalves Maia e Paissandu. Após a conclusão das obras nas vias transversais será possível a implantação da rota paralela nas ruas Oliveira Lima e do Riachuelo, que se conectará com a rota da Rua Bispo Cardoso Aires e seguirá até a Rua da Aurora e Eixo Cicloviário Camilo Simões. Os serviços de sinalização serão iniciados pelas ruas transversais Bispo Cardoso Aires, que será um dos acessos à Avenida Conde da Boa Vista e, futuramente, fará conexão com a Ciclovia Mario Melo, e José de Alencar, até a Praça Miguel de Cervantes, atendendo aos bairros de Coelhos e Ilha do Leite, além da rota das ruas do Paissandu, Gonçalves Maia e Fernandes Vieira. Após a conclusão das obras nas vias transversais será possível implantar a rota na Rua Oliveira Lima e Rua do Riachuelo, até a conexão com a Rua da Aurora e Eixo Cicloviário Camilo Simões. (Do site da PCR)

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Audiência Pública discute Diagnóstico Propositivo para revisão do Plano Diretor do Recife

Em mais uma etapa que garante a participação social no processo de revisão do Plano Diretor do Recife, a Secretaria de Planejamento Urbano (Seplan) realiza na terça-feira da próxima semana (18.09) audiência pública sobre o Diagnóstico Propositivo do Plano. O diagnóstico é fruto dos estudos técnicos somado às leituras comunitárias, tanto presenciais quanto virtuais. Para participar desta etapa os interessados devem fazer inscrição no link disponível no site www.planodiretordorecife.com.br. A audiência será realizada na Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire, na Madalena, das 8h30 às 13h. A audiência pública da próxima semana faz parte do calendário de atualização da principal lei urbanística da cidade, que conta com outras etapas de colaboração da sociedade em todo o processo. Até o final deste ano, além da audiência, estão previstos para a revisão do Plano Diretor: Oficinas Devolutivas nas seis Regiões Político-administrativas da Cidade (RPA), quatro Oficinas por Segmentos e a realização de uma Conferência Municipal. O Diagnóstico Propositivo resulta das análises e sistematização de planos e projetos já desenvolvidos pela Prefeitura do Recife, a exemplo do Mapeamento de Áreas Críticas, o Sistema Municipal de Unidades Protegidas, Plano Municipal de Saneamento, Política de Sustentabilidade e Enfretamento às Mudanças Climáticas, Classificação da Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural da Boa Vista (ZEPH 08). Outros em desenvolvimento também foram importantes na construção do documento, como é o caso do Plano de Mobilidade Urbana, o Plano Local de Habitação de Interesse Social, Projeto Parque Capibaribe, Plano Centro Cidadão, por exemplo. Somado a esse trabalho, também faz parte do Diagnóstico Propositivo, que será apresentado na audiência, a contribuição dada pelos participantes das Oficinas Colaborativas realizadas nas seis Regiões Político-Administrativas (RPA) da Cidade e as contribuições dadas no ambiente virtual www.planodiretordorecife.com.br. Os planos e projetos citados, bem como o próprio Diagnóstico Propositivo, estão disponíveis para consulta neste site. O Plano Diretor é o documento responsável por traçar o ordenamento para o território indicando as diretrizes e os instrumentos urbanísticos necessários para o desenvolvimento do município de maneira planejada e equilibrada. Por indicação legal, a cada dez anos esse documento precisa ser mais uma vez revisado e a contribuição social é fundamental para o processo. As cidades se transformam constantemente e o planejamento estratégico participativo permite a adequação das diretrizes urbanísticas, que são capazes de organizar e direcionar o seu crescimento. O processo de revisão do Plano Diretor faz parte de um conjunto maior de trabalho denominado Plano de Ordenamento Territorial, sob a coordenação técnica do Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS), órgão de planejamento urbano ligado à Seplan. Plano de Ordenamento Territorial – O Plano contempla as revisões do Plano Diretor do Recife (2008), da Lei de Parcelamento (1997) e da Lei de Uso e Ocupação do Solo (1996). Além deles, faz parte do trabalho a regulamentação da Outorga Onerosa do Direito de Construir, da Transferência do Direito de Construir e o Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórias e Imposto Predial Territorial Progressivo (IPTU Progressivo). Esse processo completo inclui no mínimo a realização de 10 ciclos participativos a serem executados até agosto do próximo ano. As Leis de Parcelamento e de Uso e Ocupação do Solo são instrumentos que orientam, em conjunto com o Plano Diretor, a forma e a intensidade da ocupação do solo na cidade pelas edificações. Estabelecem também limites, visando a conservação do meio ambiente e patrimônio histórico e cultural existente na cidade. No mesmo sentido, os instrumentos urbanísticos, regulamentados no Plano Diretor, atuam de maneira específica na solução de problemas que atingem parcelas do território do município. A sua aplicação coordenada possibilita a conservação do patrimônio cultural e ambiental, assim como a captação de recursos para investimentos públicos voltados para a produção de moradias, urbanização de favelas, implantação de infraestrutura e equipamentos urbanos e melhorias no sistema viário e transporte público. Serviço Audiência Pública – Apresentação do Diagnóstico Propositivo para a revisão do Plano Diretor do Recife Quando: Terça-feira (18 de setembro), das 8h30 às 13h. Onde: Escola de Formação de Educadores do Recife Professor Paulo Freire – Rua Real da Torre, nº299, Madalena (próximo ao Túnel da Abolição)

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Brasileiros avaliam desempenho geral de suas cidades. Recife fica com nota média 5,9

Diariamente, milhares de brasileiros se deparam com questões importantes em sua rotina, como falta de lazer, saúde, educação, entre outros pontos que poderiam ser melhoradas em suas cidades e, consequentemente, impactando diretamente na qualidade de vida da população. Um estudo exclusivo realizado pelo Viva Real, empresa do Grupo ZAP, mostrou a avaliação dos brasileiros sobre o desempenho geral de suas cidades, a nota média ficou em 6,0. O estudo “Mapa da Qualidade de Vida 2018 - Viva Real”, entrevistou moradores de 12 capitais do país para decifrar diversos tópicos relacionados ao tema. Ao todo, as capitais representam 28% do PIB brasileiro. Ao questionar sobre a satisfação geral quanto a cidade onde residem, numa escala de 0 a 10, sendo 0 péssimo e 10 excelente, o levantamento mostrou que as melhores médias são de Curitiba e Florianópolis, ambas com 7,5. Já o Rio de Janeiro ficou com a menor média, 4,7. As demais cidades ficaram com as seguintes notas: Brasília (7,1), Belo Horizonte (6,9), Goiânia (6,7), Salvador (6,3), Fortaleza (6,2), São Paulo (6,2), Recife (5,9) e Porto Alegre (5,5). Os entrevistados indicaram que os pontos mais críticos relacionados às cidades são emprego e saúde pública. Isso contempla tanto o tempo para agendamento de consultas e exames quanto a qualidade do atendimento e das instalações. Quanto à educação, ensino superior foi bem avaliado, mas creches e berçários precisam de melhorias. O estudo também focou na avaliação sobre a vizinhança (bairro) de cada entrevistado. A avaliação geral desse quesito foi positiva e superior a da cidade, 72% dos respondentes citaram notas de 7 a 10 e a média foi 6,5. Já Brasília (7,2), Curitiba (7,1), Porto Alegre (7,1) e Florianópolis (7,0), foram as cidades mais satisfeitas. As que tiveram a menor taxa de satisfação foram: Rio de Janeiro (6,2), São Paulo (6,4), Salvador (6,5), Fortaleza (6,5), Goiânia (6,5), Recife (6,7) e Belo Horizonte (6,7). Foi comum entre as capitais a satisfação quando a própria habitação e da vizinhança, assim como saneamento básico, comércio e serviços. Entretanto, diversos pontos podem ser melhorados para elevar a qualidade de vida da população. No trânsito, fluidez e segurança foram os piores avaliados. Ligado a isso, a mobilidade pode ser melhorada sob a ótica de presentes, pavimentação, qualidade calçadas e acessibilidade. Além disso, o nível de poluição sonora também preocupa já que 68% indicaram nota de 0 a 6. Outro ponto que também preocupa a população, de acordo com os dados, é a falta de ação para despoluição e prevenção de rios, lagos e represas. Neste caso, a nota média foi apenas 3,2. Rio de Janeiro tem pior oferta de emprego A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a avaliação do emprego nas cidades. De forma geral, os brasileiros avaliaram os empregos nas cidades em 4,3. O Rio de Janeiro teve a pior média com 3,7%, seguido de Porto Alegre (4,4), Belo Horizonte (4,8) e São Paulo (5,1). Para jovens com até 24 anos, o Rio de Janeiro permanece com a pior média (3,9), seguido de Belo Horizonte (4,6), Porto Alegre (4,8) e São Paulo (5,2). Para idosos, o cenário mostra-se pior, com o Rio de Janeiro (2,1) sendo o que obteve a menor nota, em seguida Porto Alegre (2,5), São Paulo (2,8) e Belo Horizonte (2,8). Os números mostram uma insatisfação por parte dos moradores em suas cidades, com notas que pouco se aproximam do 10. A pesquisa foi realizada com 3.990 respondentes nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.

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CTTU implanta mudança de circulação no bairro da Jaqueira no sábado (21)

A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), vai implantar mais uma solução de engenharia de tráfego para melhorar a mobilidade na Zona Norte do Recife. A partir deste sábado (21),  trechos da Rua do Futuro, da Rua Professor Fleming e da Rua Muniz Tavares passarão a ter apenas um sentido de circulação de veículos. A medida visa facilitar o tráfego nas vias adjacentes e diminuir as retenções, registradas principalmente nos horários de pico. Com a intervenção,  o trecho da Rua do Futuro localizado entre a Praça Professor Fleming até a Rua Padre Roma, passará a ter sentido único de circulação em direção à Padre Roma. Dessa forma, o condutor oriundo da Rua do Futuro, com interesse em chegar à Av. Rui Barbosa não poderá acessar a Rua Professor Fleming. Com isso, o movimento deverá ser realizado mais adiante, na alça de acesso à Rua Muniz Tavares, que passa a ser mão única em direção à Praça Professor Fleming. Já os condutores oriundos da Rua Padre Roma, com interesse em acessar à Rua do Futuro, passarão a convergir antecipadamente à direita na Rua Muniz Tavares. A ação ainda levará também disciplinamento de estacionamento à área. Para o condutor oriundo da Rua Padre Roma, a Rua Muniz Tavares terá o estacionamento proibido nos dois lados até a Rua Professor Fleming; além do lado direito na altura da praça; e do lado esquerdo no trecho final até a Avenida Rui Barbosa. Já a Rua Professor Fleming, na altura da praça, passa a ter o estacionamento proibido no lado esquerdo da via Para a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, a intervenção vai minimizar as retenções identificadas principalmente na intercessão entre a Rua Professor Fleming e a Rua do Futuro. "A nova circulação irá eliminar os conflitos de movimentos existentes nessa intercessão, uma vez que permite o giro livre em ambos os sentidos, sem que o condutor espere por muito tempo. A medida ainda vai refletir positivamente na mobilidade das vias adjacentes, como Rua Padre Roma e Avenida Rui Barbosa", disse. Para regulamentar a mudança, a CTTU vai realizar a manutenção de toda sinalização vertical e horizontal das vias, incluindo 36 placas de sinalização e faixas de pedestres.  Uma equipe ficará em pontos estratégicos para divulgar a ação através de panfletos a partir da quinta-feira (19). Já a partir do sábado (21), um efetivo de agentes e orientadores de trânsito será destacado para auxiliar os condutores e pedestres durante os primeiros dias da mudança.   Outras mudanças A mudança de circulação e o ordenamento do estacionamento nas vias do bairro Jaqueira fazem parte de um conjunto de ações implantas pela CTTU, que, juntas, refletem positivamente na mobilidade de toda a cidade. A Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, através da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife, tem se empenhado para encontrar soluções eficazes e com baixo custo. Desde 2013, já são mais de 100 modificações viárias no Recife.

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Prefeitura do Recife abre salas de aula voltada para os garis da cidade

A Prefeitura do Recife inicia uma ação para elevar o nível de escolaridade dos profissionais de limpeza urbana do município. Em parceria com a Fundação Roberto Marinho e com a Vital Engenharia, uma das prestadoras de serviço de limpeza da capital, a Secretaria de Educação do Recife vai implantar duas salas de aula na modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA) dentro da empresa, para receber os garis e garantir a conclusão dos seus estudos. A ação será lançada nesta quinta-feira (7), às 17h, na sede da empresa, que fica situada à Avenida da Recuperação, 1074, Guabiraba. Para efetivar a implantação da EJA no local, foram montadas duas salas de aula: uma para Anos Iniciais (1º ao 5º ano) e outra para Anos Finais (6º ao 9º anos). A rede municipal de ensino vai direcionar duas professoras para ministrar as aulas, que vão acontecer no período noturno. As primeiras duas turmas contarão com 52 estudantes, sendo 23 nos Anos Iniciais e 29 nos Anos Finais. Serviço Pauta: Prefeitura do Recife abre salas de aula voltada para os garis da cidade Local: Sede da Vital Engenharia Endereço: Avenida da Recuperação, 1074, Guabiraba Data: Quinta-feira (7) Horário: 17h

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