Arquivos cultura - Página 2 de 66 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Grupo Confluir celebra São João no Teatro de Santa Isabel

O Grupo Confluir, do Conservatório Pernambucano de Música, irá apresentar o espetáculo "Saudade, o meu remédio é cantar!" no Teatro de Santa Isabel. A peça, que homenageia Luiz Gonzaga e conta com poesias inéditas de Milton Júnior, promete celebrar os festejos juninos e reforçar a importância do Rei do Baião. A apresentação gratuita está marcada para o dia 16 de junho, às 20h. No espetáculo, o Grupo Confluir, que completou 10 anos em 2022, combina músicas e poesias, incluindo clássicos de Luiz Gonzaga como "Que nem jiló" e "Baião", além de composições de Sivuca e Dominguinhos. A diretora geral, Janete Florencio, destaca que a escolha do tema saudade foi uma forma de expressar os sentimentos represados durante o período de isolamento social vivido na pandemia. A peça é dividida em três atos: "A Feira", que retrata cenas cotidianas de pessoas que migraram do sertão para trabalhar em uma feira na cidade grande; "A Fé", que explora a religiosidade por meio do canto e do movimento, transmitindo a esperança por dias melhores; e "A Festa", que revela o prazer em ser feliz com forró e muita animação. A diretora explica que a inspiração do espetáculo foi mostrar aspectos importantes da vida do povo nordestino, explorando sentimentos como saudade, tristeza, fé e alegria. SERVIÇO “Saudade, o Meu Remédio é Cantar!” Onde: Teatro de Santa Isabel – Praça da República, Santo Antônio Quando: 16 de junho (sexta), às 20h (Foto: Francisco Mesquita) Entrada gratuita, os ingressos devem ser retirados na bilheteria do Teatro, a partir das 19h.

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Festival de Cinema Takorama apresenta nova edição

O Festival Takorama, ganhador do 1° lugar do prêmio Global da UNESCO MIL, está de volta com uma nova edição. O evento é voltado para espaços educativos e tem como objetivo engajar estudantes por meio do cinema, promovendo o uso saudável, criativo e responsável das telas. Com uma cuidadosa seleção de filmes de animação que abordam temas como ecologia, tolerância, empatia, amizade e cidadania, o Takorama oferece uma oportunidade para escolas de todo o Brasil explorarem o poder educativo da sétima arte. Nessa quarta edição, o Festival Takorama apresenta 15 curtas-metragens de diversos países, com duração média de cinco minutos, e sem publicidade. Disponível até o dia 30 de junho, o programa é dividido em cinco categorias, abrangendo crianças, adolescentes e jovens de 3 a 18+ anos. Todo o conteúdo é gratuito e pode ser acessado no site do festival. Além dos filmes, o Takorama oferece materiais pedagógicos alinhados à Base Nacional Comum Curricular, auxiliando educadores e famílias na promoção de reflexões com o público infantil. Preparar o público jovem e infantil para o mundo das telas, combater as fake news e promover uma sociedade conectada, responsável e criativa são objetivos fundamentais do Festival Takorama. Reconhecido pela Unesco e premiado como a melhor iniciativa no mundo de letramento midiático e educação da imagem, o festival se destaca como uma ferramenta lúdica e educativa para ensinar por meio do cinema. Pais, professores e alunos podem participar desse evento cultural, ampliando seu repertório e desenvolvendo habilidades críticas e criativas. COMO PARTICIPAR O acesso ao Festival Takorama é simples. Basta entrar no site do festival até 30 de junho, preencher um rápido cadastro e aguardar uma mensagem que chegará por email. No email são liberados os links para cada faixa etária e o acesso também ao material pedagógico. Pais e crianças também podem se cadastrar para assistir aos filmes, gratuitamente, em casa.  SERVIÇO Takorama - Festival Internacional de Cinema Acesso gratuito até o dia 30 de junho pelo site www.takorama.org

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Lirinha: "Construir emoções e histórias por meio dos sons"

O artista fala do seu mais recente disco solo, uma criação experimental, dentro de uma estética onírica, que teve influência do slam, a competição de poesia falada da cultura hip hop. Também comenta como o trabalho com o Cordel do Fogo Encantado contribui para popularizar a poesia. (Foto: Thaís Taverna) A partir de um desejo de experimentação, de imaginar e inventar coisas novas, José Paes de Lira, o Lirinha, produziu MÊIKE RÁS FÂN, um disco em que esse experimentalismo é elaborado de forma intimista, numa atmosfera onírica que também nos remete ao cosmos. Não por acaso ele menciona Glauber Rocha, nesta entrevista concedida a Cláudia Santos por videoconferência, em São Paulo, onde reside. O cineasta baiano recorreu a uma “estética do sonho” para encontrar saídas para o surrealismo da realidade brasileira. Lirinha fez o mesmo para abrir as possibilidades da criação. Nessa empreitada, o músico, escritor, cantor e compositor de Arcoverde se encantou pela voz e pelos sons. Um encantamento que o levou à ideia de conceber o novo trabalho a partir de uma fictícia rádio cósmica que recebe o já reportado nome de MÊIKE RÁS FÂN. Talvez nem tão fictícia assim já que, no segundo semestre, Lirinha planeja lançar um podcast. Nesta entrevista, ele fala das concepções desse novo disco, da experiência de usar uma ferramenta de inteligência artificial numa das faixas e de como seu trabalho com o Cordel do Fogo Encantado tem descartado a concepção de que brasileiro não gosta de literatura. Isto porque em seus shows uma multidão costuma declamar com ele poemas de Zé da Luz ou João Cabral de Melo Neto. Quando a gente ouve seu novo disco, a impressão que temos é de uma atmosfera cósmica, um tanto onírica. De onde vem essa inspiração? Esse disco nasce de um desejo de experimentação com essa atmosfera da invenção, desde o próprio título do disco que são palavras que não existem: MÊIKE RÁS FÂN, um nome inventado para uma também fictícia rádio cósmica, interplanetária. A ideia da rádio é para construir emoções e histórias por meio dos sons, do áudio. E esse é um poder que a rádio tem. Então o disco segue dessa forma, quase todas as canções indicam essa ligação com a imaginação, com o sonho, talvez com a influência da estética do sonho que é algo que eu conheci por meio de Glauber Rocha. Mas o próprio Glauber Rocha já cita outras influências para esse conceito da estética dos sonhos. Há uma música do disco que diz que “tem palavras pra inventar” que é a música Oyê e é isso que conduz, vamos assim dizer, a narrativa do disco: o sonho, a imaginação, o entendimento dessa metáfora do universo como uma realidade aberta que ainda está sendo criada, desenvolvida. Outra coisa que chama atenção no disco é que assim como outros trabalhos que você fez, você declama muita poesia. Só que antes você recitava e depois cantava. Desta vez a fala permeia a música, você quase não canta. O material de divulgação do disco, afirma que você está investigando o som, a voz. Isso está relacionado com esse processo? Tem a ver com esse processo, tem a ver com isso da primeira pergunta que eu te disse sobre a rádio. A ideia da rádio é exatamente essa experimentação que eu trago de um determinado estudo desses últimos anos da rádio arte, que é muito ligado à voz, ao grão da voz, ao corpo da voz. Também tive inspiração nos movimentos de declamação, de récita, aqui na periferia de São Paulo, através do slam, do gênero que hoje está muito forte dentro do universo do hip hop. As experiências do rap com as vozes é algo que também me interessa porque eu comecei como declamador, a minha primeira função artística, meu primeiro envolvimento com a música foi com a poesia falada dita em voz alta. Como dizia João Cabral de Melo Neto: “poesia para a voz alta”, dita, declamada. Comecei a desenvolver o meu trabalho com música, mas a canção era uma coisa, a poesia era outra, entendia como movimentos separados. Esse disco é o momento que eu tento fazer com que essas duas coisas se fundam e que a minha interpretação passe a ser entre essas duas expressões: música e poesia. Considero que é o meu trabalho em que eu mais consegui unir esses dois elementos. São construções harmônicas, em alguns casos complexos, com muitos instrumentistas, mas a interpretação é mais ligada à fala. A gente pode definir como um canto falado — que é um exercício de outros artistas também — e que eu acho que, de alguma forma, com esse disco, contribuo com essa discografia do canto falado. Você usou um recurso de inteligência artificial numa das faixas. Como foi essa experiência? Foi na música Antes de Você Dormir. Ela fala desse momento que precede o sono, o mergulho no adormecer. Eu já tinha pensado algumas coisas sobre isso, que nesse momento nós experimentamos algumas coisas sobre-humanas, vamos dizer assim, temos a capacidade de teletransporte, temos o poder de modificar nossa massa física, tudo através do sonho. Essa ferramenta é bem comum hoje, é um programa que transforma texto em fala, a gente escreve um texto e uma voz traduz esse texto, fala. Mas o que há de interessante para mim é que esse corpo não existe, essa voz ganha uma materialidade, mas ela é feita por inteligência artificial. Porém, ela ganha expressividade também, faz uma entonação de declamação. Eu deixei a voz um pouco confusa propositalmente, pois meu interesse não era que entendessem, mas era a sua textura mesmo. É uma voz em inglês falando sobre um momento de lançamento de um foguete, que está prestes a alçar voo. Achei muito curioso que existia essa ferramenta e trouxe para o disco mais uma textura de voz. Existem várias texturas no disco, várias participações e de várias formas. Tem uma música chamada Bebe, que Nash Laila, que é uma atriz, gravou num rádio intercomunicador mesmo, não é um plugin

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Silvério Pessoa: "A cultura está dentro do grande guarda-chuva da economia criativa"

Secretário de Cultura de Pernambuco, empossado há menos de dois meses, o músico Silvério Pessoa celebra nos próximos dias o seu primeiro carnaval como gestor público. Os desafios são maiores que apenas apoiar a retomada do ciclo cultural, mas está também no campo da reestruturação do setor, que sofreu por anos com a pandemia e com toda desarrumação das políticas públicas nacionais, após a dissolução do Ministério da Cultura. "Acreditamos que a cultura tem um valor e uma importância tal e qual a saúde, a educação e a segurança. Isso está dentro de um grande guarda-chuva que se chama a economia criativa. O artista deve ser protagonista do seu negócio, gerenciar sua carreira, desenvolver atitudes de autonomia diante do mercado, dos negócios da cultura. Isso pode ser no artesanato, na moda, no cinema, no teatro, na dança na música, na literatura, em todas as linguagens, possibilitando o artista de inserir sua prática no mundo de forma sustentável". Em síntese, Silvério Pessoa defende que o artista viva da sua própria arte e saiba conduzir a carreira. Além da Pandemia, Silvério destacou que a classe artística sofreu com o desmanche das políticas culturais nacionais nos últimos quatro anos. "O carnaval vem de uma parada abrupta, mas os nossos problemas não vieram só pelo coronavírus. Agora com a volta do Minc (Ministéro da Cultura), há uma esperança. Essa retomada exigirá de nós paciência, colaboração, espírito de coletividade". Acerca da sua gestão da secretaria de cultura, Silvério defendeu que o foco principal será no fomento da arte das periferias e subúrbios, não só da Região Metropolitana do Recife, mas da Zona da Mata, do Agreste e do Sertão. "Quando liberamos recurso para um mestre ou um artista, há todo um giro financeiro. Vocês não imaginam como um show de um artista, seja destacado nacionalmente ou não, faz circular recursos financeiros. Seja o maracatu, a escola de samba, a cirandeira, a costureira, até na montagem do palco dos festivais". Além do alcance de vários profissionais e artistas, festividades como o Carnaval têm também uma distribuição bem abrangente pelo território pernambucano. "O foco principal do Carnaval é o Recife e Olinda, mas posso declinar um pouco esse olhar. Em Triunfo, os caretas têm uma circulação destacável. Arcoverde hoje movimenta um espaço significativo no Carnaval pernambucano. Bezerros está retornando com um dos carnavais mais destacados com papangus. Nazaré da Mata promove o encontro com o Maracatu Rural, sem falar nos bois, orquestras. Diria, inclusive, usando linguagem jovial, que o barato é sair do centro e procurar esses outros carnavais, não diria alternativos, mas que revelam a essência mais próxima da cultura do povo. Isso só se encontra no interior". Na entrevista, questionei o secretário acerca do pagamento dos artistas, visto que há uma reclamação quase histórica da demora para recebimento de cachês dos shows e eventos. Silvério explicou que como músico, ele conhece de perto essa realidade e enfrentar essa burocracia é uma das metas do governo para acelerar os pagamentos, mas pediu paciência. "Estou na secretaria primeiramente como músico, como artista. Isso pode me ajudar a desenvolver ideias e ações para facilitar a vida do artista principal e dos instrumentistas. Mas não temos nem 60 dias de gestão ainda. Estamos herdando uma estrutura pensada há 16 anos, que vinha tocando a cultura. É nosso pensamento e particularmente a minha sensibilidade de resolver essa questão porque passei por isso. Já passei um ano para receber um cachê. Já passei 6 meses. Sei de uma forma vivencial dessa dificuldade. Não era fácil. Às vezes fazia um caixa, um saldo de giro para remunerar os músicos até receber da instituição para saldar o serviço. Agora no interior da estrutura, dentro da máquina, é que se percebe como é difícil e complexa essa dinâmica para girar essa questão financeira de cachês.O desejo e vontade é imediata, mas o caminho não é tão fácil. Exige do artista estar devidamente formal, constituído dentro da burocracia, com suas certidões. Confesso que é muito complexo, mas temos ideias e vamos tentar viabilizar os pagamentos dos artistas. Serão remunerados da forma mais imediata possível. Não é um desejo distante, mas a gente precisa ter tempo, colaboração e crédito da classe artística", finalizou Silvério Pessoa.

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"Tudo aquilo que faz a alma pernambucana passa pela contribuição dos indígenas"

Muitos pernambucanos, que assistem estarrecidos as imagens da tragédia dos ianomâmis na Amazônia, desconhecem que Pernambuco possui uma das maiores populações indígenas do País. Elas têm sido essenciais para a formação do Estado e sempre estiveram presentes nos principais momentos históricos, como na invasão holandesa ou na Revolução de 1817. Com o intuito de contribuir para dissipar esse desconhecimento, os antropólogos Estêvão Martins Palitot e Lara Erendira de Andrade idealizaram o projeto Atlas do Pernambuco Indígena https://www.atlasindigena.org/, portal que reúne cartografias e textos com informações sobre as etnias indígenas pernambucanas e que teve o incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secult, Governo de Pernambuco. Nesta conversa com Cláudia Santos, Estêvão Palitot, que é professor do Departamento de Ciências Sociais do Centro de Ciências Aplicadas e Educação da Universidade Federal da Paraíba, fala do projeto, da situação dos povos indígenas locais, da luta pela demarcação das terras no Estado e do processo de invisibilidade que foram vítimas. “Sabemos muito bem falar das contribuições dos portugueses, dos holandeses, dos franceses, dos judeus, mas quando chegamos nas contribuições dos povos negros e indígenas, isso é silenciado, demonizado, criminalizado”, analisa o antropólogo, que se diz esperançoso com a criação do Ministério dos Povos Indígenas. O que é o projeto Atlas do Pernambuco Indígena e quais seus objetivos? O projeto foi pensado por mim e por Lara Erendira de Andrade. Somos antropólogos, trabalhamos com povos indígenas e temos duas paixões: a história e a cartografia. Os trabalhos dos historiadores são fantásticos, o dos antropólogos também, mas terminam sendo lidos por nós, por quem está na academia. A ideia do projeto é tornar esse conhecimento mais acessível ao grande público. O Atlas é um site no formato de blog com dois tipos de postagem: artigos, que têm um caráter mais acadêmico, com uma densidade maior, e as cartografias, com textos menores em que procuramos explicar os mapas, que são muito interativos. Cada pontinho do mapa pode ser clicado e aparece uma informação, com referências a outros trabalhos para aprofundar os conhecimentos. Agora, pensamos nos próximos passos, inclusive convidando colegas que têm produções relevantes para trazer para o Atlas. Pretendemos fazer um trabalho que seja vivo, sendo alimentado e podendo ser utilizados por professores, estudantes, por outros pesquisadores, pelos próprios povos indígenas nas escolas das aldeias como ferramenta de conhecimento, de luta, de valorização, de afirmação, de direitos. Por que vocês escolheram o modelo de cartografia? Os mapas também são um discurso e ferramentas de poder. Quem sempre desenhou os mapas foram os poderosos e a finalidade era dizer: “o meu poder vai até aqui”, seja o poder do Estado, da empresa, do rei, de quem quer que seja. Nessa representação da realidade apenas alguns aspectos são enfatizados. Por exemplo, os mapas históricos sobre Pernambuco, sobre o Nordeste, sobre o Brasil, não revelavam a presença dos povos indígenas. Mesmo hoje, quando você pega os mapas rodoviários, eles vão mostrar na Amazônia as terras indígenas, mas no mapa de Pernambuco, não mostram. Fazer um mapa é fazer uma escolha entre o que vai ser visível e o que vai ser invisibilizado. A nossa contribuição é produzir ou reproduzir mapas nos quais os indígenas estejam presentes, queremos ser uma espécie de amplificador das vozes indígenas. Nunca vamos querer tomar o lugar das vozes indígenas. Eles lutam continuamente para não serem apagados, riscados do mapa, literalmente. Por falar em invisibilidade, Pernambuco conta com a quarta população indígena do País, um dado que pouca gente conhece. Como está a situação dessas etnias? Pernambuco tem uma das maiores populações indígenas do Brasil, mas que é invisibilizada, que vive principalmente no Agreste e no Sertão do Estado. Os xucurus têm em torno de 10 mil pessoas, os atikuns em torno de 8 mil, os fulniôs, trukás, pankararus, em torno de 5 mil. Se contabilizarmos os que migraram, esse número é muito maior. Temos uma estimativa que existam uns 2 mil pankararus em São Paulo, os atikuns têm aldeias na Amazônia, porque vivem numa região muito seca e muitos grupos familiares migraram para o Rio São Francisco, para os serrados da Bahia, para o Tocantins e para o Pará. Há também os processos de luta por recuperação territorial. O caso dos xucurus, dos trukás e dos pankararus são os mais conflituosos, com uma série de assassinatos. No caso dos pankararus, há uma série de ameaças de morte e atentados. Recentemente um posto de saúde indígena foi destruído em razão de conflitos fundiários que ainda não estão resolvidos, muitas vezes por omissão ou lentidão do Estado. Nos últimos 70 anos, houve um processo de lenta recuperação dos territórios indígenas porque eles nunca se calaram, nunca deixaram de reivindicar. Quando, desde o Século 19, se diz que “os índios estão misturados, miscigenados” a frase seguinte era: “logo, não precisam de terras, podem virar trabalhadores nas fazendas, nos engenhos ou nas periferias urbanas. Eles podem ser pobres, eles já são brasileiros”. E os indígenas dizem: “Alto lá! A gente é até brasileiro, mas somos os primeiros brasileiros, temos direito a um pedaço de terra”. Há uma luta histórica e o Atlas procura ser um registro dela para que reverbere as frases que os indígenas dizem: “nunca mais um Brasil sem nós. Sempre estivemos aqui”. Procuramos levar esses subsídios que registramos nas pesquisas históricas e antropológicas para um conhecimento público. O que tem sido feito com os ianomâmis, já foi feito em Pernambuco e em todo o Brasil: guerras, escravizações. Há um relato de um massacre na região de Juazeiro e Petrolina, o Massacre do Rio Salitre, em que um padre acompanhou uma expedição de guerra contra um grupo de indígenas. Mais de 500 foram capturados, desarmados e dois dias depois todos os homens foram degolados e as mulheres e crianças levadas como escravas. Em Pernambuco essa violência, nas últimas décadas, foi marcada por assassinatos, como o de Xicão Xucuru e de várias lideranças trukás. O preço para reconquistar parte do território indígena foi o sangue das lideranças, a criminalização, a difamação. A sociedade pernambucana precisa ter consciência disso

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Miolo(s) Olinda reúne editoras e artistas independentes no Mercado Eufrásio Barbosa

(Da Cepe) Considerado um dos mais importantes eventos de arte gráfica e produção editorial independente do Brasil, a Feira Miolo(s) ganha pela primeira vez uma edição fora de São Paulo desde que foi criada em 2014. Integrando o Circuito Cepe de Cultura, a Miolo(s) Olinda acontecerá de 26 a 27 de novembro, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa, contando com atividades prévias, o Esquenta Miolo(s), nos dias 24 e 25. Com curadoria da editora paulistana Lote 42, a feira será um importante espaço de discussão e divulgação do trabalho de editoras, coletivos e artistas das mais diversas áreas. Contará com a participação de 58 expositores de 14 estados. Aberta ao público em geral, tem toda programação gratuita. O Esquenta Miolo(s), ciclo de formação voltado para editores e artistas gráficos, propõe uma série de atividades, entre elas, oficinas de minizines com o artista visual  Fabio Zimbres, na quinta-feira (24), das 10h às 13h; de encadernação criativa com o escritor e editor Fred Caju (Castanha Mecânica) e outra de criação de cartazes com serigrafia ministrada pelo editor, encadernador, impressor e produtor gráfico Daniel Barbosa (Caderno Listrado) - ambas na sexta-feira (25), respectivamente nos horários das 10h às 13h30 e das 14h às 18h. Paulista radicado em Porto Alegre, Fabio Zimbres (FZ), é uma referência no universo dos quadrinhos e das publicações independentes. Foi um dos fundadores da revista de HQ underground Animal e criou a editora Edições Tonto, na qual publicou a Coleção Mini Tonto, reunindo livrinhos em quadrinhos de artistas brasileiros e latino-americanos, entre outras. Pernambucano, autor do poemário Nada Consta (Cepe Editora, 2018), Fred Caju é editor desde 2007. Criou, em 2018, a MOPI — Mostra de Publicações Independentes e em 2019 o Colofão.lab, um laboratório de experimentações analógicas no bairro de Santo Amaro. Curitibano, fundador do ateliê/editora Caderno Listrado, Daniel Barbosa Há mais de 15 anos se dedica a produção de livros e cadernos artesanais, além de impressos serigráficos para projetos de arte, design, literatura e quadrinhos.  Outro destaque será o debate sobre memória gráfica (sexta-feira, às 19h). A conversa, que reunirá os designers Camila Brito, Gabri Araújo, Fátima Finizola, Renata Paes - autora do livro Memória Gráfica da Arquitetura de Olinda (Cepe Editora, 2022) - e Tarcísio Bezerra, propõe discutir o design nas mais diversas áreas, como na arquitetura, artes gráficas e em projetos editoriais. As atividades do Esquenta Miolo(s) têm vagas limitadas. Interessados poderão se inscrever através através do endereço eletrônico https://linktr.ee/feiramiolos.  A confirmação da participação será feita pela organização da feira por e-mail. Fala Miolo(s) - Durante a feira, a atividade Fala Miolo(s) contará com uma farta programação de palestras que abordarão temas como circulação de produtos, criação e arte impressa. Serão cinco no sábado (26) e outras cinco palestras no domingo, sempre a partir das 14h. No sábado, às 14h, o paulista Gustavo Piqueira (Casa Rex) - artista gráfico, escritor e um dos mais premiados designers do Brasil - estará na palestra “Livro livre: deslocamentos, desmontes, baralhadas e transcodificações na ocupação do território impresso”, apresentando algumas de suas obras cujo cerne narrativo é o questionamento e a ruptura dos princípios de categorização do livro e das linguagens que o ocupam. Ainda no mesmo dia, a palestra “Do fanzine ao livro: a artesania da publicação” (16h), levará a editora, designer e produtora da Livrinho de Papel Finíssimo Editora (PE), Sabrina Carvalho, que falará sobre sua experiência editorial. Às 17h, em “alegria de um TIPO bem raro”, Cibele Bonfim, uma das fundadoras do Ateliê de Ofícios (BA), compartilhará com o público histórias que atravessam a memória gráfica, num arco de tempo/espaço, indo do Ceará à Bahia. O bate-papo abrirá espaço ainda para outros assuntos, como técnicas gráficas tradicionais e o legado de Flávio Oliveiras, seu companheiro, designer, grafiteiro, ilustrador e serigrafista que morreu no ano passado, vítima da covid-19. A programação do sábado fecha com a conversa “Ragu - experimentação nos quadrinhos, edição coletiva e autoralidade” (18h), que reunirá os pernambucanos Christiano Mascaro (jornalista, designer gráfico e ilustrador) e João Lin (com atuação na produção de quadrinhos, cartuns, ilustração, tatuagem, videoarte e música experimental). No domingo, às 14h, na conversa “Fora do centro: o potencial descentralizador das feiras de arte gráfica”, os jornalistas, editores da Lote 42 e criadores da Miolo(s), Cecilia Arbolave e João Varella, falarão sobre suas jornadas, a importância de eventos de publicações independentes e, sobretudo, o que tais encontros podem agregar culturalmente às cidades fora dos grandes centros urbanos. Às 15h, a designer e produtora recifense Gabriela L’Amour (Chuvisco Editora) conduz a conversa na palestra “O apego ao analógico: design e publicação independente” abordando temas como o apego material através dos livros, zines e revistas e a relação do design gráfico/mercado independente com esses produtos. O jornalista, escritor, ilustrador  e editor independente Aureliano (RN) estará na palestra “Um caminho para Xanadu: entrando na dança do mercado editorial”, às 16h. Falará sobre sua trajetória no mercado editorial - das produções autorais e experimentais às aventuras na literatura comercial, além do espaço conquistado nas mídias sociais. Às 17h, o escritor, editor da Mariposa Cartonera e ex-editor da Cepe, Wellington de Melo, estará na palestra “Publicação independente: um caminho das pedras” revelando sua experiência de editor e de como vem ajudando novos autores e autoras a publicar livros independentes. No último bate-papo do domingo, “Uma biblioteca no aqui e agora”, às 18h, Jurandy Valença (foto acima), artista visual, curador, jornalista e  diretor da Biblioteca Mário de Andrade, conversa com o público sobre a experiência de estar à frente da maior biblioteca de São Paulo (a segunda do país) e onde acontecem as edições da Miolo(s). Experiências gráficas -  A Miolo(s) Olinda também garantirá aos visitantes a oportunidade de participar de experiências gráficas. Uma delas é a de imprimir cartazes em serigrafia com Daniel Barbosa. E outra é uma vivência com carimbos, conduzida por Gilberto Tomé, da Gráficafábrica. A ideia é criar publicações e cartazes, tendo entre tantas fontes de inspiração, a arquitetura do próprio Mercado Eufrásio Barbosa e da cidade de Olinda. “Estamos com bastante expectativa com

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MAMAM recebe seminário de formação de educadores sobre o modernismo pernambucano

O evento é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais. O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães recebe nos dias 20 e 21 de outubro o Seminário de Sensibilização e Formação de Educadores: “Pernambuco Moderno: artes e histórias deslocadas”. O objetivo do evento, que é gratuito, é estimular a abordagem do modernismo pernambucano dentro da sala de aula. Segundo especialistas, como Paulo Herkenhoff, o movimento aqui no estado surgiu antes mesmo do modernismo paulistano, mas acabou sendo esquecido após a Semana de Arte Moderna de 22, que conferiu aos artistas paulistas uma hegemonia, quando o assunto era a disseminação das ideias modernistas no país. O seminário busca resgatar as singularidades estéticas e políticas do movimento pernambucano e sensibilizar os educadores para que o tema seja inserido no programa curricular dos cursos livres e escolas. O evento, que é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais, terá intérprete de Libras. Durante a formação, haverá a troca de conhecimento entre os profissionais da educação e pesquisadores de artes visuais de Pernambuco e haverá orientações e sugestões de formas de abordagens multidisciplinares sobre o tema. O seminário é uma realização do Rec Cultura e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape). Os participantes terão direito a certificado e para se inscrever, basta acessar o link: encurtador.com.br/hkpI5

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Exposição reúne no Recife obras produzidas durante a pandemia até o dia 16

"A Cura na Pandemia'' reúne mais de 70 participantes dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo; fica em cartaz até 16 outubro, no Pina Uma exposição coletiva reúne obras de cerca de 70 artistas plásticos dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e São Paulo. Os quadros que compõem 'A Cura na Pandemia', foram produzidos por eles durante o isolamento social causado pela pandemia da Covid-19. O projeto é resultado conjunto da Sandra Buarque Cia de Artes, com a galeria Purgatório das Artes, que celebra, neste mês sua inauguração, com oferta da arte grafite e todas as suas tribos e expressões. As telas ficam em cartaz até o dia 16 de outubro, na galeria Purgatório das Artes, no bairro do Pina, zona sul do Recife. A mostra dos quadros foi idealizada pela educadora de artes plásticas e multiartista, a recifense Sandra Buarque, que também é curadora do projeto social, inclusivo e itinerante. Ela buscou agregar, as diversas expressões de artistas plásticos, que pintaram durante a pandemia e produziram material de visual impactante, adquiridos através de leilões em Pernambuco e São Paulo. "A exposição conta com uma linda coleção de arte grafite, em sua formatação, talentos que imprimiram não só sentimentos, mas estranheza, cores e vozes, em diferentes temas curiosos, durante o pré e o pós lockdown", adianta Sandra, considerada a primeira artista de grafite com a técnica de estêncil do estado de Pernambuco e que também assina quadros da exposição. Consagrados nomes, como Shock Maravilha, Heron Azul de Barros, Santo Forte nas Ruas (Flávio Barra), Leo Gospel e Lhama, estão envolvidos na mostra. O projeto que chegará em outras regiões do Brasil e fora do país, tem também, Lai, Mariano Netó, Eva, Vandalo, Leo Pazciencia, Felipe Lemos, Caju, Nego SM, Kefren Pok, Aliado, Thayssa Aussuba, Frani, Liz de Horus, FB Osmo, Jeff Alan, RZO, Vacilantes, KS, Chian, Tab, Nefertite Negra e TN Eeene. Além de, Filho do Gueto, Lelo Boy, Luparte, Julio Insano, Didi Veloso, Mariana Flor, Diego SDN, Ant Social, Canabs, Evil e outros artistas. A programação da exposição conta também com shows aos finais de semana, na galeria, sempre a partir das 20h. No sábado (8), é a vez da banda 'Sex Tape' se apresentar. Rico Bluestamontes encerra a agenda em 15 de outubro. Sandra Buarque Cia de Artes é uma companhia de artes situada na Avenida Bernardo Vieira de Melo, nº 1376, loja 16, Centro comercial Ricardo Lemos, em Piedade, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, que abriga todas as artes, mantendo o foco em artes plásticas, devido à paixão e envolvimento da fundadora com o universo da pintura. Sandra Buarque de Macedo, é artista plástica, arte educadora, com trinta e dois anos de experiência. SERVIÇO:Data: até 16 outubro de 2022Local: Galeria Purgatório das ArtesEndereço: Rua Estudante Jeremias Bastos, nº 124, Pina – RecifeFuncionamento: de terça à sexta de 14h às 21h, aos sábados das 14h às 0h (em dia de eventos no Café Beco da Sapota, área interna da Galeria Purgatório das Artes).Ingresso: gratuito, e couvert artístico (R$ 10) em dias de shows

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Sesc Santo Amaro sedia exposição do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy

Com incentivo do Funcultura, mostra ficará em cartaz de 27 de setembro a 10 de novembro, com visitação aberta ao público O Sesc Santo Amaro sedia a exposição individual “O Sublime Obscuro: Narrativas do Inconsciente Grotesco”, que apresenta um recorte da produção do ilustrador pernambucano Lorde Jimmy, com curadoria de Enrique Andrade. A mostra reúne mais 30 ilustrações de dimensões variadas e técnicas diversas (lápis, carvão, bico de pena, óleo e guache), uma escultura de personagem e fragmentos de um curta-metragem de animação stop motion, que revelam aspectos da poética visual do artista. A exposição ficará em cartaz de hoje (27 de setembro) até o dia 10 de novembro, com visitação gratuita e atividades abertas ao público. O projeto conta com patrocínio do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura. Lorde Jimmy é o pseudônimo usado por Emmanuel Martins, 26 anos, natural de Serra Talhada, Sertão de Pernambuco. Vivenciou a liberdade criadora e imaginativa da infância, como uma criança que via no desenho uma maneira de expressar seus mundos. Só mais tarde, no ensino médio, percebeu a possibilidade da arte enquanto profissão. Em 2020, concluiu o curso de bacharelado em Design, na Universidade Boa Viagem. Lorde Jimmy utiliza do imaginário mítico comumente presente nos contos de fadas, dos séculos 17, 18, 19 e 20, para construir narrativas fantásticas e absurdas em cenários obscuros, usando a estética do grotesco. A construção das ilustrações vem do traço característico em bico de pena e lápis do Ilustrador, entre o preto e branco, que usa o gótico para basear seus universos oníricos. As construções de narrativas baseadas em contos de fadas assumem importância simbólica e norteiam o desenvolvimento da exposição, levando o autor a cumprir um dos seus objetivos, que é a de gerar discussão acerca da ressignificação dos temas abordados, pois o sentido de contos de fadas é usado pelo artista em sua totalidade, apresentando temas que levam a uma evolução pessoal. Seguindo essa ideia, outros temas são trazidos para agregar mais camadas às narrativas, como a depressão, solidão, angústia e a morte, questões frequentes na obra do artista. As influências regionais do artista, que nasceu e viveu no Sertão de Pernambuco, influenciam a composição obscura dos cenários desenvolvidos nas imagens, que tem ligação com o exagero da visão infantil e suas experiências ligadas às lendas contadas pelas crianças nas fazendas do interior pernambucano. As imagens pretendem encarnar a dramaticidade desse ambiente rico em mística e mitos, ao mesmo tempo em que dialogam com outras influências que participam da construção do imaginário do artista, tais como Victor Hugo, Mary Shelley, Edward Lear, Edward Gorey, Tim Burton, John Kenn Mortensen, Gustave Doré, Albrecht Durer, Goethe, entre outros. Junto às ilustrações expostas, também serão exibidos trechos de contos e estudos preliminares que integraram o processo criativo do artista, revelando ao público seu percurso de construção visual. Haverá também a apresentação de fragmentos do curta-metragem de animação stop motion “O Guia e as Crianças Perdidas”, que se encontra em desenvolvimento. Protagonizado pelo personagem “O Guia”, o curta é conduzido por uma narrativa tragicômica e nonsense em meio a cenários obscuros. A história apresenta a figura grotesca do personagem principal como o fio condutor da trama. O Guia é incumbido de resgatar crianças perdidas nesta realidade soturna, mas tem sua missão mal sucedida pelo fato delas fugirem com medo, devido à sua aparência bizarra. Assim, consequentemente, essas crianças acabam desaparecendo. PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES Durante o período da exposição, haverá uma programação de atividades abertas ao público. Serão quatro visitas guiadas e três palestras. Confira a seguir. VISITAS GUIADAS Memento Mori A vivência levantará questões como mortalidade, memória e utilização do patrimônio arquitetônico local como espaço de construção afetiva com a cidade, iniciado no território do Cemitério de Santo Amaro. Data: 30 de setembro, das 14h30 às 16h30 Criação de personagem A vivência propõe a criação de seres fantásticos através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, utilizando algumas técnicas no desenho para dar corpo ao personagem. Público: dos 15 aos 21 anos Data: 04 de outubro, das 14h30 às 16h Meu amigo imaginário Através da imersão no mundo sublime e obscuro do Lorde Jimmy, a vivência para crianças se propõe na criação dos amigos imaginários, utilizando o desenho como ferramenta criadora. Público: dos 9 aos 14 anos Data: 07 de outubro, das 14h30 às 16h Memórias e Afetos, uma tarde de Chá A vivência pensada para a terceira-idade convida para uma tarde de chá e muita conversa, abordando questões sobre memórias como um lugar de afeto e como essas lembranças abraçam a exposição. Público: a partir dos 60 anos Data: 10 de outubro, das 14h30 às 16h PALESTRAS Construindo mundos fantásticos Apresentação da construção temática das peças produzidas pelo artista e expostas na galeria. Abordagem do processo técnico a lápis, finalização em nanquim e construção dos bonecos de animação. Data: 13 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Momemóriabilia Colecionismo, antiquarismo e objetos como portadores de memórias e afetos. Exploração da arte em antigos objetos do cotidiano, suas formas, funções, valor estético e usabilidade no decorrer do tempo. Data: 18 de outubro, com Lorde Jimmy, das 14h30 às 16h30 Hogwarts uma história No formato de mesa redonda, serão abordados os aspectos técnicos, conceituais, narrativos e artísticos do universo de Harry Potter adaptado ao cinema. Data: 20 de outubro, com Lorde Jimmy e equipe do @potterando, das 14h30 às 16h30

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