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"A competitividade depende de uma formação básica de qualidade"

O que fazer para qualificar a educação brasileira? Qual a relação dessa formação dos nossos jovens com a competitividade dos nossos profissionais? E como tem sido o impacto da pandemia nos diversos sistemas de ensino no País? Conversamos com o professor da UFPE e da Cesar School, Luciano Meira, sobre esse cenário para compreender o momento atual da educação no País e apontar soluções. O docente, que é também sócio-empreendedor da Joy Street, foi um dos entrevistados para a matéria de capa desta semana da Revista Algomais, em que discutimos os desafios para os próximos 15 anos no Estado.   O que você considera fundamental para transformar a educação brasileira no cenário dos próximos 15 anos, na direção de construirmos um sistema educacional de qualidade e que colabore com o desenvolvimento do País e de Pernambuco? - Ordenação e otimização dos recursos garantidos pelo FUNDEB, através de gestão transparente e profissional, incluindo contínua prestação de contas à sociedade. - Completa reformulação dos cursos de pedagogia e licenciaturas e dos programas de formação continuada de professores, através da implementação da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). - Governança técnica e menos sujeita a interferências políticas de grupos ideológicos nos órgãos de gestão dos sistemas de educação, desde a direção da escola até o alto comando do MEC e suas instituições vinculadas, tais como o INEP. - Articulação nacional para implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através do desenho de estratégias negociadas entre secretarias de educação, órgãos de classe, educadores, terceiro setor, dentre outros agentes. - Resolução definitiva das questões relativas ao acesso à Internet, através de planos de conectividade, disponibilização de dispositivos apropriados e oferta de recursos digitais eficientes para o engajamento dos estudantes nas atividades escolares e melhoria da aprendizagem. - Uma reformulação completa dos métodos e práticas didáticas implementadas nas escolas, favorecendo a construção de relações intelectuais e afetivas fortes entre educadores e estudantes, inclusive através do uso de tecnologias digitais capazes de criar e escalar novos formatos de aprendizagem, melhor conectados com o novo mundo do trabalho. . Que impactos um avanço consistente na educação pode trazer para a maior competitividade de Pernambuco? O sistema educacional deve conversar mais com o mercado profissional para formar pessoas conectadas com os desafios do nosso tempo? - A competitividade depende de uma formação básica de qualidade, nas várias competências previstas na BNCC, por exemplo, incluindo talvez principalmente os modos de uso dos conhecimentos científicos tradicionalmente trabalhados na escola. Isso quer dizer, entre outras coisas, que devemos promover na escola o exercício da autonomia, da confiança no outro e da cooperação, além do fomento a formas de trabalho menos dependentes de hierarquias rígidas. Essas qualidades têm sido associadas a ganhos de produtividade, e avanços na educação deveriam necessariamente articular conhecimento científico e competências sócio-emocionais, por exemplo. - Dessa forma, nossa maior competitividade pode depender da forma como o espaço escolar está organizado e busca promover o desenvolvimento integral dos estudantes, gerando sujeitos: 1. eticamente mais responsáveis; 2. melhor preparados para uma atuação profissional mais criativa; 3. socialmente mais disponíveis para acolher e promover o outro. - Para que isso aconteça, também é necessário o diálogo entre escola e comunidade, um diálogo que parte de um posicionamento firme da rede escolar acerca de sua missão e propósitos estratégicos. Nesse formato, o mercado de trabalho não dita as regras para a escola, mas se comunica com seus propósitos e é capaz de nela disparar projetos formativos que, ao realizar os resultados listados no item anterior, também contempla as direções inovadoras continuamente construídas pelos setores produtivos representados na comunidade, com a escola no centro. . Quais os impactos a pandemia trouxe para a educação pernambucana e brasileira? Há algum aspecto importante de inovação que experimentamos nesse tempo? O ensino híbrido veio para ficar? - Um primeiro resultado interessante é que, como já prevíamos anteriormente, a maioria dos educadores não são necessariamente resistentes a mudanças ou ao uso de novas tecnologias, como tantos outros preconizavam, e eles podem sim realizar esforços de adaptação, mesmo na ausência de métodos claros e bem estabelecidos de como realizar a mudança ou empregar determinados artefatos e recursos tecnológicos em suas práticas pedagógicas. - Segundo algumas pesquisas recentes, um outro impacto importante foi o reconhecimento do importante papel das relações afetivas de confiança e amparo entre estudantes e professores, e o papel destes últimos na criação de “circuitos de afetos” capazes de manter (ou criar) o lugar da escola no cotidiano daqueles primeiros. - Com a maioria ou todas as atividades acadêmicas realizadas por meio de plataformas digitais, será difícil dispensar seu uso em pelo menos algumas dessas atividades, principalmente em vista da autonomia conquistada por estudantes e professores no processo. por outro lado, ainda experienciamos profundas desigualdades no volume e qualidade do acesso a tecnologias digitais entre estudantes e professores (em termos de conectividade, dispositivos e recursos) e isso será o obstáculo definitivo para manutenção de avanços em suas formas de uso, conquistadas com muito esforço durante a pandemia.

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"A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país"

Para falar sobre como qualificar a educação brasileira e pernambucana nos próximos 15 anos, entrevistamos o professor Mozart Neves Ramos. Ele é Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da USP – Ribeirão Preto e professor emérito da UFPE. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Rafael Dantas, o docente fala sobre o impacto da pandemia no sistema educacional brasileiro, critica as gestões do MEC no Governo Bolsonaro e aponta os pontos estratégicos para que o País avance no setor educacional. Que passos o Sr. considera fundamentais para que a educação brasileira alcance uma qualidade satisfatória no cenário dos próximos 15 anos, de forma a colaborar para o avanço do desenvolvimento do País? O grande desafio da Educação brasileira é o de colocar numa mesma equação quantidade e qualidade. Ao longo das últimas décadas o país fez avanços importantes com relação ao acesso escolar, da creche ao ensino médio. Contudo, no que diz respeito à qualidade, em termos de aprendizagem escolar, o país está literalmente estagnado e num patamar muito baixo, especialmente no ensino médio – última etapa da educação básica e porta de acesso à universidade e ao mundo do trabalho. De cada 100 jovens que terminam o ensino médio, apenas 9 aprenderam o que seria esperado em matemática, em língua portuguesa é um pouco mais, ou seja, 29, mas nada que se possa comemorar. Além disso, o país apresenta uma grande desigualdade educacional, entre redes de ensino e dentro de uma mesma rede escolar. Portanto, entendo que o enfrentamento da baixa aprendizagem escolar e a redução da desigualdade educacional são os dois maiores desafios para alcançar a tão sonhada qualidade. Para isso, o Brasil precisa investir na qualidade do professor, pois, segundo pesquisas internacionais, esse é o fator mais importante, dentre vários, para alavancar a aprendizagem escolar. Investir desde a atração pela carreira do magistério, passando pela formação inicial e continuada, chegando a uma carreira cujo plano valorize o desempenho docente e a busca por aperfeiçoamento profissional ao longo da vida. O Brasil precisa investir mais em educação e melhor. O Brasil, é bem verdade, triplicou os investimentos, nos últimos 15 anos, em educação básica. O esforço precisa continuar se quisermos chegar ao patamar dos países que estão no topo da educação quanto ao per capita-aluno. Mas a gestão, por sua vez, deixa, em geral, muito a desejar, é preciso dar mais ênfase à eficiência, eficácia e efetividade dos gastos públicos em educação. Costumo dizer que o Brasil deveria aprender com o Brasil, e nesse sentido refiro-me ao belo exemplo do estado do Ceará no campo da alfabetização e ao estado de Pernambuco nas escolas de ensino médio em tempo integral. O país já tem caminhos seguros de bons resultados, mas é preciso dar escala nacional. O país não pode deixar de lado investimentos em inteligência artificial para a educação e o uso de plataformas adaptativas que irão ajudar exponencialmente na gestão da tão necessária flexibilização e diversificação da oferta educacional. Que prejuízos a pandemia deixa para o nosso sistema educacional e quais inovações experimentadas nesse período deveríamos ou poderíamos comemorar? A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país. Enquanto o setor privado respondeu com certa rapidez ao fechamento das escolas oferecendo ensino remoto, uma boa parte das crianças de escolas públicas ficaram, ao longo de 2020, sem acesso simplesmente por falta de conectividade digital, falta de internet e banda larga. Para essas crianças que ficaram à margem do processo educacional, segundo estudos do professor André Portela da FGV – SP, significa um retrocesso escolar à 2018, é como se o governo atual não tivesse existido para elas. A falta de uma coordenação nacional pelo Ministério da Educação (MEC), em colaboração com estados e municípios, como prevê o artigo 8◦ da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), agravou ainda mais. O país deveria ter iniciado este ano com um plano nacional de conectividade escolar para todas as crianças e professores da educação básica, pois o ensino remoto deverá ainda ser, em 2021, a forma de acesso majoritária às atividades escolares. Por outro lado, costumo dizer que o covid foi um catalisador para as mudanças que estavam em curso na educação, que estavam acontecendo, mas de forma muito lenta. Aqui me refiro ao uso das novas tecnologias no processo ensino e aprendizagem. Daqui para frente elas irão ocupar um lugar de destaque no apoio ao professor, constituindo aquilo que está sendo chamado de ensino híbrido. Isso irá impulsionar o conceito do aluno em tempo integral, que é diferente da escola em tempo integral. Quais os prejuízos causados pela atual administração do MEC e como revertê-los? Em pouco mais de dois anos foram três ministros, cuja preocupação maior foi agradar a ala ideológica do governo. Por exemplo, enquanto milhões (e não milhares) de crianças e jovens estão sem estudar, sem acesso à educação, por conta da pandemia, o governo prioriza no Congresso o homeschooling, uma das bandeiras dessa ala do governo, que, no máximo, atenderá a pouco mais de 7 mil famílias. Como disse anteriormente o governo deveria ter estruturado um plano nacional de conectividade digital, e usar os recursos do Fundo da Universalização dos Sistemas de Telecomunicações (Fust) para isso, pois o valor estimado em caixa é de R$ 23 bilhões de reais. Mas o presidente preferiu vetar o Projeto de Lei que iria assegurar internet e banda larga para estudantes e professores da educação básica. O próprio Fundeb que agora o governo faz propaganda dele, pois é de fato um avanço no financiamento da educação básica, ele próprio tentou barrar aos 45 minutos do segundo tempo, como costumamos falar no futebol. O que manteve vivo o Fundeb e sua aprovação foi a grande articulação e mobilização nacional em prol do projeto que tramitava no Congresso há bastante tempo. Foi, na verdade, uma grande vitória da educação brasileira. Com a chegada do ministro Milton Ribeiro renovei as minhas esperanças em termos do diálogo, especialmente pensando no seu antecessor, que buscou mais enfrentamento do que colaboração.

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Lia Glaz: "O professor começou a encarar a tecnologia como aliada"

*Por Rafael Dantas Os novos desafios postos diante dos professores durante a pandemia foram o tema da edição 175.2 da Revista Algomais, publicada na semana passada. Uma das pesquisas que apresentou os principais problemas enfrentados e observados pelos docentes, que citamos na reportagem, foi desenvolvida pelo Instituto Península, uma organização social fundada pela família Abilio Diniz em 2010, que tem como foco a melhoria da qualidade da educação brasileira. Conversamos com Lia Glaz, gerente de projetos do Instituto Península, sobre os principais resultados desse estudo e sobre as possíveis soluções para os atuais dilemas do trabalho desenvolvido pelas escolas. Confira abaixo! Quais as principais dificuldades que têm levado os professores a aumentarem seu estado de ansiedade e de cansaço? A maior preocupação dos professores nesta quarentena (75%) é em relação à saúde emocional dos alunos, à frente até mesmo da sua própria saúde mental (54%). Na fase anterior a maior preocupação deles era em relação a saúde de seus familiares. Outro fator que preocupa os docentes é o retorno às escolas (Em uma escala de 0 a 5, na qual 0 indicava “nada confortável” e 5 “muito confortável” com o retorno ao ensino presencial, a média dos respondentes foi de 1,07) e o principal motivo, para 86%, é o receio de contaminação e de implementação dos protocolos sanitários. . . Quais os caminhos ou soluções para resolver essas questões? É necessário apoiar e acolher o professor, além de manter uma comunicação frequente e transparente acerca do retorno, dando visibilidade à adequação das escolas e treinamento para a implementação dos protocolos. A perspectiva sanitária, no entanto, não é suficiente. Como a retomada das aulas presenciais é algo que preocupa os docentes, o IP elaborou um documento de apoio à ação de Secretarias de Educação e unidades escolares na retomada das aulas, dentro de uma perspectiva integral de Educação e inspirados na Política de Humanização do SUS. A partir das informações levantadas com os dados dos questionários é possível pensar em um plano de ação que seja sensível às necessidades dos educadores de cada escola e dar início a rodas de acolhimento, um convite para compartilhar acontecimentos e sentimentos marcantes na vivência de cada um durante a pandemia. O passo seguinte é definir espaços individuais de escuta, ambientes de pensamento, duplas de suporte, realização de rituais e criação de grupos restaurativos. Muitos dos professores afirmam ser necessário ter conhecimento de novas ferramentas para fazer uma aula online, não basta transpor o conteúdo de uma aula presencial para a internet. Como ter essa competência? Os educadores se fazem ainda mais relevantes em um cenário de dados e informações em abundância, atuando como verdadeiros mediadores de conhecimento durante a aprendizagem. Por isso, são fundamentais políticas públicas voltadas à formação e capacitação dos docentes para os novos desafios. O interessante é que em abril e maio, na segunda fase da pesquisa, 83% dos professores afirmaram que não estavam preparados para o ensino virtual. Após a prática ter sido imposta pela pandemia, agora esse percentual é de 49% afirmando que a falta de formação é um desafio para ensinar remotamente. Como consequência, 94% dos professores indicaram que agora enxergam a tecnologia como muito ou completamente importante no processo de aprendizagem dos alunos. Antes, apenas 57% tinham essa percepção. . . A apatia dos alunos é outro fator que acaba por desmotivar também os professores. Quais os caminhos para transpor essa apatia? Realmente, constatamos que 64% dos professores relataram dificuldade para manter o engajamento de seus alunos e 41% deles teve a percepção de que poucos deles aprenderam o esperado nas atividades avaliativas. Um caminho para transpor essa questão é colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem, buscando formas de personalizar o ensino, tendo a percepção da necessidade de cada aluno. Nesse quesito, alguns dos legados da pandemia levantados pelos professores foram a importância de estratégias pedagógicas com recursos de acessibilidade e estratégias de reforço/recuperação para alunos com dificuldade de aprendizagem. . . Com o retorno das aulas presenciais de forma gradual, há uma perspectiva de que o ensino híbrido se torne uma realidade no Brasil. Que novos desafios são colocados para os docentes em um cenário de convivência da educação presencial e remota? A terceira etapa da pesquisa mostrou que o próprio professor começou a encarar a tecnologia como uma aliada, sendo que ela é capaz de ampliar sua capacidade de ensino. Além disso, precisamos considerar os recursos educacionais digitais como parte essencial do processo educacional. Um grande desafio enfrentado pelos professores hoje, nessa situação de ensino remoto, é a barreira da conectividade, nem todos seus alunos possuem, internet ou um computador. Precisamos democratizar esse acesso para podermos realmente avançar na questão do ensino híbrido. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com | rafaeldantas.pe@gmail.com)       . LEIA TAMBÉM Patrícia Smith: “O cenário aponta para uma perspectiva híbrida: ensino presencial e remoto” Live Algomais discute se é hora de voltar às aulas   Educação que Transforma  

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Grau Técnico cresce no País e prevê dobrar o número de alunos

Enquanto o emprego está em crise no País, a preparação para o mercado de trabalho está em alta no Grau Técnico. A rede de formação técnica que nasceu na Avenida Conde da Boa Vista, em 2010, começou a franquear no ano seguinte e hoje está presente em 16 Estados, com 52 mil alunos. Com uma estrutura que contempla agências de encaminhamento dos formandos aos processos seletivos e cursos ajustados à rotina de quem precisa estudar e trabalhar, a empresa vive um momento de crescimento nas duas pontas: grande procura de novos estudantes e um avanço exponencial de novas franquias. A empresa foi inaugurada num momento de alta da economia pernambucana, nos anos áureos do avanço da industrialização do Estado. As turbulências no mercado, porém, passaram bem longe do Grau Técnico. “Surpreendentemente não sofremos com a crise. Com o índice de desemprego alto no País, ao trabalhar com educação, conseguimos suprir uma necessidade das pessoas, pois nossa proposta não é apenas oferecer formação profissional, mas, de fato, preparar e encaminhar os alunos para o mercado de trabalho por meio das agências de encaminhamento em todas as escolas”, afirma Carolina da Fonte, sócia-diretora do Grau Técnico. Ela divide a direção do negócio com os irmãos Ruy Porto Carreiro e Cristiana da Fonte. Neste ano entraram 12 novas unidades franqueadas da rede, totalizando 45 escolas em operação no País. Até dezembro serão mais 15 unidades. Para 2020, novas 70 unidades serão abertas. Não é uma expectativa. Esse número é de negócios já fechados. “Nossa pretensão é finalizar o ano de 2020 com 130 unidades, que já foram comercializadas e estão em obras ou em busca de imóvel”, afirma Carolina. Os números representam um aumento no faturamento em 2019 de 50%. Uma novidade do próximo ano é que a presença majoritária de franquias, hoje concentrada no Nordeste, passará a ser no Sul e Sudeste, que terá em torno de 60% das escolas em funcionamento da rede. Os Estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina receberão suas primeiras unidades e em breve no Grau Técnico do Brás, na capital paulista, passará a funcionar uma base de apoio para dar suporte aos associados dessas regiões, funcionando como uma sub-sede. Só o Estado de São Paulo, por exemplo, já dispõe de sete unidades. O valor inicial de investimentos dos franqueados é de no mínimo R$ 1 milhão. A diretora explica que na maioria das unidades não há apenas um investidor, mas são formados grupos de franqueados que assumem o negócio. Hoje são cerca de 100 franqueados. Com o aumento do número de escolas, a empresa projeta em 2020 praticamente dobrar o corpo discente atual, fechando o próximo ano com 100 mil estudantes em todo o País. “Percebemos que há uma demanda gigante não só causa do desemprego alto, mas porque a cultura dos estudantes vem mudando. Muitos alunos não estão indo diretamente para cursos superiores, mas passaram a optar por técnicos, por serem relativamente mais rápidos, com teoria e prática, além de um índice de empregabilidade muito maior, se comparados com as graduações”, afirma Carolina da Fonte. Atualmente a rede tem uma cartela de 24 cursos técnicos e a cada ano pelo menos dois novos ingressam na grade de oferta. As formações mais procuradas em todo o País são os cursos técnicos em enfermagem, em radiologia e em administração. Em 2019, a escola passou a formar técnicos em nutrição, em desenvolvimento de sistemas e em estética. Para o próximo ano, entrarão na grade pelo menos os cursos de saúde bucal e agronegócio. Para atender todo o alunado matriculado na instituição, trabalham atualmente 2,5 mil profissionais no Grau Técnico, em torno de 700 a mais do que no ano passado. Sem somar os instrutores que ingressarão na rede no próximo ano, Carolina fala que a franquia deverá contar com, pelo menos, mais 1,5 mil funcionários até o final do próximo ano. Em 2020 duas grandes novidades da empresa serão a inauguração da Faculdade Grau, com três cursos (administração, engenharia de produção e pedagogia) e a mudança da marca Nível A (empresa da rede com formações profissionalizantes que já possui 7 escolas e 4 mil alunos) para Grau Profissionalizante. Para a faculdade, a empresa está construindo um prédio na esquina Avenida Conde da Boa Vista com a Rua Dom Bosco, onde funcionava no passado o Colégio Panorama. Em alguns anos, já estão nos planos da marca a fundação do Colégio Grau. Com os novos contratos fechados e as inovações em curso, a rede prevê aumentar o faturamento em 60% no próximo ano. *Rafael Dantas é repórter da Revista Algomais e assina a coluna Gente e Negócios no Algomais.com(rafael@algomais.com)

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Algomais é finalista do Prêmio Estácio de Jornalismo

A Revista Algomais é finalista do Prêmio Estácio de Jornalismo na categoria impresso regional. A reportagem "Procura-se profissional de tecnologia", dos jornalistas Rafael Dantas e Cláudia Santos, foi apontada entre as três melhores do País ao lado das séries de matérias "Para que serve um bolsista", (de Itamar Melo e Valeska Linauer, do jornal Zero Hora, de Porto Alegre) e "Nosso Vale do Silício" (assinada por Luan Martendal, Ben Ami Scopinho, Carolina Winter, Ciliane Pereira, Cristiano Estrela, Genara Rigotti, Maiara Santos e Salmo Duarte, do Jornal A Notícia, de Joinville). O prêmio destaca publicações jornalísticas sobre ensino superior. . Leia as reportagens nos links abaixo: . . . A entrega dos prêmios aos vencedores acontecerá no dia 21 de novembro, durante cerimônia de premiação, no Rio de Janeiro, na Cidade das Artes. Na edição deste ano, 470 reportagens participaram e 24 vão concorrer em nove categorias. A edição 2019 contou com a participação de veículos de imprensa de 23 estados e do Distrito Federal e registrou um aumento de mais de 40% em relação ao prêmio de 2018, que contou com 334 matérias participantes. Somando as reportagens jornalísticas inscritas nas nove edições, já reunimos um acervo de 2.615 entre as mídias impressa (jornais e revistas), TV, rádio e internet. . Os finalistas da Edição 2019 são: IMPRESSO NACIONAL REPORTAGEM: À PROCURA DA FELICIDADE AUTOR(ES): Larissa Lopes, Thiago Tanji, Mayra Martins, Yorka e Tipocali VEÍCULO: REVISTA GALILEU ________________________________________ REPORTAGEM: UNIVERSIDADES VIVEM CLIMA DE DENUNCISMO AUTOR(ES): Renata Cafardo VEÍCULO: O ESTADO DE S. PAULO ________________________________________ REPORTAGEM: EMPREGADO COM ENSINO SUPERIOR GANHA O DOBRO DE QUEM CURSA O TÉCNICO AUTOR(ES): Thais Carrança VEÍCULO: VALOR ECONÔMICO . IMPRESSO REGIONAL REPORTAGEM: PARA QUE SERVE UM BOLSISTA AUTOR(ES): Itamar Melo e Valeska Linauer VEÍCULO: ZERO HORA (Porto Alegre) ________________________________________ REPORTAGEM: PROCURA-SE PROFISSIONAL DE TECNOLOGIA AUTOR(ES): Rafael Dantas e Cláudia Santos VEÍCULO: REVISTA ALGOMAIS (Recife) ________________________________________ REPORTAGEM: NOSSO VALE DO SILÍCIO AUTOR(ES): Luan Martendal, Ben Ami Scopinho, Carolina Winter, Ciliane Pereira, Cristiano Estrela, Genara Rigotti, Maiara Santos e Salmo Duarte VEÍCULO: A NOTÍCIA (Joinville – SC) . TV NACIONAL REPORTAGEM: ESTUDO PÓS 40 AUTOR(ES): Luciana Logrado, Moacir Júnior, Dênio Santos, Ricardo Soares e Frederico Dávila VEÍCULO: TV GLOBO ________________________________________ REPORTAGEM: MÉDICO GENIAL AUTOR(ES): Marcelo Souza, Janaina Demarque, Lúcio Sturm, Clóris Akonteh, Yu Teh Huang, Fábio Ribeiro e Daniel Arcanjo VEÍCULO: TV RECORD ________________________________________ REPORTAGEM: FINANCIAMENTO E QUALIDADE DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS AUTOR(ES): Mario Caje, Leila Sterenberg, Ariel Palácios, Simone Delgado, Joy Ernanny e Marita Graça Bittencourt VEÍCULO: GLOBO NEWS . TV REGIONAL REPORTAGEM: EDUCAÇÃO: ACESSO E ACESSIBILIDADE AUTOR(ES): Richelle Bezerra VEÍCULO: TV CORREIO/ RECORD (João Pessoa) ________________________________________ REPORTAGEM: SÉRIE CONFISCO – HISTÓRIA REVISTA AUTOR(ES): Renato Franco, Bruna Cevidanes, William Félix e Romina Farcae VEÍCULO: REDE MINAS TV (Belo Horizonte) ________________________________________ REPORTAGEM: ESQUEMA DIPLOMA FALSO AUTOR(ES): Mário Bonella VEÍCULO: TV GAZETA (Vitória) . RÁDIO NACIONAL REPORTAGEM: INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR AUTOR(ES): Adriana Mesquita e Breno Zonta VEÍCULO: AGÊNCIA RÁDIOWEB ________________________________________ REPORTAGEM: OS SONHOS NÃO ENVELHECEM AUTOR(ES): Rodrigo Resende VEÍCULO: RÁDIO SENADO (Brasília) ________________________________________ REPORTAGEM: O DIPLOMA DISTANTE AUTOR(ES): Rodrigo Resende VEÍCULO: RÁDIO SENADO (Brasília) . RÁDIO REGIONAL REPORTAGEM: INDÍGENAS DE RORAIMA RELATAM DIFICULDADES E DESAFIOS PARA CONCLUSÃO DO ENSINO SUPERIOR AUTOR(ES): Janaína Souza VEÍCULO: REDE DE NOTÍCIAS DA AMAZÔNIA (Boa Vista) ________________________________________ REPORTAGEM: UNIVERSIDADES DE SAIA: O PAPEL DAS MULHERES EM UM AMBIENTE TRADICIONALMENTE MASCULINO AUTOR(ES): Cynthia Ventura VEÍCULO: RÁDIO CBN (Recife) ________________________________________ REPORTAGEM: ESPECIAL: DIREITO DE SER O QUE É AUTOR(ES): Ana Luiza Bongiovani, Júlio Vieira, Ike Yagelovic e Gabriel Faleiro VEÍCULO: RÁDIO BANDNEWS (Belo Horizonte) . INTERNET NACIONAL REPORTAGEM: DISCIPLINA QUE REUNE DE ENGENHARIA A DESIGN ENSINA INOVACAO NA UFPE AUTOR(ES): Vanessa Fajardo VEÍCULO: PORVIR ________________________________________ REPORTAGEM: METADE DOS CALOUROS NA FACULDADE EM 2010 TROCARAM DE TURMA, DE INSTITUIÇÃO OU ABANDONARAM O CURSO AUTOR(ES): Vanessa Fajardo e Clara Velasco VEÍCULO: G1 ________________________________________ REPORTAGEM: ERA UMA VEZ UM SERTÃO QUE SONHOU QUE PODIA IR PARA A UNIVERSIDADE AUTOR(ES): Nayara Felizardo VEÍCULO: THE INTERCEPT BRASIL (Rio de Janeiro) . INTERNET REGIONAL REPORTAGEM: CONHEÇA O PROJETO MENINAS NA CIÊNCIA, QUE INCENTIVA ESTUDANTES DA SERRA A APRENDER ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO AUTOR(ES): Guilherme Justino e Jefferson Botega VEÍCULO: ZERO HORA ON LINE (Porto Alegre) ________________________________________ REPORTAGEM: DESCOBERTAS DA CIÊNCIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS AUTOR(ES): Valdelice Bonifácio VEÍCULO: DIÁRIO DIGITAL (Campo Grande) ________________________________________ REPORTAGEM: FORNALHA DE IDEIAS AUTOR(ES): Paulo Trigueiro e João Vitor Pascoal VEÍCULO: FOLHA DE PERNAMBUCO (Recife) . Os finalistas foram definidos por uma comissão composta por professores de jornalismo da Estácio de todas as regiões geográficas do país. Na etapa final de julgamento, uma Comissão de Premiação, composta por formadores de opinião de projeção nacional, terá a função de indicar os vencedores do Prêmio Estácio de Jornalismo – edição 2019 em cada categoria e também o vencedor do prêmio principal, o Grande Prêmio Estácio de Jornalismo. A banca final será divulgada em breve.

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Prefeitura do Recife recebe inscrições do Pronatec Turismo para ensino a distância

A Prefeitura do Recife realiza, a partir desta terça-feira (20), as inscrições para cinco novos cursos do Pronatec Turismo EAD. O Ministério da Educação lançou mais uma pactuação do Pronatec Turismo para disponibilizar cursos a distância e, na capital pernambucana, a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife (Seturel) será a responsável por cadastrar os interessados, através do site (www2.recife.pe.gov.br/pronatec). Serão disponibilizadas vagas para os cursos de Inglês Básico, Introdução a Libras, Espanhol Básico, Libras Básico e Locutor/animador/apresentador. As inscrições podem ser feitas até 27 de fevereiro - ou até esgotarem as vagas. Para participar, é necessário ser morador do Recife, ter 15 anos ou mais e dispor de um computador com internet. Além disso, os interessados devem preencher o formulário disponível no site da Prefeitura do Recife (www2.recife.pe.gov.br/pronatec) e enviar alguns documentos de comprovação de identidade e residência. Os cursos são online e têm duração de até 160 horas/aulas, sem encontros presenciais. Após a pré-inscrição feita junto à Seturel, o candidato receberá um comunicado do Sistema PRONATEC, por e-mail. O documento vai informar todo o passo a passo para a efetivação da matrícula. Os cursos são gratuitos. Serviço O que: Prefeitura do Recife recebe inscrições do Pronatec Turismo para ensino a distância Quando: de terça-feira (20) a 27 de fevereiro. Inscrições: www2.recife.pe.gov.br/pronatec Cursos Inglês Básico Introdução a Libras Espanhol Básico Libras Básico Locutor/animador/apresentador

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IDEPE: Pernambuco supera a média nacional

A priorização dos investimentos em Educação tem gerado cada vez mais conquistas na área para o Estado. E mais uma demonstração desse empenho foi conferida, nesta segunda-feira (28.08), durante a premiação dos gestores, professores e estudantes da Rede Estadual que mais se destacaram no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de Pernambuco (IDEPE) no ano de 2016. Superando a média de 3,9 do ano de 2015, o IDEPE 2016 apresentou a nota de 4,1 – ultrapassando mais uma vez a nacional, que é 3,5. Comandada pelo governador Paulo Câmara, a solenidade, realizada no Palácio do Campo das Princesas, agraciou seis municípios, doze escolas e seis gerências regionais que obtiveram os melhores resultados nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio em Pernambuco. "Estamos satisfeitos com os resultados alcançados, mas cientes de que precisamos continuar a melhora, a avançar. O que foi apresentado aqui, mostra uma evolução muito importante de todas as regiões. E todas essas conquistas são frutos de uma construção que tem dado resultados, que tem mostrado ano a ano a melhoria do ensino público em Pernambuco. Mas também é um resultado que aumenta a nossa responsabilidade em continuar a fazer com que a escola pública seja atrativa, tenha a menor diferença com as escolas privadas e dê condições dos nossos alunos aprenderem e, através da sua dedicação, realizar sonhos”, destacou o governador. Paulo ainda defendeu que a educação integra a agenda do futuro. “Nós não poderemos resolver a agenda do presente sem pensar e desenvolver a educação. É com a educação que vamos transformar o futuro das próximas gerações”, reforçou. Entre as escolas da rede estadual, foram premiadas as três unidades com melhores índices nos anos finais do Ensino Fundamental e as três melhores no Ensino Médio. Entre as GREs, receberam certificados as três com melhor colocação no Ensino Médio. Já na categoria “municípios”, foram premiados os três que mais se destacaram nos anos iniciais do Ensino Fundamental, assim como os três melhores colocados nos anos finais desse módulo. Nesta edição, o prêmio incluiu duas novas categorias: as Gerências Regionais com as maiores evoluções durante o ano, com três premiadas, e as escolas parceiras que integram a rede pública com resultados de destaque, nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, também com três premiadas. O secretário estadual de Educação, Frederico Amâncio, defendeu que os índices pernambucanos vêm, cada vez mais, se destacando nacionalmente. “Hoje é um dia de muita comemoração para a educação do nosso Estado. A gente tem subido mais um patamar. Pernambuco é o primeiro Estado do Brasil que começa a ter desempenho acima de nota quatro nas escolas públicas da Rede Estadual. Nós já somos oficialmente, pelo MEC, o Estado que tem o melhor desempenho nacional. Mas o que nós mais comemoramos não é apenas a nota, é a evolução. Nós somos o único Estado no Brasil que, nos últimos dez anos, evoluiu todos os anos. E isso é um trabalho que tem que envolver toda a rede. Isso envolve um trabalho muito grande dos professores, dos gestores das escolas, dos estudantes e das famílias, que estão cada vez mais acreditando no nosso trabalho”, ressaltou. Pernambuco conquistou, pelo quarto ano seguido, o primeiro lugar nacional com a menor taxa de abandono escolar no Ensino Médio. O dado foi divulgado, no último mês de junho, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP/MEC) através do Censo Escolar 2016. Em 2015, a taxa era de 2,5% e, atualmente, possui taxa de abandono escolar de apenas 1,7%, o que continua apontando as escolas de Pernambuco como as mais atrativas do País. O segundo Estado com a menor taxa de abandono foi São Paulo, com 4,5%, seguido do Espírito Santo, com 4,6%. Nos Anos Finais do Ensino Fundamental (6° ao 9° ano), a Rede Estadual também conquistou o primeiro lugar no ranking nacional, com apenas 1% de taxa de abandono, empatado com o Estado de Santa Catarina. Comemorando pelo segundo ano consecutivo a conquista do melhor resultado entre as GREs do Estado (nota 4,95), a gestora da Gerência Vale do Capibaribe, Edjane Ribeiro, parabenizou a todos que fazem a educação de Pernambuco e agradeceu o apoio que o Governo tem prestado às gerências. “A cada dia, a gente vê mais a necessidade de investir na educação. Eu sempre digo aos nossos alunos que o único caminho que o jovem tem, hoje, é estudar. E é isso que a gente está fazendo, trabalhando duro para preparar os nossos alunos. E eu quero agradecer, de coração, ao trabalho que o nosso governador vem fazendo nas nossas escolas. Um trabalho que tem feito a diferença, um trabalho de continuidade aos anseios do nosso eterno governador Eduardo Campos”, declarou. IDEPE - Os resultados do IDEPE são calculados com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica de Pernambuco (SAEPE), que mede anualmente o grau de domínio dos estudantes nas habilidades e competências consideradas essenciais em cada período de escolaridade avaliado, além de ser uma importante ferramenta para a gestão escolar. Realizado anualmente, o ranking acompanha o desempenho da educação pública no Estado e considera dois critérios, os mesmos usados para o cálculo do índice nacional (IDEB). São eles: fluxo escolar e proficiência dos estudantes do Ensino Fundamental (anos iniciais e finais) e do Ensino Médio. Confira a lista dos premiados do IDEPE 2016: Rede Municipal Anos Iniciais do Ensino Fundamental 1º Lugar: Município de Jucati (IDEPE 7,16) 2º Lugar: Município de Tuparetama (IDEPE 6,26) 3º Lugar: Município de Quixaba (IDEPE 6,16) Anos Finais do Ensino Fundamental 1º Lugar: Município de Brejinho (IDEPE 5,54) 2º Lugar: Município de Triunfo (IDEPE 5,14) 3º Lugar: Município de Quixaba (IDEPE 5,0) Rede Estadual Anos Finais do Ensino Fundamental 1º Lugar: Escola Dário Gomes de Lima - Flores (IDEPE 6,23) 2º Lugar: Escola Professor Sebastião Ferreira Rabelo Sobrinho – São José do Egito (IDEPE 6,13) 3º Lugar: Escola de Tomé Francisco da Silva – Quixaba (IDEPE 6,10) Escolas parceiras (Anos Finais do Ensino Fundamental) 1º Lugar: Escola

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O papel da escola nesta nova era

*por Andressa Peixoto Num mundo tecnológico, onde a informação está a um clique, o papel da escola vai além de transmitir os conhecimentos básicos e despertar o interesse pelo saber. A educação moderna precisa promover, acima de tudo, o desenvolvimento cognitivo, a capacidade de raciocinar, de dominar conhecimentos e colocá-los em prática. Apenas 15% do sucesso profissional se deve à formação acadêmica, dependendo muito mais de habilidades cognitivas e socioemocionais, de acordo com o IBGE. Em uma pesquisa com alguns pais da nossa escola, perguntamos o que eles queriam para os seus filhos. Para nossa surpresa, a maioria respondeu que queriam felicidade. Mas, como nós podemos criar crianças felizes? Com certeza a resposta é garantindo a eles as possibilidades e a capacidade de ser e fazer o que escolherem. A escola tem importante papel na formação de crianças felizes. Mas, apesar da revolução educacional que temos vivido no mundo nos últimos anos apontar exatamente para uma educação com foco nas habilidades, como tem sido em países como a Finlândia e a Coréia do Sul, a educação no Brasil ainda continua focada no vestibular e em um ensino completamente conteudista. O papel da escola deve ser preparar a criança para a vida, não para o vestibular - que é apenas uma etapa de tantas outras na trajetória profissional. Desenvolver traços de caráter e personalidade, e as chamadas habilidades do século 21, como raciocínio lógico, perseverança e autoconfiança é fundamental para formar seres humanos mais felizes. Atividades além de português, matemática, ciências, geografia, história precisam estar inseridas nos currículos de nossas  escolas. Precisamos investir em uma educação completa, que ultrapasse o conteúdo, que forme o indivíduo como um todo e garanta a ele as habilidades e os conhecimentos necessários para que, em um mundo de tantas possibilidades, ele possa escolher por qual caminho seguir. Neste contexto, ser bilíngue abre as portas para o mundo, sendo, portanto, um ingrediente indispensável para uma educação de visão ampliada. A educação religiosa, dentro de uma perspectiva da ética cristã - ensinar à criança que existe um Deus acima de todas as coisas e a cultivar um relacionamento com Ele e com o próximo – também assume um papel importante na construção do caráter dos estudantes. Atividades como robótica, educação financeira, artes, esportes, entre outros, complementam a grade curricular dentro desse desafio de proporcionar uma educação completa. Todos esses elementos juntos contribuem para que os alunos sejam adultos de sucesso, não apenas porque terão conhecimento para entrar em uma faculdade, mas, sobretudo, porque terão capacidade de escolher bem a sua profissão e seus relacionamentos. *Andressa Peixoto é diretora da Eccoprime Bilingual School Todas as segundas-feiras estamos publicando artigos sobre tendências da educação. LEIA TAMBÉM Pensar criativamente: o Design Thinking criando possibilidades para o campo da educação (por Rozario Azevedo - Lubienska Centro Educacional) Reflexões sobre educação na contemporaneidade (por Henrique Nelson - Colégio Patrícia Costa) Educação Cidadã (por Eduardo Carvalho – ABA Global Education) Ensino x Aprendizagem (por Armando Vasconcelos – Colégio Equipe) Navegar é preciso, produzir também (por Jaime Cavalcanti – Colégio Boa Viagem) Algomais, a Revista de Pernambuco comprometida com a educação       

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