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Mar de plástico: como o mundo e Pernambuco estão enfrentando esse problema?

*Por Rafael Dantas Você sabia que podemos estar comendo um cartão de crédito por semana? De acordo com estudo encomendado pela WWF International e realizado pela Universidade de Newcastle, da Austrália, o ser humano consome até 1.769 partículas de plástico toda semana. A proliferação dos plásticos espalha partículas pelo meio ambiente e afeta não apenas a nossa alimentação. O descarte desse resíduo promove desequilíbrios preocupantes, cria grandes ilhas de lixo nos oceanos e mata muitos animais marinhos. Para enfrentar esse cenário, há um tratado internacional em construção para banir os plásticos desnecessários. O Brasil, sob o comando da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, tem um papel relevante nesse xadrez global. No País, Pernambuco pode ter protagonismo nessa agenda a partir da experiência do Arquipélago de Fernando de Noronha. A cada minuto um caminhão de plástico é despejado nos oceanos, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas). Os ítens plásticos correspondem a 80% do número de resíduos acumulados. Além do extenso volume, esse é um material que pode durar até alguns séculos antes de entrar em decomposição. Diferente de outras cadeias produtivas, como a do alumínio que consegue recolher e reciclar quase todas as latinhas que circulam no País, a reciclagem dos plásticos ainda é pouco amadurecida. Todo o drama que envolve essa questão e algumas soluções foram discutidos no evento Noronha e Oceanos sem Plásticos, promoção do Lab Noronha pelo Planeta. “Estamos diante de um oceano de oportunidades, de fazer muita coisa, mas de grandes desafios. Temos um oceano único no Planeta. Quando pensamos nessa questão do plástico, por exemplo, em Noronha, chega lixo vindo até da África. Nos lugares mais profundos do oceano já foram encontrados plásticos”, afirma Ana Paula Prates, diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente. A ambientalista destacou o risco sanitário que o descontrole da produção e descarte de material representam. “Já existem vários estudos demonstrando que esse monte de plásticos, que é arrastado, é um dos grandes vetores de pandemias. Daqui a pouco, a gente vai começar a ver novas pandemias sendo trazidas pelos plásticos. Os impactos se estendem pelo turismo, pela segurança alimentar, na navegação, pesca, bem-estar animal, biodiversidade. Já está no plâncton e até no leite materno”, alertou Ana Paula. O enfrentamento à proliferação desses resíduos pelo Planeta está sendo costurado por meio de um Tratado Global contra os Plásticos. Representantes de 175 países estão em negociações para a escrita desse documento de referência, mas tem ainda poucos avanços, após duas rodadas de negociação. Ana Paula Prates indicou que o acordo não deve ser finalizado até o final do próximo ano, devido às disputas no setor, que movimentam diversos elos da indústria. O tratado deve prever ações sobre os plásticos que já foram depositados nos oceanos, a redução escalonada de alguns produtos e o banimento de outros produtos evitáveis. A definição do que é evitável é um dos grandes entraves da construção do documento. “O que está sendo discutido no tratado é que temos que fazer uma transição da economia linear para uma economia circular”, resume a diretora do Ministério do Meio Ambiente. Enquanto o mundo avança para assinar esse documento de referência para uma transição, Pernambuco já tem desde 2018 o Decreto Noronha Plástico Zero. O arquipélago está em transição, com forte trabalho educativo com os ilhéus e com seus visitantes. Muitos produtos de plástico deixaram de entrar na ilha desde a assinatura do marco legal, como pratinhos e talheres. A ilha está bastante sinalizada com campanhas educativas em direção ao fim do uso de materiais não essenciais. “O Noronha Plástico Zero é estruturado por meio do decreto datado de 2018 que iniciou efetivamente em 2019. Nesse caminho teve uma pandemia que inviabilizou muita coisa, mas hoje a gente trabalha com equipes de fiscalização, com técnicos, biólogos e engenheiros que ficam responsáveis por fazer a abordagem, tanto nas vias de entrada da ilha, no porto e no aeroporto, como também em bares, restaurantes e pousadas. É um trabalho de extrema importância de relevância ambiental para manutenção não só no arquipélago, mas para vida no oceano como um todo”, afirma Ramon Abelenda, gerente de Meio Ambiente de Fernando de Noronha. Ele afirma que hoje o maior desafio do arquipélago no gerenciamento dos resíduos sólidos está no fato dele receber um número de turistas elevado, em que há um tempo muito curto de conscientização quanto ao descarte adequado. “A gente tem que conscientizar o público que vem a Noronha antes de chegar na ilha. Isso é um desafio. Além disso, todo nosso resíduo é descartado no continente, ele não pode ser aterrado aqui. Então, um desafio a ser vencido é a redução do consumo aqui na ilha, com a priorização do uso de materiais e embalagens biodegradáveis”, explicou Abelenda. INICIATIVAS DA SOCIEDADE O enfrentamento ao problema do descarte dos plásticos no mundo passa por iniciativas amplas e de definição de marcos legais, bem como por ações individuais e de pequenos grupos. No Recife e em Fernando de Noronha há projetos como o Xô Plástico e o Minuto Noronha que atuam tanto no viés educativo, como no trabalho voluntário para retirada dos resíduos sólidos do meio ambiente. É o trabalho de formiguinha que tem alguns resultados bem impressionantes. O Minuto Noronha, iniciativa de dois moradores do arquipélago, Túlio Cesar e Giselle Duque, retirou da natureza nada menos que 4,42 toneladas de resíduos em 70 ações realizadas nos últimos quatro anos. Eles não recolhem apenas plásticos, mas também garrafas, metais e outros materiais e pesam a coleta a cada saída. “O projeto surgiu a partir de uma vontade minha de participar de ações de preservação ambiental. Daí nasceu o Minuto Noronha, que incentiva a cada pessoa a fazer sua ação tirando um pouquinho do seu tempo para ajudar a ilha”, declarou Túlio. Eles usam o tempo de folga do trabalho para andar pela ilha e retirar o que está em desequilíbrio com o meio ambiente. Após a abertura de um perfil no Instagram (@minutonoronha) sobre o projeto, a iniciativa

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Descobertas 4 novas espécies de peixe em Fernando de Noronha

Uma expedição marítima realizada por cientistas brasileiros e norte-americanos no arquipélago de Fernando de Noronha resultou na descoberta de, ao menos, quatro novas espécies de peixes, exclusivas do litoral brasileiro. Liderada pela Associação Ambiental Voz da Natureza, com patrocínio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, o trabalho ocorreu em duas etapas. Na primeira, a equipe ficou embarcada por 17 dias realizando a exploração em águas profundas. Na sequência, foram mais de 12 meses de dedicação à taxonomia das espécies, comparando características morfológicas com centenas de outros peixes para comprovar se tratar de animais inéditos para a ciência. Além das quatro descobertas, outras 15 espécies foram registradas pela primeira vez na região. Foram descobertas uma nova espécie de peixe gobídeo (Psilotris sp.), de peixe-pedra (Scorpaena sp.), de peixe-lagarto (Synodus sp.) e de peixe-afrodite (Tosanoides sp.). O peixe-pedra é uma espécie tipicamente venenosa, que se camufla no ambiente recifal como mecanismo de sobrevivência. O peixe-lagarto, por sua vez, também se camufla e fica praticamente imóvel à espera de indivíduos menores para abocanhar. Os novos gobídeos pertencem a um gênero raro, são pequenos e se alimentam de microrganismos, zooplanctons e microinvertebrados. Já o novo peixe-afrodite é apenas o segundo do gênero descoberto no Oceano Atlântico. O primeiro também foi encontrado no Brasil, em 2018, no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. O estudo com os resultados da expedição foi publicado neste mês na revista científica Neotropical Ichthyology. De acordo com o pesquisador da Voz da Natureza e da Academia de Ciências da Califórnia, Hudson Pinheiro, que chefiou a equipe, o objetivo principal da exploração foi investigar um dos ambientes mais desconhecidos da ciência: os recifes profundos. Para isso, tiveram tecnologias de ponta como aliada para descer a 140 metros abaixo da superfície e observar a biodiversidade local. “Pudemos entender melhor os ecossistemas profundos da ilha, o seu estado de preservação, as ameaças e a relação entre a biodiversidade do fundo e do raso”, explica Pinheiro, que também é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN). A expedição permitiu a caracterização dos ambientes profundos de Noronha, uma região sobre a qual ainda se sabe muito pouco. Pela primeira vez, por exemplo, cientistas mergulharam nas paredes externas do arquipélago e na quebra da plataforma (uma mudança brusca na profundidade e relevo do oceano), atravessando termoclinas, que são fronteiras entre diferentes massas d’água, com temperatura e salinidade bastante distintas. Em profundidades de 115 metros, os pesquisadores encontraram águas geladas, de até 13 °C, com uma biodiversidade completamente diferente daquela de água rasa. “Cerca de 50% das espécies que nós encontramos lá no fundo são registros novos para o arquipélago”, informa Pinheiro. Além das quatro espécies novas – nunca vistas anteriormente e não descritas pela ciência –, outras quatro estão em análise pelos cientistas, podendo também constituir descobertas inéditas. “Encontramos detalhes, diferenças de coloração e morfologia que nos chamaram a atenção”, diz o pesquisador João Luiz Gasparini, ressaltando que “o isolamento do arquipélago promove a evolução dos peixes de forma distinta ao que acontece no continente, formando espécies endêmicas, que só existem na região mais profunda”. Para a coordenadora de Ciência e Conservação da Fundação Grupo Boticário, Marion Silva, a exploração científica das águas profundas do litoral brasileiro traz elementos para a construção de políticas públicas mais eficazes de proteção do ambiente marinho e sua biodiversidade. “O Brasil possui uma extensa e larga plataforma continental composta por grande diversidade de ecossistemas, como recifes de corais, montes e bancos submarinos, mas ainda assim a maior parte das unidades de conservação marinhas têm focado na proteção de ambientes rasos”, comenta Os esforços de pesquisa, incluindo uma extensa variedade de técnicas de amostragem, desvendaram ecossistemas e uma grande biodiversidade nos recifes profundos. Usando um ROV (drone submarino equipado com câmeras de vídeo, sensores e operado por controle remoto), foram registradas novas ocorrências e comportamentos reprodutivos de espécies comerciais, como garoupas e dentões (também conhecidos como vermelhos). “Vimos que algumas espécies, como a garoupa-marmoreada, estão utilizando os recifes da quebra da plataforma, entre 90 e 100 metros de profundidade, como áreas de reprodução”, relata o oceanógrafo João Batista Teixeira, que integrou a expedição.   TECNOLOGIA O ROV também foi usado para a exploração pretérita, quando os cientistas primeiro lançam o robô para investigar os ambientes para depois os mergulhadores técnicos entrarem na água. “Investigamos a parede abaixo da quebra da plataforma até 140 metros, o que possibilitou encontrar habitats fascinantes, repletos de corais negros e cavernas, locais propícios para nossos estudos ecológicos”, adiciona Teixeira. A expedição científica também contou com uma metodologia conhecida como BRUVS, que são sistemas de filmagens subaquáticas remotas com iscas de atração. “Nossos vídeos revelaram uma altíssima abundância de predadores de topo de cadeia, uma enorme quantidade de tubarões, incluindo espécies ameaçadas de extinção”, detalha o pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Caio Pimentel. Outra tecnologia aplicada pelos expedicionários e que raramente é usada no Brasil foram os chamados rebreathers. O equipamento permite filtrar o dióxido de carbono exalado pelos mergulhadores e reutilizá-lo após uma mistura com oxigênio e outros gases. Nesse caso, foi usado o TRIMIX, que também contém nitrogênio e hélio. Isso permite que os cientistas fiquem mais tempo submersos, entre cinco e seis horas, e alcancem profundidades bem maiores. Além disso, o equipamento não libera bolhas, o que ajuda a não afugentar os peixes. Desenvolvimento sustentável e conservação marinha Uma situação que preocupou os pesquisadores são os resquícios de linhas de pesca e cabos de embarcações avistados nos recifes profundos do arquipélago, evidências da existência de atividade pesqueira, com impacto sobre os recifes. Com a área rasa protegida pelo Parque, restam os recifes profundos para serem utilizados pelos pescadores. Entretanto, o desenvolvimento sustentável da atividade pesqueira, inclusive para a preservação de espécies comerciais, exige que esses ambientes sejam manejados de forma adequada. “Como o arquipélago é isolado do continente, as populações de espécies locais são normalmente responsáveis pela própria manutenção do estoque pesqueiro”, ou seja, “uma vez que estão sobre-explorados, restam poucos indivíduos para reprodução

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Administração de Noronha libera praias para moradores com restrições

Após zerar os casos de coronavírus no arquipélago ao adotar o regime de quarentena, a administração flexibilizou a saída das pessoas na rua e, agora, anuncia que os moradores já podem frequentar as praias a partir desta segunda-feira, dia 25 de maio. O horário permitido é das 8h às 16h. Mas, para isso, os noronhenses precisam seguir medidas importantes para prevenção da doença, que estão disponíveis nas redes sociais da Ilha (Instagram e Facebook) e também nos grupos de WhatsApp dos moradores. Estão permitidas as atividades individuais físicas e náuticas, como natação e surf, e prática de esportes com até quatro pessoas, desde que não haja contato físico. Por outro lado, está proibido o consumo de bebidas alcoólicas, qualquer atividade comercial e o uso de guarda-sóis e toldos. A aglomeração com mais de cinco pessoas, também não é permitida. E segue a recomendação de manter um distanciamento de dois metros entre as pessoas. É importante lembrar que o descumprimento dessas medidas pode acarretar numa nova interdição das praias. A liberação das praias nesta segunda-feira estava nos planos do administrador da Ilha de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha, desde que os casos de coronavírus foram zerados no arquipélago, no dia 8 de maio. "Num trabalho em conjunto com toda a sociedade noronhense, conseguimos zerar os casos. E isso foi uma grande vitória. Agora, estamos liberando as praias para os moradores e contamos com o apoio de todos nas medidas de prevenção para, aos poucos, voltarmos à nossa normalidade", destacou. O retorno às praias pós-quarentena também implica em um maior cuidado dos banhistas. O engenheiro de pesca e pesquisador Léo Veras, responsável pelo Museu do Tubarão alerta que é preciso redobrar as atenções para evitar o contato com os animais. "Percebemos que o não uso das praias encorajou a frequência de grandes tubarões nas regiões mais rasas. Desta maneira, as pessoas devem tomar alguns cuidados básicos de segurança e convivência. Por isso, não persiga, não tente toca e nem alimentar os tubarões. Se visualizar um animal maior do que você, saia da água". ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO Para que essa flexibilidade nas praias seja ampliada, a administração de Fernando de Noronha espera contar com o apoio dos moradores quanto ao estudo epidemiológico que já teve início na Ilha. Através dessa pesquisa, será possível avaliar a circulação do vírus, tornando Noronha um local protegido e seguro para a população. "É muito importante que os moradores recebam os pesquisadores em suas casas para esse estudo. Com os dados, será possível ter uma radiografia mais real da circulação do vírus na Ilha, que pode ocorrer de forma assintomática e silenciosa. Com as informações da pesquisa, a gente pode agir de forma mais precisa para bloquear essa possível presença do coronavírus. Vamos continuar juntos trabalhando por uma Noronha livre da doença", disse Guilherme. Além do estudo, a Vigilância Sanitária da ilha segue em prontidão. Qualquer sinal de sintoma gripal, o morador deve acionar o órgão pelos telefones (81) 3619-0956 / 99488-4366.

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Fernando de Noronha ganha réveillon aberto ao público com show de Marcelo Falcão

Diversas vezes na lista dos locais que possuem as praias mais bonitas do mundo e arrastando turistas de inúmeros países para conhecer suas ilhas paradisíacas, Fernando de Noronha ganhará o seu primeiro grande réveillon aberto ao público. Realizado pela administração do arquipélago e pelo Governo do Estado, a festa visa incentivar ainda mais o local como um dos grandes destinos mundialmente procurados no final do ano. Para festejar em grande estilo a chegada de 2020, o cantor Marcelo Falcão, ex-vocalista da banda O Rappa, será a principal atração do evento. Em sua primeira edição, a festa terá a sua estrutura montada no porto de Noronha valorizando o cartão postal e as belezas da Ilha. Já conhecido por ser o rota de famosos e turistas, com passeios, mergulhos e experiências inesquecíveis, a expectativa é que Fernando de Noronha receba ainda mais viajantes este ano.

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Fernando de Noronha na mira do Planalto

O Palácio do Planalto informou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vai ao Arquipélago de Fernando de Noronha amanhã (18), para vistoriar os serviços prestados pela concessionária EcoNoronha, empresa que administra as visitas ao parque marinho. Salles será acompanhado pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Gilson Machado. De acordo com o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, o contrato em vigor será respeitado, mas a ideia é tentar buscar, de forma consensual, a redução de tarifas de visitação cobradas dos turistas que frequentam o atrativo. "O que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acompanhado do presidente da Embratur, há de realizar, na próxima quinta-feira, junto com dirigentes daquele órgão que cuida de Fernando de Noronha, é buscar pontos, de forma consensual, para que aquela tarifa que é de responsabilidade do governo federal, é importante, nós estamos tratando das tarifas do governo federal, possa ser rebaixada a ponto de facilitar o acesso a tantos outros turistas. Sem ofender, naturalmente, os aspectos de proteção ambiental, que são tão importantes ao governo do presidente", afirmou Rêgo Barros, em entrevista coletiva. Atualmente, o turista paga duas taxas para entrar na ilha. O governo de Pernambuco cobra R$ 73 por dia de permanência. Já o governo federal cobra, por meio da EcoNoronha, a taxa de R$ 106 para brasileiros e R$ 212 para estrangeiros. Essa taxa é para entrar nas praias do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, uma unidade de conservação federal. A concessionária administra o parque desde 2012, e o contrato com a União para a prestação do serviço vai até 2027. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que administra os parques nacionais, cerca de 70% do valor arrecadado pela concessionária são aplicados em melhorias na unidade, como limpeza, manutenção e construção de trilhas e estrutura de acesso e proteção ambiental. O parque abriga espécies ameaçadas de extinção e é Patrimônio Mundial da Humanidade declarado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No último fim de semana, o presidente Jair Bolsonaro criticou o valor da taxas cobradas em Fernando de Noronha, que classificou de "roubo". (Da Agência Brasil)

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Projeto Noronha Carbono Zero proíbe carros à combustão na ilha e incentiva a entrada de carros elétricos

Para preservar ainda mais o meio ambiente de Fernando de Noronha, a administração da ilha vai fazer a publicação do Decreto-Lei no dia 8 de junho proibindo a circulação de veículos à combustão e disciplinando o ingresso, permanência e saída de veículos elétricos do arquipélago. Na tarde desta quarta-feira (5) o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, assinou o Decreto que vai ser enviado para Assembleia Legislativa do Estado proibindo a entrada de carros que fazem a emissão de dióxido de carbono a partir de 10 de agosto de 2022, permitindo apenas a circulação. Mas de 2030 em diante todos os veículos movidos a gasolina, álcool e óleo diesel deverão sair da ilha. A vedação não se aplica às embarcações, aeronaves, tratores e outros veículos automotores assemelhados, destinados a puxar ou arrastar maquinaria, executar trabalhos de construção ou de pavimentação, serviços portuários e aeroportuários. “A agenda ambiental tem que ser uma prioridade em todos os países, em todos os estados. E, como sempre, Pernambuco sai na frente, antecipando-se a esse tema tão delicado. Ficamos felizes em decidir iniciar essa opção sustentável por Fernando de Noronha, um local paradisíaco, que tem todo um simbolismo nessa questão ambiental. Temos certeza que essa iniciativa vai se espalhar pelo Nordeste e para o restante do Brasil”, afirma o governador Paulo Câmara. Por conta das normas, a administração firmou parceria com a Renault Brasil para a implantação dos carros elétricos na ilha. O contrato será assinado no sábado, dia da publicação do Decreto-Lei no Diário Oficial, em cerimônia no Restaurante Mergulhão, com a presença de executivos da Renault do Brasil e representantes da Administração de Fernando de Noronha. Nesse primeiro momento, a administração vai conceder 130 autorizações ecológicas para quem quiser obter um veículo nas especificações ambientalmente corretas. Sendo 100 para pessoas físicas e 30 para pessoas jurídicas. Os critérios para liberação das autorizações estarão no decreto. Os interessados vão ter um prazo de entrega da documentação entre os dias 10 de junho a 10 de julho, no Controle de Veículos e Embarcações (CVE), no Palácio São Miguel. Após este período, será divulgada a lista com os nomes contemplados. "O nosso objetivo é zerar a emissão do carbono na ilha até 2030, conforme as premissas do Noronha + 20, que são regidas pela sustentabilidade em diversas áreas da gestão pública. Noronha Carbono Zero, através dos carros elétricos, é apenas o início de novas opções sustentáveis para a mobilidade e a matriz energética da ilha”, diz Guilherme Rocha, Administrador da ilha. Foram cedidos pela Renault Brasil seis automóveis, de três modelos, Zoe (três), Twizy (dois) Kangoo (um), e quatro carregadores para uso oficial da Administração Distrital em regime de comodato. Os veículos têm autonomia que variam de 100 a 300 quilômetros, dependendo do modelo, com recarga das baterias que duram em média 1h40 para atingir 80% carga total. “Essa é mais uma iniciativa da Renault do Brasil visando trazer soluções de mobilidade sustentável. Para nós é uma honra estarmos presentes em Fernando de Noronha, que é um símbolo de preservação ambiental no Brasil e no mundo”, afirma Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

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Compesa produz cloro a partir de água do mar em Noronha

Todo o cloro utilizado nas estações de tratamento de água e de esgotos da Ilha de Fernando de Noronha será produzido agora a partir da água do mar. O cloro é o agente desinfetante utilizado na potabilização da água e desinfecção do esgoto. A iniciativa da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) é pioneira dentre as empresas estaduais de saneamento, e possibilitará uma produção de água limpa, sem o descarte de resíduos poluentes, além de maior segurança ambiental, tendo em vista que o sistema não utilizará mais suprimentos perigosos e nem haverá mais a necessidade de transportar e manusear produtos químicos na ilha. O cloro gerado a partir da água do mar também tem maior potencial bactericida, pois mantém o residual de cloro estável ao longo do transporte da água na rede de distribuição. Hoje (30), os técnicos da Compesa concluíram a instalação do sistema gerador de cloro dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA), que terá a capacidade de produzir até 26 quilos de cloro ativo, por dia. Esse volume é suficiente para suprir o consumo na ETA, no dessalinizador e nas Estações de Tratamento de Esgotos Cachorro e Boldró e representa uma economia de 20% dos custos da companhia com produtos químicos em Fernando de Noronha. “Vamos realizar um processo de geração da solução oxidante por eletrólise da salmoura, sendo que, ao invés de utilizar o cloreto de sódio (sal de cozinha), usaremos a água do mar injetada contínua e automaticamente em uma célula eletrolítica, onde ocorrerão as reações eletroquímicas para a conversão do cloreto de sódio em hipoclorito de sódio”, explica a especialista em Gestão de Controle da Qualidade da Compesa, Valderice Alves. A aquisição do sistema gerador de cloro reafirma o compromisso ambiental de compatibilizar a atuação da Compesa para o desenvolvimento sustentável. “A empresa vem investindo constantemente em tecnologia de ponta e busca a inovação alinhada com diretrizes ambientais de adotar em todos os seus processos, produtos e serviços os princípios da produção mais limpa e de prevenção da poluição” pontua Valderice Alves, informando que o próximo passo da companhia será gerar o cloro a partir do rejeito do dessalinizador, trabalho que ainda está em fase de estudos.

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Administração de Fernando de Noronha assina Ordem de Serviço para a construção de 26 casas populares na ilha

Com o objetivo de se alinhar à Política Habitacional de Fernando de Noronha, cujo decreto foi publicado em 2016, no Diário Oficial da União, a Administração da ilha fez a assinatura da Ordem de Serviço para a construção de 26 casas populares que serão construídas no terreno próximo da Escola Arquipélago, no bairro da Floresta Velha, com o prazo de término da obra previsto para cinco meses. Todos os imóveis serão destinados ao uso habitacional do residente permanente e seus familiares, sendo vedada a locação ou sublocação total ou parcial dos mesmos, sem autorização da Administração Distrital. A medida tem por objetivo solucionar o déficit de moradias no arquipélago, uma das grandes dos ilhéus, mas feita com critérios rigorosos para a distribuição de lotes e casas aos moradores permanentes, que é restrita pelo limite geográfico e de preservação ambiental. Pelo decreto oficial, a prioridade para a aquisição de moradia é dos moradores permanentes com mais de 10 anos residindo no arquipélago, mediante comprovação. Além disso, foi imprescindível estar em situação de regularidade perante o setor de Controle Migratório da Administração da ilha. “Essa é uma obra importante, que realiza o sonho das pessoas. A Administração está aqui para construir essas 26 casas. O projeto estava em nosso planejamento e depois de fazermos alguns estudos financeiros do nosso orçamento, percebemos que nós tínhamos a capacidade para construir. Por isso, não tivemos dúvidas em dar a Ordem de Serviço nessa obra tão importante para a população noronhense. Com isso, acredito que nos próximos cinco meses a gente terá a obra finalizada”, disse Guilherme Rocha, administrador da ilha. A vencedora do edital foi a empresa de engenharia Perfil Empreendimentos Ltda e o valor estimado da obra está orçado em R$ R$ 4.873.810,82, que será executado com recursos próprios da autarquia.

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Administração de Noronha discute ações educativas para o turismo

Em busca de sugestões para melhor orientar os moradores e turistas para ter um convívio harmonioso com os animais marinhos, o administrador da ilha, Plínio Pimentel, reuniu-se, na noite da última segunda-feira (15), com técnicos da Administração, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Corpo de Bombeiros Militar, além de representantes da sociedade civil, moradores e o pesquisador, Leonardo Veras. Durante o encontro, os participantes apresentaram diversas sugestões, entre elas, investimento na capacitação de condutores de visitantes, panfletos, vídeos educativos, cartilhas, placas informativas nas praias, além de campanha nas redes sociais. "Convoquei essa reunião para ouvir os órgãos responsáveis e a população sobre a melhor forma de orientar moradores e turistas no convívio com a vida marinha", explicou Pimentel. De acordo com o pesquisador Leonardo Veras, os incidentes com tubarão ocorrem em até 1m80 de profundida e, na maioria das vezes, no horário de arrufo (cardumes de sardinhas levados para a praia por peixes maiores). Ele também explicou que os meses de janeiro e fevereiro é o período de acasalamento das espécies. Segundo ele, as fêmeas começam a chegar e há uma grande concentração de animais adultos. Além de que, nos meses de dezembro e janeiro, as fêmeas da espécie limão procuram a Ilha ter seus filhotes. Ainda segundo Veras, as primeiras horas da manhã e ao entardecer devem ser evitadas por banhistas. "É preciso evitar também, nadar entre as sardinhas e sempre que tiver aves mergulhando é sinal que existe cardume na área, ao observar esse cenário não entre no mar", alertou o pesquisador. A partir dessa reunião, um grupo de trabalho foi criado para estudar o plano de ação que deverá ser colocado em prática após a reunião agendada para o dia 30 de janeiro. A ideia é adotar ações permanentes que visem ao convívio de forma harmoniosa, sem destruição da natureza e também o comprometimento da integridade física de turistas e moradores.

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Noronha conscientiza turistas e moradores sobre convivência com animais marinhos

Fernando de Noronha é um destino turístico bastante procurado devido a sua biodiversidade preservada com vocação para a prática de esportes de aventura como o mergulho e o surf. Corriqueiramente acontece o contato entre as pessoas e animais marinhos podendo ocasionar incidentes. Para minimizar situações de risco, a Administração Distrital juntamente com o Corpo de Bombeiros resolveu aumentar o monitoramento na praia da Conceição, local onde a presença de tubarões tem sido mais frequente nesta época do ano. Para isso, bombeiros militares e técnicos da Vigilância Animal do Distrito Estadual estão orientando os frequentadores da área sobre os potenciais riscos de encontro com animais marinhos, tais como arraias, moreias tubarões, além de realizar uma campanha educacional sobre como evitar acidentes. Nesta segunda-feira, 15 de janeiro, haverá uma reunião, às 18h, entre Administração Distrital, Corpo de Bombeiros, ICMBio, Museu do Tubarão e Conselho Distrital para fazer um planejamento de ações conjuntas de educação ambiental dirigidas para moradores e visitantes.

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