Arquivos Fernando De Noronha - Página 2 De 2 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Fernando de Noronha na Feira Nacional de Viagens

Fernando de Noronha vai participar da AVIRRP, uma feira Nacional das Agências de Viagens que faz parte do calendário oficial de eventos do turismo brasileiro. O encontro será em Ribeirão Preto, São Paulo, entre os dias 04 e 05 de agosto. No evento, dois promotores vão circular no espaço segurando uma mala customizada com fotografia da ilha abordando os participantes com a frase: Vamos pra Noronha? Passe em nosso estande e saiba como! O arquipélago terá um estande próprio com ações promocionais com premiações, distribuição de materiais informativos e um sorteio de uma viagem para a ilha. Ação promocional consiste na exibição de um vídeo 3D através de um óculos de realidade virtual, onde o participante poderá viver a experiência de estar em Fernando de Noronha. Eles vão concorrer a uma viagem para conhecer Fernando de Noronha. Além de premiações oferecidas pelo trade turístico noronhense, que vai ser representado por 19 empresas que atuam na ilha. Vão ser entregues durante a AVIRRP manuais do operador, folder com informações sobre mergulho, folder promocional trilíngue e cartão com código em QR Code para acesso ao material promocional na internet. São Paulo é o principal emissor de turistas para Fernando de Noronha. O estado cresceu 35,6% de 2014 para 2016 na emissão de visitantes, ocupando sempre a 1ª posição no ranking. “Nosso foco ao participar de eventos de turismo dentro e fora do país é consolidar Noronha como destino de ecoturismo, onde o visitante poderá viver uma rica experiência, com um cenário deslumbrante, reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade.”, comentou Angela Tribuzi, superintendente de Turismo e Meio Ambiente de Noronha. O Encontro Nacional das Agências de Viagem foi criado pela Associação das Agências de Viagem de Ribeirão Preto e Região no ano de 1997, faz parte do calendário oficial de eventos do turismo brasileiro, trazendo caravanas, promovendo capacitações, favorecendo o contato direto entre vendedores e compradores de destinos turísticos. Serviço: AVIRRP Período: 04 a 05/08/17 Local: Centro de Eventos Taiwan, Ribeirão Preto/SP

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Fernando de Noronha comemora 514 anos com vasta programação

No próximo dia 10 de agosto Fernando de Noronha comemora 514 anos e para marcar a data a Administração da ilha promoverá uma grande festa com uma programação extensa entre os dias 04 e 10 de agosto. Terá torneio esportivo, dança popular e shows para a comunidade e turistas. Na programação haverá feirinha de arte popular, artesanato, gastronomia e atrações culturais, na Praça São Miguel. O setor de Esportes da ilha preparou torneios esportivos que estarão divididos em polos. Terá torneio de futebol de campo na Arena Pianão, handebol e dominó. Na Academia Camilo Simões haverá aula de Zumba e competição de supino. As praias da Conceição e do Porto de Santo Antônio vão servir de cenário para o futevôlei, vôlei de praia, remada e canoa havaiana. “Esse é um evento muito importante, é o aniversário de Noronha, está no calendário oficial da ilha. Um momento de interação entre os moradores e visitantes, que também podem participar da nossa programação.Várias atividades acontecerão, para todos os tipos de gosto. Com certeza será uma festa muito bonita”, disse o Administrador da ilha Luís Eduardo Antunes. Na Escola Arquipélago vão acontecer oficinas de dança popular, mágicas e audiovisual. No dia 10 de agosto, data oficial do aniversário de Noronha, a festa fica por conta das bandas locais Samba Depois da Missa, Capim Açu e “Dona Nanete e a Dança do Pescador”, do sertanejo Rafa Mesquita, e da dupla Felipe & Gabriel. Programação: Dias 04, 05 e 06 – 18h às 22h – Praça São Miguel (Mãezinha) Feirinha de Arte Popular, Artesanato, Gastronomia e Atrações Culturais Torneios Esportivos Dia 04 – Torneios de Futebol de Campo – 19h; Handebol – Quadra da Vila dos Remédios – 19h; Dominó na praça da Vila do Trinta – 20h; Dia 05 – Torneios de Supino e Aulão de Zumba – Academia Camilo Simões a partir - 18h; Dia 06 – Torneios de futevôlei – Praia da Conceição -15h; Vôlei de Praia, Remada e Canoa Havaiana – praia do Porto – 8h. Dia 07 – 13h às 17h – Escola Arquipélago Oficinas: Dança Popular; Mágicas; Audiovisual Dia 08 – 13h às 17h – Escola Arquipélago Produção de curta metragem Em Campo. Apresentação do “Grupo de Flautas Doce Sons do Arquipélago”, em frente à igreja Nossa Senhora dos Remédios. Dia 09 – 13:30h às 17:30h – Projeto Tamar Festival: Dança Popular Exibição: Curta Metragem “Viva as Lendas de Noronha” Dia 10 – 16:30h às 18:30h – Praça São Miguel (Mãezinha) Mini Festival: Mágicas Dia 10 – A partir das 19:30h Corte do bolo de aniversário e “Dança do Pescador”. Atrações: “Dona Nanete e a Dança do Pescador”; Samba Depois da Missa; Rafa Mesquita; Felipe & Gabriel; Capim Açu. (Governo do Estado de Pernambuco)

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Artistas de Noronha participam da 18ª Fenearte

Artistas do arquipélago de Fernando de Noronha estarão presentes na 18ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), considerada a maior da América Latina. O evento vai ser realizado de 6 a 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. Seis artesãos noronhenses ficarão responsáveis pelo estande que vai expor cerca de 400 peças, de mais de 20 artistas da ilha, com trabalhos variando entre R$ 5 e R$ 400. A Superintendência de Cultura da ilha fez a curadoria dos produtos em conjunto com a Associação dos Artistas Plásticos de Fernando de Noronha. Entre os trabalhos expostos estão bolsas, bijuterias, abajures, esculturas, imagens de santos, quadros, peças utilitárias, entre outras. Grande parte do artesanato é feito de material reciclado. “Como o tema desse ano é a arte religiosa, vários artesãos tiveram sua inspiração em produzir peças com essa temática, o que também se reproduz na ambientação do estande e no fardamento da equipe”, diz Daniela Alecrim, superintendente de Cultura, Esporte, Lazer e Eventos do arquipélago. Fernando de Noronha participou de todas as edições da feira, sempre apresentando a rica cultura da ilha. Para a artista plástica e artesã Ariandna Campos participar da Fenearte é motivo de alegria. “A nossa expectativa é positiva em relação a feira, por ser um local onde se pode mostrar para muita gente a cultura noronhense, de pessoas que se dedicam as artes com muito amor”, destaca. Morena, como a artista é conhecida, mora em Noronha há 30 anos e vive dos trabalhos que produz há 46 anos. “Vamos expor trabalhos diversificados, com a especialidade de cada artesão. Essa diversidade sempre chama bastante atenção, sobretudo, para aqueles que nunca foram ao arquipélago”, diz Morena. A Fenearte deste ano tem mais de 5 mil expositores, com trabalhos de todos os estados do país e de 33 países. Compõem a comitiva de Fernando de Noronha os seguintes artesãos: Mary Macedo, Mônica Ferreira, Ida Korossy, Emanuel Almeida, Ariadna Sampaio e Hosana Pereira. (Governo do Estado de Pernambuco)  

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Fernando de Noronha é patrimônio Cultural do Brasil

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, aprovou, nesta quinta-feira, por unanimidade, o tombamento do Conjunto Histórico do Arquipélago Fernando de Noronha. É reconhecimento ao seu valor histórico e cultural. Com a decisão, as fortificações e o conjunto urbano da Vila dos Remédios, incluindo algumas de suas edificações históricas, passam a ser Patrimônio Cultural do Brasil. Dotado de atributos naturais excepcionais, Fernando de Noronha, em Pernambuco, permeia o imaginário de turistas em todo o mundo. Considerado um paraíso brasileiro, o arquipélago, além de ser destino de viagens, também é abrigo das memórias, das histórias, das tradições e das narrativas que contribuem para formação da identidade cultural do País. Fazem parte do Conjunto Histórico do Arquipélago de Fernando de Noronha o Sistema Fortificado, composto pelos Fortins de Santo Antônio, de Nossa Senhora da Conceição, de São Pedro do Boldró e o Reduto de Santana; o Conjunto Urbano da Vila dos Remédios, incluindo a vila ou colônia prisional e o centro urbano do povoamento da ilha; além dos seguintes bens isolados: a Vila da Quixabá, a capela de São Pedro dos Pescadores, o prédio da Air France e um testemunho da presença Americana na Ilha (“iglu” da Vila dos Americanos). Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural O Conselho que avalia os processos de tombamento e registro é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

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Luau Verde apresenta bandas locais e nacionais inspirado no conceito sunset

A primeira edição do Sunset Luau Verde "Preserve", evento que acontece no arquipélago de Fernando de Noronha, será realizado pela primeira vez no Recife. A estreia acontecerá no dia 7 de maio, a partir das 16h, no Clube Catamarã, com apresentações de Zeider Pires (vocalista da banda Planta e Raiz), Cidade Verde Sound System (PR) e abertura da pernambucana Jazzall Creative Orchestra. Os ingressos estão disponíveis no primeiro lote por R$ 50 (https://www.sympla.com.br/luau-verde__133079) e nos pontos físicos da loja Vita Brasil Net. Os compradores da primeira remessa concorrem a uma viagem especial para Fernando de Noronha que inclui transporte aéreo, hospedagem, passeios e taxa ambiental. A produção é assinada pela Noronha Verde. Com o conceito sunset, o Luau Verde explora todo visual e beleza da própria natureza, transmitindo em sua essência a preservação ambiental, pilar que sustenta todo o espírito do evento. "Preserve a natureza, preserve a si mesmo. Noronha Verde tem a missão de levar arte, cultura, música e preservação pro mundo inteiro através da ilha", reforça a concepção, André Carneiro, idealizador do evento. COLEÇÃO - Na ocasião, também serão lançadas peças exclusivas de camisas e bonés da Noronha Verde, com as artes assinadas pelo designer João Medeiros. A seleção reforça e sustenta o mote "Preserve". "Tivemos a visão de apresentar uma coleção com a temática de preservação ambiental com o intuito de levar ao publico a mensagem de preservação do evento", revela João. No dia 9 de maio, Fernando de Noronha recebe o evento nos mesmos moldes da edição recifense. SERVIÇO: Luau Verde “Preserve” - Edição Recife apresenta *Zeider Pires (Planta e Raiz), , Cidade Verde Sound System (PR) e Jazzall Creative Orchestra Quando: 7 de maio | 16h Onde: Clube Catamarã (Cais de Santa Rita, S/N) Quanto: R$ 50 (primeiro lote) | Disponível através do link (https://www.sympla.com.br/luau-verde__133079 e nos pontos físicos das lojas Vita Brasil Net. Informações: (81) 98519-9251

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A hora de vender os destinos de PE

Com a alta do dólar, um dos setores que ganha força – mesmo em meio à crise – é o do turismo. O câmbio desfavorável para viajar ao exterior faz com que os brasileiros voltem os olhos com mais carinho para os destinos nacionais. E os pernambucanos para o interior do Estado. Além desse público interno, a desvalorização do real torna as cidades turísticas brasileiras atrativas para os gringos. E nessa disputa pela clientela, Pernambuco está bem posicionado. Segundo pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, 73,2% dos brasileiros preferem conhecer uma cidade no Brasil, sendo que 45,1% deles escolheriam ir para o Nordeste. Outro estudo, encomendado pelo site Viajanet, apontou o Recife como o destino nacional mais desejado pelos paulistas na hora de decidir viajar. Apenas Nova York e Miami tiveram índices maiores de interesse por parte dos viajantes do Estado mais populoso do País. O site Hotel Urbano também registrou no primeiro semestre do ano um aumento de viajantes para Pernambuco de 45%, a maioria interessada em Porto de Galinhas, seguido pela capital e por Fernando de Noronha. Frente às restrições financeiras, além de optar pelos destinos nacionais, os brasileiros têm feito ajustes, como reduzir a quantidade de dias de viagem e escolher opções menos onerosas de lazer. Essa é a avaliação da diretora da agência Pontes Tur, Kathia Pontes. “As viagens ao exterior diminuíram muito. Muitos brasileiros que planejavam passar o reveillón em Buenos Aires, por exemplo, hoje querem vir para Pernambuco. Avaliamos que nossos destinos se tornaram mais conhecidos e divulgados após a Copa do Mundo”, destacou. O arquipélago pernambucano segue como favorito dos estrangeiros que vêm para o Estado. Para o secretário de Turismo de Pernambuco, Felipe Carreras, além da questão do câmbio, que favorece todos os destinos nacionais, há um cenário favorável para o Estado que foi construído nos últimos anos. Ele aponta que a política de incentivo a novos voos para o Aeroporto Internacional dos Guararapes, através da redução do ICMS sobre o querosene da aviação, surtiu efeitos. “Isso incrementou a quantidade de voos para Pernambuco. Outras rotas ainda virão como fruto desse benefício fiscal”. Carreras mencionou rotas como um novo voo para São Luiz, através da Gol; e voos da Azul para Aracaju e para o interior do Ceará, que são destinos emissores. De olho no interesse do turista oriundo de São Paulo para os destinos pernambucanos, o secretário comemora também parcerias com essas companhias em voo charter desse que é o principal emissor de viajantes para o Estado. Os voos internacionais também sinalizam o bom momento para o turismo no País. A rota Recife-Buenos Aires tem alcançado uma ocupação média de 90%, sendo 80% de argentinos. Há uma movimentação do Governo do Estado junto a Tam e as operadoras de turismo para conseguir outra frequência semanal para a capital argentina. Uma conquista mais recente, lembrada por Carreras, é o voo para o Cabo Verde, que possui conexões para Amsterdã, Paris e Lisboa. Além das articulações com as companhias aéreas, o Estado terá um investimento em publicidade nos principais destinos emissores de turistas do exterior para o Brasil. As ações serão em outdoor, revistas e mídias digitais em cinco países: Itália, Espanha, Alemanha, França e Portugal. Essa ação será realizada em parceria com a agência que desenvolve as peças da TAP, com um investimento previsto de 200 mil euros. Os recursos são provenientes de uma promessa de auxilio do Governo Federal aos Estados do Nordeste para essa finalidade. Se as conexões aéreas estão em alta, a falta de opções de cruzeiros é um fator que tem feito o Estado perder turistas. De acordo com Kathia Pontes, esse é um dos mercados que mais tem crescido nesse período de crise. “Temos vendido muitos pacotes para cruzeiros marítimos nacionais. A maioria deles segue de Santos para o Rio de Janeiro. O turista percebeu que o cruzeiro tem um custo benefício muito bom”, afirmou. Os preços desse tipo de viagem são reduzidos pelo fato de as refeições já estarem incluídas, assim como a maior parte das atividades disponibilizadas aos hóspedes. As empresas estão trabalhando também com o dólar congelado. VITRINE. Se Fernando de Noronha e Porto de Galinhas despontam como os destinos naturais com maior apelo do Estado, os gestores do turismo local comemoram o novo posicionamento do Recife e da RMR como produto turístico. “Sempre buscamos divulgar os destinos indutores. O Recife deixou de ser apresentado apenas turismo de sol e mar. A cidade mudou e temos trabalhado na divulgação do lazer, com o projeto Recife Antigo de Coração, além de fazer um trabalho articulado sugerindo passeios nos municípios da região metropolitana. Temos visto esse momento de crise como oportunidade e para aproveitá-lo vamos fazer uma campanha abordando toda a diversidade e riqueza do Estado”, ressalta Ana Paula Vilaça, presidente da Empetur. Entre os equipamentos que ganharam notoriedade na cidade nos últimos anos estão os museus, com o Cais do Sertão e o Paço do Frevo. Essa articulação junto aos municípios vizinhos foi costurada há pouco menos de um ano através do Pacto Metropolitano do Turismo. “O resultado desse esforço é que trabalhamos hoje a venda casada da RMR. Vendemos um produto mais completo, oferecendo história, cultura, gastronomia, além do sol e mar. Preparamos roteiros integrados que começam no Recife e vão até Itamaracá. Um dos objetivos dessas ações é conseguir não apenas trazer mais turistas, como convencê-los a permanecer mais tempo aqui”, explica o secretário de Turismo do Recife, Camilo Simões. De acordo com o secretário, a permanência média do turista no Estado é de 7 a 8 dias, se estendendo um pouco mais no período de Carnaval. Ele comemora o crescimento médio anual de 6% de turistas vindos à capital pernambucana nos últimos anos. RURAL. Ancorados no turista pernambucano, os hotéis e pousadas que atuam no segmento do turismo ecológico e rural também despontam num cenário favorável. Enquanto o viajante internacional tem apostado em destinos no Brasil, há uma tendência de aumentar a prática do turismo regional. “O setor tem uma perspectiva

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As histórias de Marieta Borges

Marieta Borges é historiadora, escritora e professora. Por décadas desbravou a história de Fernando de Noronha, que resultou na grande obra da sua vida. É também poetisa e tem vocação para percussionista. Nesta entrevista à Algomais, ela fala sobre suas origens, produções e sua luta contra o câncer. Já venceu a batalha contra dois tumores. Hoje enfrenta o terceiro. Mas a julgar pelo vigor demonstrado nesta conversa - que terminou com uma "canja" da pesquisadora, tamborilando na mesa da sua sala um frevo em homenagem ao arquipélago - certamente ganhará mais esse combate.   “Como a história de Noronha ficou escondida!”   Você nasceu aqui no Recife? Sim, na Rua da Concórdia, a rua do Galo da Madrugada. Meu pai tinha uma fábrica de placas. Foi ele quem trouxe a produção de placas para carro para o Brasil. Ele era português. A produção acabou quando ele morreu. Morávamos em cima da casa e embaixo era a fábrica. Como começou sua relação com a música? Meu irmão era o maestro Fernando Borges. A gente fazia cantorias todos os dias em casa. Papai com a guitarra portuguesa, ele com o violino, minha irmã mais velha com o piano e eu na percussão. Nascemos todos no Recife, menos a mais velha, que nasceu em Belém. Meu pai veio direto para Belém e de lá veio para cá. Minha mãe também é paraensse. Meu marido cantou 22 anos no Coral do Carmo do Recife. A primeira coisa que eu pedi a ele quando fiquei noiva foi que entrasse no coral. Foi meu presente do Dia dos Namorados. Como era o Carnaval daquela época? Caminhávamos pela rua fantasiados, minhas irmãs, meus vizinhos. No Recife, meu irmão inventou o Esperando O Galo, palco montado na Ponte Duarte Coelho, de 8 da manhã até o Galo chegar. Era uma maravilha! Tínhamos o direito de subir no palco, ficar um pouco em cima olhando. Era impressionante. Você também faz poesias? Tenho quatro livros de poesia. O primeiro eu lancei quando trabalhava no colégio Santa Maria: As Muitas Faces do Bem Querer. Tem poema para todo mundo que passou pela minha vida. Seguindo esse mesmo jeito lancei o segundo: Natal Sempre, só com poemas de Natal. Foi prefaciado pelo Monsenhor Bezerra. Depois reuni grande parte do que havia feito e apresentei às edições Paulinas, que fizeram um calendário poético com o nome de Catando Amor o Ano Inteiro. O prefácio é de Dom Hélder. Ele escreveu que no livro há versos verdadeiramente "marietanos". (risos). Há mais de 10 anos declamo esses poemas na rádio Olinda, todo domingo. O último livro de poemas foi lançado pela editora Catolicanet. Você se formou em história? Não. No tempo em que estudei o curso de história não era reconhecido. Fiz pedagogia e depois fiz seis meses de especialização. Tenho a autorização do MEC para lecionar história. Comecei a trabalhar com as disciplinas do magistério e o enfoque principal era a didática dos estudos sociais, que entrava geografia e história. Nessa brincadeira, ensinei em vários colégios. Como começou sua relação com Fernando de Noronha? Fui uma das pessoas chamadas para participar do curso primeiro e único de suplência profissionalizante em regime de magistério em Fernando de Noronha, quando não tinha ninguém formado. Todo mundo terminava o ginásio e passava a ser professor, sem saber de nada. Daí foi feito um convênio com a Secretaria de Educação, que passou a indicar pessoas com experiência de magistério. Fui uma das indicadas para dar algumas didáticas. Foi uma paixão tão grande a ida e a descoberta, que acabei retornando várias vezes para ensinar didática geral, didática da linguagem, ensinei a alfabetizar. Ficava 15 dias, porque não podia ficar o tempo todo. Como foi que se interessou pela história da ilha? Quando eu pegava as professorandas do Santa Maria, Agnes ou IEP, eu levava essas meninas para conhecer, como se fosse hoje, o Instituto Brennand e a Oficina de Ricardo Brennand. Na época, a gente ia onde era possível. Quando eu quis fazer isso em Fernando de Noronha, pedi para me dizerem um resumo da história da ilha. Então me deram uma folha de papel com os tópicos: os franceses viveram aqui, ponto. E dai? Os holandeses viveram aqui. E dai? Não existia a história da ilha? Não! Prometi que faria um livro que seria o livro texto deles. Esse é o livro da minha vida (Fernando de Noronha Cinco Séculos de História). Tem 555 páginas e tem 511 fotografias. A ilha foi descoberta na expedição em que estava Américo Vespúcio que chegou lá como representante do fidalgo Fernão de Loronha, que nunca veio aqui. Ele ganhou a capitania, porque foi quem financiou a expedição. É o poder econômico. Abandonada, a ilha foi invadida por muita gente como os franceses. Fui à França atrás de informações, porque a França invadiu a ilha, depois em 1927 instala a Compagnie Générale Aéropostale, precursora da Air France. O grande aviador Mermoz sofreu um acidente lá, por causa disso, se fez a primeira pista de pouso em Fernando de Noronha em 1934. Fui a Air France do Rio de Janeiro. O diretor não sabia da ligação da empresa com Fernando de Noronha e disse para eu procurar a Maison de France no Rio. Lá me deram pistas inclusive do antigo aviador que havia resgatado a história da Air France e publicado duas obras. Aviadores famosos estiveram em Noronha, inclusive Saint–Exupéry (autor de O pequeno príncipe). No livro também tem a cronologia da presença holandesa. Foi a primeira. Eles viveram por 25 anos lá. E isso não se ensina no continente. Ninguém sabe. Como descobria essas informações? De várias maneiras. Uma vez cheguei no Bandepe, e o gerente me cumprimentou dizendo: “Oh, minha musa de Fernando de Noronha”. Então, outro cliente atrás de mim falou: "minha mulher nasceu lá". Virei para ele e perguntei: nasceu lá por que? Ele disse que o pai dela foi diretor do telégrafo submarino francês. Era a pintora Délia Aguiar, que morava em Olinda e eu, na

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