Arquivos Mulheres - Página 5 De 8 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Arena de Pernambuco homenageia a campeã mundial de handebol Samira Rocha

A Arena de Pernambuco prestou, nesta terça-feira (2), mais uma homenagem aos esportistas do Estado, no espaço Pernambuco Imortal. A jogadora de handebol, Samira Rocha, foi a 20ª atleta a deixar sua marca no memorial, que conta com nomes de destaque como os campeões mundiais de futebol Ricardo Rocha e Rivaldo, a nadadora Joana Maranhão e a atleta de salto triplo Keila Costa. Acompanhada da filha, a jogadora eternizou sua trajetória no esporte pernambucano ao colocar as mãos em uma das placas do memorial. “Para mim é uma honra estar representando o handebol e sendo homenageada na Arena, ainda mais ao lado de grandes nomes do Estado. Encaro essa ação como um reconhecimento não só meu, mas do meu esporte em Pernambuco”, destacou Rocha, primeira atleta de handebol a ser condecorada. Recifense de 30 anos, Samira foi campeã mundial pela seleção brasileira em 2013 e medalhista de ouro nos Pan-Americanos de 2011, realizado em Guadalajara, no México, e de 2015, em Toronto, no Canadá. Além dessas conquistas, integrou a delegação nas Olimpíadas de 2012, em Londres, e 2016, no Rio de Janeiro. No início da carreira, ela atuou pelo Sport e pelo Clube Português, e, atualmente, defende as cores do Kisvarda, clube da Hungria. “É com grande satisfação que a Arena abre as portas e homenageia esses grandes atletas que marcaram a história do esporte pernambucano. É muito importante eles terem esse espaço onde a população pode visitar todos os sábados no Tour da Arena e também nas visitações escolares durante a semana”, afirmou o presidente da Arena de Pernambuco, Kleber Borges.

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Ateliê homenageia mulheres em peças que serão expostas na FENEART 2019

O Espaço Arteiras, fundado por ex-alunas do curso de Artes Visuais da faculdade AESO-Barros Melo, participa, pela 3ª vez, da Feira Nacional de Negócios do Artesanato. O evento, que está na 20º edição, será realizado de 03 a 14 de julho de 2019, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O ateliê foi formado em 2012 por Tereza Goulart, que, posteriormente, convidou as amigas Guida Marques, Rosa Pandolfi e Sandra Becker para participarem da iniciativa. Foi através do Arteiras que as artistas começaram a trabalhar na área, logo após a conclusão do curso nas FIBAM. No espaço, elas utilizam a argila para confecção de peças cerâmicas. Guida Marques, que participa da FENEARTE 2019, também executa esculturas de concreto e resina com pó de calcário, que são peças de grandes dimensões, dedicadas à utilização em fachadas de prédios: "Me defino como artista plástica, ceramista e escultora. Essa é a minha profissão graças à AESO-Barros Melo, e aos professores maravilhosos desta instituição, que sempre me deram total apoio e assistência”, declara. Para o evento, a artista apresenta as "pequenas jardineiras", bonecas de cerâmica com corpo feminino que possuem espaço para mudas de plantas . Todas feitas à mão, de uma a uma, as peças encantam pela delicadeza, colorido e formato. Além delas, outras também serão expostas, num repertório voltado para a natureza. O estande das Arteiras estará localizado na Rua 2, Stand 73 e terá peças à venda custando a partir de R$45. "Eu acho que, a partir da mente da mulher, florescem coisas boas, sentimentos importantes para a humanidade inteira. A mulher é linda, poderosa, empoderada e tem esse dom. Elas que inspiraram a criação das peças", pontua Guida. Veja mais informações sobre as peças através do perfil de @guidamarques_ e @espacoarteiras no Instagram.

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Livro escala 11 artigos para discutir a relação entre as mulheres e o futebol

O ano é de Copa do Mundo de Futebol Feminino e no Brasil, dito “país do futebol”, ainda são inúmeras as lacunas quando o assunto é a mulher e o esporte de paixão nacional. Para contribuir com as reflexões sobre esse tema é que o e-book Elas e o futebol foi editado. A obra composta por 11 artigos, escritos por 17 mulheres de diferentes regiões do país, propõe um debate sobre o processo de rupturas e conquistas das mulheres no futebol. Organizada pelas professoras da Universidade Federal de Pernambuco, Cecília Almeida Rodrigues Lima e Soraya Barreto Januário e pela diretora de comunicação da ONG love.fútbol, Larissa Brainer, a publicação tem textos que falam sobre a cobertura da mídia, a história da mulher no futebol brasileiro, o perfil das torcedoras e ainda relatos de experiências escritos por jornalistas, pesquisadoras, jogadoras, torcedoras e dirigentes de ONGs que trabalham a temática. “Tratar desse tema é uma forma de contribuir para dar maior visibilidade à presença da mulher no esporte mais popular do Brasil. No dito país do futebol, as mulheres ainda carecem de mais possibilidades de acesso ao esporte, de mais valorização, de reconhecimento histórico, de representatividade, e de espaços físicos e simbólicos seguros, sem machismo”, destaca a professora da UFPE e uma das organizadoras do livro, Cecília Almeida Rodrigues Lima. As contribuições inseridas em Elas e o futebol foram divididas em duas seções. A primeira parte, recebe nome de “Defesa” e reúne pesquisas sobre a presença de mulheres no futebol e artigos que discutem o papel da mulher no futebol, como atleta ou torcedora. A segunda parte, o “Ataque”, traz os relatos de experiência de mulheres que de algum modo atuam na área esportiva, contribuindo ativamente para fomentar o debate sobre as desigualdades de gênero no esporte. A importância do tema pautado pelo e-book é evidente quando observamos que a oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada este ano na França, será apenas a primeira a ter seus jogos transmitidos em televisão aberta no Brasil. Mesmo a Seleção Brasileira de Futebol Feminino sendo a melhor da América do Sul, e tendo Marta, nossa camisa 10, eleita por seis vezes a melhor jogadora do mundo e a jogadora com o maior número de gols em todas as edições desse torneio mundial. A jornalista, diretora da ONG love.fútbol e uma das organizadoras do e-book Elas e o futebol, Larissa Brainer enfatiza que “é fundamental questionar as razões das desigualdades históricas, analisar criticamente, e mostrar a importância de iniciativas e canais alternativos que fortalecem a presença feminina no futebol. Esperamos que abrindo mais frentes de valorização do trabalho de atletas, pesquisadoras, jornalistas e torcedoras, possamos avançar no diálogo com a sociedade para tornar o esporte preferido do Brasil mais inclusivo”. Distribuição gratuita - O e-book Elas e o futebol é editado pela Editora Xeroca! e tem Licença Creative Commons, que permite a distribuição gratuita de uma obra protegida por direitos autorais. A Editora Xeroca! foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação, o acesso e compromisso de publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, cultura, educação e comunicação, estimulando à leitura e à produção. Serviço – Elas e o futebol está disponível no site da editora: www.editoraxeroca.com.br . Perfil das organizadoras Cecília Almeida Rodrigues Lima - Professora do Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco. Doutora em Comunicação Social. Pesquisa temas relacionados às áreas de mídias digitais, televisão, transmidiação e, mais recentemente, tem se interessado pelo estudo acadêmico dos esportes, uma paixão pessoal. Larissa Brainer - Diretora de Comunicação da ONG love.fútbol, onde coordena a ação de visibilidade para mulheres no futebol #JogaPraElas. É jornalista especializada em Jornalismo Digital e profissional de Comunicação com foco em organizações e projetos sociais. Soraya Barreto Januário - Doutora em Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, Portugal. Publicitária e professora do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da UFPE e do Departamento de Comunicação Social da UFPE. Pesquisadora em temáticas ligadas aos Estudos de Gênero e Mídia. Coordenadora do GT Comunicação e Gênero da Redor (Rede Feminista Norte e Nordeste de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher e Relações Gênero). Coordenadora do OBMÍDIA UFPE. Perfil da Editora: A Editora Xeroca! é fruto do coletivo COMjunto de comunicadores Sociais. Carrega consigo a principal bandeira levantada pelo coletivo: a Democratização da Comunicação. Possibilitando o compartilhamento de ideias, de pesquisas e de diversos pontos de vista através de publicações impressas e virtuais, com a linha editorial voltada para a desconstrução das relações opressoras da sociedade. Foge da lógica do lucro, tendo como prioridade a circulação e o acesso. A editora tem como missão publicar livros que possam promover o debate crítico sobre a sociedade, a cultura, a educação e a comunicação.

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Força feminina no Gerações Musicais

As cantoras e compositoras Lucinha Guerra e Luiza Fittipaldi se encontram na 45ª edição do projeto Gerações Musicais, que acontecem na quarta-feira (26), na Arte Plural Galeria, no Bairro do Recife. Elas se encontram para trocar experiências em um bate papo sobre carreira e dividir o palco em um pocket show para o público. A sessão começa a partir das 19h. O acesso ao público é gratuito, sujeita a lotação do espaço. Lucinha Guerra traz para o Gerações Musicais toda experiência como cantora e atriz que tem influência dos mais variados estilos musicais, como sambas, frevos de bloco, baião e fox trot. As músicas dos CDs "Sinhá Pureza e a Moreninha que o Irerê Cantou", de 2002, e "O Samba de Mariazinha", de 2007, além dos projetos "Chansons D'amour" e "Amigos do Samba", devem embalar esse encontro. Destaque na nova cena musical pernambucana, Luiza Fittipaldi completa esse encontro com o melhor da música autoral e jovem local, trazendo músicas de autoria própria e outras interpretações que a inspiram. A reflexão através de seus novos conceitos, técnicas, ritmos e sons é a marca da artista que também integra projeto Reverbo, que reúne outros grandes artistas dessa nova geração de talento do Estado. ARTE PLURAL GALERIA – Comprometida em levar cultura ao público, a Arte Plural Galeria é um espaço múltiplo. Instalada na rua da Moeda, no histórico bairro do Recife Antigo, desde 2005, já realizou mais de 100 exposições e é reconhecida por incentivar o cenário cultural de Pernambuco, e a arte em todas as suas formas, contribuindo para a formação de um polo de produção, discussão, debates e encontros sobre o amplo mundo das artes. SERVIÇO: 45ª edição do Gerações Musicais Data: 26 de junho de 2019 Local: Arte Plural Galeria - Rua da Moeda, 140, Bairro do Recife - Recife/ PE Horário: 19h. Informações: (81) 3424.4431

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Oficina Tecnologias de gênero: mulheres em perfomance, da artista Flávia Pinheiro no MAMAM

o Mamam (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães) dá continuidade a sua programação de cursos e oficinas deste primeiro semestre, abrindo as inscrições para a oficina Tecnologias de Gênero: Mulheres em Perfomance, da artista Flávia Pinheiro. Com carga horária de 16h, o curso de Tecnologias de gênero: mulheres em performance, irá fazer uma análise sobre as criações de mulheres feministas na arte da América Latina, abordando todos os seus tipos de manifestações, das mais cotidianas às radicais dentro desse espaço. Serão analisados casos específicos dentro do curso, reconstruindo momentos históricos e indo à fundo na observação do conjunto de obras, principalmente de mulheres artistas mas não exclusivamente. "Mulheres e agora? O que ficou de performance?" O valor da oficina é R$180,00. Pessoas autodeclaradas negr@s/indígenas, de baixa renda e trans podem se candidatar também a uma bolsa. Para mais informações: Serviço: 17 a 21 de junho, 14h às 18h. Público-alvo: maiores de 16 Custo: R$180,00 Inscrições e acesso aos links das bolsas (Bolsa Social; Autodeclaração; Pessoas Trans): https://www.sympla.com.br/tecnologias-de-genero-mulheres-em-performance__535330 Mais informações do curso e sobre a ministrante também podem ser acessadas pelo SYMPLA.

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Prefeitur oferecerá 1.600 vagas para exames no mamógrafo móvel em junho

A partir deste sábado (1º), o mamógrafo móvel da Prefeitura do Recife iniciará a programação de junho e oferecerá 1.600 vagas para realização do exame neste mês. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h, com a distribuição de 80 fichas – 40 para cada turno. O caminhão passará por mais de 20 ações nos Distritos Sanitários 1, 3, 4, 5 e 7. Os locais onde o veículo passará podem ser conferidos no site da Prefeitura do Recife. Para fazer o exame, não é necessário fazer agendamento, mas as mulheres precisam ser moradoras do Recife e devem ter entre 50 e 69 anos (faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde). É necessário levar documento de identificação, cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e comprovante de residência. O resultado do exame é entregue em até 20 dias na unidade de saúde onde o veículo ficou estacionado ou naquela mais próxima ao local da ação. Quem está fora da faixa etária dos 50 aos 69 anos e precisa fazer a mamografia deve procurar a unidade de saúde de referência para pegar um encaminhamento.  

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Bugan Recife oferece hospedagem especial para mulheres

Mulheres que viajam a trabalho ou a lazer e querem ambiente mais personalizado para se hospedar contam com quatro suítes de luxo no Bugan Recife. Instalado em Boa Viagem, o novo hotel de alto padrão – e primeiro da marca própria do Grupo Rio Ave - deu toque especial na decoração e enxoval para cama e banho nessas unidades. Segundo a diretora de hotelaria da Rio Ave e gerente-geral do Bugan Recife, Joselma Cavalcanti, além da estrutura, o grande diferencial das suítes femininas se encontra no atendimento personalizado, como serviço de quarto, limpeza e manutenção, feito somente por mulheres. Os apartamentos também disponibilizam amenities que elas podem precisar de última hora como secador de cabelo e necessaire especial, incluindo base para unha, pinça, acetona, algodão e kit beleza. Tem também roupão feminino e pantufa. Instalado a 400 metros da praia de Boa Viagem, o empreendimento está localizado na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira, 4661, e fica anexo ao empresarial Boa Viagem Corporate. Tem nove pavimentos, serviços personalizados e oferece 162 quartos.

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Pesquisa: violência sexual e física são as principais preocupações das mulheres

Violência sexual e física são as principais preocupações das mulheres no Brasil e no mundo, revela pesquisa Ipsos Igualdade salarial lidera a preocupação em países desenvolvidos, como Canadá, Holanda, Suécia e Grã-Bretanha A violência sexual é o problema mais importante enfrentado pelas mulheres e meninas no Brasil, aponta a pesquisa global “International Women’s Day 2019 – Global atitudes towards gender equality” da Ipsos. Para 39% dos brasileiros, a violência sexual é a questão mais significativa, seguida por violência física (34%) e assédio sexual (28%). A preocupação com a violência física cresceu 6 pontos percentuais em comparação com 2018, quando marcou 28%. O índice de violência sexual, no entanto, diminuiu; foram 8 pontos percentuais em relação a 2018 (47%). Já o assédio sexual registrou 38% no ano passado (uma queda de 10 p.p). “No ano passado, tivemos um aumento considerável no número de feminicídio e tentativas de assassinatos de mulheres no Brasil. O país é hoje o quinto que mais mata mulheres do mundo. Estes casos estão sendo amplamente noticiados pela imprensa que coloca a questão em maior evidência, se tornando o cerne da preocupação das questões de equidade de gênero no país”, afirma Maiani Machado, diretora da área de reputação corporativa na Ipsos. No mundo, os maiores problemas listados são os mesmos do Brasil, mas a ordem é diferente. Assédio sexual lidera o ranking (30%), violência sexual está na segunda colocação (27%) e violência física e igualdade salarial ficaram em terceiro lugar, com 22%. O quarto tema globalmente mais citado, também relacionado a violência, é o abuso doméstico, com 20%. O assunto também aparece em quarto lugar no Brasil, com 19%. No Brasil, a igualdade salarial é o quinto assunto mais crítico para 17% dos entrevistados. Por outro lado, o tema lidera em outros países, como Chile (38%), Canadá (35%), Hungria (33%), Holanda (33%), Suécia (31%) e Grã-Bretanha (29%). Igualdade de gênero Para sete em cada dez entrevistados globalmente (69%), a equiparação salarial é a ação com impacto mais positivo para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. A criação de leis mais duras para prevenir a violência e o assédio contra as mulheres é a segunda atitude (68%) que mais deve ajudar a promover a igualdade. Dividir a responsabilidade da criação das crianças e do cuidado do lar (66%), educar meninos e meninas sobre a importância da igualdade de gênero na escola (66%) também estão entre as ações que podem ajudar a alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Globalmente, dois terços dos entrevistados (65%) concordam que as mulheres não vão atingir a igualdade sem que os homens também tomem ações para apoiar os direitos das mulheres. No Brasil, 60% concordam com essa afirmação. O Peru (76%), a Sérvia (76%) e a África do Sul (75%) são os países que mais concordam com essa visão. Por outro lado, Japão (47%), Polônia (51%) e Itália (53%) apresentam os menores índices. Na média global, mais pessoas discordam (49%) do que concordam (42%) que dar direitos iguais a homens e mulheres foi longe demais. Para dois terços dos entrevistados (65%), alcançar a igualdade de gênero é pessoalmente importante para eles. Os índices mais altos são do Peru (80%) e Colômbia (78%) e os mais baixos aparecem no Japão (36%) e Rússia (45%). O Brasil aparece com 61%. Homens e mulheres O Brasil é o terceiro país que mais concorda com a afirmação “um homem que fica em casa para cuidar das crianças é menos homem”, com 26%. A Coreia do Sul é a nação que mais concorda com essa frase (76%), seguida pela Índia (39%). Globalmente, o índice é de 18%. Uma em cada três pessoas (33%) se descreve como feminista, uma queda em relação ao ano passado (37%). O maior percentual foi encontrado na Índia (50%), seguido por África do Sul (44%), Espanha (44%) e Brasil (41%). Os mais baixos foram encontrados no Japão (18%), Hungria (20%) e Rússia (20%). No mundo, cinco em cada dez entrevistados (52%) acreditam que existem mais vantagens em ser homem do que mulher atualmente. O Chile lidera nessa questão, com 72%, enquanto o Brasil aparece em 22º lugar, com 45%. Metade dos entrevistados (50%) acredita que as mulheres de hoje em dia têm uma vida melhor do que as da geração dos seus pais. Chile (75%), Colômbia (69%) e Índia (66%) são os países que mais concordam com esse tema, enquanto o Japão é o que menos concorda (27%). No Brasil, o índice é de 50%. Discriminação por área A educação é a área em que as pessoas acreditam que a igualdade será alcançada primeiro – cerca de metade dos entrevistados (47%) estão confiantes que a discriminação contra as mulheres na educação terá terminado em 20 anos. No Brasil, o índice é de 57%, 10 pontos percentuais acima da média global. Entretanto, as pessoas estão menos confiantes de que isso vá acontecer no governo e na política (37%). No Brasil, 47% estão confiantes que a igualdade nesse tema será alcançada nos próximos 20 anos. Os mais pessimistas quanto a isso estão na Hungria (65%), Chile (54%) e Japão (53%). A pesquisa foi feita em 27 países, incluindo o Brasil, com 18.800 entrevistados, sendo 1.000 brasileiros, entre os dias 21 de dezembro de 2018 e 4 de janeiro de 2019.

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Maracatu Coração Nazareno, onde as donas da lança são as mulheres

*Por Paulo Ricardo Mendes - especial para Algomais O ano é 2004, a cidade, Nazaré da Mata, Zona da Mata Norte, a 65 km do Recife, em Pernambuco. Um grupo de mulheres resolve criar um maracatu totalmente feminino. Até um tempo atrás, essa narrativa poderia parecer improvável, já que a brincadeira era considerada tipicamente masculina, mas graças à Amunam (Associação das Mulheres de Nazaré da Mata), esse fato virou realidade. Desde então, entre conquistas e dificuldades, o Coração Nazareno, nome dado ao grupo, vem se consolidando pela sua trajetória de luta por igualdade de gênero, mas também pela beleza e carisma que emana nas apresentações. Neste ano, o maracatu protagonizado por elas completa 15 anos de história com atividades voltadas para as mulheres da região. Segundo Eliane Rodrigues, coordenadora da Amunam, a ideia de criar um grupo em que a figura feminina pudesse ocupar todos os personagens surgiu como uma reação ao pouco espaço que as mulheres tinham na brincadeira. “O surgimento do Coração Nazareno implica que elas podem vestir qualquer indumentária do folguedo, mas também representa uma quebra de paradigmas nessa expressão cultural, uma vez que a mulher passa a ganhar voz e visibilidade diante de um ambiente majoritariamente masculino”, afirma. A brincadeira foi criada por trabalhadores rurais, como cortadores de cana-de-açúcar, no final do século 19 para o início do 20, época em que essas atividades eram realizadas somente por homens. Logo, apenas pessoas do sexo masculino podiam brincar. Quem fazia as figuras femininas do maracatu eram os canavieiros que se travestiam de mulheres, até que as esposas e filhas dos cortadores se interessaram pelo folguedo e começaram a brincar de baiana e dama do paço. Passado mais de um século da fundação do maracatu do baque solto, a participação feminina na brincadeira ainda é restrita. A figura do caboclo de lança, por exemplo, é atribuída ao homem devido às disputas que são realizadas entre a cablocaria e as indumentárias pesadas do personagem, que têm em torno de 30 kg. Mas essa limitação não foi um problema para as caboclas de lança do Coração Nazareno, que adaptaram os surrões para um peso proporcional (16 kg) aos que elas pudessem carregar. A ex-cortadora de cana e brincante Sônia Maria conta que já saiu durante seis anos como cabocla e ano passado se apresentou no Carnaval como bandeirista. “Conheci o grupo por meio da minha ex-companheira e desde então não larguei mais a brincadeira”, revela. Mesmo com a roupa pesada, ela explica que o amor pelo maracatu é tão grande que a brincadeira torna-se divertida. “Quando estou me apresentando parece que o personagem toma conta de mim e não sinto calor e nem o peso da indumentária, só alegria”, ressalta Sônia. As apresentações do grupo geralmente acontecem nos quatro dias de Carnaval, em diferentes lugares da Zona da Mata Norte e da Região Metropolitana do Recife, entretanto, os preparos até chegar a esse período começam meses antes, quando as integrantes se reúnem na associação para realizar a inscrição, a prova de roupas e os ensaios. Quando chegam os festejos de Momo, cerca de 72 mulheres saem às ruas brincando de diferentes personagens nas cores predominantes de rosa e lilás, entre eles: arreiamá, tipo de caboclo cujo figurino remete aos índios americanos, geralmente acompanhados com um machado; bandeirista, responsável por segurar a bandeira do maracatu; Dama do Paço, mulher responsável pela condução da calunga; o baianal, composto por várias baianas; o terno, a orquestra do brinquedo e a figura do caboclo de lança, que costuma ser o centro das atenções pela dança e pelo figurino. A coordenadora do Coração Nazareno, Lucicleide Silva explica que nos desfiles existe um protocolo de ordem de apresentação que deve ser seguido: primeiro o maracatu infantil, em seguida o feminino e, depois, por ordem de chegada, os grupos tradicionais. Entretanto, quando essa regra ainda não tinha sido estabelecida, ela lembra que uma das integrantes do Coração Nazareno foi agredida por uma lança, porque o mestre caboclo do outro maracatu não queria deixar as mulheres passarem na frente. “É comum a gente se esbarrar nos cortejos com alguns grupos que ficam incomodados com a nossa participação”, lamenta Lucicleide. A brincante Vanessa Vieira admite perceber olhares surpresos do público quando estão se apresentando. “Lembro que durante uma apresentação na Ilha de Itamaracá um rapaz chegou até mim e perguntou se eu era mulher”, recorda-se. Para Vanessa esse tipo de comportamento só demonstra a importância do grupo na luta pelo espaço e também pela igualdade de gênero. “Quando chegam para mim e dizem assim, 'tu brinca igual a um homem', aí eu digo: não! eu brinco igual a uma mulher, só que antes nós mulheres não tínhamos um espaço de brincar e hoje nós temos”, salienta a brincante que desfila atualmente como arreiamá. O grupo observa que outros maracatus duvidam da capacidade delas de dar conta da brincadeira pelo fato de serem mulheres, mas quando as veem saindo na rua se apresentando com destreza percebem que elas são capazes e as respeitam. “Essa nossa resistência, enquanto maracatu feminino, faz com que a gente vá se firmando nos cortejos e cada vez mais sendo chamada para as apresentações, tanto é que no no dia 8 de março, completamos 15 anos de Coração Nazareno”, destaca Lucicleide. As comemorações do aniversário do grupo iniciam-se no dia 20 de março com o seminário Mulheres fortalecendo a cultura popular, que pretende discutir a participação feminina no folguedo. Durante o ano o maracatu vai realizar oficinas e atividades na sede da Amunam, onde, em novembro, acontecerá mais um seminário e, logo em seguida, o cortejo do maracatu e a sambada (ensaios que reúnem mestres, orquestras e maracatuzeiros), como encerramento das celebrações. TRADIÇÃO Na Cidade Tabajara, na Casa da Rabeca, em Olinda, os filhos do Mestre Salustiano dão continuidade à tradição perpetuada pelo pai por meio das manifestações populares, como o Piaba de Ouro. O Maracatu está há mais de 40 anos em atividade e é um dos mais tradicionais. Um dos herdeiros do legado

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Mulheres têm pouco espaço na gestão

O espaço feminino na gestão das corporações ainda é restrito. Pesquisa realizada pela TGI e apresentada durante o evento Empresa Familiar Competitiva 2018 aponta que apenas 30% das herdeiras que trabalham nos negócios que foram criados pelos seus parentes exercem função de liderança. Além de revelar os dados desse estudo, o encontro contou com experiências empresariais bem sucedidas de inserção da mulher na gestão e também debateu a necessidade da construção de conselhos de família. A pesquisa foi respondida por 204 pessoas de mais de 100 empresas pernambucanas dos setores de serviços, comércio, indústria e do agronegócio. Apesar de serem minoria na gestão, as mulheres são as que possuem maior escolaridade, segundo a pesquisa. Entre os profissionais com pós-graduação elas representam 52%, enquanto 48% dos homens são pós-graduados. Os entrevistados afirmam que o fato de alguns segmentos serem considerados “tipicamente masculinos” é uma das principais barreira para a ascensão das mulheres nos ambientes empresariais (31%). A percepção de que a prioridade delas é ainda de cuidar da casa (fator indicado por 26% dos respondentes) é outro dificultador para o crescimento da carreira das sucessoras. “O predomínio dos homens em funções de liderança é muito expressivo”, afirma a sócia da TGI, Cármen Cardoso. Para ela, há uma série de mitos que envolve esse cenário e que impede uma maior presença feminina na gestão e na governança. A consultora explica que há uma percepção superficial de que os homens são mais racionais e que as mulheres são mais sensíveis e empáticas. Mas, trata-se de um pressuposto falso, pois as pesquisas científicas evidenciam que há um equilíbrio nesses aspectos entre ambos os sexos. “As diferenças de comportamento resultam mais de variáveis culturais do que de diferenças de gênero. A educação familiar de filhos e filhas é um fator que pesa muito. As meninas são mais motivadas a serem empáticas e exporem seus sentimentos desde cedo. Enquanto os homens são induzidos a serem fortes e racionais e que sensibilidade pode gerar inclusive a imagem de fraqueza”, avalia Cármen. Outro dado revelado pela pesquisa é de que apesar de serem minoria no quadro das empresas, as herdeiras são maioria na área de recursos humanos. Nesse setor as mulheres da família representam 20%, enquanto os homens apenas 9%. Um case emblemático da presença feminina na gestão de uma grande empresa pernambucana aconteceu na Usina Petribú. A tradicional empresa do setor sucroenergético é presidida por Daniela Petribú, que foi uma das palestrantes do evento Empresa Familiar 2018. A sua trajetória de ascensão foi contada em um vídeo gravado pelo empresário Jorge Petribú, que destacou o início profissional promissor dela fora dos negócios da família. Após ser convidada para o quadro da usina, ela atuou em várias áreas até chegar à presidência. “Nunca sofri preconceito na empresa. É preciso se dar ao respeito e conquistar as pessoas. Temos uma administração participativa e colaborativa, estamos juntos nos problemas e soluções. Uso farda como os demais funcionários. Estamos juntos e temos que remar para o mesmo lugar, embora eu seja a capitã do navio”, contou a empresária sobre seu estilo de liderança. Jorge Petribu salientou que a participação feminina na gestão traz mais humanidade à empresa. CONSELHO DE FAMÍLIA Na pesquisa foi revelado também um cenário ainda tímido na construção dos conselhos de família nas empresas pernambucanas. Embora 98% dos entrevistados considerem importante ou muito importante tratar das questões entre os familiares, 21% das empresas pesquisadas não possuem nenhuma iniciativas para administrar a interface entre empresa e família. Dentro desse cenário, foi mapeado que entre as 103 empresas respondentes, somente 26% possuem conselho de família, que é uma estrutura que contribui para prevenir conflitos entre os parentes e também evitar que questões familiares se misturem à gestão dos negócios e do patrimônio. “O conflito faz parte da natureza dos seres humanos, sejam empresários ou não. Se eles não forem tratados, tendem a aumentar. Os conselhos têm a capacidade de promover a educação dos familiares, o zelo pelo patrimônio construído e o cuidado com a cultura e história da família empresária”, defende Georgina Santos, sócia da TGI e coordenadora da pesquisa. Durante o evento, Georgina mencionou que um estudo da PwC , o qual apontou que a realidade nacional é mais madura nessa questão. Um levantamento publicado no ano passado pela consultoria internacional mostrou que 54% das empresas brasileiras possuíam conselhos de família. “Quando comparamos esse número com a realidade pernambucana, percebemos que o cenário local ainda está bem distante”, afirma a consultora. O receio de criar ou aumentar conflitos entre os familiares foi apontado por 33% das empresas que instalaram essa estrutura como uma das dificuldades percebidas para consolidar o conselho. A falta de interesse e de patrocínio (27%) e o pouco conhecimento para estruturar um conselho de família (25%) foram outros fatores apontados como dificultadores. Para as empresas que não estruturaram ainda o conselho, os respondentes apontaram como principal razão (25%) a falta de interesse e patrocínio, além do fato de a prioridade atual ser a gestão dos negócios. O pouco conhecimento para estruturar um conselho de família foi apontado por 18% dos entrevistados. Edson Menezes, da EMC Consultoria, palestrou ainda sobre a importância da informação organizada para o bom funcionamento dos conselhos empresariais. Ele explica que esses conselhos são geralmente compostos por representantes da família e profissionais externos, que formam uma equipe de caráter consultivo e deliberativo para o fortalecimento empresarial. O consultor destacou que, além de trazer informações para a situação presente da empresa, essas estruturas têm a missão de olhar para o futuro do negócio, tanto o desdobramento dos projetos e planos que estão em andamento, como daqueles que estão em elaboração e do planejamento estratégico das corporações. SUCESSÃO A importância de planejar os processos de sucessão foram os destaques apresentados por Fernando Carrilho, da Carrilho Construtora, e por Fabiana Nunes, da Martorelli Advogados. O empresário contou a trajetória vitoriosa da empresa, que teve grande parte de sua história associada à construção voltada para moradia da população de baixa renda. Ele testemunhou também sua caminhada

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