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Museu Memorial de Gravatá passa por reforma e ganha sala de cinema

Revitalização do espaço será realizada com recursos das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo e deve ser concluída em até 90 dias O Museu Memorial de Gravatá, importante espaço de preservação da história e identidade local, está passando por uma revitalização completa. Com previsão de entrega em 90 dias, a reforma contará com melhorias na estrutura física, aquisição de novos equipamentos e a criação de uma sala de cinema. A iniciativa é financiada por meio das Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, sob a coordenação da Secretaria de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer de Gravatá. Segundo o prefeito Joselito Gomes, a requalificação vai além da infraestrutura. “A estética será renovada, e os objetos expostos terão nova disposição — mais harmônica, mais viva, mais próxima de quem os contempla”, afirma. O projeto também prevê segurança reforçada e mais conforto para os visitantes, valorizando o acervo e ampliando a experiência cultural no local. Um dos grandes destaques será a nova sala de cinema, voltada à exibição de produções locais, estaduais e nacionais. O objetivo é fortalecer o audiovisual como instrumento de memória e expressão artística, dando visibilidade à produção cultural pernambucana. “O Memorial se reconstrói não apenas em alvenaria, mas em propósito”, destaca o secretário Marllon Lima. “A cidade preserva sua essência e, ao mesmo tempo, projeta-se para o futuro — com orgulho, com poesia e com respeito à sua trajetória.” Serviço📍 Museu Memorial de GravatáRua Tenente Cleto Campelo, s/n – Centro🕗 Segunda a sexta – 8h às 17h🕘 Sábado – 9h às 17h🕘 Domingo – 9h às 14h🎟️ Entrada gratuita

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Arte e crítica social se encontram na exposição "Cidade Gourmet"

Com curadoria de Márcia Cabral, mostra de Ivan Torres propõe reflexões sobre desigualdade e conexão com o mundo real A exposição Cidade Gourmet, do artista plástico Ivan Torres, chega ao Museu Murillo La Greca com uma proposta que vai além da contemplação estética: provocar o olhar do público para as questões sociais que atravessam o cotidiano urbano. Em um cenário cada vez mais mediado pela virtualidade, a mostra convida os visitantes a se reconectarem com o real e com os desafios das grandes cidades. Com curadoria da sensível e experiente Márcia Cabral, a exposição ganha uma camada extra de profundidade. Sua leitura do trabalho de Ivan Torres ressalta as inquietações do artista e as alinha a temas urgentes como justiça social, empatia e pertencimento. “Cidade Gourmet” se transforma, assim, em uma experiência imersiva, em que cada obra é um convite à reflexão. “Em um mundo virtualizado, o que nos resta é nos conectarmos com o real e com os problemas sociais que atravessam as ruas e os bairros onde vivemos”, afirma Ivan Torres. O diálogo entre arte e crítica social é o fio condutor da mostra, que se consolida como um dos destaques da agenda cultural da cidade. Serviço:📍 Museu Murillo La Greca🎨 Vernissage: 08 de abril, a partir das 19h🗓 Exposição: de 08 de abril a 24 de maio🎟 Entrada gratuita

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Fundação Gilberto Freyre celebra 125 anos do sociólogo com evento especial e premiação

Programação gratuita inclui café da manhã, feira de livros, atividades culturais e entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025 A Fundação Gilberto Freyre abrirá suas portas excepcionalmente neste sábado, 15 de março, para comemorar os 125 anos do nascimento de Gilberto Freyre. O evento reunirá visitantes em uma programação diversificada, que inclui visitação à Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre, feira de livros, atividades culturais e a cerimônia de entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025. A celebração começa às 9h com um café da manhã aberto ao público. A partir das 9h30, a Feirinha de Livros oferecerá edições da Fundação Gilberto Freyre, Cepe Editora e Vacatussa. No mesmo horário, crianças poderão participar da Oficina de Desenho Livre, ministrada pelo arte-educador Emerson Pontes. Já os amantes do desenho de observação poderão se reunir no Encontro do Urban Sketchers Recife-Olinda, coletivo internacional que promove encontros ao ar livre. A Casa-Museu Magdalena e Gilberto Freyre estará aberta para visitação mediada em três horários (9h30, 10h30 e 11h30). A residência, onde o sociólogo viveu por mais de 40 anos, preserva um rico acervo de mobílias, objetos e obras de arte. “Celebrar os 125 anos de Gilberto Freyre é valorizar a história e o vanguardismo de um dos maiores intérpretes do Brasil”, destaca Fernando Freyre, presidente da Fundação Gilberto Freyre. O ponto alto do evento será a entrega do Prêmio Gilberto Freyre 2024-2025, às 11h. A vencedora do 3º Concurso Internacional de Ensaios, Isabella Mendes Freitas, será homenageada por sua obra Linhas e Curvas, Cinzas e Cores: Estrangeiros e Estrangeirismo na Obra de Gilberto Freyre, que será publicada pela Global Editora. “Temos orgulho de contribuir com o Prêmio Gilberto Freyre há tantos anos, uma iniciativa fundamental para incentivar pesquisas que aprofundam a compreensão da nossa identidade e modernização como sociedade”, afirma Richard Alves, diretor-geral da editora. Além da programação especial deste sábado, a Fundação Gilberto Freyre promoverá ao longo de 2025 diversas ações em homenagem ao sociólogo, incluindo o lançamento do site da Casa-Museu, seminários e publicações inéditas, como a adaptação da obra Nordeste para histórias em quadrinhos. Serviço 📅 Data: Sábado, 15 de março📍 Local: Fundação Gilberto Freyre (Rua Dois Irmãos, 320, Apipucos)🎟️ Entrada gratuita 🔹 Programação: 🚗 Estacionamento gratuito no Marista, com serviço de manobrista a partir das 10h30

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Museu Memórias Vivas: Novo espaço cultural em Belo Jardim celebra a história local

Museu Memórias Vivas: Novo Espaço Cultural em Belo Jardim Celebra a História LocalExposição “Extraordinário Cotidiano” destaca a vida e o trabalho na cidade, a partir de 26 de fevereiro Na próxima quarta-feira, 26 de fevereiro, Belo Jardim inaugurará o Museu Memórias Vivas, um novo ponto cultural que promete valorizar a história e a identidade da cidade. A abertura será marcada pela exposição "Extraordinário Cotidiano", da fotógrafa Thalita Rodrigues, que apresenta 73 obras fotográficas que capturam o dia a dia e os rostos anônimos que constroem a narrativa local. Localizado no prédio da antiga Fábrica Mariola, o museu busca preservar memórias e proporcionar uma experiência acessível e interativa para todos os visitantes. O Museu Memórias Vivas oferece mais do que uma coleção de imagens; ele proporciona uma reflexão sobre a força silenciosa dos trabalhadores, artesãos e inventores que moldam Belo Jardim. Thalita Rodrigues, que frequenta a cidade desde 2013, destaca: “Para fotografar uma cidade, não basta olhar para ela. É preciso caminhar por suas ruas, ouvir quem as percorre todos os dias.” A exposição convida o público a enxergar a cidade através do olhar dos que ali vivem, revelando histórias de tradições, culturas e interações. Além da exposição, o museu se compromete com a acessibilidade total, garantindo que visitantes com diferentes necessidades possam desfrutar da experiência. Equipamentos adaptados, sinalização em Libras e atividades de arte-educação serão oferecidas, integrando cultura e aprendizado. A presidente do Instituto Conceição Moura, Taciana Moura, afirma: “Queremos que o Museu Memórias Vivas seja mais do que um local de exposição; queremos que ele seja um ponto de pertencimento e aprendizado.” ServiçoMuseu Memórias VivasEndereço: Rua Marechal Deodoro, 45, Centro de Belo JardimFuncionamento: De terça a domingo, das 9h às 20hEntrada gratuitaInauguração: 26 de fevereiroAgendamentos: 81 97314-6655

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Nana Vasconcelos Allan Torres PCR

MAMAM homenageia Naná Vasconcelos com exposição imersiva

Mostra reúne acervo raro e cortejo de maracatus para celebrar o legado do percussionista. Foto: Allan Torres-PCR O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) recebe a exposição "Ocupação Naná Vasconcelos", um tributo ao percussionista que projetou a música brasileira no cenário mundial. Com curadoria do Itaú Cultural e expografia assinada por Isac Filho e Juliana Rabello, da Casa Criatura, a mostra desembarca no Recife após sua estreia em São Paulo. O público pode explorar a trajetória do artista através de quase 90 peças, distribuídas em seis eixos temáticos inspirados em seus álbuns icônicos. Entre os destaques da exposição está o berimbau construído por Naná Vasconcelos em 1967, utilizando uma corda de piano afinada em Fá, sua única versão do instrumento ao longo da vida. O acervo também inclui fotografias, vídeos, vestimentas e o Grammy Latino conquistado pelo músico em 2011 com o álbum "Sinfonia e Batuques". "A Ocupação Naná Vasconcelos ganha um significado especial ao ser acolhida no Recife, cidade que o viu nascer, crescer como artista e se tornar essa figura celebrada por todos", ressalta Galiana Brasil, gerente de Curadorias e Programação Artística do Itaú Cultural. Com um percurso que leva o visitante a um mergulho sensorial na obra de Naná, a mostra se estrutura em seis eixos que conectam suas influências, experimentações e parcerias musicais. "Um artista de relevância fundamental no cenário pernambucano, que contribuiu para mudanças estruturais de nossa música", afirma Mabel Medeiros, diretora do MAMAM. A exposição permanece em cartaz no museu por tempo limitado, oferecendo uma oportunidade única de vivenciar a trajetória do gênio da percussão. Serviço:Ocupação Naná VasconcelosLocal: MAMAM - Rua da Aurora, 265, Recife-PEEntrada gratuita

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Instituto Dom Helder Joao Campos

Recife fortalece preservação da memória de Dom Helder Câmara

Prefeitura renova convênio e garante R$ 300 mil para manutenção do instituto que guarda o legado do arcebispo. Fotos: Wagner Ramos/Prefeitura do Recife (Com informações da Prefeitura do Recife) A Prefeitura do Recife renovou o convênio com o Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC) para garantir a preservação do acervo e das atividades dedicadas ao legado do arcebispo emérito de Olinda e Recife. O acordo assegura um investimento de R$ 300 mil ao longo de um ano, viabilizando a manutenção do espaço e ampliando o acesso da população à história do religioso. A assinatura ocorreu neste domingo (9), durante evento que homenageou colaboradores de Dom Helder na Igreja Nossa Senhora das Fronteiras, na Boa Vista. Além da manutenção do instituto, o convênio também contempla um programa de visitação para alunos da rede municipal, promovendo o conhecimento sobre a trajetória do "Dom da Paz". “Estamos assinando, por mais um ano, a garantia do custeio para o Instituto Dom Helder Câmara. Associado a este convênio, também estamos realizando um programa de visitação para as escolas municipais”, destacou o prefeito João Campos. O Instituto Dom Helder Câmara abriga um memorial e museu dedicados ao religioso, com um acervo que inclui manuscritos, prêmios, vestimentas litúrgicas e objetos pessoais. Com o repasse, será possível manter bibliotecários, historiadores e outros profissionais especializados na conservação desse patrimônio. Além disso, as instalações do instituto poderão ser utilizadas para eventos culturais da Prefeitura e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. A renovação do convênio reforça o compromisso do município com a valorização da história e da luta social do arcebispo, que foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e recebeu quatro indicações ao Prêmio Nobel da Paz. “Nós conseguimos digitalizar todo o acervo de Dom Helder através de um convênio firmado, lá trás, ainda na gestão do ex-governador Eduardo Campos. Hoje, damos continuidade a esse convênio com a Prefeitura do Recife e eu gostaria de reforçar a minha gratidão, e a de todo o IDHeC, por essa parceria tão importante”, afirmou Virgínia Pimentel, diretora executiva do Instituto. Localizado na Rua Henrique Dias, na Boa Vista, o Instituto Dom Helder Câmara funciona no prédio anexo à Igreja das Fronteiras, onde o arcebispo viveu de 1968 a 1999. O espaço abriga cerca de mil peças, incluindo móveis, esculturas sacras e uma linha do tempo detalhando sua trajetória. O instituto segue aberto à visitação, recebendo pesquisadores, estudantes e fiéis interessados na vida e obra de Dom Helder.

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Museu de Cera Porto de Galinhas

Porto de Galinhas ganha museu com réplicas de personalidades

Atração chega para fortalecer o entretenimento do destino turístico pernambucano Porto de Galinhas conta com mais uma opção de passeio para toda família: museu de cera com réplicas de personalidades. Espalhados em 25 cenários ambientados, o local de mil metros quadrados conta com mais de 70 personagens nacionais e internacionais, em tamanho real e características idênticas. Há nomes que representam famosos da história, cinema, música, esportes, televisão e política. A opção que proporciona aos visitantes uma viagem pelo mundo atende o público que circula pelo famoso centrinho de Porto em busca de artesanato, ou culinária regional. A impressão é que as representações podem ganhar vida a qualquer momento. Fãs das grandes personalidades representadas no museu ficarão surpresas com a sensação de estarem frente a frente com seus ídolos. Já pensou em posar para foto ao lado da Rainha Elizabeth II? Ou entrar em uma cabine telefônica, como se estivesse em Londres? O visitante que mergulhar na experiência vai se deparar com a estátua de Amy Winehouse e ao fundo, a música, dela, por exemplo. Vai ver figuras do futebol como Pelé e Neymar lado a lado. A estátua do ex-presidente dos EUA, Barack Obama é outro destaque. Alguns inventores que marcaram a humanidade com suas criações também ganharam espaço no museu. Cenários e personagens infantis também fazem parte da experiência e encantam crianças e adultos com a atmosfera que faz com que as pessoas se sintam em um filme Marvel, com a sensação de estar em cima de um prédio ao lado do Homem Aranha, ou no fundo do mar ao lado do Aquaman ou na própria Fenda do Bikini com o Bob Esponja. Esses e outros personagens de filmes que fazem muito sucesso nas telinhas do mundo inteiro também estão presentes no museu.   SERVIÇO: Museu de Cera de Porto de Galinhas HORÁRIO: funciona todos os dias das 9h às 22h30 ONDE: rua Esperança, 163, centro de Porto de Galinhas, Ipojuca-PE. ENTRADA: adultos: R$49,99, | crianças de 3 a 12 anos: R$29,99 | acima de 60 anos: R$24,99. Estudantes apresentando carteira DNE dentro do prazo de validade: R$24,99. (Entre os dias 15 e 28 de fevereiro o Museu conta com uma condição especial para os moradores de Pernambuco. Os interessados devem apresentar comprovante de residência no nome do morador, cônjuge e filhos de até 18 anos. A entrada será de R$20,00 + 1kg de alimento não perecível. Os alimentos serão doados para entidades sociais da região.)

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Estacao Recife postal

7 fotos para celebrar os 50 anos do Museu do Trem do Recife

*Por André Cardoso Inaugurado em 25 de outubro de 1972, o Museu do Trem do Recife é um dos mais tradicionais da capital pernambucana e está completando 50 anos em 2022. Sendo um dos primeiros museus ferroviários criados no Brasil, foi criado por iniciativa do Emerson Jatobá, Chefe da 3ª Divisão Nordeste da RFFSA, com o apoio do sociólogo Gilberto Freyre, através do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, atual Fundaj. Consolidou-se como um dos principais centros de preservação da memória ferroviária do país. Reunindo um importante acervo da antiga rede de ferrovias nordestina, o espaço conta a história de nossas estradas de ferro e seus impactos sociais e espaciais no desenvolvimento de Pernambuco. O museu promove ações diversas voltadas à difusão e à valorização do patrimônio ferroviário, se constitui como um espaço de aprendizado e de outras experiências enriquecedoras. Desde sua inauguração, está sediado na Estação Central do Recife, cartão-postal recifense e que teve sua construção finalizada em 1888 pela Estrada de Ferro Central de Pernambuco. No início do século XX, sob a gestão da companhia inglesa Great Western of Brazil Railway, passou a ser o principal terminal ferroviário da cidade para os trens de passageiros. Durante quase 100 anos, foi uma das principais estações ferroviárias do Nordeste. Em suas plataformas partiam e chegavam trens de passageiros de cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão do estado, bem como de outros estados nordestinos como Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, bem como do antigo sistema de trens urbanos do Recife que antecedeu ao Metrô. A partir de 1972, a Estação Central tornou-se sede do Museu do Trem, ao mesmo tempo que continuava operacional sob a gestão da Rede Ferroviária Federal S/A. Em 1983 a estação foi desativada para a construção do Metrô do Recife, sendo mantido o Museu. Em 2014, o Museu do Trem foi totalmente reestruturado, passando a ocupar todo o prédio. Em reforma desde maio desse ano, a Estação Central será reaberta ao público no próximo ano, trazendo de volta todo o conteúdo e as atividades presenciais do Museu do Trem, que nesse momento tem dado sequência à sua programação com atividades virtuais e com a exposição itinerante “Pare, Olhe, Escute: Os Caminhos do Patrimônio Ferroviário de Pernambuco”. *André Cardoso é historiador, mestre em História Social da Cultura Regional pela UFRPE e coordenador de Ação Educativa do Museu do Trem do Recife

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Mamam Foto Andrea Rego Barros 2

MAMAM recebe seminário de formação de educadores sobre o modernismo pernambucano

O evento é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais. O Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães recebe nos dias 20 e 21 de outubro o Seminário de Sensibilização e Formação de Educadores: “Pernambuco Moderno: artes e histórias deslocadas”. O objetivo do evento, que é gratuito, é estimular a abordagem do modernismo pernambucano dentro da sala de aula. Segundo especialistas, como Paulo Herkenhoff, o movimento aqui no estado surgiu antes mesmo do modernismo paulistano, mas acabou sendo esquecido após a Semana de Arte Moderna de 22, que conferiu aos artistas paulistas uma hegemonia, quando o assunto era a disseminação das ideias modernistas no país. O seminário busca resgatar as singularidades estéticas e políticas do movimento pernambucano e sensibilizar os educadores para que o tema seja inserido no programa curricular dos cursos livres e escolas. O evento, que é voltado para professores de Artes, História e Literatura, bem como pesquisadores, artistas, produtores culturais e educadores não formais, terá intérprete de Libras. Durante a formação, haverá a troca de conhecimento entre os profissionais da educação e pesquisadores de artes visuais de Pernambuco e haverá orientações e sugestões de formas de abordagens multidisciplinares sobre o tema. O seminário é uma realização do Rec Cultura e do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape). Os participantes terão direito a certificado e para se inscrever, basta acessar o link: encurtador.com.br/hkpI5

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95 anos do Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre

“Há quem se suponha mais devotado que os demais às tradições da região, mas que seja incapaz de descer à cozinha para provar o ponto do doce de goiaba.”   Os contextos socioculturais e políticos dos anos 1920 levam a um ambiente de mudanças e de descobertas num mundo pós 1ª Grande Guerra Mundial. Surgem novas leituras sobre território, região, nação, povo e, em especial, sobre patrimônio cultural. Assim, passam a ser valorizadas as memórias ancestrais, que são fundadoras e autenticadoras de identidades, e de referências para as comunidades e para as pessoas. Estes cenários sociais sensibilizaram Gilberto Freyre para organizar um “Manifesto” profundamente telúrico, contemporâneo, que se propõe em olhar e valorizar os patrimônios culturais nos seus testemunhos de pedra e cal, como as igrejas barrocas, e os engenhos de açúcar; e nos seus testemunhos vivos como as festas dos maracatus africanos, que são também tão barrocos quanto as talhas das douradas. Ainda, a arte popular representativa dos usos e das simbolizações do homem regional; das receitas de bolo, de tapioca, seca ou ensopada ao leite de coco; entre muitas outras comidas, onde todo esse conjunto irá formar as identidades e as singularidades do território. Para Gilberto, ser regional também é ser atual, moderno, porque manifesta histórias e significados da diversidade local. Este entendimento toca nos contextos internacionais, e isto possibilita que haja um diálogo com as culturas do mundo; especialmente, com os movimentos estéticos do surrealismo do dadaísmo, do fauvismo, que buscam nas artes étnicas da África e da Ásia, as descobertas do outro, numa ampliação do sentimento de diversidade. “Foram os Regionalista Tradicionalistas do Recife a seu modo modernos e até modernistas. Tanto que a eles se deve, não só a revelação, no Brasil, e a adaptação, à língua portuguesa, do Imagismo, como a defesa de uma pintura de uma escultura e de uma arquitetura que fossem de vanguarda nas formas substancialmente, regionais, (...).” Sem dúvida, vigora uma determinação patrimonial de preservar a memória na experiência do bem patrimonial, porém não é apenas a preservação para apreciação. E isto é expressivo em Gilberto, que fortalece a interação da pessoa com a comida e as bebidas e, em destaque, a água do coco verde. Ainda nos anos 1920, há avanços conceituais de Gilberto no seu Manifesto Regionalista, que mostra um outro entendimento à época sobre os patrimônios culturais e a sua fruição nos museus, que eram mais integrados à vida regional, sem hierarquizar acervos e testemunhos sociais. “(...) querer museus com panelas de barro, facas de ponta, cachimbos de matutos, sandálias de sertanejos, miniaturas de almanjarras, figuras de cerâmica, bonecas de pano, carros-de-boi, e não apenas relíquias de heróis de guerra e mártires de revoluções gloriosas(...)”. O mesmo deveria ocorrer nos restaurantes, nos bares, nos mercados do Recife, com a permanência de cardápios reveladores dos hábitos alimentares da região, e que são formas de preservar as memórias dos sabores dentro de uma construção plural da cultura. Precisamos valorizar o bolo de massa-puba, a cocada, o doce de caju em calda, o “nêgo-bom”; as frutas da terra que são celebradas na forma de sucos, sorvetes. São os nossos sabores do território e da região. No seu Manifesto Regionalista, Gilberto Freyre mostra as tradições populares como sendo as mais reveladoras e construtoras da singularidade de uma região, pela experiência no cotidiano, na festa, na religiosidade, nos ofícios; e, mais uma vez, tudo isso junto traduz as experiências patrimoniais. “De modo que, no Nordeste quem se aproxima do povo desce a raízes e a fontes de vida, de cultura e das artes regionais. Quem se chega ao povo está entre mestres e se torna aprendiz”. E assim, Gilberto afirma no seu Manifesto o que é ser regional, patrimonial, socialmente valorativo, humano e tradicional. E, no seu mais profundo entendimento, tradição é o mesmo que transmissão. Nota: Todas as citações são do Manifesto Regionalista de Gilberto Freyre.  

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